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Legalização das drogas


Gabriel_lost

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  • Membros de Honra

Galera,

faz tempo que não apareço aqui. Mas queria dividir com a galera mochileira um debate que temos feito aqui na UFF.

sobre a política de drogas, os impactos de sua proibição e as consequencias da legalização.

 

quem quiser conferir, contribuir, etc aparece no site http://www.culturaverde.uff.br

 

e quem quiser ajuda no debate aqui no Mochileiros.com

 

abração

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  • Membros de Honra

Uma Nova Abolição - Renato Cinco

 

Na Proclamação do Anhangabaú da Felicidade, manifesto do Teatro Oficina, Zé Celso lançou um desafio para o Brasil: “Ser o primeiro país do mundo a promover a grandeza da Abolição da Escravidão do século 21 através da descriminalização Total das Drogas, tirando da Polícia sua administração e passando para o Ministério da Saúde, Cultura e evidentemente da Fazenda… tornando-a uma questão totalmente Cultural, que livrará o país deste Genocídio praticado diariamente principalmente contra as crianças de todos os Canudos-Favelas de todo País”.

 

À primeira vista pode parecer descabido comparar a legalização das drogas no século XXI com a abolição da escravidão no século XIX, mas estas palavras do Zé Celso são muito sábias e lúcidas, revelando sua capacidade de perceber a realidade muito além dos discursos oficiais.

 

A criminalização das drogas é uma estratégia de controle social e não uma política de proteção da saúde pública, como proclamam os defensores da “War on Drugs” de Richard Nixon. A realidade demonstra claramente a total incapacidade da política proibicionista de proteger a saúde pública, e os próprios Estados Unidos – país que mais gasta com a Guerra às Drogas em todo o mundo -, têm a maior taxa de usuários de drogas ilícitas do mundo. Cerca de 40% da população dos EUA já utilizou drogas ilícitas, inclusive Barack Obama, Bush filho e Bill Clinton.

 

Por outro lado, a Guerra às Drogas é extremamente eficiente como instrumento de criminalização e perseguição de grupos socais, de movimentos políticos e até mesmo de países. Recentemente, em palestras no Rio de Janeiro, o policial estadunidense e fundador da Law Enforcement Against Prohibition (LEAP), Jack Cole, denunciou o caráter racista da War on Drugs nos EUA, revelando que hoje seu país encarcera cerca de 6,9% da população negra contra 0,9% da branca. O regime do Apartheid da África do Sul encarcerou 0,8% da população negra.

 

No Brasil o caráter racista da proibição das drogas também está presente e a perseguição e criminalização da maconha ocorreu no contexto de estigmatização da cultura negra. Porém, em nosso país a Guerra às Drogas atinge a pobreza de maneira geral, e apesar da pouca importância para o mercado ilícito, são os pequenos e miseráveis varejistas do tráfico os que lotam as cadeias, necrotérios e microondas.

 

De um ponto de vista antiproibicionista a lei 11343/2006 tem o mérito do fim da pena de prisão para o usuário de drogas, incluindo os que cultivam para consumo próprio. Ao não estabelecer, porém, critérios objetivos para a diferenciação de usuários e traficantes, a lei permite que usuários pobres e sem acesso a advogados sejam enquadrados como traficantes.

 

Além disso, ao manter na ilegalidade o comércio de drogas e ainda ao aumentar a pena mínima de prisão para os traficantes, a lei 11343 contribui para a dinâmica de acumulação da violência nas cidades brasileiras.

 

Nos últimos anos, vimos no Rio de Janeiro o surgimento da criminalidade policial organizada na forma das milícias. Muito mais poderosas do que as quadrilhas de varejistas do tráfico, os milicianos vêm aumentando cada vez mais sua base territorial e já estão se infiltrando no poder legislativo. Se não conseguirmos romper com este círculo vicioso de corrupção e violência, a própria democratização da sociedade fica ameaçada.

 

Nossa sociedade precisa romper com os velhos esquemas de controle social através da violência do Estado e finalmente aceitar que a paz é fruto da justiça.

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  • Membros

vou verificar esse site e ler o seu texto,

mas respondendo:

acho que o primeiro passo deve ser a descriminalização. porque já está provado que o combate as drogas é um fracasso, e serve apenas para consumir milhões/ano.

E também sabemos que nossa cadeia não reabilita ninguém, mandar um viciado para lá, e mostrar para ele que é possivel piorar. só serve como networking de bandidos ::hãã2::

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  • Membros

Considerando o Brasil um país modelo, no que respeita a Senhora Segurança, a Senhora Saúde e, mormente, a Senhora Educação, creio, e apenas creio, sem considerar minha fé quase católica, que nosso país já está bem encaminhado quando o assunto é a legalização das drogas. Oras, é mesmo de empolgar quando nos recordamos das drogas que já foram legalizadas aqui, como por Exemplo, o programa do Faustão, as novelas da glogo, o BBB, em bom português, Big Brother Brazil. Tudo legalizado e sendo utilizado livremente pelas pessoas que, louvemos! Estão agora fora dos caminhos obscuros e desconhecidos, cite-se os da literatura, da filosofia, da psicologia, dessas ciências mortas que só servem para fazer pensar e travar o nosso Glorioso Progresso, que Deus o tenha. Outra droga já liberada e bastantemente difundida é a famosíssima Micarê, ou Micareta, ou Micarecaramba, ou Mi------, dependendo da região. Essa, totalmente liberada há anos, muito contribuiu para que as mais bem intencionadas Mentes Brilhantes do país, até mesmo os ocupadíssimos membros das Culturas Verdes de toda a Ilha de Vera Cruz se ocupem, não da Educação em seu país, mas, com razão, dos seus mui necessários assuntos Verdes, de todas as espécies. Enfim, eu poderia citar ainda muitas outras drogas já legalizadas, mas amigos, antes de discutirem sobre as drogas verdes, e outras, como bebidas e fumo, deveríamos, se Deus nos desse bom tempo, discutir a respeito de uma única droga que assola o país e que deveria ser, de uma vez por todas, DESlegalizada, se me permitem o meuologismo. Essa droga, dizia eu, é o SEPBRA - Sistema Educacional Público Brasileiro. Banindo essa droga de nosso país, teremos meio caminho andando para, até mesmo para, já que tanto se contorcem por isso, a legalização de outras drogas mais ou menos interessantes. Com a extinção dessa droga, o SEPBRA, teríamos não um texto irônico no tópico em pauta, mas um texto plano sobre o tema, ou talvez simplesmente uma opinião simples, se me permitem o pleonasmo, um simples SIM ou um simplérrimo NÂO... Educação amigos, Educação é o problema.

 

Abraços. ::otemo::

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