Membros tempoamigo Postado Julho 17, 2006 Membros Postado Julho 17, 2006 Ae galera... Vamos reunir aqui as pérolas criadas por almas que com o encanto das letras transmitiram de alguma forma a liberdade mochileira ou qualquer outro sentimento de corações em conflito... Vale letra de músicas também. Caprichem!
Membros tempoamigo Postado Julho 17, 2006 Autor Membros Postado Julho 17, 2006 O mundo é grande Carlos Drummond de Andrade O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
Membros tempoamigo Postado Julho 17, 2006 Autor Membros Postado Julho 17, 2006 Tocando em frente Almir Sater e Renato Teixeira Ando devagar porque já tive pressa levo esse sorriso porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei.. Conhecer as manhas e as manhãs o sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir Penso que cumpri a vida seja simplesmente compreender a marcha ir tocando em frente como um velho boiadeiro levando a boiada eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou, estrada eu sou Conhecer as manhas e as manhãs o sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir Todo mundo ama um dia, todo mundo chora Um dia a gente chega em outro vai embora cada um de nós compõe a sua história cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz Conhecer as manhas e as manhãs o sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir Ando devagar porque já tive pressa levo esse sorriso porque já chorei demais cada um de nós compõe a sua história cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz
Membros tempoamigo Postado Julho 17, 2006 Autor Membros Postado Julho 17, 2006 As sem-razões do amor Carlos Drummond de Andrade Eu te amo porque te amo, Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.
Membros Pablo Rodilha Postado Setembro 7, 2007 Membros Postado Setembro 7, 2007 Uma parte do mundo é minha morada. a outra parte é meu quintal Zé Geraldo
Membros nando.peres Postado Maio 24, 2008 Membros Postado Maio 24, 2008 Morre Lentamente Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimeto de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade. Pablo Neruda
Membros Liviamuzzi Postado Maio 28, 2008 Membros Postado Maio 28, 2008 HOW DO YOU PLAN TO KEEP LEARNING , TRUSTING AND BELIEVING IN A WORLD THAT CHANGES AND CHALLENGES US ALL? See the world while it lasts . Technology is infectious . Every time an antenna is raised in a remote village , another local culture is extinct. No society is equipped to withstand the onslaught . Every satellite launched, every cable laid , the death of every elder, hastens the end of cultural diversity. If you are 20, it will disappear during your lifemtime. Forget about stopping it : you can’t. Instead , savor every chance you get to absorb a passing world, to experience as much as you can before it fade into a big version of anyplace. Each and every culture , no matter how small or remote , represents a vast body of experience – of wars and adventure and art , of medicines and music and hairstyles, of living with parents , living with nature, playing , dancing , kissing . Together these cultures are the culmination of millions of years of practice living on a precious , fragile planet. Go now. Go for the people, not for the weather. Go to learn. Pass along to your friends and later , your kids, the things you learned , wherever you went. Use the technology you have to record what you find . Take pictures, tape music and stories, make videos. And leave nothing behind. when you go back home , take things away in your head , not in your suitcase. COMO VOCÊ PLANEJA CONTINUAR ESTUDANDO, ACREDITANDO E CONFIANDO NUM MUNDO QUE DESAFIA A TODOS? Veja o mundo enquanto ele dura. A tecnologia é contagiosa. Cada vez que uma antena é erguida em uma vila remota, uma outra cultura local se extingue. Nenhuma sociedade é equipada para sobreviver a ofensivas externas. Todo satélite lançado, cada cabo instalado, a morte de cada ancião, determina o fim da diversidade cultura. Se você tem 20 anos, ela irá desaparecer durante a sua vida. Não tente interromper isto : você não pode. Ao invés, saboreie cada chance de absorver um mundo em passagem , de experimentar o quanto você conseguir antes que ele se transforme em uma grande imitação de qualquer lugar. Toda e qualquer cultura, não importa quão pequena ou remota, representa um vasto corpo de experiências – de guerras , aventuras e arte; de medicina, música e tipos de cabelo; de vida familiar, vida natural, jogos, danças, beijos. Juntas essas culturas são o resultado de milhões de anos de prática de vida em um precioso mas frágil planeta. Vá agora. Vá pelas pessoas, não pelo clima. Vá para aprender. Passe para seus amigos e, mais tarde, para seus filhos, as coisas que você aprender, aonde quer que você vá. Use a tecnologia que você tem para gravar o que você descobrir. Tire fotos, grave músicas e histórias, faça vídeos. E não deixe nada para trás. Quando você chegar em casa, traga tudo na sua mente, não na bagagem. AUTOR DESCONHECIDO - TRADUÇÃO LIVRE FEITA POR MIM...
Membros paula_la Postado Maio 30, 2008 Membros Postado Maio 30, 2008 Morre Lentamente Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.(...) Pablo Neruda OI! Entaum, quando li essa poesia – morre lentamente – achei lindo,me identifiquei mesmo. Daí comecei a pesquisar na internet pra saber onde encontrá-la e mais sobre o autor, pois foi atribuído a Neruda. Acabei parando num blog do Chile onde descobri que realmente não é do Neruda, e sim da Martha Medeiros (xooel.wordpress.com/2006/10/07/pablo-neruda-¿quien-muere/). O poema completo foi citado no programa Provocações da Tv cultura. Eu naum conheço as obras dela, e sei pouco do Neruda, mas vale parabenizar a versão que rola na net(pegou os melhores pontos do poema original...),pena que não se atribua corretamente a autoria, pois a maioria dos sites erroneamente atribuem ao Pablo Neruda. E falando nele, aí vai uma palhinha, no bom e velho ¡español! abçs-paula Alturas de Macchu Picchu, Pablo Neruda Sube a nacer conmigo, hermano... Dáme la mano desde la profunda zona de tu dolor diseminado. No volverás del fondo de las rocas. No volverás del tiempo subterráneo. No volverá tu voz endurecida. No volverán tus ojos taladrados. Mírame desde el fondo de la tierra, labrador, tejedor, pastor callado : domador de guanacos tutelares : aguador de las lágrimas andinas : joyero de los dedos machacados : agricultor temblando en la semilla : alfarero en tu greda derramado : traed a la copa de esta nueva vida vuestros viejos dolores enterrados. Tradução: Sobe a nascer comigo, irmão Dá-me a mão desde a profunda zona de tua dor disseminada. Não voltarás do fundo dos rochedos. Não voltarás do tempo subterrâneo. Não voltará tua voz endurecida. Não voltarão teus olhos perfurados. Olhe-me da profundez da terra, lavrador, tecelão, pastor calado: domador de lhamas tutelares: regador das lágrimas andinas: joalheiro dos dedos machucados: agricultor tremendo na semente: oleiro em tua argila derramado: trazei ao cálice desta nova vida as vossas velhas dores enterradas.
Membros nando.peres Postado Maio 31, 2008 Membros Postado Maio 31, 2008 Paula, obrigado pela correção... gosto de Neruda.. mas nunca pesquisei tão profundamente sobre... Isso me lembra que tenho que retomar minhas leituras... hehehehe Abraços!
Membros Mateiro50 Postado Junho 7, 2008 Membros Postado Junho 7, 2008 SABENÇAS (eu mesmo) Sei de um lugar onde à tardinha, já quase noite, vem um sabiá se despedir do dia, como um flautista mágico agradecendo o sol que vai se deitar. Sei também onde, no meio da mata, corre um regato que amanhece envolto em neblina, enquanto o curiango busca pouso pra dormir seu dia. Sei onde encontrar um pequenino lago cheio de lírios d’água que florescem na primavera e perfumam tudo ao redor. E sei que é ali que a jaçanã e a marreca criam seus filhotes. Sei onde os japins penduram seus ninhos, bem ao lado do vespeiro grande. Sei onde encontrar um rio bonito, que corre manso carregando histórias só dele conhecidas. E sei que lá eu posso ver os brilhos da lua e chorar minhas saudades, embalado pelo canto triste do urutau. Conheço um grotão fundo onde o inhambú canta o seu toque de alvorada, afugentando os últimos vagalumes teimosos. Sei de um lugar onde os lambaris vem beliscar meus pés, naquela horinha gostosa em que refresco os cansaços da marcha, debaixo de um ipê florido, qual jóia de ouro engastada no verde da mata. Sei muitas coisas e lugares. Eu simplesmente sei que sei. E isso me faz feliz.
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