Membros Este é um post popular. paulaamelo Postado Dezembro 20, 2018 Membros Este é um post popular. Postado Dezembro 20, 2018 Roteiro Islândia - 15 dias Paula Melo e Guilherme Mesquita Março 2018 Durante 15 dias demos a volta na ilha de carro pela Ring Road, estrada que contorna toda a Islândia. Dirigimos 2.560 km e passamos por cenários incríveis em meio a geleiras, vulcões, gêiseres, cachoeiras, cânions, piscinas naturais e praias de areia preta! Tivemos a sorte de ver a Aurora Boreal, um dos fenômenos mais fantásticos da natureza! Roteiro simplificado: Data Roteiro Onde dormimos 9/3 Voo da British Airways às 16h25 para Londres Avião 10/3 Chegada em Londres às 7h30. Voo da British Airways às 14h35. Chegada em Keflavik às 17h55. Alugar o carro na Budget. Keflavik Keflavík Airport Hotel 11/3 Golden Circle: Snorkel em Silfra no Parque Nacional Thingvellir às 13h30 / Strokkur e Geysir / Gullfoss no pôr do sol e à noite Tungufell (Gullfoss) Hotel Gullfoss 12/3 Piscina quente natural Hrunalaug / Seljalandsfoss Eyvindarholar (Skógafoss) Guesthouse Edinborg 13/3 Skógafoss / Kvernufoss / Praia Solheimasandur Plane Wreck Eyvindarholar (Skógafoss) Guesthouse Edinborg 14/3 Dyrhólaey / Praia Reynisfjara / Cidade Vík í Mýrdal / Campo de lava Eldhraun / Canyon Fjaðrárgljúfur. Kálfafell (Svartifoss) Fosshotel Núpar 15/3 Skeiðara Bridge Monument / Trilha de Svartifoss no Parque Skaftafell / Glaciar Svínafellsjökull / Diamond Beach / Jökulsárlón. Höfn Seljavellir Guesthouse 16/3 Montanha Vesturhorn / Aurora Boreal em Egilsstaðir Egilsstaðir Birta Guesthouse 17/3 Dettifoss e Selfoss / Goðafoss no pôr do sol e à noite Mývatn Hotel Laxá 18/3 Dimmuborgir Lava Fields / Região Geothermal Námafjall Hverir / Vulcão Krafla / Pseudo Crateras Skútustaðagígar e Lago Mývatn Mývatn Hotel Laxá 19/3 Aldeyjarfoss / Akureyri Akureyri Torg Guesthouse 20/3 Pedra Hvitserkur / Ólafsvík Ólafsvík North Star Hotel 21/3 Parque Nacional Snæfellsjökull (Vulcão Saxhóll - Praia Djúpalónssandur - Lóndrangar – Búðakirkja) / Kirkjufell e Kirkjufellsfoss Ólafsvík North Star Hotel 22/3 Baerjafoss – Ólafsvík / Arnarstapi Ólafsvík North Star Hotel 23/3 Reykjavík: Catedral Hallgrímskirkja / Escultura Solfar / Centro de Convenções Harpa / Lago / Cachorro quente Reykjavík 4th Floor Hotel 24/3 Blue Lagoon / Reykjavík Reykjavík 4th Floor Hotel 25/3 Voo às 10h35 de Reykjavik para Londres. Chegada às 14h50. Voo às 21h50 para GRU. Avião 26/3 Chegada em GRU às 5h45 Casa Curiosidades da Islândia: - Número de habitantes: 320 mil - Aproximadamente 80% dos habitantes descendem de noruegueses. - Tem o Parlamento mais velho do mundo, criado em 930. - Só se tornou uma República em 1944, quando se separou do Reino da Dinamarca. - É o segundo lugar com mais atividade vulcânica do planeta, só fica atrás do Havaí. - Está localizada sobre a junção de duas placas tectônicas: norte americana e euroasiática. - O impronunciável vulcão Eyjafjallajökull entrou em erupção em 2010 e provocou o cancelamento de mais de 100 mil voos na Europa. - Em todo o país tem água potável saindo das torneiras (não precisa comprar água na Islândia). - 100% da eletricidade no país vêm de fontes renováveis. - Tem a capital mais ao norte do mundo. - Foi set de filmagem da série "Game of Thrones". Vídeo da Viagem: Link: https://goo.gl/m2A5tC Relatos dia-a-dia: 1º Dia - 10/03/2018 Onde dormimos: Bed and Breakfast Keflavik Airport Hotel Locadora do carro: Budget Relato: Pousamos no aeroporto de Keflavik às 17h45. A fila da imigração estava enorme! Não nos perguntaram nada, apenas carimbaram o passaporte e entramos oficialmente na Islândia! Pegamos as malas, trocamos dinheiro em uma casa de câmbio do lado de fora da área de desembarque e fomos ao balcão da Budget, empresa onde alugamos nosso carro, um Duster 4x4. Custamos a encontrá-lo no estacionamento do aeroporto, olhamos todos os carros do corredor D, que foi onde o atendente informou que o carro estaria. O problema foi que a placa que estava escrita no chaveiro estava errada. Só encontramos o carro quando tivemos a ideia de ativar o alarme. Olhamos o papel onde registraram os “defeitos” que o carro já possuía e a placa que estava lá batia com a do carro. Então guardamos as malas e entramos correndo, as mãos já estavam congeladas! Estava -2 graus e já havia escurecido. O plano inicial era ir ao supermercado, mas já estava fechado. Os trâmites de chegada demoraram mais do que o esperado, então fomos direto para o hotel. As ruas próximas dele estavam com bastante neve e gelo, o carro derrapou várias vezes. Ficamos preocupados, pois se tão próximo ao principal aeroporto do país as ruas estavam daquele jeito, imaginamos como seria no norte, onde é menos povoado e menos turístico! Mas, para nossa surpresa, esse foi um dos piores trechos de toda a viagem. No geral, as condições das estradas nos surpreenderam positivamente, muito bem cuidadas pela “snow patrol”, não tivemos nenhum problema. Fizemos check-in no hotel, jantamos, reforçamos as roupas e saímos a pé para tentar ver a Aurora Boreal. Não quisemos sair de carro, pois as ruas estavam com bastante gelo e o estacionamento do hotel estava lotado, pegamos a última vaga. Além disso, a previsão de ter Aurora não era animadora. Baixamos o aplicativo “My Aurora Forecast & Alerts” que mostra a intensidade do KP e qual a probabilidade de vê-la, caso o céu esteja limpo. Caminhamos um pouco e conseguimos fotografar uma Aurora bem fraquinha, que praticamente não era visível a olho nu. Voltamos para o hotel tristes, pois mesmo com o céu limpo, não tivemos sorte com a intensidade, o KP estava baixo. Vista do voo da British Airways Carro que alugamos estacionado no hotel em Keflavik 2º Dia - 11/03/2018 Onde dormimos: Hotel Gullfoss em Tungufell Passeio: Snorkel em Silfra – empresa: www.adventures.is Relato: Saímos da cidade de Keflavik em direção ao Parque Nacional Thingvellir, local onde foi proclamada a independência islandesa em 1944. A ilha pertencia à Dinamarca até então. O lugar é muito bonito e em 2004 foi declarado Patrimônio da Humanidade. Além do valor histórico do parque, é o único lugar do mundo onde um movimento de placas tectônicas pode ser visto acima do nível do mar. O encontro das duas placas (América do Norte e Eurásia) formam fissuras na terra, que estão aumentando cerca de quatro centímetros por ano. As fissuras são preenchidas com a água derretida dos glaciares que vem sendo filtrada ao longo dos anos e por isso é tão transparente! Lá fizemos snorkel e pudemos ver com perfeição as placas tectônicas e as fissuras que chegam a 42 metros de profundidade! Usamos roupa seca para mergulhar, pois a temperatura da água estava 2 graus! Apenas as mãos e a cabeça tem contato com a água, pois as luvas e a touca são de neoprene. Mas é bem tranquilo, foi um passeio muito interessante e diferente! No final serviram cookies com chocolate quente para nos aquecermos. De lá fomos a uma região geotérmica onde está o famoso gêiser Strokkur, que entra em erupção a cada 7 minutos. Perto dele está o gêiser chamado Geyser, que foi o que deu nome a todos os outros do mundo! Porém, ele está adormecido desde 1915. Existem cerca de mil gêiseres no planeta, e metade deles está nos EUA! Os outros estão na Islândia, Nova Zelândia, Chile e Rússia. Vimos várias erupções do Strokkur, algumas são bem mais fortes que as outras. O mais interessante é observar a bolha meio azulada que forma segundos antes da água jorrar. O jato d’água pode chegar a 40 metros de altura, com temperatura entre 80 e 100º C. Depois seguimos para a terceira atração do dia, a cachoeira Gullfoss. Vimos o pôr do sol de lá, uma paisagem maravilhosa! O céu estava rosado e boa parte da cachoeira estava congelada e cercada de neve! Gullfoss quase se tornou uma hidrelétrica no século XX, mas graças aos protestos da filha do proprietário, os investidores internacionais não tiveram sucesso. Fomos ao hotel, jantamos e retornamos à cachoeira para tentar ver a Aurora Boreal. Ela apareceu, um pouco mais forte do que no dia anterior, mas ainda assim fraca. Ficamos lá sozinhos, curtindo o céu estrelado, o friozinho, a aurora e o barulho da cachoeira... perfeito! Onde foi criado o Parlamento mais velho do mundo – Thingvellir Indo fazer o passeio de snorkel Snorkel entre as placas tectônicas Roupa seca que usamos para mergulhar Estradas rodeadas de neve Bolha que forma segundos antes da água jorrar Gêiser Strokkur em erupção Gullfoss Aurora Boreal em Gullfoss 3º Dia - 12/03/2018 Onde dormimos: Welcome Guesthouse Edinborg Relato: Fizemos check-out no hotel e fomos em direção ao posto de gasolina mais próximo, que era na cidade chamada Flúðir. Aqui na Islândia não há frentistas e algumas vezes nem loja de conveniência. Há uma máquina na qual você escolhe o valor que deseja abastecer e o pagamento só pode ser feito com cartão de crédito. É bom levar mais de um como garantia, pois alguns postos só aceitavam cartões com senha de quatro dígitos. O nosso Bradesco tem seis e não conseguimos usá-lo em alguns postos. Uma dica que seguimos foi não escolher a opção “completar o tanque”, pois lemos relatos contando que cobraram uma quantia muito maior como garantia, como se fosse uma pré-autorização e que só devolveram o dinheiro algumas faturas depois. Não sabemos se isso ocorre sempre, mas para evitar dor de cabeça, optamos por escolher o valor exato antes de abastecer. E por causa disso, duas vezes aconteceu de colocarmos um valor e o tanque encher sem ter alcançado o valor total. Aí é só colocar o cartão de crédito novamente na máquina e um recibo será impresso com o valor que você realmente abasteceu. Na primeira vez que abastecemos tivemos um contratempo grave. Compramos o equivalente a 10 litros de diesel, mas quando fomos abastecer percebemos que a bomba não entrava direito no buraco do carro. Pensamos que estava com defeito, mas mesmo assim insistimos e conseguimos colocar bem devagarzinho. A bomba chegou a desarmar algumas vezes, achamos muito estranho. Tínhamos certeza que o atendente da locadora nos disse que o carro era a diesel e confirmamos isso no contrato. Estávamos olhando o manual do carro quando na bomba ao lado parou um Duster idêntico ao nosso. Pedimos ajuda ao motorista que rapidamente disse que o combustível do carro era gasolina e por isso a mangueira não encaixava! 😲 Pesquisamos no Google as consequências de colocar um combustível errado e, para nosso azar, falava que o carro poderia até andar alguns quilômetros, mas que pararia de funcionar em pouco tempo! Então ligamos para a locadora via Skype, relatamos o acontecido, enviamos o contrato por e-mail provando o tipo de combustível informado por eles e em menos de 10 minutos enviaram um mecânico onde estávamos. Ele nos pediu para segui-lo até a oficina e lá tiveram que retirar o combustível através do motor e filtrá-lo. No total perdemos 3 horas do nosso dia e ¼ do tanque. Depois do imprevisto seguimos para o próximo destino: uma piscina natural de água maravilhosamente quente, com uma vista incrível, cercada de montanhas e neve. Fizemos uma trilha de 5 minutos do estacionamento até a casinha rústica, onde trocamos de roupa. A temperatura fora d’água estava negativa, mas não sentimos frio, pois a água é muito quente, é até difícil entrar de uma vez! Queríamos ter ficado mais tempo curtindo o lugar, mas como nosso roteiro estava apertado devido ao problema com o carro, seguimos para a cachoeira Seljalandsfoss. No verão é possível caminhar atrás da queda d’água, mas no inverno o acesso fica fechado por causa da neve. Uma pena! O lugar é muito bonito, ao lado tem um paredão com várias outras pequenas cascatas. Estava bem cheio, muitos ônibus de excursão e vários asiáticos com suas máquinas e tripés profissionais! Fomos para o hotel, jantamos e ficamos monitorando a Aurora Boreal, mas ela não apareceu! 😔 Nosso carro na oficina na cidade de Flúðir Hrunalaug – piscina natural maravilhosamente quente Casinha rústica onde troca-se de roupa No verão é possível caminhar atrás da queda d’água Seljalandsfoss 4º Dia - 13/03/2018 Onde dormimos: Welcome Guesthouse Edinborg Relato: Na noite do dia anterior recebemos um alerta do aplicativo Veður, que monitora o clima e as estradas do país. Uma tempestade de vento estava prevista até às 12h do dia seguinte. Ventos fortes e rajadas que poderiam atingir até 144 km por hora!!! 😳 Acordamos várias vezes durante a noite com o barulho do vento! Às 8 horas da manhã despertamos, olhamos pela janela e vimos que o vento estava tão forte que chegava a balançar os carros que estavam estacionados. Decidimos então aguardar um pouco mais no hotel. Só saímos às 11 horas, mas o vento continuava forte. Dirigimos bem devagar (30 km/h) até a linda cachoeira Skógafoss! Tem 60 metros de queda d’água e, quando o sol saiu, um lindo arco-íris se formou, deixando a paisagem ainda mais bonita! Há uma escada que dá acesso à parte de cima da cachoeira. Subimos com dificuldade, quanto mais alto, mais o vento soprava! Chegava a nos empurrar! De lá fomos a outra cachoeira, Kvernufoss, que por ter acesso mais difícil, não costuma entrar no roteiro da maioria dos turistas. Estacionamos o carro em frente ao armazém que fica ao lado do museu Skógar. Para acessar a trilha é preciso passar por uma cerca que fica atrás do armazém. Há uma escadinha de ferro para ajudar a pular a cerca. Depois dela caminhamos cerca de 800 metros até a cachoeira. A trilha vai beirando o rio e em alguns pontos é preciso escalar umas pedras. Fomos bem devagar, por causa do vento. Do alto do morro avistamos a cachoeira, um visual lindo e estávamos sozinhos! Se não tivesse com tanta neve era possível caminhar por trás da queda d’água. Voltamos para o carro e dirigimos até o início da trilha que dá acesso à praia Sólheimasandur, onde estão os destroços do avião americano DC-3 que teve um pouso forçado em 1973. Todos os tripulantes sobreviveram. A trilha é longa, foram 8 km de caminhada, ida e volta! Há uns anos era possível ir de carro, mas o dono do terreno fechou o acesso. Vale a pena ir, a fuselagem do avião contrastando com a praia de areia negra cria um cenário muito bonito e único, além de ser bem interessante entrar no avião e imaginar como deve ter sido o acidente! A chuva e o vento forte deixaram a caminhada de volta ainda mais desafiadora, chegamos no carro ensopados! Seguimos para o hotel, tomamos um banho quente, jantamos e fomos dormir! Lindo arco íris em Skógafoss Na plataforma de observação em Skógafoss Pulando a cerca Na trilha Kvernufoss Destroços do avião americano DC-3 5º Dia - 14/03/2018 Onde dormimos: Fosshotel Núpar Relato: O dia amanheceu chuvoso e com muito vento. Nosso primeiro destino foi Dyrhólaey, que é um rochedo de 120 metros de altura com um grande arco esculpido pelo mar. Somente carros 4x4 tem acesso ao mirante. Vimos vários carros normais estacionados no início da estrada e o pessoal subindo a pé. A chuva atrapalhou bastante o visual e o vento estava quase nos carregando. Do lado direito do farol está uma praia de areia preta muito bonita, com vários pássaros voando perto dos paredões. De lá fomos à praia Reynisfjara, sua areia é bem preta e as formações rochosas pontudas que emergem do mar deixam a paisagem ainda mais incrível! Há também uma caverna em frente à praia, onde nos abrigamos da chuva forte que caiu enquanto estávamos fotografando. Tinham muitos turistas, custamos a conseguir tirar uma foto com as colunas de basalto, que são tão retinhas que parecem que foram feitas pelo homem. Mas são totalmente naturais, formadas pelo resfriamento do magma. Ficamos um bom tempo por lá curtindo o visual e depois fomos abastecer o carro e almoçar no vilarejo de Vík Í Mýrdal, que tem apenas 300 habitantes. Logo depois paramos no acostamento da estrada para ver de perto o campo de lava chamado Eldhraun. É uma área gigantesca que foi coberta de lava durante a erupção de um vulcão em 1783. Com o tempo as rochas arredondadas foram cobertas de musgos criando um cenário diferente e muito bonito. Como ele é enorme, há várias paradas no acostamento ao longo da estrada onde é possível estacionar e caminhar pelo campo. De lá fomos ao Canyon Fjadrárgljúfur que foi criado pela erosão das águas dos glaciares, formando um grande vale entre as rochas, por onde passa o rio Fjaðrá. Há uma trilha central e algumas ramificações com acesso a diferentes pontos de observação. No final da trilha há uma cachoeira e duas plataformas de observação. Fizemos a pequena trilha de volta até o estacionamento, onde comemos um skyr, espécie de iogurte tradicional islandês. Depois fomos para o hotel! Dyrhólaey em um dia chuvoso Praia ao lado de Dyrhólaey Praia Reynisfjara Praia Reynisfjara Colunas de basalto na praia Reynisfjara Caverna onde nos abrigamos da chuva Canyon Fjadrárgljúfur / Campo de lava Eldhraun / Almoço em Vík Í Mýrdal / Skyr, espécie de iogurte tradicional islandês. 6º Dia - 15/03/2018 Onde dormimos: Seljavellir Guesthouse (Höfn) Relato: Saímos do hotel em direção ao Parque Nacional Skaftafell. No caminho fizemos uma rápida parada no destroço de uma ponte que foi derrubada devido a uma enorme enchente que aconteceu anos atrás, por causa da erupção de um vulcão. Suas lavas derreteram boa parte de uma geleira, o que causou a enchente devastadora. O local, chamado Skeiðara Bridge Monument, não tem nenhuma estrutura, apenas algumas placas informativas. Seguimos para Skaftafell, estacionamos o carro no estacionamento do Parque (600 ISK) e fizemos uma trilha de 1,5 km até a cachoeira Svartifoss. O caminho até lá é bem bonito, vai margeando o rio e passa por algumas quedas d’água. Seu nome significa “cachoeira negra”. Ela serviu de inspiração para a construção da catedral Hallgrímskirkja, que é cartão postal da capital do país. A inspiração veio das colunas de basalto de origem vulcânica que estão ao redor da cachoeira. Elas são resultado da lava quente que passou por ali e que foi rapidamente resfriada quando entrou em contato com o ar super gelado do país. A queda d’água tem apenas 12 metros e não é muito volumosa. O que dá charme e beleza ao lugar são as suas colunas! Fizemos a trilha de volta e fomos ao Glaciar Svínafellsjökull. Não estava no nosso roteiro e foi uma ótima surpresa! Vimos alguns carros virando na estrada e decidimos ver o que era. Algo bem interessante é que a maioria das atrações do país, além de serem gratuitas, não são vigiadas. Os turistas têm bastante liberdade para caminhar e ir aonde quiserem. E, para nossa surpresa, foi possível caminhar bem pertinho da geleira por muito tempo. Só paramos de avançar porque o penhasco foi ficando cada vez mais íngreme e perigoso. Foi incrível poder admirar a imensidão de gelo e sua cor azulada, mesmo com o dia nublado. Sentamos em umas pedras e ficamos ouvindo o barulho estrondoso do gelo se quebrando e o som da água que corre por baixo da geleira. Seguimos para a praia “Diamond Beach”, que tem a areia bem preta e vários icebergs que desgrudaram das geleiras. É lindo o contraste do gelo com a areia escura! Do outro lado da estrada está a lago Jökulsárlón, que é bem grande e também tem areia negra e alguns icebergs. Onze por cento do país é coberto por glaciares! Ficamos decepcionados com o lago Jökulsárlón. Era um dos locais mais elogiados nos relatos que lemos, mas tivemos azar, quase não havia icebergs por lá, apenas um lago normal. Decidimos então sair do ponto principal, onde há a placa e o estacionamento oficial, e voltamos até um pequeno estacionamento logo após a ponte. De lá fizemos uma trilha não muito demarcada que ia margeando o lago e aí sim vimos muitos icebergs, de vários tamanhos! De lá dirigimos uns bons quilômetros até o nosso hotel, que ficava em uma região muito bonita, cercado de montanhas nevadas. Pena que estava bem nublado e chuvoso! Por isso, nada de Aurora Boreal. 😔 Skeiðara Bridge Monument / Diamond Beach / Svartifoss Glaciar Svínafellsjökull Jökulsárlón 7º Dia - 16/03/2018 Onde dormimos: Birta Guesthouse (Egilsstaðir) Relato: Após o café da manhã fomos até Vesturhorn, uma montanha muito grande e bonita que fica em frente a uma praia de areia preta. Para chegar até a praia, de onde se tem a melhor vista da montanha, é preciso passar por uma propriedade particular. O dono cobra a entrada por pessoa (800 ISK), que deve ser paga na lanchonete, onde tem wifi e banheiro. Dentro da propriedade há uma vila Viking que foi construída para ser cenário de um filme. Fomos até lá caminhando, mas não vale muito a pena. Voltamos para o estacionamento em frente à lanchonete e seguimos de carro até a praia, passando por uma cancela que é aberta com o cartão fornecido no pagamento da entrada. Estacionamos em frente a uma zona militar e seguimos a pé até a praia, passando por dunas e pedras. A vista da praia realmente é linda, mesmo com o tempo fechado! De lá continuamos dirigindo rumo ao leste do país. Essa região tem estradas sinuosas entre montanhas rochosas, praias de areia preta e paisagens lindas! Pena estar tão nublado. Chegamos à cidade de Egilsstadir, que tem cerca de 2.200 habitantes, abastecemos o carro e fizemos check-in no hotel. O clima estava melhorando, o que nos deu esperança de ver a Aurora Boreal. Conversamos com o dono do hotel que nos indicou um bom local para tentarmos vê-la. Ele nos contou que quando era criança pensava que todas as pessoas no mundo podiam ver as luzes do norte, até entender que aquele era um privilégio de poucos! Comemos uma pizza, esperamos anoitecer e fomos até o ponto indicado, no alto de uma montanha com vista para a cidade. Esperamos um pouco e as nuvens foram sumindo e dando lugar a um céu estrelado. E de repente lá estava a Aurora, veio fraquinha e tímida, e aos poucos foi ficando cada vez mais forte! Foi surreal ver novamente um dos fenômenos mais lindos da natureza! É mágico!!! Ficamos imensamente felizes e aliviados de ter conseguido ver algo que queríamos muito! 💚 Montanha Vesturhorn Pelas estradas do leste do país / Uma parada para ver de pertinho os típicos cavalos islandeses Aurora Boreal na cidade de Egilsstadir, norte da Islândia. 8º Dia - 17/03/2018 Onde dormimos: Hotel Laxá (Mývatn) Relato: Saímos da região leste da Islândia em direção ao norte do país. A Islândia é conhecida como a “terra do gelo”, mas poderia facilmente ser a “terra das cachoeiras”! Há dezenas delas pelo país e hoje fomos conhecer mais três! A primeira foi a Dettifoss, que tem 45 metros de altura, 100 de largura e uma quantidade de água enorme! É a maior cachoeira em volume d’água de toda a Europa! A segunda foi a Selfoss, que fica bem pertinho de Dettifoss. É preciso percorrer uma trilha de 1 km entre uma e outra. Selfoss é bem menor, mas também muito bonita. Fizemos um pequeno lanche por lá e seguimos para Goðafoss. Inicialmente só iríamos nela no dia seguinte, mas como o clima estava bom, decidimos alterar o roteiro e assistir o pôr do sol de lá! As cores do fim do dia deram uma tonalidade maravilhosa ao céu! Goðafoss é a cachoeira mais famosa do norte do país. Diz a lenda que o líder da Islândia, por volta do ano 1000, precisava decidir se o povo continuaria sendo pagão ou se seria convertido ao cristianismo. Ao decidir pelo cristianismo, foi até a cachoeira e jogou todas as imagens e artefatos pagãos por lá. Por isso ela foi nomeada “cachoeira dos deuses”. Como o céu estava limpo, decidimos aguardar o anoitecer para tentarmos ver a Aurora Boreal. Jantamos e aguardamos o céu ficar totalmente escuro. Esperamos no estacionamento, dentro do carro para nos abrigarmos do frio. Fomos ao mirante do lado esquerdo da cachoeira e de lá assistimos mais uma vez um lindo espetáculo da natureza! Além da cor verde, vimos uma tonalidade roxa, que é mais rara e muito linda! Foi incrível ver as luzes dançando ao som da cachoeira. Fizemos a trilha de volta até o estacionamento parando a cada minuto para observar cada novo formato que ia surgindo da Aurora. Dirigimos até o hotel muito felizes e agradecidos! Ter tido a oportunidade de ver a Aurora Boreal em um cenário como este é algo para nunca mais esquecer! Dettifoss Selfoss Goðafoss Na trilha da cachoeira, noite inesquecível 9º Dia - 18/03/2018 Onde dormimos: Hotel Laxá (Mývatn) Relato: O Hotel Laxá foi o nosso preferido da viagem, fica em frente ao lago Myvatn, em uma das regiões vulcânicas mais ativas do país e tem uma vista maravilhosa! O lago é enorme, tem 37 Km² e, por ser inverno, boa parte da sua água estava congelada! Foi nessa região que os astronautas fizeram treinamento antes de irem à Lua, entre 1965 e 1967, incluindo o famoso Neil Armstrong. A região é uma das mais parecidas com a superfície da Lua. O primeiro passeio do dia foi em “Dimmuborgir”, que é um campo de rochas vulcânicas provenientes da erupção de um vulcão que aconteceu há 2.300 anos. Não curtimos muito, fizemos uma trilha curta de uns 15 minutos, subimos em um mirante próximo ao estacionamento e seguimos para a região geothermal de “Námafjall Hverir”. Lá há várias saídas de vapor que exalam um cheiro fortíssimo de enxofre! Também há pequenos buracos de lama borbulhantes, que chegam a uma temperatura de 100 graus. Não pudemos chegar pertinho de alguns buracos, pois havia um canal de TV gravando reportagem no local. Essa região é muito interessante, vale a pena a visita! De lá seguimos para o vulcão “Krafla”. Um trecho da estrada estava com bastante neve, o carro deslizou um pouco, mas deu conta. O vulcão tem 813 metros e a última vez que entrou em erupção foi em 1727. Caminhamos um pouco ao seu redor (é possível dar a volta completa nele) e descemos a cratera no estilo tobogã, escorregando na neve até o lago que tem no centro, que estava completamente congelado! Foi bem divertido! O difícil foi subir depois, pois a cratera é enorme! Não tivemos coragem de caminhar no meio do lago, ficamos com medo do gelo não estar suficientemente duro, rs! Depois fomos visitar as “Pseudo Crateras”, que podem ser vistas em torno do lago Myvatn. Fomos na parte sul, chamada “Skútustaðagígar”. Fizemos uma trilha circular que passa por algumas crateras e vai rodeando o lago. É possível subir em algumas delas. As pseudo crateras foram criadas quando seguidas explosões de lava fundida entraram em contato com a água. Assistimos o pôr do sol de lá, com uma vista maravilhosa para o lago. Fomos ao hotel e antes mesmo do céu ficar completamente escuro já foi possível ver a Aurora Boreal de dentro do quarto! Ou seja, ela estava bem forte! Colocamos uma roupa bem quentinha e fomos correndo para a parte de trás do hotel. Outros hóspedes também estavam lá bastante eufóricos e maravilhados com o show de luzes que estávamos presenciando! Apesar de já termos visto a Aurora Boreal na Noruega e nos outros dias dessa viagem, ficamos muito impressionados com a intensidade e magnitude do que vimos! As luzes chegaram a preencher completamente o céu e dançaram para todos os lados sobre as nossas cabeças. Foi difícil decidir para onde olhar, um momento único que levaremos para toda a vida! Surreal! E foi a nossa despedida das luzes do norte, tivemos mais seis dias de viagem, mas em nenhum deles conseguimos vê-las novamente. Campo de rochas vulcânicas Dimmuborgir Região geothermal Námafjall Hverir Vulcão Krafla (Guilherme está na cratera, no lado esquerdo) / Lago Myvatn / Pseudo Cratera / Igreja na cidade de Myvatn Aurora Boreal vista da janela do quarto e do lado de fora do hotel! 10º Dia - 19/03/2018 Onde dormimos: Torg Guesthouse (Akureyri) Relato: Após o café da manhã seguimos em direção à cachoeira Aldeyjarfoss, que tem 20 metros de altura e várias colunas de basalto ao seu redor. O acesso final é por meio de estrada de terra (F-Road - F26) e apenas carros 4x4 podem passar. Porém, no inverno, essa estrada fica fechada devido à grande quantidade de neve e gelo. Estacionamos o carro em frente à placa turística com informações da cachoeira e caminhamos cerca de 2,5 km. Lemos alguns relatos com recomendações para estacionarmos o carro antes da ponte, mas, por sorte ou por estar no final do inverno, pudemos passar da ponte e dirigir um pouco mais. A estrada depois da placa turística estava com bastante gelo e não quisemos arriscar a ficar atolados em um lugar longe de tudo! O caminho que fizemos a pé (usamos crampons nas botas) é bem bonito, vai subindo e descendo a montanha com o rio ao lado. Levamos 45 minutos para chegar e valeu muito a pena, o dia estava lindo e ensolarado! Por estar fora do roteiro turístico comum e pelo acesso ser mais complicado, pouquíssimos turistas vão até lá, o que é muito bom! Ficamos um bom tempo sozinhos admirando a beleza do lugar, a força da água caindo e as lindas colunas de basalto. Era a cachoeira que mais queríamos ir, estávamos com a expectativa lá em cima e, com certeza, foi uma das mais impressionantes que vimos! Quando estávamos quase indo embora chegou um casal alemão. Conversamos um pouco, tiramos algumas fotos e até fomos convidados a nos hospedar na casa deles quando formos visitar a Alemanha. Iniciamos a trilha de volta e lanchamos no alto da montanha, com uma vista linda para o rio. Terminamos a trilha e seguimos para a cidade de Akureyri, onde passamos a noite. Ela é a quarta maior cidade do país, tem 17 mil habitantes e é considerada a capital do norte. O comércio fecha super cedo e quase não se vê pessoas caminhando nas ruas, talvez seja por causa do frio. Os semáforos vermelhos em Akureyri tem o formato de coração, muito fofo! Depois da forte crise econômica que a Islândia passou em 2008, criaram um projeto chamado “sorria com o coração”. O objetivo era fazer com que as pessoas tivessem motivos para sorrir, por menores que fossem. O tempo virou e o céu ficou completamente nublado, sem chances de ver a Aurora Boreal novamente. Onde estacionamos o carro Estrada para a cachoeira Aldeyjarfoss crampons Aldeyjarfoss Pracinha em frente ao nosso hotel em Akureyri Semáforos com formato de coração 11º Dia - 20/03/2018 Onde dormimos: North Star Hotel (Ólafsvík) Relato: Foi um dia de bastante estrada, dirigimos mais de 400 km até o vilarejo de Ólafsvík, que tem cerca de mil habitantes. Fica em uma região portuária e sua principal atividade econômica é a pesca. No caminho paramos para ver uma igreja típica da Islândia construída de pedra e coberta de palha, chamada “Víðimýrarkirkja”. Não pudemos entrar na propriedade, pois estava fechada. De lá fomos a “Hvítserkur”, uma formação vulcânica que parece um rinoceronte bebendo água. Há um mirante no local e também é possível descer o penhasco e caminhar na praia, que estava repleta de pássaros. Descemos e vimos algumas focas nadando e pulando no mar. De lá seguimos para Ólafsvík. Algumas partes do trajeto estavam com gelo e ventando bastante, por isso, é fundamental ter pneus próprios para neve. A velocidade máxima do país é de 90 km/h, mas em condições adversas, todos dirigem com mais cautela e bem mais lentos. As estradas são estreitas e na maioria das pontes só passa um carro por vez! Passamos por várias estradas de terra ao longo da viagem e quase todas estavam em ótimo estado. Sempre checávamos o site www.road.is que informa a condição de cada estrada e se ela está aberta ou fechada. No inverno é bem comum fecharem alguns acessos secundários, devido à neve. A principal estrada do país é a número 1, que dá a volta completa na ilha e tem 1.339 km de extensão. Até o momento nós já passamos dos dois mil km rodados! Por ser uma roadtrip e muitas vezes termos que dirigir em lugares ermos, é recomendável comprar um chip de internet para poder chamar ajuda, caso seja necessário, além de facilitar as pesquisas durante o trajeto. Nós compramos o chip da EasySim4u, uma empresa americana que fornece planos de internet para mais de 140 países. A internet é ilimitada, mas é um pouco lenta para carregar fotos e sites. Para whatsapp e ligação do Skype funcionou perfeitamente! Recomendamos, mas não espere nada muito rápido, custou 54 dólares. Formação rochosa Hvítserkur / Cavalos típicos islandeses / Estrada coberta de neve / Carro em um mirante / Pneu especial 12º Dia - 21/03/2018 Onde dormimos: North Star Hotel (Ólafsvík) Relato: O primeiro destino do dia foi o Parque Nacional Snæfellsjökull, que fica no oeste da Islândia e tem muitas paisagens lindas. Subimos na cratera do vulcão Saxhóll, que tem 109 metros de altura. Lá de cima dá para ver outras crateras e o oceano Atlântico. A Islândia tem mais de 200 vulcões! De lá seguimos para a praia Djúpalónssandur que, como todas as outras que fomos, tem a areia bem preta. Para chegar até a praia fizemos uma pequena trilha passando por pedras vulcânicas e um lago cheio de icebergs. Vários destroços de um navio britânico que naufragou em 1948 estavam espalhados na areia. Dos 19 tripulantes, apenas cinco sobreviveram. O mar estava bem agitado, batia nas pedras com força, espalhando água para todos os lados. Pena que estava bem nublado e garoando. Nossa última parada no Parque foi na região de Lóndrangar, situada na costa sul da península de Snæfellsnes. O que atrai muitos turistas até lá são as duas torres de pedra vulcânica que estão próximas ao desfiladeiro. Uma tem 75 metros e a outra 61, e juntas formam uma paisagem única e um visual incrível! Mesmo embaixo de chuva e forte vento, ficamos por lá cerca de uma hora. Se já estava bonito com o clima ruim, imagine com o dia ensolarado! Como estávamos muito molhados, decidimos voltar ao hotel, trocar de roupa e almoçar. No caminho passamos por uma igreja típica islandesa chamada Búðakirkja. Ela é pequena e charmosa, toda preta com as portas e janelas pintadas de branco. Ao lado dela tem apenas um hotel. À tarde fomos ao Kirkjufell, uma montanha cónica que é um dos símbolos da Islândia. Ficamos no carro mais de uma hora esperando o clima melhorar! Quando deu uma trégua saímos e fizemos uma pequena trilha até a cachoeira Kirkjufellfoss. É de lá que se tem uma vista perfeita da montanha. E apareceu um arco-íris para deixar a paisagem ainda mais interessante! Retornamos para o carro quando a chuva apertou, o frio estava intenso! Fomos embora às oito horas da noite e ainda estava um pouco claro! O plano inicial era tentar ver a Aurora de lá, mas o clima não ajudou, o céu estava completamente nublado! Desde que chegamos à Islândia o tempo de luz do dia aumentou quase uma hora, em 12 dias! No verão o sol chega a estar presente quase 24 horas por dia, esse fenômeno é conhecido como o “sol da meia noite”. Nessa época é impossível ver a Aurora Boreal! Praia Djúpalónssandur Destroços do navio britânico Lóndrangar Kirkjufellfoss 13º Dia - 22/03/2018 Onde dormimos: North Star Hotel (Ólafsvík) Relato: Acordamos tarde, tomamos café da manhã e saímos para dar uma volta na pequena cidade litorânea de Ólafsvík. Passamos pela igreja e pela escola, no caminho vimos várias crianças pequenas indo sozinhas para a aula. Depois subimos até a cachoeira Baerjafoss, cercada de montanhas nevadas que rodeiam o vilarejo. De lá seguimos para Arnarstapi, que também está localizada na península de Snæfellsnes. Lá fizemos uma trilha pela costa, entre a estátua de Bárður Snæfellsás, protetor da península e o pequeno porto de Stapi. O lugar é maravilhoso, cercado de penhascos enormes e repletos de gaivotas! A cada curva um cenário mais bonito que o outro! Ficamos horas passeando por lá! Pegamos chuva, vento, sol e neve! O clima na Islândia muda muito rápido, é impressionante! O arco de lava Gatklettur é a formação rochosa mais famosa da região. Atrás dele está o lindo monte Stapafell, com seu topo nevado em formato de pirâmide. Voltamos para Ólafsvík, abastecemos o carro (como bebe, rs!), comemos, tomamos banho e fomos dar uma volta em busca da Aurora Boreal, mas novamente o clima não ajudou, estava começando a nevar! Vilarejo de Ólafsvík Baerjafoss Arnarstapi e seus belos penhascos Gatklettur Monte Stapafell 14º Dia - 23/03/2018 Onde dormimos: 4th Floor Hotel (Reykjavík) Relato: Saímos da cidade de Ólafsvík rumo à capital do país. No caminho pegamos muita neve e alguns trechos da estrada estavam completamente brancos, muito bonito! Chegamos na hora do almoço e, por sorte, nosso quarto já estava liberado para check in! Deixamos as coisas lá, almoçamos e fomos conhecer a cidade a pé! Ela não é muito grande, tem apenas 126 mil habitantes (a Islândia tem 320 mil). Seu cartão postal mais famoso é a Catedral Hallgrímskirkja, que foi inaugurada em 1986 e levou 41 anos para ficar pronta. Sua arquitetura foi inspirada nas colunas de basalto presentes ao redor da cachoeira Svartifoss. De lá fomos até a orla, passando pelas casas coloridas e ruas estreitas repleta de lojas, restaurantes e barzinhos. Vimos a escultura “Solfar” que representa a história do povo islandês. Logo ao lado está o centro de convenções “Harpa”, com a fachada toda de vidro, muito bonito e moderno. Passeamos pelo lago da cidade que estava cheio de patos e gansos sendo alimentados por algumas criancinhas! De lá fomos comer o famoso cachorro quente da Islândia, que dizem ser o melhor do mundo! O trailer ficou famoso após o ex-presidente Bill Clinton comer um durante sua visita ao país. Os ingredientes são: cebola crua, cebola frita, ketchup, mostarda e salsicha de cordeiro. Não sei dizer se é o melhor do mundo, mas é delicioso e muito saboroso, até repetimos! Fomos a algumas lojinhas e ao supermercado Bônus, o mais tradicional do país. Depois voltamos para o hotel. Catedral Hallgrímskirkja O famoso cachorro quente da Islândia Centro de convenções Harpa Escultura Solfar 15º Dia - 24/03/2018 Onde dormimos: 4th Floor Hotel (Reykjavík) Relato: Fomos a uma das atrações mais famosas da Islândia, a “Blue Lagoon”, que é um spa geotermal com água aquecida naturalmente. Ele fica em um campo de lava a 45 minutos da capital, Reykjavik. A lagoa é enorme, tem 8.700 m², nove milhões de litros de água e temperatura média de 38°C. Ao lado tem uma usina elétrica chamada Svartsengí, que utiliza a atividade geotermal da região para gerar energia. Antigamente a água que sobrava dessa usina era depositada ao lado e como ela era rica em minerais, sílica e algas, algumas pessoas começaram a se banhar ali com o objetivo de curar doenças de pele, como psoríase. Com o tempo, várias outras pessoas passaram a frequentar o local para lazer. Daí, em 1987 criaram o Spa e desde então ele vem sendo constantemente ampliado e renovado. Possui restaurante, bar, área de massagem e até um hotel de luxo. Em 2012 foi considerado pela National Geographic uma das “25 maravilhas do mundo”! Na recepção todos recebem uma pulseira eletrônica que serve para abrir e fechar o armário e para a compra de bebidas. É obrigatório tomar banho antes de entrar na lagoa e tem que ser sem roupa de banho! Guardamos nossas coisas no armário e finalmente entramos naquela água maravilhosamente quente! O ambiente fica todo esfumaçado, o que dá um charme a mais ao cenário! Exploramos cada cantinho e tomamos o drink cortesia para comemorar a viagem incrível! Passei máscara de sílica no rosto que fica disponível em um quiosque no meio da lagoa. Tem que deixar de 5 a 10 minutos, até ficar dura e seca. Faz uma limpeza profunda na pele, dá para sentir a diferença na hora, a pele fica bem macia! Já o cabelo fica muito ressecado, a sílica o deixa duro, tive que ir algumas vezes ao vestiário passar condicionador, que fica disponível para todos. Ficamos um pouco mais de 4 horas por lá e não dá vontade de sair, de tão gostoso! Pegamos sol e neve, o clima na Islândia é realmente maluco! Foi lindo ver a lagoa azulada, a fumaça esbranquiçada e a neve caindo! E não sentimos frio, impressionante! Voltamos para Reykjavík, deixamos o carro no hotel e caminhamos sem rumo pela cidade. Adoramos fazer isso! Depois do jantar arrumamos as malas, pois nosso voo sairia cedo no dia seguinte! Triste partir de um lugar que gostamos tanto! Foi uma viagem incrível, dirigimos 2.560 km, vimos muitas paisagem maravilhosas e aprendemos muito! A Islândia com certeza vai deixar saudade! Blue Lagoon Gastos da viagem para o casal: Gastos Valores: Hotéis* R$5.401,25 Passagem - British Airways (112.000 milhas + taxas) R$883,00 Aluguel do carro - Budget R$6.270,10 Dinheiro R$1.405,45 Cartão de crédito (gasolina e estacionamentos) R$1.977,86 Passeio: Blue Lagoon R$718,61 Passeio: Snorkel Silfra R$1.021,50 Chip celular Easysim4u R$199,11 Seguro viagem Mondial** R$337,98 TOTAL = R$18.214,86 *Todos os hotéis foram reservados no site: www.hoteis.com **Sempre viajamos usando o seguro do cartão de crédito, mas quando a passagem é emitida com milhas, a Mastercard não disponibiliza mais o seguro gratuito. 11 Citar
Membros isaribeiro Postado Dezembro 24, 2018 Membros Postado Dezembro 24, 2018 Meu deus que viagem perfeita! Parece um sonho! Obrigada por esse relato incrível!!! 1 Citar
Membros lobo_solitário Postado Dezembro 24, 2018 Membros Postado Dezembro 24, 2018 @paulaamelo parabéns pelo excelente relato! Bem detalhado e ainda com os custos para o pessoal ter noçao de como é fazer uma viagem pra lá. Parabéns! 1 Citar
Colaboradores Juliana Champi Postado Janeiro 20, 2019 Colaboradores Postado Janeiro 20, 2019 Maravilha, obrigada por compartilhar! Muito inspiradora! 1 Citar
Membros Robertausf Postado Junho 18, 2019 Membros Postado Junho 18, 2019 Paula, parabéns pelo relato. Estou indo com mais 4 pessoas em outubro e não vejo a hora. o Cambio vocês fizeram tudo no aeroporto? Citar
Membros victorprado Postado Junho 18, 2019 Membros Postado Junho 18, 2019 Que sorte vocês tiveram com o tempo!!! Uma amiga pegou 7 dias seguidos de chuva lá agora em abril.. E qual câmera vocês usaram? Levaram drone? Abs. Citar
Membros paulaamelo Postado Julho 16, 2019 Autor Membros Postado Julho 16, 2019 @Robertausf Olá Roberta, muito obrigada! Sim, fizemos o cambio todo no aeroporto, logo que chegamos. Na volta, também no aeroporto, trocamos o que sobrou por euros. Ótima viagem, vocês vão amar!!! Citar
Membros paulaamelo Postado Julho 16, 2019 Autor Membros Postado Julho 16, 2019 @victorprado Oi Victor! Sim, levamos drone (Mavic Pro) e duas câmeras (Canon 6D e Sony a6300). É normal chover muito na Islândia, tem que ir preparado, levar roupas impermeáveis. Dos 15 dias de viagem só vimos a Aurora em 4. Pegamos muitos dias nublados... mas lá é lindo de qualquer jeito, com qualquer clima! Citar
Colaboradores _Umpdy Postado Julho 16, 2019 Colaboradores Postado Julho 16, 2019 Oi @paulaamelo Esse relato está salvo nos meus favoritos. rs Eu acompanho o insta do Guilherme, baita de um fotografo.. Já deixo a pergunta aqui, vai rolar o relato da Noruega também? haha É outro sonho! Citar
Membros paulaamelo Postado Julho 23, 2019 Autor Membros Postado Julho 23, 2019 Olá @_Umpdy ! Não sei, comecei a fazer o relato da Noruega, mas não finalizei. Dá trabalho... mas devo fazer sim. Gosto de ler depois e lembrar dos destalhes... Obrigada pelo elogio ao Guilherme, também acho ele muito bom! Boas viagens para você!!! Citar
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