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Portugal em maio e junho: 18 dias por Lisboa, Sintra, Cascais, Óbidos, Nazaré, Talasnal, Guimarães e Porto


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Realmente, 1 dia em Sintra não dá nem de longe pra ver o que a cidade tem a oferecer. Além do Palácio Nacional, tem um outro atrativo bem legal que é o palácio de Monserrate, que apesar de pequeno, é bem charmoso e também tem um parque interessante.

Algo que achei bem incômodo na época que visitei é a infra estrututura de transporte público da cidade. O tal ônibus turístico 434 e 435, além de demorado, só anda lotado. Assim como o hop on, hop off de dentro do parque da pena lotadão, pelo visto não mudou muito, mas mesmo assim é melhor do que encarar aquela subida a pe 😃 

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@mariojr Exatamente! O 434 está geralmente lotado, especialmente nos horários de chegada dos trens. Bateu uma preguiça danada disso e acabamos pegando o táxi mesmo. Não me arrependo, especialmente porque estávamos em casal. Além de tudo, o taxista era muito conversado e foi nos contando sobre os cruzeiros que ele faz nas férias com a família e falou muito sobre as novelas brasileiras. Pena que não assisto nenhuma. Daria um bom papo. Rsrsrs... Por falar nisso, TODOS os portugueses com quem conversamos adoram as novelas brasileiras. 

Sobre o ônibus de dentro do Parque da Pena, também vi que anda lotado. Pudera. Afinal, aquela subida é muita ralação em dia de sol pra quem já está exausto. Em uma outra oportunidade, eu faria muita coisa diferente em Sintra, a começar por não enfiar tanta coisa num dia só. 🙄 Dá pra curtir mais e sofrer menos com um pouco mais de tranquilidade. Achei doideira o que eu fiz.

[]'s,

Camila

 

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Em 19/06/2018 em 01:18, D FABIANO disse:

@mariojr Agora tem um outro hop on off que leva até o Cabo da Roca,aonde para 10 minutos. É um dia de passeio por 15 euros,mas acabou para esse 434.

Acho 10 minutos de parada no Cabo da Roca muito pouco, especialmente se o dia estiver bom, não? É verdade que com 10 minutos eu já estava doida pra fugir daquela ventania sinistra, mas mesmo assim me parece pouco tempo...

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@milamguerra @mariojr Não, é uma parada para quem quer continuar no mesmo onibus,ao todo são umas 10 paradas,e o bilhete Vale 24h,como por ex,o yellow bus de Lisboa. 

Muito barato e pode se aproveitar bem,eu fui com ele a Quinta,não gostei,depois ao Montserrat, depois ao Cabo,antes passou na adega de Colares,estava fechada por ser domingo,mas faz parada.No outro dia fui a  Pena e ao Castelo,a pé,pois é perto e já tinham 24h.

Ou seja,conheci praticamente tudo em 2 dias com 15 euros.Que falta?Palácio Nacional que está na descida e fui de táxi porque quis,senão iria no 434,mas esse achei caro já que havia conhecido tudo. 

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13 horas atrás, D FABIANO disse:

@milamguerra @mariojr Não, é uma parada para quem quer continuar no mesmo onibus,ao todo são umas 10 paradas,e o bilhete Vale 24h,como por ex,o yellow bus de Lisboa. 

Ahhh, tá! Aí sim.

Caramba! Você achou a Pena perto? Quero dizer, pode até ser perto, mas a subida é bem puxada...

 

 

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DIA 5 – Lisboa X Cascais de trem e ônibus

Com malas e uns pinguinhos de chuva, resolvemos pegar o metrô ali perto do estúdio onde estávamos em Lisboa até o Cais do Sodré, estação de onde sai o trem para Cascais (€ 2,25). Tudo super tranquilo. Aliás, o transporte em Portugal é muito bom, abundante, bem interligado e prático, especialmente nas grandes cidades.

Chegamos com sol em Cascais, almoçamos em um dos restaurantes próximos ao Hotel Baía, onde estávamos hospedados, e depois caminhamos um pouco ali por perto, que é uma região muito bonita. O Hotel Baía fica extremamente bem localizado e é bastante bom. Só não gostei do cheio de cigarro no quarto. Eca! 😝

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Aproveitamos que o dia estava bom e fomos de ônibus até o Cabo da Roca (€ 3,35 o trecho). A rodoviária fica próxima à estação de trem, do outro lado da rua. Quando chegamos o busum estava saindo e achamos que havíamos perdido aquele horário. Foi quando uma moça se aproximou de nós perguntando se nosso destino era o Cabo da Roca. Quando confirmamos, ela acenou para o motorista, ele parou e entramos. A passagem compramos diretamente com ele. Bem, começamos a subir a serra e o tempo foi fechando, fechando e bichou. Quando chegamos lá, estava tudo cinza, um frio da p*** e ameaçando chuva.::Cold::

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O lugar é realmente lindo, mas o vento é impossível. Fiquei desconfortável com aquela ventania toda e comecei a ter dor de cabeça mesmo bem agasalhada e com um bom corta-vento. O marido estava de bermuda e não sei como a alma dele não fugiu do corpo achando que ele estava morto de tão gelado. A região é muito perigosa, portanto, fique de olho. Qualquer escorregadela na direção do vento pode valer a sua vida. ✝️

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Voltamos também de ônibus para o centro de Cascais e o tempo já tinha virado completamente. Mesmo assim, esperança é a última que morre e fomos caminhando até a Boca do Inferno, acompanhando o mar, com esperança de que as nuvens deixassem o sol escapulir um pouco ao se pôr, mas não rolou. Ficamos lá um tempo brincando com a câmera e voltamos frustrados pro hotel. Uma pena. Já vi fotos muito bonitas desse local quando o sol favorece. É bom lembrar que na Boca do Inferno também venta bastante.

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Nossa noite terminou com uma massa e um vinho da casa em um dos restaurantes próximos ao hotel. O marido foi trabalhar e eu fui dormir.

DIA 6 – Cascais
Chuva, frio e trabalho.
Depois do café da manhã fomos caminhar um pouco pela orla. Fazia sol entre nuvens, mas em meia hora começou a chover e ventar muito.

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Voltamos para o hotel, o marido trabalhou um pouco e almoçamos em um restaurante indiano DIVINO chamado Masala ali no centrinho de Cascais. ❤️ Show! Parada obrigatória para quem curte comida indiana. Por falar nisso, há muitos indianos em Portugal. O centro de Cascais é cheio de restaurantes dos mais diversos tipos, todos enfileirados, uns próximos aos outros, e há vários de comida indiana e tailandesa.

Eu ainda nutria uma esperança de visitar Azenhas do Mar de ônibus partindo de Cascais, mas o tempo estava uma grande porcaria e o fato de termos que ir a Sintra me desanimou totalmente.

Chuva, hotel, cochilo. Acordamos com o tempo ainda feio e resolvemos tentar umas fotos do mar com longa exposição, que esse tipo de tempo favorece. Só pra sacanear, São Pedro mandou sol com chuva. Kkk... Ô perseguição! Caminhamos pelas ruelas do centro da cidade, que é uma gracinha, até que a chuva apertou demais e tivemos que voltar. 

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Pedimos uns travesseiros em uma pastelaria ali do centro e ficamos completamente decepcionados. Não tinha absolutamente NADA a ver com o que comemos em Sintra. Mas nessa pastelaria descobrimos o nome do café que gostamos e que tomamos no Brasil (em casa, em padarias e bares, por exemplo). Guarde esse nome: abatanado. Em algumas regiões chamam de café americano (café coado). E o tal carioca de café (!) nada mais é do que o expresso com mais água.

À noite pegamos um taxi no fim da rua lateral do hotel e fomos visitar a família do marido, que já mora na região há uns bons anos.

DIA 7: Cascais x Óbidos de carro alugado
Chuva de novo. Marido trabalhou pela manhã, almoçamos num restaurante tailandês que não achei lá essas coisas e, com nossas malas, pegamos um táxi (cerca de € 5) até a Guerin, de quem alugamos um carro online ainda no Brasil. De lá partimos para Óbidos com um pouco de chuva e tempo feio.

As estradas portuguesas são ótimas e bem sinalizadas, mas o Google Maps foi fundamental. Sobre os pedágios, que lá eles chamam de portagens, optamos por passar por eles automaticamente, usando a via “V”, específica para esse fim. O carro vem equipado com um aparelhinho e você faz o pagamento dos pedágios na devolução do veículo, mas precisa contratar esse serviço quando alugar.

Bem, chegamos a Óbidos preocupados em como levaríamos as malas até a hospedagem, já que escolhemos o Foral Guest House, que fica dentro das muralhas. Recomendo muito o Foral, as acomodações são pequenas, mas muito boas e práticas e ele não fica muito longe da entrada. Paramos no estacionamento do aqueduto (€ 5 por 24 horas) e fomos puxando nossas malinhas até o Foral (malas pequenas, amo vocês!). Apesar das pedrinhas serem muito irregulares, há no meio da rua umas pedras grandes que facilitam essa tarefa. Tivemos que carregar mesmo as malas somente por um pedacinho pequeno. Para quem vai ficar hospedado mais longe da entrada, há taxis por ali e eles têm autorização para entrar. Carros comuns não entram nem mesmo para deixar malas. Alguns hotéis oferecem transporte de malas por moto. Pergunte antes.

O tempo não estava legal, mas fomos bater perna pela cidade. Que linda! 😍 Óbidos é uma gracinha! Acho um passeio imperdível e fiquei muito feliz por tê-la colocado no meu roteiro e ainda mais por ter escolhido dormir por lá, o que nos deu mais tempo para explorar tudo.

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Caminhamos bastante, tiramos muitas fotos, e tomamos um suco de laranja geladinho e M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, feito na hora(a laranja é um dos fortes da região), na praça do castelo, onde acontecem as festas medievais da cidade, (como o Mercado Medieval de Óbidos, no verão).

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Adorei o castelo de Óbidos também, pena não que é permitido visita-lo...

Não deixem de experimentar a ginjinha no copinho de chocolate, estão por TODA parte. Tomei/comi 3, mesmo assim porque não posso com chocolate, se não, teria ficado bêbada de ginjinha e de chocolate. Rsrs...

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A cidade é fofíssima, cheia de lojinhas de lembrancinhas, restaurantes, pastelarias (lanchonetes/padarias) e wine bars. E, sim, fica lotada de turistas. À noite, no entanto, fica bem vazia. Pra quem tem grana e quiser uma hospedagem em grande estilo, o castelo é hoje uma pousada...

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Jantamos um bacalhau assado, comemos uma sobremesa de abacaxi com ginja deliciosíssima no restaurante da proprietária do nosso guest house e fomos explorar a cidade e as muralhas e tirar fotos noturnas das muralhas, mas estava um frrrriiiooo...

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DIA 8: Óbidos x Nazaré de carro
Como o Foral não oferece café da manhã, fomos lanchar na padaria Capinha D’Óbidos. Muito boa e charmosinha. A gente vê os pães sendo preparados ali mesmo, no fogão à lenha, e recebe-os quentinhos. Nham!

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Depois disso aproveitamos a manhã para mais umas fotos da cidade, mesmo com tempo ruim, e para comprar lembrancinhas (a rua principal é cheia de lojinhas).

Terminamos nossa estadia em Óbidos almoçando em um dos inúmeros restaurantes da região. Hora de pegar a estrada novamente até Nazaré, a cidade das ondas gigantes.

Tchau, Óbidos! Amei muito você! ❤️

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Em cerca de meia hora/40 minutos estávamos em Nazaré. Entramos direto na parte alta da cidade, onde ficava a nossa hospedagem. Escolhi a Fátima House, onde alugamos um quarto com banheiro privativo e cozinha compartilhada. A Fátima é um doce, super prestativa e muito carinhosa com os hóspedes, não canso de recomendá-la. Ganhamos até um brinde na chegada.

Deixamos nossas tralhas e, aproveitando o tempo um pouco melhor, fomos caminhar pelos mirantes da cidade, que ficam pertinho da casa da Fátima.

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Lindo! Lá de cima a gente vê a praia embaixo, as casas e o mar. 

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Caminhamos pelas trilhas que levam ao farol, de onde são fotografadas as super ondas da Nazaré, que recebe surfistas do mundo todo durante os campeonatos promovidos na região.

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Nesse local, foi registrada a maior onda do mundo, mas não avistamos nenhuma, porque elas normalmente só acontecem em setembro. Mesmo assim, a região é muito bonita e vale a visita. Pagamos € 1 para visitar o Museu do Surf e o farol.

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Depois de explorar bastante a região, que também tem uma igreja muito bonita, descemos de ascensor para ver as mulheres que secam sardinhas na beira da praia, mas já era tarde e elas não estavam mais lá. Caminhamos pela orla e jantamos em um dos diversos restaurantes por ali. Subimos novamente de ascensor e ficamos pela região namorando a paisagem.

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Cenas do próximo capítulo:
- De Nazaré à Aldeia do Talasnal (aldeia de xisto) de carro
- De Coimbra a Guimarães de trem

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DIA 9: Nazaré x Talasnal x Coimbra x Guimarães de carro alugado e trem
Tomamos um café da manhã super bem servido com a Fátima (pago à parte) e pegamos a estrada.  Amanheceu chovendo muito em Nazaré e ficamos desanimados por dois motivos: tínhamos esperança de ainda ver as nazarenas secando sardinha e o plano principal do dia era visitar a aldeia de xisto chamada Talasnal, próxima a Coimbra. Bem, ninguém seca nada na chuva né? Então, nada de nazarenas e quase desistimos do Talasnal, especialmente porque achávamos que grande parte da estrada até lá ainda era de terra. Terra com chuva nunca é bom negócio. Mas que bom que resolvemos arriscar, pois a estrada está toda asfaltada, um tapete mesmo, e a chuva não castigou tanto assim. Mas é sempre bom subir e descer com atenção porque a estrada tem passagens bem estreitas, especialmente nos trechos mais próximos às aldeias.

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Antes de chegar no Talasnal demos uma paradinha na pequena aldeia de Casal Novo, também de xisto. Fiquei por ali fotografando um pouquinho na esperança de ver um Hobbit... 😄

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A aldeia do Talasnal é linda e maior que Casal Novo, com casas de pedra e corredores estreitos, decorada com flores e plaquinhas muito fofas. Fique atento porque a vila é construída na montanha e acompanha o terreno, ou seja, há escadas e rampas por toda parte.

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Vimos pouquíssimos turistas estrangeiros por lá, a maioria era de portugueses mesmo.

A pedra de xisto nada mais é que a nossa ardósia, que nessas velhas aldeias eram utilizadas em estado bruto.

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No Talasnal há um pequeno hotel, um restaurante e um ou dois bares. Para o restaurante (Ti Lena), recomenda-se fazer reserva antes, assim como para o hotel. Nenhum deles abre no inverno e só é possível chegar nessa aldeia alugando um carro.

A região é explorada também pelos trilheiros e deve mesmo render ótimas caminhadas. É linda! 

A chuva permaneceu por quase todo o passeio e isso acabou nos forçando a descer mais cedo do que esperávamos. A intenção era ver um pouco de Coimbra antes de entregar o carro, mas já estávamos cansados, de saco cheio da chuva e do vento frio, então entregamos o carro na Guerin e partimos arrastando as malas até a estação de trem ali pertinho. De lá partimos para Coimbra B (a segunda estação de Coimbra) e de lá para Guimarães.

Chegamos quase 22h em Guimarães e fomos arrastando as malas até o Guest House Vimaranes (cerca de 1 km). Fazia um frio danado. O Vimaranes é um T1 (como chamam por lá) com 1 quarto, sala, cozinha e banheiro, muito bem localizado em uma ruela medieval lindinha, silenciosa e próxima a restaurantes, bares, padarias, atrações etc. Também recomendo.

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DIA 10: Guimarães a pé
Guimarães é a cidade onde Portugal teve início, onde Dom Henrique nasceu, e de onde ele partiu para suas conquistas e posterior formação do país. Uma cidadezinha linda, super acolhedora e que dá pra fazer tudo a pé. Não foi à toa que entregamos o carro em Coimbra e não nos arrependemos. Por ser uma cidade relativamente pequena e super turística, estacionar no centro da cidade não é lá muito fácil. Pra quem vai de carro, talvez só seja possível encontrar vaga na região do castelo, dependendo da hora.

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Levantamos preocupados com a desgraça da greve dos ferroviários anunciada para o dia em que nosso trem partiria de Guimarães para o Porto. A moça do guest house procurou informações junto à CP (Comboios de Portugal) e eles confirmaram a greve, mas disseram não poder dizer qual comboio funcionaria, pois o funcionamento de cada trem dependeria da adesão de seus responsáveis à tal greve. Queríamos cancelar o trem, mas o atendente disse que isso só poderia ser feito online, já que a compra foi online. Fomos então à rodoviária comprar passagem de ônibus e descobrimos que há muitos ônibus para o Porto (de várias empresas) e que eles são até mais rápidos que o trem, pois não param. Descobrimos também que não se pode comprar passagens com antecedência, conforme fazemos no Brasil. Compra-se uma passagem sem poltrona marcada para o próximo ônibus daquela empresa que vá para o destino que você quer. Bem, nada feito então.

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Aproveitamos para caminhar pelas ruelas medievais e conhecer um pouco a cidade, apesar do tempo feio. Depois fizemos compra no mercado Froiz (ao lado da Igreja de São Francisco), pertinho de onde estávamos hospedados e partimos para conhecer as atrações da cidade.

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Logo de cara a gente vê a Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos e a Avenida do Largo da República do Brasil, muito bonita e bem cuidada.

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Partimos em seguida para o Castelo de Guimarães, que é uma linda construção medieval localizada no centro da cidade e logo atrás do Paço dos Duques de Bragança. Comprando os ingressos para os dois lugares a gente consegue um desconto.

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Não há muito o que ver lá dentro do castelo porque são só ruínas, mas a fortaleza é imponente e muito fotogênica. Lá dentro a história de Portugal é contata por meio de painéis e um videozinho educativo para crianças.

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Saímos do castelo mortos de fome e fomos almoçar um bacalhau a brás no restaurante Paraxut, na Praça São Tiago, ao lado do Largo das Oliveiras. Apesar do tempo estar fechando escolhemos comer do lado de fora, mas fomos obrigados a terminar o vinho dentro do restaurante, pois a chuva não teve piedade de nós. ::essa::

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Tanto o Largo das Oliveiras quanto a Praça São Tiago (e outras pracinhas próximas) recebem muitos turistas e ficam cheias da hora do almoço em diante. O Largo das Oliveiras fica bem cheio praticamente o dia todo porque o pessoal para ali para um café, um chopp, um vinho, um lanche, um almoçou ou jantar. O lugar é uma graça mesmo. 😍

Depois do almoço fomos para o apartamento e ficamos presos até às 17h porque chovia muito forte. O marido aproveitou para trabalhar e eu para cochilar. Quando a chuva parou corremos para a nossa visita ao Paço, que fecha às 18h, com nosso bilhete já comprado no castelo. 

- Paço dos Duques de Bragança: imponente castelo do século XV e muito avançado para a sua época. Nunca vi tanta lareira (tamanho extra grande) em um só lugar em toda a minha vida. Ali a gente percebe que Guimarães é uma cidade MUITO fria... Dentro do palácio há uma capela, em cuja entrada há uma placa em vários idiomas (inclusive o português, claro) pedindo silêncio. E não é que havia um trio de brasileiros batendo papo em voz alta logo na entrada, DENTRO da capela? Foi necessário alguém apontar para a placa e pedir silêncio e, ainda assim, uma das moças “ameaçou um barraco”. Juro que eu não entendo por que fazemos isso... Custa tanto assim respeitar as regras, gente? Aff! ::prestessao::

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Enfim, deu tempo para a visita e ainda ficamos de bobeira fotografando em torno do castelo e do palácio.

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Os jardins no entorno do castelo e do Paço são lindos, ótimos para tirar fotos, para relaxar, ler um livro ou fazer um piquenique.

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Retornamos para o apartamento, fiz um nhoque com champignon e molho de tomate para o jantar (com material comprado no mercado, total de 2,26 € para DUAS pessoas!), e jantamos com a garrafa de vinho que ganhamos. O marido trabalhou o restante da noite e ficamos em casa mesmo. Estava bem frio, a ponto de ligarmos o aquecedor. ::Cold::

DIA 11: Guimarães a pé
Amanheceu um sol lindo e logo pulamos da cama. Coloquei roupa para lavar (me agradeci várias vezes nessa viagem por ter decidido alugar algumas hospedagens com máquina de lavar) e fomos bater perna pela cidade. Adoro dias em que o sol acorda “feliz”...

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Na volta estendi a roupa e fomos almoçar. Nesse dia eu comi o melhor bacalhau de toda a viagem no restaurante El Rei, na Praça de São Tiago. Delícia, recomendo. 😋

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Aproveitando o tempo bonito fomos caminhando até o teleférico que nos levaria ao Parque da Penha, mas ele não estava funcionando porque passava por reparos. Acabamos desistindo de subir aquele dia e fomos tomar um café no Largo das Oliveiras.

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À noite fomos fotografar o castelo e o Paço.

Uma das coisas que mais me agradou em Portugal foi poder andar com mochila e câmera a tira colo para todo lado sem correr o risco de ser assaltada e/ou estuprada e/ou assassinada. ::love:: Passava das 22h e estávamos amarradões fotografando por lugares desertos nas proximidades dos castelos. Confesso que deu um medão, especialmente quando passamos por áreas pouco iluminadas nos jardins, mas foi mais o medo costumeiro do avançado da hora + noite do que por nos sentirmos verdadeiramente ameaçados.

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Já no retorno passamos em frente ao Paço e ouvimos uma música erudita sendo executada com perfeição vinda de dentro dele. Olhamos o programa pendurado na porta e ficamos muito frustrados por não termos nos tocado a tempo de irmos ao tal concerto com coral sinfônico que estava acontecendo aquela noite dentro do Paço. Grande furo. ::putz:: Por isso, recomendo sempre olhar a programação da cidade com antecedência porque esses eventos parecem ocorrer com frequência por lá.

 

Dia 12 - Guimarães a pé
Só pra variar o tempo amanheceu fechado, frio e chuvoso. 😖 Ficamos um pouco de preguiça na cama e o marido trabalhou o resto da manhã. Em seguida, fomos direto almoçar o bacalhau do El Rey. Eu já estava até babando, mas para nossa tristeza, o restaurante estava fechado. Buááá... Comemos então um bacalhau assado no Paraxut. Gostoso e muito bem servido, mas o do El Rey ganha pelo sabor.

Partimos então para o Parque da Pena com o tempo ruim mesmo, afinal, era nosso último dia na cidade e ainda não tínhamos ido até lá. Dessa vez o teleférico (5 ida e volta, se compradas juntas) estava funcionando. Chegando lá, na saída do teleférico há uma placa pouco intuitiva com indicações sobre o parque. Não me entendi com aquela placa e escolhi qualquer caminho mesmo. Acho que todos eles são bonitos e todos “levam a Roma”, como diz o ditado...

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O Parque é bem extenso, tem área de camping, piscina, igreja, alguns bares e restaurantes, banheiros, estacionamento amplo e muito lugar bacana para curtir com a família. Vimos várias famílias inteiras por lá, de crianças pequenas a idosos de bengala, mesmo naquele frio todo, fazendo piquenique e se divertindo no parque.

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Caminhamos um pouco na área e me pareceu ser um local muito agradável em dias de com sol e calor, mas fazia um frio tão úmido e tão cortante que eu já estava doida para descer dali. ::Cold::

Seguimos por mais alguns caminhos e chegamos no mirante que tem uma vista lindíssima da igreja com a cidade abaixo. Lá de cima a gente vê também o Castelo e o Paço no centro da cidade.

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Ventava demais e mesmo bem agasalhada e com um bom corta-vento eu estava sofrendo com o frio. Imagino que a umidade do local tenha feito a sensação térmica despencar. Fiquei muito feliz quando entramos no teleférico e começamos a descer. O lugar é muito bonito, mas não achei assim muito turístico não. Tem uma igreja bonita, uma vista também muito bonita, áreas naturais muito agradáveis mas saí de lá com a percepção de que é um local mais voltado para a família portuguesa mesmo e não tanto para o turista. De qualquer forma, gostei de ter ido e acho que vale a visita, especialmente em dias ensolarados.

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Descemos com uma chuva fininha, passamos no Largo das Oliveiras para um café com uma espécie de brioche e fomos para o apartamento arrumar as coisas e jantar (novamente o nhoque baratinho feito com material comprado no Froiz. Dessa vez compramos também um dos vinhos de 2 € do mercado, mas não gostamos muito). ::bruuu::

Ainda não sabíamos se o nosso trem seria ou não operado por conta da greve dos ferroviários. Se sim, ele partiria às 07h43 do dia seguinte e resolvemos tentar. 

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Adorei Guimarães. O ar medieval do centro histórico, as praças, os castelos, até mesmo o friozinho... a cidade é realmente um encanto, além de muito bem cuidada. As ruas principais ficam apinhadas de jovens durante a noite nos fins de semana e durante o dia recebem muitos turistas. Quem quiser visitar, mas não quiser se hospedar lá, pode fazer um bate-volta do Porto (ou de outras cidades vizinhas) de carro alugado, ônibus, trem ou excursão por agência e conhecer o centro histórico todo em um dia.

Até breve, Guimarães! Foi um prazer conhecer você. ::love::

Próximo capítulo: Porto e Douro

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