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Pessoal,

 

Aos poucos vou colocando o relato sobre minha viagem ao Panamá em setembro/2010. Passei duas semanas e fui a Panamá City, San Blás, Bocas del Toro e Provincia de Chiriqui.

 

Vôos GIG-GRU e GRU-PTY

 

 

Apesar de compra a passagem pelo site da Gol, sabia que a segunda etapa da viagem (SP-PTY) seria feita pela Copa. Optei por comprar pela cia brasileira pois o site dizia acumular milhas Smiles, algo que verifiquei não ser verdade. Até o momento não tive o crédito destes trechos, que me renderiam umas 9.000 milhas.

Até SP nada demais, uma vez que foi feito pela Gol. No segundo trecho, o avião também era um 737, o que acaba sendo entediante, pois trata-se de um trecho com seis horas de duração em um avião que não possui entretenimento e apenas dois banheiros na classe econômica (que deve transportar uns 130 passageiros). O serviço de bordo é no nível das outras empresas que conhecemos, interpretem como quiser!

 

Panamá City

 

 

Cheguei na capital panamenha no fim da tarde. Lá existem dois aeroportos o internacional (Tocumen) e o local (Albrook), sendo o primeiro em uma área distante do centro. Para chegar na cidade há dois meios: o táxi e o ônibus. Optei pelo primeiro, uma vez que para pegar um ônibus seria necessário sair do aeroporto e atravessar uma avenida e a espera pelo transporte era longa, como me informaram por lá. Custou uns 25 USD, o que foi o táxi mais caro da viagem.

Estive na Cidade do Panamá no início e no fim da viagem, permanecendo num total de 5 noites. Considero esse tempo excessivo.

Num primeiro momento me hospedei no Luna’s Castle, que fica no centro histórico da cidade (Casco Viejo). É de longe o albergue mais famoso da cidade, onde abaixo tem um bar que enche bastante, inclusive de pessoas que não estão hospedadas por lá. Paguei cerca de 10USD por dia, em quarto compartilhado para dez pessoas e sem ar condicionado. Os quartos são bons e o banheiro nem tanto. O café da manhã foi o mesmo de todos os albergues: Panquecas. A localização é uma das melhores do centro histórico, o que não garante ser boa, uma vez que esta área tem fama de ser perigosa.

Na segunda vez que fui a Panamá City me hospedei no Mamallena, que é um albergue na parte nova da cidade, em uma área mais tranqüila e com mais transporte. O albergue em si é meio parado, onde todos se reúnem numa sala para ver TV até tarde. As instalações são melhores que as do Luna’s e paguei 12 USD por um quarto coletivo com ar condicionado e capacidade para dez pessoas.

Para quem está viajando a cidade é basicamente dividida em três áreas: Panamá Viejo, Casco Viejo e a parte moderna.

**Panamá Viejo concentra ruínas do inicio da colonização espanhola, e o destaque fica por conta de uma torre que você pode subir e terá uma vista legal da parte moderna. Essa área é bem tranqüila para caminhar, em poucas horas você consegue visitar tudo. Aproveite para visitar o mercado de municipal de artesanato, localizado perto das ruínas. Lá você poderá comprar souvenires interessantes a preços baixos.

**O Casco Viejo é um bairro que está se revitalizando. Você verá casas restauradas, em reforma e algumas ainda caindo aos pedaços (literalmente). Gostei muito da praça principal (onde está a catedral), do Teatro Nacional e da praça onde fica a embaixada da França. Um dia é mais que suficiente. A noite o lugar é meio estranho, como estava hospedado por lá mesmo... saía com uma quantia mínima de dinheiro.

**A parte moderna ocupa a maior área da cidade, apesar de que turisticamente não tem grandes atrativos. Os únicos lugares que achei bonitos nessa parte foram a Avenida Balboa (lembra de longe o aterro do flamengo, por ser uma via rápida que faz margem com o mar) e uma praça onde está a embaixada da Espanha. Achei as ruas de modo geral seguras. Lá estão localizados os shoppings... fui a três Albrook, Multiplaza e Multicentro. O primeiro é mais popular, ao lado da rodoviária, é bem grande é com muitas lojas. O Multiplaza é o shopping mais premium do Panamá, com lojas caras. O terceiro é um meio termo. A não ser que você queira comprar em lojas top tipo Armani, Chanel, etc... recomendo o Albrook.

 

Para se locomover na cidade acho que vale a pena usar táxi, é muito barato (o máximo que paguei foi 2,50USD). Os ônibus são um pouco confusos e não achei tão abrangentes (principalmente para quem fica no casco viejo). Se alguém precisar de serviço de taxi, contate o Javier (507) 6686-3692 - não cobrou caro e me pareceu honesto.

 

Um lugar meio “contra-mão” mas que vale a pena é o Causeway. Trata-se de uma área urbanizada recentemente, com uma marina, restaurantes e um calçadão bem legal, que tem vista para os arranha céus da cidade. A boa é pegar um táxi e, se possível, pedir para que te espere, pois é uma área que o pessoal costuma ir no seu próprio carro, então a oferta de táxi não é alta.

 

Para comer de forma econômica, o legal é ir aos supermercados e preparar nos albergues (tem uma rede chamada 99c que é boa – inclusive no Albrook vc achará um desses). Se não tiver paciência ou o orçamento estiver maior, vc consegue achar restaurantes por menos de 8usd. McDonald’s, Burguer King, KFC, etc te custarão uns 5 USD. Não achei a comida panameña grandes coisas.

Para sair a noite, a boa é a Calle Uruguai, que fica na parte nova e, portanto, perto de tudo. No Luna’s Hostel, existe um bar muito bom que fica cheio, inclusive de pessoas que não estão no albergue.

 

 

**Canal do Panamá

A visita é obrigatória. Não fica dentro da cidade mas é facilmente alcançado de taxi (ida e volta me saiu a 12 usd - o motorista ficou esperando). A entrada estava 8usd e você tinha acesso aos mirantes da Eclusa de Miraflores, um pequeno museu e uma sala de vídeo. Vale a pena conferir os três. Ainda existem outras duas eclusas, que podem ser visitadas, apesar de que a de Miraflores é a com melhor estrutura. Acredito que deve haver alguma programação disponível para a passagem dos navios. Eu fui na sorte umas 11:00 e vi um navio atravessando. O projeto é impressionante, ainda mais se levarmos em conta que o maquinário da eclusa é o mesmo do começo do século passado.

 

 

Resumindo... Panamá City

 

Não espere uma grande cidade como Rio ou São Paulo. A cidade é legal, você achará tudo o que precisa e terá diversão para o dia e a noite. Acho que a boa é ficar de 3 a 4 dias. Gaste seu tempo no Casco viejo, Panamá Viejo, Canal do Panamá e fazendo algumas compras em alguns dos shoppings da cidade (deixe essa etapa para o final).

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Opa, tranquilo?

Ia perguntar se não tinha como colocar algumas fotos, mas já vi que abaixo tem um link pra elas.

Pretendo conhecer o Panamá, por enquanto vou lendo o relato!!!

Abraço.

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Legal as dicas e contatos Matheus... ::cool:::'>

 

Agora vou esperar o relato sobre as praias... :D

 

Uma perguntinha... Em Bocas há lugar pra ficar a beira mar?

 

:wink:

  • Membros
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A maior parte dos albergues e hoteis estão en Isla Colon, que não possui praia propriamente dita. A partir de lá vc pega barco ( custa entre 1 e 2 usd) e vai para alguma praia.

Na isla bastimientos existe hospedagem e vc estará na praia. A oferta de lugares que é restrita.

  • Membros
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San Blás

 

Apesar de não ser o destino mais visitado no Panamá, é uma unanimidade para os viajantes que viajam ao país. É diferente de tudo que já vimos. Imagine um arquipélago com centenas de ilhotas, habitadas por uma família da tribo Kuna, sem infra-estrutura, sem o conceito de propriedade privada que conhecemos... assim é San Blás.

Para chegar lá você terá duas opções: tratar direto com um índio ou fechar um pacote com algum albergue. Optei pela primeira, pois fiz desde o Brasil, o que depois me revelou uma má escolha do ponto de vista financeiro. Na ilha que fiquei havia um grupo de umas 8 pessoas que fecharam direto com o albergue e saiu mais barato. O lado bom de fechar direto com algum Kuna, é que você vai no dia que quiser, sem precisar esperar fechar um grupo. Usei a dica do Silnei e procurei o Arquimedes, que é um dos vários índios que fornecem “pacotes” para San Blás.

A jornada começa ainda no escuro, por volta das 4:30, quando um 4x4 te busca no albergue. No meu caso eu era o único turista, todos os outros eram índios. A estrada, que outrora era toda de terra agora está asfaltada. Só passaram o asfalto, pois não há acostamento, sinalização, ela é cheia de curvas, subidas e descidas. Tudo isso, aliado a neblina na parte alta faz com que a estrada seja um pouco perigosa. Perto do final há uma barreira onde tive que mostrar o passaporte. Em um pequeno povoado os outros passageiros ficaram e eu continuei até um rio, onde de canoa (com motor) fui levado até o mar. Ali, paramos ao lado de um veleiro oceânico, que iria me levar até a ilha. O dono era Salvador, um espanhol que estava em San Blás havia dois anos, vivendo do turismo (fazia esse trajeto, além de cruzeiros até Cartagena). Apesar de ter reservado a hospedagem em Carti (uma espécie de povoado, em praias propriamente ditas), me colocaram na Islã Diablo. Isso foi ótimo, pois em Carti é necessário pegar barco para ir à praia.

Na isla Diablo, além da família Kuna, haviam outros turistas, que saíram juntos do mesmo albergue. A ilha é muito linda e sem nenhuma estrutura. Não há água doce para banho, banheiros “convencionais”, energia elétrica. Você dorme em redes que ficam nas cabanas idênticas às dos Kunas. Talvez essa seja a graça do lugar...

Todos os dias os índios nos levam para alguma ilha, se der um pouco de sorte, pode ir a duas ilhas no dia (uma de manhã e outra a tarde). O café da manhã e o jantar eram na isla Diablo. Já o almoço dependia, às vezes era servido pela família residente na ilha que estava visitando ou então nos levavam para Islã Diablo.

A noite, a lua e as lanternas iluminavam os viajantes, que ficavam na areia conversando e ouvindo música até tarde.

Na minha última noite segui para Isla Aguja, mais próxima do continente e com mais estrutura. Ali já havia camas nas cabanas, energia elétrica durante parte da noite, chuveiro com água do poço e banheiro “tradicional”. A ilha em si era tão bonita quanto as demais.

A volta foi no mesmo esquema da ida: barco até a costa e 4x4 até Cidade do Panamá, onde pedi para que me deixassem em Albrook para que comprasse a passagem para Bocas del Toro.

 

Resumindo...

 

San Blás foi, sem dúvida, o ponto alto da minha viagem ao Panamá. Toda a dificuldade de chegar no lugar, falta de informações e a desorganização dos índios que administram o lugar compensa quando se olha o mar cheio daquelas ilhas paradisíacas, que você pensava que só existiam nos livros.

É uma oportunidade única poder estar em pleno século XXI em um lugar que conserva costumes tradicionais e a natureza ainda intocada. Por mais que os Kunas tenham domínio sobre o lugar, sabemos que o dinheiro faz de tudo nesse mundo. Então, aproveite até que instalem um grande resort na região

  • 2 meses depois...
  • Membros de Honra
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Oi Matheus!

Muito legal seu relato, parabéns!

Uma dúvida, você sabe me dizer ao todo quanto gastou nessas duas semanas, tirando as passagens aéreas?

Valeu!

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