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Olá @kely.alves , estou começando a pensar mais solidamente sobre minha próxima viagem (afinal, voltei de férias agora e a gente precisa preencher aquele vazio, né... ahahah) e quero ir pra patagônia! 

Seu relato ajudou e inspirou muito! Poderia enviar essa planilha esperta aí pra mim tb? karen_fau@yahoo.com.br

Obrigada!

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@kely.alves Adorei o post!!! Estou começando organizar minha viagem, seu relato me deixou ainda mais animada . Ainda não tenho data, mas o roteiro será bem parecido com o seu, acrescentarei Ushuaia. Se possível, poderia me enviar sua planilha de gastos? Abraços. Muito obrigada por compartilhar! annec_dias@hotmail.com

  • 4 semanas depois...
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Em 03/06/2018 em 14:12, kely.alves disse:

Mais uma vez graças a esse site, minha trip rumo à Patagônia Argentina saiu e foi mais que perfeito. Gostaria de compartilhar minhas experiências e mostrar a vocês um pouco do que esse canto do planeta nos reserva. É simplesmente mágico.

Antes de iniciar, informo que fui no verão e nisso há uma particularidade: os dias são mais longos, ou seja, temos luz até quase 20h30. 🌞✌️ E isso foi um grande diferencial para essa viagem ser aproveitada ao extremo.

Mesmo sendo verão, não significa que pegamos dias extremamente quentes, portanto, como boa mochileira que se preze, usei e abusei das roupas em camadas. Tendo roupas de boa qualidade, é possível estar confortável, quente e ao mesmo tempo fresca para curtir a trip, e principalmente, leve. O que faz toda diferença de peso numa caminhada. Declathon é nosso templo!! 🙌

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Itens do Mochilão:

  • 3 fleeces;
  • Jaqueta corta vento e à prova de água;
  • 1 calça que vira bermuda e seca rápido;
  • 2 calças segunda pele;
  • 6 camisetas dry fit;
  • 3 baby look de algodão;
  • 8 pares de meias (diversificadas entre caminhadas leves e meias para lugares de neve);
  • Bolsa de hidratação 2L;
  • Toalha (daquelas que secam rápido);
  • Higiene pessoal: sabonete, shampoo, condicionador, aerosol para pés, toalha umedecida e hidratante. Sugiro colocar na mala tb Bepantol (extremamente hidratante e não deixa a pele craquelar ou sagrar por conta dos ventos frios);
  • Necessaire com itens de primeiros socorros: aí fica a critério de suas necessidades, na verdade, levei e não usei nada, com exceção do Dorflex e o gel para dores musculares (grandes amigos diários);
  • Touca;
  • Luva;
  • Bota de trekking (a minha é da Timberland Chochorua GTX);
  • Lanterna;
  • Protetor para orelha de fleece (grata surpresa e aliado);
  • Protetor auricular e venda para olhos;
  • Óculos de sol;
  • Carregador universal (pq as tomadas argentinas são diferentes das brasileiras);
  • Câmeras e baterias reservas;
  • Caderno para anotações e caneta;
  • Bastão de caminhada (melhor parceiro da viagem).😍
  • Levei tb um arsenal de mix de frutas secas, barras de cereais e um fardinho de todinho para garantir os lanchinhos.

Cronograma:

Dia 1: São Paulo - Buenos Aires

Dia 2: Buenos Aires - El Calafate

Dia 3: El Calafate: Glaciar Perito Moreno + Minitrekking

Dia 4: El Calafate - El Chaltén

Dia 05: El Chaltén: Chorrillo del Salto (6km) + Mirador de Los Cóndores (2km) y de las Águilas (4km) = 10 km ida e volta

Dia 06: El Chaltén: Laguna Capri (8km) ida e volta

Dia 07: El Chaltén: Laguna Torre (18km) + Laguna Madre y Hija (8km) = 26km ida e volta

Dia 08: El Chaltén: Laguna de los Tres (18km) ida e volta

Dia 09: El Chaltén: Descanso

Dia 10: El Chaltén: Loma del Pliegue Tumbado (24km) ida e volta

Dia 11: El Chaltén - El Calafate

Dia 12: El Calafate: Ríos de Hielo

Dia 13: El Calafate - Torres del Paine (Chile) Full day

Dia 14: El Calafate - São Paulo

 

Apesar de ser Patagônia, o foco principal foi conhecer com tranquilidade as trilhas que El Chaltén pode oferecer. Enfim, bora começar esse relato que é o que interessa.

Dia 1: São Paulo - Buenos Aires

Para quem nunca foi para o aeroporto de Guarulhos de ônibus é bem tranquilo e econômico: sai um buso da estação Tatuapé direto para GRU por R$ 6,15 num trajeto de aproximadamente 50 min.

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Meu vôo para BA levou umas 2h30 e como o voô para El Calafate sairia no dia seguinte pela manhã, optei em ficar num hostel na capital para tomar um banho e esticar as pernocas. Me hospedei no 7030 hostel e curti.

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É bem localizado no bairro de Palermo e a 9km do aeroporto. Fiz esse trajeto de transporte público: comprei um cartão SUBE (equivalente ao nosso bilhete único de SP) e paguei ARG 25 pelo cartão + ARG 10 pelo trajeto. Lá eles cobram por trecho. Depois de uma caminhada por algumas quadras, finalmente cheguei. Fiquei feliz por estar movimentado com ruas e bares cheios às 23h. Admito que estava receosa em andar sozinha à noite num país desconhecido. Mas foi tranquilo.

Dia 2: Buenos Aires - El Calafate - Batendo perna + Glaciarium:

Logo cedo voltei ao Aeroparque e fui rumo à El Calafate para enfim a trip começar. Contratei com a empresa Vespatagonia o transfer de ida e volta http://www.vespatagonia.com.ar/ custou ARS 280 e foram muitos responsáveis com horários e prestação de serviço. Ficam dentro do próprio aeroporto no box 6.

O hostel que fiquei foi o Bla. Está muito próximo da avenida principal e tudo pode ser feito à pé. Era bem limpo e organizado, mas o staff pouco informado e não muito prestativo.

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Aproveitei meu dia livre para conhecer o Glaciarum http://glaciarium.com/es/ que é um centro de interpretação de Glaciares. A entrada custou ARG 330 e o transporte é gratuito a partir do centro de informações turísticas. O lugar é bem tecnológico e mostra de forma dinâmica as transformações que a terra passou, como são criados os glaciares e icebergs, a importância desses gigantes no planeta e curisidades sobre seus exploradores, que nomeam as famosas cadeias de montanhas da região. Acho válida a visita, para poder olhar com olhos mais aguçados para o gigante que iria conhecer no dia seguinte.

 

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Dia 3: El Calafate - Perito Moreno + Minitrekking:

Fechei esse passeio direto no hostel por ARG 3300 com minitrekking e chegando no parque foi necessário desembolsar mais ARG 500 para entrar no parque. É meus amigos, vir para essas bandas significa desembolsar muitas moedinhas, portanto, organizem-se! 😉

Uma van nos busca no hostel e nos leva para o Parque Nacional Los Glaciares onde a guia nos explica sobre sua importância, que foi criado em 1937 e quais as razões de manutenção de flora e fauna, fora a delimitação de limites com o vizinho Chile. Dá detalhes sobre o gigante Perito Moreno e tivemos tempo livre para passear pelas passarelas, comer algo e depois marcamos um ponto de encontro para irmos ao porto para fazer o minitrekking.

O dia estava nublado e chuvoso, mas não tirou a magnitude e a felicidade de conhecer pessoalmente o famoso paredão azul que eu namorava por fotos há anos.

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A imponência desse gigante de gelo é incrível e só estando lá percebi que ele é extremamente móvel. A água que o circunda é de uma força descomunal e isso o faz se movimentar e não é raro presenciar os famosos desprendimentos. São estrondos que impõem respeito e merecerem toda a nossa atenção.

No horário combinado, nosso buso saiu rumo ao porto para nos levar ao minitrekking e do barco foi possível enxergar o glaciar de outro ângulo.

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Por conta da força das águas, a gelereira é constantemente modificada e formam-se cavernas e túneis. Na véspera de nossa ida, tinha uma espécie de ponte de gelo formada pelos contantes desprendimentos, mas quando foi nosso dia de visita essa ponte tinha caído, por isso na foto acima tem esse imenso vão.

Fomos recebidos pela empresa Hielo y Aventura que é única autorizada a operar no minitrekking. Eles dispõe de dois passeios: minitrekking e big ice. A diferença entre eles é o tempo e a distância de percurso. Como a diferença de preço era muito grande, optamos por fazer o minitrekking mesmo, mas sem arrependimentos. Foi lindo.

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O passeio dura 1h30 e antes de iniciar o guia explica sobre gelos e glaciares, mas eu estava bem antenada por conta da minha pré aula no Glaciarium 😅. Em seguida somos levados para colocar os grampones nas botas para que possamos ter uma melhor aderência no gelo.

PS: Óculos de sol e luvas são obrigatórios!

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Depois das instruções de como andar usando os grampones com segurança e aproveitar melhor a caminhada, finalmente começa o passeio. Inicialmente é meio sujo porque muita gente passa por lá, mas depois nosso guia nos leva para partes mais altas, limpas, onde é possivel ver água cristalina (pode beber, é uma delícia) e por várias formações curiosas.

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Para finalizar o passeio, nos levam para uma gruta formada pela geleira onde é possível tomar água geladinha e cristalina e ver de perto a força dessa água que faz esse gigante ter a fama que tem. E o fechamento com chave de ouro é uma dose de whisky com gelo glaciar.

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Esse dia entrou pra história. É uma delíciar fazer "check" num lugar que estava na sua lista dos sonhos.

 

Dia 4: El Calafate - El Chaltén

Nosso buso rumo à capital nacional do trekking sairia no final da tarde, portanto, aproveitamos o dia para bater perna e conhecer um pouco El Calafate. Infelizmente Pedrão estava de torneirinha aberta e o tempo bem fechado, mas não desanimamos fotos fotografar as duas placas icônicas da cidade:

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Gosta de história? Passe na Intendência do Parque Nacional Los Glaciares. A entrada é gratuita:

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Demarcação de território entre Argentina e Chile

Charles Darwin

 

Está localizado no centro comercial, prédio construído em 1946, declarado Monumento Histórico Municipal. Você pode caminhar pela propriedade circundante, através de um caminho interpretativo, identificar a flora nativa, exótica ou introduzida. Também um caminho de interpretação histórica, amostras de máquinas antigas que foram usadas quando o Parque Nacional começou a operar, um evento que a transformou na instituição pioneira para o desenvolvimento da área.

DICA DE OURO!! 🥇

Seguindo dicas de outros amigos que fiz nesse site e que estavam antes de mim, fiz as compras de provisões de comida para o período em El Chaltén em El Calafate por dois motivos: preço e variedade. Compramos pacotes de pães de forma para fazermos lanches nas trilhas, mais provisões para complementar nosso café da manhã e fazermos nosso jantar, já que é extremamente caro comer fora todos os dias. Infelizmente a Argentina está passando por uma recessão violenta e mesmo nosso dinheirinho valendo 6x mais, os preços são tão inflados que nossa conta saiu mais cara que num mercado em SP. Mas quem converte não se diverte, então vamos que vamos.

Depois de bater mais perna e almoçar, retornamos ao hostel para os ajustes finais e esperar o horário de nosso buso. A viagem até El Chaltén durou aproximadamente 3h sem paradas. Nossa pousada nos próximos sete dias foi o hostel Cóndor de los Andes.

 

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El Chaltén é muito pequena no quesito ocupação humana, mas é nela que fica a maior parte do Parque Nacional e diferente de El Calafate não se paga para entrar em nenhuma das trilhas. Por conta de sua extensão é que recebeu o título de Capital Nacional do Trekking.😀

O hostel é limpo, bem climatizado, mas o café deles é bem ruinzinho, então usamos nossas compras complementares para nosso café como frutas, cereais e ovos para enriquecer nossa alimentação que seria meio prejudicada, pois sabíamos que iríamos gastar muita energia.

P.S.: Sugiro colocarem na lista de comidas vindas do Brasil: cereais como aveia e linhaça (por estarmos acostumadas como nosso arroz e feijão de todos os dias, a comida dos vizinhos se baseia em carne e batata, portanto, muito seco para nós). Invistam em alimentos com fibras, é sucesso e água, muita água. Café solúvel (porque infelizmente o café de lá não tem muita cafeína). A variedade de frutas é limitada, mas dá pra se virar com o que tem por lá. Alimentação é uma das bases de sucesso de uma viagem como essa.

 

Dia 05: El Chaltén: Chorrillo del Salto (6km) + Mirador de Los Cóndores (2km) y de las Águilas (4km) = 10 km ida e volta

Nossa programação de trilhas de baseou em um formato progressivo. Iniciar com as trilhas mais tranquilas, fáceis e de pouca quilometragem para depois gradativamente aumentarmos o grau de dificuldade e exigência, e foi uma escolha bem acertada.

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Iniciamos com a cachoeira da região chamada Chorrillo del Salto. As trilhas são bem demarcadas e emplacadas, não tem como se perder ou se sentir insegura (no caso para nós mulheres que sempre temos que ter atenção redobrada em grandes cidades ou qualquer lugar). Essa cidade foi uma grata surpresa, pois em nenhum momento, andando pelas trilhas incríveis que vivenciei, senti minha segurança abalada. Portanto, MULHERADA, SE JOGA!!!💃🏽

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É uma caminhada plana e tranquila e encontramos muitas pessoas da terceira idade pelo caminho. Aliás, isso é muito inspirador e estimulante. Muito bacana. Esse caminho é norteado pelo Río de las vueltas.

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São 3km do ponto inicial e como eu disse, bem tranquilo e sussa. A cachoeira é pequena, mas é um lugar bonito. Aproveitamos a vista para fazer nosso lanchinho.534831176_Patagnia-Dia4-ElChaltn-ChorrillodelSalto(19).jpg.df32e98c27673188d3161930485d0f61.jpg

Animadas com a tranquilidade do percurso e que apesar de nublado, tínhamos aí mais tempo de luz, emendamos e fomos para a outra ponta do parque rumo às duas trilhas de nível fácil: Mirador de los Cóndores y de las Águilas.

 

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Sendo a qualidade de mirantes, o percurso era em forma de subida zigue e zague com vários pontos de paradas e para os cansados, bancos para descanso. No mirador de Los Cóndores vê-se El Chaltén em sua totalidade.

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E tivemos a sorte de ver um Cóndor dar show. É considerada a maior ave andina com envergadura de até 3m.

 

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Mesmo com o dia bem encoberto, a beleza de cadeia de montanhas que circunda a cidade é encantadora. Estava maravilhada com o pouco que pude ver, e torcia internamente para que os próximos dias fossem mais limpos.

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Esses caminhos foram nosso test drive com nossos bastões de caminhada que tiveram papel determinante para o sucesso da viagem. Já que infelizmente meus joelhos já não são tão 100%, mas esse bastão é salvador. Coloquem na lista de vocês, é um investimento mais que válido.::otemo::

 

Vista do lago Viedma

Terminamos nossas contemplações e caminhadas bem no final da tarde, quase início de noite e foi sucesso.

Dia 06: El Chaltén: Laguna Capri (8km) ida e volta

O tempo infelizmente fechou de vez, mas não arruinou nossos planos de bater perna por aí. Tempo chuvoso, nublado e bem cinza. Frio, muito frio. ::Cold::

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Fomos conhecer a Laguna Capri. Durante minhas pesquisas vi fotos belíssimas desse local. Mas a neblina e o tempo fechado não nos deram essa sorte. De toda maneira, achei lindo.

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A vista de gelos glaciares, mesclado com o verde das árvores e o cinza das montanhas. A natureza é muito sábia. Referente ao clima isso era previsto, pois em todos os relatos nos diziam sobre essas oscilações. Fizemos uma caminhada tranquila, apesar do tempo gelado. Voltamos ao hostel para secar as roupas e ficar no quentinho. Pedrão, pregando uma peça fez questão de fechar a torneirinha e deixar o céu limpissimo. Mas aí estavamos no quentinho do hostel, bateu pregui de sair. Mas tínhamos a certeza de que o próximo dia seria mara! E foi!!

Dia 07: El Chaltén: Laguna Torre (18km) + Laguna Madre y Hija (8km) = 26km ida e volta

 

Como previsto no dia anterior, o clima estava melhorando e fomos rumo à Laguna Torre:

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Foi nosso primeiro longo trekking. O dia estava bem nublado, mas vimos melhoras no decorrer do dia. Essa trilha é muito bonita. Começa com uma subidinha para ver El Chaltén do alto e segue por uma reta sem fim. É um descampado margeado pelo rio e protegido pelas montanhas e seus picos nevados.

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Depois entra-se num bosque com árvores imensas e o rio sempre margeando. Portanto, se quiserem encher suas garrafinhas, é sucesso e água geladinha advinda dos glaciares garantida.

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Todas as trilhas que percorremos mostram a quantidade de km percorridos, então isso dá uma noção de espaço e tempo. Os dois km finais são de subida. Mas com nosso super bastão de caminhada, foi tranquilo. Antes de subir, se quiser, rola um banheiro.

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Subimos seguindo os demais grupos de pessoas que estavam por lá e antes de avistar o destino, a carinha das pessoas que lá já estavam eram de total felicidade e contemplação. Ao me virar para onde todos olhavam, tive certeza que tinham razão. É bonito.

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Apesar da montanha Cerro Torre estar encoberta, achei maravilhoso.

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Normalmente as pessoas emendam essa trilha com o Mirador Maestri que estava a 4km de lá. Mas por algum motivo minha amiga e eu não vimos placas que indicavam para lá e voltamos. No meio do retorno, o tempo abriu completamente e uma plaquinha nos chamou a atenção:

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Laguna Madre e Hija. Estávamos procurando por ela ontem, após a Laguna Capri, mas erramos alguma parte da trilha e voltamos para o ponto inicial. O tempo tb estava muito chatinho. Mas Pedrão como é nosso amigo, fechou torneirinha e nos proporcionou essa caminhada. Estávamos numa alegria e num pique master. Caminho reto e plano, mas para nossa alegria (SQN) vieram as subidas, que subidas!!! E diferente das outras trilhas essa não mostrava quantos km tinhamos percorrido, mas a panturrilha estava dizendo que foram muitos. Enfim, terminado o suplício das subidas sem fim, caminhamos por outra parte plana e mais fechada, de repente, abriu-se e vimos água!DSCN3579.jpg.ee2605e0b5a6d8ccf4c7118c2027cb0c.jpg

Todo o cansaço se foi. Era perfeito!

Fizemos nossa parada para agradecimento e contemplação.

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Não sei precisar quanto tempo passamos por lá. Só olhando, admirando, sem pensar em nada e cumprimentando todos os viajantes que por lá passavam, já que era ponto de passagem para quem iria acampar e ficar próximo da Laguna de los tres.

Voltamos muito felizes com esse dia produtivo e lindo. E finalmente pudemos ver a imponência de Cerro Torre pela primeira vez em sua totalidade.

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O parque nacional tem muitos moradores, fomos apresentados também a um pica pau.

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Esse dia foi memorável. Daqueles que nem dá vontade de ir embora. Mas lembramos que um longo trajeto de volta nos esperava, então partimos rumo à cidade.

Dia 08: El Chaltén: Laguna de los Tres (18km) ida e volta

Decididamente a trilha mais desafiadora de todas, e sem dúvida, uma das mais bonitas.

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O dia não poderia ser mais perfeito. Limpo, céu azul e o famoso mirador Fitz Roy na sua totalidade.

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O percurso foi bem lindo e tranquilo. Muitas montanhas, bosques, água, gente legal pelo caminho.

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Cada lado que você olha, dá um encantamento sem fim.

Até chegar o km final. ::sos::

 

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Pensamos: 1h?! De boas!!!

Mas era o senhor das subidas. Terreno íngrime e instável. Não conseguia ver o final, mas estava muito motivada a chegar logo.

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Foi quando vi uma parte mais plana e nevada e pensei: cheguei!!! Só que as pessoas que encontrava pelo caminho me diziam ao contrário. Mas incentivavam a continuar pq estava muito perto.

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1h16 de subida depois e quase fôlego, entendi o que estava tão escondido:

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Finalmente a encontrei Laguna de Los Tres. Tão verde mesclada com o branco da neve. Linda!!!!

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Esforço que valeu a pena. Essa empreitada nos custou 9h. Sendo 5h de ida e 4h de volta. MIssão cumprida. Pela primeira vez pegamos o parque à noite, então deixem em suas mochilas uma lanterna pq ajudam nessas situações.

Chegando no hostel, juntamos nossas últimas energias e fomos fazer nosso delicioso jantar regado a muita cerveja pq merecemos. Superamos totalmente nossas expectativas.

Dia 09: El Chaltén: Descanso

 

Depois da empreitada do dia anterior, decidimos tirar o dia de hoje para fazer absolutamente nada e dar ao corpo o descanso merecido. Coincidentemente o tempo virou e conhecemos os famosos ventos Patagônicos. Realmente são muito fortes e impossível fazer trilhas com eles porque desestabilizam qualquer pessoa. Dormimos até mais tarde, comemos com calma e ficamos só observando esse vento varrer tudo que vinha pelo caminho.

Quando deu uma trégua, pela primeira vez fomos almoçar fora e nos demos de presente um bom churrasco e cerveja artesanal. Foi bem tranquilo e aproveitamos o dia livre para comprar nossas passagens de volta para El Calafate e fazer nossas últimas compras de mercado.

Fizemos uma parada numa agência de viagens para tirar dúvidas e o dono muito prestativo nos brindou com uma boa conversa e aulas sobre diversos assuntos e tinha um programa mara que mostrava a quantidade de ventos da região e nos deu a boa notícia que o dia seguinte seria limpo, sem ventos e perfeito para um trekking e nos fez uma sugestão. Ansiosas para a chegada do dia seguinte e que a profecia do senhor da agência estivesse correta, fecharíamos El Chaltén em grande estilo.

Esse day off foi essencial, necessário e produtivo.

Dia 10: El Chaltén: Loma del Pliegue Tumbado (24km) ida e volta

Corpo descansado e mega animada, corro para janela e tenho a seguinte visão:

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Era muito cedo e o sol já estava iluminando nossas queridas montanhas e a dúvida seguinte era: e os ventos?! Ficaram pra trás!!

Portanto, seguindo a sugestão do dono da agência, fomos para a trilha de maior km da viagem: 24km ida e volta com uma visão 360º dos principais pontos de El Chaltén. É possível isso, produção? Vamos lá ver então com nossos próprios olhos.

Antes de começar nossa empreitada, fizemos nossas provisões e alongamentos diários porque Laguna de los Tres tinha deixado nossas pernocas bem fadigadas.

A entrada dessa trilha é a mesma dos miradores que fomos no primeiro dia, mas agora seguiríamos sentido contrário.

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Esse mirante tem uma altura de mais de 1400 metros, portanto, bora subir. Mas não há subidas íngremes pelo caminho. Aos poucos você El Chaltén se distanciando e se depara com um lindo bosque.

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Por conta do clima e dos ventos do dia anterior, esse bosque estava todo nevado. Muito legal.

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Terminado esse bosque vemos uma coisa maravilhosa e parecemos duas crianças:

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O mirante Loma del Pliegue Tumbado. Neve por todo canto e as montanhas em sua totalidade e céu perfeitamente limpo.

Não é lindo?!

Mas esse não é o fim do passeio. Afinal, a cereja do bolo é lá do alto. Tínhamos mais um tanto para caminhar. Nunca experimentamos neve na vida e foi tudo novidade e muito legal. Desse ponto até o final seriam 2km de caminhada.

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Os bastões foram grandes aliados, pois, apesar da neve fofa, haviam muitos pontos de gelo escorregadio e eles os deram firmeza para seguir a subida sem levar um capote, mas não nos livrou dos escorregões...rs.

Esse foi o ligar que mais passei frio. Apesar da bota ser impermeável, ela não é feita pra neve, então, o frio entrava nos meu pés, isso me deixou meio desconfortável. Mas não desanimada. Corre que esquenta!!

Finalmente chegamos:

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Que sensação, meus amigos!!

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Que beleza!!

Vê-se a Laguna Torre de um ângulo lindo:

Vista da Laguna Torre

Também é possível der o Lago Viedma:

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E o Río de la vueltas:

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Decididamente o lugar mais lindo de todas as trilhas que fizemos. Você olha pra todos os cantos  e desacredita que chegou tão longe e não tem o que fazer senão agradecer, agradecer sempre pelas oportunidades que nos são dadas.

Não sei por quanto tempo ficamos. Achamos um local abrigado do vento (que não era pouco), comemos e depois fizemos nosso caminho de volta com nossos melhores sorrisos:

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E na volta como passe de mágica, a neve tinha se desfeito. É impossível não ficar completamente apaixonada pelas montanhas que circundam o caminho. Tiramos muitas fotos, mas parece pouco. Elas são lindas demais.

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Não é à toa que essa cidade é a Capital Nacional do Trekking. Sabe receber muito bem viajantes de todas as partes do mundo com uma generosidade sem fim. Realmente um local que todo mochileiro se sente em casa e bem.

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Tudo isso foi possível por preparo no planejamento de roteiro e um preparo físico que nos foi cobrado e fizemos com louvor e não tivemos desistência em nenhuma das trilhas e nenhum acidente. Estávamos bem amparadas:

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Nossa última noite em El Chaltén foi nos esbaldar no happy hour com double beer e muitas empanadas para comemorar nosso feito. Cheers!

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Obrigada por nos proporcionar todas essas experiências, El Chaltén. ❤️

Dia 11: El Chaltén - El Calafate

 

Deixamos com muita alegria El Chaltén para fazermos a parte final de nossa viagem. Retornamos a El Calafate e tivemos um final de dia tranquilo.

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Nossa última hospedagem foi o America Del Sur Hostel. Definitivamente o hostel mais bonito que fiquei.

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Tem um deck de madeira gracinha com vista para o lago argentino e é muito arborizado e tem o melhor café da manhã ever. A galera é muito animada e toda noite tem uma temática diferente: noite da pizza, noite do churrasco, ladies night, open bar, música boa, gente bonita.

Vista do deck do hostel

Nossa última noite livre foi de caminhar tranquilamente pela orla do lago e ver o pôr do sol e conversar com as pessoas que por lá estavam. Afinal, seria a última oportunidade de contemplação plena.

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Os dois dias seguintes seriam de uma maneira que nos desacostumamos, mas que iríamos fazer já que estávamos tão longe: passeios estilo turistão. Daqueles que você não faz esforço de nada a não ser de estar pronto para te pegarem e te levarem de volta. Vejamos como será.

Dia 12: El Calafate: Ríos de Hielo

 

Fechamos diretamente no hostel esse passeio que custa umas boas moedas: ARG 2400 + 500 de entrada para o parque. Nós brasileiros, nunca ousaríamos pagar isso num passeio aqui no Brasil, mas quando estamos longe, fazemos cada coisa.

Esse passeio consiste num passeio de barco pelo braço direito do Lago Argentino e conhecer os maiores glaciares do Parque Nacional: Spegazzini e Upsala. Disseram que há anos atrás também contemplava Perito Moreno, mas como mudou de operadora, ele hoje está fora do roteiro.

É um passeio que começa bem cedo. Por volta das 7h passam no hostel para pegar o pessoal e levar até o Porto Bandeira

 

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A embarcação tem dois andares climatizados e com bancos muito confortáveis. Lá tem cafeteria e lanchonete, mas como tudo é muito caro, sugiro levar seu lanchinho e ser feliz. Para que não quer se preocupar, é só sentar e ver o passeio, mas como somos curiosas, ficamos no frio do lado de fora para ver melhor esses gigantes.

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A primeira parada é no glaciar Upsala:

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Apesar o dia cinza, a cor azul é muito prediminante e sua altura impressiona: pode ultrapassar 100 metros de altura.

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Em seguida entramos no braço Spegazzini e conhecemos o glaciar de mesmo nome, prestem atenção na proporção barco x altura do glaciar:

Vejam a proporção barco x glaciar

E por fim o glaciar Seco:

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Às 15h o passeio retorna ao Porto Bandeira.

 

Dia 13: El Calafate - Torres del Paine (Chile) Full day

 

Durante as pesquisas de roteiros para essa viagem, apareceu em um dos posts sobre o parque do país vizinho: Torres del Paine. Fiquei encantadíssma, mas lendo os relatos para se fazer alguns dos circuitos de lá eu precisaria dispor de pelo menos quatro dias. Como priorizamos El Chaltén, infelizmente nos sobrou fazer o full day que eles oferecerem.

Se me perguntarem se gostei, não vou dizer que não. Mas por ser um passeio estritamentente de ônibus com aquelas paradas de 10 minutos para ver, tirar foto correndo e sair, eu achei ruim. Quando se pega gosto por fazer coisas dentro do seu tempo e à sua maneira, fica meio difícil voltar a se encaixar nesses moldes turísticos.

Falando sobre esse full day, o passeio também foi fechado no hostel por ARG 2700 e a entrada no parque era em peso chileno (não aceitam dólares e nenhuma outra moeda). A entrada custa CPL 6000.

Como é uma longa viagem, eles nos buscam no hostel cedo: 5h30.

Para quem não tem peso chileno, não se preocupe: eles têm um ponto de parada antes do parque onde você pode trocar dinheiro pelo valor que eles querem 😫 Mas se você não tem o raio do dinheiro deles, de nada adianta, você não entra no parque. Mas que me senti assaltada, ah, isso me senti. Então fica outra dica: se forem fazer esse passeio já levem o peso chileno daqui. O câmbio certamente será melhor.

O ônibus é bem estilo turístico mesmo com um guia falando num microfone que não dava pra entender direito por conta da interferência.

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Logo na entrada do parque é possível se avistar de longe e com bom zoom o maciço das famosas Torres del Paine:

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O primeiro ponto de parada foi de frente com o Lago Sarmiento:

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Corre que vocês têm 15 min para fotos!!

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Em seguida o ônibus sobe e para no mirante Torres del Paine:

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E também avistamos muitos Guanacos de boas na paisagem:

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Ai o guia disse que desceríamos e faríamos uma trilha. Olhinhos brilharam! Finalmente uma caminhada por algum lugar. Mas para nossa tristeza era um percurso de 15 min por um caminho plano, mas do nada veio uma ventania que não deixava ninguém em pé. Resultado: tivemos que ficar sentados para não sermos levados ::lol4::

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Com a mesma rapidez que a ventania chegou, ela se foi. E então pudemos ficar em pé novamente, nossa caminhada miou e o nosso guia logo nos indicou o local onde almoçaríamos (incluso no valor do passeio com entrada + prato principal + bebida + sobremesa).

Muito bonita a vista até lá com margem com Lago Pehoé:

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Terminado o almoço era hora de voltar para El Calafate. Chegamos no hostel depois das 23h esgotadas.

Por ser final de trip as energias já estavam quase no fim, mas foi uma experiência muito boa. Mas agora revendo essa história, creio que aproveitaria muito mais dedicando dias completos e conhecer melhor esse vizinho e suas belezas. O full day dá pinceladas, mas não nos dá a oportunidade de aproveitar nada, já que todo o tempo é cronometrado. Agora é dormir, porque voltamos para casa amanhã.

Considerações finais:

A Patagônia é um lugar mágico e mostra o que melhor que nós temos. Nossa força, generosidade, curiosidade, amizade e a capacidade diária de aprender e ensinar algo. E, acima de tudo, a troca com os demais viajantes.

Portanto, espero ter colaborado um pouco para as pessoas que colocaram esse destino em sua lista de desejos, e, qualquer dúvida, estou à disposição. Tenho as planilhas de organização e custos, caso desejem para nortearem seus planejamentos.

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Amei seu relato !!

Estou planejando ir em Novembro saindo de El Calafate de carro para Torres del Paine, mas ouvi dizer que nao tem postos de gasolina pelo caminho, vc sabe me dizer alguma coisa sobre isso ?  Gostaria das planilhas que comentou tambem. 

Obrigada 

 

Em 03/06/2018 em 14:12, kely.alves disse:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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