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O famoso Oásis das Américas demaisssssss deserto e dunas para todos os lados as fotos que tiraram FICARAM UM ARRASO que vibe show que vocês todas fizeram,só de ler os relatos aumenta cada dia vez mais a vontade de fazer um mochilão assim como fizeram. To adorando os relatos...!!!!!

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  • 2 semanas depois...
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Dia 27/12- Ica

Acordei cedo depois da péssima noite que tive, acordei toda picada de mosquitos, como eu tenho um pouco de alergia a picadas de insetos eu fiquei bem vermelha e as partes que estavam mais expostas ficavam coçando muito e doendo, foi horrível. Até usei alguns remédios pra coceira, mas não me ajudaram muito. 

Os brasileiros, os espanhóis e a Deise já tinham ido embora e só restou nós lá mesmo, voltou a ser um hotel fantasma hahaha 

Conhecemos uns brasileiros que tinham acabado de chegar e eles e a Yolanda foram subir as dunas porque queriam ver o oásis lá de cima. Como eu estava meio mal das picadas e estava bem cansada devido a péssima noite, acabei nem indo. Zero pique. Enquanto isso, fui na mesma lanchonete do dia anterior e pedi Hambúrguer de novo, porque era o mais barato.

Ps.: Se você quer economizar então vai a dica, evita almoçar lá. Almoço e janta são muito caros, vale mais a pena comer umas besteiras lá (afinal, você só vai ficar um dia) e deixar pra comer melhor em Ica. Ou então, se permitir ter uma refeição, como nós.

Arrumamos nossas coisas e já fomos embora assim que a Yolanda voltou. Dessa vez, pegamos os famosos tuk-tuks de Ica, me senti na Índia não vou negar :P foi muito legal experimentar esse costume local, sem contar que é mais barato que táxi. E se você pensa que esses carros são pequenos demais pra caber um mochilão, fica tranquilo, porque coube três mochilões perfeitamente hahaha

Fomos deixadas na Plaza de armas, a minha primeira impressão da cidade foi horrível, parecia ser uma cidade bem caótica e barulhenta, tivemos que andar pra cacete pra encontrar o nosso hostel, eu já havia pesquisado um hostel muito legal e super barato, então já fomos em direção a ele. Depois de andar uns 30 minutos, finalmente chegamos e me surpreendi muito com esse hostel, se chama Ica Hostel eu acho. Ele tem uma infraestrutura maravilhosa, tem café da manhã, bar e uma vibe muito boa, ele tem um preço ótimo, então eu super indico. Tô fazendo o maior jaba do hostel hahaha esse hostel foi o melhor que eu fiquei durante toda a viagem, ele superou o Wild Rover (e um chuveiro melhor ainda).

Tomei o sagrado banho e fomos comprar as passagens para Cusco, antes disso trocamos mais dinheiro.

Ps.: Em ica não tem casas de câmbio e sim pessoas que trocam o dinheiro na rua mesmo, apesar de parecer golpe, não é. Mas prestem bem atenção, geralmente eles vestem uma roupa que os identifica.

As passagens estavam caríssimas e acabamos optando pela Palomino de novo. Passamos em uma lojinha e compramos algumas coisas para comer, fomos no mercado comprar snacks (mas as coisas não eram muito baratas lá). Voltamos pro hostel e ficamos no bar jogando ping-pong e sinuca. Ficamos na área do hostel e lá conhecemos um brasileiro (que não parecia nem um pouco brasileiro) e seu amigo, um pouco esquisito hahaha de quebra conhecemos também dois alemães, Wenzel e Jonnhy. Mal sabíamos nós que nos tornaríamos muito próximos :D os dois alemães estavam fazendo intercâmbio no Rio de janeiro e eram mais brasileiros que nós.

Ficamos conversando na área do hostel quando o Wenzel falou que o hostel dava Free pisco, como eu não posso ver nada de graça que já quero e eu já estava in love pelo pisco, logo fui pegar meu Free pisco parte dois B| chamamos eles pra ficar no bar do hostel, e curtimos muito a noite jogando sinuca e bebendo pisco hahaha eles foram as melhores pessoas que tive o prazer de conhecer, eles iriam pra Cusco no dia seguinte, então combinamos de nos encontrar lá.

GASTOS:

Cotação do dia: $1- S/.3,22 (trocamos $40 e deu S/.128)

Hamburguer: S/.5

Táxi: S/.1,70 (dividido)

Passagem para Ica: S/.110

Comida: S/.7,50

Snacks: S/.3,60

 

Dia 28/12- 17h 

Acordamos cedo e tivemos um ótimo café da manhã, depois disso fui tomar o sagrado banho e arrumar minhas coisas para o check-out, depois fomos para o terminal da Palomino, pegamos o bus e eu me dei conta de que não estava preparada para 17h de viagem, com direito a precipício, passar mal e não conseguir dormir a viagem inteira. Se eu achava que a viagem Tacna-arequipa tinha sido ruim, o destino estava me reservando coisa pior. 

PS.: Esse trajeto é muito demorado e tem muitaaaaaaas curvas, vá preparado com muito dramin e um saquinho, você vai precisar.

GASTOS:

Snacks: S/.4

Táxi até o terminal: S/.1,20

Dia 29/12- Cusco

Chegamos 8h em Cusco, o tempo estava feio, chuvoso e frio. Procuramos um táxi, mas estava caro, acabamos encontrando um casal de italianos e rachamos o táxi, como já tínhamos reservado um hostel - afinal é uma época com muitos turistas e não queríamos arriscar ficar sem hostel - já fomos deixadas na rua do hostel. Chegando lá tivemos um pequeno susto, o hostel mais parecia que ficava na entrada de um beco (porque era mesmo), era um hostel novo mas a estrutura não era muito boa, se chama Cobra Hostel. Quando chegamos lá os donos pareciam até um pouco surpresos com nossa ilustre presença. Assim que chegamos já pensamos em mudar de hostel, mas fomos conquistadas pelos dois donos no hostel.

Fomos pro nosso quarto - que até que era bom, tomei um banho maravilhoso que tinha seus altos e baixos, depois fomos procurar um lugar pra comer. Fomos ao mercado de San Pedro, que é ótimo lugar pra comer bem e barato (tem feijão lá). O legal é que lá tem muito coisas baratas para comprar, então logo comprei uma souvenirs, parei numa barraquinha e resolvi comprar um suco porque era baratinho, só sei que no primeiro gole quase gorfei aquilo de tão ruim, fiquei bem uma hora tentando tomar aquilo, porque o Julius que existe dentro de mim ficava pensando que tinha gasto 1 sol naquela bosta, mas depois não deu mais e joguei no lixo. Depois fomos procurar uma agência para fazer os passeios e fomos comprar os tickets para Machu Picchu, logo na fila conhecemos dois acreanos, muito gente boa, batemos o maior papo e logo trocamos contato. Fizemos algumas pesquisas para comparar os preços da agência e fechamos em uma para fazer o trajeto até a hidrelétrica, a humantay e de última hora decidimos fazer zip-line. Fomos ao mercado para comprar comida e voltamos pro hostel para dar aquele famigerado descanso. Marcamos de encontrar o Wenzel e o Jonnhy na plaza a noite. Foi o tempo de comer e já ir. Encontramos eles e fomos procurar um bar barato, o que mais tem na cidade é bar galera, então só sair garimpando. Encontramos um bar super legal, onde ficamos bebendo e conversando, eu queria indicar esse lugar onde a bebida é super barata, mas eu vou fazer devendo essa porque eu não lembro. Nesse dia estava chovendo bastante, mas quem liga pro tempo quando se esta viajando, né?

Nota: Sobre a cidade... Ela é linda, tem um ar meio coloquial pela interferência europeia. Não se engane com a cidade, pode parecer uma cidade muito desenvolvida, mas é uma cidade pobre que gira quase que exclusivamente em torno do turismo. Tem muitas coisas para conhecer lá, então você nunca vai ficar entendiado, mas também se prepare porque tem muitas ladeiras. 

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*Vou ficar devendo fotos de qualidade, porque o Drive resolveu dar a louca agora. 

GASTOS: 

Cotação do dia: $1- S/.3,21 (trocamos $70 e deu S/.224,70)

Cotação do dia: $1- S/.3,21 (trocamos $48 e deu S/.154) (Fomos duas vezes)

Machu Picchu (ingresso): S/.152

Llmas: S/.3

Bolsinha: S/.3

Chaveiro: S/.2

Almoço: S/.5

Gorro: S/.9

Transporte para Hidreletrica: S/.55

Humantay+ Zip-Line: S/.165

Mercado: S/.8

cerveja: S/.12

 

Dia 30/12- Humantay

Levantamos cedo pra caralho, mais ou menos 3h40 para fazer o passeio da humantay, ou seja, devo ter dormido umas 3h, afinal tínhamos ido pro bar no dia anterior, consequências né. 

04h40 a agência veio nos buscar, e devo dizer que eles quase não nos acharam, afinal estávamos meio isoladas naquele beco. Fomos num carro que tinha uma galera muito chata da Argentina que se isolavam entre eles e se achavam maior que o mundo. Demoramos duas horas numa estrada bem pavimentada, com direito a precipício obviamente. E depois pegamos 30 min de estrada de barro.

Paramos para desayunar (que estava muito bom) e acabamos conhecendo um casal do Acre, foi simpatia a primeira vista. Pegamos estrada mais um pouco e depois de uns 15 minutos chegamos a base. 

Ali mesmo na base, nós já estávamos a 3.800m e subiríamos mais 300m num decorrer de 4km, pode parecer fácil, mas não se enganem meros mortais hahaha foi difícil pra cacete. Aquele dia estava chuvoso e bem nublado, logo tinha muita lama e um lugar bem propenso para cair. Nos deram um bastão para ajudar na caminhada e fizemos uma pequena parada para ouvir algumas explicações sobre o lugar. 

A subida foi muitoooo cansativa, eu achava que estava preparada e habituada com a altitude, mas eu me enganei real. Eu pensei que a minhas pernas iam se descolar do corpo, porque eu já não aguentava mais subir aquilo, e isso porque eu só tinha acabado de começar. Depois de 1h30 de neblina, chuva, lama, um cansaço do cacete, nós chegamos ao topo. E já vou avisando que a parte final é bem mais ingrime e perigosa, um passo em falso e você sai rolando naquela montanha. Cheguei lá em cima e não consegui ver nada porque estava muito nublado, logo pensei "ahhhhhhhhh pronto, subi a toa", mal sabia eu que a natureza só estava dando um suspense para o que eu veria em seguida. Simplesmente a névoa se foi, revelando aquele lago incrível, com uma cor de esmeralda, bem cristalina, bem em frente a big mountain. Segundo o guia, aquela montanha é considerada sagrada, é como uma deusa (sou péssima nas explicações), ninguém se banha naquele lago porque é considerada sagrada pelos nativos e seria um desrespeito dar um mergulho lá (e provavelmente a pessoa morreria de hipotermia). Ficamos lá por uns 40 min, tirei várias fotos porque queria me lembrar desse lago pra sempre.

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Começamos a descer e nem preciso falar que foi bem mais fácil que a subida né, mas ainda assim estava muito frio, nublado e bem escorregadio o trajeto. Descansamos um pouco e fomos pro carro para finalmente comermos algo, o almoço foi bem completo, super indico esse passeio porque o custo x benefício é ótimo, você paga um preço bom pelo passeio com café da manhã e almoço incluso, a agência que nós fizemos não deixou a desejar em nenhum momento e o nosso guia era super prestativo e atencioso, sempre preocupado se estávamos bem.

No caminho de volta a Carol passou muito mal (muito mal mesmo), ela estava sentindo fortes enjoos e não estava conseguindo lidar muito bem com a altitude e o cansaço, tivemos que parar no meio da estrada para ela poder se recuperar um pouco. Durante toda a viagem a Carol foi sem sombra de dúvidas a pessoa que mais sofreu, por conta da altitude, da desidratação e por conta da comida. 

Voltamos para a cidade por volta das 15h e ficamos a tarde inteira descansando, fomos ao mercado e depois fomos encontrar o Kennedy e a Eloara na Plaza, ficamos conversando e foi muito bom reencontra-los, combinamos com eles de passarmos o ano novo juntos. Voltei cedo pro hostel e capotei na cama porque eu estava realmente cansada. 

GASTOS: 

UM DIA SEM GASTOS!!!

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"o Julius que existe dentro de mim" :D

Cara, massa tua história. Vou pra lá em agosto, mas pretendo ir pra MP, Humantay e Rainbow Mountain por conta própria. Me admira alguém tão Julius quanto você ter ido com agência! O que te levou a fazer isso? Segurança? Ouvir as explicações dos guias? Falta de ânimo pra encarar os transportes públicos? Falta de tempo? 

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22 horas atrás, DiegoDutra disse:

"o Julius que existe dentro de mim" :D

Cara, massa tua história. Vou pra lá em agosto, mas pretendo ir pra MP, Humantay e Rainbow Mountain por conta própria. Me admira alguém tão Julius quanto você ter ido com agência! O que te levou a fazer isso? Segurança? Ouvir as explicações dos guias? Falta de ânimo pra encarar os transportes públicos? Falta de tempo? 

Obrigada!! :) então Diego, eu até pensei em ir de ônibus mesmo, mas como tinha que dar muito rolê e fazendo as contas percebi que não iria dar uma grande diferença de preço, optei por ir de agencia mesmo. Mas tbm não posso dizer que sofri menos, 6h de carro e dps 11km de trilha debaixo de chuva não é nada fácil haha até hj não sei como minhas pernas estão aqui. Nós não fomos com guia para MP, só pegamos o carro para a Hidrelétrica, eu não tinha pique e nem dinheiro pra ficar ouvindo um monte de explicações em MP, lá eu só queria paz e silencio (que na minha opinião é mais a vibe do lugar). Depois eu pesquisei sobre a cidade perdida e peguei algumas explicações de guias la.

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  • 2 semanas depois...
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Dia 31/12 - ANO NOVOOOOO!!!

Acordamos 07h30 para o zip-line, que nada mais é que uma sequência de quatro tirolesas, uma maior que a outra. A princípio não era nossa intenção fazer-lo, mas como a nossa grana estava curta para fazer outras coisas, optamos por dar uma oportunidade a essa aventura, afinal o zip-line é numa espécie de cânion, cujo nome não me lembro. 

Fomos para agência e depois de uns 20 min, subimos para a van, achei engraçado que só tínhamos nós de estrangeiras no carro, o povo era tudo do Peru, aparentemente os turistas não fazem muito aquele passeio. Passaram-se uns 30 min e chegamos ao local, assinamos um contrato que era mais ou menos sobre se eu morresse ali eles não se responsabilizariam, mas beleza, eu não estava com medo. Colocamos os equipamentos e foram passadas algumas instruções. Devo dizer que foi nessas instruções que aprendi uma palavra muito interessante em espanhol, o guia começou a dar instruções para quem era "surdo", daí eu pensei: se a pessoa é surda como que ela vai ouvir o que o cara estava falando? Quando foi a minha vez de ir, o cara falou "eres surda?" E eu disse "não, eu escuto muito bem", ele ficou com uma cara de quem não estava entendendo nada, eu também provavelmente. Daí ele falou "mano derecha y izquierda", e foi assim que eu entendi que "surdo" é destro. Ok, vida que segue. 

São 4 sequências de tirolesas, a primeira 400m, a segunda 500m, depois 600m e por último 700m. As primeiras três vezes fui na posição normal e a última fui na posição Superman, como vocês já podem imaginar. Cada tirolesa era de tirar o fôlego, a visão que se tinha lá em cima era de cair o queixo de tão surpreendente e alto que era.  

Nos deixaram livres para tirar fotos e depois voltamos para a cidade, vivas. Ainda bem. 

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Fomos comprar nossas passagens para Copacabana no terminal e mal sabíamos o que aconteceria no futuro. Voltamos a pé pro hostel, inclusive se você quiser economizar grana, vai pro terminal a pé, é pertinho da Plaza, uns 25min e você economiza 6 soles.

Nesse caminho de volta pro hostel, aproveitei para comprar minha blusa de alpaca e um boneco de alpaca, que eu estava louca pra comprar desde de que pus os olhos pela primeira vez, devo dizer inclusive, que se eu fosse rica (ou fosse como o Soaren que não tem com o que gastar seu dinheiro) eu teria comprado uma llama em tamanho real.Como estávamos mais afastadas da cidade, então saiu bem mais em conta o que compramos. Passamos na farmácia e compramos repelente para Machu Picchu (mal sabia eu que devia ter comprado para ica né). Comemos no subway e a Carol passou mal de novo, então teve que ficar descansando um pouco a tarde. Tomei o sagrado banho e me arrumei pro ano novo, eu nem podia acreditar que era o último dia de 2017 e eu estava em Cusco! Durante muito tempo eu sonhei que iria fazer um mochilão pela América do sul, eu nem podia acreditar que realmente estava acontecendo, é tão gratificante quando você realiza algo que tanto sonhou. 

Dei uma passadinha rápida no mercado e fiquei jogando ping-pong até dar a hora de sair. Resolvemos ir primeiro pro Wild Rover encontrar os alemães, conversamos um pouco e bebemos uma cervejinha. Ficamos pouco tempo lá, pois tivemos que descer (porque o WR fica numa puta ladeira do caralho) para encontrar o Max e a Danina (os alemães que conhecemos em Arequipa). Devo dizer que também marquei de encontrar o Ramiro na plaza umas 23h30 (aquele que conheci no Uyuni), mas foi uma péssima ideia. Era 21h30 e já estávamos na Plaza esperando os alemães, quando encontramos os brasileiros que conhecemos em Arequipa, o Yuri e o Gabriel. Ficamos conversando e o Max e a Danina chegaram logo depois, conhecemos o namorado da Danina e uma amiga deles, foi legal porque todo mundo interagiu naquele momento. 

Nos despedimos do Yuri e do Gabriel e o Max nos levou para uma pedra onde tínhamos uma visão panorâmica da cidade, era lindo demais, essa pedra era perto de uma pequena queda d'água e pra chegar nela tem que subir uma ladeira enorme. Fica na rua do hostel flying dog. Nessa pedra conhecemos os amigos alemães do Max e da Danina, eles estavam fazendo trabalho voluntário em Cusco.

Ficamos pouco tempo lá, afinal a maior parte daquela galera eu não conhecia e queria estar perto de pessoas que eu já conhecia e gostava. Nos despedimos do Max e da Danina, pra valer dessa vez, foi triste dizer adeus principalmente pra Danina, uma pessoa que gostei muito. 

Fomos pro hostel do Kennedy e da Eloara e foi a melhor decisão que tomamos na vida. Foi super legal, estava tendo uma festa lá - obviamente. Não pretendíamos beber, mas o Kennedy insistiu muito para que experimentassemos uma bebida e acabamos topando, era uma bebida muitoooo boa, eu não lembro o nome, só lembro que era algo misturado com Coca-Cola. Ficamos um bom tempo dançando, bebendo e conhecendo pessoas novas daquele hostel. A amizade que nós criamos com o Kennedy e a Eloara era estranha, porque parecia que nos conhecíamos a anos e eu confiava demais neles, definitivamente o nosso santo bateu, e eu sou muito grata por tê-los conhecido e ainda mais por passar a virada do ano com eles. Conhecemos um cara que nós já tínhamos lido o relato dele na página do mochileiros no Facebook, foi muito surreal, porque o relato daquele cara foi um dos que me mais me inspirou a começar aquela jornada, até hoje eu não acredito. O tempo passou tão rápido que nem percebemos que só faltavam 10min para a virada do ano. 

Fomos para a Plaza e finalmente começou a contagem regressiva, gritei pra caralho como se não houvesse amanhã, e os fogos começaram a explodir no céu, estávamos tão felizes, os fogos não só explodiam no céu, como na minha alma. Foi surreal as emoções que senti naquele momento, porque novamente eu estava com as pessoas certas, no lugar certo, não podia ter feito escolha melhor.  

Eu não sei se é em todo o Peru ou apenas em Cusco, os nativos têm a tradição de toda virada do ano dar sete voltas em volta da Plaza, acho que pra dar sorte e diferente do Brasil, as pessoas tem a tradição de se vestir todo de amarelo, para atrair dinheiro. 

Assim que deu a virada o Kennedy abriu o champanhe e comemoramos todos juntos o ano que tinha acabado de começar. Sabe, eu posso dizer que fiquei aliviada de passar a virada do ano com brasileiros, porque ninguém sabe comemorar como brasileiro, é muito mais caloroso e divertido, ainda mais com amigos que gostei tanto de conhecer. Depois de tomar o champanhe, fomos levados por uma multidão que estava dando as voltas na Plaza. Olhei em volta para todas aquelas pessoas felizes, cheias de esperança para o novo ano, com aquele céu cheio de fogos, só pude sentir gratidão pela vida.

Inclusive, se você pretende passar o ano novo viajando, indico irem para Cusco, é a cidade mais badalada e animada pra passar a virada no Peru, tem muitas festas e a Plaza fica super animada também. 

Depois de darmos uma volta na Plaza decidimos que era hora de encontrar o Wenzel e o Jonnhy. Me despedi do Kennedy e da Eloara com o coração na mão, definitivamente foi a despedida mais triste que tive, afinal eu tinha gostado realmente deles.

Lá fomos nós subir aquela puta ladeira de novo para ir pro WR, o legal é que eu sempre encontrava alguém e mesmo sem se conhecer nós desejávamos feliz ano novo e nos abraçávamos, é o efeito do ano novo - ou da bebida 

Chegamos no WR e a festa estava a mesma coisa, só que quase todo mundo bêbado. Conversamos, dançamos, bebemos e nos divertimos demais. Esse hostel por ficar no topo de Cusco praticamente, rende uma visão panorâmica da cidade, era muito legal ver os fogos de lá. Mas eu ainda preferia ficar no meio do povão para passar a virada.Depois de altas horas me divertindo, resolvemos que era hora de dar o pé e voltamos pro hostel, Carol não estava passando muito bem então não pudemos ficar mais. Ainda não tinha caído a ficha que já era 2018, que loucura!

PS: como puderam perceber, não encontrei o Ramiro. Combinei de encontrar ele na Plaza aluna minutos antes da virada - oque foi um péssimo ponto de encontro, afinal havia centenas de pessoas lá, era impossível acha-lo. 

PS: lembram que eu tinha combinado de encontrar o Vicente, aquele francês do Uyuni? Então, tentamos marcar de se encontrar, mas ele estava em Puno é só chegaria no dia 1, e nesse dia nós iríamos para MP, em pensamos em ser dia 2 quando voltássemos, mas também não daria porque ele estaria indo para MP, daí já desistimos da ideias de nós encontrar porque o roteiro não estava batendo.

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GASTOS:

Cotação do dia: $1- S/.3,20 (trocamos $55 e deu S/.176,00)

Repelente: S/.4 (div.)

Blusa: S/.23

llamas (chaveiro): S/.4

llama: S/.13

Mercado: S/.4

Subway: S/.9

Passagem para Copacabana: S/.50

 

Dia 01/01- Ida para aguas calientes

Acordamos 06h da manhã e eu tinha me arrependido amargamente por ter escolhido aquele dia para ir pra MP, eu estava simplesmente acabada. 

Fomos para a Plaza e pegamos a van, foram 6h de viagem. Tivemos uma parada para almoçar (que não é incluso) e fomos deixadas na hidrelétrica para começar a caminhada até aguas calientes. Essa caminhada de 11km não foi fácil, principalmente para a Carol que estava sentindo dores em tudo quanto era parte do corpo, pensei que ela fosse desmaiar a qualquer momento, por esse motivo demoramos mais que o previsto para chegar ao pueblo, geralmente em 2h você termina o trajeto, demoramos 3h! 

A trilha não é difícil, você vai seguindo o trilho do trem e sempre tem bastante gente nesse caminho, só fique atento com a sinalização do trem para não ser atropelado, logo na parte final da trilha vai ter uma bifurcação, é o único desvio que tem durante todo o trajeto, você tem que desviar o caminho (ou seja, não ir pelo trilho), porque logo mais a frente tem um túnel e se você estiver lá e passar um trem, você não tem muito pra onde correr, então já sabe, na parte final da trilha, não passe por nenhum túnel. Fora isso, não tem nenhum perigo, é legal que em vários momentos você consegue ver o rio bem imponente, com toda a sua força.

Obs: indico levarem repelente, eu não sofri com isso porque eu acho que Deus resolveu me poupar depois de Ica, mas várias pessoas que eu encontrei, recomendaram levar, durante a trilha tem muito mosquito. 

Chegamos em Aguas calientes por volta das 19h, já havia anoitecido e a cidade é muito linda e charmosa a noite, é tipo uma vilazinha bem afastada do mundo, não sei se por estar tão perto da cidade perdida, mas aquele Pueblo tem um ar meio misterioso e enigmático. 

Já havíamos reservado um hostel pois era uma época de alta temporada, mas depois conversando com algumas pessoas, descobri que não era tão necessário assim ter reservado. O Pueblo é bem pequeno e eu achava que não dava pra me perder, mas me perdi. Rodamos a vila inteira até achar o bendito hostel Urpi, chegamos no quarto e ficamos beeeem surpresas, era mais um hotel que um hostel, era um quarto para três pessoas, tínhamos o nosso próprio banheiro, o que era ótimo. Sabe, eu gosto muito da vibe do hostel e não troco por nenhum luxo, mas naquele momento eu fiquei muito feliz por ter um quarto "só pra mim", eu precisava de paz e precisava descansar, só queria poder jogar minhas coisas em qualquer lugar e capotar na cama. A Yolanda estava mal também e resolveu já dormir, ela estava com uma febre alta e estava me preocupando um pouco, pelo estado dela eu não sabia se ela aguentaria subir MP no dia seguinte.

Saímos só para comprar uma pizza e finalmente fui dormir. E pensar que no outro dia eu ia conhecer MP, uma das sete maravilhas do mundo. Meu coração ainda não estava preparado hahaha

GASTOS:

Banheiro: 

Cotação do dia: $1- S/.3,20 (trocamos $55 e deu S/.176,00)

Repelente: S/.1

Almoço: S/.10

Hostel: S/.37

Pizza: S/.9,30

Snack: S/.2,50

 

Dia 02/01- MACHU PICCHU

Os nossos ingressos para MP era para a parte da manhã, então levantamos 03h30 pra começar bem cedo. No dia anterior o hostel nos deixou uns snacks (já que não ficaríamos para o café da manhã), por volta de 04h30 chegamos ao ponto inicial da trilha. 

Demoramos umas 2h para chegar ao topo e pqp, que subida é aquela? Gente de verdade, até hoje eu me pergunto como alguém descobriu MP. Você tem que subir uns 10.000 degraus pra chegar, é muitoooo cansativo, eu nunca fiz tanto esforço na vida. Você tem que pegar um carro por 6h numa mistura de estrada com barro mais precipício, andar 11km perto de um rio gigante e ainda tem que subir dezenas de degraus em meio a floresta, como diabos alguém conseguiu em encontrar esse lugar? Não é a toa que se chama cidade perdida dos incas. Mas pelo menos tem sinal no celular (coisa que na minha casa não tem). 

Em diversos momentos eu fiquei pensando o porquê que eu não paguei $30 para subir de carro. Mesmo que minhas pernas quase tenham caído do corpo, não me arrependo nem um pouco de subir a pé, porque sinceramente eu acho muita hipocrisia você pagar pra subir de ônibus (fora as pessoas que necessitam), para pra pensar... Na época dos incas não tinha ônibus para levá-los até lá em cima, era na raça mesmo. Eu queria me sentir o mais próximo possível daquele lugar, e para isso era necessário que eu fizesse o mesmo trajeto que eles faziam, era necessário que eu fizesse o mínimo de esforço para me sentir digna de pisar ali, naquela terra sagrada. 

Sem contar que a sensação de chegar ao topo é indescritível, me senti vencendo a são silvestre. 

Durante todo o caminho, tinha muita névoa e estava meio nublado, confesso que fiquei um pouco preocupada de o tempo não abrir, como fomos no verão já estávamos cientes de que o tempo é bem instável, chove muito e tem muita neblina, tudo o que não queríamos no momento.

Ok, chegamos lá em cima daquele jeito né, havia muitas pessoas lá - obviamente - e havia vários guias ofertando seus serviços, então quem quiser pode deixar pra fechar lá. 

Quando finalmente coloquei meus pés na cidade inca foi tão surreal, a energia daquele lugar é indescritível, eu nunca conseguiria explicar pra vocês o que é estar lá. Ver o estilo de vida que eles levavam e a forma como a cidade foi construída é inacreditável. Quando cheguei lá e vi as pequenas casas me peguei imaginando como eles viviam, o que eles comiam, seus rituais, sua forma de produção. Mais tarde eu pesquisei sobre a cidade e descobri muitas coisas interessantes. 

IMG_1389.thumb.JPG.d9641bcb6d524e3db651d0118403e0fa.JPGIMG_1415.thumb.JPG.f5ae00c9f10f5b2b3305e0c1708804ae.JPGIMG_1416.thumb.JPG.796580c8a44fcce6e2f564c135f12ec8.JPGIMG_1439.thumb.JPG.aa1230c68ea4fb97750f3436ed7acf0b.JPGIMG_1409.thumb.JPG.5a39bf4dab2027e7f6b359120bb90d6b.JPGIMG_1410.thumb.JPG.4f5704a7cadd06ee09bb0e34ae35c8f7.JPGIMG_1396.thumb.JPG.644c7be797883c966a4737956387271f.JPG

A cidade era muito desenvolvida para a época, a forma de canalizar a água por exemplo, era uma coisa que muitas cidades da Europa ainda não tinham, e toda a estrutura do lugar era pensada com um propósito. Quando começou as invasões espanholas os incas souberam antes que eles os alcançassem, então eles decidiram abandonar a cidade, para um bem maior (uma das versões que ouvi). Eu acredito que eles queriam deixar um legado, ser lembrados. E aquele lugar era tão sagrado e importante, que eles preferiram sacrificar a própria vida, deixando tudo pra trás, para proteger aquilo que consideravam sagrado. Eles abandonaram e esconderam a cidade, e ela só foi descoberta séculos depois, em 1913, por um historiador americano. Infelizmente resta apenas 60% (ou algo assim) do que era MP, devido a exploração turística. Em julho de 2017, o governo peruano, decidiu limitar a entrada de turistas por dia - nada mais que justo - afinal, senão cuidar desse patrimônio, eles pode deixar de existir. 

Bom, ficamos explorando a cidade inca, o legal é que lá tem várias alpacas, dá pra fazer umas fotos legais com elas. Como eu disse, estava com bastante neblina e não conseguíamos ver muito a montanha inca. Depois de algumas horas de paciência, o tempo abriu e conseguimos ver perfeitamente aquela imagem clássica de MP, vem plena. Conhecemos um baiano, chamado Eduardo, muitoooo gente boa, esse cara era muito engraçado, me diverti demais com ele, foi uma pena que passamos apenas alguns minutos juntos, ele disse que estava há horas esperando o momento certo pra tirar aquela foto clássica em MP, ele disse que só sairia de lá depois que conseguisse. Como estava na hora de irmos embora, então trocamos contato para ver se ele iria conseguir tirar a tão sonhada foto (e conseguiu mesmo! Hahaha). Ficamos explorando mais daquele lugar surreal e quando deu 10h30 começamos a descida. 

Por volta de 13h já estávamos começando a trilha de volta para a hidrelétrica. Começou a chover e eu não tinha nada pra me proteger - o que descobri mais tarde que foi um tremendo erro. Eu não tinha nada para me cobrir da chuva, mas como eu tinha algumas roupas na mochila, meu coração estava tranquilo. Resultado final, depois de duas horas chegamos a hidrelétrica, eu estava completamente molhada, com um frio do caralho e a mochila (e as roupas dentro) também estavam molhada para a infelicidade do meu corpo. Chegamos no ponto de encontro e só encontramos um casal que tinha ido conosco, eles nos alertaram que o carro estaria do outro lado da ponte e que teríamos que ir até lá - já comecei a ficar puta. Para chegar do outro lado tem que passar por uma ponte, de longe eu avistei uma pessoa muito parecida com o Vicente, conforme fomos nos aproximando percebi que realmente era ele! Corremos para o abraço hahaha

Ele estava com a namorada dele, e nossa, ficamos incrédulos com a coincidência. Foi muita loucura encontrar ele ali, no meio da ponte, um lugar que nem deveríamos estar, ficamos conversando um tempo e nos despedimos ainda bem chocados com o reencontro inesperado. 

Depois chegamos ao outro lado e ficamos procurando a nossa agência... E nada. O casal que estava com a gente entrou no carro de uma agência que eles tinham nome na lista, o cara falou que o nosso nome não estava lá, eu já estava tão puta da vida, porque estava toda molhada, com frio, cansada que comecei a falar um monte pro cara, que nem tinha culpa direito. Mas falei que era muita irresponsabilidade simplesmente não dar as informações corretas e deixar que ficássemos andando pra lá e pra cá procurando o carro que deveria estar nos esperando. Daí ele fez uma ligação e disse que o nosso carro estava do outro lado. Então, lá fomos nós de novo atravessar a merda daquela ponte. Encontramos o carro e o cara super deu um de João sem braço, impressionante.

Essa viagem de volta foi bem difícil pra mim, porque eu estava com muito frio e minhas roupas todas molhadas, real oficial: comprem uma capa de chuva, você vai pagar caro mas vai valer a pena hahaha

A viagem durou mais de 6h e nós tínhamos cometido o erro de comprar as passagens para Copacabana para aquele dia, vocês já podem prever que deu muita bosta né. O carro demorou mais que o previsto e quando chegamos em Cusco já era hora do ônibus sair. Corremos para o hostel na tentativa frustrada de ir no rodoviária e pegar o ônibus a tempo, quando chegamos no hostel percebemos que isso não daria certo, então fomos na rodoviária resolver isso. A mulher da companhia era tão irritante e mal educada que senti vontade de enfiar aquela passagem na boca dela, ela só sabia falar "no podemos hacer nada"  acabamos tendo que comprar outra passagem, por sorte a passagem foi bem mais em conta, levando em consideração que já havíamos pago o primeiro né. 

Sabe, eu não podia falar que estava tão triste ou irritada por ter perdido o ônibus, eu estava tão cansada que eu só queria uma cama, eu estava aliviada isso sim, há males que vêm para o bem. Fomos pro hostel, tomei um banho merecido depois de tudo que passei e fui para o conforto da cama no hostel que há muito custo aprendi a gostar. Inclusive o dono do hostel de tão fofo que era me deu uma bolsa (segundo ele era um regalo), achei muito legal da parte dele. Nesse hostel eu me senti em casa, porque a galera era muito legal, assistíamos na netflix, fazíamos um chá da tarde todos os dias, jogávamos ping-pong, brincávamos o cachorrinho e os todos super amáveis. 

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GASTOS:

Hamburguer (nem sei onde comprei): S/.5

Táxi: S/.3,20 (ida e volta)

Ônibus Copacabana: S/.40

Hostel: S/.100 

 

 

 

  • Amei! 1
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Em 18/03/2018 em 22:16, thiaguinho547 disse:

@Paola Rafaelly 
Só na espera dos próximos episódios.,hahahaha. Muito massa sua trip, e seu relato então!,Parabéns.

 

Pretendo fazer quase o mesmo roteiro que vc fez só q em janeiro ou fevereiro de 2019.

 

Opa, me chama no whats, pretendo fazer na mesma epoca 11 959252364

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