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  • 3 semanas depois...
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Dia 04/01 - Isla del sol

O dia 03 não importa muito porque não fizemos nada, apenas trocamos dinheiro, fomos no mercado e embarcamos as 22h para Copacabana com a companhia San Luis.

Chegamos em Puno 06h e às 08h partimos para Copacabana, passamos pela imigração e nessa fila tinha o vidro de uma janela que estava cheia de adesivos colados, e adivinhem o que encontramos... O adesivo de olho do Soaren 😂 morremos de rir com isso. 

Parte de mim estava triste por sair do Peru, um país que me encantou muito e a outra parte estava aliviada por voltar pra Bolívia, terra que eu era mais rica.

Ficaríamos só aquele dia em Copacabana, diferente das outras pessoas que geralmente dormem na Isla del sol. Vale muito a pena passar uma noite lá, os quartos não são caros e me falaram que a noite tem muitas estrelas, é lindo. Como já estávamos com pouco grana, preferimos cortar um dia e ir direto para la paz (que é uma cidade barata). Compramos nossas passagens para La paz e nosso ingresso para a Isla del sol, o preço para ir para a ilha é um preço único, mas vale a pena dar uma chorada como nós fizemos, saiu um pouco mais barato. Paramos para comer um lanche e fomos para a fila do barco, infelizmente ficamos em baixo, o mais legal é ir em cima, a visão é top, depois de 1h chegamos a ilha.

A Isla é muito bonita, o lago Titicaca é considerado o lago mais alto do mundo, a América do sul é cheia de superlativos como podemos ver. Estava um belo dia sol, subimos um pouco para ter uma visão mais ampla da ilha e lá é cheio de lugares com visão panorâmicas, a ilha é dividida pelo lado sul e norte, sendo que um deles é o lado mais turístico e o outro não. Me falaram que não adianta muito ir pro outro lado da ilha porque não tem muita coisa pra fazer, o lado turístico (que eu não lembro se era o sul ou o norte) por mais que seja mais caro, é onde tem mais coisas pra fazer. Ficamos lá umas duas horas e quando deu 13h30 voltamos para Copacabana, ficamos um tempo dando umas voltas no pequeno Pueblo, tem bem clima de cidade litorânea. Tem um mirante lá bem legal, que vale a pena ver. Fico me perguntando o que surgiu primeiro, a Copacabana deles ou a nossa, as duas são muito parecidas.

Quando deu 18h, embarcamos para ir para La paz e vou contar pra vocês que o ônibus parecia um ônibus de circo hahaha com umas cores bem esquisitas e bregas, o espaço era bem apertado e sem ar condicionado (e sem banheiro), bem estilo Bolívia mesmo, a gente tem um histórico com ônibus que pqp. A viagem tem duração de umas quatro horas e teve um momento dessa viagem que foi bem esquisito. Já estava quase anoitecendo quando todo mundo começou a descer do ônibus, deduzimos que tínhamos que descer também, paramos em um lugar para pagar por alguma coisa que nem sabíamos o que era, porque lá ninguém te avisa nada, você só segue o fluxo e ficamos paradas na frente do lago, esperando por algo acontecer. Vimos uns ônibus sendo atravessados por uma balsa e logo chegou um barco para nos levar pro outro lado. Sabe quando parece que você tá num filme ou numa pegadinha? Pois então, me senti hahaha entramos no barco e quando me dei conta estávamos no meio do lago, com um monte de gente tão perdida quanto eu, o motor começou a falhar e ficamos parados no meio do lago, eu tenho certeza que se alguém aparecesse e falasse "pegadinha do malandro" eu ia acreditar hahahaha

Ficamos bem uns 10min pro cara ressuscitar aquela carcaça, de tão zuada que era, depois de muito custo chegamos ao outro lado. Não fazíamos ideia de onde que aquele ônibus ia aparecer, mas eu sabia que de qualquer forma eu ia reconhecer aquele ônibus de longe, de tão espalhafatoso que era, nós juntamos as únicas pessoas que reconhecemos serem do nosso ônibus e depois de um bom tempo, o circo, vulgo nosso ônibus, deu o ar da graça. Entramos no ônibus e mais algumas horas chegamos em La paz, gente essa cidade é muito louca, ela fica praticamente entre montanhas e a visão de cima é indescritível, é muito linda! Ainda mais a noite que você vê tudo brilhando entre altos e baixos. Chegamos ao terminal e fomos procurar um táxi, mas descobrimos que não era necessário, afinal estávamos perto da avenida principal, as 22h fomos bater perna para encontrar um hostel. Com muito custo encontramos um hostel muito legal, chamado Drew hostal, nos apresentaram os aposentos e capotei na cama.

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GASTOS:

Taxa do terminal: S/.1,50

Banheiro: S/.0,50

Propina do onibus: S/.2

Xerox (esqueci de falar: para atravessar a fronteira você precisa tirar xerox do passaporte ou RG): S/.0,50

Passagem para La Paz: Bs.30

Ingresso para Isla del sol: Bs.28

Hamburguesa: Bs.10

Sorvete (muito ruim): Bs.3

Entrada da isla: Bs.10 (obrigatório pagar essa entrada)

Taxa da balsa: Bs.2

Hostel: Bs.57

Um bolo aí que comprei em algum lugar: Bs.5

 

Dia 05/01 - La Paz

Fomos tomar café - que era muito bom - tomei banho e fui arrumar minhas coisas porque nós iríamos para um outro hostel mais barato. Como no dia anterior estava a noite e não queríamos ficar andando a noite com o mochilão  ficamos no primeiro hostel que vimos, não era caro, mas conseguíamos encontrar um lugar melhor. 

Nesse momento a Yolanda de repente descobriu que não tinha mais dinheiro e nós ficamos tipo "COMO ASSIM VOCÊ NÃO TEM MAIS DINHEIRO???" até hoje eu fico  "onde que foi parar o dinheiro dessa menina?" De nós três, ela foi a única que não anotou os gastos, então nem tinha como saber. Mas, eu realmente fiquei impressionada de como uma pessoa pode deixar o dinheiro acabar, sinceramente eu vejo como irresponsabilidade. Nós não estávamos em grandes condições de ajudá-la, afinal nosso dinheiro estava contado. Ainda faltava comprar as passagens para santa cruz, pagar mais um dia de hospedagem e comida pra uns dois dias e ELA NÃO TINHA GRANA!!! Ela teve sorte que pelo menos não estava sozinha. Porque você estar sem grana, num lugar que não conhece deve ser desesperador. 

Fomos no terminal e as passagens para Santa Cruz estavam mais caras que o previsto, o dinheiro estava contado e não daria pra ajudar nossa amiga Yolanda, sem condições. Deixamos pra comprar depois e pensar num plano. Achamos um hostel mais barato, chamado Bunkie hostel, era ótimo, é um dos hostels mais famosos de La Paz, optamos por ele porque era bem localizado pra chegar no terminal era só subir a ladeira - porque a cidade toda é ladeira. 

A Yolanda falou com a mãe dela sobre o ocorrido e a mãe dela emprestou o cartão para comprarmos as passagens online, optamos por comprar as três passagens pela internet mesmo porque assim sobraria dinheiro para ajudar a Yolanda - confesso, que não me senti bem de ter que usar o dinheiro de outra pessoa, mas fazer o que né, eu pagaria por isso quando chegasse ao Brasil. Compramos as passagens pelo site de la preferida bus.

Resolvemos dar uma volta pela cidade e antes de sairmos encontramos o Yuri, achei engraçado que nós nos encontrávamos em todas as cidades hahaha dessa vez ele estava sozinho, afinal o Gabriel já havia retornado ao Brasil. 

Fomos para o mercadão de la paz e comemos por lá mesmo, bem barato e gostoso. Troquei alguns pesos que eu tinha, você consegue trocar moedas facilmente pelas ruas. Voltei pro hostel e fui dormir um pouco, as meninas saíram para comprar alguma coisa. Quando eu acordei não tinha nada pra fazer então resolvi andar sem rumo pela cidade. E nossa, foi tão bom sair pela cidade sem nenhum rumo definido, la paz tem umas praças muito bonitas e que estavam toda iluminada, pessoas cantando e dançando no meio da rua, várias lojas abertas, vale a pena sair a noite por lá. Voltei pro hostel e lá conheci um argentino muito gente boa, e logo depois ele me apresentou seus amigos. Ele disse que a noite teria uma festa no Loki, então combinamos de ir. Lá pras 23h saímos pro Loki, que fica pertinho do nosso hostel, em menos de 10 min estávamos lá, o tema era festa da toga. A festa estava bem animada e a galera também, aparentemente só tinha argentinos na festa. 

Foi umas das festas mais animadas que eu pude participar durante a viagem, joguei um pouco de bilhar com uns caras - argentinos obviamente - o melhor foi que nem gastei tanto com bebida, porque tem um jogo que você arremessa as tampas das garrafas em um balde, se você acertar, ganha um xote de alguma coisa (pisco?) Acertei logo dois!!! Considero isso sorte, não habilidade. Conheci outros argentinos muito legais também e basicamente foi isso a noite toda, a galera era super legal e a música era ótima. 03h da madruga voltamos pro hostel. 

GASTOS:

Hostel: Bs.44

Almoço: Bs.10

Uns doces: Bs.3

Cerveja: Bs.20

Mercado: Bs.7 (as meninas compraram pra mim água e miojo)

Passagem para Santa Cruz: $26

Troquei 500 pesos e deu 4 bols

 

Dia 06/01 - La Paz

Acordamos cedo como sempre, tomamos o café da manha do hostel e nesse dia decidimos ir até o mirante. Andamos muitoooo e tivemos que subir muita ladeira, a visão que se tem da cidade lá do mirante é impressionante! Gente, é muito louco como La paz foi construída entre montanhas, de um lado você só vê construções e do outro só tem montanhas, é surreal. De longe já conseguíamos ver o temporal que se aproximava e parecia que ia chover muito. Aproveitamos o pouco tempo que tínhamos antes da chuva chegar, tiramos fotos e ficamos aproveitando aquela visão. Resolvemos descer e no meio do caminho fomos pegas pela chuva bem forte, mas tudo bem, eu acredito que chuva lava a alma, fomos assim mesmo, debaixo da chuva. Chegamos no hostel, ficamos um pouco por lá e mais tarde saímos em busca de um lugar pra comer, as meninas comeram no bk e dessa vez eu resisti ao hambúrguer, por incrível que pareça! Hahaha 

Decidi comer em outro lugar, no caminho de volta pro hostel encontrei uma loja de frango e resolvi comer lá, pedi uma espécie de picadinhos de frango e suco natural, foi mais barato que o bk e me senti mais satisfeita, percebi que o bolivianos tem um certo apreço por frango. 

Voltamos pro hostel e ficamos lá conversando com o Yuri sobre os passeios que ele tinha feito em La paz, ele e a Yolanda estavam tomando um chá de gengibre porque os dois estavam meio gripados devido ao clima de lá. Mais tarde combinamos de ir pra uma festa no Loki de novo. Na janta comi um miojo (porque tínhamos ido ao mercado mais cedo), e só isso já me alimentou. 

Umas 23h saimos rumo ao Loki e a festa lá estava bem animada, aparentemente é assim sempre. Conhecemos mais argentinos legais e joguei muita sinuca com o Yuri e uma galera que conhecemos, devo dizer que sinuca virou meu vício real hahaha

Decidimos dar uma passada no Wild Rover que era mais ou menos perto de lá, só que ficava numa ladeira (pra variar), vida que segue. Cheguei lá e me arrependi um pouco de ter saído do Loki, não parecia tão animado lá e o ambiente também não me agradava muito, mas tudo bem, joguei mais sinuca hahaha mas, não ficamos tanto por lá, logo voltamos para o nosso hostel e capotei, no outro dia partiríamos para santa Cruz, ou seja, rumo a nuestra casita.

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GASTOS:

Blood Boms (bebida): Bs.30

Mercado: Bs.40

Hot dog: Bs.5

Frango: Bs.25

Ps.: Esqueci de falar que comi um hot dog na rua, lembro bem que todo mundo me avisou para não comer essas comidas de rua lá. Lembro até o Yuri falando que eu ia sofrer. Como vocês podem ver, eu comprei... TREMENDO ERRO! 😂

 

Dia 07/01 - O furto

Eu não me lembro muito desse dia, tenho apenas fleches de memoria, então vou dizer o que lembro e pode acabar soando meio vago, só sei que foi um dia horrível, sem sombras de dúvidas. 

Acordamos cedo para o check-out, era praticamente o último dia de viagem, parte de era tristeza e uma parte infima, era alívio. Estar em terras brasileiras, ouvir português, estar com a minha família. Mas não se enganem, ainda preferia estar explorando esse mundão. 

Arrumei minhas coisas com a maior calma do mundo, me despedi das pessoas que conheci, me despedi de la paz e dei uma até breve a minha jornada de mochileira. Não me lembro o que comi (nem, se comi haha), o que fiz, que horas saí, nem quantas horas foram de viagem (mas sei que foram muitas), só me lembro de sairmos cedo e ter tirado o Yuri arrastado da cama para dar um abraço nele hahaha 

O terminal era pertinho então fomos andando, o ônibus iria fazer uma parada de 1h30 em Cochabamba e trocaríamos de ônibus, o primeiro era convencional e o outro era executivo. Ok, embarcamos de boas com a nossas passagens compradas pela internet e pegamos os bancos da frente perto da porta (essa é uma informação importante para as coisas que vou lhes contar em breve), tinha apenas nós de estrangeiras ali, então fomos o centro das atenções. Sentei ao lado da Yolanda, fiquei na janela e ela no corredor. A minha amiga Yolanda como não perde a oportunidade de fazer bosta haha colocou a mochila de ataque embaixo da cadeira, depois de menos de uma hora de viagem o ônibus fez uma parada para pegar algumas pessoas. Como sabemos, Bolívia é terra sem lei então um monte de gente entrou no ônibus, pessoas que nem embarcariam e ali na entrada do ônibus (vulgo onde nós estávamos) virou a maior festa. Beleza, uns 10min depois das pessoas se acomodarem em seus assentos a Yolanda percebeu que a mochila dela não estava lá. Tipo, NÃO TAVA LÁ! Ela revirou todos os cantos procurando a bendita mochila, pediu pro motorista abrir o porta malas (não sei se é assim que se chama), mas a mochila não estava lá, revirou tudo e nada. Nesse momento eu não sabia se ria ou se chorava de desespero, como eu não perco a oportunidade, acabei rindo (porque é só isso que eu consigo fazer numas situações dessas), gente, meu povo, galerê, queria eu poder falar que isso foi o pior, mas não foi. O pior foi que ela deixou os documentos dela na mochila, OS DOCUMENTOS. Se eu achava que tava ruim, isso era mil vezes pior. Do fundo da minha alma vou dar um conselho a vocês: NUNCA DEIXE A PORRA DOS SEUS DOCUMENTOS NA MOCHILA. Os documentos você tem que carregar o tempo todo com você, nem que seja pra tomar banho, a não ser que você deixe em um lugar que sabe que é seguro, um armário com um cadeado, sei lá. Mas não pode vacilar com essas coisas, a desgraça só espera um deslize seu. E vou dizer que foi a primeira vez que a Yolanda colocou na mochila e essa única vez, roubaram tudo dela. 

Ok, agora vamos aos fatos. Conversando com as pessoas descobrimos o que tinha acontecido mais ou menos, ali na Bolívia tem um golpe muito conhecido, principalmente com turistas (coincidência não?). Geralmente acontece em ônibus e são duas mulheres. Elas entram nos ônibus e fingem ser passageiras (até porque qualquer um consegue entrar no ônibus, porque não tem fiscalização nenhuma), a vítima mais fácil, ela "ataca", como a mochila da Yolanda estava embaixo do banco e ela não estava prestando a mínima atenção, a mulher simplesmente pegou. Até hoje fico me perguntando como ela não viu alguém tirando a mochila dela bem na cara dela, e olha que a mochila não era pequena. 

E geralmente ficam duas mulheres porque uma pega as coisas e a outra fica de vigia do lado de fora, se der bosta ela avisa a outra, duas pilantras obviamente. Algumas pessoas viram uma mulher pegar a mochila da Yolanda e achei interessante que nem avisou, alertou, nada! Que empatia né. A Yolanda desceu do ônibus porque ela queria ir atrás da mulher, mas o motorista do ônibus não estava nem aí, ele já estava começando a fechar a porta e falou pra ela entrar, ela estava tão atordoada que nem ouviu e o ônibus começou a andar, não tinha muito o que fazer. Eu fiquei incrédula com a falta de empatia deles, eles não se sensibilizaram nem um pouco com a situação, ninguém se dispôs a ajudar, ninguém fez nada! Nem uma palavra amiga, aquilo pra eles era a coisa mais normal do mundo, como pode?? Comecei a ficar com raiva daquele lugar. 

Entramos no ônibus e ele partiu, a Yolanda teria que começar a aceitar o fato que não teria mais sua mochila de volta, numa das paradas conversamos com uma nativa e ela nos disse que essas mulheres que furtam coisas geralmente estão "armadas", elas andam com facas, se você for atrás ou denunciar, elas cortam o seu rosto como forma de "punição", no final foi bom ela não ter ido atrás dessas pessoas, pelo menos estava com vida e com a cara inteira. 

Sobre os pertences não teríamos o que fazer, mas nesse momento precisávamos pensar em uma coisa mais importante, o que iríamos fazer em relação aos documentos. Afinal a Yolanda nunca conseguiria voltar para o Brasil sem os documentos. Impressionante, ela não tinha dinheiro, os pertences mais importantes e os documentos, senão tivéssemos lá seria praticamente considerada indigente, por sorte ela colocou o celular no bolso da blusa antes de ser furtada, pelo menos isso. 

Algumas horas depois chegamos em Cochabamba, onde faríamos a troca de ônibus, tudo ali já estava me dando raiva, o lugar, o cheiro, as pessoas, não era um sentimento bom, mas não consegui evitar. Eu saí um pouco do terminal porque queria comprar uma blusa pra mãe, mas não consegui encontrar nada, rodando um pouco pela cidade vi como Cochabamba é uma cidade esquisita, acho que era o ranço batendo. A única coisa que eu queria naquele momento era pegar a merda do avião e ir embora daquele país. Desde de que saímos de la paz, todo mundo tinha sido bem ignorante e indiferente, quando fomos pegar nossos bilhetes e perguntamos para o atendente se tinha algo que a empresa podia fazer, ele disse que não, sem dar a mínima para o que aconteceu, tudo bem, eu não esperava muita coisa mesmo. Pegamos o segundo ônibus rumo a santa cruz, finalmente. Acho que seriam umas 10h de viagem só chegaríamos no outro dia de manhã.

GASTOS:

Baño: Bs.1

Taxa do terminal: Bs.2,50 

Taxa do outro terminal: Bs.2,50

Frango (que compramos no terminal como janta): Bs.15

 

Dia 08/01- ADEUSSSSSS BOLíVIA!!!

GASTOS:

Táxi até a policia: Bs.15 

Táxi até o consulado: Bs.20

Mercado: Bs.15

Táxi até o aeroporto: Bs.60

*gastos com o táxi foram divididos com a Carol

Chegamos ao último dia de viagem, eu não podia acreditar. Mesmo depois de tudo o que aconteceu nas últimas horas, eu ainda estava triste de terminar (ou começar?) aquela jornada. Chegamos acho que umas 08h lá no terminal, parecia outro mundo. O terminal era muito grande e organizado, diferente de todos os outros que passamos que era o puro caos, me surpreendi. Esse terminal é tão organizado que tinha até um posto da polícia, então fomos lá nos informar sobre os procedimentos. Chegamos lá e não tinha ninguém, não tinha nem um computador, apenas um caderno. Já aceitei o fato que nada seria resolvido lá, obviamente. Depois de muito tempo o policial (?) apareceu . Explicamos tudo o que aconteceu e ele nos disse que teríamos que ir na delegacia fazer um boletim de ocorrência e depois ir no consulado brasileiro, ele nos deu o endereço e lá fomos nós.

Meu dinheiro estava acabando, só teria para o táxi, eu não estava em condições de me bancar, ainda mais bancar a Yolanda, então foi foda... Pegamos o táxi e ele nos deixou em frente a delegacia, estava cheio pra caralho! E a delegacia lá é um pouco estranha, porque assim, aqui no Brasil temos uma delegacia específica para cada coisa e geralmente ela está em diferentes lugares distribuídos pela cidade. Lá não, era como todas as delegacias em um mesmo lugar, cada um com seu departamento. E pra achar o lugar certo, rodamos aquele lugar inteiro, toda hora que achávamos que tínhamos achado, na verdade não hahaha depois de uns 30min achamos o departamento especializado em furtos e roubos. Não tinha ninguém, apenas um monte de policiais. Explicamos tudo o que aconteceu pro policial, e ele fez um boletim de ocorrência, escreveu tudo errado no boletim hahahahaha depois disso, ele disse para levar esse boletim no consulado. E lá vamos nós gastar mais dinheiro com o táxi, eu já estava quase zerada. Rapidinho chegamos ao consulado e quando entramos lá eu fui invadida por um sentimento de paz inexplicável, ouvir português, falar com os meus irmãos de pátria, ver a bandeira do país e praticamente sentir o Brasil ali foi como um calmante, era um pedacinho do Brasil numa terra desconhecida, eu não sabia que estava com saudades até entrar lá.

O consulado estava vazio então fomos atendidas rapidamente, a Yolanda explicou tudo e o atendente muito simpático e prestativo disse que ficaria tudo bem e que ela conseguiria voltar ao Brasil, disse palavras de conforto. Coisa que até então, ninguém fez, uma coisa tão simples. Por sorte, a Yolanda tinha o bilhete de estudante -  fora da validade -  mas o que importava era que ela tinha algum documento que comprovava seus dados. Isso facilitou muito o processo, eles tiraram uma foto, coletaram as digitais e ela passou por uma série de perguntas (que eu não sei ao certo, porque ela foi sozinha), em menos de uma hora ela recebeu uma autorização de retorno ao Brasil, achei bem impactante esse título hahaha uma onda de alívio bateu em mim, a Yolanda conseguiria voltar ao Brasil. E devo dizer que nem precisou do boletim de ocorrência. 

Ainda bem que existem consulados, porque eles te ajudam quando você menos espera, eu só tenho a agradecer a eles por toda a ajuda, porque mais do que dar apenas uma autorização e suporte, eles se mostraram sensibilizados com o que aconteceu e fizeram de tudo pra ajudar e isso foi uma coisa que quase ninguém fez - apenas a nativa que eu mencionei que se mostrou bem preocupada. Finalmente podíamos ir ao aeroporto, ante disso passamos no mercado e comprei algumas coisas com o último resquício de dinheiro que eu tinha. Nesse momento comecei a passar mal, e porque? Por causa da bosta do hot dog da noite passada, comecei a lembrar de todos os conselhos que me foram dados e  ignorados. Dica do fundo meu core: não comam essas comidas de rua, pelo seu próprio bem.

Devo dizer que santa cruz é uma cidade muito bonita, bem desenvolvida e bem parecida com SP,  foi a cidade mais bonita que eu passei na Bolívia, me surpreendi de verdade. Pegamos o táxi para o aeroporto e o taxista era muitoooo legal, muito simpático, nós contou sobre as várias aventuras dele pela América do sul. Uma coisa que notei em santa cruz: as pessoas são muito educadas, até então eu estava tão desacreditada na bondade das pessoas de lá, que me esqueci que as pessoas boas, felizmente, são maioria. Essa última cidade deixou uma boa impressão da Bolívia, por mais que tenha acontecido várias coisas que me deixaram irritada lá, eu voltaria pro Brasil com várias histórias incríveis pra contar. 

Ficamos no aeroporto por horas até o nosso embarque que seria 1h da manhã do dia 09. Eu só tinha algumas coisas do mercado pra comer e sobrou literalmente, 1bol. Fiquei impressionada de como o dinheiro deu certinho 😂 por pouco. Dado a hora do embarque, foi tudo tranquilo, a Yolanda conseguiu embarcar de boa com a autorização dela. 

E era hora de voltar pra casa, eu nem conseguia acreditar as coisas incríveis que vivi nesse um mês, lembrei de todas as pessoas que conheci, todos os lugares que passei, todos os perrengues que fizeram a viagem ainda melhor - porque hoje quando eu lembro, eu dou muita risada. Foi a minha primeira viagem sozinha por esse mundão, foi a primeira vez que eu senti a verdadeira sensação de liberdade e de gratidão, por estar ali, na hora certa e no momento certo. Eu com certeza, sem sombra de dúvidas, ainda vou me aventurar muito por esse mundão, que tem tanto a nos ensinar. Ainda tenho muitas pessoas pra conhecer, muitos lugares pra ver e muitos perrengues pra passar. Eu de coração, espero que meu relato tenha ajudado vocês, seja com o roteiro que vão seguir ou seja inspirando, inspirando a sair da sua zona de conforto e ver você mesmo tudo o que eu vi - e até mais. Que você viva histórias tão intensas quanto as minhas e venha aqui compartilhar sua história para inspirar outras pessoas. Até mais galera, nos encontraremos na próxima jornada!

 

Abraços. 

 

 

  • Amei! 4
  • 2 semanas depois...
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Oi Paola que perrengue que foi esses últimos dias hein menina caracaaaaa emoções a flor da pele esse furto com a sua amiga, apesar dos imprevistos souberam se ajudar uma a outra, como alimentação e a parte da grana da sua amiga acabar, admito que foram bem LIMITADAS de recursos financeiros mas ao mesmo tempo fizeram um VERDADEIRO MILAGRE, fazendo o dinheiro render tão bemmmmm nos principais roteiros dos 3 países da América do Sul, o planejamento deve ter sido minuciosamente calculado para se virarem tão bem com a grana justa.

 

OBS: A primeira Copacabana pelo que li foi a da Bolívia mesmo dando origem a fundação da nossa Copa aqui no Brasil.

 

Impressionante que tão jovens ainda e fizeram um mochilão que é o sonho de muitosssss ainda, parabéns por essa magnífica empreitada e que com certeza essa viagem tenha lhe trazido grandes benefícios e inesquecíveis momentos e um aprendizado para toda a sua vida, até emociona escrever pois deu para sentir o quanto essa viagem deve ter te trazido de mais alta emoção ao lado de todos que participaram dessa experiência eterna, acompanhando seu tópico desde janeiro e pegando todas as informações que dividiu conosco por aqui anotando tudinho. Aproveitaram TODAS  as festas que foram surgindo pelo caminho, fizeram vários amigos para guardar ETERNAMENTE.

 

Lamentavelmente aconteceu esse episódio horrível com sua amiga, eu juro que fiquei muito chateado e decepcionado, infelizmente a Bolívia já é um País pobre, sem muitos recursos do Governo, ao menos deveriam ter dignidade e vergonha na cara e não partir para o ocorrido que é considerado CRIME,fiquei muito chateado de verdade por sorte ainda bem que era o último dia de vocês no mochilão, pois com certeza sua amiga e vocês iriam ficar sem cabeça para terminar os roteiros.....O melhor a fazer foi mesmo ter voltado para casa, mas uma pena esse episódio com sua amiga, que sirva de ALERTA para outros mochileiros não passarem por isso na América do Sul, geralmente os blogs de viagem alertam para TODOS OS TURISTAS E MOCHILEIROS EM GERAL para levarem ‘’doleira’’ para manter os documentos, passaporte e dinheiro em segurança até quando forem tomar banho aconselham sempre a levar os principais pertences junto....@!!!!

 

Mas valeu por nos ALERTAR desse ocorrido Paola.

 

Fiquei feliz em saber que na Bolívia tinha esse consulado para auxiliarem vocês nos trâmites da volta para o Brasil, não tem jeito né brasileiro pode passar o sufoco que for mas mesmo assim são aguerridos e sempre dispostos a ajudar quem precisa nos momentos difíceis, até que o atendimento e suporte a vocês foram rápido e eficiente.

 

A sua última mensagem foi de fato muito ‘’emocionante’’, somos escravos da sociedade e do sistema no geral, almejamos um dia a nossa tão sonhada liberdade e prazer de largar tudo e viver viajando nesse ‘’mundão’’ que tem muito mas muitooooooo a nos oferecer, parabéns Paola pela grande experiência vivida nesse mês inteirinho, e por compartilhar esse momento histórico de sua vida conosco, me ajudou demais a elaborar meu roteiro para fazer esse mochilão em breve, suas palavras todas faladas com sentimento e amor pelo que fez ainda tão jovem.

 

Até mais Paola e espero que possa fazer outras jornadas maravilhosas como essa em sua vida, nos encontramos por ‘’aí’’.

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Paola, seu relato foi muito proveitoso.

Acredito que pra você sem dúvida tenha sindo única a viagem, afinal conseguiu aproveitar melhor, pois a carol coitada passou mau boa parte da viagem e ainda to incredula de como ela conseguiu caminhar a trilha da hindreletrica sem desfalecer e no outro dia ainda subir a trilha ate machu picch kkkkk, a outra esquece de fazer a contabilidade dos gasto o que é fundamental e por fim ainda consegue ser furdada, e o que chamo de viver no mundo da lua🤣🤣  

O bom que ficou muita historia pra contar e dar risadas. faz parte alegrias e desventuras.são experiencias que fica para o próximo mochilão.

Gostaria de saber o valor gasto do seu mochilão sem as passagens de avião de são paulo a santa cruz, se possivel claro.

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Em 15/06/2018 em 21:40, Anderson-Andy disse:

Oi Paola que perrengue que foi esses últimos dias hein menina caracaaaaa emoções a flor da pele esse furto com a sua amiga, apesar dos imprevistos souberam se ajudar uma a outra, como alimentação e a parte da grana da sua amiga acabar, admito que foram bem LIMITADAS de recursos financeiros mas ao mesmo tempo fizeram um VERDADEIRO MILAGRE, fazendo o dinheiro render tão bemmmmm nos principais roteiros dos 3 países da América do Sul, o planejamento deve ter sido minuciosamente calculado para se virarem tão bem com a grana justa.

 

OBS: A primeira Copacabana pelo que li foi a da Bolívia mesmo dando origem a fundação da nossa Copa aqui no Brasil.

 

Impressionante que tão jovens ainda e fizeram um mochilão que é o sonho de muitosssss ainda, parabéns por essa magnífica empreitada e que com certeza essa viagem tenha lhe trazido grandes benefícios e inesquecíveis momentos e um aprendizado para toda a sua vida, até emociona escrever pois deu para sentir o quanto essa viagem deve ter te trazido de mais alta emoção ao lado de todos que participaram dessa experiência eterna, acompanhando seu tópico desde janeiro e pegando todas as informações que dividiu conosco por aqui anotando tudinho. Aproveitaram TODAS  as festas que foram surgindo pelo caminho, fizeram vários amigos para guardar ETERNAMENTE.

 

Lamentavelmente aconteceu esse episódio horrível com sua amiga, eu juro que fiquei muito chateado e decepcionado, infelizmente a Bolívia já é um País pobre, sem muitos recursos do Governo, ao menos deveriam ter dignidade e vergonha na cara e não partir para o ocorrido que é considerado CRIME,fiquei muito chateado de verdade por sorte ainda bem que era o último dia de vocês no mochilão, pois com certeza sua amiga e vocês iriam ficar sem cabeça para terminar os roteiros.....O melhor a fazer foi mesmo ter voltado para casa, mas uma pena esse episódio com sua amiga, que sirva de ALERTA para outros mochileiros não passarem por isso na América do Sul, geralmente os blogs de viagem alertam para TODOS OS TURISTAS E MOCHILEIROS EM GERAL para levarem ‘’doleira’’ para manter os documentos, passaporte e dinheiro em segurança até quando forem tomar banho aconselham sempre a levar os principais pertences junto....@!!!!

 

Mas valeu por nos ALERTAR desse ocorrido Paola.

 

Fiquei feliz em saber que na Bolívia tinha esse consulado para auxiliarem vocês nos trâmites da volta para o Brasil, não tem jeito né brasileiro pode passar o sufoco que for mas mesmo assim são aguerridos e sempre dispostos a ajudar quem precisa nos momentos difíceis, até que o atendimento e suporte a vocês foram rápido e eficiente.

 

A sua última mensagem foi de fato muito ‘’emocionante’’, somos escravos da sociedade e do sistema no geral, almejamos um dia a nossa tão sonhada liberdade e prazer de largar tudo e viver viajando nesse ‘’mundão’’ que tem muito mas muitooooooo a nos oferecer, parabéns Paola pela grande experiência vivida nesse mês inteirinho, e por compartilhar esse momento histórico de sua vida conosco, me ajudou demais a elaborar meu roteiro para fazer esse mochilão em breve, suas palavras todas faladas com sentimento e amor pelo que fez ainda tão jovem.

 

Até mais Paola e espero que possa fazer outras jornadas maravilhosas como essa em sua vida, nos encontramos por ‘’aí’’.

Oi Anderson! Obrigada pela sua mensagem linda!! Eu fico imensamente feliz de saber que estou ajudando tantos mochileiros como você de alguma forma, seja com o roteiro ou inspirando a colocar uma mochila nas costas e desbravar o mundo. Bom, eu também acho que fizemos milagre com nosso dinheiro e ainda acho que poderíamos ter economizado mais, como você pôde ver o dinheiro deu certinho, foi sorte, mas foi bem arriscado. Fomos com pouco dinheiro e por isso tivemos que pesquisar tudo e seguir a risca, afinal, ou era isso ou não iriamos. Porém, levando em consideração que houveram alguns imprevistos, até que fomos bem sucedidas.

Confesso que no começo da viagem achei que seria estranho por ser tão jovem (afinal, a galera geralmente tinha mais de 21). Mas essa essa hesitação só durou algumas horas, porque depois eu enxerguei como eu era sortuda por começar a explorar o mundo tão cedo, eu tenho tantas historias pra contar que pessoas da minha idade nem imaginam haha tive a sorte de só conhecer pessoas incríveis e alguns amigos que vou levar por muito tempo.

Lamentavelmente coisas ruins acontecem, pelo menos foi no ultimo dia e não nos prejudicou tanto. Eu agradeço até hoje por tudo ter dado certo, a mãe da Yo nos ajudou com a passagem para Santa cruz e depois do furto da Yolanda tivemos o auxilio do consulado, que nos ajudou de todas as formas que pôde, não só com o documento em si, mas falando "ei relaxa, vai dar tudo certo". Por mais, que ela tivesse perdido muitos pertences importantes, ela tinha a nós para ajudar. Mas eu diria que ela teve sorte, porque diferente de muitos mochileiros ela tinha alguém que poderia ajuda-la com a grana. Mais um dos motivos pelo qual compartilhei nossa historia, vocês poderiam aprender com o dela (e o meu tbm - porque roubaram minha câmera).

Obrigada por acompanhar meu relato e pela sua mensagem!! Sempre quis retribuir toda a ajuda que tive pra realizar esse sonho, e também esse relato é uma forma de me lembrar de todos os momentos que vivi. Eu te desejo uma ótima viagem e que você viva historias tão emocionantes quanto as minhas (mas, sem tantos perrengues hahaha), eu tenho certeza que você vai conhecer pessoas incríveis e lugares incríveis na sua jornada!

Até mais Anderson, quem sabe não nos esbarramos por ai, né? 

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Em 16/06/2018 em 13:46, tatyanne ribeiro de sousa disse:

Paola, seu relato foi muito proveitoso.

Acredito que pra você sem dúvida tenha sindo única a viagem, afinal conseguiu aproveitar melhor, pois a carol coitada passou mau boa parte da viagem e ainda to incredula de como ela conseguiu caminhar a trilha da hindreletrica sem desfalecer e no outro dia ainda subir a trilha ate machu picch kkkkk, a outra esquece de fazer a contabilidade dos gasto o que é fundamental e por fim ainda consegue ser furdada, e o que chamo de viver no mundo da lua🤣🤣  

O bom que ficou muita historia pra contar e dar risadas. faz parte alegrias e desventuras.são experiencias que fica para o próximo mochilão.

Gostaria de saber o valor gasto do seu mochilão sem as passagens de avião de são paulo a santa cruz, se possivel claro.

De fato a Yolanda vive no mundo da lua mesmo hahaha não posso negar. A Carol resistiu a viagem inteira, foi muito dificil pra ela em alguns momentos, como pra subir a Humantay, fazer a trilha da Hidreletricidade, etc. Ninguém quer ficar doente durante uma viagem né. 

Mesmo depois de todos os perrengues, foi incrível a viagem e temos boas historias pra contar graças a isso. Acho que no final, ninguém tá livre disso haha isso torna o mochilão ainda mais emocionante e imprevisível. 

Bom, referente a sua pergunta... Tirando o preço das passagens levamos uns $815 mais ou menos, seria aproximadamente uns R$2500 o que foi bem mais que a minha meta (que era de $750), de qualquer forma, eu indico a levar um grana reserva se puder, e não contar com "dinheiro livre". 

  • 2 meses depois...
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Postado

Parabéns pelo relato!! Bastante completo e com anotações de valores, que ajudam muito outros mochileiros!!

Fiquei doido na história do furto da mochila!! Sou neurótico com minhas coisas kkkk

Pra vc ter uma idéia eu ando com meus documentos em uma bolsa de plastico pendurada no pescoço, por dentro da roupa, tipo um porta crachá! Cabe certinho meu passaporte e carteira internacional de vacinação!! Além desse porta crachá eu uso sempre uma doleira na cintura, por baixo da calça!

Fui roubado uma vez na Argentina, levaram meu celular, mesmo eu tendo tanto cuidado!! A gente tem sempre que estar de olho em tudo!!

Ah, preciso muito fazer uma pequena correção! O vulcão majestoso que fica em Arequipa se chama El Misti. É o meu vulcão preferido!! kkkkk

Abração!

Bons ventos!!

  • Amei! 1
  • 1 mês depois...
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Postado

@Paola Rafaelly Que perrengue vocês passaram no final da viagem, hein? Mas mesmo com os contras, acredito que tenha sido uma experiência única e que a levará para toda a vida. Certamente fariam tudo de novo, mesmo sabendo que essas coisas iriam acontecer.  Eu tinha lido o seu relato até o postado no começo de março. Terminei a leitura hoje. Eu fiz o meu primeiro mochilão (sozinho) para o Peru, entre 17 de março e 08 de abril, passei por muitas cidades, vários lugares incríveis, mas não consegui completar a viagem, pois sofri um acidente em Cusco e fiquei os 8 últimos dias da viagem no hospital. Mas mesmo assim, se eu fosse viajar hoje novamente, mesmo sabendo que sofreria o acidente e todo o transtorno que ele me causou nos meses seguintes, eu viajaria novamente sem pensar duas vezes.

Não vejo a hora de poder botar o mochilão nas costas e viajar por aí de novo, sem rumo, sem cobranças, sem pressão, só curtindo os momentos. E preciso voltar para Cusco para finalizar este mochilão, conhecer Machu Picchu e fazer uma visita para a Marleni e seu filho Jhonatan (cusquenhos), que me ajudaram muito sem nem me conhecer. Se não fosse por eles eu poderia não estar aqui hoje.

Obrigado pelo seu relato. As palavras finais certamente inspirarão muitas pessoas.

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