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Em 07/07/2018 em 12:39, raibrtz disse:

Que relato maravilhoso! 

Sou nova por aqui e estou planejando uma viagem pra Ásia daqui um tempo e de cara encontrar um relato tão bem escrito e detalhado dá uma felicidade enorme. Parabéns pela forma de expressar toda sua experiencia, faz com que a gente se sinta como se estivesse ido junto com você na viagem! 

Aguardando os próximos capítulos.  😘

Que comentário lindo de ler, @raibrtz :D obrigado pelo carinho!!! Vai acompanhando aí. Bjs!

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Em 19/07/2018 em 00:31, Cleber Curitiba disse:

Cara, é muito show ler os seus relatos da viagem !!

Vou sozinho pra Tailândia no dia 22/10, fico uns 15 dias por lá(entre BKk e praias), e depois vou pra Bali, e fico mais 20 dias (vou fazer o contrário da viagem de vocês), e só retorno pra Bangkok um dia antes do vôo de volta pro BR. O roteiro da Tailândia está quase pronto, mas para o roteiro de Bali, os seus posts estão me dando uma grande ajuda.

Mais do que uma viagem de curtição, praias, templos e paisagens surreais, acho que vai ser um grande período de autoconhecimento, de aprendizado e crescimento espiritual tb. Você conseguiu transmitir, pelo menos pra mim,  através dos relatos e fotos, uma energia toda especial que esse lugar possui.

Ahhh e vou fazer contato com o Roby...já adicionei ele no facebook, deve ser uma pessoa muito bacana.

Grande Abraço !!!

Boaaa @Cleber Curitiba. Cara, você descreveu completamente o que é viajar por Bali. É tudo isso aí e mais um pouco. E pode entrar em contato com o Roby que você não vai se arrepender. Sucesso na sua viagem!!!

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Pessoal, nesse fds eu não garanto, mas nessa próxima semana sem falta eu posto o capítulo novo. Preciso acelerar isso porque nesse ritmo eu só termino em 2028 kkkk.

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Capítulo 7: Da Floresta dos Macacos aos belos campos de arroz.

7º dia (17 de outubro)

O último dia de programação em Ubud mal havia começado e a gente já estava com saudade daquele lugar. Se tivéssemos mais tempo disponível no nosso mochilão, aqui certamente seria um dos lugares em que esticaríamos um pouco mais.

Acordamos e tomamos o belo café da manhã que a Putu novamente nos preparou. Hoje não teríamos o Roby, os deslocamentos seriam feitos por nossa conta. Não por acaso, todo o nosso roteiro do dia estava pelas proximidades da cidade.

 

Floresta dos Macacos

Fomos andando rumo à primeira parada: a Floresta dos Macacos. Ela funciona todos os dias, das 8h30 às 18h. A entrada custa Rp. 50.000 por pessoa (mais os Rp. 20.000 do cacho de bananas que compramos lá dentro, opcional). Ainda no caminho até lá, paramos num mercadinho e compramos dois sorvetes cornetto e uma água grande pela pechincha de Rp. 21.000 (uns 5 reais). Ahhh quem dera meu Brasil fosse assim.

Demos uma volta boa pela floresta, que é bem grande e bem bonita. Combinamos de alimentar os macacos no final, para conhecer cada canto do lugar primeiro.

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São muitas as recomendações ao se visitar a Floresta dos Macacos, mas a principal delas é não dar bobeira com seus pertences pessoais. Eles são espertos, abusados (afinal, estão na casa deles) e podem tomar tudo o que quiserem em busca de comida, ou pela simples curiosidade. 

Antenor foi o primeiro a pegar uns pedaços de banana e esperar que o macaco subisse nos ombros dele. Filhote, é claro. Não teve muita coragem de encarar os adultos.

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Já eu, o bonzão, o espertão, o fodão, quis com um macaco adulto. Logo avistei um que parecia ter o peso de um gorila. Ele já subiu em mim assim que avistou o pedaço de banana na minha mão. Ficou uns instantes pelo meu ombro, o bastante pra eu tirar umas fotos e ganhar vários likes no instagram.

Mas a expressão "macaco velho" não é à toa. Experiente que só, ele viu que tinha banana escondida no meu bolso. Foi escalando por mim rumo ao chão, e eu crente que ele estava só indo embora. Parou perto do meu bolso e tentou enfiar a mão. Como não conseguiu colocar a mão por dentro do tecido, simplesmente lascou uma bela dentada por cima da bermuda mesmo.

Ali meu coração deu uma leve estremecida, nada sério, só tipo uma parada cardíaca. Mantive a calma e fui tentar ajudá-lo, abrindo o bolso. Que inocência a minha. Ele olhou pra mim e abriu uma boca que naquela hora me pareceu ter uns 90 cm de amplitude, o suficiente pra engolir metade do meu corpo. O barulho que ele fez também não foi nada agradável. Ele investiu outra mordida na minha perna, e dessa vez eu senti os dentes passando de raspão em mim. Já tava ali imaginando que na próxima tentativa ele levaria veia, fêmur, músculo, tudo junto. Mas antes que eu pudesse terminar o 8º Pai Nosso e o 5º Santo Anjo do Senhor Meu Zeloso Guardador, um dos trabalhadores locais chegou e tocou o macaco pra longe de mim.

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Tive que me livrar rapidamente das bananas que estavam no meu bolso, porque um novo cerco de macacos já estava se formando. Eles não são bestas.

Portanto, pessoal, fica aqui a dica do tio Rodrigo. Não subestimem os macacos, e tomem MUITO cuidado. Por sorte, não aconteceu nada grave. Mas poderia ter acontecido.

Voltando da floresta, paramos num supermercado e compramos umas coisas diferentes dessas que você só costuma achar no país que está visitando. Pó de café local (que aprendemos a tomar sem filtrar, diretamente na água, feito um café solúvel), uns donuts, umas bebidas estranhas tipo refrigerante, e uns cup noodles pra servir de almoço no hotel. Total: Rp. 182.000.

De volta ao hotel e devidamente alimentados, alugamos uma scooter com a própria Putu (dona do hotel) por Rp. 50.000 a diária, e saímos para a próxima atração do nosso roteiro: o Palácio de Ubud.

 

Palácio de Ubud

Ele estava em reforma, portanto só era possível visitar algumas partes. Honestamente, eu não achei muita graça. Talvez com um guia, conhecendo a história local, fosse mais interessante, mas eu não colocaria muita expectativa nisso. Ali costuma acontecer alguns eventos, também, o que é outra chance do local se tornar interessante. Mas, tirando isso, demos uma volta e não perdemos muito tempo. Seguimos logo pra próxima parada.

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Nesse momento, aproveitamos para passar numa casa de câmbio e trocar uma quantidade maior de dólares. Isso porque os nossos próximos dias seriam nas ilhas Nusa Lembongan e Nusa Penida, e lá não costuma ter uma cotação muito boa. Fizemos uma estimativa de gastos e trocamos o suficiente, sempre considerando uma margem de segurança.

 

Telalagang Rice Terrace

Seguimos de moto para fora da cidade em direção a uma atração muito famosa da região, o Telalagang Rice Terrace (Terraço de Arroz de Telalagang). Ele não fica muito longe, então quem quiser alugar uma moto, ou pegar um táxi, pode conhecer por conta própria.

A entrada lá é "gratuita". As aspas se dão porque, ao percorrer o local, é comum se deparar com "pedágios" disfarçados de doação, onde alguns locais pedem que você deixe uns trocados em troca da manutenção das pequenas pontes que eles constroem para a nossa travessia de um lado para o outro. Nada mais justo. Deixamos Rp. 5.000 cada, mas pode ser o valor que você quiser.

O dia estava meio nublado, com cara de chuva, mas mesmo assim deu pra ver como o lugar é bonito. Porém, é o mais famoso terraço de arroz de Bali, então espere muitos turistas. Isso tira um pouco da magia do local, é verdade, mas outras opções de terraços não possuíam essa mesma geografia (eram terraços mais planos), e tampouco eram tão próximos quanto. Então nos contentamos em ficar por aqui mesmo.

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No caminho de volta para Ubud, pegamos uma bela de uma chuva. Sabe que foi até legal? Aquela sensação boa de chuva fresca, no meio de uma viagem, percorrendo aquelas charmosas estradinhas de Bali, campos de arroz surgindo às margens da estrada, misturados a templos, casas, lojas... foi um momento marcante. Turista acha tudo lindo, né? haha.

 

Ubud Market

Seguimos direto para o hotel. Deixamos mais roupa para lavar com a Putu e fomos correndo para o Ubud Market, pois já estava quase fechando (ele fecha às 18h).

Chegando lá, algumas barracas já estavam recolhendo as coisas (as fotos abaixo são de quando passamos rapidamente por lá antes de ir ao Ubud Palace). Não só pelo horário, mas porque a chuva já tinha espantado boa parte da clientela. Mas deu tempo de comprarmos algumas lembrancinhas que queríamos levar de Bali, como descansa-copos, sarongs, ímãs de geladeira, etc. É tudo baratinho, mas esquecemos de anotar os preços. Eu só me lembro de uma Sarong MUITO BONITA, tecido trabalhado à mão, vermelho com uns desenhos em tinta ouro, em que fiquei horas negociando porque ela queria me cobrar 20 dólares. No fim das contas, paguei Rp. 100.000, porque queria levar de presente pra minha mãe.

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Passamos em outra lojinha mais arrumada (dessas que parecem de comércio de rua), com os preços já etiquetados. Levamos kits de sabonetes, pacotes de incenso, caixinha artesanal com pacote de café dentro, pulseira, enfim... tudo o queríamos levar de presente pro Brasil, e ficou tudo por Rp. 217.000.

 

Café Lotus

Seguimos para o famoso Café Lotus, pois haveria o tal espetáculo de dança naquele dia. Eu estava muito ansioso por esse momento, mas... nem tudo sai como planejado e a gente aprende a lidar com isso durante as viagens. Por conta do tempo, que ameaçava chuva, o espetáculo havia sido transferido para um local fechado, num prédio ao lado. Com isso, perdemos o interesse de participar. Além de não ser lá muito barato, não seria no lugar tradicional. Mas fica a dica para quem puder assistir. Dizem que é bem bonito. E não caia nessa de "pacote com jantar incluso" porque as mesas do Café Lotus são longe do lugar da dança, e quem paga mais caro no pacote com jantar assiste ao espetáculo de longe, e quem só compra o espetáculo pode assistir lá de perto.

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Já que nossa programação havia sido cancelada, fomos jantar em outro local. A conta ficou em Rp. 150.000 o casal. Voltamos para o hotel e acertamos nossa conta com a Putu (Rp. 1.050.000 pelas diárias, mais as Rp. 20.000 pelo kg de roupa extra que deixamos lá mais cedo).

No dia seguinte, sairíamos cedo para o porto de Sanur, onde um barco nos levaria até Nusa Lembongan. Todo esse percurso já tinha sido combinado previamente com o Roby por whatsapp, pois ele organizou tudo pra gente. Mas os detalhes de preço, rotas e tudo mais vocês saberão no próximo capítulo.

Nessa hora, a minha ansiedade já estava a mil. As ilhas Nusa, em especial Nusa Penida, era um dos meus momentos mais aguardados de toda a viagem. 

 

SALDO DO DIA (por pessoa):

Rp. 10.500 - Sorvete e água
Rp. 50.000 - Entrada Floresta dos Macacos
Rp. 10.000 - Bananas
Rp. 91.000 - Guloseimas no mercado
Rp. 50.000 - 01 diária de scooter
Rp. 5.000 - "Doação" no Telalagang Rice Terrace
Rp. 158.500 - Presentes e lembrancinhas
Rp. 75.000 - Jantar
Rp. 525.000 - 03 diárias Angga Homestay
Rp. 10.000 - Roupa lavanderia
 

TOTAL: Rp. 985.000  (USD 72)

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: Os encantos de Nusa Lembongan.

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Em 10/08/2018 em 13:29, h.flavioborges disse:

Excelente, Rodrigo! Mesmo sem previsão de fazer esta viagem por agora, estou acompanhando tudo.
Parabéns pelo seu empenho, sei como é difícil produzir este tipo de conteúdo. Abraço!

Valeu, Flávio! Fico feliz por isso. Realmente, é um esforço danado. Mas o retorno da galera é sempre gratificante. Abraço!!!

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Capítulo 8: Os encantos de Nusa Lembongan.

8º dia (18 de outubro)

O motorista da van chegou no local e horário combinados. Havíamos tomado o nosso último café da manhã feito pela Putu e nos despedido dela. Foi uma hospedagem muito acolhedora.

O percurso até chegar em Nusa Lembongan é bem simples. Inúmeras agências ou hotéis oferecem esse serviço. Basicamente, inclui o transfer de onde você está (hotel) até o porto de onde sairá seu barco (no nosso caso, porto de Sanur), depois o ticket do barco de Bali até Nusa Lembongan, e depois o transfer do porto de Lembongan até o seu hotel na ilha.

Diversas empresas de barco fazem o percurso Bali x Nusa Lembongan em diversos horários do dia. Há também as embarcações públicas (mais baratas, porém mais lentas), e os chamado "fast boats", que fazem o trajeto em meia hora. Esse percurso, apesar de rápido, pode ser bem agitado. Na nossa ida, o mar movimentado rendeu altos gritinhos de "uuhhhhh" da galera tamanho eram os pulos que a gente dava rs. A volta foi mais tranquila.

Quando o motorista da van nos deixou no porto de Sanur, cerca de 1h30 depois de nos pegar em Ubud, ele "pediu" gorjeta aos passageiros. Deixamos Rp. 20.000 com ele. Antenor aproveitou para procurar um banheiro, que custou Rp. 5.000 para utilizar.

Quando chegamos no guichê da empresa de barco que nos levaria, queriam nos cobrar Rp. 300.000 por pessoa. Dissemos a ele que o combinado conosco era Rp. 250.000. Mostramos a conversa pelo whatsapp que tivemos com o Roby, e logo depois fizemos uma chamada de áudio com ele e passamos pro funcionário. Depois da conversa, ele aceitou fazer o preço de 250. Portanto, tenham registrado todo o combinado de vocês, seja em papel ou gravado no celular.    

O fast boat partiu às 10h, e às 10h30 já estávamos desembarcando na Mushroom Beach, que é a praia onde os barcos com os visitantes chegam. Nem mesmo havíamos descido na ilha e já estávamos admirados com aquela água azul neon transparente.

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Descemos ali mesmo na beira do mar. Os funcionários levam todos os mochilões pra parte seca. Lá, eles anotam o seu hotel de destino e te colocam nuns carrinhos junto com outros viajantes.

Chegamos no nosso hotel cedo para o check-in. Ficamos hospedados no The Cubang Hut's Lembongan. Era um poquinho mais caro que a média, porém, como iríamos ficar só uma noite nessa ilha, optamos por um bangalô mais arrumadinho. O local é bem bonito, piscina boa, e o bungalô em si era muito massa. Essa mesma estrutura no Brasil certamente não sairia por menos do triplo do preço. A diária custou Rp. 750.000.

Como ainda não podíamos fazer check-in, decidimos almoçar ali mesmo no hotel. Dois pratos e uma cerveja Bitang foram Rp. 153.000. Logo depois, deixamos as malas guardadas na recepção e fomos conhecer o primeiro ponto do nosso roteiro na ilha, a Dreamland Beach, que ficava a 5 minutos de caminhada do hotel.

A praia era linda, havia poucos turistas, e foi aí que começamos a ter o gostinho daquela tão sonhada "Bali" que a gente idealizou.


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Voltamos pro hotel e fizemos o check-in. Guardamos nossas coisas no quarto e alugamos 1 scooter com o próprio hotel (Rp. 85.000 para 12 horas de uso). Como havíamos pouco tempo de luz do sol restando (apenas a parte da tarde), não seria possível visitar todos os pontos da ilha, nem mesmo conhecer Nusa Ceningan, que é a ilha que fica ao lado, bastando atravessar a Yellow Bridge.

Com isso em mente, optamos por visitar a Devil's Tears, uma parte da ilha em que a água do mar entra por debaixo das pedras e volta com forte pressão causando um grande "espirro" esfumaçado de água. O horário que fomos não devia ser dos melhores, pois a água não estava espirrando tão forte assim. Mas tinha bastante turista. 

 

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Olhando no mapa offline, Antenor identificou um "Sunset Point" ali perto. Pegamos a moto e fomos lá, mas não achamos nada demais. Talvez seja de fato interessante no momento do por do sol, mas não podíamos esperar.

Logo em seguida, fomos procurar uma agência para fechar o passeio de snorkeling para a manhã do dia seguinte. Fizemos uma rápida pesquisa em umas duas ou três e acabamos fechando com uma que fez um bom preço e nos permitiu negociar a rota e os pontos a serem mergulhados. Ficou Rp. 200.000 para cada, e os pontos principais eram o Magroove Point (uma área com um coral super colorido e cheio de peixes), o Underwater Buddha (estátuas de Buda que foram colocadas no fundo do mar para que se tornassem atrações de mergulho), e o Manta Point (nadar com as famosas Raias Mantas).

Na saída, paramos num mercadinho e compramos coisas para o jantar e para ficar a manhã toda no barco (o passeio de snorkeling não inclui refeição nem água). Biscoitos, amendoins, chocolates e água, tudo por Rp. 227.000. Lembrando que os preços por aqui são naturalmente um pouco mais caros que em Bali, justamente pela pouca estrutura local.

Voltamos para o nosso hotel e aproveitamos o restinho do dia na piscina. Mais à noite, pedimos 2 cervejas e uma porção de fritas (Rp. 75.000) e ficamos na nossa varanda curtindo a brisa da noite.

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O dia seguinte seria o tão esperado dia. Conheceríamos o que de fato nos trouxe aqui, e o motivo pelo qual ficamos tão pouco tempo em Lembongan. O nosso foco era mesmo Nusa Penida, a maior (e, curiosamente, a menos visitada) das três "ilhas Nusa".

Minhas expectativas já eram altas, e conseguiram ser superadas. Ahhh, Nusa Penida. Quando eu lembro de você, QUE SAUDADE! Sem dúvidas, a minha parte preferida de TODA essa viagem pelo Sudeste Asiático. E vocês verão o porquê.

 

SALDO DO DIA (por pessoa):

Rp. 20.000 - gorjeta transfer
Rp. 5.000 - banheiro
Rp. 250.000 - Ubud x Nusa Lembongan
Rp. 76.500 - almoço + cerveja
Rp. 375.000 - diária hotel
Rp. 42.500 - aluguel 12h de scooter
Rp. 200.000 - passeio de snorkeling
Rp. 113.500 - mercadinho
Rp. 37.500 - cervejas e porção de fritas
 

TOTAL: Rp. 1.120.000  (USD 82)

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: Nusa Penida, o melhor lugar do planeta!

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Capítulo 9: Nusa Penida, o melhor lugar do planeta!

9º dia (19 de outubro)

Acordamos cedo e já aproveitamos para fazer o check-out, pois não sabíamos a hora certa que voltaríamos do passeio de snorkeling. Antes que pudéssemos pedir o nosso café da manhã, duas motos vieram nos buscar para nos levar pra agência. Deixamos os mochilões guardados na recepção do hotel e partimos.

O snorkelling foi tranquilo e bem bonito. Nós havíamos fechado o seguinte percurso: Mangroove Point > Buddha Point > Crystal Bay e Manta Point. Paga-se um pouco a mais para incluir o Manta Point, pois ele é mais distante. E só é possível visitá-lo caso o mar não esteja agitado. 

Na primeira parada, já vimos o porquê das ilhas Nusa serem consideradas um dos melhores lugares para mergulho no mundo. Água cristalina e muita vida marinha. O Mangroove Point é lindo, com corais vivos e muito coloridos. Foi o melhor ponto de snorkelling, na nossa experiência.

Já o Buddha Point foi bem decepcionante. Eu já estava imaginando conseguir fazer aquelas fotos incríveis ao lado das estátuas, mas Antenor estava com tampões nos ouvidos devido a uma lesão no tímpano, e não podia mergulhar muito fundo por conta da pressão. E também, nem se pudesse, porque havia tanto turista, mas tanto agito, que a água estava "embaçada", turva, ficava difícil chegar lá no fundo pra ter uma visão mais nítida.

Obs.: os Budas foram colocados naquele local, de mar calmo, justamente com o propósito turístico de atender visitantes asiáticos, principalmente os chineses, que chegam às centenas em navios cruzeiro (a maioria não sabe nadar).

Para nossa infelicidade, fomos informados de que não era possível visitar as mantas porque o mar estava muito agitado. Para compensar, eles nos levaram em um ponto chamado Gamat Bay, mas não gostamos muito. A água era mais gelada, e eles nos soltaram próximos a um paredão e nos pediram pra ir seguindo o barco. Como eu estava mergulhando sem colete e o mar estava mais agitado, achei bem cansativo. Quase não aproveitei o mergulho porque tive que ficar nadando atrás do barco.

Algumas fotos no Mangroove Point:

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Na volta do passeio, contratamos um motorista para nos levar de volta ao hotel para pegar nossos mochilões e, em seguida, para a Yellow Bridge, a famosa ponte amarela que une as ilhas de Nusa Lembongan e de Nusa Ceningam. É lá que ficam os barcos que te levam até Nusa Penida, somente acessada dessa forma. 

Todos os dias às 6h sai um barco público da ponte amarela para Nusa Penida, com passagens a Rp. 50.000. Como era por volta de 12h, sabíamos que seria necessário contratar um barco privado. Pagamos Rp. 300.000 para que nos levassem, pois queríamos aproveitar a tarde e noite desse dia por lá. O trajeto é rápido, coisa de 15 minutos.

Nusa Penida

Aqui eu preciso fazer uma pequena observação. De todos os inúmeros lugares a se conhecer que planejei nessa viagem, Nusa Penida era, sem dúvidas, o momento que eu mais aguardava. Desde quando comecei a planejar o roteiro, em 2015, poucas informações estavam disponíveis na internet. E as poucas que eu achava eram em sites gringos. Isso porque Nusa Penida, apesar de tão próxima de Bali, é (era, até então) uma ilha pouco explorada, apesar de incrivelmente linda. Isso me fascinava. Era ali que estava a "verdadeira Bali" que a gente idealizava. E quanto mais eu descobria sobre ela e sobre suas belezas, mais eu ficava ansioso por conhecer, com medo de que de repente ela se tornasse popular e o "boom" daqueles turistas sem noção estragasse tudo por lá, como fizeram em Bali. E depois dos dias que passei na ilha, posso dizer que ela já estava um pouco diferente da que eu conheci pelos relatos 2 anos antes. E tenho certeza que atualmente ela deve estar ainda mais diferente. Como muitos viajantes famosos no instagram passaram por lá, ela ganhou muita popularidade, e isso se refletiu em sua estrutura. Hotéis e restaurantes começam a surgir nos pontos turísticos antes quase selvagens e inexplorados. Mas acho que isso tudo faz parte.

Chegando em Nusa Penida, fomos caminhando até nossa hospedagem, o Jati Bungalows. Possuía uma ótima avaliação e um bom preço. Todos elogiavam muito a Jati, dona do lugar. A Jati é uma australiana (ou seria sul-africana? agora não lembro haha) que largou sua antiga vida para morar na ilha. Ela é demais! Nos ajudou muito. Logo nos deu um mapa e nos explicou como funcionavam as coisas por ali. Ela nos ajudou a alugar duas scooters por Rp. 50.000 cada. Afinal, não tínhamos tempo a perder. Eu queria logo conhecer o ponto que eu tanto havia sonhado: Kelingking Beach.

Pagamos Rp. 20.000 em 2 litros de gasolina (1 pra cada moto) e abastecemos ali mesmo, na base da garrafa pet e do funil haha. Segurança em primeiro lugar, só que não. Partimos rumo a Kelingking beach. Nos relatos que eu lia, todos falavam de como muitas estradas da ilha eram ruins por conta da baixa estrutura turística. Mas achamos até bem tranquilo o caminho até lá.

Chegando no local, foram Rp. 5.000 cada moto pelo estacionamento. Eu já fui apressado querendo chegar até a beira do penhasco e avistar aquele lugar. E quando vi... UAU! A emoção bateu forte.

Era tão lindo quanto eu imaginava. Fiz muitas fotos, mas já afoito porque o que eu queria mesmo era iniciar a descida. Eu queria chegar lá naquela praia quase inexplorada, de ondas fortes. Antes, almoçamos numa barraquinha que havia ali (até onde eu tinha pesquisado, antes não havia nada, mas o turismo está avançando rápido por lá) por Rp. 20.000 cada, mais Rp. 10.000 por uma água de coco. De barriga cheia e devidamente hidratados, preparamos nossas mochilas com biscoito, frutas e água, e iniciamos a descida.

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O caminho até a praia é bem famoso por sua periculosidade. São trechos íngremes, em muitos momentos é preciso praticamente escalar. Não é pra qualquer um, mas também não é nada impossível. Use um bom tênis e vá com calma, certificando-se de cada lugar que pisa, e se as cordas e as cercas de apoio estão firmes. Logo no início da descida há uma placa avisando para NÃO descer, porque é perigoso. Mas nem todos obedecem ao aviso.

Quando eu cheguei lá em baixo, eu fiquei sem palavras. Sensação de um sonho realizado. Eu curti cada momento. Cada segundo. Eu estava na praia dos meus sonhos, no lugar mais lindo que eu já tinha visto. Era uma coisa meio surreal. Antes eu ficava imaginando o que poderia acontecer de errado que me impediria de descer aqui. Mas finalmente eu estava lá, curtindo aquilo tudo. Ficamos até o por do sol, e foi o por do sol mais foda de todos. Bem no meio do mar. Aquele mar de ondas revoltas. Eu até arrisquei entrar na água (claro que eu não ia perder essa chance), mas não recomendo pra quem não saiba nadar bem. Porque é bem forte, ondas grandes e puxa bastante. Mas valeu cada instante, cada expectativa, cada sonho. Só aquele lugar já valeu por toda a viagem. Kelingking Beach, você já é o meu lugar preferido no mundo.

 

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Quando a luz do dia começou a cair, era a hora de iniciar a subida. Ainda levaríamos mais uns 40 minutos até o topo, e não podíamos fazer isso no escuro. Pegamos nossas motos e voltamos para a região de Toyapakeh (o "centrinho" de Nusa Penida, onde os barcos param e onde estávamos hospedados). Eu estava em êxtase. Que dia!

Jantamos no Warung Citiz, um restaurante bem simples, porém gostoso e barato, que ficava próximo ao Jati Bungalows. Rp. 30.000 cada prato que pedimos. Mais dois smoothies de Rp. 25.000 cada, e uma coca-cola de Rp. 5.000.

Fomos dormir em seguida. No dia seguinte, um motorista privado (indicação do Roby, lá de Bali) viria nos buscar para nos levar em alguns outros pontos da ilha que nos disseram ser melhor fazer de carro porque a estrada não era tão boa.

 

SALDO DO DIA (por pessoa):

Rp. 75.000 - transfer hotel + yellow bridge
Rp. 150.000 - barco privado para Nusa Penida
Rp. 50.000 - aluguel de scooter
Rp. 10.000 - litro de gasolina
Rp. 10.000 - água
Rp. 5.000 - estacionamento scooter
Rp. 20.000 - almoço
Rp. 15.000 - água de coco
Rp. 30.000 - jantar
Rp. 25.000 - smoothie
Rp. 5.000 - coca-cola

TOTAL: Rp. 395.000  (USD 29)

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: Angel Billabong, Broken Beach e Crystal Bay.

  • Amei! 4

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