Membros Este é um post popular. Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 22, 2018 Membros Este é um post popular. Postado Janeiro 22, 2018 Olá mochileiros! Este é meu segundo relato aqui no fórum. Depois de uma grande aventura pela América do sul de carro, chegou a vez de viajar de avião. Pela primeira vez fui a Europa e posso dizer que superou minhas expectativas. Inicialmente a minha ideia era apenas de conhecer a Itália. Não tenho descendência, mas sempre gostei deste país e foi o tiro mais certeiro que poderia fazer. Foi tudo praticamente lindo, perfeito e maravilhoso. Li muita coisa aqui no fórum que me ajudou muito. Sou professor, então meu período de férias é no mês de janeiro. Minha maior preocupação na viagem seria a chuva, que muitos diziam cair com abundância neste período nos países europeus. São Pedro, foi muito legal conosco, posso garantir isso a vocês. Cidades que conhecemos na Itália: Roma, Milano, Torino, Monza, Venezia, Bologna, Imola, Firenze e Pisa. Paris entrou na viagem meio que de intrometida, mas valeu muito a pena. Estávamos buscando um voo barato do Brasil a Itália e vice versa. Para a volta a passagem mais em conta que encontramos foi a partir de Paris. Então colocamos a cidade francesa em nosso roteiro. E quem não gostaria de conhecer Paris, né? Comprei as passagens ainda em abril pelo Decolar.com, sendo que na ida fomos em um voo da Latam saindo de São Paulo para fazer uma escala em Paris e logo pegar um voo da Vueling no dia seguinte para Roma (com troca de aeroporto). A volta seria feita pela Royal Air Maroc (que medoooo) de Paris, com escala em Casablanca (Marrocos) até São Paulo. As passagens de ida saíram R$2.350,00 para duas pessoas. Enquanto as passagens de volta saíram por R$2.100,00 para duas pessoas. Totalizando R$4.450,00 para nós dois. Nós dois no caso, eu e minha mulher, Niceia. Acredito que foi um bom preço, pois não estava achando preço menos que R$6.000,00 entre abril e junho. Passagens compradas, comecei a definir meu roteiro. A ida seria foi dia 30 de dezembro de 2017 e a volta dia 17 de janeiro de 2018. Como sou amante de esportes, meus passeios sempre tem algo ligado a ele. Entre os meus destinos, queria conhecer os autódromos de Ímola e Monza, além de conhecer o Juventus Stadium e assistir um jogo do campeonato italiano, que acabou sendo entre Milan x Crotone. Antes da viagem fui acompanhando o aumento do euro e sempre comprava um pouco da moeda. Fiz compras no valor de R$3,87, R$3,90, R$3,95 e lá pelo dia 20 de dezembro acabei pagando R$4,13 na moeda da UE. Em todo o relato vou colocar os preços em euro, OK? Para uma fácil conversão em real, a média em que paguei na moeda ficou nos R$4,00 por euro. Mas, uma dica. Esqueça que o quanto o real vale. Se não você ficará louco. Eles ganham em euros, por isso o preço parece ser tão absurdo de tudo. No relato também não colocarei o que gastamos em compras pessoais. Compramos blusas, camisetas, calças jeans, cachecóis, gorros. GENTE, não comprem as coisas no Brasil. Blusa de frio e acessórios para as mulheres, não compre aqui. Compre lá. São melhores, tem mais opções, as blusas são próprias para o frio e o preço? Na Itália uma maravilha! Em Paris estava mais caro as coisas. Compre tudo na Itália. Mas vale aquela perguntinha: você realmente precisa disso? Algumas curiosidades que não esperava sobre a Itália e italianos: Italianos amam cachorros e bicicletas. Italianas (e italianos em uma quantidade menor) fumam e fumam muito. Chega a irritar. Meninas de 13 anos, pareciam chaleiras. Muitos monumentos na Itália parecem que vivem em reformas. Atrapalha e muita a paisagem, as fotos. E parece que são obras intermináveis. Os trens não atrasam como li muito por aqui. Nem os regionais. Peguei mais de 10 trens e apenas um atrasou (Milano a Torino). Italianos são muito receptivos. No norte da Itália, em hotéis, comercio e monumentos o inglês é falado com muita frequência. Não esperava isso. O transito é caótico em Roma Com exceção de Torino que o metro é novo (acredito que foi feito para as Olimpíadas de Inverno de 2006) os vagões são mais velhos que os de SP ou Rio. Mas são muito eficientes e tem a toda hora. Na Itália se vê muitos carros da Fiat (claro) e Ford. É normal ver um Masseratti nas ruas das cidades maiores. Os italianos italianas são muito, mas muito elegantes. Se vestem muito bem. Sexta, 29 de dezembro de 2017. Eu moro no Paraná, então a minha viagem começa antes e termina depois destes dias citados da compra das passagens aéreas. Não encontrei bons preços do Paraná para SP, então acabamos indo de ônibus para São Paulo. Chegamos um dia antes do voo para a Europa e ficamos hospedados no Hotel Íbis Styles da Barra Funda, bem perto do terminal da Barra Funda. Conhecemos um pouco da região da Barra Funda, passamos próximo ao Allianz Parque, fomos no hotel Bourbon e também em uma loja da Decathlon ali perto, na marginal tiete. Ônibus da Viação Garcia - Cabine cama: Tudo de bom! Parece executiva no avião. Gastos do dia R$198,00 – Passagens Londrina/SP – viação Garcia. R$120,00 – Alimentação R$177,00 – Íbis Styles Barra Funda R$9,00 – Uber. Total do dia: R$504,00. Sábado, 30 de dezembro de 2017. Depois de sete meses de espera de quando compramos as passagens e organizando a viagem, finalmente chegou o dia mais esperado de todos. Já era nosso 10º dia de férias, no entanto como teve Natal e a organização das malas. Passou rapidinhos essa fase pré viagem. Levamos três malas. Duas de mão e uma grande para despacho. Inicialmente, essa mala grande a ser despachada era para trazer vinhos. Claro que ela já foi com varias coisas, tripé (quase inútil), tênis, sapato (inútil), blusas e algumas guloseimas. Como sou cliente Accor Hotels (aconselho muito a todos serem, é de graça mesmo) pude fazer o later chek-out, então saímos do hotel próximo das 17h00 (horário limite para deixar o hotel) e pegamos um Uber até Guarulhos. Chegamos e logo despachamos a mala e já fomos para a sala de embarque. Passamos pela polícia e tudo mais. Só esperando o voo JJ8108 da Latam. O apertadíssimo B777 da Latam. Exatamente uma hora antes do voo começou o procedimento de embarque, às 21h35. Entramos no B777 e partimos rumo a Europa. Gastos do dia: R$45,00 – Alimentação R$58,00 – Uber. Total: R$103,00. Domingo, 31 de dezembro de 2017. Andei poucas vezes de avião no Brasil, mais ou menos uns 4 ou 5 destinos. Sempre voos de no máximo duas horas. Já imaginava que seria um porre o voo. Mas não esperava que seria tanto. Este avião B777 é uma das piores aeronaves que já voei, certamente a pior. Imagine ficar nesta posição por quase 12 horas. Felizmente, a pessoa que sentaria ao nosso lado não foi. Então tínhamos 3 assentos para duas pessoas. É de se comemorar muito. Os comissários da Latam foram legais, mas você sente um arzinho de superioridade neles. Chegamos em Paris exatamente as 12h50 como o programado. Um adendo aqui: quando comprei as passagens tinha a decolar deu a opção de realizar a continuação do voo para Roma no mesmo dia, as 21h30 (horário de Paris), mas como eu estava morrendo de medo de não dar tempo, preferi ir no outro dia cedinho, as 06h20 para Roma. Um erro gigantesco que cometi. Mas repito, a minha inexperiência causou isso. Eu pensava que 9 horas não era o suficiente para fazer a troca de aeroporto e tal. Tinha que ir do Charles de Gaulle para Orly. Fiz este trajeto em pouco menos de 3 horas, somando o tempo desde que o avião pousou, passando pela imigração (super tranquila, só pediram a passagem de volta, nem seguro, nem valor, nem comprovante de hotéis ou passeios, apenas o bilhete de volta) e depois para pegar as bagagens, que demorou um pouco. Inicialmente eu iria do CDG para Orly com um transfer do França entre amigos na casa dos 80 euros, mas li sobre o Le Bus Direct no conexão Paris, então resolvi arriscar, já que teria tempo caso desse algo errado. Paguei metade do valor do transfer no Le Bus Direct. Em Orly, às 4 da manhã esperando o busão que liga os terminais sud e ouest. Ficamos hospedados no Íbis Budget Orly (com atendimento em espanhol, inglês e francês, claro), ao lado do aeroporto de Orly no terminal Sud. Fizemos o check-in próximo das 15h30. Estávamos a praticamente 24 horas sem tomar banho. Então la se foi a primeira ducha em solo europeu. Nesse finalzinho de tarde começou a chuviscar, nada demais. Um friozinho de 5º, bem diferente dos 35º que estava no norte do Paraná. Eu queria saber onde era a Vueling no terminal Ouest em Orly, então, fomos em busca de desbravar o aeroporto. Entre 03:30 e 23h35 tem um ônibus que liga os dois terminais: sud e ouest. O ônibus é gratuito e faz cinco paradas entre um terminal e outro, pois ele vai parando nos estacionamentos ao longo dos terminais. Voltamos para o hotel próximo das 20h00 e fomos jantar no Íbis Orly, vizinho ao Íbis que estávamos, pois lá não tinha jantar. Por recomendação do Adriano aqui do mochileiros.com eu fiz essa reserva no hotel para poder dormir antes da viagem de fato se iniciar, pois no voo como muitos dizem e pude comprovar, é quase impossível dormir. Você tira cochilos, mas sono de qualidade esquece. Criança gritando, gente se esbarrando, servido de bordo, turbulências... sem chance dormir. Claro que a ansiedade aliada ao fuso horário e a virada de ano, foi difícil dormir. Mas foi possível repousar o corpo. Gastos do dia: €42,00 – Le Bus Direct (CDG – Orly) – Cartão de crédito. €29,00 – Jantar no Íbis Orly – Dinheiro €46,58 – Íbis Budget Orly Airport – Comprado no Brasil. Total: €117,58. Segunda, 01 de janeiro de 2018. Dia 1 Após tanta espera, vamos a Roma! Claro que sem um perrengue não poderia faltar. Comprei as passagens todas com duas bagagens despachadas de 32 kg por passageiros. Eu já sentia que teria problemas com isso, então no mês de outubro do ano passado enviei emails para o decolar.com sobre isso: o voo da Latam e depois a continuação com a Vueling. A resposta que tive do decolar.com naquela época é de que caso acontecesse qualquer coisa guardasse os comprovantes. Pois bem, aconteceu. Eles afirmaram que não tinha direito a mala despachada pois minha tarifa era a basic e tals que não dá direito a bagagem despachada: resultado? Paguei €40 para despachar uma mala. Lei de Newton? Sempre tem um pior né? Pois é, uma mãe e filha brasileira compraram a mesma passagem que eu, mas elas tinha 4 malas a serem despachada... multipliquem os €40 x 4... Mas, é claro que isso não me tirou nenhum pouco do sério, pois eu tinha todos os emails salvos do decolar.com, além dos comprovantes da venda deles e do pagamento que fiz lá na hora. Deixa isso pra depois, por bem ou por mal, eu recupero isso. Na pior das hipóteses na justiça ganho fácil. O avião decolou exatamente as 06h20 e chegamos as 08h15 em Fiumicino. Loja da Vodafone em Fiumicino Meus planos eram pegar as malas e partir rumo ao centro para aproveitar cada momento em Roma, pois eu teria menos 75 horas na cidade. Errei feio no planejamento nesta parte. Roma merece no mínimo 5 dias. NUNCA vá para ROMA e fique menos de 5 dias. É sério. Se você não ficar pelo menos 5 dias, vai ter que voltar lá. E eu farei isso com certeza. É tudo de bom Roma. Comprei o RomaPass pela internet no inicio de dezembro e escolhi tirá-lo no aeroporto para não perder tanto tempo. Segundo perrengue do dia. As 9 da manhã já estávamos com tudo nas mãos, prontos para ir ao centro. Fomos pegar o RomaPass e uma maldita plaquinha na porta do escritório deles: Giorno 1/1 a partire le 11:00. FDP! Perdemos duas horas em Roma. Logo em Roma? Onde já seria corrido. Eu com medo de não poder tirar no centro da cidade por ter escolhido ali, não queria ir. Perguntei para as pessoas (com meu super italiano) mas ninguém sabia de nada. Só ali mesmo. Resolvi esperar então né. Do que correr o risco de ter que voltar ali. Enquanto isso comemos nosso primeiro corneto italiano. O tempo não passava. Próximo do café tinha uma loja da Tim e uma da Vodafone. Tim eu não queria nem pintado de ouro, pois ela me deixa na mão todo instante aqui no Paraná. Pois bem, pensava que gastaria uns 30 euros no chip. Saiu por €55. A sensação de ser assaltado foi instantânea 3 coisas inesperadas em menos de 3 horas: a mala despachada paga, esperar o RomaPass e o valor do chip. Sabe quando você pensa “Putz, vai dar tudo errado nessa viagem!”? pois bem, pensei isso. Mas, felizmente os problemas ficaram por aí. Aí quando cheguei fazia aquela conta maldita de multiplicar um euro por 4 reais e pensava toda hora em quanto esse chip custou... faça as contas. É de doer o bolso, a alma, o coração. Mas eu sabia que seria necessário. E foi. Este plano da Vodafone era de 30GB para 28 dias. Nesses €55 entrava o chip (físico), o plano de 30GB e a ativação do chip. No aeroporto tinha wifi grátis. Pois bem. O tempo passava lentamente e depois abriu o escritório para retirar o RomaPass, logo encontrei os primeiros brasileiros ali. Nosso RomaPass era de 72 horas. ROMA, prima fermata! Contrariando muitos, eu optei por não ficar no centro da cidade. Confesso que estava com medo. Mas arrisquei e fiz um golaço modéstia a parte. Chegamos no hotel próximo das 13h00. Não peguei o Leonardo Express. Peguei o trem para Tiburtina que era mais em conta e o hotel ficava próximo da estação Tiburtina. Como era dia primeiro e feriado, já imaginava que tudo estaria fechado. Levamos as guloseimas e as detonamos. Só foi tomar um banho rapidão e cair fora para aproveitar Roma. Hotel Delle Province - Pensa em um atendimento e um café da manhã maravilhoso! Bairro do Hotel A distancia do metro ao hotel era de 600 metros – estação Bologna. Mais três estações estávamos em Termini. Logo fizemos a baldeação para outra linha e saímos no metro Republica. Aí sim começamos a andar a pé. Os primeiros quilômetros de centenas nesta viagem. Sim, centenas. Acredito que a média a pé nossa em km era superior a 10 por dia. Tinha um pequeno roteiro que não consegui seguir e “começamos a nos perder” nas maravilhosas ruas e becos de Roma. A cada esquina uma surpresa. A alegria por estar lá era gigante. Sol e garoa ao mesmo tempo. Estava friozinho, mas fazia calor de tanta emoção por estar na cidade eterna. Primeira foto em Roma com nossa máquina fotográfica: Piazza Repubblica. Da piazza Repubblica fomos em direção a piazza Barberini e logo depois ao monumento colona de Marco Aurelio. Estávamos bem pertinho da Fontana de Trevi e levamos um susto com a quantidade de gente. Por ser baixa temporada e feriado do dia primeiro, sabia que teria muita gente, mas não tanta. Entramos em algumas igrejas próximas e fomos em direção a piazza di Spagna. Começou a chuviscar e surgiram vendedores de guarda chuvas de todos os lados. Fontana di Trevi lotada! Andamos e andamos mais, a fome bateu. Não tínhamos almoçado, só comido as guloseimas. Vimos vários cardápios do lado de fora, mas resolvemos parar no restaurant pizzeria Cesar. Ficava há duas quadras do Vitorio Emanuelle, mas nessa altura eu já estava andando de qualquer jeito e deixei Google maps de lado. Logo no primeiro dia, o meu prato não poderia ser outro: pizza. Ristorante e pizzeria Cesar: Primeira refeição em pra valer em solo italiano. Já passava das 21h00. Estávamos meio que perdidos mesmo sem o maps, então, utilizei o maps para chegar ao metro e ir ao hotel. Quando vimos que o Coliseu estava perto, não tivemos duvidas. Fomos para lá. Quando saímos da estação do Coliseu, vimos a quantidade de gente que tinha na rua. Parecia altíssima temporada. Todo mundo tirando fotos e na rua que levava até o monumento Vittorio Emanuelle. Depois de uns 30 minutos tirando fotos e admirando o Coliseu fomos ao Vitorio. Lá mais um tempo deste. Voltamos pela mesma rua e pegamos o metro na frente do Coliseu para ir ao nosso hotel, a estação Bologna era da mesma linha do Coliseu. Então, chegamos no hotel as 23h30. Coliseu a noite. Monumento a Vitorio Emanuelle. Cheguei no hotel, estava bem cansado mas ainda deu tempo de fazer aquela reclamação no reclameaqui.com sobre o decolar.com, vueling e Latam. Gastos do dia: €40,00 – Despacho de bagagem Vueling Airlines – Dinheiro. €77,00 – RomaPass – Comprado no Brasil. €55,00 – Chip Vodafone – Dinheiro. €16,00 – Trenitalia (Fiumicino – Tiburtina) – Dinheiro. €213,00 - Hospedagem - (com o sogiorno €36) € 5,00 – Lanche/Água – Dinheiro. €30,50 – Jantar – Dinheiro. € 5,00 – Água/Salgadinho – Dinheiro. Total: €441,50 Terça-feira, 02 de janeiro de 2018. Dia 2 Acordamos bem cedo, tipo 06h30. Fomos surpreendidos com a qualidade excepcional do café da manhã do Hotel Delle Province. Vou deixar as fotos falarem por si. Nossa primeira parada era o Coliseu novamente. Mas agora, entrando nele. Não apenas fotos pelo lado de fora. A fila para quem não comprou o ingresso era grande, não gigante. Grande apenas. Nós, que tínhamos o RomaPass passávamos direto, não demorou nem 5 minutos para estar na frente do coliseu e já estar lá dentro, passando por todas as revistas, validar o ticket, essas coisas. Falar sobre o coliseu não é necessário. Fomos abençoados com um dia maravilhoso e as fotos ficaram legais. Nenhuma nuvem no céu. Ótimo dia para visitar o Coliseu. O famoso Arco de Constantino nos arredores do Coliseu. Do coliseu para o Palatino e Forum Romano. Chegamos as 08h30 no primeiro destino e saímos as 12h00. Andamos feito loucos por tudo que é lado. E ainda acredito que não fomos em todos os cantinhos. Mas andamos sem parar no Forum Romano. Determinado momento o chip do celular não funcionava mais porque recebi mensagens que estava sem crédito. Eu ainda estava puto com o valor que paguei no chip (funcionando e tal), imagina sem funcionar. Estava muito de cara. Depois dali, saímos próximo ao monumento Vitorio Emanuelle. Entramos lá e ficamos mais algum tempo, fotos vai e vem. E eu louco querendo ter o Google maps e internet para se localizar e otimizar o tempo né. Afinal, deixei poucos dias para Roma. Dali, saímos em direção a Via del Corso e logo nos primeiros 200 metros encontrei uma loja da Vodafone. Entrei e gastei todo meu italiano. O rapaz ficou uns 10 minutos mexendo e já estava nervoso também, afinal, não ia ganhar nada e estava perdendo tempo. Até que ele achou as configurações e mudou umas coisas da Tim Brasil para a Vodafone Itália. Internet funcionando a todo vapor. Continuamos na rua com as lojas de grifes e outras com preços bons e já fizemos as primeiras compras. O frio também exigia isso. Embora a tarde, estava na casa dos 14º C. a noite viria o frio com tudo. Vista de 180º do fórum romano. No final da via del Corso demos de cara com a piazza del popolo. Olhamos a entrada da Villa Borghese. Ainda tínhamos uma atração do RomaPass a usar, pois só tínhamos ido no Coliseu. Como a Galleria Borghese necessiatva ade ligar para reserva, estávamos em duvida no Musei Capitollino ou Galleria Borghesse no outro dia. Mas como tínhamos o Vaticano no dia seguinte, iria ficar pesado duas atrações parecidas. Pensamos no Capitollino. A fome batia, mas a vontade de bater perna era maior, até que indo em direção a piazza Navona, resolvemos almoçar, isso lá pelas 15h00. Piazza di Spagna. Bastante escadarias. Depois de almoçar, estávamos bem próximos da Piazza Navona e do Pantheon, fomos na praça primeiro. Lá tinha bastante pessoas e estava bem movimentado. Algumas fotos depois, fomos ao Pantheon, onde tinha mais gente. Começava a esfriar bem e a luz solar ameaçava ir embora. Já eram quase 17h. resolvemos andar mais e fomos em direção a corte suprema e a ponte Umberto I. de lá, resolvemos andar pelo parque Adriano. Já era mais ou menos umas 17h30 e avistamos o de Sant’Angelo e vi que poderia entrar com o RomaPass. Pensei e falei para a Niceia, vamos? Vai ser diferente! E foi. La na hora eram 12 euros para entrar se não me engano. No Castel Sant'Angelo - com vista para a cidade/Basílica de San Pietro. O passeio no Castelo durou mais ou menos uns 70 minutos. É escada pra caramba e boas rampas, mas também sobe até o topo dele. Valeu a pena porque tínhamos o RomaPass. Se não, não teríamos entrado. A atração fecha as 19h30. Saímos de lá próximo das 19h. Iríamos jantar no McDonald’s, pois ainda estávamos um pouco cheio do almoço. Sempre levamos na bolsa, o salgadinho San Marco, uma espécie de Elma Chips deles lá. O de batata com sabor de extrato de tomate é o melhor. Mas os McDonalds é tudo automatizado e só no cartão de crédito, não estava afim de usá-lo e pagar IOF. Voltamos pela Fontana de Trevi (mais uma vez) e lotada só para variar. Compramos nosso primeiro gelato na Itália na sorveteria Melograno, o melhor sorvete que encontramos em Roma. Minha mulher disse que foi o melhor da Itália. Eu ainda fico com da sorveteria Venchi. Não jantamos. Fomos embora e compramos um vinho na frente do nosso hotel, com salames e queijos. Estávamos comendo às 21h mais ou menos. Dormimos às 23h. Gastos do dia: €30,50 – Almoço – Dinheiro. €10,00 – Sorvete – Dinheiro. €11,00 – Mercado – Dinheiro. Total: €51,50 Quarta-feira, 03 de janeiro de 2018. Dia 3 Neste dia acordamos as 06h30 mais uma vez. Dia de conhecer o Vaticano. Depois do belíssimo café do Hotel Delle Province (insisto em falar, muito bom, quase um almoço) pegamos o metro e após fazer a troca da linha B (azul) pela linha A (vermelha) descemos na estação Ottaviano, até o momento estava calmo. De repente começou a brotar gente em direção ao Vaticano. Nem precisava olhar o Google maps, era só seguir o fluxo e os chineses. A fila no Vaticano era imensa. Nosso bilhete era o da visitação das 9h00. Chegamos lá 08h50. Em cima da hora. Quase ninguém na fila de quem comprou pela internet. Pagamos 4 euros a mais por pessoa para furar fila e mais 7 euros no áudio guia. NUNCA, nunquinha e em hipótese alguma você deve comprar os áudio guias, a não ser que você seja fanático pelas informações. Se você for apertar todos os códigos das obras, você sairá do museu só na outra semana. Jogamos 14 euros fora nesses áudio guias. Escutamos umas 10 coisas e olhe lá. Além de carregar no pescoço. Não sou católico, nem evangélico e de nenhuma outra religião. Acredito em Deus. Resolvi ir ao vaticano, pois é um passeio clichê e com familiares religiosos, já viram né. Tem obras lindíssimas e tal. A capela sistina não é nada outro planeta. Se você não faz questão de passar por lá, não vá. Mas, é aquela, foi em Roma e não foi no Vaticano. Eu sabia que seria meio xarope, mas não sabia que seria tanto. Fila do lado de fora do Vaticano para comprar ingressos. Compre pela internet e não se arrependerá? Dentro do Vaticano lugarzinho especial que o Papa Francisco fez. Adorei! Ficamos lá das 09h00 até as 11h00. Eu sinceramente não aguentava mais. Minha mulher e eu estávamos cansados e ela queria comprar um casado, pois iria começar os “Saldi” no dia seguinte. Queríamos conhecer a Basilica de San Pietro, mas havia uma fila monstruosa em caracol. Deveria ter no mínimo umas 2 mil pessoas naquela fila que fazia a volta naquele famoso e grande circulo do pátio do Vaticano onde são celebradas as missas. Tiramos umas fotos e fomos embora. Neste local, foi onde mais vimos pessoas pedindo esmolas e ajudas em Roma. Mas nada de pessoas chatas ou mal encaradas. Saímos de lá e fomos para o hotel, descansar um pouco. Acredite, anda e anda muito lá dentro Vaticano. Calculo que percorremos uns 2km lá dentro em corredores, escadas e jardins. Mais 3,5km do Vaticano até a estação Barberini. E mais uns 600 metros do metro até o hotel. Pode por 6km só na parte da manhã. Aí, conhecemos de vez a via del Corso. A Zara, a Kiko, Celio, Alcott. Lojas excelentes e com preços melhores ainda. Compramos casacos que não tem no Brasil. Cachecóis e outras coisas. Lá se foram euros que levamos separados do valor da viagem. Chegamos no hotel as 14h. logo saímos para almoçar e conhecer a vizinha do bairro do hotel. Já era tarde, mais ou menos 15h. Algumas coisas fechando, quando passamos em frente uma portinha, chamado Il Tunel ristorante e pizzeria. Pensa em um lugar massa e deve ser bem tradicional e bem a cara de Roma fora do centro. Muito legal, atendimento mil. Nos ajudaram a escolher o vinho. Todos que trabalhavam no local eram mais velhos, e tinha duas pessoas que devem bater o ponto lá todos os dias comendo, pois estavam no maior dos papos. Ristorante e pizzeria Il Tunel: lasagna bolognesa e spaghetti carbonara. Saímos dali e tínhamos duas missões ainda. Ir no Pantheon, pois no dia anterior estava lotado e também tirar fotos legais em Trevi, mas na Fontana sempre lotado. Minha mulher queria porque queria tirar fotos lá, então, ela armou o plano de acordarmos 5 da manhã na quinta, para ir a Fontana la pelas 6h, voltar ao hotel e ainda tomar café. Pantheon. Gratuidade está acabando. Conseguimos a Trevi só para nós! Também né, acordando as 5 da manhã (quinta pela manhã). Fomos ao Pantheon e claro, andar, andar, andar... Não sei se era por estar a noite, mas esperava um pouco mais do Pantheon. Vale lembrar que a partir de maio, será cobrado uma taxa de 2 euros para entrar no Pantheon. Até lá, é gratuito. Andamos mais um pouco e não jantamos de novo, apenas o sorvete. Comemos no hotel, pois tínhamos muitas coisas ainda a comer. Mas, sem vinho esta noite. Gastos do dia: €56,00 – Vaticano – Comprado no Brasil. €27,50 – Almoço – Dinheiro. €10,00 – Sorvete – Dinheiro. Total: €93,50. 1 12 Citar
Membros D FABIANO Postado Janeiro 23, 2018 Membros Postado Janeiro 23, 2018 É verdade que Roma se fala várias línguas, mas no resto do pais sobretudo Napoli,apenas italiano? Esse ingresso de 56 euros no Vaticano dá direito a visitar o que? Como é esse Roma Pass?Comprando pela net não tem que ser roubado no IOF? Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 24, 2018 Autor Membros Postado Janeiro 24, 2018 @D FABIANO 1 - Não fui a Napoles, Fabiano. Sempre ouvi que o sul é menos desenvolvido e tal e que se fala menos inglês. Mas, acredito que comércio (lojas importantes. Importantes, não apenas caras), atrações e estações ferroviarias falam inglês sim. 2 - Esse ingresso do Vaticano de € 28 por pessoa deu direito a ter prioridade na entrada e áudio guia. 3 - RomaPass tem 48 horas ( € 28,50) e 72 horas ( € 38,50). Optamos pelo de 72 horas já que ele te oferece 72 horas de transporte público "gratuito" por 3 dias e mais 2 atrações inclusas, no caso as nossas foram o Coliseu e o Castelo Sant'Angelo. Só de ingressos cada um gastaria € 28. Não perdemos nenhum minuto em nenhuma das duas atrações. Além disso, o RomaPass te dá desconto para entrar em todos os museus de Roma. Eu acredito que vale e valeu muito a pena para nós. Já vi pessoas dizendo que não vale a pena. Penso que vai de cada um. 2 Citar
Colaboradores hlirajunior Postado Janeiro 25, 2018 Colaboradores Postado Janeiro 25, 2018 Muito bom Jackson, acompanhando o relato aqui e anotando dicas hehe. abraço 1 Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 25, 2018 Autor Membros Postado Janeiro 25, 2018 Quinta-feira, 04 de janeiro de 2018. Milano! Quanto sei elegante? Conforme no final do relato de Roma, fomos a Trevi, tiramos fotos e voltamos para o hotel em torno das 08h00 da manhã. Ficamos uma hora lá no café, porque nosso trem seria apenas as 12h20. Fomos para o quarto, arrumamos as coisas e check-out feito, fomos a Termini. Fizemos varias trocas de metros na estação Termini nestes três dias, no entanto, não fomos nenhuma vez para a área dos trens. Então fomos um pouco mais cedo. Chegamos na estação próximo das 10h00 e ficamos esperando, esperando, esperando...esperando mais. Detalhe, no chão. Percebi que na Itália nas grandes cidade não tem bancos nas estações, acho que justamente para diminuir o fluxo de pessoa. É muito fácil pegar os trens na Itália. Foi minha primeira experiência. Iria de Roma a Milão, no entanto, o trem que pegaria seria de Nápoles a Torino. Então, importante olhar o número do trem, não o destino final. No telão, não dizia que meu trem iria para Milano e sim Torino. Binários são as plataformas, como eles as chamam lá. Termini tem se não me engano 24 binários e 5 portões para entrar. No telão também aparece em qual portão você tem que entrar. Geralmente eles dividem tipo: Portão A (binário 1 a 5), Portão B (binário 6 a 10)... Milano Centrale: painel com o horário dos trens. Os trens de viagens distantes costumam ser bem cheios e também os usuários levam muitas malas. Estávamos com três malas. As duas de “mão” colocamos sobre nossa cabeça no “bagageiro”, mas a grandona colocamos em um lugar especifico no fundo do nosso vagão. A toda hora passa avisos na TV do trem para cuidar da sua bagagem que eles não se responsabilizam por roubos. Então, fique de olho e seja esperto: entre rápido no trem para encontrar lugar com espaço para colocar bagagens grandes. Teve gente que entrou e não encontrou lugar, ficou pelo meio do corredor mesmo. Ai quando passava o serviço de bordo, era um transtorno. Estação Milano Centrale. Como disse na introdução deste tópico, os trens não atrasam. Um ou outro que aparecia no painel alguns poucos minutos de atrasos de 5 ou 10, no máximo. A viagem de trem foi fantástica. Nada a reclamar. De Roma a Milano paramos em Firenze e Bologna para descer e subir gente. O trem saiu exatamente as 12h20 como estava no bilhete (como compramos pela internet não foi preciso covalidar as passagens, caso comprasse lá na hora, mesmo no guichê oficial da Trenitalia, seria preciso). As 15h40 chegamos a Milano Centrale, esta com certeza a estação de trem mais bonita que vi em toda a Itália. Em Roma estava um friozinho gostoso. Um frio como se faz em Ponta Grossa/PR (cidade na qual moro e trabalho) durante o inverno. Em Milano, a história era outra. O frio era outro! Próximo das 16h estava 5º C, não tinha sol. Estação Milano Centrale. Nosso hotel seria o Íbis Milano Centro. Os recepcionistas falam francês, inglês, alemão, espanhol, chinês e italiano, claro! O português? Sem chance, mas mistura-se italiano com inglês com espanhol e tudo se resolve. Da Milano Centrale até este Íbis, são mais ou menos 12 minutos de caminhada com malas. Descansamos um pouco e logo saímos. Percebi que ali na região central existem muitos “tran” (bondinho) que circulam junto com os carros nas ruas. O belo Duomo di Milano. Como Milano não tem muitos pontos turísticos fomos direto ao Duomo, assim conheceríamos as ruas da cidade e a principal atração da cidade. Os milaneses são realmente o povo mais elegante da Itália. As pessoas se vestem muito bem. O frio estava pegando. No caminho vimos um acidente entre um bondinho e um carro que faz transfer para um hotel. Passamos por um parque e por avenidas com grandes lojas. Chegando próximo ao Duomo tinha muito movimento nas ruas, mas nada comparada a Roma. Galeria Vittorio Emanuelle II Antes do Duomo, avistamos o quadrilátero história da Galeria Vittorio Emanuelle. Entramos e só olhamos, claro. Qualquer coisa ali era próximo dos 2 mil euros. Bolsas da Louis Vuitton, camisetas caríssimas da Ferrari, Prada, enfim. Tinha alguns restaurantes ali com preços acessíveis, nada de assustador. Poderíamos ter comido ali mesmo, mas queríamos ver o Duomo e fomos na piazza del Duomo. Ficamos ali alguns minutos admirando o belo monumento. Jantamos com vista da lateral do Duomo em uma das muitas calçadas cobertas por ali, como se fosse uma galeria. Há muito o que comer neste canto de Milão, quase tudo massa, lógico. Jantinha: Pasta! Encontramos um Carrefour Express por perto para comprar água. Uma coisa que esqueci de falar sobre Roma. Em nenhuma fonte bebemos água das bicas. Em Milano também não e em canto nenhum. Eu sinceramente senti um gosto ruim das fontes. Bebemos água das garrafas normal. Comprávamos no mercado todos os dias água de 1,5 ou 2 litros. Custava em média de trinta a sessenta centavos. Modernidade em Milano. Como fomos a pé, voltamos? A pé também. Fomos conhecendo a cidade mesmo. Quanto mais andávamos pela Itália, mais no sentíamos seguros. Não encontrávamos pessoas de cara feia pedindo ou querendo seguir. A sensação de segurança era incrível. Não tinha hora. Observamos policiais em todos os cantos e sempre perto dos monumentos históricos o exército estava presente. Ainda no clima de Natal! Ah, vale um ressalva que nesta hospedagem que tive no Íbis em Milano, eu utilizei 6000 pontos Accor Hotels Le Club. Então, consegui 120 euros de desconto. A cada 2 mil pontos, você consegue 40 euros em desconto. Loja da Ferraro no quadrilátero histórico de MIlano. €213,00 Hotel Delle Province – Dinheiro. €79,80 – Trenitalia: Roma à Milão – Comprado no Brasil. €133,20* – Hotel Íbis Milano Centro – Comprado no Brasil (*Pontos Accor Hotels) €34,00 – Jantar – Dinheiro. €3,50 – Carrefour Express – Dinheiro. .Total: €463,50 3 Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 25, 2018 Autor Membros Postado Janeiro 25, 2018 Sexta-feira, 05 de janeiro de 2018. Torino, che freddo! Dia de acordar cedo em Milano. Depois de saborear o ótimo café da manhã do hotel Íbis Milano Centro e encontrar vários brasileiros neste local, fomos rapidinho a Milano Centrale, pois nosso trem era para Torino às 07h40. Chegamos com apenas 10 minutos de antecipação na Milano Centrale, mesmo sendo grande, não é a loucura que é Roma Termini. Lembra que disse que apenas uma vez o trem atrasou em nossa viagem? Pois bem, foi nesse trajeto Milano/Torino. O trem saiu as 07h55. Este trem faria a mesma rota da nossa viagem. Já estava lá no binário parado. Não entendi o porque da demora. Mas enfim, fomos. A viagem até Torino tem duração de 1h50. Como o trem atrasou, no meio do caminho o maquinista ganhou um pouco de tempo acelerando mais o trem. Chegamos apenas 5 minuto atrasados e paramos na estação Porta Sussa, segunda estação de trem mais importante de Torino. A maior e mais importante é a estação Porta Nuova. Chiesa di Santa Cristina e San Carlo Borromeo Se em Milano estava frio, em Torino estava bem pior. Com certeza o lugar mais frio de toda nossa viagem pela Europa. Chegamos lá com 3º C e a noite fomos embora com praticamente zero graus, mas a sensação termina era de menos, pois estava impossível ficar sem gorro na rua. Nos lugares internos, estava tranquilo. Frio pra caramba em Torino. Na Itália ainda existem muitos postos da Esso. No Brasil todos viraram Shell/Cosan. Tínhamos nossa agenda cheia em Torino, infelizmente não pudemos conhecer quase nada da cidade. Vi pela internet vários lugares legais para se visitar. Mas ficar fora (na rua) também seria difícil com tanto frio. Nosso primeiro destino seria o Allianz Stadium, bem ao norte da cidade. Ainda na estação Porta Sussa, compramos o bilhete integrado para turista de 24 horas por cinco euros. Podíamos andar de metro, ônibus e tran. Realmente achei bom o preço de transporte tanto em Milano quanto em Torino. E usamos esse bilhete heim! A primeira vez que usamos foi lá na estação mesmo onde passa o metro e fomos até a estação Masaua. De lá, entramos na circular 72 que nos deixou uma esquina antes do grandioso estádio da Juventus. Tivemos que dar a volta em torno de todo o estádio para entrar. Já era mais ou menos 10 da manhã. Perdemos um pouco de tempo esperando o ônibus e para fazer o tour no estádio, que seria as 12h00. Antes do tour, visitamos o museu da vecchia signora. Para quem ama muito futebol como eu, foi super legal. O estádio que vejo todo domingo na ESPN e Fox Sports, lá estava eu. Dentro dele. O moderno e belo Allianz Stadium Inevitável não mostrar esse escudo aos italianos né! The Champiooonnnsssss! O tour poderia ser todo inglês, mas falei para o guia que eu compreendi ao italiano melhor (e é verdade mesmo). O tour também demorou pra caramba, foi uma hora exata. Passamos por vestiários, sala de imprensa, fisioterapia, camarotes Vips, e claro o campo (não podendo pisar na grama). Quando saímos do estádio, caia uma fraca garoa que ajudava a congelar mais ainda. Por sorte eu estava com um meião de futebol (desses de jogar mesmo) e uma meia sobre ele, como faço quando jogo. Minhas pernas estavam bem aquecidas. Saímos do estádio e logo pegamos a mesma circular 72 para a estação Massaua. Entramos no metro novamente e fomos ao centro comer. Já eram 14h30 quando almoçamos. Almocinho simples e fraco, pedaço de pizza. Não podíamos perder tempo. As 18h40 nossa passagem de retorno a Milano estava em mãos, não podíamos perder. Entramos no metro e fomos até o Museo dell’automobile di Torino. Realmente seria um tiro no escuro. Tinha visto pela internet sobre o museu e vi que tinham carros de Fórmula 1. Isso me interessava. O que eu não sabia, é que minha mulher e eu estávamos a beira de entrar em um dos museus mais legais de toda a viagem. Algumas das Ferraris no museu do automóvel de Torino, mas tinha muito mais F1... ...como esta Lotus do Ayrton Senna da inesquecível primeira vitória dele em 1985. O museu é interativo, tem carros de todas as épocas e de todos os tipos. A visita não é guiada. Você pode ficar o tempo que desejar lá dentro. Todas as salas são contextualizadas com época e fatos, não se tem apenas o carro lá parado. Estava morrendo de medo da Niceia não gostar, mas ela adorou. Palazzo Madama. O museu fica na última (ou seria primeira?) estação de metro, Lingotto. Mais ou menos uns 8 minutos da estação Porta Nuova. O metro de Torino é novinho, curto e pequeno. Não é como esses metros de São Paulo, Rio, Roma, Paris que cabem varias pessoas. São pequenas, poucos vagões e cabe poucas pessoas sentadas. Eles são estreitos. Você não vê os trilhos, pois tem uma espécie de portas que te impedem de ter acesos aos trilhos. As portas desta estrutura abrem e chega o metro para você entrar nele. Bem seguro. Sem chance de suicídio por ali. Torino também estava no clima de Natal. Árvores bem legais na Itália. Descemos na estação Porta Nuova as 17h. Ainda não tínhamos visto nada de atração da cidade. Eu iria no museu egípcio e tiraria o museu do automóvel, ainda bem que não fiz isso. Pois eu amo carros e corridas. De frente a estação Porta Nuova, fica a principal rua de Torino, a Via Roma. Todas as lojas famosas da Itália e do mundo tem nesta rua. O mais legal dessa rua é que as calçadas são todas cobertas, pois é como se estivesse andando embaixo de prédios. Fomos até a principal estação de Torino, mas só passamos na frente e tiramos algumas fotos: Mole Antonelliana, onde fica o museu nacional do cinema italiano. Voltamos pela Via Giuseppe Verdi (também toda coberta) pois aquele chuvisqueiro continuava. Por sorte, todas essas calçadas eram cobertas. Mole Antonelliana: cartão postal de Torino. Chegamos a um monumento histórico: Armeria reale, um museu com muitas armas, mas não entramos. Só na frente. Não tínhamos tempo. Queria ir ao Duomo di Torino também (ou cattedrale metropolitana di San Giovanni Battista), que não é tão espetacular como em Milano e Firenze, mas faltou tempo. Era tão pertinho dali, mas não fomos. Uma pena. Armeria reale - Torino. Na volta pela Via Roma vimos uma loucura em todas as lojas. Tinha começado o Saldi em Torino naquele inicio de noite. Já eram 18h. vimos uma Zara lotada de gente. E a Niceia quis entrar. Estávamos a uns cinco minutos a pé da estação de trem. Combinei com ela de 18h20 estar no caixa da Zara, pois tinha muita, mas muita gente mesmo. Uma doidera. Consegui umas camiseta bem baratas por 7 euros. Realmente roupa vale muito a pena na Itália. Via Roma (sentido centro histórico/estação Puorta Nuova). Fomos a estação e como tínhamos comido pouco, comprei alguns cornetos no McDonalds da estação. O trem saiu rigorosamente as 18h40. Em nosso vagão, só nos dois. Depois os funcionários (um casal) da Trenitalia chegou e sentou perto de nós. Não conversamos, estava com medo de ser muito fraco em meu fraco italiano. Stazione Torino Porta Nuova Chegamos em Milano as 20h30 e as 21h00 já estávamos no hotel tomando banho. Ainda tínhamos que jantar, pois o almoço foi fraco e comi alguns salgadinhos San marco (muito bom, melhor que Elma chips). Aquela garoinha chata de Torino também nos acompanhava em Milano. Quase 22h e nós andando pelo bairro do hotel em busca de um restaurante. Muita coisa chinesa e tailandesa mas queríamos um típico italiano nesta noite. Depois de andar uns 15 minutos e já estarmos indo em direção ao hotel, encontramos um restaurante tipicamente italiano chamado de One Way della speranza. Atendimento maravilhoso! Preço normal da Itália! Som na altura ideal. Comida espetacular. Escrever esse relato está me dando mais fome do que saudade de viagem, aliás, saudade da comida italiana. É tudo de bom. Como comemos bem nessa viagem. Tinha lido muita coisa a respeito que no norte da Itália sobretudo em Milano, as comidas seriam mais caras, sinceramente achei o mesmo preço que em Roma. Em Torino, o pouco que vimos, idem. Menu do restaurante. Jantar maravilhoso: gnocchi di pomodoro + patate frite + risoto gamberetti. Chegamos um pouco tarde no hotel, quase meia noite. Estávamos em um ritmo alucinante dormindo pouco todos os dias para aproveitar. Sem sono fomos no hall do hotel na internet, pois a internet nos hotéis italianos achei bem fraca. Voltamos para o quarto quase uma da manhã. Não tínhamos compromisso na parte da manhã, apenas visitar o Duomo, mas nada de horário marcado. Então, iríamos acordar mais tarde um pouco. Um pouco. Gastos do dia: €10,00 – Metro de Torino – Dinheiro. €38,80 – Trenitalia: Milano/Torino/Milano – Comprado no Brasil. €8,50 – Almoço – Dinheiro. €44,00 – Juventus Stadio e Museo – Dinheiro. €24,00 – Museo dell’automobile – Dinheiro. €5,00 – McDonald’s – Dinheiro. €33,50 – Jantar – Dinheiro. .Total: €163,80 4 Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 26, 2018 Autor Membros Postado Janeiro 26, 2018 Sábado, 06 de janeiro de 2018. Giorno del gioco! Milan sempre per te! Acordamos um pouco mais tarde, primeiro dia da viagem, afinal nos outros oito dias anteriores estávamos acordando cedo. Não acordamos muito tarde. Próximo das oito da manhã. Depois do café saímos em direção do Duomo. Naquele primeiro dia apenas passamos na frente a noite, hoje, era dia se subir até o topo dele. Na Itália sempre as informações e vendas de ingressos ficam próximo das atrações, nunca dentro delas ou em barraquinhas. No teto do Duomo. Compramos o ingresso que daria direito para subir no topo/telhado/teto, como preferirem. Estava meio úmido, todo cuidado era pouco, por mais que fosse seguro, era melhor ir com calma e cuidado. Em Roma vimos um chinês se contorcendo de dor após torcer o pé no fórum romano (eu vi ele caindo) e no Vaticano uma senhora caiu naquelas famosas escadas em espirais e foi atendida por três médicos. Para nossa viagem continuar tranquila, fomos com calma. Ficamos mais ou menos uma hora ali em cima. Havia inclusive grupo de brasileiros com guia em português. Até escutei um pouquinho das informações. Detalhes da arquitetura gótica do Duomo. Detalhes da imagem no topo do Duomo. Como disse antes, alguns monumentos sempre em obras. Milano com certeza foi a cidade da Itália que mais encontramos brasileiros. Tem uma visão panorâmica da cidade muito bacana lá no teto da catedral, o tempo estava nublado e tinha um pouco de nevoa, então não era possível ver locais tão distantes. Vista para o lado residencial de Milano. Ah, nesse dia optamos por comprar o bilhete de transporte urbano como em Torino, valido por 24 horas, podendo usar circular, tran e metro. Diferente de todos os metros da Itália, de Santiago, de Paris, de São Paulo e do Rio (locais que já usei o metro), em Milano você precisa ter o ticket do metro para sair das catracas, ou seja, se você não guardar o bilhetinho, você terá problemas para sair das estações. Para nós não era problema, pois estávamos com o bilhete de 24 horas, então não iríamos jogá-lo fora mesmo. Vi muita gente utilizando o bilhete normal de um metro apenas e jogando o ticket no chão após sair da estação. Lá também tem gente sem educação, em menor quantidade, claro. Mas tem. Piazza San Siro nas proximidades do estádio. Como nós fizemos o café da manhã lá pelas 9 da manhã, não almoçamos. Ficamos vendo algumas lojas ali perto da piazza del Duomo e la pelo meio dia fomos ao San Siro assistir o jogo do Milan. Tentei comprar o ingresso pela internet de todas as formas, pois poderia escolher o lugar e economizar 10 euros comprando antecipadamente. Não sei o que acontecia que o cartão não passava. Liguei no Santander (ainda no Brasil) e não resolvia meu problema. Dizia que a data de validade do cartão estava incorreta, mas comprei ingressos para o Louvre e para a Torre Eiffel pela internet no mesmo cartão, com a mesma validade. Não sei o que houve, se era o site ou o que. Enfim, comprei na bilheteria do estádio, ou melhor. Quase. Todo feliz por pensar que entraria no estádio San Siro. Chegamos no estádio exatamente às 12h45, um pouco mais de duas horas antes de começar a partida do Milan contra o Crotone válida pela 20ª rodada do campeonato italiano. Olhei o estádio por fora, lindo, maravilhoso, comprei um cachecol do Milan e as 13h abriram os portões para dar inicio a entrada dos torcedores. Fomos a bilheteria. Até chegar na bilheteria inúmeros cambistas queriam vender ingressos. Claro que não comprei né (na Argentina um ano antes comprei de cambista e deu tudo certo, mas jurei a mim mesmo que não faria mais isso). Na bilheteria pedi dois ingressos, escolhi o lugar e tal. Quando “Il tuo documento per favore, il passaporto”. Cara, gelei na hora. Disse “senza passaporto”, por sorte estava com minha identidade do Brasil (expedida em 1997, quando a foto era preta e branca e tinha muito cabelo, mas com cara de criança) ele foi a um superior dele e com muita conversa viu que éramos turistas, ok, liberaram. Respirei aliviado. Mas ai veio o problema. A Niceia não estava nem com a identidade dela. Resultado? Não podemos comprar. A Niceia perguntou se eu queria ver o jogo e ela ficaria la fora. Eu disse lógico que não né. Já tinha desistido do jogo, quando olhei no relógio era 13h10. Falei, vamos tentar ir buscar os passaportes no hotel. Se chegarmos até as 14h no hotel, da tempo de voltar, pois a bilheteria fechava as 15h (horário do apito inicial). Por sorte tem uma linha (roxa) novinha de metro na porta do estádio (na realidade uma esquina antes, uns 300 metros). Eram 15 estações de metro até nosso hotel. Saímos da estação San Siro linha roxa e fomos até a linha vermelha na estação Porta Venezia. Além de andar mais 6 minutos no hotel e gastar mais 5 minutos lá dentro. Saímos do hotel com os passaportes em mãos às 14h50. Falei, vai dar tempo de sobra. Mas vamos nos manter em ritmo acelerado. Pensa em uma loucura chegando no estádio de metro. A estação nova, é como em Torino, o metro é pequeno. Parecia que era de graça de tanta gente que tinha. Estava tipo em horário de pico em SP. Mas o metro lá é quase a metade do tamanho. Uma mão eu ficava na carteira e a outra no celular. Nem tinha onde segurar. Chegamos as 14h40 na bilheteria, compramos o ingresso finalmente com o passaporte. O chuvisqueiro apertava. Não podemos entrar com pau de selfie e nem água. Tivemos que jogar no lixo. Entramos, era enorme para achar nossos assentos. No que sentamos o jogo começou. Estádio San Siro, em Milano: AC Milan 1 x 0 Crotone. O jogo não foi dos melhores, o time do Milan está péssimo este ano, mesmo contratando Bonucci, Biglia, Kalinic, Borini. O ex zagueiro da Juventus fez o único gol da partida – Bonucci 1x0 no fraco Crotone. Deveria ter mais ou menos umas 40 mil pessoas no estádio. Atrás de nós, havia uma família de brasileiros de Minas Gerais. Conversamos um pouco, o rapaz que estava lá também era louco por futebol. Saímos exatamente quando deu 45minutos do segundo tempo, para evitar a massa saindo do estádio. Pegamos o tran pela primeira vez em Milano. E nos deixou no centro, próximo da estação Montenapoleone. Resolvemos entrar no metro ali e descer na Porta Venezia. Estávamos com fome né, afinal, não almoçamos. Encontramos um restaurant da Renzo e Lucia, pizzeria forno a legna. Foi ali mesmo que pedi uma pizza chamada Italia e a Niceia uma lasanha bolonhesa. Pedimos vinho, batata frita e água. Como não amar essas massas italianas? Scusami, il conto per favore! Demos umas voltas no comércio ali perto da corso Venezia e olhamos umas lojas. Passamos em um mercadinho e fizemos a comprinha de água e salgadinhos. Próximo a alguma estação de Metro. Chegamos mais cedo ao hotel e desmaiamos, o cansaço começava a aparecer, por um lado foi bom ter um dia mais curto, nem por isso deixou de ser intenso. Gastos do dia: €9,00 – Metro – Dinheiro. €80,00 – Milan x Crotone – Dinheiro. €35,00 – Jantar – Dinheiro €5,00 – Mercado – Dinheiro. Total: €129,00 4 Citar
Membros Lulusilveira Postado Janeiro 27, 2018 Membros Postado Janeiro 27, 2018 @Jackson Lincoln Lopes Muito obrigada pelo seu minucioso relato, eu estou programando minha viagem pra Itália em julho/2018 e sua experiência narrada será de grande valia. Gratidão 1 Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 27, 2018 Autor Membros Postado Janeiro 27, 2018 @Lulusilveira Obrigado!!! Jajá coloco mais uma parte do relato! Semana que vem é minha última semana de férias. Se eu não fizer isso logo, não consigo terminar. E tudo está tão vivo em minha mente que lembro de tudo. Foi tudo maravilhoso. Você vai amar a Itália. Não tem como não gostar daquele lugar. Juro que me da vontade de largar tudo e ir pra lá. Mas pelo que conversei com alguns brasileiros na Itália e pelo que vi nas ruas, não está fácil a questão de empregos. Eu vi apenas um lugar dizendo que havia vagas de trabalho. Um restaurante em Venezia. Citar
Membros Este é um post popular. Jackson Lincoln Lopes Postado Janeiro 27, 2018 Autor Membros Este é um post popular. Postado Janeiro 27, 2018 Domingo, 07 janeiro de 2018. Monza, più che il tempio della velocità! Brava ciità! A bela Monza! Ninguém esperava por uma cidade tão limpa, bonita e organizada. A rotina de acordar cedo continuava! Depois de mais um belíssimo café da manhã com muito corneto de Nutella, pão francês com salames e queijos, sucos de laranja, iogurte, bolos, entre muitas outras coisas... Ah, e o café? Cappuccino? Gente, eu estava na terra dos cafés, mas eu não bebo café. Já conheci pessoas que não bebem café e outras que não bebem cerveja. Eu, não bebo os dois. Talvez o único no mundo. Mas enfim, este sou eu. Interior de um "treno regionale" da Trenord. Trem regional mas que iria para a Suiça. Nossa passagem era na região apenas. Nossa passagem para a pequenina (mas não minúscula) Monza seria às 08h00 de um domingo frio. Chegamos na estação bem em cima da hora, pois nestes trens regionais de viagens curtas, você tem quatro horas para entrar em um trem com o mesmo valor e que faz a mesma rota, ou seja, o trem era as 8h, mas eu poderia pegar até o trem das 11h40, que poderia utilizar a mesma passagem. O mesmo servia para a volta, que estava marcada para as 13h23. Mas só conseguimos voltar depois das 14h. Stazione di Monza. Monza era uma das maiores incógnitas dessa viagem. Estava morrendo de medo da Niceia me excomungar por conta deste dia. Ela não é fã de automobilismo, mas me entende e respeita meus gostos, também respeito os gostos dela. Eu não fazia questão de ir a Venezia e andar de gôndola, então, o fiz, claro. Sempre um cede ao outro certas coisas. Monza foi uma destas coisas. Li na internet como pegar ônibus, vi vídeos no youtube, mas ainda não sabia como chegar ao autódromo, pois da estação central até lá eram 5km. Milano a Monza são apenas 10 minutos de trem. É como uma cidade da região metropolitana. Chegamos na estação e estava bem parada. Poucas pessoas. Na Itália você vê várias pessoas que são refugiadas e estão buscando alguma oportunidade no país, em Monza também tinha. Alguns desceram do trem e “nos seguiram”, eu estava bem tranquilo. A estação fica próxima ao centro da cidade. E que centro. Bem bonito! Conforme fomos andando, fomos conhecendo a cidade. Estava tudo fechado, pois não era nem 08h30 ainda. As pessoas que achávamos que estavam nos seguindo, logo foram se espalhando e nunca mias as vimos. Proximidades entre o centro e a estação central. Passeamos pelo calçadão da cidade e começamos a encontrar TODAS as lojas de marcas que tinha em Roma, Torino e Milano. Fiquei espantado, pois é uma cidade de pouco mais de cem mil habitantes. Em alguns minutos chegamos no Duomo da cidade. Para variar, estava em reforma, e parece que está em reforma desde 2014. Pelo vídeo que vi de uma garota no youtube há um ano, os andaimes continuam no mesmo lugar que eu vi. Não é só no Brasil que as obras públicas são lentas. Não sei se pelo período que fui na viagem, mas nunca tinha ninguém trabalhando em todas as obras que vi na Itália, a não ser em Firenze. Entramos no Duomo e a igreja era bem bonita. Estavam cantando os mesmos cantos da igreja católica no Brasil, “Hosana, Hosana nas alturas”. Poucos fieis na igreja. Esta, não pagava. Era missa mesmo. E olha que é famosa na região “il Duomo di Monza”. Il duomo di Monza. Em reformas... Conforme fomos, o google maps apontava que já tínhamos andado 1,5km e faltava 3,5km. A nossa frente estava o acesso ao Parco di Monza, então, continuamos a caminhada. Conforme andávamos, a distancia diminuía até que confirmamos o que já estava sendo confirmado: vamos a pé mesmo. Entramos no parque próximo das 09h30 da manhã. Estava frio, muito frio, uns três graus, com sensação de temperatura negativa. É impressionante a quantidade de pessoas que faziam caminhada e corrida no parque. Tinha pista de corrida de 3, 5, 10 e 21 km. Incrível! Vila Reale di Monza. Saindo do centro da cidade e chegando próximo da Vila Reale. Chegamos aos 5km de caminhada e surgiu o acesso ao circuito! Mas, para entrar no circuito, tínhamos que passar por toda a reta dos boxes, praticamente mais um quilometro. A Niceia já me olhava com aquele olhar de querer me matar. Eu já começava a me arrepender e louco para voltar, mas já estava lá. O circuito estava “abandonado”, passamos por um túnel que passa embaixo da arquibancada, da pista e dos boxes que pela televisão ninguém fala que existe. Cachorros aos montes! Italiano ama muito cachorros. Esquilos aos montes nós vimos próximo ao autódromo. "Entrada" subterrânea no circuito de Monza. Só para contextualizar, o autódromo fica dentro do Parco di Monza, que é gigantesco. Até ali tudo é de graça. Então, você não paga nada para estar até ali. Chegamos e fomos muito bem atendidos por uma italiana na recepção, tudo em italiano, mas ela falava inglês. Ela gostou do meu italiano meia boca. Pagamos 15 euros pelo tour guiado e o passeio na pista (uma volta apenas) depois do tour, que seria de van. Mais ou menos as 10h30 começou nosso tour. A mesma mulher que nos atendeu era a guia, surpreendentemente havia mais pessoas para o tour, duas famílias, somando umas doze pessoas no total. Achei até bastante pela época e pelo clima. Depois do nosso tour, já tinha mais um tanto igual ao nosso. Não imaginava que era tão usado o autódromo. Enquanto isso no Brasil. Interlagos para ser vendido, no Rio sem autódromo, enfim. Por isso eles são europeus e nós sul-americanos. Fazem dinheiro com tudo. Sempre vai ter alguém para gastar com qualquer coisa. Pedalando por uma das pistas de corrida mais famosa do mundo. O tour consistia em passar pelas áreas vips do circuito, a sala de coletiva de imprensa, as arquibancadas principais, os boxes, a sala de reuniões dos pilotos, a sala onde os comissários de prova ficam, e claro, a pista. O tour durou uma hora. E finalmente iríamos para a pista dar uma volta. O mais legal é que podia escolher como andar na pista: van ou bicicleta. Como o tempo estava bom, todos concordaram em ir de bicicleta. Isso foi a parte mais legal. A Niceia amou tudo, o tour e o passeio de bicicleta foi uma das coisas mais top da viagem! Por incrível que pareça as coisas mais simples se tornam as mais legais. Para mim, nossa senhora eu estava em Monza acelerando (uma bicicleta apenas) nas retas do circuito que está na Fórmula desde 1950. Tiramos fotos, fizemos vídeos. Um monte de coisa! Coletiva com os pilotos. Cara, foi inacreditável fazer toda a volta em Monza. Passar pelas chicanes, a famosa parabólica e as retas oposta e dos boxes. Depois disso, fomos conhecer o antigo circuito oval que tinha inclinação de até 80º (não onde estávamos). Após o final do passeio, fomos na lojinha de Monza. Comprei 100 euros em produtos. Camiseta da Ferrari, camiseta do circuito, boné do Lewis Hamilton e um gorro do Valentino Rossi. Mais igrejas italianas em Monza! A parte “triste” foi depois. Voltar para a estação. Já era mais de meio dia. Demoramos muito para chegar ao circuito, pois não podíamos ver uma arvore diferente e já tirávamos fotos. Na volta não, aumentamos a passada e estávamos no espírito da Fórmula 1 para andar rápido. Estava louco para ir ao banheiro até que finalmente na metade do caminho, na saída do parque encontrei um. A fome batia também, mas como sempre, levávamos os lanchinhos San Marco e água. Muita água. Não me lembro se comentei na parte de Roma, mas cara, o gosto das águas das fontes na Itália são ruim demais. Eu não consegui beber. Tem fontes de água em todas as cidades. O que mais senti falta eram banheiros, em toda Itália. Muito lugar para beber água e poucos lugares para tirar a água do corpo. Nas estações de trem, a maioria era cobrado 1 euro para utilizar o banheiro. Voltamos a pé mesmo. Chegamos na estação de Monza próximo das 13h30. Monza também tem suas vielas como Roma e Venezia. Um pouco mais moderna. Logo chegou o trem e em 15 minutos estávamos saindo da Milano Centrale. Descansamos no hotel e pela primeira vez comemos um fast food na Itália. Eu fui de batata frita e a Niceia de dogão. Era uma franquia que vendia batata fritas Queens’ Chips Milano. Vimos em Firenze também. Algo diferente, que dá pra ganhar dinheiro com isso no Brasil. Tive até umas ideias de empreendedorismo com esse lugar. Isso já era lá pelas 15h. Era nosso último dia em Milano. Pois iríamos cedo para Venezia na segunda. Ainda não tínhamos conhecido o Castelo Sforzesco que estava em nosso roteiro. Pegamos o metro (compramos o bilhete único) e andamos apenas 3 estações. Mas estávamos cansados, tínhamos andado muito em Monza. Chegamos a estação que da praticamente na frente do castelo e logo vimos como é magnífico. Castelo Sfozesco Assim como em Roma, ali tinham varias daqueles caras vendendo flores. Olha, de todos os ambulantes que vimos na viagem, esses eram os piores – os vendedores de flores. Talvez para amigos que vão em viagem é menos pior, mas para quem vai em casal, esses caras são um pé no saco. Os caras que vendem as torres em Paris são gente fina perto desses xaropes. Eles ficam seguindo e encostando as flores nos braços, sorte que eu já tinha lido e visto vídeos sobre isso no youtube. Também vimos os das fitinhas, mas não eram tão chatos como esses das flores. Esses das flores eram chatos em tudo que é canto, mas em Roma e Milano são piores. Estávamos fazendo uma selfie e o cara do nada colocou a flor na frente do celular. Ah cara, a Niceia ficou muito brava. E mandou um “Noooooo” Sai daqui. Mesmo ele não entendendo português, o bicho vazou embora e saiu reclamando. Eu só dava risada. Eu sou daqueles que falo, “No, grazie, buona giornata”, sinceramente eu sou meio pastelão nessas horas, a Niceia já é mais grossa. Mas fui aprendendo que só assim funciona. E na metade da viagem, eu já nem olhava mais para quem pedia ajuda. Porque se eu fosse dar um euro para todos que me pediram dinheiro, eu não teria dinheiro nem para comer, nem para me hospedar, nem para passear. Arco da Paz. Para entrar no Castelo Sforzesco se não me engano era na faixa dos 15 euros. Entramos só nos jardins e depois continuamos pelo Parco Sempione. Ficamos la mais ou menos umas duas horas. Por incrível que pareça conseguimos nos perder no parque. Depois de ir até o Arco da Paz, estávamos voltando para o castelo e quando vimos, estávamos no Arco da Paz novamente. Um dos jardins do Castelo. De todos os lugares que passamos, neste parque foi o local onde mias vimos refugiados africanos na Itália. Eu não sei o que eles fazem, pois eles não estavam vendendo nada. Eles ficam em grupos de três as cinco pessoas. Cantam músicas na língua deles e são bem arrumados. Há muito policiamento no parque. A sensação de segurança é gigante. Mesmo conforme foi escurecendo, você não tem medo de nada. Muitas meninas de 13 a 25 anos passeando pelo parque na maior tranquilidade. Parte interna do castelo. Com iluminação de Natal na frente do Castelo. Saímos pelo castelo e fomos para a estação do metro, mais uma vez fomos na corso Venezia, a Niceia comprou uma bota e eu paguei 14 euros em uma calça jeans da Zara de elastano. Aqui no Brasil uma calça daquela (sem ser de grife, apenas o material) é 150 reais fácil . Saiu menos de 60 pra mim. Loja da Benetton na corso Venezia em Milano. Tudo estava em Saldi. Muito movimento nas ruas. Fomos para o hotel mas nem tomamos banho e fomos direto a uma pizzaria que eu tinha visto desde quando chegamos a Milano que se chamava Pianeta Luna, ficava dez minutos do hotel e uns 3 minutos da Milano Centrale. Surpreendentemente um dos garçons arranhava o português. Meu italiano era melhor que o português dele. Mas eu me esforçava e ele também, ficou legal a comunicação. O bom da Itália é que mesmo eles atendendo muito bem (todos os locais que fomos) você não precisa dar gorjeta, pois já tem o coperto. Nesta pizzaria tinha uma equipe de alguma modalidade esportiva de crianças. Os responsáveis por eles eram alemães que já tinha tomado varias canecas de chopp e estavam mais loucos que o Batman e o Coringa juntos. Mais pizza! Mais vinho! Deliciosa. A comida e o vinho maravilhosos. Eu confesso que doía no coração pagar caro no vinho. Digo caro em alguns locais, pois como neste lugar só vendiam a garrafa, nessa pagamos 18 euros. quase 80 reais., mas não tem como comer essas coisas deliciosas da Itália sem ter vinho. Ah, mas 80 reais é o que você pagaria no Brasil em um bom restaurante! Sim! Mas, na Itália, você encontra vinhos a partir de dois euros nos mercados. Vinho na Itália é mais barato que cerveja no mercado (depende qual é claro). Em Roma em todos os restaurantes que fomos, nos pedíamos o vinho da casa, que vinha em uma jarrinha de meio litro e era na casa dos seis a oito euros. Já era mais acessível. Mas, reclamação a parte. Estava tudo maravilhoso. Aqui uma reflexão: Eu tinha lido bastante sobre o que comer na Itália, onde comer e quanto gastar. Eu coloquei 20 euros por pessoa e por refeição. Ou seja, como estávamos em dois, seriam 80 euros por dia. Nossa, 320 reais. Sim. É caro! É caro mesmo? Não, é que vocês não viram quanto custa comer em Paris. E só coloquei duas refeições porque em todos nossos hotéis havia café da manhã incluso nas diárias. E que prima colazione tínhamos na Itália. Era um banquete. Devido a nossa correria e ao café da manhã ser farto, nem todos os dias estávamos almoçando ou jantando. Com isso, sobrava mais dinheiro, pois a média como disse, seria de 80 euros por dia. Tínhamos “economizado” quase 150 euros nessa primeira semana. É gente, as comprinhas do mercado ajuda e ajuda muito mesmo. Imagina encontrar bons vinhos a R$8,00 no mercado de sua cidade? Sonho né. Foi esse o relato de nossa estadia em Milano galera. Ficamos 3 dias e meio na cidade. Todos falam que não tem o que fazer em Milão. Em nossa estadia um dia foi bate e volta para Torino. Sinceramente queria ter ficado dois dias em Torino. A cidade tem muito a oferecer. Outro dia em Milão ficamos para ver o jogo e conhecer o centro. Ficamos duas tardes/noites que foi nossa chegada na quinta e este domingo depois de Monza. A próxima parada é Venezia. Gastos do dia: €8,80 – Trenitalia: Milano/Monza/Milano – comprado no Brasil. €30,00 – Passeio em Monza – Dinheiro. €6,00 – Metro – Dinheiro. €9,50 – Almoço – Dinheiro. €39,00 – Jantar – Dinheiro €5,00 – Mercado – Dinheiro. Total: €98,30 6 Citar
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