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Expedição Andes por aí - Curitiba a Machu Picchu -10200 km de carro.


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3°  Dia  - 28/12/2017
de Salta a San Pedro De Atacama- 515 km

Depois de uma noite bem dormida no hotel de Salta acordamos e fomos tomar o café da manhã. Depois disso carregamos as tralhas a malas e pegamos a estrada.

Neste dia começou a emoção. Seguimos a estrada  serpenteando montanha acima até a altitude de 4080 m na Abra Blanca. “Abra” é como os argentinos chamam o ponto mais alto das estradas. Fizemos algumas paradas para tirar fotos.

Chegamos então em San Antonio de Los Cobres onde abastecemos e compramos comida para a viagem. Retomamos o caminho e fomos entrando no Paso Sico, uma estrada de terra (ripio) em bom estado, mas com grandes extensões de costelas de vaca.

 Passamos pela maior altitude da viagem até aqui, 4560 m  no Alto Chorrilho. Fizemos os tramites da fronteira na nova aduana integrada Argentina-Chile.

Seguindo adiante foram surgindo as lagunas altiplanicas  e belos visuais. Vimos neve nos morros pela primeira vez. 

Chegamos a San Pedro de Atacama e fomos direto para o Hostal Hara que tinha sido o lugar onde nos hospedamos da última vez.
Tivemos um problemão pois a atendente nos disse que o preço seriam 61000 pesos chilenos para os 6 em uma habitação com dois quartos, só que na hora de mostrar nos levou a 2 quartos separados. Não entendemos bem e pedimos confirmação do valor e ela confirmou.

Depois disso saímos para jantar e encontramos um ótimo restaurante com uma excelente cantora que por acaso era brasileira. Em seguida fomos dormir.

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4° dia - 29/12/2018

De San Pedro de Atacama a Tacna Peru 850 km.

O dia infelizmente não começou bem. Acordamos, tomamos o café e arrumamos as coisas no carro.

Após isso fomos pagar o hotel, Hostal Hara. Ai começou a confusão. Quando chegamos ontem queríamos um quarto para 6 pessoas e a atendente disse que só tinha de 3 por 61000 pesos chilenos. Depois ela falou que tinha um com 2 quartos e disse que era o mesmo preço. Ao nos levar ao quarto nos apresentou 2 quartos separados. Nós questionamos se o preço era o mesmo é ela disse que sim.

Na hora do acerto queriam contar 122 mil pesos😱. Foi um bate boca enorme e nós querendo sair para não atrasarmos mais. Depois de muita discussão aceitamos pagar 18 mil cada o que foi muito caro.

Após esse entrevero saimos em direção a Tocopilla, Iquique e Tacna Peru finalmente.

Fomos por Tocopilla e Iquique para termos o que admirar durante a viagem, já que se fossemos pela ruta 5 só veríamos deserto e nada mais.

Mas queríamos outra coisa ainda. Queríamos nadar no Pacífico. Passamos por várias praias e paramos em uma que não lembro o nome.

Descemos e eu, a Isabel e o Edmar nos arriscamos e entramos no mar. Estava frio, mas bem suportável. Apenas eu mergulhei e nadei de fato. Os outros só ficaram com água pela cintura.

Seguimos e passamos por Iquique para mais tarde retornar a ruta 5 Panamericana.

Chegamos relativamente cedo na divisa com o Perú, mas levamos azar.  

Primeiro entramos na fila de passageiros e com um papel fornecido por um atendente dali mesmo ( sem pagar nada ) fiz o registro de todos do carro. Depois fomos a parte de entrar com os carros. Quando chegamos lá tinha 4 pessoas dando entrada com 2 caminhões do rally Dakar. E para piorar era hora da troca de turno. Os caras do Dakar tinham trocentos papéis e demoraram uma hora para serem liberados. Daí houve a troca de atendentes e finalmente fomos atendidos e liberados.

Assim chegamos a noite no hotel Takora Inn em Tacna.

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18 horas atrás, Andrei Nadolny Fidelis disse:

Olá, 

Muito bacana seu relato, mas questiono se as publicações vão continuar?

Pretendo seguir de carro ao Perú mês que vem e gostaria muito de acompanhar sua aventura para me preparar.

Em seguida postarei os planos da viagem, caso queira comentar, ficarei grato!

Obrigado.

Colega, vou seguir com o relato, mas só hj tomei o dia para descansar apenas.

Um Abraço desde Chivay, Vale do Colca Perú.

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Em 01/01/2018 em 10:21, hlirajunior disse:

Show Marcelo, em uma próxima trip vou encarar o Paso Sico.

De Puno a Arequipa vi que tem um caminho que desvia de Juliaca e parece todo asfaltado. A estrada começa em Puno mesmo, você vai por ele?

https://goo.gl/maps/3VTq2xGRxP92

 

Feliz ano novo e boa viagem!

Não atentei para isso e tive de entrar em Juli(nh)aca.

Obrigado pela dica.

Hoje estamos descansando em Chivay, iamos para o mirador del condor, mas estão cobrando 40 soles para ir lá e como não é a melhor época para ver esses passaros poderiamos pagar apenas para ver o cânion. Vamos apenas passear pelo vale e descansar nas termas a tarde. 

 

Abç.

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5º dia - 30/12/2017

De Tacna a Yunguyo, Peru - 497 Km

A emoção da viagem começou de madrugada, pelo menos para mim. As 3:20 da madrugada eu estava acordado pois o Edmar tinha ido ao banheiro qunado de repente senti a cama tremer por uns 10 segundos, O Edmar, a Renata e a Isabel não sentiram nada, Fiquei alerta pensado que teria de sair do hotel correndo, porém não soou nenhum alarme e depois de falar com os outros o que senti, voltei a dormir. O pessoal achou que eu estava de brincadeira.

Pela manhã apos acordar pesquisei na internet e verifiquei que realmente tinha havido um sismo de 5.1 na escala richter na região de Tacna. Ou seja, mal cheguei no país e já senti o Peru tremer hehehehe.

Tomamos café da manhã e eu e o André, nosso companheiro que está no outro carro com seu filho Isaac, fomos procurar câmbio e seguro Soat para nossos carros. O cambio em Tacna estava bem ruim, o dolar estava a 1 por 3.20 Soles e o real, na melhor cotação, estava a 1 por 0,85 soles, Muito baixa a cotação do real.

Demoramos muito para achar um local que fizesse no sábado o seguro Soat de nossos carros e mesmo assim só conseguimos para 7 dias por 25 soles. No local não havia como fazer para mais de 7 dias.

Após tudo isso pegamos a estrada novamente primeiro em direção a Moquegua onde chegamos por volta das 13 h. Paramos em uma praça para achar um local para almoçar e encontramos um restaurante chamado “El Cebichon del Pirata”. Cada um pediu um prato e apesar da demora, tivemos uma grata surpresa ao receber pratos enormes, deliciosos e decorados como num restaurante chique, um deleite para os olhos e para o paladar. E o melhor de tudo era o preço, muito barato

Apos o farto almoço e já um pouco atrasados seguimos a estrada que começava a subir mais e mais os Andes em curvas cada vez mais fechadas e perigosas. As paisagens estavam muito lindas. Tiramos centenas de fotos.

Ai tivemos a melhor surpresa desse dia: ao sairmos da carretera que ia a Puno para a ruta que ia a Desaguadero e Yunguyo chegamos a 4.800 m (segundo record de altitude)  e ao contornar uma montanha demos de cara com um campo com uma neve recente. Paramos os carros e ficamos maravilhados por aquela brancura. Tiramos muitas fotos e fizemos muitas brincadeiras, Foi um dos pontos altos da viagem até aqui.

Depois disso seguimos viagem e foi escurecendo aos poucos. Chegamos tarde a Yunguyo e também demoramos a achar o hotel que eu tinha encontrado na internet pois a localização não batia com o local correto deste. O hotel??? O pior de todos os que ja dormi na vida, Hospedage Kanamarca. Quartos sujos, colchões velhos e acabados, quase sem tomadas, sem café da manhã etc. Não recomendo. Como a cidade não é turística não encontramos algo melhor. Pelo menos tinha estacionamento (pago) para deixar o carro para seguirmos no dia seguinte a Bolívia de van e depois navegar até a ilha do sol.

 

Cansados, dormimos. Eu nem tirei a roupa do corpo para me cobrir com aquelas cobertas...

 

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Editado por Marcelo Manente
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6º dia – 31/12/2017
De Yunguyo - Peru a Copacabana e Isla do Sol – Bolívia – 35 Km
De van até a fronteira, van de novo a Copacabana e de barco a isla del Sol

Acordamos um pouco mais tarde e como não tinha café da manhã naquela nhaca de hotel fomos até a praça para tomar uma van até a fronteira. Explico: todos os viajantes com que tinha falado foram unanimes em dizer que entrar de carro na Bolívia é uma saga. Então combinamos de deixar os carros no estacionamento do hotel e ir de van até Copacabana – Bolívia. Logo ao chegar à praça central de Yunguyo já achamos uma van e o motorista cobrou 1 sol para levar até a fronteira.
Na fronteira os tramites foram muito rápidos tanto na saída do Peru quanto na entrada da Bolívia. Fiquei até espantado com a rapidez. Acho que só é complicado entrar quando é de carro.


Após a fronteira já achamos uma van que nos conduziu por uns 10 km até a cidade de Copacabana, Bolívia por 15 bolivianos. Chegando lá entramos em uma lanchonete para tomar um café da manhã, A seguir fomos ao porto procurar por um barco para a ilha o que prontamente achamos e logo estávamos navegando no Titicaca.


Uma hora depois de uma bela navegação naquele lago verde e transparente aportamos no lado sul da ilha.
Aqui quero abrir um parênteses: somente o lado sul da ilha está aberto aos turistas hoje em dia. Infelizmente o lado norte onde há mais ruínas está fechado. Isso acontece por causa de uma briga territorial entre o povo do lado norte e o povo do meio da ilha. É uma coisa muito ilógica, visto que o povo basicamente vive de turismo e mesmo assim os povos do meio e do norte fecharam a trilha da ilha e estão perdendo de ganhar com os inúmeros turistas que vão lá. Quem está feliz é o povo do sul que esta ganhando uma grana federal...


Lá pelas 12:30 h aproximadamente descemos do barco naquela beleza de porto e após tirarmos muitas fotos do muro Inka e das estátuas que adornam o inicio da escada começamos a subir. Gente... subir aqueles degraus a 3.800 m de altitude não é fácil. Estávamos ainda nos aclimatando, apesar de ter passado parte do dia anterior e a noite toda na mesma altitude. Foi tenso, parecia que o corpo não ia suportar tamanha carga.


Depois de muito esforço eu, o Edmar, a Renata e a Isabel chegamos ao nosso hotel chamado Casa de La Luna o qual já adianto que eu recomendo a todos. Apesar de ser mais caro que os nossos padrões mochileiros, queríamos na noite de Ano Novo ficar em um lugar mais chique. O André e o Isaac tiveram que camelar mais um bom tanto até o hotel deles que ficava no topo da vila do lado sul. Eles não ficaram no mesmo hotel que a gente pois fizeram a reserva depois.
Depois de um bom banho e uma relaxada subimos ao encontro dos nossos amigos e é claro, fotos tirando inúmeras fotos. Comemos, conversamos e ficamos assistindo o por do sol nas montanhas ao fundo do lago bebendo uma cerveja gelada.
Na hora da passagem da meia noite no Brasil nós abrimos um vinho e brindamos o Ano Novo. Após isso cansado e manguaçado eu dormi até a meia noite quando acordei com os fogos de artificio e dei uma olhada da janela do quarto. Mais tarde, lá pelas 2:20 da matina acordei com sons que pareciam rojões de novo, só que na verdade eram tambores de um grupo folclórico da ilha se apresentando quase na frente de nossos quartos. Resisti bravamente a vontade de sair do quarto e ir tirar algumas fotos.
E assim eu e meus amigos passamos o que eu considero, o Ano Novo mais diferente de nossas vidas.

Editado por Marcelo Manente
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