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Olá amigos Mochileiros! E mais uma vez grata por todas as informações colhidas por aqui, posto esse relato de nossa mais recente viagem, que foi para a Colômbia, onde conhecemos Bogotá e Cartagena de 22 a 29 de Março de 2018.

A idéia dessa viagem surgiu por ser um destino que não poderíamos gastar tanto, aliado a um antigo desejo de conhecer Cartagena e praias estilo caribe, somado à grandes expectativas com conversas recentes com um colega de trabalho que é colombiano. O recente acidente com os jogadores da Chapecoense na Colômbia e o quanto que os colombianos foram solícitos e humanos nesse momento também nos animou a conhecer esse país tão rico!

E lá fomos nós planejar nossa viagem.

Escolhemos vôos da Avianca para ir pois iriam direto do Rio de Janeiro para Bogotá (apesar do horário da volta ser à noite). Os vôos da Copa Airlines eram mais baratos, mas iriam fazer escala no Panamá e apesar de não ser um destino ruim de se explorar, não tínhamos nem muito tempo e nem muito dinheiro disponível no momento. As passagens para nós dois saíram em torno de 2746,40 Reais

Eu tinha pesquisado em alguns blogs e vi que o melhor lugar para se hospedar em Bogotá era na área do Parque de La 93 e procuramos um hotel por lá. Já em Cartagena foi um pouco mais difícil decidir pela hospedagem, pois não tínhamos orçamento para nos hospedarmos dentro da cidade amuralhada (era muito caro) e eu não queria me hospedar no bairro de Bocagrande, pois achei que iríamos ficar longe do centro histórico (eu queria ir todo dia para o centro histórico) e acabamos decidindo por ficar no bairro que chama Getsemani, que é um bairro revitalizado da cidade... ficamos com um pouco de receio, mas vários comentários na internet diziam que o bairro é "feio" mas é seguro. E resolvemos arriscar.

O câmbio é muito favorável 1 Real está em torno de 8mil Pesos Colombianos... e lemos que as coisas lá não costumam ser muito caras.

E vamos ao relato!

 

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O nosso vôo de ida era uma 8h da manhã e tivemos que acordar cedinho (sendo que no dia anterior trabalhamos até tarde e ainda arrumamos as malas, então descansamos muito pouco!) e achei que iríamos conseguir dormir um pouco no avião, mas eu estava com uma baita dor na coluna devido a uma hérnia de disco lombar recente e não consegui ficar bem posicionada com a inclinação da poltrona, ficando com muita dor e me mexendo muito durante toda a viagem. foram umas 6 horas de vôo intermináveis e ainda com uma garotinha de uns 2 ou 3 anos americana, atrás da gente, que não parava de gritar e os pais nem aí pra ela... que delícia!

Cheguei moída, e com a diferença do fuso, acabamos chegando ainda na hora do almoço... o lugar por onde saímos no aeroporto de Bogotá não dava a dimensão de quão grande esse aeroporto é (só na volta que vimos). Procuramos e rapidamente encontramos a saída, onde tem vários táxis esperando e fomos em direção a Calle 93, onde ficava nosso hotel. Passamos por algumas ruas que lembram bastante a Avenida Brasil aqui no Rio e achamos que a cara não era muito agradável... mas tudo bem... entramos na região que ficam as calles 93 e 94 e a paisagem ficou mais simpática... Pegamos um pouco de engarrafamento nessa região, mas logo chegamos no hotel. Ficamos hospedados no GHL Collection 93, que é bem confortável e bem localizado. Porém ainda era próximo das 13h e o check in era só às 15h! Nunca vi um check in tão tarde! E nem vimos isso antecipadamente! Mas sem problemas, perguntamos onde teria uma casa de câmbio próxima para trocar nosso dinheiro (não conseguimos trocar no Brasil os Reais para Pesos Colombianos, então trocamos para dólares. No aeroporto existe um câmbio nada favorável e eu até tinha lido antes que era recomendado trocar só um pouquinho do dinheiro, para se virar nos primeiros momentos) e fomos explorar o bairro. O staff do hotel nos indicou um "centro comercial" no final da rua (um mini shopping) e fomos para lá. Lá existe uma infinidade de casas de câmbio e foi até difícil escolher uma, avaliar qual que tinha a melhor taxa,  para trocar mais do nosso dinheiro. Depois foi difícil escolher um lugar para comer, pois vimos muitas opções de grandes redes de alimentação e acabamos ficando com uma hamburguería que é colada com o hotel e que o hambúrguer é simplesmente divino, chamada Chef Burger. Recomendamos! Gastamos em torno de 52 mil pesos para nós dois, com dois hambúrgueres, batatas e coca refil.

Quando terminamos de comer, já era 15h e pudemos fazer o check in. Pegamos nossas malas (o hotel tinha guardado em um quartinho para a gente, enquanto fomos resolver tudo) e nos acomodamos. Eu estava me sentindo muito cansada da viagem e com dor na coluna e queria muito aproveitar para explorar algum lugar turístico da cidade, mas só o que eu consegui fazer foi deitar e dormir (me senti uma velha). Mas o Rodrigo aproveitou para procurar uma loja que vendesse um chip de dados para que tivéssemos internet e achou em uma loja da Claro que ficava relativamente próxima, foi lá e voltou com o chip.

Quando ele retornou, já estava de noite e fomos comer uma pizza numa pizzaria próxima chamada La Diva, que também é muuuito gostosa, com o sabor que lembrávamos da Itália!

Em todos os restaurantes que íamos, os garçons perguntavam se podiam adicionar a gorjeta (propina, em espanhol) e a gente optava por adicionar ou não.

Depois fomos andando até o Parque de La 93 (uma praça enorme e muito arborizada, cercada de restaurantes e com policiamento presente) e passeamos um pouquinho por lá à noite.

Voltamos para o hotel e descansamos mais um pouco, para no dia seguinte finalmente explorar a cidade.

No dia seguinte, energias repostas, fomos tomar café da manhã (eu já tinha lido em vários blogs e sites que o café da manhã na Colômbia é muito variado em frutas e eles comem também ovo... mas pão que é bom... e nós estamos acostumados ao bom e velho pão nosso de todo café da manhã... então acabamos sentindo a diferença, pois só existia pão de forma e uns pãeszinhos que mais pareciam uns biscoitinhos... mas o café é saboroso... e muito forte também!) e fomos explorar o centro histórico. Li também que o Uber é muito utilizado em Bogotá e arriscamos pedir um Uber e foi bem bom! Rumamos ao centro histórico (que fica um pouco distante da Calle 93) e começamos pela Praça Bolívar... porém estava tendo um protesto no momento que chegamos, um grupo grande gritando palavras de ordem... ficamos um pouco apreensivos e mantivemos distância... e ficamos tentando tirar boas fotos da praça e dos prédios históricos da região. Muitos pombos (tenho nojo!) e pedintes na praça, é até chato tentar ficar circulando e tirando fotos pois você perde o número de vezes que é abordado por pedintes. Entramos na igreja para conhecê-la por dentro. E quando saímos chovia um bocado. Abrimos o guarda-chuva e resolvemos continuar o passeio.  Traçamos a rota no Google e fomos para o Museo Botero, que eu queria muito conhecer... e adorei! Não se paga ingresso para entrar (só tem que passar por um segurança com um detector de metais). O museu não é grande e dá pra ver tudo relativamente rápido. Quando terminamos a visita, já era hora do almoço e acabamos indo almoçar em um restaurante que achamos no meio do caminho, espanhol, de preços um pouco elevados, chamado La Paella de La Candelaria, porém conseguimos pedir pratos simples, de frango com batatas e salada e estava muito gostoso! O restaurante estava vazio e os garçons estavam assistindo o jogo da Colômbia na TV, próximo a nós e comentando os lances... Achei divertido!

Saindo do restaurante, continuamos explorando o bairro, muitas obras pelo caminho, passamos pelo Centro Cultural Gabriel Garcia Marques, porém não entramos, pois queria ir no Museo del Oro. O Rodrigo traçou a rota pelo Google e foi uma caminhada moderada até lá.

Chegamos no museu, a entrada custou 8000 COP o casal e segundo o rapaz do guichê, teria direito a áudio-guia, mas não encontramos onde pegá-lo (fomos em um balcão, o único que conseguíamos ver por ali, mas a moça falou que não era ali e não entendi onde era). Não tinha muita indicação de por onde começar a visita, era meio intuitivo: subir a escada... lá em cima um funcionário nos indicou o lugar por onde começar... mas a partir dali, só tinha um caminho a seguir e tudo era muito didático, contando toda a história de como o homem começou a usar o ouro e todas as formas que ele usou para confeccionar peças de ouro... o acervo do museu é magnífico e imenso! Ficamos algumas horas lá e foi até um pouco cansativo... mas bem legal! Quando terminamos a visita, já era próximo das 18h e falei com o Rodrigo que poderíamos visitar um local chamado Chorro de Quevedo, que pelo que eu tinha lido, foi ali que a cidade de Bogotá foi fundada, há muitos anos atrás, ao redor de uma fonte de água pública... mas como estava escurecendo, acabamos desistindo (não ia ter muita luz pra fotografar), compramos na cafeteria do museu, que estava fechando, um café com um muffin que era tudo de bom também e pedimos um Uber pra voltar para o hotel. 

Quando o Uber chegou, o motorista pediu para o Rodrigo ir na frente e explicou que lá eles sofrem muitas represálias dos táxis e ir na frente evita que sejam abordados. Gastamos em torno de 20 mil COP tanto a ida quanto a volta e acho que se tivéssemos ido de táxi tínhamos gasto 30-40 mil COP. Foi quando descobrimos que voltar foi a melhor coisa que tínhamos decidido fazer... no meio do caminho a chuva caiu com força total, alagando as ruas e nossa volta foi tensa!

Chegamos e quase tivemos que nadar do carro até a porta do hotel! Entramos, esperamos a chuva diminuir e como não diminuiu, pedimos outro Uber para o Parque de La 93... queríamos experimentar um restaurante que ficava lá chamado Crepes & Waffles, que vi em vários vlogs sendo resomendado e adoramos! Muuuuito bom! Pedimos crepes salgados e depois, de sobremesa, waffles doces! Eles servem sorvetes também... tudo maravilhoso! Cada crepe em torno de 20 mil COP, achei um preço bem em conta!

Depois que terminamos de jantar, ainda chovia muuuito e tudo alagado... estávamos perto do hotel, mas não dava pra ir à pé... pegamos outro Uber, uns 8 mil COP até o hotel e fomos descansar.

Poderíamos ter visitado mais lugares turísticos no centro histórico, mas confesso que visitamos tudo o que eu estava ansiosa por conhecer e tudo com calma... então valeu a pena!

 

 

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Praça Bolívar

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Protestos atrás de nós na praça

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Museu Botero

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Museu Botero

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Museu Botero

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Jardim interno Museu Botero

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Museo Del Oro

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Museu del Oro

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Museo del Oro

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Museo del Oro

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Museo Del Oro

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Crepe da Crepes & Waffles

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Parque de La 93 à noite.

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No dia seguinte acordamos dispostos a conhecer o Cerro Monserrate, subindo pelo funicular, considerando que não daria pra subir à pé devido à minha hérnia de disco, mas tristemente amanheceu chovendo forte ainda e consideramos não ir, pois o valor de ida e volta do funicular é em torno de 20-25 mil COP... Gastaríamos em torno de 50 mil COP, mais o transporte, para não conseguir ver nada, pois de onde estávamos, olhávamos para os morros e só víamos que tinha neblina lá em cima...

Reclamei, reclamei, tentei convencer o Rodrigo a irmos mesmo assim, mas o Rodrigo que me convenceu a não ir... Tínhamos tentado ir no Corcovado, no Rio, uma vez com muita neblina (só fomos porque compramos o ingresso com antecedência) e não conseguimos ver nada e foi frustrante... Resolvemos desacelerar, aproveitar o descanso das férias e ficar passeando pelas ruas do bairro e observar a vida das pessoas.  Almoçamos em um restaurante mexicano perto do hotel, muito bom, que chama La Taquería e de tarde nos arrumamos para voltar para o aeroporto e ir para Cartagena... Ainda chovia e fazia bastante frio.

Se a minha hérnia de disco não tivesse atrapalhado, poderíamos ter ido no Cerro Monserrate no primeiro dia e no último, quem sabe, daria até pra ir na cidade próxima que chama Zipaquira, que tem uma catedral toda feita de sal... ou não, já que o acesso a essa cidade não é dos mais fáceis, com direito a ônibus normal (preço normal), mas pelo que ficamos sabendo, abarrotado de pessoas e baldeação no meio do caminho, ou uma nota preta de táxi até lá... Vi um anúncio no hotel de um passeio de ônibus turísticos para Zipaquirá, que cada pessoa tinha que paga 80 dólares (sim, dólares)... Era muita aventura e muito gasto para pouca atração... tinha lido sobre pessoas que não acharam o passeio lá essas coisas... resolvemos não arriscar e acabei não incluindo no nosso roteiro!

Deixei a maior parte dos dias da viagem para Cartagena, já que em Bogotá as atrações que me chamavam a atenção era o Museo Botero, o Museo Del Oro, o cerro Monserrate e o Centro histórico  que eu gostaria de visitar. Quando deixamos Bogotá, me dei conta que não experimentamos o famoso restaurante Andres carne de Res... mas comemos muito bem em bons lugares e fiquei feliz com nossas escolhas.

O Vôo de Bogotá para Cartagena dura em torno de 2h e quando chegamos no aeroporto de Cartagena, descemos do avião no pátio do aeroporto, era como se tivéssemos chegado em um forninho. Novamente procuramos a saída e os táxis... E o táxi nos levou para o bairro Getsemaní, passamos por toda uma parte de litoral e rumamos para próximo das muralhas, com as chivas rumberas (carros turísticos muito coloridos que tocam música local, servem bebidas e vão levando os turistas para os locais turísticos) cortando a gente, trânsito caótico, tudo muito tenso. Entramos em umas ruazinhas estreitas, casas simples, pessoas estranhas andando nas ruas, bares que aqui no Rio chamaríamos carinhosamente de birosca (bares simples com pessoas de aparência estranha dentro)... e de repente o carro parou e disse: é aqui. Mas hein?! Era um muro de casa, com dois portões, um de madeira e um de ferro... entramos. Um corredor e uma recepção simples, uma mesa antiga de madeira trabalhada, na frente de uma piscina e o corredor que dá para os apartamentos. Tinha umas senhoras tirando uma dúvida com o rapaz do hotel e sentamos, cansados, e ficamos um tempão esperando as três senhorinhas tirarem todas as suas dúvidas... e a gente cansado e com fome, querendo fazer o check in logo... Depois do check in feito, o rapaz nos levou para o quarto, que era naquele corredor mesmo. Quarto sem muito luxo, mas confortável. O hotel parecia um casarão antigo que foi adaptado. O quarto tinha ar condicionado, TV, cama confortável e o chuveiro tinha água quente pra minha coluna não travar... não queríamos outra coisa! Hehehe

Procuramos no google uma pizzaria perto, bem recomendada, que pudéssemos ir. Traçamos a rota, saímos do hotel e começamos a andar... mas as ruas começaram a ficar meio estranhas, as pessoas tinham uma cara estranha (pode ser até que seja só impressão de nós, cariocas recalcados com a violência da nossa cidade), mas o Rodrigo não quis mais continuar... e voltamos. Perto do hotel tinha uma pizzaria que já estava com placa de fechado, embora tivesse bastante gente dentro... e também tinha um bar espanhol de Tapas & vinos.. entramos... preços grandes e comida que não nos apetecia... desistimos, saímos... e agora?! Quando tudo aparentava que iríamos dormir com fome, andamos no sentido contrário e descobrimos um bistrô, perguntamos e estava aberto. Graças a Deus! Parecia ter uma festa de adolescentes no andar de cima, com karaokê... mas tudo bem, o importante era matar a fome! Pedimos pratos de massa e comemos felizes, comida boa e preço excelente! Voltamos para o hotel e descansamos, para no dia seguinte explorar a cidade amuralhada!

Muita gente que viaja estilo mochileiro não se incomoda de beliscar o dia todo ou pular refeições, mas eu tenho alma de gordo e não consigo... eu tenho que fazer três refeições pelo menos, uma pode ser até um sanduíche, ou uma pizza, mas salgadinho não mantém minha fome afastada, infelizmente!

No dia seguinte acordamos, tomamos café (que era servido nesse lugar que à noite vira bar de tapas, tem uma porta que dá pra dentro do hotel... mas novamente o café era pão de forma, queijo e presunto, variedades de frutas, manteiga ou geléia e ovo, se você quiser, que eles preparam na hora. E o café colombiano, sempre muito forte e sabor marcante.  Eu achei que ia experimentar arepas (que é tipo um pãozinho com farinha de milho) no café da manhã deles (o meu amigo colombiano falou que eles comiam no café da manhã)... mas não vi em nenhum dos hotéis... fiquei triste... ) e fomos explorar a cidade. Descobrimos que o hotel que escolhemos ficava muito próximo do portal da cidade. Andando em direção à cidade amuralhada, passamos pelo bistrô que comemos na noite anterior, atravessamos um parque bonitinho (Parque del Centenário) e logo depois vinha a praça que dava na Torre del Reloj e a parte de dentro das muralhas. Foi aí que vimos que tinham ônibus e mais ônibus parando, descendo turistas e uma horda de vendedores e pedintes abordando os turistas... e abordando a gente também, é claro! E eles são insistentes... não adianta não manter contato visual ou falar que não quer nada, eles continuam te seguindo e te abordando... eu fico muito estressada com essa abordagem e mesmo que eu esteja precisando do produto, é aí que não quero mais nada! Eles não têm o menor pudor e não tentam não atrapalhar as fotos ou filmagens, não estão nem aí para o que a gente tenta fotografar ou filmar... um deles apareceu bem na hora que eu estava tirando um selfie muito legal e quando vi, eu deixei escapar um "que droga!" e ele veio me abordar "brasileños!" e fiquei com mais raiva ainda!

Eu conversei com um outro amigo colombiano (é, eu tenho uns três amigos colombianos), que eu só encontrei depois da viagem e ele disse que antes não era assim e até falou que a abordagem do lado de dentro das muralhas é fora da lei (mas fomos abordados do lado de dentro também)... um colega de trabalho do Rodrigo ficou conjecturando se não são os venezuelanos que devido à crise em seu país estão lá tentando empregos informais, já que é fácil imigrar da Venezuela pra Colômbia.

Entramos muralha adentro e fomos abordados mais, mas dessa vez por vendedores de passeios... Tinha uma feira de doces acontecendo no pátio de dentro (além das barracas normais de doces que ficam no Portal de Los Dulces, que fica em frente à Torre del Reloj) e muita gente circulando. Achamos algumas casas de câmbios com boas taxas, trocamos mais dinheiro e fomos explorar! Fomos nos perdendo pelas ruaszinhas, fotografando as casinhas e achando os pontos turísticos. Passamos pela Plaza de Bolívar, Catedral de Santa Catalina (fiquei encantada com ela! A torre é linda! E era domingo de ramos e estava aberta, tinha acabado de ter missa, linda por dentro também!), a Igreja de Santo Domingo, com a escultura do Botero na frente (la gorda Gertrudis), depois continuamos andando e achamos um local longe de toda a turistada que estava circulando e que se poderia subir na muralha. Vimos algumas pessoas circulando, mas nem tantas quanto na meiuca da cidade. Subimos na muralha e ficamos tirando fotos. Andamos e acabamos encontrando, sem querer, o Café Del Mar, ainda fechado, porém tinham alguns turistas tirando foto com a grande bandeira da Colômbia e com o mar ao fundo. E fomos abordados inúmeras vezes por homens que vinham perguntando de onde somos e se somos colombianos ou de outra nacionalidade... Eu tentava me esquivar deles... teve um que quando me perguntou de onde eu era,  falei "somos turistas" e ele deu uma gargalhada! E outro conseguiu nos cercar, apertou nossas mãos e foi brincando e até que começou a apontar e mostrar, lá atrás, onde era Bocagrande e onde eram os outros bairros do litoral. depois ele falou "Mi nombre es Manuel - repita conmigo" olhando de forma impositiva pra gente...  e a gente ficou olhando pra ele com cara de "que p#$%* é essa?!". Foi quando milagrosamente o celular dele tocou e nós falamos "muchas gracias" e saímos de fininho e bem rapidinho... Será que ele queria nos vender o serviço dele (que não queríamos) de guia turístico?! Ficamos intimidados com essa última abordagem... ainda mais que não conseguimos nos esquivar... Acho que fomos abordados por no mínimo umas 5 pessoas diferentes enquanto estávamos lá em cima e ficamos tensos com isso, até desistimos de tirar a foto que queríamos com a bandeira da Colômbia... É triste quando você acha que vai relaxar e se estressa desse jeito!

Depois disso descemos rapidinho dali e voltamos para a meiuca da cidade, estávamos com fome e fomos almoçar. Passamos por um lugar que chama Porton de San Sebastian e os preços eram meio salgadinhos, mas resolvemos comer ali mesmo pois chegamos a conclusão que qualquer lugar dentro das muralhas teria o preço mais elevado. Pedimos peixe com arroz de coco (uma delícia) e patacones (banana amassada e frita, que também é muito bom), que é um prato bem típico deles.  Tudo uma delícia, atendentes muito simpáticas, ficavam brincando com a gente e quando descobriram que somos brasileiros, ficaram nos chamando de "Brasil".

Saímos de lá de barriguinha cheia e fomos explorar mais da cidade... nesse momento o calor era mais forte, achamos um sorveteria de sorvete italiano (dono idem), sorvetes deliciosos! Gelateria Tramonti. Continuamos a nossa jornada e passamos pela Igreja de San Pedro Claver, que estava fechada, com as esculturas de metal próximas (eu achava que elas eram maiores, pelas fotos e vídeos) e Plaza de la Aduana. Passamos por várias colombianas vestidas à caráter, com as roupas coloridas e até pensei em tirar uma foto com elas... Mas elas também ficavam importunando os turistas e acabei desistindo... Também desisti de comer as frutas ou beber os sucos das barraquinhas de rua... duvidei da higiene... ok, tive nojinho, embora não tivesse visto nada muito sujo, mas não consigo beber bem comer nada que é feito em um balde ou uma bacia que parece de lavar roupa... me julguem! hehehe

Bem, aí já devia ser perto de 15h e resolvemos voltar para o hotel, para descansar as pernas um pouquinho e irmos conhecer o Castillo San Felipe de Barajas. acabamos dormindo sem querer, cansados, e quando acordamos, já era umas 17h. Pensei que o castillo ficava aberto até 18h e como estava bem claro, pegamos um táxi e fomos para lá.

Bem, pra falar dos táxis... É necessário combinar o preço antes de entrar... mas nem sempre lembrávamos, porque não temos o hábito e uma vez, em uma corrida que era pra ser 8 mil pesos, o taxista cobrou 10 mil pesos... sempre lembrem de combinar antes!

Tentamos pegar uber, mas não tivemos muito êxito, o motorista mandou mensagem que não conseguiria chegar onde estávamos e pediu para a gente esperar na frente de um outro hotel em uma rua maior, de melhor acesso, mas depois ficou dando voltas e voltas e depois desistiu... e acabamos desistindo de uber também e pegamos táxi mesmo. Chegamos rapidinho, a corrida do hotel até lá era uns 8 mil pesos, mas chegando, após enfrentar o assédio dos vendedores e pedintes aos milhares, descobrimos que a bilheteria já estava fechada (fecha 17:30) e não conseguimos subir... E sem querer, dei um "passa-fora" no funcionário do castillo, ele estava me perguntando se eu era colombiana (porque os colombianos não pagam ingresso) e eu falando "no quiero!" achando que ele queria me vender alguma coisa! Pedi desculpas e morri de vergonha!

Já que não conseguimos subir, fomos descobrir onde ficava o "Monumento a las botas viejas", que é perto e é uma escultura de um par de botas, em homenagem a um escritor colombiano. Andamos um pouquinho até lá mas descobrimos milhares de turistas tentando tirar fotos, gente que não saía mais de lá, outros que se enfiavam nas fotos dos outros pra conseguir tirar as suas, uma tentativa de fila pra tirar foto e uns 10 vendedores, uns querendo empurrar coisas e outros só marcando território. Tiramos algumas fotos tentando sobreviver e saímos um pouco frustrados... e pegamos um táxi de volta para o hotel. 

Chegamos no hotel e tive a idéia de perguntar se eles trabalhavam em conjunto com alguma empresa que fizesse passeio para a Playa Blanca e tivemos resposta positiva! E não era caro! Era em torno de 60 mil pesos para cada um, com direito a almoço! Eba! Combinamos o passeio para o dia seguinte.

Outro adendo: As praias de Cartagena, (que ficam na área de Bocagrande), não são bonitas, a areia é escura e a água fica escura, que parece ter ondas fortes... Mas existem praias estilo caribe (mais conhecido como Caribe Colombiano) em um conjunto de ilhas bem próximas conhecidas como islas Rosário, onde ficam vários hotéis que você pode até pagar pra passar o dia inteiro em um deles) e tem uma praia pública chamada Playa Blanca. Existe até uma ilha que é um aquário, que é um tanto diferente, pois os peixes ficam em tanques, e dá pra ver de cima, que tem show de golfinhos e tubarões e tudo mais. Dizem que é bom para quem vai com crianças, mas é cansativo para adultos. dá pra ir para a Playa Blanca de barco, através do pier de Cartagena, inclusive parece que é mais barato, mas o barco bate muito na água e ficamos com medo da minha coluna dar ruim com isso, já não estava lá muito boa! Resolvemos ir de bom e velho ônibus de excursão. Mas à noite fui pesquisar no Google o nome da empresa (Global tours) e me arrependi... vi uma pessoa falando mal e fiquei com medo do nosso passeio dar ruim...

Como o passeio era cedinho, acabamos comendo no bistrô de novo à noite e fomos descansar desse dia cansativo de bater pernas!

A cidade de Cartagena é realmente muito lindinha, mas tem muitos (ênfase em muitos) vendedores e pedintes importunando, tem sempre uma água correndo na sarjeta e tem sempre alguém querendo te cobrar mais porque é tudo turístico.

Aguardem as cenas dos próximos capítulos!

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Parque de La 93 na chuva

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Parque de La 93 na chuva

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Vista da janela do aeroporto de Bogotá

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No aeroporto, aguardando a hora de ir para Cartagena

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Rua do Hotel em Getsemaní

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Parque Centenário

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Praça em frente a Torre del Reloj

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Eu, Torre del Reloj e o vendedor de chapéus intrometido

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Dentro das muralhas da cidade, com a torre colorida da igreja, linda!

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Dentro das muralhas, Portal de los Dulces à direita e feira de doces, que estava só nesses dias, à esquerda

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Tirando fotos das ruazinhas com casinhas coloridas

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Mais da Catedral lindinha

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Dos Gordas

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Vista de cima da muralha

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Turistas no Café Del Mar, bandeira da Colômbia e um caça-turistas de camisa azul, indo abordá-los

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Iglesia de San Pedro Claver

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Esculturas de ferro em frente à igreja

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Tentativa de foto no Monumento a las botas viejas

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Tirei essa foto sem querer, mas até que ficou legal... Mostra o Arroz de Coco e os patacones, delícia!

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Lindas casinhas coloridas

 

  • 4 semanas depois...
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Desculpe @Che Lly só vi agora sua pergunta. Obrigada @caio.andrade555 por responder! Agora já nem lembro mais os detalhes da cotação... A gente usa um aplicativo de celular pra verificar a cotação oficial do dia de várias moedas, o que ajuda bastante nas viagens. Nessa viagem, a gente levou dólares e trocou os dólares por pesos colombianos, pois ficamos com medo de não conseguir trocar Reais lá. O meu marido achou uma nota de uma troca que fizemos no dia 23 de Março e 1 Dólar estava 2,75 mil Pesos Colombianos.

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