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kkkk sensacionalista esse título heim? Mas é a pura verdade conforme vocês verão mais a frente B|.

Vamos lá...

Diferente de todas as outras viagens, essa não foi planejada por mim, e sim por um amigo que amo odiar, Fernando Luiz. Então não esperem celeridade da escrita, afinal dependerei da memória dele, bem como da nossa terceira companheira de viagem, a Ana Paula. Ambos eram marinheiros de primeira viagem, nunca haviam pisado fora do território tupiniquim e confiaram na minha "vasta" experiência para realizar essa viagem :D:D, tadinhos.

Definimos o mês de novembro para viagem, início da alta estação. Ou seja, clima bom, preços ainda acessíveis e sem aquela invasão de corpos pálidos desfilando pelas praias rs. De modo geral a previsão esteve ao nosso favor, tirando o fato de ter pegado chuva em Moçambique com direito a tornadinho na Praia do Tofo.

Ficamos um total de 20 dias, divididos da seguinte forma:

14/11- Embarque Salvador x Guarulhos x Luanda

15/11- Embarque Luanda x Cidade do Cabo - Cidade do Cabo

16/11- Cidade do Cabo

17/11- Cidade do Cabo

18/11- Gangsbai - Embarque Cidade do Cabo x Joanesburgo

... a partir daqui foi onde a porra começou a desandar e o nosso roteiro cuidadosamente planejado foi lançado nas asas do destino. Então se eu fiquei sem saber o meu futuro, pq deveria adiantar isso pra vcs???? kkkkkkkk

PREPARATIVOS

- PASSAGENS AÉREAS

Compramos os voos de Guarulhos até a Cidade do Cabo, retornando por Joanesburgo, pela TAAG, empresa aérea angolana. Analisamos por um longo período os preços das passagens e percebemos que o valor só variava de acordo com o dólar.

3 meses antes da viagem batemos o martelo e a compra foi feita através do whatsapp fornecido no site da TAAG, muito seguro, afinal de contas a reserva era feita por esse meio mas o pagamento foi via PAYPAL. 

*Informação importante: no site da TAAG vc só consegue comprar à vista, para parcelar em até 4 vezes com juros de 5% é necessário fazer a reserva por telefone ou whatsapp.

 

Logo em seguida foi a vez do voo interno, Cidade do Cabo x Joanesburgo. A companhia escolhida foi a FLYSAFAIR (ou ônibus de asas como foi carinhosamente apelidada por nós), companhia low cost sul-africana com base em Joanesburgo. Apenas uma mala de 7 Kg e dimensões de até 56x36x23 cm^3 está inclusa no valor da passagem. Paga-se mais para comer, para despachar mala, para marcar assento, para respirar ar limpo rs...

Como vcs podem observar, não fizemos a famosa Garden Route, ao nosso ver seria muito chão pra pouca atração, mas isso é uma decisão muito pessoal. Não digo que foi a melhor nem a pior decisão, foi apenas uma escolha.

 

Por último mas não menos importante vem a passagem de Salvador para Guarulhos. Essa foi comprada pela LATAM.

 

Custos:

Passagem aérea GRU x Cidade do Cabo / Joanesburgo x GRU: R$1.792,64

Passagem aérea Cidade do Cabo x Joanesburgo: 936,00 rands

Passagem aérea SSA x GRU: R$269,80

Passagem aérea GRU x SSA: R$209,58 (mais 2200 pontos multiplus)

 

CURIOSIDADES (OU NÃO :P)

- Money (que é good nós não have)

Levamos a grana toda em dólar. Cerca de 1800 doletas para cada, escondidas por todos os lugares. Esse valor foi o suficiente para toda a viagem com sobra pra perder ou ser furtada (não sei ao certo o que aconteceu no meu caso). Ainda retornei com 500 dólares no bolso.

Dos 1800 levados, 1100 dólares foram trocados por rands, moeda usada tanto na África do Sul quanto na Suazilândia. E 200 dólares foram trocados por metical, moeda oficial de Moçambique. 

Cartão de crédito usei pouquíssimas vezes para tentar  fujir do IOF e da  flutuação  do dólar. Porém observei que é uma forma de pagamento amplamente aceito, pelo menos na África do  Sul.

Durante o planejamento da viagem criei um grupo no whatsapp de mochileiros que fui coletando o telefone por aqui. Através desse grupo conhecemos o famoso OMAR. Genteeee OMAR é tudo de bom e merece um parêntese aqui

(

Quem é OMAR ou o que é OMAR? 

Não sei bem responder...  Mas diria que trata-se de uma lenda rs. 

De tanto ouvir as vantagens de fazer negócio com ele resolvemos procurá-lo. O engraçado ou desesperador foi a forma com que fomos recepcionados. Claro que foi mais coisa da nossa cabeça de tanto assitir filme de gângster. 

A loja do OMAR, fica nos fundos de uma loja de celulares. Chegamos na loja e já mandamos um "we need to talk to Omar". O balconista nos apontou uma grade aos fundos da loja. Mas não era apenas uma simples grade e sim uma dupla. Daquelas que alguém aciona a primeira vc entra, fica enjaulado, e logo em seguida a segunda é acionada. Adrenalina já a mil! Encontramos Omar sentado com mais 4 homens sério em volta dele. Nos apresentamos e fomos conduzidos para a sala do chefão, mais grade. Lá sentamos e começamos a fazer o câmbio. Tudo muito tranquilo. Omar fala português. O câmbio com ele é extremamente vantajoso, creio que economizei cerca de 300 reais.

Caso alguém queira o contato só avisar que passo no privado.

)

Então... Nosso câmbio ficou de 14,5 rands para cada dólar americano. E 1 real equivalia a aproximadamente 4 rands.

A moeda da Suazilândia é equivalente ao rands. Não precisa fazer a conversão por lá. Todos os lugares aceitam rands. As vezes o troco é dado em Suazi. 

A moeda de Moçambique é o metical. 1 dólar equivale a 60 meticais. E cada real equivalia a aproximadamente 18 metical.

Resumo:

1 USD = 14,5 rands = 14,5 suazi = 60 metical

1BRL = 4 rands = 4 suazi = 18 metical

- Idioma

Dessa vez não tive problemas com o idioma B|. Não pq aprendi inglês de uma hora pro outra e sim pq durante a estadia na África do Sul e Suazilândia tinha meu Friend Translator (Fernando). Já em Moçambique pude gastar todo o meu português, era compreendida perfeitamente. 

 

- Documentos

Passaporte e o Certificado internacional de Febre amarela são obrigatórios.

A PID - Permissão Internacional para Dirigir é meio polêmica. Pq? Bem... Se vc for dirigir apenas na África do Sul a PID não é exigida, isso por conta da Convenção de Viena de 1968 que permite dirigir por aquelas bandas por até 180 dias apenas portando a CNH válida. Já se vc inventar de dirigir na Suazilândia e Moçambique o buraco é mais embaixo. Esses dois países não fazem parte dessa convenção. Logo resolvemos por garantia fazer a PID. Não fizemos pelo DETRAN-BA! Infelizmente o valor varia por estado, e o nosso é o mais alto do país, R$642. Optamos por fazer nesse site internacional http://idl-iaa.com/, o referido documento chegou a tempo via DHL.

Visto - África do Sul e Moçambique não solicita visto para brasileiros. Moçambique exige, então prepare o bolso. Existem alguma opções para retirada do visto de Moçambique, pode ser tirada com antecedência na embaixada aqui no Brasil, nas embaixadas na África do Sul, no aeroporto em Moçambique ou na fronteira. Optamos por retirar no posto fronteiriço na saída da Suazilândia. Eles aceitam dólar, rand, suazi, euro ou metical. Vale a pena pesquisar antes se essas informações ainda são vigentes no momento da sua viagem.

Link para saber se o país faz parte da Convenção de Viena: http://www.unece.org/trans/conventn/legalinst_08_RTRSS_RT1968.html

 

Saúde

Moçambique é zona endêmica de malária e um repelente eficiente é fundamental. Segundo pesquisas que fiz, os mais recomendados são os que contem DEET acima de 35 e Icaridina acima de 20%. Em conversa com minha médica ela recomendou o Exposis Gel, proteção por até 10h, cheiro e sabor bem fortes, mas funcionou bem, voltamos sem picadas. "Sabor" msm kkkkkk, afinal vc fica tão "noiado" com a possibilidade de ficar doente durante a viagem que sai passando repelente por todas as partes do corpo e acaba engolindo sem querer rs.

Existe medicamento profilático para a malária mas pelo visto não é tão bem visto, já que os efeitos colaterais são vários. Vale pesquisar! Sempre!

Costumo tb pegar com minha médica um receitão com os possíveis medicamentos para as possíveis doenças que possivelmente possam aparecer durantes a viagem. Aquele basicão para estômago, febre, alergia, dor, gripe, caganeira, anti-inflamatório...

Mala

Mala não, mochila :P, me respeite! Como boa canguinha que sou, evitei despachar malas nessa viagem, então preparei duas pequenas mochilas, uma de 32 litros e a outra de 16 l. Seguem fotos...

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Ahhh esqueci de apresentar pra vcs meu mascote. Esse é o Grelhado!

Obs: Leve roupas para o frio, será fundamental na Cidade do Cabo, como ficamos apenas 3 dias, 1 casaco e uma calça foram suficiente para mim, tenho boa tolerância ao frio, o que me permitiu andar tranquilamente de bermuda em alguns momentos.

Custos

Visto Moçambique: 895 rands

PID: 85 dólares

Exposis 100ml: 45 reais

 

Depois do bla-bla-bla necessário, vamos para o relato propriamente dito...

 

* Voar pela TAAG / Gato de Schrodinger / Chegada na Cidade do Cabo

Depois de avião decola, avião aterrissa, avião decola, avião aterrissa, chegamos em Luana, capital da Angola. O aeroporto é bem desestruturado. O banheiro não tem papel higiênico, não encontrei bebedouro, não há conexão de wi-fi pública, o calor beira ao do inferno, existem poucas opções de cadeira para se acomodar e além disso tudo, as lojas e restaurantes (pelo menos os que perguntei) não aceitam dólar nem cartão de crédito internacional. Apesar disso Fernando como bom malandro que é, conseguiu a senha de um wi-fi de uma lanchonete depois de ter colocado a bendita mãe na conversa, dizendo que ela precisava de notícias dele senão morreria. Foi nesse momento que os meus problemas começaram. Ao conectar na internet descobri que uma estimada amiga havia "morrido". Morrido entre aspas mesmo, pelo menos pra mim, afinal ela ficou várias horas como o gato de schrodinger...

 

[Pausa para explicar rapidamente quem é esse famoso gato...

Muito superficialmente falando e sem envolver a física quântica no meio, o gato de Schrodinger é um personagem imaginário que foi colocado dentro de uma caixa com um veneno que é liberado através de um mecanismo que tem 50% de chance de ser acionado. E só saberemos se ele morreu ou sobreviveu a esse experimento ao abrir a caixa e encontrá-lo vivo ou morto. (Físicos de plantão podem me apedrejar, eu mereço e me rendo!)]

Então, eu sabia que ela faria uma cirurgia de alto risco do coração, e ao sair do Brasil mandei uma mensagem para a irmã dela, perguntando como havia sito a cirurgia. Ao conectar recebo a resposta da irmã dela, uma resposta inconclusiva, onde quem lia não sabia se minha estimada amiga havia ou não sobrevivido a cirurgia. Então me desesperei e concluir que ela tinha batido as botas, passei o voo todo de Luana à Cidade do Cabo chorando desesperada, a ponto da aeromoça vir fala comigo. Só para aliviar o coração de vcs, concluo esse trecho informando que a bendita Amiga-Schrodinger estava vivinha. Coisa que só fiquei sabendo ao chegar no hostel. 

Ahh sim, devem está curiosos pra saber como é voar pela TAAG. Bem... eu diria que é satisfatório, tirando algumas telas de entretenimento que não funcionam e alguns comissários de bordo ásperos no tratar com os passageiros. A comida é boa, mas não é magnifica como li em alguns relatos! Eles dão fone de ouvido, manta para o frio e mini travesseiro para o nosso maior conforto. Uma música chata é tocada em todos os embarques, até hj não consegui esquecer... É durooooo, mas é mais segurooooo, é tudo que eu quero para mim amanhããaãã

Pois bem! Chegamos finalmente ao nosso esperado destino Cidade do Cabo, passar pela imigração é bem tranquila apesar da fila enorme. De lá seguimos para a AVIS, locadora de carro escolhida para desbravar a África. Ela fica fora do aeroporto, mas é bem fácil de achar, é só atravessar a pé um túnel, fica bem defronte a saída do aeroporto... to be continued

 

 

  • Amei! 3
  • Membros
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Em 10/01/2018 em 10:09, LeticiaC disse:

Adren-Aline! Continue o relato, please! E quero o contato do Omar tb, irei para a África do Sul em abril.

Aguardando ansiosa, hehe!

Letícia anota meu número 75 988745299, manda o zap que te passo detalhes dele.

  • 8 meses depois...
  • Membros
Postado

Bem, retorno a escrever esse texto, 9 meses após começar, creio que realidade e fantasia já devem ter se tornado um único ser, então... acredite nele quem quiser rs

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Após passar pela AVIS e sair de lá com um minúsculo carro, Polo Hatch Volkswagen. Iniciamos o teste drive no próprio estacionamento. Muito tranqüilo, como pode ser visto na foto abaixo.

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Junto com o aluguel do carro adicionamos um GPS, que não funcionou nunca. Além do valor cobrado pelos dias de uso, vc tb arca com um seguro que equivale ao dobro do valor. A soma é cobrada apenas em cartão de crédito, e dias após a devolução do carro, o valor do caução é estornado.

Na África do Sul, a direção é inglesa, Fernando rapidamente se adaptou com isso.

Seguimos para o hostel 91 Loop. Primeira decepção encontrada, não havia estacionamento, o carro precisou ficar na rua. Lá a “flanelagem” funciona direitinho, os carinhas possuem uma máquina onde é cobrado o valor e dado a multa caso seja preciso.

Os quartos são bem confortáveis e um bar funciona no primeiro piso, recomendo o hostel apesar do pesares.

Malas guardadas, banho tomado, roupa trocada, lá fomos nós para o V&A Waterfront.

V&A Waterfront – é um centro comercial e de lazer, localizado na zona portuária da Cidade do Cabo. Lá é possível assistir algum espetáculo, passear de roda gigante, fazer câmbio, comer, beber e etc. Foi lá onde trocamos uma pequena quantia de dólares apenas pra não ficar sem a moeda local antes de chegar o OMAR.

2º Dia -  Bo-Kaap / Clifton Beach / Lions Head

 Após iniciar o dia com um belo café da manhã sul-africano, com direito a feijão doce. E de quase receber uma multa por deixar o nosso mini carro estacionado após as 8h da manhã (pagamos apenas para o pernoite), seguimos serelepes e pimpões...

Bo-Kaap – Bairro malaio colorido.bo-kaap.thumb.jpg.7834bd03bf3e7c32f62b709f28ec22b9.jpg

 

Clifton Beach

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Lions Head - para chegar nessa vista incrível é necessário um certo esforço. Inicialmente passamos por uma trilha íngreme de terra batida por cerca de 40 minutos, logo em seguida pegamos o trecho de pedra e por fim  uma leve escalada por uns grampos presos na pedra. Tudo seguro a medida do possível rs. Confesso que curti mais Lions Head que a Montanha da Mesa, talvez pelo esforço necessário para chegar lá, talvez pela vista de 360 graus... não sei...

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Montanha da Mesa visto a partir da Lion Head

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Vista durante a trilha

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Alguns custos: 

Diária no 91Loop: 61 reais (por pessoa)

Diária do carro: por volta de 100 reais (pegamos 3 diárias)

  • Hahahaha! 1

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