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Mochilão África do Sul / Zâmbia - 23 dias


Carlosfuca

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Parte 9: Chobe Safari em Botsuana

Agora já vou pro meu 4º dia em Zâmbia, sendo assim, representa também o 18º dia do mochilão. A proposta dessa data foi o Safari em Botsuana no Chobe Park!

Não podia de faltar a ida em um Safári, o escolhido foi o Chobe Park, que é o terceiro maior de Botsuana e possui uma grande diversidade de animais. O tour eu fechei no próprio hostel Zinga pelo preço de U$D180,00 (cento e oitenta dólares). Consistia de um transfer até a fronteira Zâmbia/Botsuana, do tour de barco pelo Rio Chobe, pelo almoço (self service) e depois o Game Drive num 4x4. E assim se fez mais um belo dia de aventura junto com a sensação indescritível de ver os bichos vivendo no seu habitat livres.

Entre impalas, crocodilos, vários elefantes, aves, hipopótamos, leoa, búfalos, girafas, zebras, etc. Se fez um valoroso passeio.
Desse trecho falarei menos e deixarei as fotos...

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Parte 10: Museu do Apartheid + finalização

Cheguei no aeroporto Oliver Tambo novamente, e agora para completar o último trecho do mochilão, os dias finais da viagem ou se preferir o capitulo derradeiro do meu relato.

Agora para entender um pouco da dimensão do apartheid vou deixar um trecho do livro 'Zenzele: Uma carta para a minha filha' de J. Nozipo Maraíre. No contexto da independência de Zimbábue.

(...) Para você e talvez para os estrangeiros, Zimbábue não passa de um nome que corresponde a algumas fronteiras geográficas aleatórias. Um substantivo como manga, caneta ou carro.Mas para mim é diferente. A Rodésia era para mim um país proibido, um centro de lazer do homem branco. Havia casas enormes, escolas imaculadas, parques de safári e clubes urbanos, mas eu não podia entrar nesses lugares por causa de minha cor. Sempre estava de fora, olhando para dentro, almejando e imaginando: como será isso? Que sabor tem aquilo? E, a não ser depois de anos de carnificina e tumulto, não fazia ideia de como podia ser doce a vida nestas paragens. Quem poderia saber que havia leite e mel ao alcance de mão, bem aqui, em meu próprio país? Jamais esquecerei o dia em que me detive, paralisada, numa calçada da cidade, enquanto retiravam da prefeitura as horríveis e proibitivas letras de Rodésia, substituindo-as, uma a uma, pelas do nome que me deu as chaves para o reino de meu país. Eu habitei a Rodésia, mas é no Zimbábue que vivo. Você é jovem demais para avaliar as cicatrizes de anos de exclusão e por isso não consegue ver que cada letra deste precioso nome encerra uma promessa. Este nome me garante que eu posso entrar legalmente em qualquer loja, qualquer escritório, qualquer hotel, qualquer restaurante; que posso andar de cabeça erguida, como me aprouver; me diz que posso usufruir como qualquer outra pessoa da beleza de seus campos e rios e, acima de tudo, que posso dispor de um pedaço de terra para mim e para meus filhos.(...) 

Apesar de eu não ter escrito nos mínimos detalhes toda a minha experiência e realização, acredito ter deixado um aspecto positivo no relato, que foi de fato a sensação que tive, a que tenho e acredito que terei por muito mais tempo. Por um lado tudo passa, de certa forma, rápido, além de meu momento pessoal ter influenciado um pouco no sentido de ter caído a ficha tarde no que diz respeito ao pisar em África. Por outro lado, gostaria de poder ter mais tempo para aprender e interagir mais com as irmãs e os irmãos africanos. Agora, de fato o meu contato com os outros viajantes (eua e europa) foi pouco, apenas o básico devido o meu objetivo na viagem. E porque nesse caso especifico as experiências seriam outras e não confluentes, a exemplo de uma visita no vilarejo em Lesoto, que remeteu sentidos completamente diferentes do mesmo momento. Assim foi com Soweto também.

Aproveitando que falei de Soweto vai aí talvez a minha primeira advertência negativa de um passeio. No caso aconselho não fazer o Soweto Day Tour pelo Curiosity Backpakers de Joanesburgo. Apesar de eles terem projetos sociais em Soweto e prestarem um bom atendimento, eu encarei como uma experiência artificial, há pontos a se passar que foram bem por cima. A exemplo da casa do Nelson Mandela. Ou no local de homenagem ao Hector Peterson que vale uma ida descompromissada de um tour muito guiado. E adentrar a comunidade de Soweto por conta própria. Isso pode ser mais dificultoso pra quem não esteja de carro ou talvez não fale muito o inglês. Mas tem outro fator que é a questão de segurança que o próprio hostel alerta.

Meu roteiro em Joburgo

- táxi do aeroporto até o hostel curiosity backpackers, tá aí o que acredito ter sido uma segunda 'bica' na viagem, a primeira foi no caminho pra Zâmbia na troca do dinheiro e por segundo o preço do táxi (tendo em vista que eu havia planejado usar transporte público), ambas foram no aeroporto de joanesburgo (Oliver Tambo), mas em momentos diferentes.

Logo quando desembarquei do voo Livingstone até Joburgo, pedi uma informação e uma funcionária do aeroporto que me convenceu em ir de táxi devido a dificuldade de locomoção e facilitaria a segurança. Talvez se eu não fosse chorão, eu estaria agradecendo o informe ao invés de dizer que foi uma bica rs. Já que deu tudo certo. Preço do táxi = 435 Rands.

- 3 noites no Hostel Curiosiy

Primeiro dia foi a chegada

Segundo foi o Day Tour em Soweto + Museu do Apharteid

Terceiro dia foi ida ao Museu da Africa e andarilhada pelo centro de Joburgo. Gastos 705 Rands.

Dia 26/07/2017, vigésimo segundo dia de mochilhão e a volta para São Paulo.

Museu do Apartheid

"O racismo não implica apenas a exclusão de uma raça por outra - ele sempre pressupõe que a exclusão se faz para fins de dominação" Steve Biko

Palco de uma memória desagradável na história da África do Sul (não necessariamente do passado), o apartheid foi oficializado em 1948 com a ascensão do Partido Nacional no poder. Vale lembrar que os brancos eram minoria nesse pais, e ampliando a visão, são minoria no mundo.

O museu emociona pelo grande acervo e detalhes sobre esse período e também sobre as pessoas guerreiras e lutadoras que resistiram em prol de suas humanidades. A entrada se assemelha ao regime, pois expuseram já no acesso a segregação: uma catraca pra brancos e outra para não brancos.

Seria, também, hipocrisia da minha parte me estender acerca do racismo sul africano sem nem fazer um paralelo com o Brasil e refletir o quão racista o Brasil é, que mantem nas suas estruturas a segregação e a discriminação mesmo sem ter oficializado nas leis.

Como não vou me debruçar nem lá nem cá, haja vista que procurei mesclar um pouco de história no relato anteriormente. Sei também que é uma pauta extremamente necessária e que demandaria um artigo completo só pra começar. Vou finalizar por aqui, deixarei os principais gastos abaixo e também algumas músicas nesse contexto.

Até a próxima!!!

 

 

 

 

- passagem ida: são paulo --> cape town / volta: joasnesburgo ---> São Paulo = R$1961,91
- Transporte do aeroporto até o centro de Cape Toen = 115 Rands
- Hostel Two Oceans- 5 noites = 750 rands
- Adaptador de tomada = 50 Rands
- Almoço 100 Rands
- Carga bilhete Mycity = 50 Rands
- Gasto com BazBus = 2725 Rands

- Hostel Jikeleza em Port Elisabeth - 160 Rands uma noite
- Hostel Curiosity em Durban = 360 Rands
- Alimentação = 150 Rands

- Drakensberg Amphitheatre Hostel = 3440 RAnds

- Passagem Joanesburgo ---> Zâmbia = R$950,00 (ida e volta)
- Visto multi entry Zâmbia/Zimbabue = U$D50
- Táxi do aeroporto até o hostel = U$D 15
- Zinga Hostel - 4 noites = U$D40
- Parque Zâmbia Cataratas Victoria = U$D20
- Parque Zimbábue Cataratas Victoria = U$D30
- Chobe Safari Botsuana= U$D180

- Táxi Aeroporto --> Hostel Curiosity Joburgo = 435 Rands
- 3 noites curiosity + day tour = 705 Rands
- Souvenirs = R$300
- Livros = R$200

  • Amei! 1
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