Colaboradores Helen Pusch Postado Janeiro 6, 2018 Colaboradores Postado Janeiro 6, 2018 Oi, gente! Vim contar como foi a viagem que eu e meu marido fizemos em julho de 2017 pela Itália. Foi nossa segunda viagem para lá, pois somos apaixonados por esse pedaço do mundo. A história, as paisagens, a gastronomia, tanta coisa nos encanta, e até aprendi a falar italiano razoavelmente (complica quando eles falam entre eles, com velocidade "metralhadora", aí é a mesma coisa que grego hahaha). Na primeira vez (em 2014), fomos durante o inverno e conhecemos as cidades mais turísticas: Roma, Florença, Milão e Veneza, passando por algumas menores no caminho. Optamos por não colocar no roteiro dessa viagem nenhum local que tivesse praia, pois sabíamos que muita coisa estaria fechada e não aproveitaríamos direito, mas desde aquela época ficamos com a intenção de fazer um roteiro durante o verão. Contei como foi essa viagem neste relato aqui: Então, desta vez conseguimos três semanas para ficar por lá, mesclamos atrações turísticas com muita praia, separamos os primeiros dias para rever Roma e fazer uns programas que da primeira vez não fizemos, e acabou ficando assim: ROTEIRO: 1º dia - Roma - chegamos no final da tarde, mas ainda deu tempo de passear e rever algumas coisas; 2º dia - Roma - Parque Savello, Terme di Caracalla, Via dei Fori Imperiali e visita noturna ao Coliseu; 3º dia - Roma - bairro de Trastevere, visita guiada pela necrópole do Vaticano, Basílica de São Pedro, janta no Mercato Centrale; 4º dia - Nápoles - fomos cedinho, de trem. Visitamos Quartieri Spagnoli, Piazza Plebiscito e Castel dell Uovo. E claro, jantamos a pizza do Da Michele; 5º dia - Pompeia / Sorrento - saímos cedo de Nápoles, passamos o dia visitando o sítio arqueológico de Pompeia, e após, fomos para Sorrento; 6º dia - Sorrento - Bagni della Regina Giovanna e praia de Sorrento; 7º dia - Sorrento / Capri - bate-volta à Capri; 8º dia - Minori / Ravello - fomos de Sorrento para nossa hospedagem em Minori e aproveitamos umas horas de praia lá. Mais tarde, fomos conhecer Ravello; 9º dia - Minori - dia de muita praia, primeiramente em Castiglione e depois em Atrani, e conhecemos também Amalfi. 10º dia - Minori - pegamos umas horas de praia em Atrani e depois fomos conhecer Positano; 11º dia - Trem noturno - fizemos check-out do hotel e passamos o dia na praia de Minori. Final de tarde pegamos um ônibus para Salerno, depois um trem para Nápoles e de lá, um trem noturno rumo a Taormina; 12º dia - Taormina - chegamos cedo. Passamos boa parte do dia na praia de Isola Bella, e à noite passeamos pela cidade; 13º dia - Taormina - ficamos à toa na praia em Giardini Naxos. Mais à tardinha, visitamos Castelmola; 14º dia - Taormina - um dia à toa, com algumas horas na praia de Isola Bella; 15º dia - Taormina - mais alguns pontos turísticos de Taormina, como o Teatro Grego. Tarde de praia, novamente em Isola Bella; 16º dia - Agrigento / Trapani - Ônibus cedo até o aeroporto de Catânia, onde retiramos um carro alugado e rumamos até Agrigento, para conhecer o Vale dos Templos. Seguimos para Trapani, onde pernoitamos; 17º dia - Trapani - praia de San Giuliano, e mais tarde, fomos conhecer Erice; 18º dia - Trapani / Favignana - bate-volta à ilha de Favignana; 19º dia - Trapani / San Vito lo Capo - bate-volta a San Vito Lo Capo; 20º dia - Palermo - novamente fomos a San Vito Lo Capo, mas dessa vez fizemos um passeio de barco por Scopello e pela Riserva dello Zingaro. Entregamos o carro no aeroporto de Palermo e nos hospedamos nessa cidade; 21º dia - Palermo - Aproveitamos umas horas na praia de Mondello e, após, visitamos alguns pontos turísticos de Palermo, entre eles o Palácio dos Normandos. 22º dia - Palermo / Cefalù - bate-volta a Cefalù; 23º dia - Palermo / Roma - manhã na praia de Mondello. Pegamos um voo para Roma e pernoitamos ao lado do aeroporto. Cedinho do dia seguinte pegamos nossos voos e fim de viagem. Vou procurar fazer o relato de maneira mais sucinta e objetiva, pois nem todo mundo tem paciência de ler textão hahaha, mas quem tiver interesse em saber tim-tim por tim-tim como foi, está tudo relatado no meu blog: https://recordacoesdeviagens.wordpress.com/2017/08/27/roteiro-de-viagem-pela-italia/ E segue aqui o vídeo da viagem, pra dar uma ideia dos lugares lindos que a gente conheceu. Volto no próximo post para contar mais. Abraços! 2 Citar
Colaboradores Helen Pusch Postado Janeiro 6, 2018 Autor Colaboradores Postado Janeiro 6, 2018 Continuando... Hospedagens: Roma: Merulana Rome City B&B - €129,60 por três diárias (+€3,50/pessoa/dia de imposto municipal turístico). Reservado pelo Booking. Quarto com duas camas de solteiro. Café da manhã incluído, servido no quarto, simples e gostoso. O banheiro é compartilhado entre três quartos, não tivemos problemas. Ar condicionado, wi-fi e cozinha disponível para uso. O quarto é simples e a mobília também, mas suficiente e limpo. Bem localizado, próximo do Termini e a 10 minutos de caminhada do Coliseu. Fomos atendidos pelo Stefano e pelo Francesco, ambos super simpáticos e gentis. Nápoles: Hotel Cineholiday - €39,60 por uma diária (+€2,50/pessoa/dia de imposto municipal turístico). Reservado pelo Booking. Quarto com duas camas de solteiro, banheiro, ar condicionado. O café da manhã não estava incluído na nossa tarifa, mas eles oferecem essa opção. O ponto forte é sua localização, junto à estação de trens e metrô, excelente para quem vai ficar pouco tempo na cidade e pretende pegar um trem cedo para Pompeia, como era o nosso caso. Sorrento: Sorrento Apartments - €192,00 por três diárias (+€1,50/pessoa/dia de imposto municipal turístico). Reservado pelo Booking. Quarto (estilo quitinete) com uma cama de casal, banheiro, ar condicionado, mini-cozinha e wi-fi. Pequeno mas bem equipado, bem limpo e com ótimo atendimento. Muito bem localizado, próximo ao elevador que leva à praia e ao píer, a uns 10 minutos da estação de trens. Minori: Hotel Europa - €154,00 por três diárias (+€1,00/pessoa/dia de imposto municipal turístico). Reservado pelo Booking. Tínhamos lido avaliações bem, digamos, polêmicas sobre esse hotel. Diversas pessoas reclamavam que as proprietárias eram grosseiras, falavam gritando e brigavam entre si na frente dos hóspedes. Acabamos pegando esse hotel porque era muito mais barato em comparação a outros que também tinham boa localização (outras opções econômicas ficavam a quilômetros das praias, enquanto esse, a 3 minutos a pé!). Pensamos “vamos lá, vamos aguentar no osso essas senhoras nos xingando, em nome da economia” hahaha. Mas tudo correu bem, tratamos elas com educação e elas nos trataram da mesma forma. É verdade que elas brigam na frente dos hóspedes, durante o café da manhã inclusive… mas é só não se envolver que tudo fica bem . Uma delas fala alto, parece que está xingando as pessoas, mas o jeito dela é assim. Por outro lado, vi alguns hóspedes fazendo umas perguntas sem noção e aí o bicho pegou pro lado deles! Taormina: Apartamento “Sea See new design -Taormina center” - € 220 por quatro diárias (+€1/pessoa/dia de imposto municipal turístico). Reservado pelo Airbnb. A dois minutos de caminhada do terminal de ônibus de Taormina, outros dois minutos do teleférico que leva à praia e a cinco minutos da Porta Messina, entrada da rua principal da cidade. Apartamento pequeno mas funcional, pequena cozinha onde pudemos preparar nossas refeições. A sacada é a melhor coisa do apartamento, qualquer refeição, fosse café da manhã, janta ou um simples cafezinho preto, fazíamos ali. Chuveiro bom, wi-fi também. O check-in foi feito no Hostel Taormina, e assim tivemos um lugar para deixar nossas bagagens até o horário de poder entrar no apartamento. O único ponto que poderia melhorar é a limpeza, todas as louças e utensílios de cozinha tiveram que ser lavados antes do uso. Trapani: Ângelo Apartments - €182,00 por quatro diárias (+€1,00/pessoa/dia de imposto municipal turístico). Reservado pelo Booking. Quarto (estilo quitinete) com uma cama de casal, banheiro, ar condicionado, mini-cozinha e wi-fi. Quarto espaçoso, limpo e o proprietário é muito atencioso e gentil. A cozinha é realmente mini, cozinhar ali requer um certo malabarismo, mas é funcional. A dez minutos do estacionamento público da Piazza Vittorio Emanuele, a cinco minutos do porto de onde saem os ferrys para as ilhas Égadi, na esquina da Corso Vittorio Emanuele (rua cheia de bares e restaurantes). Café da manhã incluso - bem simples: um café e um croissant. Palermo: La Maison Bleue - €120,00 por três diárias. Reservado pelo Booking. Nunca ficamos em um apartamento alugado pelo Booking ou Airbnb em que o proprietário tenha sido tão cuidadoso conosco! Todos os detalhes foram pensados para nos sentirmos em casa! Ele deixou diversas coisas para tomarmos café da manhã (cafés, leite, sucos, biscoitos, croissants, manteiga, geleias) e aqueles itens essenciais para cozinhar e que muitas vezes temos que comprar uma embalagem para usar só um pouquinho: sal, azeite, açúcar, vinagre, etc. Além disso, ele ficou disponível pelo Whatsapp para qualquer coisa e foi muito gentil em nos permitir fazer o check-out mais tarde, já que ele não tinha reservas para o mesmo dia. O wi-fi funcionou perfeitamente bem. O apê tem ar-condicionado e é amplo. Fica a um pulo da estação de trens, ou seja, colado ao ônibus do/para o aeroporto e com várias linhas de transporte público para vários pontos da cidade. Observações: Hospedagem na Costa Amalfitana foi coisa bem complicada de se achar a preços decentes. Dividimos a estadia nesta região para facilitar os deslocamentos, pois a estrada entre as praias é extremamente estreita e sinuosa e qualquer deslocamento toma bastante tempo, então montar base perto dos lugares que se quer conhecer é uma boa estratégia. Ainda sobre a Costa Amalfitana: muitas hospedagens mais em conta que aparecem no Booking são em pequenas cidades distantes da praia, é bom tomar cuidado com esse detalhe a não ser que haja disposição para dispender bastante tempo nos deslocamentos. As opções mais econômicas à beira da praia geralmente ficam fora das cidades mais famosas (Amalfi e Positano). Em Sorrento ficamos em um quitinete com cozinha, o que nos fez economizar em várias refeições. Em Minori, não tínhamos cozinha disponível, mas havia café da manhã e, por ser uma praia menos badalada, encontramos restaurantes a preços razoáveis para comer. Em Taormina também foi complicado de achar algo não tão caro. Apostamos nesse apê do Airbnb, que estava um tanto quanto estranho por não ter avaliações recentes e demos sorte, pois ele era muito bom. Esse apartamento é administrado pelos mesmo proprietários do Hostel Taormina, onde passamos para fazer o check-in e nos pareceu ser bem legal e boa opção para quem vai sozinho. Trapani não é uma das cidades turísticas mais famosas da Sicília, mas tem uma localização excelente para fazer vários bate-voltas na região e acabou sendo uma estadia super agradável justamente por não estar tão cheia de turistas. Enfim, foi toda aquela função de avaliar custo x benefício, considerando localização das hospedagens, distância dos pontos turísticos, se tinha cozinha ou pelo menos café da manhã... Nem sempre o que é mais barato é de fato mais econômico, uns euros a mais para ter onde preparar as refeições ou para não ter que pegar um ônibus até a praia pode valer muito mais a pena, ainda mais para duas pessoas. 2 Citar
Colaboradores Helen Pusch Postado Janeiro 7, 2018 Autor Colaboradores Postado Janeiro 7, 2018 Época: Julho e agosto são, obviamente, o auge do verão por lá, mas são também os meses de férias dos europeus e há muito turismo interno além dos estrangeiros. O que quero dizer com isso é que tudo é muito cheio (muuuito cheio, mesmo) e inclusive os preços aumentam em função dessa alta demanda. Viajamos em julho porque é quando conseguimos tirar férias, mas recomendo a quem tenha mais flexibilidade que vá em outros meses. Quem estiver a fim de curtir praia, como nós, deve procurar os meses do verão, pois a água lá é bem fria e fora do período junho-setembro o banho de mar fica praticamente inviável. No inverno, muita coisa fecha e os horários de transporte público reduzem bastante, duas questões bem importantes de serem avaliadas por quem pretende ir para lá nessa estação. Transportes: Compramos com antecedência os trechos Roma a Nápoles e o trem noturno de Nápoles a Taormina, no site da Trenitália. Os preços promocionais aparecem entre 90 e 120 dias antes da data da viagem, então faltando quatro meses para o trecho que a gente queria, começávamos a cuidar o site, duas ou três vezes por semana, até a passagem estar disponível. Pagamos €24,90/cada no trecho Roma-Nápoles (no trem mais rápido, pouco mais de uma hora de viagem; existem outras opções mais baratas em trens que levam mais de duas horas) e €67,40/cada no trajeto Nápoles-Taormina em uma cabine privativa para duas pessoas (também existem opções mais baratas, como cabines para mais pessoas e até mesmo assentos). Deixar para comprar mais perto da data dá mais flexibilidade, mas também encarece o bilhete. Para os deslocamentos de trens menores, as passagens foram compradas na hora, pois não há diferença de preço em comprar com antecedência e a possibilidade de não conseguir lugar no trem é quase nula, pois vai um monte de gente em pé. Os deslocamentos Nápoles-Pompeia e Pompeia-Sorrento são operados pela EAV (antiga Circumvesuviana) e os horários podem ser consultados aqui: http://www.eavsrl.it/web/sites/default/files/eavferro/Napoli Sorrento.pdf (apenas para referência, pois eles não são nada pontuais). O trecho Salerno-Nápoles é operado pela Trenitália. Na Costa Amalfitana, fizemos todos os deslocamentos entre as praias de ônibus, na maior parte do tempo funcionaram bem e com pontualidade. Horários aqui: http://www.positano.com/en/bus-schedule. Notem que existe uma linha que vai de Sorrento a Amalfi e outra que vai de Amalfi até Salerno, não é possível ir, por exemplo, de Sorrento a Minori sem trocar de ônibus. Para quem pensa em alugar carro, eu desaconselho fortemente, principalmente na alta temporada. A estrada é estreitíssima, sinuosa e à beira do penhasco. Não raro os motoristas dos carros precisam voltar de ré e manobrando nas curvas porque no sentido contrário está vindo um ônibus. Estacionar, então, é o próprio inferno. O "acostamento" (entre aspas, pois é tão estreito que não chega a ser um acostamento) está sempre abarrotado de carros, e as pessoas ficam rodando bastante tempo até achar uma vaga. Para completar, a maioria dos carros tem as laterais riscadas e não tem espelho retrovisor. Chega a ser engraçado. Acho que os moradores compram um carro, logo em seguida perdem o espelho e nunca mais se preocupam em repor, porque sabem que será arrancado de novo. Na Sicília, fizemos boa parte dos deslocamentos com transporte público. As empresas variam conforme a região, esse post aqui fala quais empresas operam em quais rotas: http://descobrindoasicilia.com/2014/06/sicilia-de-onibus-principais-linhas-interurbanas/ (fazendo um parênteses, esse site é ex-ce-len-te e foi fundamental na parte do planejamento da Sicília). Somente em uma parte da viagem, desde Catânia, passando por Agrigento, Trapani e indo para Palermo, as opções de transporte público eram tão ruins, mas tão ruins (poucos horários, baldeações etc), que alugamos um carro. Acabou ficando pouca coisa mais caro do que somando todos os trechos de trens e ônibus para nós dois (recomendo colocar na ponta do lápis deslocamentos a serem feitos versus número de pessoas). A dica que deixo é reservar o carro com antecedência. Quando comecei a pesquisar, achei opções de aluguel pegando o carro em Catânia (em Taormina encarecia muito) e devolvendo em Palermo, sem cobrança de taxa por entregar em local diferente da retirada. Fui deixando para depois, e quando finalmente fui reservar, só achei opções com cobrança dessa maldita taxa, foi um gasto desnecessário de 60 euros . Ah, pegamos o carro pela Italy Car Rent, através da Rentalcars. Praias: Não esperem praias como a gente está acostumado aqui no Brasil. A água é sempre fria e muitas das praias são de pedrinhas e não de areia. É necessário comprar um daqueles tênis próprios para entrar no mar ou papetes, pois as pedrinhas machucam os pés. Deitar para tomar sol nas pedras também requer pelo menos uma toalha mais grossa, nem pensar em colocar somente uma canga (a gente usava aquela toalha compacta da marca Kingcham que vende na Decathlon - todo mundo por lá usa a mesma e só varia a cor hehe - com a canga por cima, ficava ok). Outro lance interessante é que muitos dos espaços das praias são ocupados pelos chamados lidos. É como um clube de praia, com espreguiçadeiras, guarda-sóis, bar, banheiros, chuveiros e alguns até com wi-fi, em um espaço reservado somente às pessoas que pagam por esse serviço (os preços variam de € 12 a € 25 para o casal). Mas geralmente há um espaço que é a parte pública (pelo menos todas as que fomos tinham). Passeios reservados com antecedência: Reservamos com antecedência somente dois passeios: Visita noturna ao Coliseu - é uma visita exclusivamente guiada e nem sempre está ocorrendo (em 2014 não tinha). Compramos no site http://www.coopculture.it/events.cfm?id=177, custou €20 por pessoa. Tour da Necrópole do Vaticano - também exclusivamente guiado e em grupos de até 12 pessoas. É preciso enviar um e-mail para scavi@fsp.va com as informações que constam neste link: http://www.scavi.va/content/scavi/en/prenotazione.html. Eles respondem dizendo qual dia, horário e idioma eles podem te encaixar e, caso a pessoa concorde, faz o pagamento e depois recebe a confirmação. Custou €13 por pessoa. De resto, mesmo nos locais mais turísticos que queríamos visitar, como Pompeia e o Vale dos Templos de Agrigento, foi muito tranquilo de comprar ingresso na hora. 1 Citar
Colaboradores Helen Pusch Postado Janeiro 8, 2018 Autor Colaboradores Postado Janeiro 8, 2018 Roma 1º dia Chegamos em Roma após as quatro da tarde. Saindo do portão de desembarque, há várias empresas que fazem o transporte até a Estação Termini, no centro da cidade, não é necessário reservar com antecedência. Escolhemos a empresa que tinha o próximo ônibus saindo, a Schiaffini, e em cerca de 50-60 minutos chegamos ao Termini. Até o nosso B&B fomos caminhando, uns 10 a 15 minutos. Fizemos checkin, largamos nossas coisas e saímos para a rua. Pegamos o metrô (compramos tíquetes na máquina de auto-atendimento) e descemos na estação Barberini. Passeamos pela Fontana di Trevi, Coluna de Marco Aurélio e Templo de Adriano. Passamos pelo Panteão, que já estava fechado, e seguimos até a Piazza Navona. Fontana di Trevi. Coluna de Marco Aurélio. Templo de Adriano. Panteão. Piazza Navona. Não programamos nada para esse dia pois era o dia da chegada, o voo pode atrasar e etc, então foi um passeio bem descompromissado, caminhando por onde dava na telha. Quando cansamos, pegamos um ônibus para voltar ao B&B. As paradas de ônibus tem placas descrevendo o trajeto de cada linha, então foi bem fácil de identificar qual ônibus tínhamos que pegar. Outro detalhe importante é que não é possível pagar a passagem dentro do ônibus, é necessário comprar o tíquete em um tabacchi (tabacarias, identificadas por placas em azul com uma letra T em branco), estão espalhados pela cidade. Ao embarcar, é preciso convalidar o tíquete, inserindo-o em uma maquininha que carimba o dia e a hora em que ele está sendo usado. Chegamos de volta ao B&B quase dez da noite, e a recém estava terminando de anoitecer. Isso é uma coisa boa desta época, apesar do calorão, os dias são muito longos. Bem ali em frente havia um restaurante com menu fixo, comida decente. O cansaço era tão grande após os voos desde o Brasil que mal conseguimos jantar. 2º dia Levantamos cedo e pegamos o metrô até a estação Piramide, só passamos para ver a Pirâmide de Caio Cestio e a Porta San Paolo e seguimos caminhando até o Parque Savello, no alto do Aventino, uma das sete colinas de Roma. Pirâmide de Caio Cestio e a Porta San Paolo. A vista da cidade que se tem de lá é linda, e além disso é lá que está o Buco della Serratura: um portão que, quando espiamos pela sua fechadura, vemos um caminho tomado de arbustos e lá ao longe, como que emoldurada, a cúpula da Basílica de São Pedro. Havia uma pequena fila para espiar pelo buraco da fechadura hehe, mas é bem bonito e curioso. Andamos até o Circo Massimo e seguimos até as Termas de Caracalla, onde entramos para fazer a visitação. Lindo lugar! Termas de Caracalla. Passamos em frente ao Coliseu, seguimos pela Via dei Fori Imperiali e entramos nas ruas atrás do Foro de Augusto, procurando um lugar para almoçar. Comemos uma pizza e uma massa maravilhosas no restaurante Wanted. Fomos até a igreja de San Pietro in Vincoli, que tem a maravilhosa estátua do Moisés de Michelângelo Voltamos para a região dos Foros Imperiais, que é um museu a céu aberto e uma atração gratuita simplesmente fantástica. Moisés de Michelângelo, na San Pietro in Vincoli. Foro de Augusto. Voltamos ao B&B para dar uma descansada (do calor, inclusive), e mais tarde fomos até o Coliseu (fomos caminhando, do B&B até lá leva cerca de 10 minutos) para fazer a visita noturna. Essa visita chama-se La Luna Sul Colosseo (= a lua sobre o Coliseu) e funciona em um horário em que o Coliseu está fechado para visitas normais. Isso significa que a quantidade de gente lá dentro é absurdamente menor, além da visita ser guiada e o guia contar um monte de histórias, fatos e mitos sobre o lugar. A visita iniciou ainda com dia claro na arena, depois desceu para as galerias subterrâneas, e quando saímos de volta lá na parte de cima, tinha anoitecido e a lua cheia estava brilhando sobre o Coliseu. Foi mágico e indescritivelmente lindo! Jantamos em um restaurante das redondezas e voltamos a pé pro B&B. 3º dia Pegamos um tram até o bairro de Trastevere. Bairro super bonitinho, ruas estreitas e prédios com sacadas cheias de flores, uma graça para passear. Entramos na Basílica di Santa Maria in Trastevere e depois subimos até a Fontana dell’Acqua Paola. Basílica di Santa Maria in Trastevere. Fontana dell’Acqua Paola. Dali fomos a pé até o Vaticano, uma caminhada não tão curta mas em um caminho bem arborizado e com bastante sombra. No caminho, passamos pelo Belvedere Niccolò Scatoli, ou Terrazza del Gianicolo. Linda vista da cidade! Belvedere Niccolò Scatoli. Chegamos no Vaticano com uma boa antecedência para o nosso Tour da Necrópole, que estava marcado para as 14:30. Então tivemos tempo para almoçar com calma, passear pela Praça São Pedro, sentar para descansar… Passamos por um detector de metais antes da visita e as recomendações são as mesmas de acesso à Basílica: joelhos e ombros cobertos, não portar mochilas ou volumes grandes, nada de decotes etc. Além disso, não é permitido tirar fotos. Nosso tour foi em português e guiado por uma brasileira. A área da Necrópole tem o ar pesado, úmido, abafado e o cheiro não é dos mais agradáveis. Logo no início uma mulher do nosso grupo se sentiu mal e pediu para voltar. Não existe melhor maneira de descrever o local do que dizendo que é incrível. O chão é de terra, as paredes de tijolos, o teto é baixo. Há sarcófagos de mármore e mausoléus decorados com mosaicos e pinturas. A guia vai contando como eram os costumes da época, o significado de símbolos que aparecem nas inscrições e muito da história do catolicismo. É repleta de fatos históricos e a religião é contada do ponto de vista de como se desenvolveu. Em resumo, a visita encanta pessoas que tenham interesse tanto na religião quanto na história. A visita termina dentro da Basílica, evitando assim a gigantesca fila que se formava na Praça. Passeamos pelo seu interior para rever sua decoração maravilhosa. Pegamos o metrô até a Piazza di Spagna, na esperança de ver suas escadarias floridas, mas estava tudo seco. Passeamos até a Piazza del Popolo e pegamos um metrô de volta ao B&B. À noite, fomos jantar no Mercato Centrale. É um espaço relativamente recente que funciona dentro da Estação Termini, com diversos restaurantes em um amplo espaço comum, vendendo diferentes tipos de alimentos e bebidas. Petiscamos algumas porçõezinhas de coisas diferentes, tipo arancini, carciofi alla romana (alcachofras temperadas com azeite e ervas), sanduíche com beringela à parmigiana e spaghetti al nero di seppia com vôngoles, tudo acompanhado por alguns Aperol Spritz. Mercato Centrale. Gastos básicos: ônibus do aeroporto até Termini: 5,90 tíquetes de transporte público (metrô, ônibus ou trams): €1,50 refeições: as refeições completas ficaram na faixa de preço de 9,00 a 12,00 por pessoa pizza a taglio: opção econômica para um lanche, em média custam €4,00 ingresso nas Termas de Caracalla: 8,00 ceva no supermercado: pack com 3 long necks de Birra Moretti por +- €2,50 ceva nos bares e restaurantes: entre €3,00 e 4,00 a long neck, €6,00 a 7,00 a garrafa sorvete (comam muitos, são magníficos ): fica na faixa de €2,50 a 3,50 porções no Mercato Centrale: ao redor de €5,00 cada (comemos super bem e com dois Aperol Spritz gastamos €31,00) 1 Citar
Colaboradores Helen Pusch Postado Janeiro 8, 2018 Autor Colaboradores Postado Janeiro 8, 2018 Nápoles e Pompeia 4º dia O trem vindo de Roma chegou em Nápoles pelas dez da manhã. Nossa hospedagem era bem pertinho, deixamos as bagagens lá e saímos para passear. Fomos de metrô até a Estação Toledo, que tem uma decoração interna bem bonita e interessante. Estação de metrô Toledo. Saindo, já estamos no Quartieri Spagnoli, bairro com aquelas ruas estreitas e sacadas com varais cheios de roupas - aquela imagem bem característica de Nápoles. Quartieri Spagnoli. Passamos pelo Teatro San Carlos e pela Piazza Plebiscito, onde ficam o Palácio Real e a Basílica Real. Seguimos até a beira-mar. Piazza Plebiscito. A visão do Golfo de Nápoles é muito bonita, mas o Vesúvio estava com uma fumaceira estranha e ficamos um pouco apreensivos achando que ele entraria em erupção justo naquele dia hehehe (somente à noite, procurando informações sobre se essa fumaça era uma atividade normal, descobri que se tratavam de incêndios nas suas encostas). Vesúvio e a fumaceira estranha... Também achamos muito curioso ver as pessoas curtindo “praia”, porém por cima das pedras. Almoçamos um menu fixo super bem servido e fomos visitar o Castel Dell’ovo. Conta a lenda que esse castelo protege um ovo que, se um dia for quebrado, causará uma catástrofe na cidade . A construção do castelo é bonita e de lá temos belas vistas dos arredores. Entrada do Castel Dell’ovo. Passamos ainda em frente ao Castelo Nuovo e pegamos o metrô para retornar ao hostel. Mais tarde, saímos para comer na famosa Antica Pizzeria Da Michele (fomos a pé do hostel, uns 10 minutos de caminhada). Muita gente aglomerada em frente, aguardando lugares. Esperamos por uns 45 minutos, enquanto isso tomamos uma ceva em um bar em frente. O lugar é super simples e as mesas são compartilhadas a fim de se aproveitar todos os assentos disponíveis. Os sabores são somente margherita ou marinara, e as bebidas são servidas em copos de plástico. Mas a pizza… meo deos! Que delíciaaa! Valeu a espera e, se um dia eu voltar a Nápoles, como lá de novo sem dúvida! A região ao redor da Pizzeria e do hostel não é das mais bonitas, um pouco suja e um pouco degradada, mas não achamos perigoso e não vimos nada de anormal. Li muitas opiniões sobre Nápoles que se dividiam entre o “amo” ou “odeio”. Para nós não foi nenhum dos dois, foi só uma cidade interessante de conhecer e serviu de pit-stop para irmos a Pompeia. Gostaríamos muito de ter visitado duas atrações que fecham justamente às terças-feiras, dia em que estivemos lá: o Museu Arqueológico e a Cappella Sansevero. Optamos por não modificar o resto do nosso roteiro em função disso, então, quem sabe em uma próxima oportunidade! 5º dia Compramos na hora o bilhete da EAV, havia um monte de gente comprando na hora mas a fila foi bem rápida. A linha é a Nápoles-Sorrento, e deve-se descer na estação Pompei-Scavi - Villa dei Misteri. A saída atrasou em relação ao horário previsto e o trem é bem baleado, vai cheio de gente em pé é fica um calorão lá dentro. Dá uns 40 minutos até Pompeia. O parque arqueológico tem armários automáticos para guardar volumes pequenos e médios, e há também uma sala para guardar os volumes grandes. Entramos no parque naquela empolgação de querer ver tudo. Depois do deslumbramento inicial dos primeiros minutos, pegamos o mapa que recebemos e marcamos à caneta os pontos que eles mesmos indicam como must see atractions. A dica que deixo é essa: baixem o mapa que eles disponibilizam no site, é idêntico ao que eles fornecem lá (http://pompeiisites.org/allegati/Pianta degli scavi di Pompei - Plan of the excavations of Pompeii(2).pdf). Imprimam e marquem os pontos das atrações imperdíveis (está nesse mesmo PDF do mapa) e planejem uma rota. Acreditem, isso faz a diferença! O lugar é imenso e, especialmente nos meses de calor, a visita se torna (fisicamente) bem cansativa. Há pouquíssimas sombras e, mesmo havendo torneiras de água potável espalhadas pelo parque, a água sai quente - não ajuda a refrescar e não mata a sede. Ficamos cerca de 5 horas lá dentro, é absolutamente fantástico! É muito louco pensar que a mesma tragédia que matou centenas de pessoas foi o que permitiu manter essa cidade praticamente intacta. Muito do que se sabe hoje sobre a vida dos romanos nessa época veio depois que Pompeia e outras cidades da região, soterradas por cinzas, foram escavadas. Está quase tudo lá: casas, mansões, teatros, templos, lojas... Objetos de uso comum e decorativos, estátuas, chãos em mosaico, pinturas nas paredes… É uma viagem no tempo. Voltamos à entrada do parque e fizemos um lanche enquanto esperamos o trem seguinte (que também atrasou), para Sorrento. Gastos básicos: tíquete de metrô em Nápoles: 1,10 cada almoço em Nápoles (menu fixo): 8,00 / pessoa ingresso Castel Dell’ovo: grátis duas pizzas+duas cervejas long neck na Antica Pizzeria Da Michele: 12,00 trem de Nápoles a Pompeia: 2,80 / pessoa guarda-volumes Pompeia: grátis entrada Pompeia: 13,00 / pessoa sanduíche inflacionado nos bares junto à entrada do sítio: 7,00 trem Pompeia a Sorrento: 2,40 / pessoa Citar
Colaboradores Helen Pusch Postado Janeiro 12, 2018 Autor Colaboradores Postado Janeiro 12, 2018 Costa Amalfitana Não sei porque cargas d’água, eu imaginava que a Costa Amalfitana era linda mas que não devia ser tudo o que falam… Pois bem, ela é tudo o que falam e muito mais! Ficamos seis dias, metade em Sorrento e metade em Minori, e foi uma excelente estratégia para conhecer boa parte da costa sem perder tanto tempo nos deslocamentos (como eu já comentei lá em cima, na parte sobre os transportes). Seguindo com o relato... Chegamos na estação de trens em Sorrento e caminhamos até a nossa hospedagem. Saímos para fazer um reconhecimento dos arredores, e o primeiro lugar foi o mirante ao lado do Convento di San Francesco. Que vista! Dali mesmo sai a estradinha que leva à parte baixa (praia e porto) e há também um elevador para quem quer poupar tempo e evitar a fadiga haha (mediante pagamento, é claro). Fomos a um supermercado abastecer o frigobar do nosso quitinete. Depois de passear bastante e de nos divertirmos vendo a high society italiana e europeia desfilando suas mega produções e jóias pelas ruas , fizemos uma janta no apê com direito a prosecco (garrafa de prosecco ficava entre €4 e €5 no supermercado, tomamos várias até o fim da viagem - se não aproveitássemos por esse preço, quando então? ). 6º dia Fomos a pé até o Bagni della Regina Giovanna, aproximadamente 50 minutos de caminhada desde o centro de Sorrento (uns 40 pela estrada e mais uns 10 pela pequena trilha). É um piscinão natural no meio de uma parede de rochas e com uma fenda que dá para o mar. Lugarzinho simplesmente espetacular! Passamos boa parte da manhã por lá. Bagni della Regina Giovanna visto de cima. A piscina natural e a fenda para o mar. Retornamos até a estrada e ali pegamos um ônibus de volta ao centro da cidade. Aproveitamos para almoçar no restaurante do lugar onde estávamos hospedados, comida nada demais mas preço decente. Descemos de elevador para a praia. Existem muitos lidos e o espaço público da praia é minúsculo e estava abarrotado. Como os gastos do dia estavam pequenos, ficamos em um lido (o “menos caro” que encontramos). Foi o lido mais caro da viagem toda, mas passamos o resto da tarde no esquema patrão haha! A praia pública de Sorrento se resume a este pedaço aí. Estar dentro do mar em Sorrento e olhar para aquele paredão de pedra e a cidade lá em cima chega a ser surreal. Ao entardecer, passamos no porto e pesquisamos preços e horários dos ferrys para Capri, para o dia seguinte. Para comprar os tíquetes com antecedência, era preciso pagar uma taxa extra de €1,50/pessoa/trecho, optamos por chegar um pouco mais cedo e comprar na hora. À noite, mais um passeio pelas ruas charmosas e novamente fizemos uma janta deliciosa e barata no quitinete. 7º dia Chegamos no píer uma meia hora antes do horário de saída do ferry para Capri e foi bem tranquilo de comprar os tíquetes na hora (a embarcação acabou saindo com vários lugares disponíveis). Procurem sentar do lado esquerdo do barco, pois as vistas da costa e da ilha na chegada são lindas. Ao desembarcar, há um assédio grande de vendedores de coisas variadas, inclusive de passeios. Quem tiver interesse em fazer os passeios de volta à ilha e para a Gruta Azul pode aproveitar esse momento, mas não era o nosso caso. Compramos os bilhetes do funicular e de ônibus também. Pegamos o funicular até o centrinho de Capri, lá no alto. Paramos um pouco para curtir a vista no mirante junto à estação do funicular, e depois pegamos um ônibus até a Marina Piccola. Marina Piccola tem diversos restaurantes com espaço privativo para clientes, mas tem também um bom espaço público. Apesar de cheia, conseguimos um bom lugar na sombra de um dos restaurantes e passamos um bom tempo ali. O banho de mar é espetacular, a água é muito transparente. Marina Piccola. Bem na entrada da praia tinha um bar com uma pizza barata, somente para levar, então pegamos a caixa da pizza e comemos na beira da praia mesmo. Mais tarde, subimos de ônibus de volta ao centro e dali caminhamos, pelas ruas muito charmosas, até o Giardini Augusto. Lugar bem florido, muito agradável, e com vistas de tirar o fôlego da Via Krupp e dos Faraglioni. Via Krupp. Faraglioni. Retornamos para o centro e descemos com o funicular. Há um caminho que sai do lado da estação do funicular para quem quiser descer a pé (obviamente dá também para subir por ele, mas aviso: é bem íngreme). Ficamos a última horinha antes do nosso ferry de retorno na praia ao lado do píer. Essa praia, a Marina Grande, é chamada de feia por algumas pessoas, mas é feia no padrão Capri . Água verde e transparente e ao fundo diversas construções da cidade. A praia é bem ampla e tem um climão legal, pessoal bem à vontade. Marina Grande. Capri foi mais um lugar que eu esperava que fosse lindo mas que imaginava ter muita fama em cima, porém fiquei realmente encantada! Toda a fama se justifica, as paisagens são especiais e vale, sem dúvida, o bate-volta. Poder se hospedar lá deve ser uma experiência e tanto… Mais tarde, última noite em Sorrento, os gastos dentro do previsto até então, fizemos uma pequena extravagância e jantamos em um restaurante típico chamado O’Murzill. Comida deliciosa! Gastos básicos: ônibus de Bagni della Regina Giovanna a Sorrento: 1,30/pessoa supermercado (itens para fazer duas jantas, três cafés da manhã, duas garrafas de Prosecco, água mineral e biscoitos): 33,00 elevador da parte alta até a praia, bilhete de ida+volta: 1,80 Lido Peter’s Beach (duas espreguiçadeiras+um guarda-sol): 25,00 ferry para Capri (bilhete ida+volta, empresa Caremar): 30,90/pessoa bilhete de funicular em Capri: 2,00/cada bilhete de ônibus em Capri: 2,00/cada pizza para levar na Marina Piccola: 6,00 ingresso Giardini Augusto: 1,00/pessoa janta para dois no O’Murzill’ (com vinho e sobremesa): 38,00 8º dia Pegamos o ônibus para ir até Amalfi junto à estação de trens. Chegamos com uma antecedência de uns 15 minutos e o bus já estava lotado, viajamos em pé. Compramos um bilhete de dia inteiro para usar os ônibus. Mais de hora até Amalfi, pela estrada estreita e sinuosa, e que por muitos momentos passa na beira dos penhascos. Paisagens absurdas de lindas, a galera no busão vai o tempo inteiro exclamando “óóós”, curva após curva. Em Amalfi, trocamos de ônibus, e dali até Minori levou mais uns 15 minutos. Paisagens da estrada da Costa Amalfitana. Fizemos check-in, largamos as coisas e saímos para procurar um lugar para almoçar. A primeira coisa que chamou a atenção foi a calmaria do lugar. Ruas tranquilas, pouca gente circulando… Mais um ponto positivo para a escolha de se hospedar em um lugar menos badalado (além do preço mais baixo), pelo menos para quem não gosta de muvuca, como nós. Perguntei para o rapaz que nos atendeu no restaurante se era tranquilo de subir a pé a trilha até Ravello. Ele respondeu com os olhos arregalados um “Mamma Mia” tão enfático que acabou com qualquer dúvida nossa sobre como ir até lá hahaha. Depois de almoçar, ficamos um tempo na praia de Minori. Há alguns lidos, mas ficamos na parte pública, que tem um espaço bom. Praia de Minori. Mais no fim da tarde, pegamos um ônibus até Amalfi e lá, outro até Ravello. O ônibus sobe bastante até lá e os caminhos são bem inclinados. Pude entender o espanto do rapaz do restaurante quando perguntei sobre a trilha, no calorão de julho realmente acho bem complicado de subir aquilo tudo. Ravello é maravilhosa! Não bastassem as vistas lindas da costa, a cidade é um encanto! Construções bonitinhas, ruas estreitas, pavimento de pedras, muitas flores… um mimo! Conhecemos a Villa Rufolo e depois ficamos andando meio sem rumo pelas ruas, degustando a beleza do lugar. Vista de um dos mirantes da Villa Rufolo. Pelas ruas de Ravello. Descemos para Amalfi e demos uma passeada pela região central. Muitos bares e restaurantes, todos cheios de gente. Entramos também no Duomo para conhecer, mesmo já sendo noite ele ainda estava aberto. Retornamos para Minori e, como nosso hotel não tinha cozinha para hóspedes, o jeito era procurar um lugar para jantar. Achamos um restaurantezinho super simpático, chamado A’Ricetta, com mesinhas na rua, ao lado de uma praça onde estava acontecendo uma apresentação gratuita de um coral de menino/as - com um repertório bem moderno, muito legal. Foi um jantar com música mas sem pagamento de couvert haha, estava muito bom. 9º dia Pegamos o bus em direção a Amalfi, mas descemos um pouquinho antes na praia de Castiglione. Uma escadaria leva até a praia, que é toda cercada por uma parede de pedra. Linda! Tem um bom espaço de praia pública e passamos bom tempo lá. Mesmo sendo domingo, estava bem sossegada. Castiglione. Caminhamos até Amalfi, pertinho, uns 15 minutos e com vistas lindas. Chegando em Amalfi. Depois de passear um pouco em Amalfi, encontramos na rua principal do centro, uns 100 metros para dentro, um mini mercado com preços bem simpáticos. Eles fizeram paninis (sanduíches) para nós. Escolhemos o tipo de pão, de fiambre, de queijo, se queríamos com ou sem azeite, tomate, sal, orégano, fatiaram e montaram tudo na hora, fresquíssimo, uma delícia! Compramos garrafinhas de porções individuais(250 ml) de prosecco e fizemos um piquenique sob a sombra de uma árvore perto da beira da praia. Foi uma das melhores refeições que fizemos durante a viagem, pelo sabor e pelo cenário de fundo. A praia de Amalfi estava bombando, então caminhamos até Atrani, que fica do lado. Movimento bem menor de gente e espaço público bem grande. Passamos o resto da tarde ali. Antes de ir embora, ainda passeamos um pouco pelo “povoadinho” de Atrani. Lugarzinho super charmoso, simpático e agradável. Praia de Atrani. Voltamos para Minori e fomos conhecer a Pasticceria Sal de Riso, local famoso pela qualidade de seus doces. Difícil escolher um, viu? Todos lindos e apetitosos. Os que provamos, apesar de carinhos, eram mesmo maravilhosos. À noite, caminhando por Minori, descobrimos um concerto grátis, que já ia começar. Assistimos à apresentação e depois, jantamos um prato básico de massa no mesmo restaurante em que almoçamos no dia anterior. 10º dia Saímos do hotel para ir a Positano. Chegando em Amalfi, na hora de trocar de ônibus, nos informaram que a estrada estava fechada. Ficamos um tempo em Atrani, aproveitando a praia e esperando para ver se a estada seria desinterditada, mas no começo da tarde a situação continuava a mesma então decidimos ir de barco, já que era o último dia em que seria possível ir a Positano. Apesar do barco ser de transporte público, já vale como um passeio pela Costa, pois as paisagens são incríveis. Positano é realmente linda, com aquelas encostas tomadas de construções. Acabamos não tendo muito tempo para aproveitar, mas caminhamos um pouco por suas ruas e ficamos na parte pública da praia, perto do porto. Para quem tiver tempo disponível e quiser fugir um pouco da muvuca, tem a praia de Fornillo ao lado, após uma trilha de uns 15 minutos (fomos só até a metade da trilha, só para ver como era). Pegamos o barco de volta para Amalfi, passeamos mais um pouco e pegamos o ônibus para Minori. Jantamos na peixaria Andrea’s. Eles vendem umas porções de frutos do mar fritos, no balcão da peixaria mesmo, não tem mesas nem nada. De sobremesa, doces do Sal de Riso, de novo. 11º dia Fizemos check-in do hotel e deixamos nossas bagagens lá. Ficamos na praia de Minori. Para poder tomar um banho antes de encarar a viagem de trem à noite, ficamos em um lido. Várias praias não tem chuveiros públicos, quando tem são de água fria e funcionam com moedas, e ainda tem um cartaz alertando que não é permitido usar sabonete e shampoo. No lido que ficamos, o uso de shampoo só era permitido no chuveiro quente, no frio não (vai entender…) Passamos o dia à toa por ali, até almoçamos no próprio restaurante do lido (preços ok). Final de tarde, pegamos um ônibus até Salerno, mais de uma hora de deslocamento. Compramos na hora os bilhetes do trem para Nápoles, que, resumindo a história, atrasou mais de uma hora!!! A região toda estava tendo diversas ocorrências de incêndio (até mesmo com suspeita de serem criminosos) e um deles bloqueou essa linha do trem. No fim das contas, o trem foi por outro caminho e deu tudo certo, ainda bem que fomos com bastante tempo de antecedência. Na estação de Nápoles, os bares já estavam fechando. Conseguimos comprar um lanche no Burguer King, e enquanto estávamos comendo, fomos praticamente tocados para fora, pois era o horário de encerramento deles! O trem, que partia às 23:58, chegou no horário, mas mesmo com todos passageiros embarcados ainda ficamos cerca de uma hora parados, pois estavam consertando alguma coisa. Cabine do trem noturno Nápoles-Taormina. Nos divertimos muito vendo um casal de velhinhos italianos que estava na cabine ao lado da nossa. Pensem em um homem e uma mulher naquele estereótipo italiano mais caricato possível: eram eles. Passavam o tempo todo brigando e gritando. Saímos da nossa cabine para ver o motivo de tanta barulheira e o senhorzinho estava no corredor do vagão, sentado sobre uma mala e com mais uns objetos da cabine (sim, eles estavam praticamente desmontando a cabine) espalhados ao seu redor, com a mão na cabeça e repetindo “eu nasci um desgraçado…” Huahuahuha. Foi a primeira vez que fizemos uma viagem desse tipo e, depois de passada a curiosidade, percebemos que é um pouco complicado de dormir devido ao barulho e ao sacolejo do trem. Mas nada que uns tampões de ouvido não resolvam. Gastos básicos: passe diário ônibus: 8,00/cada tíquete ônibus validade 45 minutos: 1,30 tíquete ônibus validade 90 minutos: 2,00 almoço/janta simples em Minori: 10,00/cada ingresso da Villa Rufolo: 7,00/cada janta para dois no restaurante A’Ricetta, com duas taças de vinho: 29,00 panini feito na hora no mercado de Amalfi: 4,50/cada garrafinha 250ml prosecco no mercado de Amalfi: 2,00 doce na Pasticceria Sal de Riso: 4,50/cada (valor médio) barco Amalfi-Positano (ida+volta): 16,00/pessoa porção de frutos do mar fritos no Andrea’s: 5,00 Lido Ambrogio’s, em Minori: duas espreguiçadeiras+guarda-sol na fileira de trás (sim, na fileira perto do mar é mais caro!): 10,00 almoço para dois, com cervejas: 22,50 ducha de água quente: 1,00 trem Salerno-Nápoles: 4,70/pessoa lanche no Burguer King da estação de Nápoles (para dois): 12,90 Observações: Em resumo, poucas atrações tem ingresso pago ou que requeiram um gasto obrigatório (por exemplo, barco para chegar em Capri). Usando transporte público e ficando em lugar onde dê para cozinhar, dá para reduzir bastante os gastos nesta região. Vejo que bastante gente fica em média 2 ou 3 dias por aqui, e alguns fazem bate-volta de Nápoles e até mesmo de Roma! Eu particularmente acho um crime fazer só um bate-volta , mas vai do estilo de viagem de cada um. Ficamos seis dias que foram muito bem aproveitados e dava tranquilamente para ter ficado mais tempo, pois faltou conhecer muitos lugares que parecem ser sensacionais. Por outro lado, o tempo de estadia pode ser enxugado por aqueles que não pretendam curtir praia (por não gostarem ou por estarem indo em meses em que não faz calor). 2 Citar
Colaboradores Helen Pusch Postado Fevereiro 5, 2018 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 5, 2018 Sicília 12º dia O dia amanheceu com os velhinhos tocando o horror bem cedo , pois eles desceram em Messina, uma cidade anterior ao nosso destino. Deu pra dormir um pouco mais, e em seguida o funcionário do trem bateu na porta da nossa cabine para nos acordar e nos dar o café da manhã. Descemos do trem, compramos bilhetes para o ônibus no bar da estação e pegamos ali em frente o ônibus que leva ao centro de Taormina. Caminhamos até o Hostel Taormina, apesar de termos reservado um apartamento pelo Airbnb o check-in foi feito lá (é o mesmo proprietário). Deixamos bagagens, pois ainda era cedo, colocamos roupas para a praia e saímos. Há três formas de ir/voltar de Taormina, que fica na parte alta, para as praias, que ficam na parte baixa. 1ª de ônibus (horários não muito frequentes, dá para consultar aqui: http://www.interbus.it/Home.aspx); 2º de teleférico (a cada 15 minutos); e 3º a pé. Já que nosso trajeto era na descida, fomos a pé. O caminho sai bem do lado do mirante da Via Luigi Pirandello, aproveitamos para curtir a vista antes de seguir. Praia de Isola Bella, vista do mirante da Via Luigi Pirandello. Levamos uns 25 minutos descendo devagar e admirando a paisagem, mas aviso a quem queira subir a pé que é uma puxadinha. Ficamos na praia de Isola Bella, logo na entrada há alguns lidos e restaurantes com mesas, mas seguindo adiante há um espaço de praia pública e foi ali que ficamos. Estava lotado de gente, mas o lugar é tão lindo e mágico que isso nem chega a ser um incômodo. Água fria, mas transparente como se tivesse sido tirada da torneira. Levamos máscara e snorkel e deu para aproveitar. Não é lá muito rico em vida mas deu para ver uns peixinhos coloridos. Na hora de subir, fomos de teleférico. Fomos no hostel, fizemos check-in, pegamos as bagagens e levamos para o apartamento. Quando abrimos a porta da sacada do apê, não acreditamos na vista incrível que teríamos pelos próximos 4 dias… simplesmente sensacional. Fomos a um supermercado que fica do outro lado do centro da cidade. Atravessamos sua principal rua, a Corso Umberto, que é a coisa mais bonitinha! Restaurantes, construções de pedra, sacadas cheias de flores e lojas com vitrines bem decoradas. No caminho, passamos pelo Vicolo Stretto, chamada de “rua mais estreita do mundo”, e pela Piazza IX Aprile, de onde a vista é maravilhosa. Vicolo Stretto. Vista da Piazza IX Aprile. Aproveitamos o cair da tarde da nossa sacada (não dá para ver o sol se pondo, mas ainda assim o cenário é maravilhoso) e fizemos uma janta deliciosa com prosecco! 13º dia Pegamos um ônibus até Giardini Naxos, e passamos parte do dia na praia de Schisò. Apesar da haver uma grande área de praia pública, ficamos em um lido, pois eu estava me sentindo meio estranha, como se fosse ficar gripada, e quis ter o conforto das espreguiçadeiras e do guarda-sol. Praia de Schisò, em Giardini Naxos. À direita, Taormina, e na montanha da esquerda, bem no alto, Castelmola. No meio da tarde voltamos para o apartamento, almoçamos, e depois pegamos um outro ônibus para Castelmola. No geral, estes ônibus da Interbus funcionaram bem e passaram sempre nos horários previstos, mas nessa ocasião ele atrasou uma meia hora. Castelmola é um vilarejo no alto da montanha, ainda mais alto do que Taormina. O lugar é muito fofo e as vistas de Taormina e do Etna são apaixonantes. Passamos um bom tempo andando aleatoriamente pelas ruazinhas lindas. Simpática pracinha central de Castelmola. Admirando o Etna no entardecer... Lá tem um bar bem curioso, conhecido por ter os objetos de sua decoração em formato de pinto! Depois que anoiteceu, pegamos o ônibus para retornar. Ficamos o dia todo em dúvida sobre fazer ou não um passeio no dia seguinte. Ponto a favor: estar em um lugar único e não saber se ou quando voltaremos lá para ter essa oportunidade. Ponto contra: os preços dos passeios. Existem opções para as ilhas Eólias (Lipari+Vulcano, Panarea+Stromboli, entre outros) e para o Etna, custam na faixa dos €40 a 80 por pessoa, dependendo do passeio. Resolvemos fazer o de Stromboli+Panarea, mas chegamos na agência e os passeios para o dia seguinte estavam esgotados. Fuón fuón fuón... Fica a dica para quem quiser fazer esses tours: reserve com antecedência, pois a demanda na alta temporada é grande (além disso, alguns passeios não tem saídas diárias). Terminamos o dia fazendo novamente nossa janta no apartamento. 14º dia Se tivéssemos conseguido a vaga no tour eu não teria aproveitado direito, pois a gripe me pegou de vez. Passei parte do dia de cama, com febre e toda doída. Almoçamos na loja de conveniência do posto em frente ao apartamento, sem grandes expectativas. No fim das contas, a pizza estava deliciosa e tomamos uma cerveja ótima (Birra Moretii alla Siciliana, provem!). Tínhamos visto no outro dia uma moça na Piazza IX Aprile vendendo ingressos para uma ópera. Fomos até lá e compramos ingressos para aquela mesma noite. Aproveitamos parte da tarde em Isola Bella, dessa vez fomos e voltamos de ônibus. À noite, fomos assistir à tal ópera. Era uma apresentação com trechos de diversas obras, uma coisa mais para o público leigo. Nunca tínhamos ido a uma e achamos bem legal (mas creio que uma ópera completa me entediaria…). Jantamos no apartamento. 15º dia Pela manhã fomos conhecer mais alguns pontos turísticos de Taormina. Primeiro, fomos ao Giardini della Villa Comunale, um parque com algumas construções, bonitos jardins e vistas maravilhosas. Uma das tantas vistas a partir do Giardini della Villa Comunale. Depois, fomos ao Teatro Grego - coisa sensacional! Construção com mais de dois milênios de existência e que até hoje serve como palco para espetáculos. Teatro Grego. Pela tarde, a ideia era conhecer mais algumas praias (Mazzeo e Letojanni), mas eu ainda estava um pouco mal da gripe e ficamos em Isola Bella mesmo (o que não foi nenhum sacrifício, porque adoramos essa praia). Após jantar no apê, saímos para mais um passeio noturno no centro. Comemos sorvetes na Gelatomania, na Corso Umberto: sorvete delicioso! Nos despedimos de Taormina com um apertozinho no coração, que lugar encantador! Gastos básicos: ônibus (só ida): 1,90 ônibus (ida+volta): 3,00 teleférico (só ida): 3,00 compras diversas no supermercado (itens para cafés da manhã, refeições, 3 garrafas de prosecco, frutas, biscoitos, etc): 36,00 lido em Giardini Naxos (duas espreguiçadeiras+guarda-sol): 17,00 almoço no posto de conveniências (duas pizzas+cevas): 27,00 ingresso ópera: 20,00/pessoa ingresso Teatro Grego: 10,00/pessoa sorvete de dois sabores na Gelatomania: 3,50 16º dia Cedo pegamos o ônibus no terminal de Taormina para o aeroporto de Catânia. Trajeto aproximado de duas horas. Procuramos o balcão da Italy Car Rent e retiramos o carro. O aluguel já estava pago e só tivemos que desembolsar a bendita taxa de entrega em outro local, como já comentei anteriormente. Optamos por não alugar um equipamento de GPS e fomos usando o Maps.Me. Tudo correu bem e só acabamos pegando uns trechos com obras na estrada, mas não demoramos muito mais do que o tempo previsto até Agrigento (cerca de duas horas). A função de alugarmos um carro se deu porque eu não aceitaria sair da Sicília sem conhecer o Vale dos Templos. Como já comentei anteriormente, os deslocamentos para essa região eram cheios de baldeações, com horários restritos e complicariam bastante nosso roteiro, para uma economia que nem seria tão grande assim. Quanto ao Vale dos Templos… valeu todo o esforço para ir até lá! São os templos gregos fora da atual Grécia em melhor estado de conservação, alguns construídos no século V a.C.! As construções mais impressionantes são o Templo de Hera e o Templo da Concórdia, mas todo o parque arqueológico é impressionante. Templo de Hera. Templo da Concórdia. Ficamos lá cerca de duas horas e meia. Vimos tudo com calma e só não ficamos mais tempo porque fomos vencidos pela temperatura “profundeza dos infernos” que fazia. De lá, dirigimos mais umas duas horas até nossa próxima base: Trapani. Já sabíamos que lá tem uma praça grande que é um estacionamento público, chamado Piazza Vittorio Emanuele. Na chegada, já tomamos uma “mordida” de um guardador de carros que nos achacou cinco euros... Bem malandro, nos viu tirando as bagagens do porta-malas e se aproveitou. Nas vezes seguintes, a gente já foi mais esperto com a conversa de “na volta te dou um dinheiro” e dava uma moeda de um euro cada vez que a gente saía. Fomos recebidos pelo proprietário do apartamento onde ficamos, largamos nossas coisas e saímos para explorar a pé. Passeamos pela beira-mar enquanto entardecia, e à noite passeamos pelo centro. Trapani está longe de ser um ponto imperdível na Sicília, mas é uma excelente base para conhecer outros lugares da região - esses sim imperdíveis. Mesmo assim, achei nossa estadia lá super agradável. A cidade tem um movimento não tão grande de turistas, sendo mais forte o turismo interno, e um volume menor de estrangeiros. Tinha um ar, digamos, mais autêntico. Cair da noite em Trapani. Era noite (de domingo) e não havia mercados abertos. Jantamos em um restaurante e comemos um prato bem típico da região: cuscuz de peixe. Estava bom. 2 Citar
Colaboradores Helen Pusch Postado Fevereiro 8, 2018 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 8, 2018 Gastos básicos: Ônibus Taormina-Aeroporto de Catânia: 7,50 Mapa do Vale dos Templos: 1,00 Ingresso Vale dos Templos: 10,00 (cada) Audioguia: 5,00 Estacionamento: 3,00 17º dia Primeira providência do dia foi comprar tíquetes do barco para ir à Favignana no dia seguinte. O guichê tinha um cartaz avisando que para o mesmo dia , só havia disponibilidade à tarde. Fica a dica importantíssima: comprar com antecedência! Dá para comprar também pela internet: http://www.libertylines.it/. Depois, fomos a um supermercado abastecer nossa despensa hehe. Largamos as coisas no apê e fomos curtir um pouco de praia. A praia de San Giuliano fica a uns 3 km do centro de Trapani, ou seja, nenhum absurdo para ir a pé. Mas fomos de carro mesmo, há muitas vagas públicas e sem guardadores de carros inconvenientes. A faixa de areia é ampla. Ficamos em um bar (não era um lido) que alugava cadeiras e guarda-sóis, chamado Divino Rosso Beach, passamos algumas horas lá. Moinho de vento no canto da praia de San Giuliano. No meio da tarde voltamos ao apartamento para tomar um banho e depois seguimos para conhecer Erice. Erice é uma pequena cidade medieval no alto de uma montanha, a 750m acima do nível do mar. Considerando que ela é vizinha de Trapani, que está no nível do mar, já conseguimos imaginar o tamanho da subida para chegar até lá. Da praia que estávamos pela manhã, San Giuliano, dava para avistar Erice. Na verdade, ela está em uma montanha tão alta e “pontuda” que dá para vê-la de vários pontos dos arredores - e da mesma forma, lá de cima é possível avistar uma parte considerável da região. Para visitá-la, é possível subir de carro (estradas sinuosas e vagas de estacionamento concorridas), de ônibus (horários bastante limitados) ou de teleférico, que foi a nossa opção. O teleférico pode estar fechado em função de mau tempo, ou parado para manutenção - nesse dia ele só foi abrir no início da tarde, ficamos acompanhando pelo site até verificar que estava em funcionamento (https://www.funiviaerice.it/). Deixamos o carro no estacionamento próprio da estação do teleférico. A subida até Erice foi bem longa (ficamos intrigados com o tempo de duração do trecho e na descida cronometramos: deu 25 minutos!). Chegando lá, fomos direto ao Castello di Venere. Trata-se do que restou desse castelo, somente algumas muralhas e ruínas. Foi legal, mas não diria que imprescindível. Depois, nos dedicamos a caminhar sem rumo pelas ruazinhas da cidade. Isso sim é imperdível! Lugarzinho lindo, perfeito para se perder por suas vias, de preferência aquelas desertas. Paramos para comer um doce na Antica Pasticceria del Convento, a fachada e o nome do local nos chamaram a atenção e valeu a pena, a torta e a genovese (doce típico) que comemos estavam divinas! Castello di Venere. Uma das muitas ruas fofinhas de Erice. Quando descemos novamente de teleférico, era bem o horário do pôr do sol. As nuvens estavam abaixo de Erice e em alguns momentos não dava para enxergar Trapani lá embaixo, somente as nuvens. Parecia que estávamos flutuando e, ao mesmo tempo, a luminosidade do sol se pondo fazia tudo aquilo parecer um sonho! Muito lindo! 18º dia As condições do mar não estavam muito amigáveis e o barco que partia para outra das ilhas Égadi (Marettimo) foi cancelado, mas o nosso saiu no horário. Logo no desembarque várias pessoas vêm oferecendo aluguel de bikes, é uma forma bem comum e muito prática e gostosa de explorar a ilha. Na própria loja onde alugamos eles forneceram um mapa, indicaram as melhores praias e quais estariam melhores naquele dia em função da direção e da força do vento. A primeira que fomos foi Lido Burrone. Praia linda, mas o vento estava muuuito forte. Ficamos poucos minutos e partimos. Seguimos pela beira-mar, parando em alguns pontos para aproveitar a paisagem, e chegamos à Cala Azzurra. Aí, sim, meus amigos! Era exatamente isto que eu esperava de Favignana! Água de uma cor absurda de linda! Um cenário pouco comum, pois não há faixa de areia e as pessoas se acomodam como podem por cima das pedras. Altamente recomendável o uso de sapatilhas ou papetes para entrar na água. Praia de Cala Azzurra. Galera empoleirada nas pedras. Depois de um tempo aproveitando, seguimos para a praia de Bue Marino. Na entrada da praia, paramos em um pequeno quiosque que vendia sanduíches e fizemos nosso “almoço”. Seguimos pelo acesso que leva à praia e… bom, se Cala Azzurra era tudo o que eu esperava de Favignana, Bue Marino superou toda e qualquer expectativa! Um dos lugares mais lindos que já vi! As pessoas se instalam entre os recortes nas pedras, pois aquele lugar foi uma pedreira. O acesso ao mar não é dos mais amigáveis, é direto da pedra para a água que não dá pé. Mas que água! Um contraste de tons de azul hipnotizante. Bue Marino. Ainda pretendíamos conhecer a praia de Cala Rossa, mas aquilo ali estava tão espetacular que resolvemos ficar até o último minuto possível aproveitando. No caminho de retorno ao cais, passamos pela Cala Rossa só para conhecê-la e percebemos que foi a melhor decisão ter ficado aproveitando Bue Marino. O mar estava muito forte, com ondas altas impossibilitando qualquer banho. Devolvemos as bikes, comemos um lanchinho ali ao lado e ainda encaramos um atraso de uns 45 minutos o nosso barco, ainda em função das condições do mar. Favignana... 19º dia Cedinho pegamos a estrada e fomos até San Vito lo Capo. Apesar de ser perto (cerca de 38 km), a estrada é bem sinuosa e passa por dentro de algumas cidades, então o trajeto leva aproximadamente uma hora. A cidade possui muitas vagas de estacionamento em área azul e muitos fiscais identificados vendendo os tíquetes conforme o período de tempo. Compramos um para até o final de tarde. Nos instalamos em um lugar que alugava guarda-sóis e espreguiçadeiras e passamos grande parte do dia literalmente aproveitando a praia - aquela rotina difícil de intercalar banhos de sol, cervejas, cochilos embaixo do guarda-sol e banhos de mar. Praia de San Vito lo Capo. A praia é de areia e foi o melhor banho de mar desta viagem, foi a água mais quentinha, ou melhor dizendo, a menos fria hehe. Antes de ir embora, demos uma passeada pelo centrinho da cidade, fizemos um lanche e pesquisamos algumas possibilidades de passeios para o dia seguinte. De volta à Trapani, assistimos um por do sol incrível na beira-mar. Levamos nossas cervejas e ficamos lá desfrutando o momento. Mais tarde, fomos a um festival de comidinhas de rua que estava acontecendo na cidade. Várias barracas com muitas opções de comidas de diferentes regiões da Itália e também de outros países. Provamos várias coisas, algumas bem gostosas e outras nem tanto hehehe. Mas o clima do lugar estava bem legal e a comida era barata. 20º dia Pela manhã fizemos check-out, colocamos nossas coisas no carro, enchemos o tanque e fomos novamente para San Vito lo Capo. Procuramos um estacionamento fechado, pois nossas bagagens ficariam ali, e acabou saindo mais barato do que deixar nas vagas de área azul. Fechamos na hora, com uma meia hora de antecedência, o passeio de barco por Scopello e pela Riserva dello Zingaro (que são lugares com acesso mais dificultado por terra). O barco navegou diretamente até Scopello, passando direto por toda a extensão da Riserva dello Zingaro - cenários lindos! Chegando lá, a primeira parada para banho. Fomos avisados de que não podíamos ir até a praia, pois é uma praia que tem acesso pago! E acreditem, não permitem que se tirem fotos por lá para não disturbar as pessoas hospedadas por ali. Afff. Pois bem, tiramos todas fotos que queríamos de dentro do barco haha, quero ver alguém vir aqui mandar apagar! Hahaha. Pulamos na água e nos tocamos nadando direto até as pedras. Ficamos com nossos snorkels, olhando uns peixes, e dali a pouco ouvimos a buzina do nosso barco, chamando todos a bordo para seguir o passeio. Saímos em uma disparada, mais rápidos que o César Cielo hahaha. Embarcamos ofegantes e ainda tomamos um puxão de orelhas: -“nós avisamos que não era para ir até a praia” -“mas nós só fomos até às pedras…” -“não se afastem mais do barco!” -"ok..." Praia exclusivérrima de Scopello. Quem encara as trilhas da Riserva dello Zingaro fica assim: com uma praia privativa! O barco foi navegando pela costa da Riserva dello Zingaro, enquanto eles serviam o almoço, que estava incluso. Um massa meio fajuta e um vinho duvidoso, mas deu para forrar o estômago. Ainda fizemos mais paradas para banho em duas das sete praias da Riserva. Todas elas são acessíveis somente por trilha e o passeio de barco é uma ótima opção para conhecer a todas, mesmo que só de passagem. O passeio durou quatro horas e foi muito gostoso, o lugar realmente é muito bonito. Desembarcando em San Vito, usamos os chuveiros “semipúblicos” - são públicos, mas funcionam com moedas de um euro. Tiramos o sal do corpo, fizemos um lanche e tocamos viagem até Palermo. Completamos o tanque de gasolina um pouco antes de chegar ao aeroporto. A devolução do carro foi bem rápida e sem problemas. Pegamos o ônibus que faz o percurso Aeroporto/Centro, já tinha um saindo em poucos minutos e compramos o bilhete de ida+volta a bordo mesmo. Descemos no seu ponto final, junto à estação de trens, bem próximo ao apartamento onde nos hospedamos. Nosso anfitrião já estava nos esperando. Largamos nossas coisas e fomos fazer umas compras em um supermercado próximo. Terminando de pegar o que a gente queria, os funcionários começaram a nos tocar para o caixa, pois o supermercado estava fechando. É do tipo “leva isso aí que tu já pegaste, agora, ou não vais levar mais nada” haha. Eles não ficam te esperando! Demos uma pequena caminhada pelos arredores, só de reconhecimento, e jantamos no apartamento. 21º dia Pela primeira vez usei o aplicativo Moovit para utilizar o transporte público de uma cidade, e funcionou super bem! Traçou rotas, deu horários e preço das passagens. Compramos bilhetes de ônibus em uma tabacaria e pegamos primeiro o ônibus 101 e depois o 806, até a praia de Mondello. Ficamos em uma parte pública da praia, lotada. A faixa de areia é pequena e o pessoal fica amontoado mesmo. Mas é uma praia bem gostosa. Passamos a manhã lá. Praia de Mondello. À tarde, pegamos ônibus (novamente utilizando o Moovit) e fomos conhecer o Palácio dos Normandos. É possível visitar algumas diferentes seções do palácio, mas a mais espetacular, sem dúvidas, é a Capela Palatina, com sua decoração interna toda em mosaicos. Capela Palatina. Saindo de lá, fomos passando por alguns outros atrativos turísticos da cidade: Mercado Ballarò (estava bem caído, pois era fim de tarde e muita coisa já tinha fechado), Fontana Pretoria, igreja La Martorana e o cruzamento chamado I Quattro Canti. Fontana Pretoria, também conhecida como Fontana della Vergogna. Novamente fizemos nossa janta “em casa”. Gostamos muito de cozinhar e também de poder usar produtos locais que no Brasil não temos acesso ou que são muito caros. Mas, para quem gosta de sair para jantar, a região em que ficamos não é das mais convidativas (único ponto negativo deste apartamento). 22º dia Pegamos um trem pela manhã para ir a Cefalù, compramos o bilhete na hora. Cefalù é uma opção excelente para combinar, em um mesmo lugar, praia com passeio por atrativos turísticos e ruas bonitas e agradáveis. Ficamos em um lido, pois a ideia era ficar até boa parte da tarde na praia. Pegamos um dos últimos lugares disponíveis, pois a procura é muito grande, eles reservam lugares para hóspedes de alguns hotéis, e ainda por cima era final de semana. A parte pública da praia também estava lotada. A praia é muito gostosa e o cenário de construções de pedra na beira da água é sensacional. Bem mais tarde, saímos para conhecer uns lugares: Lavatoio, Porta Pescara, Porto Vecchio e a Catedral. Cefalù vista do Porto Vecchio. Paramos em uma doceria, mas comer lá, nas mesinhas à beira-mar, tinha preços proibitivos. Compramos no balcão e comemos sentados na calçada mesmo haha. Retornamos de trem para Palermo e novamente ficamos pelo apê. 23º dia Nosso anfitrião era muito gente fina e nos deixou fazer o check out mais tarde, sem custo. Nosso voo para Roma era no final da tarde, então ainda dava para aproveitar parte do dia. O que fizemos? Sim, praia! Hehe. Fomos para o mesmo lugar em Mondello. Domingão no auge do verão, foi até difícil conseguir um lugar na areia para estender a canga. Mas aproveitamos bem nosso último dia de praias italianas. Fomos até o aeroporto de ônibus e voamos para Roma, de onde seguimos viagem, finalizando nossa segunda passagem pela Itália. Gastos básicos: jantar para duas pessoas (com cervejas) em um restaurante de Trapani: 32,00 espreguiçadeiras+guarda-sol na praia de San Giuliano/Trapani (bar Divino Rosso Beach): 13,00 compras diversas no supermercado de Trapani: (pão, frios, biscoitos, água, prosecco, massa, carne, etc, para 4 dias de estadia): 46,00 estacionamento junto à estação do teleférico Trapani-Erice: 2,50 teleférico Trapani-Erice (bilhete de ida+volta): 9,00 entrada Castello di Venere (Erice): 4,00 dois doces e dois cafés na Antica Pasticceria del Convento (Erice): 9,00 tíquete do barco para Favignana (ida+volta): 23,10 aluguel bike em Favignana: 5,00 (cada) estacionamento área azul San Vito lo Capo (bilhete diário): 9,00 guarda-sol+duas espreguiçadeiras em San Vito lo Capo: 12,00 estacionamento particular San Vito lo Capo: 5,00 passeio de barco Riserva dello Zingaro+Scopello: 25,00 (por pessoa) ônibus Aeroporto-Centro Palermo (bilhete ida+volta): 11,00 bilhete de ônibus em Palermo, válido por 90 minutos: 1,40 ingresso Palácio dos Normandos: 12,00 (por pessoa) compras diversas no supermercado (janta para três dias, bebidas e lanches): 32,00 trem Palermo-Cefalù/Cefalù-Palermo cada trecho: 5,60 lido em Cefalù (duas espreguiçadeiras+guarda-sol): 20,00 Observações: Sobre a Sicília... ô pedaço do mundo abençoado! Quantos lugares lindos! Quantos povos passaram por lá, deixando um pouco da sua cultura, da sua história, da sua gastronomia... Doze dias foram poucos para conhecer tudo de bom que tem por lá, mas foram suficientes para ficarmos apaixonados. É isso aí, gente. Estejam à vontade para comentar, acrescentar informações e fazer perguntas, no que eu puder e souber, eu ajudo. Boas viagens a todos! 1 Citar
Membros JanaCometti Postado Setembro 11, 2023 Membros Postado Setembro 11, 2023 Em 08/02/2018 em 20:07, Helen Pusch disse: Gastos básicos: Ônibus Taormina-Aeroporto de Catânia: 7,50 Mapa do Vale dos Templos: 1,00 Ingresso Vale dos Templos: 10,00 (cada) Audioguia: 5,00 Estacionamento: 3,00 17º dia Primeira providência do dia foi comprar tíquetes do barco para ir à Favignana no dia seguinte. O guichê tinha um cartaz avisando que para o mesmo dia , só havia disponibilidade à tarde. Fica a dica importantíssima: comprar com antecedência! Dá para comprar também pela internet: http://www.libertylines.it/. Depois, fomos a um supermercado abastecer nossa despensa hehe. Largamos as coisas no apê e fomos curtir um pouco de praia. A praia de San Giuliano fica a uns 3 km do centro de Trapani, ou seja, nenhum absurdo para ir a pé. Mas fomos de carro mesmo, há muitas vagas públicas e sem guardadores de carros inconvenientes. A faixa de areia é ampla. Ficamos em um bar (não era um lido) que alugava cadeiras e guarda-sóis, chamado Divino Rosso Beach, passamos algumas horas lá. Moinho de vento no canto da praia de San Giuliano. No meio da tarde voltamos ao apartamento para tomar um banho e depois seguimos para conhecer Erice. Erice é uma pequena cidade medieval no alto de uma montanha, a 750m acima do nível do mar. Considerando que ela é vizinha de Trapani, que está no nível do mar, já conseguimos imaginar o tamanho da subida para chegar até lá. Da praia que estávamos pela manhã, San Giuliano, dava para avistar Erice. Na verdade, ela está em uma montanha tão alta e “pontuda” que dá para vê-la de vários pontos dos arredores - e da mesma forma, lá de cima é possível avistar uma parte considerável da região. Para visitá-la, é possível subir de carro (estradas sinuosas e vagas de estacionamento concorridas), de ônibus (horários bastante limitados) ou de teleférico, que foi a nossa opção. O teleférico pode estar fechado em função de mau tempo, ou parado para manutenção - nesse dia ele só foi abrir no início da tarde, ficamos acompanhando pelo site até verificar que estava em funcionamento (https://www.funiviaerice.it/). Deixamos o carro no estacionamento próprio da estação do teleférico. A subida até Erice foi bem longa (ficamos intrigados com o tempo de duração do trecho e na descida cronometramos: deu 25 minutos!). Chegando lá, fomos direto ao Castello di Venere. Trata-se do que restou desse castelo, somente algumas muralhas e ruínas. Foi legal, mas não diria que imprescindível. Depois, nos dedicamos a caminhar sem rumo pelas ruazinhas da cidade. Isso sim é imperdível! Lugarzinho lindo, perfeito para se perder por suas vias, de preferência aquelas desertas. Paramos para comer um doce na Antica Pasticceria del Convento, a fachada e o nome do local nos chamaram a atenção e valeu a pena, a torta e a genovese (doce típico) que comemos estavam divinas! Castello di Venere. Uma das muitas ruas fofinhas de Erice. Quando descemos novamente de teleférico, era bem o horário do pôr do sol. As nuvens estavam abaixo de Erice e em alguns momentos não dava para enxergar Trapani lá embaixo, somente as nuvens. Parecia que estávamos flutuando e, ao mesmo tempo, a luminosidade do sol se pondo fazia tudo aquilo parecer um sonho! Muito lindo! 18º dia As condições do mar não estavam muito amigáveis e o barco que partia para outra das ilhas Égadi (Marettimo) foi cancelado, mas o nosso saiu no horário. Logo no desembarque várias pessoas vêm oferecendo aluguel de bikes, é uma forma bem comum e muito prática e gostosa de explorar a ilha. Na própria loja onde alugamos eles forneceram um mapa, indicaram as melhores praias e quais estariam melhores naquele dia em função da direção e da força do vento. A primeira que fomos foi Lido Burrone. Praia linda, mas o vento estava muuuito forte. Ficamos poucos minutos e partimos. Seguimos pela beira-mar, parando em alguns pontos para aproveitar a paisagem, e chegamos à Cala Azzurra. Aí, sim, meus amigos! Era exatamente isto que eu esperava de Favignana! Água de uma cor absurda de linda! Um cenário pouco comum, pois não há faixa de areia e as pessoas se acomodam como podem por cima das pedras. Altamente recomendável o uso de sapatilhas ou papetes para entrar na água. Praia de Cala Azzurra. Galera empoleirada nas pedras. Depois de um tempo aproveitando, seguimos para a praia de Bue Marino. Na entrada da praia, paramos em um pequeno quiosque que vendia sanduíches e fizemos nosso “almoço”. Seguimos pelo acesso que leva à praia e… bom, se Cala Azzurra era tudo o que eu esperava de Favignana, Bue Marino superou toda e qualquer expectativa! Um dos lugares mais lindos que já vi! As pessoas se instalam entre os recortes nas pedras, pois aquele lugar foi uma pedreira. O acesso ao mar não é dos mais amigáveis, é direto da pedra para a água que não dá pé. Mas que água! Um contraste de tons de azul hipnotizante. Bue Marino. Ainda pretendíamos conhecer a praia de Cala Rossa, mas aquilo ali estava tão espetacular que resolvemos ficar até o último minuto possível aproveitando. No caminho de retorno ao cais, passamos pela Cala Rossa só para conhecê-la e percebemos que foi a melhor decisão ter ficado aproveitando Bue Marino. O mar estava muito forte, com ondas altas impossibilitando qualquer banho. Devolvemos as bikes, comemos um lanchinho ali ao lado e ainda encaramos um atraso de uns 45 minutos o nosso barco, ainda em função das condições do mar. Favignana... 19º dia Cedinho pegamos a estrada e fomos até San Vito lo Capo. Apesar de ser perto (cerca de 38 km), a estrada é bem sinuosa e passa por dentro de algumas cidades, então o trajeto leva aproximadamente uma hora. A cidade possui muitas vagas de estacionamento em área azul e muitos fiscais identificados vendendo os tíquetes conforme o período de tempo. Compramos um para até o final de tarde. Nos instalamos em um lugar que alugava guarda-sóis e espreguiçadeiras e passamos grande parte do dia literalmente aproveitando a praia - aquela rotina difícil de intercalar banhos de sol, cervejas, cochilos embaixo do guarda-sol e banhos de mar. Praia de San Vito lo Capo. A praia é de areia e foi o melhor banho de mar desta viagem, foi a água mais quentinha, ou melhor dizendo, a menos fria hehe. Antes de ir embora, demos uma passeada pelo centrinho da cidade, fizemos um lanche e pesquisamos algumas possibilidades de passeios para o dia seguinte. De volta à Trapani, assistimos um por do sol incrível na beira-mar. Levamos nossas cervejas e ficamos lá desfrutando o momento. Mais tarde, fomos a um festival de comidinhas de rua que estava acontecendo na cidade. Várias barracas com muitas opções de comidas de diferentes regiões da Itália e também de outros países. Provamos várias coisas, algumas bem gostosas e outras nem tanto hehehe. Mas o clima do lugar estava bem legal e a comida era barata. 20º dia Pela manhã fizemos check-out, colocamos nossas coisas no carro, enchemos o tanque e fomos novamente para San Vito lo Capo. Procuramos um estacionamento fechado, pois nossas bagagens ficariam ali, e acabou saindo mais barato do que deixar nas vagas de área azul. Fechamos na hora, com uma meia hora de antecedência, o passeio de barco por Scopello e pela Riserva dello Zingaro (que são lugares com acesso mais dificultado por terra). O barco navegou diretamente até Scopello, passando direto por toda a extensão da Riserva dello Zingaro - cenários lindos! Chegando lá, a primeira parada para banho. Fomos avisados de que não podíamos ir até a praia, pois é uma praia que tem acesso pago! E acreditem, não permitem que se tirem fotos por lá para não disturbar as pessoas hospedadas por ali. Afff. Pois bem, tiramos todas fotos que queríamos de dentro do barco haha, quero ver alguém vir aqui mandar apagar! Hahaha. Pulamos na água e nos tocamos nadando direto até as pedras. Ficamos com nossos snorkels, olhando uns peixes, e dali a pouco ouvimos a buzina do nosso barco, chamando todos a bordo para seguir o passeio. Saímos em uma disparada, mais rápidos que o César Cielo hahaha. Embarcamos ofegantes e ainda tomamos um puxão de orelhas: -“nós avisamos que não era para ir até a praia” -“mas nós só fomos até às pedras…” -“não se afastem mais do barco!” -"ok..." Praia exclusivérrima de Scopello. Quem encara as trilhas da Riserva dello Zingaro fica assim: com uma praia privativa! O barco foi navegando pela costa da Riserva dello Zingaro, enquanto eles serviam o almoço, que estava incluso. Um massa meio fajuta e um vinho duvidoso, mas deu para forrar o estômago. Ainda fizemos mais paradas para banho em duas das sete praias da Riserva. Todas elas são acessíveis somente por trilha e o passeio de barco é uma ótima opção para conhecer a todas, mesmo que só de passagem. O passeio durou quatro horas e foi muito gostoso, o lugar realmente é muito bonito. Desembarcando em San Vito, usamos os chuveiros “semipúblicos” - são públicos, mas funcionam com moedas de um euro. Tiramos o sal do corpo, fizemos um lanche e tocamos viagem até Palermo. Completamos o tanque de gasolina um pouco antes de chegar ao aeroporto. A devolução do carro foi bem rápida e sem problemas. Pegamos o ônibus que faz o percurso Aeroporto/Centro, já tinha um saindo em poucos minutos e compramos o bilhete de ida+volta a bordo mesmo. Descemos no seu ponto final, junto à estação de trens, bem próximo ao apartamento onde nos hospedamos. Nosso anfitrião já estava nos esperando. Largamos nossas coisas e fomos fazer umas compras em um supermercado próximo. Terminando de pegar o que a gente queria, os funcionários começaram a nos tocar para o caixa, pois o supermercado estava fechando. É do tipo “leva isso aí que tu já pegaste, agora, ou não vais levar mais nada” haha. Eles não ficam te esperando! Demos uma pequena caminhada pelos arredores, só de reconhecimento, e jantamos no apartamento. 21º dia Pela primeira vez usei o aplicativo Moovit para utilizar o transporte público de uma cidade, e funcionou super bem! Traçou rotas, deu horários e preço das passagens. Compramos bilhetes de ônibus em uma tabacaria e pegamos primeiro o ônibus 101 e depois o 806, até a praia de Mondello. Ficamos em uma parte pública da praia, lotada. A faixa de areia é pequena e o pessoal fica amontoado mesmo. Mas é uma praia bem gostosa. Passamos a manhã lá. Praia de Mondello. À tarde, pegamos ônibus (novamente utilizando o Moovit) e fomos conhecer o Palácio dos Normandos. É possível visitar algumas diferentes seções do palácio, mas a mais espetacular, sem dúvidas, é a Capela Palatina, com sua decoração interna toda em mosaicos. Capela Palatina. Saindo de lá, fomos passando por alguns outros atrativos turísticos da cidade: Mercado Ballarò (estava bem caído, pois era fim de tarde e muita coisa já tinha fechado), Fontana Pretoria, igreja La Martorana e o cruzamento chamado I Quattro Canti. Fontana Pretoria, também conhecida como Fontana della Vergogna. Novamente fizemos nossa janta “em casa”. Gostamos muito de cozinhar e também de poder usar produtos locais que no Brasil não temos acesso ou que são muito caros. Mas, para quem gosta de sair para jantar, a região em que ficamos não é das mais convidativas (único ponto negativo deste apartamento). 22º dia Pegamos um trem pela manhã para ir a Cefalù, compramos o bilhete na hora. Cefalù é uma opção excelente para combinar, em um mesmo lugar, praia com passeio por atrativos turísticos e ruas bonitas e agradáveis. Ficamos em um lido, pois a ideia era ficar até boa parte da tarde na praia. Pegamos um dos últimos lugares disponíveis, pois a procura é muito grande, eles reservam lugares para hóspedes de alguns hotéis, e ainda por cima era final de semana. A parte pública da praia também estava lotada. A praia é muito gostosa e o cenário de construções de pedra na beira da água é sensacional. Bem mais tarde, saímos para conhecer uns lugares: Lavatoio, Porta Pescara, Porto Vecchio e a Catedral. Cefalù vista do Porto Vecchio. Paramos em uma doceria, mas comer lá, nas mesinhas à beira-mar, tinha preços proibitivos. Compramos no balcão e comemos sentados na calçada mesmo haha. Retornamos de trem para Palermo e novamente ficamos pelo apê. 23º dia Nosso anfitrião era muito gente fina e nos deixou fazer o check out mais tarde, sem custo. Nosso voo para Roma era no final da tarde, então ainda dava para aproveitar parte do dia. O que fizemos? Sim, praia! Hehe. Fomos para o mesmo lugar em Mondello. Domingão no auge do verão, foi até difícil conseguir um lugar na areia para estender a canga. Mas aproveitamos bem nosso último dia de praias italianas. Fomos até o aeroporto de ônibus e voamos para Roma, de onde seguimos viagem, finalizando nossa segunda passagem pela Itália. Gastos básicos: jantar para duas pessoas (com cervejas) em um restaurante de Trapani: 32,00 espreguiçadeiras+guarda-sol na praia de San Giuliano/Trapani (bar Divino Rosso Beach): 13,00 compras diversas no supermercado de Trapani: (pão, frios, biscoitos, água, prosecco, massa, carne, etc, para 4 dias de estadia): 46,00 estacionamento junto à estação do teleférico Trapani-Erice: 2,50 teleférico Trapani-Erice (bilhete de ida+volta): 9,00 entrada Castello di Venere (Erice): 4,00 dois doces e dois cafés na Antica Pasticceria del Convento (Erice): 9,00 tíquete do barco para Favignana (ida+volta): 23,10 aluguel bike em Favignana: 5,00 (cada) estacionamento área azul San Vito lo Capo (bilhete diário): 9,00 guarda-sol+duas espreguiçadeiras em San Vito lo Capo: 12,00 estacionamento particular San Vito lo Capo: 5,00 passeio de barco Riserva dello Zingaro+Scopello: 25,00 (por pessoa) ônibus Aeroporto-Centro Palermo (bilhete ida+volta): 11,00 bilhete de ônibus em Palermo, válido por 90 minutos: 1,40 ingresso Palácio dos Normandos: 12,00 (por pessoa) compras diversas no supermercado (janta para três dias, bebidas e lanches): 32,00 trem Palermo-Cefalù/Cefalù-Palermo cada trecho: 5,60 lido em Cefalù (duas espreguiçadeiras+guarda-sol): 20,00 Observações: Sobre a Sicília... ô pedaço do mundo abençoado! Quantos lugares lindos! Quantos povos passaram por lá, deixando um pouco da sua cultura, da sua história, da sua gastronomia... Doze dias foram poucos para conhecer tudo de bom que tem por lá, mas foram suficientes para ficarmos apaixonados. É isso aí, gente. Estejam à vontade para comentar, acrescentar informações e fazer perguntas, no que eu puder e souber, eu ajudo. Boas viagens a todos! Quero morar nesse roteiro 💙 1 Citar
Membros D FABIANO Postado Setembro 12, 2023 Membros Postado Setembro 12, 2023 @JanaCometti Achou um relato muito bom.Tenho saudades da autora, que sumiu há anos. 1 Citar
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