Membros de Honra chinaf Postado Setembro 22, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 22, 2010 Após Ayariri (que erramos o caminho e passamos por dentro da cidade) e entre Pucara e Juliaca, quase sofremos um acidente. Andando com os pés esticados e a patroa também com uma das pernas esticadas (para relaxar os músculos), 3 cachorros atravessaram correndo na nossa frente, saindo de lugar algum. Tive que fazer um "ziguezague" e frear com o freio dianteiro (bendido Aeroquip do RenatoSBC do M@D) foi o bastante para tirar pêlos do rabo do terceiro cachorro. Em Juliaca, fomos entrando e a tensão aumentando à medida que íamos chegando mais e mais à frente, o trânsito caótico, pedia a "faca nos dentes" e por estar numa moto mais leve, foi possível me espremer entre os carros e sair o mais rápido possível de lá. Ufa! Não fomos parados, o que para nós poderia dizer que seriamos extorquidos, etc. Ali havia um posto com indicação de gasolina de 90 Octanas a moto já estava na reserva. Mas, não parei, como Puno era ali na frente, preferi continuar rodando, afinal tínhamos abastecido a moto em Cusco e lá conseguimos achar gasolina de 90 Octanas (foi difícil mas há), no caminho para Juliaca, em Sicuani também parece haver. Quando passamos Juliaca à estrada fica duplicada e segue assim até próximo do Titicaca, quando volta a ser de pista simples, há pedágios, mas moto não pagam. Fomos parados antes de Puno e achei que seria achacado (há vários e vários casos nessa região, sob a forma de um "seguro internacional" o DPVAT/Seguro Carta Verde, os indícios são mais fortes de quem vem de Copacabana/Yunguyo. O cara até fez uma cara esquisita, mas não pediu nada, olhou os documentos e quando apresentei o tal "papel branco" ele deu um ok! E seguimos viagem. Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 22, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 22, 2010 Chegamos a Puno (desistimos de ir para Arequipa por conta do horário que chegamos em Juliaca) e foi difícil encontrar um hotel, não achamos nem mesmo a Plaza de Armas, ficamos num hotel ótimo, 3 estrelas com um preço bacana, estava cheio de alemães no hotel e inclusive um arriscou um portulemão conosco. Mas, quando perguntei se ele tinha gostado do Brasil, ele não entendeu, insisti em inglês e ele também não entendeu e saiu andando....heheheheheheh Vai entender, o pessoal do hotel (apesar da famosa tabelinha no balcão) nos cobrou um preço completamente diferente, viu a vantagem de ser do Brasil.... heheheheheeheheheheh. A patroa explicou que eu estava doente, e se ofereceram para fazer um jantar (atendimento nota 10, muito bom mesmo, o dono inclusive é quem mostrou o quarto para a patroa), resolvemos comer lá na Plaza de Armas e a noite estava super fria, até os policiais estavam de gorrinho. Comemos, sacamos um soles no caixa eletrônico e voltamos para o hotel, dormir até o outro dia, a cama era muito boa e havia calefação no hotel. Km da moto na parada que fizemos no caminho e a ponta da luva branca, acreditem a ponta dos dedos congelaram, apesar de estar com uma luva impermeável e bem grossa. Desculpem a falta de fotos, o lugar é lindo e devemos um dia voltar para tirar as fotos desse trecho, mas não foi dessa vez. Ah, o Titicaca aqui é enorme e muito bonito, a cidade de Puno realmente tem um trânsito "faca nos dentes" como alertaram nossos amigos em San Pedro de Atacama, mas as pessoas são super receptivas, mesmo na rua. Grande abraço Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 24, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 24, 2010 22/12/08 - Puno - PE/Tacna - PE Finalmente uma noite bem dormida, tanto é que acabei dormindo até mais tarde, o lado bom é que descansei um tantim mais.....hehehehehe A água apesar de ter um cheiro (pois é a água do chuveiro tinha direito a cheiro também....hehehehh) era bem caliente e com isso o banho foi ótimo, em Cusco demorava para aquecer, aqui era mais rápido. A patroa acordou com soroche, como li/dizem aqui "Apunada", precisávamos descer mesmo de altitude. A patroa tomou um belo desayuno, eu não comi nada, preferi agir assim até melhorar. Arrumamos as coisas devagar na moto (já que os dois estavam ruins), confirmamos a direção correta, já que não há placas em Puno e seguimos viagem. Paramos em um posto de gasolina, que tinha gasolina de 90 Octanas, abastecemos a moto até encher e para variar vazar mais um tantim....hehehehehe E fomos seguindo, logo a cidade fica para trás e começamos “a margear o Titicaca" Km da moto Puno e Lago Titicaca visto do hotel Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 24, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 24, 2010 Fomos margeando o Titicaca à esquerda, atravessando povoados e de vez em quando víamos placas de ruínas Incas, aliás, o tempo todo aparecia placas indicando pequenas Ruínas Incas naquela região, desde Cusco. Aqui o Titicaca logo depois de Puno, parece bem longe. No caminho ainda cruzamos com essas imagens, muito interessante, mas são bem discretas, tem que estar atento senão passa batido e nem vê ....hehehehe E olha o Titicaca agora visto de perto, parece um mar Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 24, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 24, 2010 E esse caminho segue até Desaguadero a última cidade do Peru nessa estrada, antes da Bolívia, pois há como cruzar por outro lugar (Yunguyo/Copacabana), detalhe a estrada tem trechos ruins, com trechos razoáveis, mas tapete não há.....heheheheheh. A estrada desvia bem na entrada de Desaguadero e há postos de gasolina nessa região, todos com gasolina de 84 Octanas. Como tínhamos uma autonomia boa e os postos tinham cara de serem super suspeitos e o dia prometia ser de "descida" resolvi seguir até uma próxima cidade.......heheheheeheheheheheh E aí fomos seguindo nossa viagem, passando por pequenos povoados e paramos aqui para come algo Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 24, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 24, 2010 Enfim, tomamos nossos Gatorades e comemos umas batatas fritas (tipo Rufles.....heheheheh). Foi à última foto que conseguimos tirar até Tacna. Putz, que chato. Pois é, foi isso mesmo que aconteceu.....hehehehehehe Tão vendo aquelas nuvens pretas no céu, pois é esse trecho a frente é isso que nós vamos atravessar. A montanha sobe até 4.500 m (segundo uma placa que vi de relance) tem montanhas lindas, com o cume nevado, trechos lindos, lagunas e tudo muito plano, porém a gente ficou todo o tempo dentro daquelas nuvens carregadas, literalmente dentro mesmo...... Frio de lascar e visibilidade reduzida. Depois de andar muito tempo no plano, começa o trecho de sobe montanha, desce montanha, variação pequena de altitude, durante horas, contudo com 1.984.632 curvas fechadas, onde a gente só conseguia ver os faróis (pq era só que dava para ver) dos caminhões quando estava super perto, claro pensando no sentido oposto. Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 24, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 24, 2010 Se a pior situação para gente foi o vento de Trelew/Comodoro Rivadávia com rajadas de vento superiores a 100 km/h, imagino que aqui, que era lindo (porque às vezes vc sobe acima das nuvens e consegue ver abaixo tudo nublado ou o inverso também) o nosso maior medo seria não enxergar um caminhão ou simplesmente a moto quebrar aqui. Foram muitas horas e o pior, a luz da reserva apareceu e ficou ali avisando que estava acabando, até uma cidade antes de Moquegua, já no pé da montanha. Detalhe, andamos 130 km's na reserva, se pensar que a autonomia da Fazer é de mais de 400 km's estávamos perto de acabar o combustível. Depois de um controle sanitário e zootécnico, onde deixamos uma maçã que tinha comprado em Cusco, descesse uma looooonga descida, só que em curvas, o tempo todo. E nessa hora deixei a moto seguir o seu ritmo, 60/80 km/h e foi assim até um posto de gasolina, só que não havia atendentes, seguimos preocupados até o outro lado da cidade, aonde vimos um posto e ali havia gasolina (93 Octanas). E assim seguimos até Moquegua já com o entardecer. Atravessamos Moquegua (e descobrimos que os melhores hotéis estão nessa região, na chegada de Puno/Desaguadero) e parei depois da cidade num posto de gasolina para trocar a lâmpada da Fazer, voltei a usar a lâmpada de 55W, já que íamos ter que enfrentar a noite na estrada. Foi ótimo, o farol da Fazer com a Lâmpada original (35W) não ilumina muita coisa, mas com a lâmpada de 55W dá para enxergar bem a estrada. E assim fomos até Tacna, o duro é que se o Peruano é "faca nos dentes" nas cidades, na estrada não é muito diferente. Sabe aquele motorista que não anda, mas na hora que vc vai ultrapassá-lo ele resolve pisar, pois é, é assim mesmo. O tráfego noturno é mais movimentado, muitos faróis altos no rosto, o que dificulta enxergar o acostamento e ver se há algum bicho ali. O céu fica todo estrelado (são vários km's sem nenhuma cidade, nem luz artificial) ao longe vemos alguma cidade costaneira. E os controles que na vinda paramos, não nos pararam na volta. Chegamos a Tacna e fomos direto para o hotel que dormimos na vinda. Comemos um sandubão na mesma lanchonete e voltamos para o hotel, estava cansado, mas já estava sapateando/pulando e me "exibindo" nos corredores, bem vindo ao nível normal......hehehehehehehehe Cara como é bão vc puxar o ar e encher o pulmão de verdade e poder andar quase normalmente novamente. Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 24, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 24, 2010 Para entender o que é a Pressão Atmosférica, olha o que causaram nos tubos de shampoo e condicionador. Tudo isso pq eles estavam na Pressão Atmosférica de Puno (3.800 m de altitude) onde o ar é rarefeito e não foram abertos até chegarmos em Tacna (200/500 m de altitude) onde há muuuuuito mais oxigênio. Graças a Força da Gravidade. Enfim, foi assim que terminamos a nossa aventura pela "montanha Peruana". Grande abraço, Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 26, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 26, 2010 23/12/08 - Tacna - PERU/ Arica - CHILE Acordamos cedo, isso no horário do Peru (3 horas de diferença com o Brasil) e fomos tomar um desayuno, novamente, o misto quente e um suco e café. Fiz a manutenção diária da moto, lubrificar a corrente, conferir a regulagem, olhar a bateria (pois é, dessa vez a coisa não estava tão boa 12,3V) e assim fiquei preocupado, mas fazer o que, naquela altura. Desci a bagagem e sai com a moto para a parte de fora do hotel. Tentei fazer ela funcionar, mas realmente a carga estava muito baixa...... A solução foi a mais duvidosa (já que a Fazer é injetada), tentar dar um tranco :shock: :( :oops: :pale: :pale: :pale: :pale: E foi isso que tentei fazer, sorte minha que foi só preciso rodar um tempão (duro era o trânsito), empurrei a moto até achar uma rua com um pouquinho de descida. E lá fui eu..... Tenta uma... Tenta duas.... e finalmente a moto pegou. Deixei esquentar um pouco e voltei para buscar a patroa na frente do hotel. De lá seguimos em busca de um Taller, achei na rua que vai para a saída para Moquegua. Primeiro achamos uma que tinha o desenho da Yamaha na frente, tudo acabado, a Yamaha faliu no Peru há muito tempo, enfim, virou mecânica de fundo de quintal, cheia de motos velhas ou desmontadas. A dona me indicou a Honda mais a frente, ou uma rua que seriam 6 quadras para frente, falou para procurar bateria seca (achei super estranho.... Mas.....) Me avisou que era demorado, achei mais esquisito ainda, já que pelo que conhecia, era só jogar o líquido de ativação na bateria e deixar 1 hora de espera. Chegamos à Honda, sabia o código da bateria da Fazer e mesmo assim o pessoal conferiu no caso a bateria que poderia usar era a mesma de um modelo Scooter Executive (ou algo assim) até me mostraram a moto. Só que o tempo para fazer ela funcionar seriam de 4 horas ou mais ....... Fiquei assustado, achei super estranho, só fui entender no final. Km da Fazer de Puno até Tacna Eu, o mecânico e a moto Motos à venda da Honda Peru, aliás, tinha uma POP lá.....hehehehehehe Citar
Membros de Honra chinaf Postado Setembro 26, 2010 Autor Membros de Honra Postado Setembro 26, 2010 Detalhe as motos que aparecem aí, são Chinesas, o mecânico falou que não são nada duráveis, diz ele que as melhores Hondas que chegam lá, são as Brasileiras, duráveis e com pouca manutenção. No caso a primeira moto é a que mais vemos no Altiplano, tem até pneu de uso misto, mas é chinesa e logo depois de 3000 km já tem que fazer alguma manutenção (troca de "sapata" de freio, etc.) E entendi o porquê da demora, e eles não nos deixaram sair enquanto não tivessem terminado o serviço. Eles ativam a bateria, a deixamela esfriar e aí ligam um aparelho que dá carga na bateria e só desligam quando uma luz "verde" se ativa, confirmando que a carga está completa. "Igualzim" aqui. No final foi legal, ficamos conversando com o pessoal e eles até fecharam a loja (aqui tem hora da Siesta) e ficamos nós lá dentro, junto com o mecânico, que ficou trabalhando em outras motos. Ele me comentou que lá em Tacna tinha só uma Falcon, 3 ou 4 Twister (da polícia e de um morador) e pouquíssimas CGs Brasil. E me mostrou a moto dele Olha o painel, tem até conta giros, achei bacana. A carenagem do farol, é de muito bom gosto (isso é claro, na minha opinião) longe da atual Cg (que já vi ao vivo e tem acabamento horrível) Só não gostei desse bagageiro lateral, mas mesmo assim achei de muita utilidade A cor preta da moto é diferente, achei muito bonito. Citar
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