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Dia 9 – Alter – Rio Arapiuns

Nesse dia acordei cedo pra fazer o passeio que mais gostei da viagem. Depois do café saímos novamente de lancha ali do CAT (Centro de Atendimento ao Turista). Como o tempo estava nublado e com bastante vento, antes de atravessar o rio Tapajós, o Reinaldo, nosso grande guia, resolveu ir conosco até a ponta de pedra. Onde demos uma parada rápida, meia hora pra conhecer e tirar umas fotos.

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Depois fomos pro rio Arapiuns. A primeira parada foi numa comunidade bem humilde que vendia artesanato, Urucurea. As casas não eram de alvenaria e a energia era através de placa solar.

O artesanato produzido pela comunidade é MT bonito e por preços ótimos, aconselho muito a compra, pela qualidade e por comprar diretamente com os produtores.

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A segunda parada foi na comunidade Coroca onde almoçamos, conhecemos o lago onde criam tartarugas, os animais foram uma doação e não procriam, não há uma explicação para isso, diversos biólogos já foram ao local e existem diversas suposições, desde número muito maior de machos do que de fêmeas até a possibilidade disso ocorrer, pois as tartarugas vieram de outro rio. 

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Há também a visitação a criação de abelhas sem ferrão. Depois vai até a loja onde vendem artesanato, mel, pimenta..

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Depois das visitas, que achei pouco interessante, foi hora do almoço. Fizeram 2 peixes na brasa, tambaqui e um pedaço de pirarucu, ambos estávamos deliciosos.

A cerveja Tijuca era vendida 3 latas por 10 reais.

Depois do almoço, um café pra despertar e fomos pra ponta grande, uma das praias mais bonitas que vi em Alter.

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Depois de um tempo nesse lugar lindo, fomos ver o por do sol na ponta do cururu, mas o tempo estava bastante nublado. Acabamos indo embora e ao chegarmos CAT o céu tava num colorido bem bonito.

 

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A noite teve roda de choro no bar Dona Gloria. Bem legal, a música foi até tarde e o povo contando e dançando na rua, na chuva. A roda é gratuita, acontece na varanda do bar. Antes é claro rolou um sanduíche no x-Bom.

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Dia 10 – Alter do Chão x Belém

 

O povo do hostel tinha combinado de acordar cedo, ver o sol nascer na ilha do amor e subir o morro da piraoca. Mas, como praticamente tds os dias da viagem, o tempo amanheceu bem nublado e acabou não acontecendo.

Combinei do taxi me buscar às 11h para me levar pro aeroporto. O valor do trecho é R$100. Geralmente tem gente pra dividir.. Eu consegui dividir o carro com mais 2 hóspedes. O aeroporto de Santarém é bem pequeno e o voo saiu no horário previsto.

O aeroporto de Belém não é muito distante do Centro da cidade, o uber deu 16 reais. Deixei a mochila no hostel, tomei um banho e fui tentar comprar meu ticket pra Marajó pra manhã seguinte. Os guichês do terminal estavam fechados, o segurança do local informou que o “golfinho” que faz a viagem direto até Soure, não funciona aos domingos. Então o caminho mais rápido seria pegar a lancha rápida, às 7h da manhã, até Camará, e de Camará pegar transporte até Soure.. Depois desse péssima notícia, só me restou tomar uma cerveja no amazon beer, nas docas.

Então quem pretende ir até Marajó, aos domingos não tem a lancha golfinho, que faz o trecho em aproximadamente 2h até Soure! Ela sai às 7h da manhã. O barco lento sai às 10h.

Vi o por do sol e experimentei alguns chopps, confesso que não achei nada demais, um chopp comum como vemos em vários lugares do país, acho que eu estava esperando um “sabor regional” rsrsrs

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Depois do chopp fui ao Tomaz – Culinária do Pará. É meio que uma lanchonete só de comida regional, tem tacacá, maniçoba, vatapá.. O valor é bem acessível, uns 18 reais cada prato.

No fim da noite fomos ao Espaço Cultural Apoena, nesse sábado tinha carimbo no local. A casa tem uma programação legal, vale a pena dar uma conferida quando estiver em Belém. O valor do evento era R$15. Como eu tinha que estar às 6h da manhã no terminal para comprar o ticket da balsa rápida pra Marajó, acabei só tomando uma cerveja e indo embora antes do carimbo começar.

Todos os trechos eu fiz de uber, os valores foram inferiores a 10 reais.

 

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Dia 11 – Belém x Ilha de Marajó (praia do pesqueiro)

Esse foi um dia loooooongo.. cheguei ao terminal hidroviário às 6h da manhã, como a embarcação é pequena e os lugares são marcados, fui orientada a chegar com 1h de antecedência. Comprei minha passagem para Camará – 35 reais, tomei café na lanchonete que fica na área de embarque – 6 reais (café e um queijo quente).

O barco saiu umas 7:15 e chegamos em Camará umas 9h da manhã. Do lado de fora do porto ficam diversos veículos oferecendo transporte. Vou indicar o Edgar Transporte e Turismo, que eu acabei pegando sem saber, mas descobri que é o melhor transporte da ilha. É uma rede de micro ônibus. Eles te pegam no porto, em Camará, chegam em Salvaterra, atravessam de balsa até Soure, e em Soure te levam até o local onde vc está hospedada, tudo isso por R$13.

Umas 11h da manhã eu já estava no Hostel Tucupi. Fui muito bem recebida pela equipe, o quarto ainda não estava disponível, pois os outros hospedes ainda não tinham feito o check out. Me disponibilizaram um locker na sala. Tomei um banho e o Sergio chamou pra mim um moto taxi pra me levar a praia do pesqueiro, onde as outras hospedes já estavam. No hostel tem também a opção de alugar bicicleta, mas como eu não sabia como era o caminho, preferi o moto taxi. Do hostel a praia – 15 reais.

Vou falar só um pouco sobre o deslocamento em Soure, capital da Ilha de Marajó. A ilha não tem uma estrutura turística como encontrei em Alter. E as praias estão distante do Centro. Então não importa onde vc se hospede em Soure, vc vai precisar de algo pra chegar até a praia (moto, taxi, bicicleta..). 

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A praia do pesqueiro possui diversos quiosques e barracas com cadeira na beira da areia. Eu fui no período em que os rios estão baixos, então a água ficava lá longe, confesso que fiquei com preguiça e nem me molhei.

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Nesse dia o tempo fechou e caiu uma forte chuva, mas logo logo passou, aproveitamos o tempo da chuva pra nos abrigarmos no quiosque e almoçarmos.

Comemos filhote e dourada, 2 peixes bem típicos da região.Servidos extremamente frescos.

No horário agendado o moto taxi apareceu para nos buscar.

Nesse dia estava tendo festa do Cirio em Salvaterra, resolvemos ir para conhecer. Deixando claro que esse tipo de informação só consegui acessar graças ao Sergio lá do hostel, que não somente deu a informação, como também nos acompanhou no passeio.

Fomos até o porto onde chega a lancha golfinho e pegamos um barco pra Salvaterra. O que me impressionou foi a habilidade da galera que dirige o barco, eles fazem isso com os pés.

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Após alguns minutos navegando lentamente chegamos na cidade vizinha. A praça estava enfeitada e num outro espaço tinha várias barracas vendendo comidinhas. Não ficamos muito no local, pois  chegamos a noite e a festa tinha iniciado pela manhã. Então não tinha muita coisa além da galera bastante alcoolizada 🤣

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Voltamos para Soure e fomos ao restaurante Calhau. A play list do local é divina, o dono extremamente simpático e a cerveja super gelada, Original – 9 reais. Comi um crepe de chouriço que estava delicioso – 15 reais. O file marajoara custa 30 reais.

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Dia 12 – Ilha de Marajó (Comunidade do Céu)

Esse foi um dia bem especial. Novamente graças as dicas do Sergio, conheci a comunidade do Céu e o seu Catita, morador da comunidade do Pesqueiro e uma pessoa maravilhosa.

Aluguei uma bicicleta e pedalei até a comunidade do Pesqueiro, vila localizada a esquerda da entrada da praia de mesmo nome. São aproximadamente uns 8km, a estrada é ótima, plana, em meia hora de pedal já estava na comunidade.

Como a orientação dada pela equipe do hostel, perguntei ao moradores locais onde morava o Seu Catita, bem rápido encontrei a casa do Seu Catita, que me recebeu da melhor forma possível. A comunidade do Pesqueiro é bastante humilde e seu Catita mora no local desde que nasceu, há 62 anos.

Enquanto ele foi arrumar o barco e as hóspedes que viriam de moto taxi não chegavam, tirei algumas fotos da vila e da arrumação do barco para receber o seu dono e mais 4 passageiras.

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Grupo formado, barco arrumado, fomos definir o que seria feito. O Seu Catita realiza a travessia do rio até a outra margem, onde se inicia uma longa caminha ou pedalada até a vila do Céu. Mas há também a opção de fazer um passeio por um igarapé. Eu super indico fazer isso, visto que o lugar é lindo e o seu Catita é um poço de simpatia e histórias sobre aquele local.

 Iniciamos o passeio pelo igarapé e o nosso grande guia foi mostrando os pássaros, os caranguejos, as casas onde as pessoas ficam temporariamente para pegar côco, contando a história de vila de pescadores onde mora há mais de 6 décadas, falando sobre a chuva e a maré que destruiu a vila e fez com que ela tivesse que mudar de local..

Fizemos uma parada no meio do rio para um banho, o seu Catita foi a primeiro a dar um mergulho e ficamos um bom tempo nos refrescando e ouvindo as histórias. Tomamos banho de lama e voltamos ao barco para continuar o passeio.

 

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Depois do passeio pelo igarapé, ficamos na outra margem do rio, onde começaríamos a caminhada para a comunidade do Céu. Antes disso o seu Catita ainda demonstrou como de descasca um côco na âncora do barco e nos deu para beber. O passeio ficou R$50 por pessoa.

 A caminhada é longa, mas a paisagem é incrível e vc nem sente. No início não dá pra pedalar, mas no meio do caminho já é possível fazer de bicicleta. A impressão que se tem é que a comunidade nunca chegará, mas quando menos se espera, a esquerda, vc verá o quiosque de palha onde colocam as mesas para atender os turistas.

A praia é realmente incrível e tanto o caminho como o local onde ficamos é paradisíaco.

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Foram algumas horas de bom papo, cerveja gelada e comida deliciosa numa paisagem incrível. Pedimos de entrada uma porção de camarão – 10 reais. Pedimos também carne de caranguejo, mas não tinha no momento, mas um pouco depois apareceu um pouco pra gente. A Paula, que nos atendeu nesse dia (uma pausa aqui pra falar que o atendimento foi maravilhoso e merecedor de muitas gorjetas pelo ótimo serviço prestado), falou que não tinha caranguejo, mas que a mesma conseguiu arrumar um pouco e fazer uma pequena prova para gente ❤️

A cerveja Tijuca super gelada era 8 reais e a refeição (peixe) para 2 pessoas era 30 reais.

Depois dessa experiência maravilhosa, tava chegando a hora de pegar a bicicleta e pedalar mais uns 16km até Soure. Optei por retornar por esse caminho para conhecer outra paisagem. É possível tanto ir quanto voltar sem passar pelo rio (mas aí vc perde o seu Catita), a estrada começa na comunidade do Céu vai por dentro de uma fazendo que é linda, mas há uma “portaria” onde cobram um valor para vc passar. Me cobraram 10 reais, mas como eu só tinha 5 trocado, ficou por esse valor mesmo, mas falam que o valor não é fixo, tem dias que cobram 5, dias que cobram 15..

O caminho é lindo. Desde a comunidade com suas casas coloridas, até a fazenda com suas partes alagadas, búfalos, guarás..

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Depois de um dia desse com paisagens lindas, rolou um jantar no hostel regado a caipirinha de manga, caju, muruci, limão.. Um dia realmente inesquecível!

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Dia 13 – Ilha de Marajó (praia de Barra Velha) x Belém

Esse dia amanheceu chuvoso, mas assim que a chuva parou peguei a bicicleta e fui conhecer a praia da barra Velha. O caminho tava com bastante lama, por causa da chuva, mas deu pra fazer sem grandes problemas. No fim do caminho tem um passadiço de madeira que leva até a praia. No local existem 2 bares/restaurantes.

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Depois de um tempo na praia e de beber um côco era hora de voltar ao hostel, arrumar as coisas, pois o micro ônibus do Edgar Transporte iria me buscar lá. O transporte e o ticket do barco foram reservados previamente pela equipe do Hostel Tucupi.

Era uma terça-feira e havia a opção de usar a lancha golfinho, que é rápida e faz o percurso Soure x Belém, mas como eu quis aproveitar meu último dia na ilha, optei pela lancha rápida que sai de Camará às 15h, o ônibus me buscou no hostel às 12:30.

Obs: esqueci meu doce de leite de búfala no hostel (10 reais) quando cheguei com o ônibus na balsa para atravessar o rio, adivinha? O Sergio estava lá pra me entregar o doce. Fui embora de Marajó com coração partido, a ilha é linda, conheci pessoas sensacionais e o Tucupi foi uma hospedagem maravilhosa 😍

Pouco depois das 17h eu cheguei em Belém, peguei um uber pro Ôvibe hostel. Depois de um banho saí pra comer, pois só havia tomado café cedo e um açaí ao sair de Marajó. Acabei comendo na Tapioca do Mosqueiro, pois era relativamente próximo do hostel. Tapioca gostosa e preço justo.

Mais tarde encontrei uma galera e fomos beber no tradicional bar Meu Garoto no Centro de Belém. Ficamos no bar até sermos expulsas, pois eles estavam fechando.  😱

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Dia 14 – Belém

Nesse dia acordei com uma ressaca absurda, acabei ficando na cama até umas 11h, quando enfim tive forças pra levantar e ir dar uma volta pelor Ver-o-Peso. A ideia inicial era fazer Mangal das Garças, Forte, Casa das 11 janelas.. Mas eu não estava muito disposta a ficar caminhando no clima nada ameno de Belém. Não que a cidade não mereça várias caminhadas, mas eu já tava no fim da viagem e tinha exagerado na cerveja na noite anterior.

Peguei um uber até o Ver-o-Peso e fiquei um bom tempo percorrendo as barracas, provando e comprado castanha, cachaça de jambu, licor de açaí, frutas.. Depois fui pra parte dos óleos e sabonetes, que é uma verdadeira diversão.  

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Depois de caminhar e comprar vááááárias coisas, fui almoçar no renomado Box da Lucia. Realmente a comida é bem gostosa, simples, mas muito bem feita. O peixe dourada para 2 pessoas – 45 reais.

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Fui ficar um tempo nas docas pra aproveitar o ar e dar uma respirada do calor absurdo que estava fazendo. Tomei sorvete na Cairu, escolhi o de açaí com tapioca, mas existem dezenas de sabores, um mais delicia que o outro, experimentei uns 5 antes de escolher. Sorvete 1 bola – R$8,50.

Voltei pro hostel e esperei o sol começar a se despedir e fui caminhando até  a lanchonete Portinha, que eu tinha lido várias coisas na internet que valia a pena conhecer para comer os salgados com recheios regionais. Mas não me atentei que o local só abre sexta, sábado e domingo, então caminhei meia hora a toa.

Após a decepção de não provar os salgados, fui caminhando até a praça do relógio, mas não me senti muito segura no local e peguei um uber de volta ao hostel.

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Como no Ôvibe tem bar e hamburgueria que ficam abertos também para não hospedes, acabei ficando essa última noite por lá tomando cerveja e batendo papo com as pessoas. No fim da noite subi para arrumar as coisas e descansar.

 

Dia 15 – Belém x Rio de Janeiro

O uber do hostel até o aeroporto foi 32 reais, provavelmente por ser de madrugada.

 

 

Enfim.. os lugares que visitei foram gratas surpresas. Paisagens e momentos inesquecíveis!

Estou aqui disposta a tirar dúvidas que estiverem ao meu alcance 😁

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