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Mas, voltamos à hostelaria, tinhamos que tirar a moto, pensei em pedir para a patroa tirar uma foto, mas não dava a rampa era bem "sapeca" não queria parar tranquila para sairmos com a moto.

 

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Fazer na calçada em frente a escada.

 

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A escada.

 

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Rampinha de "acesso".

 

 

Depois de conseguirmos sair com a moto, fomos em direção ao Porto.

 

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Parei numa fila que se forma e a patroa foi atrás de informação, sobre a Aduana e os procedimentos corretos.

 

Se lembrem que no dia anterior foi um trabalho para conseguirmos nos entender com os Uruguaios, bom nesse dia não foi diferente, foi pior, a patroa abusou do inglês, teve gente que traduziu ela, mas não conseguiu nada, enfim, depois de uns 20 minutos, voltou e preocupada falou que não conseguiu informação, eu com o meu sangue português(tem sangue de além mar aqui nas veias, sim....heheheh), sai a caça de informação, usei de bom e velho português mesmo e fiz cara de poucos amigos, num é que deu certo.

 

Rapaz, foi uma, duas, três pessoas, todas me explicaram direitim o que tinha que fazer, vai entender, precisamos ficar perdidos para alguém com boa vontade explicar corretamente o que devemos fazer, mesmo que seja, em castelhano.

 

Passamos na Aduana e fomos recolher a moto, um rapaz que não explicou nada para a patroa, resolveu explicar direitim pra mim(eu hablando em português mesmo), onde devia ir com a moto, portanto amigos(se vcs passarem por essa situação, entendam), a culpa não é das patroas, parece que o "machismo" impera em qualquer lugar.

 

Enfim, carimbo no passaporte, carimbo no papel do ferry e lá fomos nós para a fila, de repente, cadê a chave da moto ? Putz, perdemos a chave nessa confusão, a patroa foi atrás da chave, enquanto eu pensava, bom pelo menos estou com a reserva aqui, mas EU QUERIA A MINHA CHAVE....hehehehehe

 

Depois de uns 10 minutos novamente a patroa, preocupadíssima veio me falar que não achou nada, aí fui eu caçar a danada da chave e já pensando, ah, paciência.

Mas, num é que achei, tava pertim de onde tinhamos parado a moto a primeira vez.....heheheheheheehheheeh

 

Aliviado, fomos nós subir a moto no ferry, não quis ligá-la afinal era só embarcar, tomamos um "pito" do funcionário da ferry, que nos falou que precisavamos embarcar os dois na moto e com ela ligada.

 

Dito e feito, fomos nós lá para dentro, sem registro fotográfico (entenderam a intenção ?)....hehehehehee

 

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Moto embarcada, subimos a área principal do barco, e nos alojamos na janela (sou mais alto que o Romário, tenho meus direitos....heheheh).

 

A patroa ficou guardando o banco, enquanto eu fui comprar um lanche, entrei na fila, de repente, tudo se mexia, olhei para as pessoas, todas normais, pensei, putz minha pressão caiu, daqui a pouco vou ter um treco, deu uns 30 segundos assim, fui ficando aflito, aí o barco parou.

 

Cara, que susto, comecei a sorrir e falei com uma pessoa na fila, uma senhora logo atrás de mim, putz, pensei que era eu que estava passando mal, tudo se mexeu. E ri, cara, te juro a mulher fechou a cara, não sei até hoje o que foi que eu fiz, se foi o meu "hálito fresco", ou se, o problema era eu......hehehehehehehehe

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Comprei um lanche, o pessoal realmente não faz muita questão de atender bem dentro do barco, mas fazer o que, né. Já tinha tido a minha cota de "raiva" do dia, e naquele momento queria voltar para a janela e tirar fotos.

 

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Farol de colônia e o famoso Rio da Prata.

 

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Olha o lugar, bacana não ?

 

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Última terra do Uruguai.

 

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O Rio da Prata é tão extenso que parece realmente mar.

 

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De vez em quando aparece uma ilha

 

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Ou uma simples bóia

 

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Eitâ, coisa ruim de fazer.

 

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  • Membros de Honra
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Depois de uns 40 minutos, começamos a avistar a outra margem do rio.

 

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Rapaz e num é que consegui uma foto de avião de novo, só que essa de dentro do barco .....hehehehe

 

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Quando o barco atracou, é que fomos descer para a bodega, rapaz só tinha a minha moto e mais um carro.

 

Vale lembrar que encontramos um Europeu (para nós alemão) que estava indo de Ferry para a Argentina, numa Bike, acho que estava indo para o mesmo lugar que nós.

 

Como ele não falou nada, nós também não, ficamos só no hi.....hehehehehe

 

Saímos do Ferry, um Sol de rachar, e fomos tentar sair do porto, saindo, fomos parados por uma Argentina, que falava muito rápida e extremamente "educada", do tipo que vc "pensa muitos adjetivos, mas não fala fica só em pensamento".

 

Um rapaz do ferry veio nos perguntar de onde víamos e para onde íamos, ficou claro, que estavamos saindo do Ferry e que íamos para a Argentina, enfim a moça da Aduana pediu o documento da moto, olhou para ela, olhou a placa, mas não deu nem uma olhadinha no chassi.

 

Detalhe, NÃO PEDIU A CARTA SEGURO VERDE, ela tava olhando a moto e "conversando educadamente" com um Uruguaio ao mesmo tempo, o Uruguaio aparentemente tinha tido algum problema com o carro dele.

 

Enfim, falou alguma coisa e mandou a gente seguir, falamos o tradicional "gracias" e pensei um tanto outro de adjetivos para incluir na frase, mas fiquei com medo dela "entender essas palavras em português".

 

Antes que alguém fale, machismo seu, não é não, o pessoal daquele dia tinha sido o máximo "educado" com a patroa e aquela moça não tinha sido diferente comigo.......hehheheheheheheheheh

 

Amigos já adianto, nem "ousem" falar em inglês com esse pessoal, parece que é um ataque a sua pátria....heheheheheheheheehheeh

 

Enfim, perguntamos para um senhor que cuidava da segurança do porto, como faríamos para ir para a Ruta 3, ele falou que não conhecia, aí falei pretendemos ir para Viedma, ele falou, Bahia Blanca, falei isso, vamos para Bahia Blanca, foi fácil, nos indicou a Auto Pista.

 

Nos explicou o caminho e fomos nós nos perder novamente em outro lugar....heheheheheh

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Enfim, o bacana de entrar em Buenos Ayres, naquela época é que saímos de Colônia del Sacramento às 10h45 e chegamos em Buenos Ayres, às 10h45, eles não haviam implantando o horário de verão ainda, na verdade vimos que iam implantar à partir do dia 1º de Janeiro.

 

A Autopista é pedagiada e tivemos que pagar 3 pedágios, o primeiro 1,20 pesos argentinos, o segundo e o terceiro 0,40 pesos argentinos cada um.

 

Ainda bem que fizemos o câmbio em Colonia del Sacramento, já pensou se tenho a "brilhante idéia" de cambiar no caminho de novo.....hehehehehe

 

Paramos num posto Shell no caminho, para descansarmos e acertarmos o dinheiro na carteira da patroa.

 

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AutoPista vista do Posto Shell

 

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Patroa se entendendo com os pesos uruguaios, pesos argentinos e reais, lembrei da foto da Kaká, só que sem os dólares....hehehehehe

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A Autopista é um "tapete", "plano" e cheio de "retas", onde a velocidade máxima permitida é de 130 km/h, vai até a cidade de Cañuelas.

 

Rapaz pegamos um trecho em reforma da pista que é pra ficar de boca aberta, os caras, simplesmente refazem o asfalto, partindo de 30 cm, pra baixo dele, ou seja, concreto de mais de 30 cm, camada de cascalho (acho) e aí o asfalto.

 

 

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Detalhe na foto, para dar um colorido na viagem, primeiras fotos de flores na Argentina, ali no posto mesmo, importante, na AutoPista somente tem esse posto (que não estava funcionando), portanto combustível assim que sair do Porto, ou antes de embarcar no Ferry, vi muitos argentinos com cara de desespero, pois posto de gasolina (estaciones de servico) só lá em Cañuelas, no final da Auto Pista.

 

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Nova foto do pneu (na Argentina se habla neumático, não façam como "yo" que falou "goma", pq viu escrito "goma" numa loja da Pirelli).

 

Seguimos até o final na AutoPista, muito boa, chegando no final, cai-se numa série de rotatórias, bem sinalizadas e indicando o caminho para a Ruta3, detalhe importante a diferença de km entre a Ruta3 e a AutoPista é de apenas 3 km.

 

Acompanhando pelo GPS, me certifico que chegamos na Ruta3, finalmente.

 

Rodamos até próximo de San Miguel del Monte, na Ruta3 duplicada, daí pra frente pista simples, com mão dupla, ou seja, atenção.

 

Essa parte da Argentina, está dentro da Província de Buenos Aires (lá os Estados são chamados de Província).

 

Paramos num posto Shell para abastecer a Fazer (novamente ligo, ela fica um tempinho acelerada, mas logo volta ao normal e foi assim até o final da viagem, ufa!) e nos abastecer, tomamos um belo lanche (não tão bom quanto o de Rocha/UR) e compramos "una gaseosa" Sprite, de 1litro.

 

Além é claro de comprarmos um mapa.

 

Tomamos o lanche, notamos que além da Fazer, a outras motos grandes, vimos uma XT 600, pilotado por uma moça, e outras, que na verdade são 200 cc, uma Custom Xing-Ling, muito bonita, mas só descobrimos mais tarde.

 

As pessoas aqui usam internet via celular no notebook, além de portarem aparelhos de viva voz para celular, achei que ia ser normal no resto da Argentina, leigo engano, só vimos lá, mesmo.

 

Aqui aprendemos, ou melhor reaprendemos que banheiro é baño, a pronúncia é difícil, mas falando com calma sai.

 

Seguimos viagem e só paramos em Cachari para tomar um sorvete, aprendemos aqui que o sorvete é um "helado".... hehehehehehee

 

Várias palavras novas nesse dia.

 

Fotos da Ruta 3 em Cachari

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  • Membros de Honra
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Nessa parte da Argentina, é comum a presença de grandes veículos agrícolas na estrada, temos que tomar cuidado, pois os carros quando vêem uma moto não respeitam e ultrapassam esses veículos na estrada, na contramão, ou seja, como no Brasil, mas aqui dá mais medo, pois os "veículos agrícolas" são bem grandes, parecidos com aquelas pick ups monsters que vemos na TV, aqui no detalhe um pequenininho.

 

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Aqui acredito seja uma região de produção de Trigo, são campos imensos, onde as máquinas agrícolas, fazem a colheita, independente da data, vimos eles trabalhando em pleno dia 25/12 (data que passamos na volta).

 

Mais a frente, acredito que seja antes de Azul, não me recordo, nos deparamos com a primeira placa que informa a distância até Ushuaia, fora essa nós encontramos mais 4 ou 5, depois só lá embaixo....heheheheh

 

Valeu a pena a foto:

 

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Ainda estava longe, mas a emoção foi grande.

 

Muitos carros que seguiam viagem, buzinaram e sorriram, não devia ser comum o pessoal ver gente tirando foto ao lado de placa....hehehehehehe

 

Detalhe encontramos nesse caminho também, várias, muitas mesmo, motorhomes, de várias nacionalidades, inclusive do Brasil.

 

Até buzinei e acenei para um motorhome de SP, o cara não deve ter entendido nada, deve ter xingado, assim, até aqui esses "motoboys" vem encher.....heheheheheh

 

Vimos uma Land Rover da França, com casinha de cachorro na parte de trás, deviam viajar e levar seus dog's, para falar a verdade, a casinha dava para um Golden Retriver......hehehehehehe

 

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E olha de novo o gaviãozinho que nós vimos do Sul do Brasil até metade da Patagônia, levando "surra" de uns passarinhos beeeemmmm pequenininhos, era incrível os gaviões, voando desorientados tomando rasante na cabeça desses passarinhos .....hehehehehehe

 

Parece profético.....heheheheheheheehheeheh

 

Nesse dia chegamos por volta das 20h em Benito Juarez, entramos pela primeira entrada da Ruta3, um erro grande, pois pegamos um trechinho de rípio, andamos a cidade toda e não achamos hotel, voltamos por uma outra via, asfaltada, até a Ruta3, quando perguntei num posto YPF (que tinha pousada) onde ficava o hotel de Benito Juarez, ele falou aqui tem um, e eu ri e falei no yo quiero un hotel en Benito Juarez (não com essa desenvoltura, mas castigando um pouco o Castelhano), o cara, falou volte até a entrada principal e vá até uma praça, é lá.

 

E num é que era mesmo, só que não tem muitas placas, não.

 

Procurei adiantar tudo, lubrificação da corrente, combustível completo, descarreguei a Fazer (tudo, foi a última vez na Argentina, depois larguei mão de descarregar os alforjes).

 

Aproveitamos e extendemos o nosso varal com roupas e fomos comer, mas o quê, nem telefone público, nem restaurante barato, mas tinha igreja, a Iglesia Universal del Reino de Dios.

 

Naquele dia andamos "apenas"

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Não ligamos o GPS no ferry, portanto não estão computados a travessia.

 

Enfim, acabamos comendo uma pizza no hotel, antes de dar o nosso parecer, é importante ressaltar, que Pizza é uma comida que só o brasileiro sabe o que é, feito isso, diria que ficou metade da pizza, mas custou pouco....heehehehe

 

Gastos nesse dia:

 

Ferry Boat: Mauricio 823 pesos uruguaios 72,83 reais, Raquel 823 pesos uruguaios 72,83 reais e a Fazer 927 pesos uruguaios 82,04 reais

 

Alimentação: Posto Shell 9 pesos 6,21 reais e Hotel Juarez 25,00 pesos argentinos 17,24.

 

Hospedagem: 80 pesos argentinos, 55,17 reais.

 

Outros: Mapa Argentina 17,50 pesos 12,07 reais.

 

Detalhe importante na Argentina paga-se adiantado o hotel, raramente se deixa pagar na hora de ir embora, somente aconteceu em Ushuaia e em Viedma (na volta).

 

Nos hotéis sempre perguntam de onde veio, para onde vai (fica registrado), pedem os passaportes e o documento da moto.

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6º dia - 08/12/2007 - Benito Juarez - AR/Viedma - AR

 

Levantamos cedo, fomos tomar o nosso desayuno no hotel, 2 media lunas (um tipo de croissant doce, uma delícia) e algumas torradas, junto com un café sollo (café puro) para a patroa e un jugo de naranja (fala-se "rugo") suco de laranja para mim.

 

Amigos, que vento, ao sairmos na rua, tudo ventava.

 

Perguntamos no hotel onde tinha uma casa de câmbio em Benito.

 

Não havia, nos indicaram em 3 Arroyos.

 

Mas, como era Sábado poderia estar fechado, não tinha problema, tinhamos uma reserva em Pesos Argentinos e tinhamos nossos cartões internacionais BB (Banco do Brasil).

 

A cidade de Benito Juarez é bem bonita, a praça central é bem arborizada e tem um belo prédio "italiano" na frente do hotel, as pessoas são bem simpáticas e atenciosas, do tipo que cumprimentam as pessoas na rua.

 

Detalhe importante, para variar a hora que saímos na rua, a cidade estava "parada".

 

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Hotel Juarez (não tem placa mesmo...heheheh)

 

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Prédio com fachada e estilo italiano (acreditamos que lá tenha uma colônia italiana)

 

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Praça central de Benito Juarez, aqui a igreja está no centro da cidade, mas vimos poucas cidades com esse costume, diferente de nós, que em quase todas as cidades a igreja fica no centro.

 

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Ruas arborizadas de Benito Juarez

  • Membros de Honra
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Depois de entrarmos na Ruta 3, vimos o que o vento era capaz de fazer e como ia afetar a "dirigibilidade" da Fazer.

 

Tivemos que andar "deitados" à no máximo 70 km/h, foi o nosso limite, acima disso seria muito arriscado para nós.

 

A moto balança muito, pior ainda quando tinhamos que "deixar" um veículo maior nos ultrapassar, o "vácuo" que se gera, é um perigo, pois a moto automaticamente desenvolve velocidade e "joga" para o lado oposto que estávamos "tombados".

 

Tivemos que "criar" uma nova técnica para evitar problemas, após alguns sustos, vimos que o melhor a se fazer é quando tiver que ser ultrapassado nessas condições é deixar o veículo emparelhar e cutucar o freio.

 

Assim, o efeito é menor e mais rápido, mas isso só acontece quando há muuuuuuuuiiitooo vento, como foi o caso nesse dia, na parte da manhã.

 

O inverso também é verdade, quando tinhamos que ultrapassar um caminhão, à maioria obedeça o limite (80 km/h), emparelhamos o caminhão, e automaticamente a Fazer "pula" para 110 km/h, nesse caso, nos afastamos ao máximo do caminhão e ao chegar na frente (nariz com nariz....heheheh), deitamos a moto acelerando, assim diminui-se o efeito de "arrasto" gerado pelo caminhão sob a moto.

 

Tudo isso foi "exaustivamente" testado na viagem toda, com direito a muitos sustos e muito pensando do tipo, o que eu estou fazendo aqui.....heheheheheehehehehehehehehehe

 

Lemos em alguns relatos gente falando que conseguiu andar a 100 ou 130, até mesmo 140 km/h, vou falar francamente, além de ser um risco danado (pois o vento é constante, mas às vezes vem umas rajadas muito fortes, sobretudo nas áreas mais abertas), normalmente o acostamento é de rípio, ou seja, se escaparmos para o acostamento, não conseguiríamos "domar" a moto na velocidade necessária, imagino que na velocidade que trafegavamos daria para controlar a moto, sem muitas dificuldades.

 

O cansaço nesses trechos de muito vento são extremamente cansativos, o capacete vai para o lado oposto, o corpo é como se tivesse o tempo todo fazendo curva, ou seja, andamos em cima da moto como se estivessemos fazendo curva, a cabeça luta contra o vento e contra o capacete, tudo vibra.

 

Os braços lutam para manterem o corpo sob o guidão e normalmente não há área para descanso.

 

Nesse dia foi tranquilo, fomos brigando contra o vento, até 3 Arroyos, quando saímos da Ruta 3 e mais 10 km estavamos na zona central de 3 Arroyos, foi bem bacana, uma cidade muito bonita, as pessoas também extremamente simpáticas, ouvi diversos elogios, enquanto a patroa tentava achar a casa de câmbio.

 

As motos chamam muito a atenção na Argentina, sobre tudo dessa parte para baixo, foi comum recebermos muitos cumprimentos "com os faróis" na ida e na volta, sobretudo dos caminhoneiros, não se assustem, não achem que tem algo caindo ou que seja um aviso de que tem "polícia" na frente.

 

É uma maneira que as pessoas arrumaram de nos cumprimentar na estrada, muitos levantam a mão, como fazemos quando encontramos um grupo de motociclistas.

 

Aliás encontramos uma amigo solitário em cima de uma XT, só que no sentido contrário, tombado para o mesmo lado que nós por causa do vento.....hehehehe. Só deu tempo de erguermos e acenarmos, seguindo nosso caminho.

 

Enfim, voltando ao câmbio, pois é, era Sábado e não havia casa de câmbio aberta, sem problemas, vamos testar o cartão internacional BB, na Argentina procurem os bancos que tenham caixas eletrônicos com um emblema escrito BANELCO, pois é, funciona, desde que vc tenha como eu autorizado o funcionamento do cartão na argentina em algum caixa eletrônico do BB, como eu fiz, mas embora tenha feito o processo corretamente o meu cartão não funcionou.

 

Sendo assim, depois de xingar muito o BB(Banco do Brasil) seguimos nossa viagem, para nossa alegria o vento diminuiu muito.

 

Seguimos até um posto YPF em Coronel Dorrego, não amigo, vc não está lendo errado, não. O nome da cidade é esse mesmo.

Fiquei brincando com a patroa (discretamente) sobre como seriam o nome dado as pessoas que nascem nessa cidade (aceitamos sugestões aqui no fórum). Infelizmente não quis arriscar uma gargalhada (não muito discreta) se perguntasse a alguém.

 

Foi aqui que comemos um belo lanche, que virou o prato oficial por onde podíamos comê-lo.

 

Aqui pedi um sanduíche chamado "Lomito", um bife "gigante" em um pão que deixa o nosso pãozinho frânces, pequenininho.

 

Isso pq não queria comer muito, rapaz, o bicho é grande.

 

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Entorno do posto YPF

 

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A Fazer parada ao lado da lanchonete

 

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Ruta 3 e Posto YPF

 

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E para os que estavam incrédulos no nome da cidade

 

Aqui também ouvi uma pergunta que deixou a Fazer com ego inflado.

 

Um Argentino me perguntou que moto era aquela, se era uma BMW, rapaz, foi aí que tive certeza a Fazer é uma moto pequena com um porte bem bonito.

 

Expliquei que era una Yamaha, que tinha injecion electronica, que era una moto de 250 cc, etc.

 

O argentino ficou feliz da vida com as informações e foi embora, não sei se entendeu bem o meu "enrolado portunhol", mas saiu contente.

  • Membros de Honra
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Mas, a frente encontramos essas torres de captação de energia eólica, realmente na Argentina, venta muito, vale a pena investir nessa matriz energética, já que eles estão enfrentando problemas de abastecimento de energia.

 

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Seguimos nossa viagem novamente apanhando do vento, descemos até a Ruta 3 virar uma pista dupla, próximo a Bahia Blanca, passamos ao lado da cidade, a Ruta 3, segundo o GPS é beirando a periferia de Bahia Blanca, em um trecho bem esburacado e até com rípio (500 m no máximo), porém com forte cheiro de região de porto, aqui acaba o pequeno trecho duplicado da Ruta 3.

 

Depois de Bahia Blanca, paramos em um posto YPF, abastecemos a moto, fomos ao banheiro e cumprimentamos um grupo que estava indo pescar em duas motos scooter de marca Yumho, todos sem capacete....heheheheheheehhehe

 

Mas, a frente, fomos parados em uma espécie de controle de entrada de alimentos na Patagônia, ou seja, as barreiras que buscam evitar a entrada de Aftosa e outras doenças que afetam as frutas.

 

Nesse local fazem a checagem da bagagem, no nosso caso, o rapaz pediu para abrir a mala tanque e nos perguntou em "inglês" se levavamos alimentos frescos, leite ou frutas.

 

Rapidamente (sem entender bem o inglês carregado do rapaz) respondemos NO!.

 

O rapaz olhou a moto, as bagagens e nos mandou seguir.

 

Fomos embora e os rapazes da Scooter que saíram antes da gente do YPF ficaram, mas é que acho que foram checar melhor as bagagens deles, já que estavam com varas de pescar, etc.

 

Como estávamos próximo a costa, o vento lateral entrou forte, já que mudamos a direção (agora em direção ao Sul) mas mesmo assim conseguimos andar a 90 km/h, sem sermos incomodados com os caminhões, e sendo constantemente ultrapassados por carros.

 

Chegamos no final da tarde na Patagônia, em Viedma.

 

Fomos até o informes turísticos e a patroa pegou as indicações das hospedagens mais em conta e o preço de alguns lugares para comer.

 

Viedma é uma cidade muito arborizada, sendo que o Rio Negro que dá nome a Província de Rio Negro, margeia toda a cidade, dividindo de um lado Viedma e do outro Carmem de Patagones, ou C.Patagones como vemos nas placas.

 

Aqui fica um lugar bacana de se conhecer (infelizmente não conhecemos na vinda, mas sim na volta) chamado La Loberia, fica a cerca de 60 km de Viedma e vale a pena, tem um trecho mínimo de rípio, mas está super mal sinalizado, o que nos faz passar reto e "xingar" muito na volta....hehehehehehe

 

Fazemos assim, a patroa pega as indicações (normalmente nos cedem um mapa da cidade no informes turísticos) e eu sigo até o local, a patroa desce, confere o preço (às vezes está "desatualizado" no informes turísticos, mesmo sendo revistos semanalmente) e checa o quarto, para evitarmos situações desagradáveis.

 

Depois disso estaciono a moto e descarrego a carga. Enquanto isso viro "marciano" e sou objeto da curiosidade local, bacana, né ?? heheheheheheheheehheeheheh

 

Fomos em dois endereços, mas o mais barato, foi o mais convidativo, a dona, muito simpática e o hotel muito bacana, decidimos ficar nele, a "cochera" era ao lado do hotel, sem problemas, coloquei a trava de disco Xena (sem as baterias, para não incomodar ninguém, com falsos alarmes) e me dei por contente, já que havia sistema de vigilância por câmeras, embora o estacionamente fosse aberto.

 

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Hotel Spa

 

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Estacionamento ao lado do hotel

 

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Rua em frente ao hotel

 

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Rua beira "rio" em Viedma

 

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Informes Turísticos - Viedma/AR

 

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A partir daqui comecei a pegar a km pelo odômetro da moto ou os dois juntos, como podem ver o GPS apresenta sempre um número menor em relação ao odômetro e em relação a marcação da estrada.

 

Aqui vale a pena falar, no primeiro dia na Argentina, fizemos as ligações em um locutório, uma cabine que faz ligações por minuto e vc acompanha num "placar" que fica em frente ao telefone, lá informam o tempo de ligação e o custo.

 

Nesse dia, encontramos um teléfono público e fizemos a ligação via embratel à cobrar no Brasil o telefone é 08005555500, depois usa-se as opções, tudo no bom e velho português.

 

Comemos também por indicações de um rapaz do hotel, num restaurante que virou a nossa salvação, chamado Tenedor Livre, vale a pena, é o nosso Self Service do Brasil, come a vontade, comida (arroz primavera quente), parrilla e sobremesa, somente é obrigatório o consumo de dois refrigerantes pequenos ao custo de 5 pesos, fora a taxa de consumação que se bem me lembro era de 12 pesos, como só pedimos 1 refrigerante, médio, veio pequeno, mas tudo bem, acabamos pagando um pouquito a mais ....heheheheheheh

 

Gastos:

 

Combustível: YPF Cnel. Dorrego 36 pesos = 24,83 reais e YPF Vila Longo 35 pesos = 24,14 reais.

 

Alimentação: YPF Cnel. Dorrego 25,50 pesos = 17,59 reais e Tenedor Livre 26 pesos = 17,93 reais.

 

Hospedagem: Hotel Spa 90 pesos = 62,07 reais.

  • Membros de Honra
Postado (editado)

7º dia - 09/12/2007 - Viedma - AR/Puerto Madryn - AR

 

Acordamos cedo, a senhora que prepara o café nos atendeu com muita simpatia, fez um esforço danado para falar café com leite, já que lá é Café con leche.....hehehehehe

 

De café 4 média lunas, uma bandejinha com torradas e 2 sachés de manteiga e 2 de marmelada.

 

Enquanto tomavámos nosso café a sra. nos perguntou de onde víamos para onde íamos, a dona da pousada chegou, ela comentou usted viu son brasileños.

 

Gostamos muito da pousada, fomos muito bem recebidos e o clima era muito bacana.

 

Enfim, depois disso pegamos todos os apetrechos da moto e fomos lá....

 

Dessa vez, resolvemos tirar umas fotos da cidade na moto, já que Viedma é uma cidade grande.

 

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O Rio Negro cria uma paisagem muito bonita para quem anda na Av. Beira "rio".

 

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Para chegar em Viedma, temos que atravessar uma ponte sobre o Rio Negro, o que tivemos que fazer para registrar uma foto de Viedma.

 

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Tudo isso sob os olhares curiosos da polícia que estava num posto na entrada de Viedma, só que há 500 metros antes da ponte.

 

Fizemos as fotos e pensei, putz não vou voltar até ali na frente para fazer um retorno, pior com certeza seríamos parados por eles.

 

Esperamos um momento de distração, afinal eram 4 policias, ainda bem que chegaram alguns carros.

 

E lá fomos nós com segurança fazer o retorno ali mesmo ao lado da ponte.

 

E assim fomos nós pela Ruta 3, detalhe importante, como estava desconfiado que o preço das estaciones de serviço pela Nafta era maior nos postos beira Ruta, resolvi abastecer dentro da próxima cidade, já que tinhamos abastecido a Fazer cerca de 100 km antes.

 

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O entorno da Ruta 3 nessa região é tomado por fazendas agrícolas, aqui se produz, frutas, azeite, trigo, etc.

 

O vento hoje estava frontal, o que permitia andar um pouco de lado e com velocidade razoável, 100 km/h, mesmo que com um pouco de dificuldade.

 

Depois de um trecho de Ruta a paisagem mudou, sumiram as fazendas e deram lugar a regiões cheia de vegetação arbustiva.

 

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Depois de um tempo o vento mudou de direção e começou a sopra lateral, o que prejudica muito a "dirigibilidade", já que temos que voltar a andar "deitados".

 

Nesse trecho fomos pegos por um "redemoinho" de vento.

 

Estavamos vendo um redemoinho se formando num dos cantos da estrada, dá para perceber pois vc vê a terra subindo em círculos, é constante durante toda a viagem, e temos fotos de outro lugar, maiores do que o que nos pegou.

 

Enfim, estavamos vendo o vento ali no acostamento, um pouco a frente, como não tinhamos o que fazer, fiquei mais ou menos preparado, torcendo pro bicho ir para o outro lado.

 

De repente, ele sumiu e a moto toda sacudiu, os capacetes fibraram e o GPS apagou (sim, ele desligou sozinho).

 

Foi "o Saci e o seu pé de vento que nos pegou".....hehehehehehe

 

Refeitos do susto e continuamos nossa viagem.

 

Mais a frente passamos por mais um posto de vigilância sanitária e controle de zoonoses, fomos parados, o rapaz que dessa vez não falava inglês, nos perguntou o mesmo do outro.

 

Só que não pediu para abrirmos nenhuma bagagem, nos desejou suerte e fomos embora.

 

De repente numa baixada demos de cara, com um campo de terra que com o vento formou um túnel de areia.

 

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Rapaz entra areia dentro do capacete, mesmo que esteja completamente fechado.

 

Paramos mais a frente, fizemos o registro fotográfico e filmamos, e mais a frente registramos a flora da região.

 

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Fauna com esse vento seria muito difícil, principalmente a avifauna.

Editado por Visitante

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