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Farei um relato dividido entre as 3 etapas da viagem: 1. cataratas e as cidades da tríplice fronteira (Foz, Puerto Iguazu e Ciudad del Este); 2. Assunção, capital do Paraguai; e 3. Missões Jesuíticas do Paraguai e Argentina.

Informações e Custos:

  • DATA DA VIAGEM: FERIADO DE 15 DE NOVEMBRO de 2017 (08 a 19/11/2017)
  • Transporte: ônibus e Carro alugado (Kia Picanto, 1.0)
  • Grupo: 5 Mulheres
  • Passagem aérea Recife/Foz: R$ 415,00
  • Aluguel do carro em Cidade do Leste, 8 diárias: 300 dólares com entrega em casa, 2.000 km disponíveis, seguro e Carta Verde Internacional ou R$ 975 total (R$ 195/Pessoa); Vip Rent Car Paraguay, Contato: John (+595 974 19 7485)
  • Gasolina e Pedágios no Paraguai: 600.000 Guaranis ou R$ 428 (R$ 86/Pessoa)
  • Hospedagem em Foz do Iguaçu: casa de amigos, grátis
  • Hospedagem em Assunção (Paraguai): Albergue Panambi, 2 quartos sem café, 3 diárias por 123 dólares total ou R$ 402 (~ R$ 26/pessoa/dia)
  • Hospedagens em Encarnação (Paraguai): Hostel Dona Manuela, 1 quarto coletivo, 1 diária por 300.000 guaranis total ou R$ 176 (R$ 35/pessoa); e Casa de uma moradora local, 1 diária por 250.000 guaranis ou R$ 147 (R$ 30/pessoa)
  • Ingresso Parque Nacional do Iguaçu (Brasil): R$ 39,00 (conseguimos grátis porque uma amiga trabalha na área)
  • Estacionamento Parque Nacional do Iguaçu (Brasil): R$ 22 (R$ 4,40/pessoa)
  • Ingresso Marco das Três Fronteiras (Brasil): R$ 18
  • Ingresso Parque Nacional del Iguazu (Argentina): 480 pesos, R$ 89/pessoa
  • Estacionamento Parque Nacional del Iguazu (Argentina): 100 pesos, R$ 19 (R$ 3,70/pessoa)
  • Ingresso único Missões Jesuíticas do Paraguai: 25.000 Guaranis, R$ 15/pessoa
  • Ingresso único Missões Jesuíticas da Argentina: 170 pesos, R$ 32/pessoa
  • Ingresso Circuito Especial de Itaipu: R$ 78/pessoa
  • Câmbio Real x Dólar = 3,25 x 1,00
  • Câmbio Real x Peso Argentino = 5,40 x 1,00
  • Câmbio Real x Guarani Paraguaio: 1.400x1,00 (Foz) e 1.700x1,00 (Assunção) 

Sobre as Cataratas: visite os dois lados dos parques nacionais (2/3 das Cataratas ficam na Argentina e 1/3 no Brasil). Do lado argentino você fica “sobre” e “dentro” das quedas d’água. Do lado brasileiro você fica de “frente”. É super interessante ir aos dois e analisar as perspectivas e sensações que cada ângulo de vista proporciona.

Adicionamos à nossa viagem uma imersão pelo Paraguai, saindo de Cidade do Leste rumo a capital, Assunção, depois em direção ao extremo sul do país (Encarnação) na divisa com a cidade argentina de Posadas.

Achamos o Paraguai um país incrível, muito melhor do que se pinta. Aquilo que se vê nas primeiras ruas de Cidade do Leste, uma espécie de Rua 25 de Março, não representa em nada a realidade do país. Boa parte das pessoas que dizem conhecer o Paraguai só conhece esse pedaço e por isso tem opiniões negativas.

O país surpreende com estrutura de estradas razoáveis (variando de ótimas a não tão boas). Lembra muito viajar pelo brasil central (Goiás, Tocantins, Mato Grosso) com extensas planícies agrícolas, plantações a perder de vista, silos, montanhas ao longo na paisagem e cidades pequeninas entre os grandes eixos urbanos.

O povo é muito simples, gentil e hospitaleiro. Sempre disposto a ajudar, explicar pausadamente para se fazer entender. Muito conscientes sobre sua origem indígena e de seus problemas políticos e sociais atuais. Dê uma chance ao Paraguay e se surpreenderá. O país é muito mais do que compras de quinquilharia.

E para completar com a cereja do bolo, visitamos 6 sítios arqueológicos que compõem o complexo das Missões (ou Reduções ou Ruínas) Jesuíticas, sendo 3 no sul do Paraguai e 3 na província argentina de Misiones.

São vestígios de civilizações inteiras que chegaram a ter mais de 4 mil indígenas guaranis sob a dominação de alguns poucos evangelizadores jesuítas. Um pedaço único da história mundial que foi lindamente restaurado e tombado pela Unesco como patrimônios da humanidade. É imperdível.

Antes de visitá-las recomendo assistir ao filme “A Missão” com o Jeremy Irons para ter uma noção da grandiosidade, importância e impacto das missões jesuíticas em toda a vida indígena dos povos Guarani e a guerra com os Bandeirantes. Disponível no youtube.

O nosso percurso foi o seguinte:

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CONTINUA...

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PARTE 1 – CATARATAS E TRÍPLICE FRONTEIRA BRASIL, ARGENTINA E PARAGUAY

DIA 1 – CHEGADA, CÂMBIO E COMPRAS

Chegamos em Foz 10:30h. Ganhamos carona do aeroporto até a casa, situada no bairro Jardim Florença, muito fora de mão para quem estiver sem carro, mas próximo à Unila e Itaipu.

Recomendo a hospedagem na região do centro, próxima ao terminal de ônibus porque a cidade é toda conectada e bem-servida de ônibus, incluindo ônibus para as cidades de Puerto Iguazu na Argentina e Cidade do Leste no Paraguai.

Fizemos compras de comida e cambiamos todo o peso argentino e uma parte do guarani na Scapinni Câmbio dentro do Supermercado Big, rua David Muffato, 103. 

DIA 2 – CATARATAS LADO ARGENTINO + PUERTO IGUAZU + MARCO DAS TRÊS FRONTEIRAS NA ARGENTINA

Dicas para conhecer as Cataratas do lado argentino: Sair cedo de Foz; Levar lanches e água porque lá é caro; visitar a Garganta do Diabo por último, de manhã fica muito cheio de gente e a tarde vazio; fazer as trilhas do Circuito Inferior e do Circuito Superior; um dia inteiro é suficiente para tudo.

O John, da Vip Rent Car nos entregou o carro em casa cedo. O pagamento foi feito integralmente em real (considerando a cotação do dólar no dia) na hora da entrega.

Optamos por alugar carro no Paraguai porque a maior parte da nossa viagem seria por lá. Analisamos a relação custo x benefício, fizemos contas e verifiquei vários relatos aqui sobre o tal Seguro Carta Verde que já estaria incluído na locação.

Saímos por volta de 9h. Do centro de Foz até o posto fronteiriço da Argentina são ~ 12km. Não tinha fila. Apresentamos e carimbamos passaportes, os documentos do carro, o Seguro Carta Verde e fomos autorizadas a entrar (o Seguro Carta Verde funcionou tranquilamente na fronteira Foz-Puerto Iguazu).

Da fronteira seguimos por ~ 30km pela RN101 e chegamos ao Parque Nacional del Iguazu. O estacionamento é bem demarcado e a portaria está logo em frente.

O Parque possui infraestrutura e limpeza impecável, atendimento em diversos idiomas e turistas de todas as partes do mundo. Dentro tem o Trem Ecológico da Selva para circulação dos turistas entre as diversas áreas do parque.

O trem faz 3 conexões: Estação Central (situada logo na entrada), Estação Cataratas (intermediária de onde saem diversas atrações e trilhas) e Estação Garganta do Diabo (ponto final). A circulação pelo trem ao longo do dia é livre com o ingresso. Não tem como fazer a viagem da estação central até a garganta direto. É obrigatório descer na estação cataratas e fazer a troca. Pelo que percebi isso é para controlar o fluxo de turistas na Garganta.

Como não sabíamos a distância entre a estação Central e a Cataratas esperamos o trem por ~ 15 minutos na recepção. Mas depois vimos que a distância era ridícula e não havia necessidade de esperar; para poupar tempo indico ir caminhando da portaria até a Estação Cataratas e dali pegar o trem para a Estação Garganta do Diabo.

Na Estação Cataratas havia uma MULTIDÃO de pessoas e entrega de senhas. Estava bem sinalizado e organizado, apesar da quantidade (desanimadora) de gente. Pegamos senha e só conseguimos sair dali rumo à Estação Garganta do Diabo depois de mais de 1h.

Mapa – Circuitos e Trilhas – Parque Nacional del Iguazu (Cataratas lado Argentino)

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Cataratas Lado Argentino – Estação Cataratas à espera do trem

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Cataratas Lado Argentino – Trem Ecológico da Selva

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 Nosso objetivo era a sequência: Garganta do Diabo, Circuito Inferior e Circuito Superior.

Descemos na Estação Garganta ~ 11:30h com sol a pino e calor. Lá tem infraestrutura de banheiros, lanchonete e a trilha suspensa de ~ 1,2km, nível fácil, sobre vários braços e canais do Rio Iguaçu até a Garganta do Diabo, a principal queda de água das Cataratas.

A trilha é belíssima e acessível para pessoas com mobilidade reduzida, crianças e idosos. Chegar em cima da Garganta é de tirar o fôlego. É uma força da natureza, impactante.

Nesse horário estava muito cheio de gente. É respirar fundo e seguir o fluxo que todo mundo consegue ver o espetáculo calmamente.

A nuvem de água e respingo por todo lado ajuda a refrescar e é uma delícia. É só ficar lá contemplando sem pressa porque a nuvem dispersa e se forma com muita rapidez. Vimos arco-íris e revoada de pássaros.

 Cataratas Lado Argentino – Trilha suspensa para Garganta do Diabo

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Cataratas Lado Argentino – Trilha suspensa – portal de entrada p/ Garganta do Diabo

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Cataratas Lado Argentino – Garganta do Diabo por cima

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Retornamos pela trilha suspensa e pegamos o trem de volta até a Estação Cataratas; 500m da estação fica o farol a partir do qual saem as trilhas do Circuito Inferior (1,4km, fácil, s/ acessibilidade) e as trilhas do Circuito Superior (1,7km, fácil, c/ acessibilidade).

Seguimos para o circuito inferior que adentra a parte baixa do enorme paredão e floresta tropical; são escadarias e mirantes que oferecem vistas de frente, lateral e bem próximas dos diversos saltos que formam o conjunto das Cataratas. Em alguns lugares dá para literalmente tomar banho devido à proximidade. Aqui dá para sentir como se estivéssemos dentro das cataratas. Para mim, foi a melhor parte, considerando todos os circuitos, tanto do lado argentino como no Brasil.

A partir do circuito inferior saem os botes que vão até próximo da garganta do diabo e/ou até a Ilha de São Martin. Uma das meninas fez o passeio do bote até a garganta e disse que vale muito a pena, mas é caro (não sei o preço).

Outra dica é fazer tudo com bastante calma porque todos os mirantes e plataformas lotam de gente e esvaziam com muita rapidez. Se você esperar a multidão desaparece em 5 minutos. Chega a ser engraçado. A estrutura montada no parque é muito grande, o que acaba contribuindo para a dispersão das pessoas.

Cataratas Lado Argentino: Farol – Saída para as trilhas do Circuito Inferior e Superior

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Cataratas Lado Argentino: Circuito Inferior – Salto Alvar Nuñez (Homenagem ao “Descobridor” das cataratas, primeiro conquistador espanhol a descrevê-la)

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Cataratas Lado Argentino: Circuito Inferior – vista da Ilha de San Martin e saída dos botes

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Cataratas Lado Argentino: Circuito Inferior – Salto Lanusse

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Cataratas Lado Argentino: Circuito Inferior – Salto Bosseti – Mais próxima da água – Hora do banho

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O Circuito Superior tem 1,7km, muito fácil; é formado por um conjunto de plataformas e mirantes que vão por cima dos braços do rio e das diversas quedas d’água. A partir dele vê-se o fundo da Ilha de São Martin.

Igualmente belíssimo e sem sobe-desce de escadas, possui acessibilidade todo o percurso.

Cataratas Lado Argentino: Circuito Superior – Plataformas sobre a água

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Cataratas Lado Argentino: Circuito Superior – Mirador do Salto São Martin

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Cataratas Lado Argentino: Circuito Superior – Mirador do Salto São Martin

Cataratas Lado Argentino: Circuito Superior – Vista do Circuito Inferior

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Cataratas Lado Argentino: Circuito Superior – Sequência de quedas d’água

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Finalizado o Circuito Superior, retornamos caminhando até a Estação Cataratas e pegamos o trem até a Estação Garganta do Diabo e fizemos novamente a trilha suspensa até a Garganta do Diabo.

Vimos novamente a Garganta sem praticamente ninguém. A fumaça estava mais consistente e a passarada mais animada. UM ESPETÁCULO. Com direito a lanchinho na sombra da trilha suspensa.

 Cataratas Lado Argentino: Trilha para Garganta do Diabo sem ninguém à tarde

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Cataratas Lado Argentino: Trilha para Garganta do Diabo – Visitinha

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Conclusão do passeio: os argentinos dão um show de organização e administração de suas Unidades de Conservação. A infraestrutura e cuidado é impecável.

Retornamos até a estação, pegamos o trem até a entrada do parque e seguimos até o marco de 3 fronteiras da cidade de Puerto Iguazu, na Argentina. É uma pracinha aberta, com uma fonte, monumento com as bandeiras dos três países, feirinha, vista linda do entardecer no encontro do rio Iguaçu com o rio Paraná e vista das cidades de Presidente Franco (Paraguai) e de Foz do Iguaçu (Brasil). Dali seguimos para um lanche e uma cerva nas ruas do comércio de Puerto Iguazu e dali de volta para casa em Foz.

DIA 3 – CIDADO DO LESTE + MARCO DAS FRONTEIRAS NO BRASIL

Saímos de manhã rumo a Cidade do Leste para visitar as lojas do comércio popular da Cidade do Leste. Para quem tem paciência e gosta deste tipo de passeio, é aproveitável. Eu particularmente não gosto. Não achei barato, mas também não procurei muita coisa. Consegui comprar um vinho e um kit de garfo e faca para camping, apenas.

Deixamos o carro estacionado na primeira rua à esquerda após o posto fronteiriço. Caminhamos pela confusão das diversas ruas do comércio e fomos adentrando pela cidade que vai ficando legal à medida que você vai se afastando do comércio. É uma cidade interessante, depois de ~2 km de caminhada. Tem parque, lago e bons restaurantes.

Almoçamos tranquilamente no delicioso Gugu’s Cocina China, caminhamos de volta até o carro e retornamos à Foz do Iguaçu para o Marco das 3 Fronteiras, por volta de 16h.

Duas das amigas pagaram e entraram na estrutura fechada do Marco das 3 Fronteiras, uma construção que homenageia as Missões Jesuíticas nas margens do encontro do rio Iguaçu com o rio Paraná com vista das cidades de Presidente Franco (Paraguai) e de Puerto Iguazu (Argentina). Dentro tem museu, fotografias, uma fonte, placas e acontece apresentações de música e dança típica da região. Eu e mais duas amigas ficamos de fora, sobre um platô alto próximo ao estacionamento e apreciamos o belíssimo pôr-do-sol no rio. 

Marco das 3 Fronteiras Brasileiro

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Marco das 3 Fronteiras Brasileiro

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DIA 4 – TEMPLO BUDISTA + CATARATAS LADO BRASILEIRO

O templo Budista estava situado a pouco mais de 2km da nossa casa. Fica afastado do centro da cidade mas têm ônibus que passam na porta. Fomos de carro.

Compreende um enorme jardim, um templo e têm mais de 120 estátuas de diversos tamanhos e 1 estátua do Buda com 7m. É um local silencioso, de muito respeito às pessoas que manifestam sua religiosidade e ótimo para passar umas 2h entre caminhada, relaxamento e silêncio. 

Templo Budista Chen Tien - Foz do Iguaçu

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Templo Budista Chen Tien - Foz do Iguaçu

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Do templo seguimos por ~25km até o Parque Nacional do Iguaçu. Na portaria, após pegar os ingressos, pega-se um ônibus panorâmico que desce por ~10km por uma estrada asfaltada no interior do parque, com exuberante mata atlântica preservada. O ônibus para em um acesso para a trilha de ~1km ou direto na descida para o ponto principal, onde fica um elevador para vista panorâmica.

Infelizmente, tivemos o azar de ir no #CataratasDay, um evento em que a Itaipu abre o parque para milhares de pessoas como forma de compensação social do empreendimento (o que é maravilhoso que façam; não é mais do que a obrigação; mas azar o nosso porque o evento era totalmente desorganizado sem nenhum respeito à capacidade de suporte da trilha).

A trilha é super fácil, em tablados de madeira. Mas não tinham monitores organizando a multidão e tudo estava uma enorme desordem, sujeira, pessoas dando comida aos quatis, criança saindo da trilha e quase caindo na água, uma mulher dando pauladas num quati, empurra-empurra. Em vários momentos me senti descendo as ladeiras de Olinda no carnaval..rsrs. Se o parque não tem estrutura para organizar um evento deste porte, não deveria fazê-lo. É uma falta de respeito com os visitantes e com a natureza.

Descemos no acesso da trilha de 1km e seguimos vendo as cataratas de frente. A paisagem é belíssima. Daqui vemos os diversos saltos e a Ilha de São Martín dos quais estivemos bem próximos ao visitar o parque do lado argentino. 

Cataratas Lado Brasileiro: Início da trilha, vista de frente dos saltos e Ilha São Martín

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Cataratas Lado Brasileiro: lotado no “CataratasDay”, sem respeito a capacidade de suporte da trilha

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Ao fim da trilha começa a parte suspensa sobre braços do rio onde se chega bem próximo das quedas d’água. Aqui o banho é certo e refrescante. Aqui também fica o elevador para a parte alta da estrutura de apoio onde se tem uma vista panorâmica da região.

Cataratas Lado Brasileiro: trilha suspensa

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Cataratas Lado Brasileiro: vista panorâmica do elevador, final da trilha

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Cataratas Lado Brasileiro: força bruta da água

 Fizemos um piquenique num gramado próximo ao fim da trilha com os lanches que levamos. Dentro do parque tudo é caro.

Regressamos no ônibus panorâmico à portaria e de lá de volta para Foz do Iguaçu para nos preparar para a estrada dia seguinte.

Sugiro para quem puder, fazer o passeio do Parque das Aves no mesmo dia das Cataratas do lado brasileiro. Ele fica bem em frente à portaria, mas como o ingresso custava acho que R$ 50 optamos por não ir.

CONTINUA...

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Acompanhando o relato, em janeiro fui até o norte da Argentina e resolvi ir pelo Paraguay. Também gostei muito, a viagem de Cidade de Leste a Assunção foi tranquila e fomos sempre bem recebidos nos lugares. 

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DIA 8 – VIAGEM ASSUNÇÃO–ENCARNAÇÃO + MISSÃO JESUÍTICA PARAGUAIA DE SAN COSME Y DAMIAN

Saímos de Assunção ~ 9h e seguimos pela Rodovia nº 1 sentido sul, rumo à Encarnação. Depois de ~300km pegamos o acesso à esquerda para o povoado de San Cosme y San Damián por mais ~ 30km. Todo o percurso é asfaltado e tem alguns pedágios. Alguns trechos não estavam bons e outros eram melhores, mas nenhum era duplicado, exceto na região metropolitana de Assunção.

Chegamos ao povoado de San Cosme y San Damián ~15h. O povoado é bem arrumadinho e o percurso até lá, a partir da rodovia é bem verde, com mata alta e de longe, em alguns pontos, avista-se pequenos pedaços do grande Rio Paraná.

Tomamos um sorvete próximo da portaria e compramos o ingresso válido para as 3 missões restauradas (San Cosme y San Damián, Santissima Trinidad e Jesus de Tavarangüe). No entorno tem sorveteria, lanchonete, restaurante e hospedagens.

A Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián foi fundada em 1632 pelo padre italiano Adriano Formoso. A missão está literalmente misturada ao vilarejo, com algumas estruturas antigas ainda ocupadas. Também faz parte do conjunto preservado da Missão, o maravilhoso Centro de Interpretação Astronômica Buenaventura Suárez, inaugurado em 2010.

Suárez foi um missionário jesuíta e astrônomo da Companhia de Jesus conhecido como o primeiro astrônomo no hemisfério sul da história.

Com estrutura improvisada e montada por ele próprio, Suárez montou seu observatório em plena selva gerando trabalhos como mapas celestes e o livro Lunario de um Siglo no ano de 1720, onde fixava as fases da lua e os eclipses solares e lunares para cem anos (de 1740 a 1841).

Seus cálculos e medições permitiram elaborar tábuas com posição exata das trinta missões jesuíticas do Paraguai e formar o primeiro mapa da região. Todo o acervo e desdobramentos deste trabalho estão disponíveis para visitação guiada de excelente qualidade.

 Livro Lunario de um Siglo – Centro de Interpretação Astronômica Buenaventura Suárez – Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián – Paraguay

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Telescópio – Centro de Interpretação Astronômica Buenaventura Suárez – Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián – Paraguay

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Centro de Interpretação Astronômica Buenaventura Suárez – Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián – Paraguay

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Após a visita guiada ao centro astronômico, seguimos com outro guia para conhecimento e detalhamento das ruínas e estruturas restauradas da Missão Jesuítica.

É tudo de uma organização impressionante.

Bibliosueños – Casa Restaurada na Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián – Paraguay

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Parte do Conjunto arquitetônico restaurado – Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián – Paraguay

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Interior da igreja – Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián – Paraguay

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 Uma peculiaridade desta missão é que ela ainda é utilizada pela comunidade religiosa local. A igreja está ativa, salas de apoio e de ensino catequético para crianças também funcionam na estrutura. Junto a isso, tem-se salas inteiros com material antigo sendo restaurado e outros se deteriorando.

Pelo que percebi, é a missão menos visitada das que restaram no Paraguai, devido à localização mais isolada e por ainda estar em processo não finalizado para se tornar Patrimônio da Humanidade.

 Material original das ruínas – Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián – Paraguay

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Missão Jesuítica de San Cosme y San Damián – Paraguay

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Retornamos 30km pela estrada local até a Rota 1 e por mais ~60km até a cidade de Encarnação. Reservamos na Posada Doña Manuela, próxima a Playa San José, às margens do Rio Paraná. Não recomendo sob hipótese alguma ficar nessa pousada/hostel. Apesar de bem localizada estava imunda, toalhas sujas, banheiro vazando água e ar condicionado fedido. Sem café e sem internet. E pra completar, cheia de percevejos.

Tínhamos reservado 2 noites e fizemos o pagamento inteiro antes de ver os quartos. Como já era tarde não tinha muito o que fazer. Dormimos nela, mas saímos logo cedo, todo mundo se coçando e sem ter dormido direito.

Depois de acomodar as malas no cafofo/pousada por volta de 21h, descemos para a orla da Playa San José. É super arrumada, com calçadão, bons restaurantes (não baratos), equipamentos de lazer e várias pessoas praticando esportes ou se divertindo nos bares e restaurantes.

Ao conversar com locais entendi que boa parte do país e vizinhos argentinos e brasileiros descem pra cá no réveillon, no carnaval, feriados e veraneio, tornando a cidade atípica e cara (alimentação e hospedagem) em relação à média paraguaia.

Jantamos pizzas e cervejas no Lemon Beach e retornamos para o cafofo. Segui para uma pizzaria próxima para pegar wi-fi e expliquei a situação para a proprietária que já não estava na pousada. Ela retornou logo cedo e nos devolveu o dinheiro da segunda diária sem reclamar.

Orla da Playa San José - Encarnação – Paraguay

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DIA 9 – MISSÕES JESUÍTICAS ARGENTINAS: SAN IGNACIO MINI, NUESTRA SEÑORA DE LORETO E SANTA ANA

Antes de iniciar o dia vale destacar que a Argentina possui 4 missões jesuíticas tombadas pela Unesco como patrimônio da humanidade: San Ignacio Miní, Nuestra Señora de Loreto, Santa Ana e Santa María La Mayor. As três primeiras são de fácil acesso ao longo da Rodovia RN12 que liga Posadas a Foz do Iguaçu. Já a missão de Santa María La Mayor é a única mais afastada, próxima da fronteira com o Rio Grande do Sul, há 120km de Posadas, por isso não a visitamos.

Esse foi o grande dia dos contratempos da viagem que hoje rimos mas no dia foi só desespero.

Saímos bem cedo da Posada Doña Manuela sem rumo para tomar café. Visitamos a Catedral de Encarnación, muito bonita por sinal, e vimos que os hotéis do entorno eram todos muito caros. Os hostels de preço razoável eram iguais ou piores que o Doña Manuela (ressalto que não tenho frescura alguma, mas dormir entre percevejos não dá).

 Catedral de Encarnación – Encarnação – Paraguay

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 Por sorte a moça que nos atendeu na lanchonete onde tomamos café, super simpática, nos informou que sua avó alugava a casa para turistas, num bairro afastado, pelo preço do Doña Manuela. Ela nos passou a localização e seguimos para lá. É uma prática comum os moradores alugarem suas casas já que a rede hoteleira da cidade não consegue comportar os turistas que lotam a cidade.

A casa era bem antiga, mas ok. Deixamos as coisas lá e seguimos para o propósito do dia:  visitar as três missões jesuíticas da Argentina já por volta de 10h.

A ponte que liga as cidades de Encarnação/PY e Posadas/AR estava super engarrafada e só chegamos na imigração argentina quase 12:00h depois de muito para/arranca. Além disso o tempo não contribuiu e amanheceu chovendo muito.

É uma fronteira bastante confusa onde a polícia argentina controla rigorosamente a entrada de carros e pessoas vindos do Paraguay.

Ponte sobre o Rio Paraná – Fronteira Encarnação/Paraguay – Posadas/Argentina

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Detalhe da bandeira na Imigração argentina – Fronteira Encarnação/Paraguay – Posadas/Argentina

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Carimbamos os passaportes de saída do Paraguay e seguimos para a imigração argentina, onde carimbamos os passaportes para entrada no país. Porém, o agente da imigração não aceitou a documentação do carro e não nos autorizou a entrar com ele (nós, enquanto cidadãs do Mercosul, poderíamos entrar, mas o carro não).

Após longa tentativa de conversa, onde explicamos que foi permitida a entrada na fronteira Foz/Puerto Iguazu, eles continuaram a negativa e nos mandaram retornar ou estacionar no fundo do posto da imigração e pegar um ônibus ou ir a pé até o centro tentar autorização com o chefe superior. Optamos por estacionar no fundo e ver o que fazer. Não chegamos até aqui para desistir e a documentação estava correta conforme conferi no site deles.

Quando fomos estacionar percebemos que todo aquele controle era ilegal e que não haveria forma de reverter a situação; só tínhamos aquele resto de dia para conhecer as missões e não íamos desistir. Assim sendo, aproveitamos que caía uma chuva torrencial e seguimos viagem Argentina adentro.

Fomos por ~ 60km na RN 12, com parada para almoço e por causa da chuva, até o sitio arqueológico mais distante que era a Missão Jesuítica de San Ignacio Mini, no povoado de San Ignacio. Chegamos lá já umas 14:30h. Adquirimos o bilhete único para visitação de todas as missões argentinas.

Cada missão tem sua peculiaridade e forma diferente de restauração. San Ignacio Mini é a missão jesuítica mais famosa e mais visitada de todas, de fácil acesso pela rodovia. Tão imponente que à primeira vista é de cair o queixo. Patrimônio da Humanidade, foi fundada em território brasileiro pelos jesuítas em 1610 e depois de disputas com os bandeirantes foi refundada na atual localização em 1630. As primeiras expedições de descoberta e estudo de suas ruínas datam de 1903, mas a sua restauração só começou na década de 40.

Construída com o estilo denominado “barroco guarani”, foi restaurada ao nível de detalhe e tombada como patrimônio em 1984 pela Unesco. O complexo que conta com as missões e com um fabuloso museu é impecável. Possui visita guiada de altíssima qualidade incluída no bilhete que dura umas ~2h e espetáculo noturno de sons e luzes que não assistimos. A chuva forte deu trégua, mas fizemos parte da visita sob chuviscos.

Destaque para a exuberante floresta ombrófila da região. As fotos não captam a grandiosidade desse lugar incrível. E uma surpresa desagradável na saída foi ver indígenas guaranis em situação de mendicância, desagregados de seus territórios e costumes desde a evangelização das missões por um lado e da caça e escravização promovida pelos bandeirantes de outro lado. Situação lamentável.

Visita Guiada – Missão Jesuítica de San Ignacio Mini – Província de Misiones – Argentina

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Missão Jesuítica de San Ignacio Mini – Província de Misiones – Argentina

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Missão Jesuítica de San Ignacio Mini – Província de Misiones – Argentina (detalhe aqui de uma das colunas mantida como quando foram descobertas, cobertas pela floresta densa e as demais recuperadas)

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Museu da Missão Jesuítica de San Ignacio Mini – Província de Misiones – Argentina

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Saímos correndo de San Ignacio Mini e retornamos pela RN 12, sentido Posadas, por ~10km até o acesso e por mais ~2,5km até as Ruínas Jesuíticas de Nuestra Señora de Loreto. Cuidado para não perder a entrada porque as placas são ruins.

Nessa missão a recuperação foi feita de uma forma diferente. Mantiveram a forma estrutural que ela foi encontrada em meio à floresta, construíram acessos entre as ruínas e fazem controle da vegetação. Não houve reconstrução, apenas limpeza. Ela está em sua forma original (ruína) e também conta com museu. É muito interessante; diferente. A floresta é exuberante.

A missão de Nuestra Señora de Loreto foi fundada em 1610 pelos jesuítas no Norte do Paraná de onde foram expulsos pelos bandeirantes em 1629 e foi recriada no início da década de 1630 na Argentina na atual localização.

Foi um dos povoados jesuíticos mais importantes pela sua grande produção de erva-mate e por contar com a primeira imprensa da américa e uma importante biblioteca. Depois da expulsão dos jesuítas sucederam-se saques e incêndios, o que provocou a migração dos seus habitantes. Foi declarada Patrimônio Mundial em 1983.

Para visitação também possui acesso fácil desde a Rodovia, bilhete único com as demais missões e visita guiada de excelente qualidade.

Acesso – Ruínas da Missão Jesuítica de Nuestra Señora de Loreto – Província de Misiones – Argentina

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Visita Guiada – Ruínas da Missão Jesuítica de Nuestra Señora de Loreto – Província de Misiones – Argentina

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Ruínas da Missão Jesuítica de Nuestra Señora de Loreto – Província de Misiones – Argentina

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Não conseguimos fazer mais do que 30 minutos da visita guiada por causa da chuva torrencial e trovoadas que caiu. O sítio arqueológico é gigante e a visita é longa. Merece pelo menos um turno de dedicação (uma manhã ou uma tarde).

Com muito pesar por não conseguir ver pelo menos o principal, retornamos pela Rodovia RN12 sentido Posadas por ~10km e por mais ~1km até o portão de acesso da Missão Jesuítica Nuestra Señora de Santa Ana. Também tem que ter cuidado para não perder o acesso porque as placas são ruins (nem lembro se tem placa).

A Missão Santa Ana foi reconstruída em partes e uma outra parte foi mantida como a original, em ruínas. A especificidade dela é que várias pessoas chegaram a viver em suas construções e ruínas pós expulsão dos jesuítas, formando uma vila/povoado até próximo de 1920, misturando-se vestígios antigos com recentes e um cemitério.

A primeira fundação do povoado jesuítico guarani de Santa Ana data de 1633 em território brasileiro. Também foram expulsos pelos bandeirantes e se fixaram novamente e em definitivo no atual território em 1660. Conserva um dos mais volumosos vestígios arquitetônicos e foi tombada como patrimônio da humanidade em 1984.

A chuva torrencial parou, mas continuou chovendo e trovejando. Conseguimos visitar a parte central em ~1h, mas sem o guia que não quis nos acompanhar na chuva.

 Mapa da Missão Jesuítica Nuestra Señora de Santa Ana – Província de Misiones – Argentina

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Ruínas da Missão Jesuítica Nuestra Señora de Santa Ana – Província de Misiones – Argentina

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Entrada do Museu da Missão Jesuítica Nuestra Señora de Santa Ana – Província de Misiones – Argentina

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Jazigo do Cemitério Recente – Missão Jesuítica Nuestra Señora de Santa Ana – Província de Misiones – Argentina

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A chuva forte recomeçou e seguimos de volta a Posadas já mais de 18:30, por ~45km. Rodamos pela orla da cidade, centro histórico e paramos no Café Martínez que era bem caro, mas o único café aberto. Gastamos o resto dos pesos com lanche, chocolates e café. Demos tempo até umas 22h para que a equipe da fronteira fosse trocada e seguimos de volta para Encarnação.

Carimbamos saída da Argentina sem nenhum problema, apesar de ter sido barradas de manhã, e novamente demos entrada no Paraguai, sem nenhum problema. Chegamos tarde e molhadas em casa.

DIA 10 – MISSÕES JESUÍTICAS PARAGUAIAS: LA SANTISSIMA TRINIDAD DE PARANÁ E JESÚS DE TAVARANGUE + VIAGEM ENCARNAÇÃO-FOZ

Dia que pegamos a estrada de Encarnação rumo a Foz do Iguaçu, por dentro do Paraguai para conhecer suas duas missões tombadas pela Unesco: La Santíssima Trinidad de Paraná, quase nas margens da rodovia que liga Encarnação a Cidade do Leste; e Jesús de Tauvarangue, um pouco mais afastada.

Seguimos pela Rodovia 6 por ~35km de Encarnação até a cidadezinha de Trinidad e entrando uns 600m pela cidade está o portão de acesso da mais preservada missão jesuítica do Paraguai, La Santíssima Trinidad de Paraná.

O bilhete adquirido dois dias antes na Missão de San Cosme y San Damián dá acesso às duas missões que visitamos hoje.

A Missão Jesuítica de La Santissima Trinidad de Paraná foi a última construída pelos jesuítas no Paraguai, fundada em 1706. É patrimônio mundial da Unesco desde 1993.

É a mais visitada de todas as missões e mais preservada, com acervo melhor restaurado. Conta com uma imponente praça, uma igreja maior, colégio, oficinas, casas de índios, cemitério, horta, uma torre singular e museu. Chegou a ter mais de 3 mil indígenas vivendo nela.

Pegamos um belo dia de sol rachando e fizemos a excelente visita guiada logo cedo.

 Arquitetura em Arcos Preservada – Missão Jesuítica de La Santissima Trinidad de Paraná – Província de Itapúa – Paraguai

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Púlpito Preservado – Missão Jesuítica de La Santissima Trinidad de Paraná – Província de Itapúa – Paraguai

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Torre – Missão Jesuítica de La Santissima Trinidad de Paraná – Província de Itapúa – Paraguai

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Detalhes, porta e paredes preservados – Missão Jesuítica de La Santissima Trinidad de Paraná – Província de Itapúa – Paraguai

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A visita guiada mais um cafezinho durou ~2:00. Dali seguimos por ~12km a partir da Rota 6, em estrada local pavimentada até a Missão Jesuítica Jesús de Tavarangue.

Esta missão foi fundada em 1685 pelo Padre Jesuíta Jerônimo Delfín às margens do Rio Monday. Em 1748 o jesuíta se muda para o povoado atual de Jesús e em 1748 inicia a construção da atual missão, cuja obra foi interrompida devido à expulsão dos jesuítas pela coroa em 1768. Portanto, ainda tem partes inacabadas.

É a mais representativa de todas as missões jesuíticas por ser a única que leva claramente o nome da Companhia de Jesus.

Apresenta atualmente uma igreja restaurada, oficinas e casas de Guaranis, também em restauração. A arquitetura desta missão era completamente diferente das outras. Em estilo mourisco, único em todas as reduções, as três portas de acesso ao templo são excepcionalmente belas. O teto não seria de madeira ou de pedra como em outras, e sim de estilo misto com muros de apoio e grandes pilares centrais.

Por não ter teto (a igreja não chegou a ser acabada devido à expulsão dos jesuítas), Jesús de Tavarangue escapou ilesa aos saqueadores, pois não possuía ouro ou imagens valiosas no altar.

O esquema de visitação é o mesmo das outras: bilhete unificado, visita guiada de excelente qualidade inclusa e museu. Ao redor, lojinhas e café.

 Missão Jesuítica Jesús de Tavarangue – Província de Itapúa – Paraguai

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Excelente Visita Guiada – Missão Jesuítica Jesús de Tavarangue – Província de Itapúa – Paraguai

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Assinando o caderno do museu (brincadeira sobre o dia anterior) – Missão Jesuítica Jesús de Tavarangue – Província de Itapúa – Paraguai

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Entrada – Missão Jesuítica Jesús de Tavarangue – Província de Itapúa – Paraguai

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Retornamos por ~12km até a Rota 6 e almoçamos num restaurante na beira da rodovia na cidade de Trinidad.

A tarde voltou a chover torrencialmente e seguimos viagem por 245km até Cidade do Leste e de lá para Foz do Iguaçu. Tem pedágios no caminho e a rodovia está em condição boa a razoável. Há uns 60km de CDE começa fluxo intenso de caminhões e carretas.

 DIA 11 – CIDADE DO LESTE + ITAIPU + CENTRO DE FOZ

Devolvemos o carro de manhã em Cidade do Leste, atravessamos a Ponte da Amizade a pé e de volta a Foz do Iguaçu seguimos rumo a Itaipu para fazer o passeio Circuito Especial na parte da tarde.

Compramos os ingressos antecipado pela internet a R$ 68. É muito legal porque faz visita guiada por dentro da Usina de Itaipu Binacional, pelos maquinários, sobre a construção, como funciona, etc. Além disso, o ônibus passa por cima da barragem e para em dois mirantes. Recomendo muito esse passeio.

Levar lanche ou almoçar antes porque as lojinhas e lanchonetes são muito caras. Levar um casaquinho por causa do ar condicionado.

Travessia a pé – Ponte da Amizade – Brasil/Paraguai: Nascemos de muitas mães mas aqui só tem irmãos

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Circuito Especial – Usina Itaipu Binacional

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Circuito Especial – “Cérebro” da Usina Itaipu Binacional

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Circuito Especial – Mirante da Usina Itaipu Binacional

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Circuito Especial – Vista de cima da Barragem da Usina Itaipu Binacional

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Ao fim do passeio, pegamos ônibus para o centro e fomos aproveitar os barzinhos e conhecer a zona central da cidade. Gostei bastante. É uma opção para hospedagem, com vários hotéis, o terminal de ônibus urbanos, bares e restaurante.

DIA 12 – RETORNO

O voo de regresso para Recife saía mais ou menos na hora do almoço. Saímos cedo de casa, pegamos dois ônibus até o aeroporto e chegamos com quase 2h de antecedência porque os ônibus foram rápido. Porém, tivemos a infeliz surpresa de encontrar uma confusão generalizada e fila saindo na rua.

A alfândega do aeroporto tem apenas uma esteira e um raio-x e resolveu trabalhar neste dia. A Gol e Avianca passando vários grupos para dentro e a Tam, que era nosso voo, não. Quase perdemos o voo, fomos o último grupo a embarcar.

Sugiro para todos que forem embarcar, para não passarem pelo mesmo, cheguem com pelo menos 2:30 a 3h de antecedência porque o aeroporto é uma verdadeira zona.

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  • 1 ano depois...

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