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Tomando um banho nas Cataratas do Iguaçu


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… / De repente parei. Longe, bem longe / Um ruído indeciso, informe ainda / Vinha às vezes, trazido pelo vento. / Apenas branda aragem perpassava / E pelo azul do céu, nenhuma nuvem. / Que seria? De novo caminhando / Mais distinto escutava o estranho ruído / Como que o ronco baixo e surdo e cavo / De um gigante de lenda adormecido. / …

… / A cachoeira, Senhor! A cachoeira! / Era ela. Meu Deus, que majestade! / Desmontei. Sobre a borda da montanha / Vendo a água lançando-se em peitadas / Em contorções, em doidos torvelinhos / Sobre o rio dormente e barulhoso / Eu tive a estranha sensação da morte. / …

Ah, Vinicius de Moraes… Se eu não tivesse visto a grandiosidade e a imponência dessa água que, abundante e quase que infinita aos olhos, desce pelas pedras e resvala num paredão [não mais de pedra, mas de água], formando um nevoeiro, um amontoado de partículas que nos atinge. Nos molha. Nos diverte. Nos encanta. Esse é o poder das Cataratas do Iguaçu. Não que o grande poeta estivesse pensando nelas, mas pelo menos quando eu escolhi esse poema, eu estava.

Continue lendo em: http://filosofiadeviajante.com.br/2018/11/27/tomando-um-banho-nas-cataratas-do-iguacu/

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