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Americano descobre que fotos compradas em pechincha valem US$ 200 milhões


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Pintor que comprou negativos por R$ 80 há dez anos alega que imagens são do renomado fotógrafo americano Ansel Adams.

 

Fonte: Estadão

 

Um apreciador americano de fotografia alega que uma coleção de negativos comprada dez anos atrás pelo equivalente a R$ 80 é do renomado fotógrafo americano Ansel Adams e vale US$ 200 milhões (R$ 360 milhões).

 

Os 65 negativos em vidro retratam paisagens supostamente do Parque Nacional Yosemite, na Califórnia, onde Adams, que também era ambientalista, fez grande parte das imagens em preto-e-branco que lhe tornaram famoso em meados do século passado.

 

Usando técnicas na câmara escura, Adams enfatizava as sombras e os contrastes de suas fotos.

 

O material vem sendo dado como perdido desde que um incêndio em 1937 atingiu o estúdio do fotógrafo localizado dentro do parque, destruindo cerca de 5 mil placas. Desde então, as fotos de Adams têm sido vendidas por somas astronômicas.

 

Rick Norsigian, que é pintor profissional e um amador de fotografia, disse que passou os últimos dois anos investigando a origem dos negativos, comprados de um vendedor que improvisara um brechó na própria garagem do ano 2000.

 

Este, por sua vez, contara que havia adquirido o material de uma oficina de restauração nos anos 1940.

 

Os negativos ficaram quatro anos guardados em duas caixas na casa de Norsigian em Fresno, na Califórnia, até o pintor se dar conta de que poderiam valer milhões de dólares.

 

Polêmica

 

Em uma entrevista coletiva em Berverly Hills na terça-feira, os advogados de Norsigian apresentaram evidências para sustentar a conclusão de que as fotos são de Adams "além de qualquer dúvida razoável".

 

Segundo os representantes de Norsigian, a investigação envolveu especialistas em arte, fotografia, caligrafia e até meteorologia - esses últimos, para comparar as condições climáticas do parque nacional na época em que as fotos foram tiradas com as condições sob as quais Adams trabalhou.

 

As conclusões são de que as fotos foram tiradas entre 1919 e o início dos anos 1930, em locações familiares a Adams, como o parque de Yosemite. As evidências foram colocadas em um site.

 

As fotos começaram a ser expostas em uma mostra itinerante, que vai acompanhada de um documentário retratando o percurso de Norsigian na tentativa de autenticar o material.

 

O colecionador, que pretende se aposentar nos próximos anos, disse que quer vender impressões feitas a partir de 17 dos negativos com preços que variam de US$ 45 (R$ 80) a US$ 7,5 mil (R$ 13,5 mil).

 

Os esforços para tentar comprovar que as fotos são de Adams não convenceram a família do renomado fotógrafo, para quem as fotos são "uma fraude infeliz".

 

Bill Turnage, diretor-gerente da fundação que cuida dos direitos autorais de Adams, disse que está avaliando a possibilidade de processar Norsigian por empregar o nome do artista para uso comercial.

 

O neto de Adams, Matthew Adams, também afirmou que está "cético". "Não há evidências concretas", ele afirmou.

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