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  • Colaboradores
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21 horas atrás, alexandresfcpg disse:

Pretendo fazer sudeste asiático no mesmo período (outubro e novembro) e esse relato será bem útil. Inclusive tenho pesquisado bastante o roteiro a fazer por conta do raio das monções, e Indonésia, Singapura, Malásia e Tailândia pelo menos estariam no meu itinerário.

Aguardando o restante, mas até agora está muito bom!

Valeu, @alexandresfcpg! É um bom período pra se fazer caso você consiga combinar outubro pra Indonésia/Singapura e Novembro pra Tailândia. Espero que o relato te ajude. Abraços!

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Em 08/06/2018 em 15:13, Amanda Sfair Gonçalves disse:

Como sempre Rodrigo nos dando vontade de viajar com ele hahaha

 

Hahaha que bom ler isso, Amandinha. Muito obrigado!!!

  • Colaboradores
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Capítulo 6: Os templos de Ubud, o coração cultural da ilha.

6º dia (16 de outubro)

O horário combinado para a saída com o Roby era bem cedo. Teríamos muito caminho a percorrer e locais a visitar. Infelizmente, o café da manhã só seria servido depois de já termos saído. Entretanto, ao saber disso, a Putu fez questão de acordar mais cedo que o habitual, ir ao mercado local (ela faz isso todos os dias para preparar o café da manhã pros hóspedes junto com seu filho), e preparar um delicioso lanche deixado gentilmente numas embalagens para que pudéssemos levar. Aí que eu pergunto, é ou não é pra ter uma avaliação alta desse jeito? Um cuidado de mãe com a gente. (Imagem tirada de um vídeo de stories, desculpem a qualidade rs):

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Ubud é repleto de templos e locais a se conhecer. Nós havíamos decidido dividir os nossos curtos 2 dias aqui (o nosso foco em Bali era outro, que vocês verão nos próximos capítulos, mas quem puder ficar mais dias aqui, eu recomendo) entre locais mais distantes, a se visitar com o auxílio de um motorista e guia particular; e locais mais próximos, que visitaríamos por conta própria, alugando uma scooter.

O roteiro do dia ficou assim:

- Partida do nosso hotel em Ubud;
- Templo do Lago (Pura Ulun Danu Bratan);
- Kopi Luwak (Café Luak, o "café mais caro do mundo");
- Pausa pro almoço;
- Templo das Águas Sagradas (Pura Tirta Empul);
- Templo de Pedra (Gunung Kawi Temple);
- Templo da Caverna do Elefante (Goa Gajah);
- Finalizamos no nosso hotel em Ubud.

 

Templo do Lago

O Pura Ulun Danu Bratan, que em balinês significa "início do lago", é, muito provavelmente, o principal cartão postal de Bali junto com o Templo do Mar. Quem pesquisou viajar por essas bandas certamente já se deparou com sua mística imagem pela internet.

Levamos algum tempo por vilarejos no interior de Bali até chegar lá. Talvez aqui nessa região a ilha tenha um clima mais próximo daquele que habita o nosso imaginário, tão diferente da corriqueira Bali repleta de estrangeiros em busca de diversão pelas áreas mais badaladas.

Chegamos lá antes mesmo do templo abrir para visitação. O tempo estava fechado, chuvoso, e eu já havia desencanado de que não conseguiria fazer a foto que eu havia há muito tempo idealizado. Decidimos, então, atravessar a rua até uma lojinha e comprar capas de chuva por Rp. 20.000 cada.

No horário previsto, pagamos as Rp. 50.000 cada pela entrada e seguimos para visitar o famoso templo. Estava completamente vazio, inteiramente pra gente. A área é grande, muito bonita, e o templo em si é tão pequeno perto daquilo tudo que te faz pensar como uma boa foto num bom ângulo podem criar uma fantasia na nossa cabeça.

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Estávamos com sorte. Um tempo depois de fazer algumas fotos naquele nevoeiro, o tempo abriu do nada. O sol avançou pelas nuvens de um jeito quase poético, e eu não desperdicei a oportunidade de fazer a foto que eu queria.

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Outras turistas começaram a chegar. Mas nós já tínhamos visto o que queríamos. Demos mais uma volta pelo local antes de reencontrar com Roby no estacionamento. Aproveitei para visitar umas lojinhas e comprar uma Sarong muito bonita, e um Udeng bem estiloso (aquela faixa que os balineses usam na cabeça) por Rp. 115.0000, o que eu, particularmente, achei uma pechincha, dada a riqueza do tecido. Se eu usei depois? Nunca mais rs.

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Café Luwak

Nossa próxima parada era algo pelo que eu, um bom consumidor de café, esperava bastante. Era hora de conhecer o famoso "café mais caro do mundo", ou, como o Roby gostava de chamar, num português próprio, o "café de merda".

O preço tão caro desse café se deve ao luwak, um mamífero peludo silvestre que aqui conhecemos como civeta. Ao se alimentar dos grãos, o animal não é capaz de digeri-los por completo. As enzimas do seu sistema digestivo agregam propriedades únicas ao grão, o que interfere no sabor. Os fazendeiros colhem os grãos das fezes do animal, fazem todo o processo de higienização, torra e moagem, e vendem o produto. Como o luwak tem sua limitação de consumo diário, não é possível produzir em larga escala, o que acaba justificando o alto preço do produto. Em alguns países, onde é visto como iguaria, uma xícara do café chega a ser vendido de 70 a 120 dólares.

A visita ao local onde é produzido o café é gratuita. Uma guia te leva pela fazenda mostrando o processo de torra e moagem artesanal (o que eu não acredito muito ser realidade, parece mais uma coisa pra turista ver). Ao final da pequena caminhada, sentamos nas mesas onde nos será servido diversas amostras de bebidas, entre cafés e chás. Nenhum deles, entretanto, é o café Luwak, que é opcional, e vendido a Rp. 50.000 a xícara. Pedimos uma para experimentar ao final da degustação.

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Sobre o café luwak: de fato, é um café muito bom. Porém, é tão bom como qualquer café premium que temos aqui no Brasil. Acredito que o preço seja alto pela dificuldade em produzi-lo, não necessariamente por ser um sabor dos deuses. Mas, sim, quem costuma tomar um pouco mais de café saberá perceber a qualidade. 

Sobre a experiência e o local de produção em si: antes de visitar o local, eu não havia pensado nisso. Mas fiquei um pouco decepcionado (desiludido, talvez) com a forma de produção. Eu pensava, na minha inocência, que os animais viviam soltos, numa área grande, e as fezes eram recolhidas naturalmente. Mas li algumas matérias dizendo que eles vivem geralmente enjaulados, em condições precárias e com uma vida bem explorada. Existem as fazendas mais conceituadas e fiscalizadas que fazem a forma de coleta 100% silvestre, mas não creio que seja a maioria dos casos, ainda mais num país como a Indonésia. Então, fica aí a informação para quem não gosta de visitar esses locais que exploram a vida animal.

Na saída, passamos na lojinha local para comprar alguns produtos. Eu ia comprar o café Luwak e levar de presente pra minha irmã, mas desisti. Muito caro. Comprei um chá de uma flor rosada que gostei de degustar (Rp.80.000) e um café balinês (sem ser o luwak) que gostamos de tomar no nosso hotel (Rp. 60.000). De lá, fomos almoçar. 

 

Pausa para almoço

Pedimos ao Roby que nos levassem a um outro restaurante de comidas típicas. Dessa vez, ele não foi muito econômico, e nos levou a um lugar com um precinho um pouco acima dos nosso padrões mochileiros. Ok, a vista para um belo campo de arroz compensava bastante, e a comida estava uma delícia. Pedimos um prato que vinha repleto de comidas locais, como se fosse para degustação. Pagamos o almoço do Roby, e a conta saiu por Rp. 107.000 por pessoa.

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Templo das Águas Sagradas

Seguimos nosso passeio rumo à próxima parada, o Pura Tirta Empul (Templo das Águas Sagradas). Muitos balineses acreditam que a água daqui tem poderes de cura e restauração, motivo pelo qual diversos locais e turistas se concentram para realizar o ritual de passagem pelas fontes de água.

A entrada custou Rp. 15.000 para cada pessoa. Antenor não quis entrar na água, então somente eu entrei, o que custou mais Rp. 10.000 pelo aluguel da roupa própria e uso dos armários do vestiário para se trocar. Roby me disse que as fontes de número 11 e 13 (se não estou enganado) são específicas para rituais relacionados aos que já faleceram, então que é para evitá-los caso esse não seja o caso. Em cada fonte, a gente vai mentalizando algo positivo, algum problema que precisamos resolver, algum agradecimento que queiramos fazer, enfim, o que você achar apropriado no momento. A ideia é deixar o pensamento fluir junto com a água e sair de lá mais leve.

Não sei se é só o nosso psicológico, não sou cético a esse ponto. Mas é verdade é que eu sai de lá me sentindo, de fato, espiritualmente mais leve. Vale a experiência.

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Templo das Pedras

A penúltima parada do dia foi no grandioso Gunung Kawi Temple, o Templo das Pedras. E entrada foi Rp. 15.000 cada. Logo na chegada, uma grande escadaria repleta de artesanatos desce para o acesso ao local.

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O Templo das Pedras nos surpreendeu. Não só pela beleza daquelas esculturas todas esculpidas nos paredões rochosos, mas pela imensidão do lugar. É uma mistura mágica de pedras, florestas e até um rio que corta o local. Andamos muito por lá, subindo e descendo escadas, deu pra cansar bastante.

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Na saída, compramos mais água (Rp. 15.000) e seguimos com Roby para a última parada do dia.

 

Templo da Caverna do Elefante

A entrada neste templo também foi Rp. 15.000 por pessoa. Roby nos explicou que essa caverna, embora datada de muitos séculos atrás, foi acidentalmente descoberta apenas na década de 70 por conta de um tufão que passou no local. Sua fachada tem esculturas de diversas criaturas místicas do hinduísmo. A garganta de uma delas serve de entrada. Um corredor de uns treze metros de comprimento leva a um cruzamento em forma de T.

No lado esquerdo, há uma estátua com cerca de um metro de altura de Ganesha, o deus-elefante hindu da sabedoria, da inteligência, da educação e da prudência, padroeiro das escolas e dos profissionais ligados ao saber, um dos deuses mais conhecidos e cultuados do hinduísmo. Daí veio o apelido de "caverna do elefante". No lado esquerdo, há três estatuetas que representam as figuras de Lingam e Yoni, simbolizando a fonte da vida e as sexualidades masculina e feminina.

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De volta para o hotel

Finalizado o roteiro do dia, voltamos para o nosso hotel. Pagamos os Rp. 650.000 pela diária do Roby. Ele se despediu da gente dizendo palavras muito bonitas sobre sua cultura, sua família e seu povo. Achei aquilo bem bacana. Prometi a ele que o indicaria a outros mochileiros, porque o serviço prestado foi realmente um diferencial. E que um dia nos encontraríamos novamente. Eu volto a Bali, aaahhh se eu volto. Há muito o que explorar pela Indonésia ainda.

Chegando no hotel, pegamos as roupas limpas que havíamos deixado para lavar no dia anterior (foram 3kg por Rp.60.000). Compramos alguns cup noodles e amendoins na vendinha da esquina para jantar no quarto (Rp. 40.000 o casal). Depois disso, banho e cama, porque o dia foi bem puxado, e a viagem estava só começando.

 

SALDO DO DIA (por pessoa):

Rp. 50.000 - Entrada Templo do Lago
Rp. 20.000 - Capa de chuva
Rp. 115.000 - Sarong e Udeng
Rp. 50.000 - Xícara de café Luwak
Rp. 140.000 - Compras na loja de café
Rp. 214.000 - Almoço
Rp. 15.000 - Entrada Templo Águas Sagradas
Rp. 10.000 - Banho Águas Sagradas
Rp. 15.000 - Entrada Templo das Pedras
Rp. 15.000 - Águas
Rp. 15.000 - Entrada Caverna do Elefante
Rp. 650.000 - Diária Roby
Rp. 30.000 - Lavanderia
Rp. 20.000 - Jantar
 

TOTAL: Rp. 1.359.000  (USD 99)

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: Da Floresta dos Macacos aos belos campos de arroz.

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Acompanhando e amando!! 

Estou querendo ir em janeiro, se o dólar e o preço das passagens deixar... rsrs

Seu outro relato me ajudou muito para a preparação do meu mochilão pra América do Sul e esse não será diferente!

Obrigada!!!! 

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O monstro dos relatos, Rodrigo Alcure está de volta!!!!!! Yeahh. Aguardando ansiosamente os próximos capitulos desta historia incrível!! Muito obrigado por toda a sua contribuição para a comunidade mochileira !! abraços mano✌️😎

  • 2 semanas depois...
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Que relato maravilhoso! 

Sou nova por aqui e estou planejando uma viagem pra Ásia daqui um tempo e de cara encontrar um relato tão bem escrito e detalhado dá uma felicidade enorme. Parabéns pela forma de expressar toda sua experiencia, faz com que a gente se sinta como se estivesse ido junto com você na viagem! 

Aguardando os próximos capítulos.  😘

  • 2 semanas depois...
  • Membros
Postado

Cara, é muito show ler os seus relatos da viagem !!

Vou sozinho pra Tailândia no dia 22/10, fico uns 15 dias por lá(entre BKk e praias), e depois vou pra Bali, e fico mais 20 dias (vou fazer o contrário da viagem de vocês), e só retorno pra Bangkok um dia antes do vôo de volta pro BR. O roteiro da Tailândia está quase pronto, mas para o roteiro de Bali, os seus posts estão me dando uma grande ajuda.

Mais do que uma viagem de curtição, praias, templos e paisagens surreais, acho que vai ser um grande período de autoconhecimento, de aprendizado e crescimento espiritual tb. Você conseguiu transmitir, pelo menos pra mim,  através dos relatos e fotos, uma energia toda especial que esse lugar possui.

Ahhh e vou fazer contato com o Roby...já adicionei ele no facebook, deve ser uma pessoa muito bacana.

Grande Abraço !!!

  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores
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Em 21/06/2018 em 12:26, isabella.marques disse:

Acompanhando e amando!! 

Estou querendo ir em janeiro, se o dólar e o preço das passagens deixar... rsrs

Seu outro relato me ajudou muito para a preparação do meu mochilão pra América do Sul e esse não será diferente!

Obrigada!!!! 

@isabella.marquesBoa, Isa!!! Pois é, esse dólar tá quebrando geral, mesmo. Cada ano só piora, tá foda. Mas vai dar tudo certo!!! Abraço!

  • Colaboradores
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Em 26/06/2018 em 21:55, domsatrian disse:

O monstro dos relatos, Rodrigo Alcure está de volta!!!!!! Yeahh. Aguardando ansiosamente os próximos capitulos desta historia incrível!! Muito obrigado por toda a sua contribuição para a comunidade mochileira !! abraços mano✌️😎

Graaaande @domsatrian, sempre presente. Eu que agradeço o apoio de sempre, meu camarada. Tamo junto!!!

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