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17º dia - 19/12/07 - Rio Gallegos - AR/Puerto San Julian - AR

 

Acordamos cedo, olhamos para fora o céu meio azul, meio cinza, sem sinal de chuvas, obaaaa, vamos a El Calafate, vamos apreciar o Glaciar Perito Moreno.

 

Tudo certim, tomamos o desayuno do hotel (apenas duas média lunas e un café sollo e un jugo de naranja) e fomos até o Carrefour de Rio Gallegos que vi que era próximo, ontem quando procurávamos um hotel/hostelaria.

 

Fomos a pé mesmo, 4 quadras planas, eram 9h00 da manhã, um senhor montava sua barraquinha em frente ao Carrefour, dois cãezinhos (tudo bem um era grande.....heheh), acompanhavam atentamente o dono, o menorzinho ficava cercando ele, para ver se ganhava uma atenção, o maior ficou encostado na parede do Carrefour.

 

Muitas pessoas esperando para serem atendidas, nós os brasileños e mais dois argentinos, passa tempo e nada, deu 9h30 desistimos, fomos embora, acabamos descobrindo o que era o tal de La Anonima que aparece nos pontos de interesse do GPS, pois é era um supermercado e aberto......hehehehehee

 

Fomos lá, comprei as minhas luvas impermeáveis “importadas”, a patroa comprou chocolates e eu vi a tal barra de "mantecol" grande mesmo, fiquei até com vontade de comprar, mas desisti.

 

Seguimos para o hotel e desocupamos o quarto e montamos as bagagens na Fazer.

 

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Km acumulada até aqui

 

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Luvas importadas - made in Argentina....hehehehehe

 

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Ótimo acabamento e melhor caimento nas mãos.....hehehehehe

 

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Olha que interessante, na Argentina é muito comum os donos viajarem com os seus "cãozinhos", este estava cuidando do carro e esperando o dono.

 

Aqui no Brasil é muito difícil viajar com cachorro, fora o amigo Negrini (já criei um tópico sobre ele no antigo fórum) que viaja com o seu Cocker em sua Harley não vejo mais ninguém fazendo isso, nem mesmo em carros, já tentamos é muito difícil.

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Abasteci a Fazer no mesmo YPF - ACA que fica no final da Av. San Martin de Rio Gallegos, mesmo frentista, até reconheceu, só faltou perguntar se tínhamos ido, mas pelo sorriso no rosto a hora que nos viu, ficou evidente.

 

Uma placa interessante de um carro antigo nos chamou atenção UFO, pena que não tivemos coragem de fotografar.

 

Aproveitei e fui calibrar os pneus (é a terceira vez que fizemos isso na viagem toda) não moveu um número, aliás, aqui não é como no Brasil se preparem é bem diferente, tem que acionar uma alavanca e aí começa a aparecer a pressão no pneu, ao mesmo tempo em que injeta um pouco de ar.....heheheheheeh

 

Seguimos em direção a rotatório da Ruta 3 que nos levaria a El Calafate, de repente saindo de Rio Gallegos o tempo fechou, pois é, quis o destino que deixássemos para a próxima viagem, El Calafate com chuva e tempo ruim, não compensa, tem dezenas de vídeos que já vi, fica horrível, fora que estávamos desconfiando que não teria combustível lá, como aconteceu com os amigos da XT que conhecemos em Piedra Buena.

 

Mais a frente na Ruta 3, tem um posto de polícia da província, fomos parados, estava chovendo bem, mas tinham dois guardas lá, com capa e tudo mais, super eficientes, no Brasil com certeza não teríamos sido parados.

 

Novamente se confere o passaporte, documentação da moto e registram o destino tudo num caderno.

 

Do outro lado da estrada, um caminhão com a frente totalmente desfigurada, não tiramos foto por causa da chuva, mas acreditamos que capotou em algum lugar.

 

Nos despedimos do Rio Gallegos, atravessando uma ponte charmosa, lá tem um mirante que fica no topo de uma serrinha, muita subida para conhecer esse mirante, com chuva então, seguimos viagem

 

Temos vento, tanto frontal como lateral, algo que não tivemos na vinda.

 

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Fizemos o caminho todo assim, nuvens super carregadas e céu limpo na frente, pegamos chuva (que melhorou bastante cerca de 50 km depois de Rio Gallegos) quando passamos debaixo das nuvens mais carregadas, andamos cerca de 10 km sob chuva média e de repente saímos da nuvem, volta a vir o Sol e o frio.....hehehehehe

 

Ainda não sentíamos calor.

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Chegamos a Piedra Buena e fomos parados por dois policiais que estavam na estrada.

 

Nos pediram além dos habituais passaportes e documento da moto, a carteira de habilitação.

 

Fiquei desconfiado de que poderia sofrer uma "extorçãozinha", como levei a Carteira de Habilitação Internacional, tratei de entregá-la, gente foi super engraçado, o guarda, olhou, olhou, página por página, detalhe por detalhe, deve ter pensando um monte de coisas, entregou o passaporte e nos desejou sorte.

 

Seguimos um pouco a frente e paramos no mesmo YPF onde encontramos o pessoal na vinda o casal do RJ na XT e os gaúchos de Candiota e suas Lander's(que nos chamaram de motociclistas de botique no relato deles.....heheheheh).

 

Comemos dois lomitos (aqui não foi tão generoso e estava muito sem sal, normalmente a comida na Argentina é menos salgada que a nossa, mas aqui abusaram um pouquito .....heheheh).

 

Seguimos viagem, as nuvens nos alcançaram de novo, Piedra Buena é uma cidade bem pequena e tem um rio muito bonito, quem vai para Ushuaia tem uma visão muito boa da cidade, pois a Ruta 3 desce uma serrinha que acaba praticamente na cidade

 

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Cidade de Piedra Buena - AR

 

Agora no alto da serra, seguimos hora sob chuva, hora sob sol, são retas e mais retas. Com algumas serrinhas para subir e descer, muito poucas na verdade.

 

Antes de Puerto San Julian, fica o parque Monte Leon, ficamos curiosos, pois é difícil encontrar um Monte aqui, são km's e km's sem conseguir enxergar o final, totalmente planos.

 

Queríamos entrar para conhecer o Parque, mas ao mesmo tempo, queria aproveitar para ver se chegávamos em Caleta Olivia.

 

Em poucos km's chegamos ao YPF de Puerto San Julian, na vida vimos um posto de informes turísticos, a patroa desceu e esperou alguém para atender como não chegou ninguém fomos até Puerto San Julian.

 

Os Informes Turísticos ficam no final da Av. de entrada da cidade, praticamente a 3 quadras da “praia”.

 

Como estava com cara de que ia chover, resolvemos ficar por aqui mesmo, afinal não teríamos abrigo nos próximos km's da Ruta 3, até praticamente em Caleta Olivia.

 

Pegamos o preço de 3 lugares, mais em conta, o primeiro era o mais longe, porém o mais barato, o problema é que era uma casa de uma sra, que não sinalizou que ali era uma pousada, andamos 3 a 4 vezes na rua e olhamos, olhamos e nada.

 

Fomos até o segundo endereço, vi uma moto acho que era uma TRANSALP estacionada na frente da pousada, parei a moto, a sra. que atendia não ficou muito animada em nos ver, em todo caso, atendeu, um senhor morador da cidade, passou e falou comigo rindo e apontando para uma trava enorme que o dono da TRANSALP colocou na moto dele, realmente um exagero em se tratando de Argentina e ainda mais ali .....heheheheh

 

Deixamos nossas coisas no hotel e fomos procurar um teléfono público e tirar umas fotos, não conseguimos achar o teléfono público, na Argentina, quando encontramos um, ou está completamente quebrado ou não funciona, isso quando achamos não é como aqui, que encontramos um em cada esquina, uma pena.

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Réplica da Nau espanhola que chegou aqui, tem uma placa dizendo que aqui foi rezada a primeira missa no território Argentino.

 

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O lugar é muito bonito, perguntamos quanto custaria um passeio de barco para conhecer a fauna (pingüins, lobos marinhos, toninas, ballenas e pássaros) seriam 80 pesos por pessoa num grupo de 4.

 

Acabamos desistindo só teria para o dia seguinte, caso fechasse um grupo.

 

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Monumento as Malvinas

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Procuramos um lugar para jantar, depois de tomar uma bela chuva, achamos somente um restaurante que é do Sindicato Rural, fica umas duas quadras para frente do monumento as Malvinas, o lugar bem bacana, a comida, não é tão farta, mas é bem gostosa.

 

Para evitar qualquer imprevisto comemos dois talharinis à bolonhesa, depois disso fomos atrás de um orelhão, não achamos, acabamos ligando de um locutório que ficava numa loja da Telefonica, aproveitamos e usamos a internet também, atualizei alguma informação nos fóruns e fomos dormir.

 

Detalhe ventou muito à noite e choveu forte, fiquei preocupado com a moto tombar, não dormi direito, pois a cada lufada as janelas batiam e eu acordava pensando na moto que estava estacionada na frente da pousada, numa área descoberta e um pouco apertada, pois um carro estacionou ao lado (fiquei lembrando o que aconteceu em Com. Rivadávia).

 

Gastos:

 

Combustível:

 

Posto YPF - Rio Gallegos - AR - 28,00 pesos = 18,06 reais

Posto YPF - Piedra Buena - AR - 12,00 pesos = 7,74 reais

 

Hospedagem:

 

Hotel Puerto San Julian - AR - 120,00 pesos = 77,42 reais

 

Alimentação:

 

Posto YPF - Piedra Buena - AR - 30 pesos = 19,35 reais

Restaurante Rural - Puerto San Julian - AR - 44,00 pesos = 28,39 reais

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18º dia - 20/12/07 - Puerto San Julian - AR/Comodoro Rivadávia - AR

 

Acordamos cedo, nem dormi direito preocupado com o vento forte que soprou a noite e da moto ter caído no carro que espremeu ela quando estacionou.

 

Para ajudar o chuveiro não funcionava direito, descia só um pouco de água, sorte que a calefação estava funcionando, deu para tomar banho, mesmo que seja no pingo....hehehehe

 

Depois disso, descemos correndo para ver o "estado" da moto.

 

Desci as escadas já com o coração batendo mais forte, será que a viagem ia acabar aqui ?

 

Chegando lá, fui olhar a moto, ela estava de pé, o carro que parou ao lado já tinha saído.

 

Cheguei se tinha alguma marcação ou sinal de queda, nenhuma.

 

O céu estava azul de brigadeiro.

 

Fomos tomar o desayuno, só tinha café solo, a moça que atendeu, ofereceu té(chá), pedi juego (heheheheheeheheheh deveria ter dito “rugo” ou jugo no escrito) de naranja.

 

A moça não entendeu nada, também, né..... que fora.....hehehehehehe

 

Comi as medias lunas no seco mesmo e subimos para pegar as bagagens, os alforjes ficaram na moto, nem tirei.

 

Enquanto isso o nosso colega de estacionamento apareceu, fiquei curioso para saber da placa amarela, tínhamos visto outra moto igualzinha (achei até que tinham combinado de parar em San Julian) circulando na cidade ontem à noite, pensamos serem companheiros de viagem.

 

Bom, a placa amarela grande, é da Inglaterra, o amigo obviamente era inglês, conversamos bastante, ele estava descendo para Ushuaia, comentei sobre as condições da estrada, comentei sobre a outra moto que vimos, ele falou que não tinha combinado com ninguém, até me perguntou a cor da moto (achamos que era Branco e Preta), falei para ele, algumas informações sobre chuva e sobre o rípio.

 

O cara era viajado, mas como percebemos não era muito de papo, arrumamos nossas coisas e seguimos viagem, realmente bons de papo, como nós, só os italianos.....hehehehehe

 

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A moto dele tinha adesivos de expedições ao mundo todo, Ásia, África, América do Norte e América do Sul.

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Como o dia estava lindo resolvemos tirar outras fotos da praia de Puerto San Julian, vê se não dá vontade de cair na água, pena que deve ser super gelada....hehehehe

 

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Aproveitamos e tiramos uma foto da km acumulada

 

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Foto da avenida beira mar

 

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Monumento às Malvinas.

 

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Seguimos até um posto BR (Petrobrás) para abastecer a moto, enchemos o tanque e fomos para a Ruta 3.

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Pegamos algum vento lateral em boa parte do caminho e depois frontal, chegamos por volta das 12 hs ao Posto YPF de 3 Cerros.

 

O legal é que a gente não percebe o pq de 3 Cerros, até voltar, na ida não dá essa dimensão.

 

É assim, tudo plano, até que começam a aparecer 3 montinhos, no início achamos que é miragem, mas eles ficam lá persistentes.

 

De repente, vemos os 3 Cerros.

 

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Na verdade é mais o menos o fim do platô, depois disso, vários km's para frente

 

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Comemos nesse posto YPF, ao lado do posto uma pousada para viajantes, acredito que isso seja a cidade de 3 Cerros.

 

A dona não queria muito que a gente cola-se o adesivo, mas acabou deixando, um argentino, pediu um para ele e colou para nós.

 

Pediu moedas do Brasil, e queria retribuir com moedas argentinas, agradecemos não queríamos nenhuma em troca (foi um “regallo” para o amigo super simpático).

 

Um Argentino, que era de Rio Grande - AR (Tierra Del Fuego) nos perguntou se não tivemos nenhum problema com os "porteños", falei imagina, sem problema algum, ele falou que já tinha ido para Fortaleza no Brasil e que tinha adorado, perguntou se precisávamos de ajuda, super prestativo.

 

Agradecemos e íamos subir na moto, um senhor que estava ali, falou que ia para São Paulo, para Ilha Bela, tinha visto a nossa placa, perguntou como era.

 

Falei que era muito bonito, mas que São Paulo tinha o problema da violência, para ele ter um cuidado com os pertences.

 

Ele nos agradeceu, queria falar mais alguma coisa, mas sentiu dificuldade de nos entender, e por fim, nos cumprimentou, desejou suerte e seguiu seu caminho.

 

Dando uma buzinada com o carro.

 

Aliás, foi o lugar que mais nos perguntaram sobre de onde vínhamos e para onde íamos, muito legal, perguntaram sobre o Brasil também.

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Seguimos viagem, não quis abastecer a Fazer, mais a frente um pouco mais de 100 km estava Fitz Roy, sabia que tinha um posto YPF lá, como a Fazer tinha 2 barrinhas dava e sobrava.

 

Nesse trecho da Ruta 3, na vinda, pegamos 10 km de desvio da pista, pois estava refazendo a estrada, na volta, pegamos somente alguns km's de desvio a maior parte já tinha sido pavimentada, em pelos dois pisos, faltava mais, mas dava para andar.

 

Chegando em Fitz Roy à surpresa:

 

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Cadê as bombas ?

 

Pois é o posto estava em reforma, na vinda tínhamos visto que estava funcionando e na volta, sem bombas.....hehehehehe

 

A Fazer tinha acabado de entrar na reserva, cerca de 20 km antes.

 

Procuramos outro posto nas 2 ruas de Fitz Roy e nada.

 

Resolvemos seguir viagem até Caleta Olivia, cerca de 80 km à frente.

 

Fomos andando inicialmente a 80 km/h, Serras lindíssimas, que queria fotografar na volta, o visual lindo, não pudemos parar nenhuma vez.

 

Essa região é a mais bela para tirar fotos do mar com a costa.

 

No final estávamos andando à 70 km/h, mesmo o vento não fazia efeito sobre a gente.

 

Faltando 5 km para Caleta Olivia, chegamos num Posto Br (petrobrás), abastecemos a moto, a patroa foi a banheiro, quando voltou tentei ir, cerca de 5 seg. antes um rapaz entrou para limpá-lo, tomei "pito" dos funcionários, dá para imaginar isso.... heheheheheheheheh.

 

Seguimos viagem até Caleta Olivia, parei para perguntar numa loja Pirelli se tinham pneus para a minha moto, os rapazes nem deram bola para a Raquel, teve que perguntar duas vezes (lembrem-se do machismo), tudo bem que o capacete rosa na cabeça não ajudava muito, mas o pessoal ria e desvia o olhar.

 

Até que um gerente resolveu atendê-la, na Argentina, pneus, somente nas concessionárias de moto, as lojas da Pirelli não vendem pneus para motos.

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Seguimos até a rotatória central e aproveitamos, tiramos essas fotos

 

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Fomos até um posto YPF logo na entrada da cidade, pedi para a patroa comprar algum refrigerante e fui ao banheiro.

 

Quando voltamos para a moto, um funcionário do posto ficou impressionado com a nossa viagem, pediu vários detalhes (cara te juro o cara foi super simpático), os frentistas vinham lá e faziam troco com ele e ele nem aí, ficamos uns 20 minutos conversando, nos desejou suerte e seguimos adiante.

 

Um senhor com o seu filhinho numa scooter (aqui tem poucos motos) nos acompanhou até a entrada da cidade, até buzinei e dei tchau para o menino, que estava super feliz em nos ver.

 

A parte ruim desse dia, ainda não tinha terminado.

 

Tínhamos 80 km até Comodoro Rivadávia, sendo que boa parte desses, era feito na Ruta 3, beirando a costa, tinha um acostamento, 2 metros e barrancos de 15, 20 m de altura, sem proteção em alguns momentos em outros trechos a área de "escape" era maior 10 m.

 

Qualquer bobeira e poderíamos "conhecer" o litoral de Caleta Olivia

 

Para nos ajudar, entrou um vento lateral fortíssimo, e a nossa velocidade diminuiu muito, não chegávamos à 60 km/h, com isso muitos carros e pasmem ônibus, tentaram nos ultrapassar, o primeiro, um ônibus, quase nos tirou da pista, pois tentou nos ultrapassar sem abrir muito espaço.

 

Controlei a moto e xinguei muito em pensamento, olhei para o cara, que puxou rapidinho o ônibus para longe da moto e nos ultrapassou (lógico alicatei o freio).

 

Cara, aqui é definitivamente o melhor lugar para se fotografar o mar e a Ruta ao mesmo tempo, lugar lindo, com serras lindas, com trechos abertos, que sem o vento, seriam lindos, porém ao entrar nas áreas protegidas por morros, ficávamos aliviados, ao sair deles para as áreas abertas, voltávamos a andar de lado.

 

Conseguimos aos trancos e "barrancos" alcançar uma carreta dessas enormes que levam máquinas pesadas de construção.

 

Cara, alguns argentinos xingavam e buzinavam, mas ninguém me tirou de trás da tal carreta, foi o único jeito de me proteger dos caras que não abriam o suficiente para nós podermos sofrer a ação da "falta de vento" e controlar a moto.

 

Depois de uns 15 km, o cara da carreta simplesmente jogou a carreta para o acostamento e não tivemos escolha, tivemos que ultrapassá-lo, a área costeira é desprotegida, foram mais 5 km, logo depois veio a serra e os caminhões e carros tiveram dificuldades para se ultrapassarem e com isso distanciamos deles.

 

Chegamos extremamente cansados em Rivadávia, por conta desse trecho.

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