Ushuaia 2007/2008

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Fomos até a loja "não sei o quê" de los gatos, não tinham o pneu da Fazer, para variar tinham o 130/80/17 que era o Metzeler.

 

Saindo da loja noto que a relação da Fazer estava frouxa, apesar de termos esticado ela a poucos dias.

 

Aproveitei e no meio da rua, com olhares curiosos, estiquei novamente e fizemos a lubrificação diária.

 

Voltamos à loja e ficamos esperando, realmente a dona da loja (a última a abrir pelo que notamos) estava atrasada.....hehehehehe

 

Mas, a lojinha é a melhor mesmo em preços e em lembrancinhas.

 

Av. do hotel

 

Movimento calmo nesse início de dia

 

Fazer esperando a nova "bagagem" ficamos abarrotados nesse dia.

 

Depois de uma meia hora ou mais, conseguimos seguir viagem.

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A moça foi super simpática, tinha dois filhos, a filha dela (devia ter 10 anos) era muito simpática, uma lojinha bem familiar.

 

Ganhamos de brinde, um adesivo (que está afixado no bauleto), balas, que duraram até aqui e cartões postais.

 

Produtos "devidamente amassados, ou melhor, acomodados" nos alforjes, seguimos viagem.

 

Esse trecho que vai até Las Grutas, não tem muitas novidades, o céu estava limpo e muito quente, pegamos bastante vento lateral e frontal, mas nada, nada mesmo perto do que enfrentamos abaixo de Trelew, não chegava nem a incomodar.

 

Cruzamos com mais motos (sobretudo scooter's) na estrada, teve um rapaz que acenamos, estava numa pequena cc (devia ser 125 cc), foi engraçado, que na primeira vez que cruzamos com ele, acenamos e seguimos viagem, ele estava descansando numa área protegida do vento.

 

Na vez que ele cruzou conosco foi à mesma coisa, mas ele buzinou, acenou e fez sinal do tipo (ahãm, agora sou eu que estou na frente....heheheh).

 

Enfim, paramos para comer em Sierra Grande, no primeiro YPF na entrada da cidade.

 

Foi engraçado que nesse dia, ouvimos no rádio uma música em português, pior é que eu até conhecia a música e o grupo, duro foi agüentar, embora tenha sido bem engraçado.

 

Foi uma música do É O TCHAM (aí Rad.....hehehehehehe), só não sei qual a música, para mim, todas são iguais.....hehehehehehehe

 

Enquanto comiamos, muita gente foi olhar a moto, engraçado que sempre olhavam o papel que ficava na mala tanque (normalmente deixava o mapa, mas como conhecíamos o caminho da volta, ficou um papel de uma hostelaria em Ushuaia).

 

Enfim, fomos abastecer e o gerente nos informou que não tinha mais nafta, aliás, ele adiantou, nem no outro YPF na outra ponta da cidade, o posto Esso em frente, parecia que tinha, porém não tinha certeza.

 

Tínhamos ouvido algo nesse sentido na TV já alguns dias, sobre uma possível crise de abastecimento de combustíveis.

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Fomos atrás de um posto com nafta, acabamos encontrando somente em um Petrobrás, que já tinha uma fila grande.

 

Enquanto esperávamos, um alemão que estava esperando um ônibus, veio falar conosco, ele disse que viveu bastante tempo no Brasil, no RS, só que veio para a Argentina e tinha um restaurante em Playas Doradas, pediu para nós recomendá-lo, seu e-mail (acho que era o site), é alemãoDT.com, disse que teve 18 DTs e que sentia falta delas na Argentina.

 

Foi muito simpático, disse que lá em Playas Doradas ele que coordena a parte de turismo, que tem bastantes atividades lá.

 

Enfim, abastecemos a moto e a patroa tirou fotos de um desenho indicativo que vimos em um muro ao lado do posto.

 

 

 

Minha idéia inicial era seguir em frente, ao invés de pegar a Ruta 3, pois poderíamos economizar 150 km, seguindo pela Ruta 251 e depois pegando a Ruta 22 até Bahia Blanca, seguindo novamente por outra Ruta até Azul.

 

A patroa queria muito ir para Viedma (ela gostou muito da cidade, é realmente muito bonito e tem um clima gostoso lá).

 

Decidimos seguir até Viedma, na volta não precisamos parar nas fiscalizações sanitárias (aquelas que nos perguntavam se levávamos comida fresca, mel, etc.).

 

Vimos o rapaz que nos ultrapassou, entrando num posto YPF na rotatória de San Antonio de Oeste.

 

Tivemos vontade de conhecer Las Grutas, até diminuímos a velocidade para entrar na cidade, mas desistimos o cansaço era evidente e ainda não estava 100% do mal estar que senti no dia anterior (achamos que foi a mudança do frio para o calor de forma brusca).

 

Como não tinha vento, as árvores estavam retas (levemente tombadas....heheheh).

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Não tivemos dificuldade em vencer a distância entre Las Grutas e Viedma, nem pegamos a tempestade de areia.

 

 

 

 

 

 

 

Aqui começa a zona agrícola dessa parte, a paisagem muda bastante, ao invés de arbustos apenas, vemos plantações, enormes máquinas agrícolas, árvores, etc.

 

 

Entramos por outra parte da cidade, aproveitei e vi onde ficavam as motopeças de Viedma, apesar de termos desistido de ir para Bariloche, o pneu estava dando sinais de desgaste.

 

Fomos direto para a pousada que ficamos na vinda, a dona se surpreendeu ao nos ver e ficou feliz (incrível que não foi só ela, uma senhora que cuida do desayuno ficou ainda mais feliz quando soube).

 

Como era temporada de natal, o preço subiu 10 pesos na diária (mesmo assim, ficou bem mais em conta do que mais ao Sul).

 

Após colocarmos as nossas bagagens, fomos passear por Viedma a pé, aproveitamos e passamos em uma heladeria e compramos sorvete, compramos lembranças que faltaram e ficamos na praça esperando o "tenedor livre" mais barato da Argentina abrir, um chinês saiu na rua e ficou curioso conosco (a patroa acha que foi o meu lado oriental.....heheehh).

 

Como era próximo do horário de abrir o restaurante 19h30 ficamos ali, esperando alguém entrar.....heheheheheheehhe

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Só depois entramos e fomos bem atendidos (apesar de que tive a impressão de que ficamos vigiados), tudo bem, vão proibir brasileños de comer nesses lugares, mas que culpa eu tenho que num Tenedor Livre os argentinos comem muito pouco.....hehehehehehe

Detalhe o churrasqueiro era bem simpático, brincou com a patroa, quando ofereceu carne, falou, olha desse jeito vc vai engordar (o prato da patroa estava vazio, mas sabe como são as patroas, já achou que estava falando que ela tava comendo muito.....heheheh).

No meu caso, ficou brincando com os nomes das carnes, embora eu não tenha aprendido direito, falei que queria un bife e un chorizo e ele ficou olhando e falou no tienemos chorizo, tienemos salsicha, aí eu ri, falei que tinham me falado que chorizo era aquele tipo de carne e ele, pois é, e é mesmo.....hehehehehehe

Trocamos figurinhas nos nomes das carnes, falei como chamava no Brasil e ele falou como era na Argentina (não aprendi até agora.....heheheh).

 

Enfim, depois de comermos passamos numa lan house, mas o computador que eu estava usando deu problemas e ficava reiniciando toda hora, além de ser bem lento, não conseguimos atualizar as informações de onde estávamos.

 

Depois disso passamos numas lojas e compramos una gaseosa e nutrys e fomos para o quarto, estava de bom tamanho.

 

Gasto do dia:

 

Combustível:

 

Posto Petrobrás - Sierra Grande - AR - 25,00 pesos = 16,13 reais

 

Hospedagem:

 

Hotel Spa - Viedma - AR - 90 pesos = 58,06 reais

 

Alimentação:

 

Posto YPF - Sierra Grande - AR - 15,00 pesos = 9,68 reais

Tenedor Livre - Viedma - AR - 40,00 pesos = 25,81 reais

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21º dia - 23/12/07 - Viedma - AR/Viedma - AR

 

Acordamos cedo, mas sem pressa, resolvemos ficar mais um dia em Viedma, assim descansamos um pouco e aproveitamos essa cidade que gostamos tanto.

 

Ontem, a patroa conseguiu ver na lan house que o BuqueBus só funcionava meio período no dia 24 de Dezembro, justamente o dia que acabaríamos chegando em Buenos Aires se continuássemos a subir pela Ruta 3.

 

Como não queríamos ficar uma noite em Buenos Aires (recebemos muitos avisos no caminho, tanto de brasileiros como de argentinos), fizemos um passeio que queríamos ter feito na vinda, mas por falta de tempo deixamos em segundo plano.

 

Fomos conhecer a Loberia de Viedma, descemos tranquilamente e até encontramos um casal tomando desayuno, a senhora que cuidava do desayuno ficou super feliz em nos ver, a dona da pousada, veio se juntar a ela.

 

Ela fez questão de oferecer, leite (com muita força para não falar leche) com café para a patroa, mas ela tomou mesmo o café solo.....hehehehe

 

Como não havia jugo de naranja, fiquei na água mesmo.

 

Era bem cedo para o padrão argentino, acabamos que não comemos as medias lunas, estavam ainda no forno, comemos muitas torradas, com manteiga e marmelada.

 

Aprontamos-nos e pegamos as indicações de como chegar à La Loberia (no GPS também estava indicado o caminho, só não tinha o waypoint), a dona da pousada fez questão de nos avisar que a água das praias, apesar de serem bonitas, são super geladas....hehehehehe

 

Aproveitamos para conhecer a cidade, circular nas ruas super vazias, era por volta das 9 h.

 

Detalhe "misterioso" da km no painel, dava até para jogar no bicho....hehehehehe

 

Passarinho que nos observava do alto da pousada

 

Essa ponte é um dos pontos turísticos de Viedma, liga Viedma a Carmem de Patagones.

 

 

 

 

Detalhes da ponte, puxados pelo zoom da máquina, a patroa fez isso para ver se tinha alguém na ponte.....heheheheh

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Rio Negro, águas calmas.

 

Tivemos muita dificuldade para encontrar uma estacione de serviços que tivesse nafta ali em Viedma, tivemos que usar o GPS que nos indicou um Petrobrás na cidade, na verdade ao chegar lá vimos que era sem bandeira.

 

Foi o combustível mais caro da viagem, por causa do desabastecimento (aquele mesmo que enfrentamos no dia anterior), acabamos pagando 2,999 pesos/litro da Super.

 

Depois de encher o tanque da Fazer, deu para ir tranqüilo, seguimos pela Ruta 1, passando ao lado de uma cidade chamada El Condor, com cara de ser super tranqüila, a estrada estava pavimentada, porém o asfalto não era dos melhores, andamos à 60/80 km/h, tinha vento frontal e às vezes lateral, mas tudo muito tranqüilo, perto do que pegamos lá embaixo.

 

Passamos por um lugar chamado La Loberia, achei que era ali a reserva de Lobos Marinhos, mas era uma entrada para a praia com um pequeno restaurante na entrada.

 

Detalhe todas as praias nessa região, tem que se pegar uma descida, normalmente em rípio, pois a costa aqui é bem mais baixa do que o lugar onde fica a estrada, a diferença de altura chega a 50 m, apesar de que dá estrada dá para ver o mar o tempo todo.

 

Seguimos em frente, entrando no rípio, o grande problema é quando chegávamos em trechos que tinham muita areia de praia, a Fazer em dois fica prejudicada para seguir, a patroa teve que andar um tantinho mais nesse dia.

 

Tínhamos passado por um lugar chamado Praia Punta Bermeja, que apesar de ter um desenho de lobo, não indicava que era ali a Loberia, enfim, passamos reto pelo lugar que tínhamos que entrar.

 

Andamos ainda uns 10/15 km e a estrada foi ficando cada vez mais difícil, cheia de curvas e areia fofa demais, até para andar sozinho sob a moto.

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Paramos nesse ponto e tentamos enxergar o lugar:

 

 

 

 

 

 

 

A partir desse ponto, segui mais a frente cerca de 2 km, onde daria para subir um penhasco e tentar enxergar o que tinha para frente, por mim, já teríamos desistido, mas a patroa queria muito conhecer o lugar, fui e voltei com a notícia nada agradável que não tinha nada a frente, a não ser mais areia e mais curvas.

 

Um caminhoneiro que nos viu, perguntou se mais a frente ficava um lugar, como ele falou muito rápido, não consegui entender onde era o lugar que ele queria chegar.

 

Falei para ele, apenas que no sabiamos donde ficava el lugar que querias chegar, voltando un pouco tinha un lugar donde poderia se informar.

 

Ele resolveu continuar reto, nós voltamos.

 

Os trechos mais complicados foram vencidos com muita paciência, andando às vezes com os dois pés no chão e em primeira marcha, a patroa nem precisou descer, ao contrário da vinda.

 

Acabamos entrando naquela estradinha que tinha a placa de Punta Bermeja, era lá.

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Como vcs. podem ver pelas fotos, o escritório da reserva faunística, possuía fósseis de ballena, diversos animais empalhados e pôsteres argentinos e pasmem, brasileiros.

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O Guarda Fauna, que estava do lado de fora, apareceu e nos avisou que poderíamos andar nas plataformas, mas que não deveríamos sair delas, nos avisou que a altura era grande em relação onde ficavam os lobos, portanto para termos cuidado.

 

Fomos lá fora conhecer os lobos.

O lugar é bonito de se ver, logo que se sai para a área que dá para se avistar os lobos, temos uma visão de 180º graus do mar em frente.

 

Os penhascos são muito bonitos e nós andamos em plataformas de madeira, não tão bem conservadas, mas seguras, que tem algumas entradas para os penhascos, formando 5 mirantes.

 

Plataforma e mirante

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como vcs. podem ver pelas fotos, são muitos, mas muitos mesmo, muitos descansando nas praias, outros nadando, filmei um "pegando" onda....hehehehe