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Fala, pessoal! Esse é o resumo de um mochilão por locais pouco visitados que fiz entre outubro e novembro de 2017. Quem quiser o relato completo poderá conferir em meu blog: http://rediscoveringtheworld.com;)

 

Dia 1

 

Enfim, chegou o momento esperado. Embarquei na LATAM com destino a Madri, saindo de Floripa com conexão em Guarulhos. Esses trechos eu emiti com 37 mil milhas Multiplus.

 

O serviço de bordo foi melhor do que imaginava. Comi ravioli no jantar enquanto assistia ao filme Logan. E na manhã seguinte, o prato principal foi croissant.

 

No começo da tarde, desembarquei no enorme aeroporto de Madrid-Barajas. Passei a imigração tranquilamente e sem espera alguma. Entre as diversas opções de transporte, comprei um bilhete para usar todos os ônibus e metrôs (atenção, pois são divididos em norte, sul e leste) por 10 vezes (15 euros).

 

Quase uma hora depois, somando as baldeações, cheguei ao Mad Hostel - 14 euros o dormitório. Limpo, com espaço comum, e serviços básicos.

 

Sob um calor considerável, caminhei entre as atrações turísticas. Passei pelas igrejas Real Iglesia de San Andrés, Basílica de San Francisco El Grande e entrei na Catedral de La Almudena. Todas elas são imponentes, com arquitetura impressionante.

 

Ao lado da última, fica o Palácio Real e os Jardins de Sabatini. Continuei até as ruínas do egípcio Templo de Debod, um lugar pequeno, mas grátis e ideal para se ver o pôr do sol.

 

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Desci através da Plaza España, com suas estátuas em homenagem ao escritor Cervantes e seus personagens de Dom Quixote. Já na Gran Vía, a avenida das compras, parei pra jantar numa rede de tapas que já conhecia, a 100 Montaditos, boa e barata (a partir de 1 euro o mini-sanduíche). De sobremesa, tomei o milk shake mais sem graça do mundo no Rodilla.

 

Por fim, a Plaza Mayor, que como é tradição na Espanha, fica cercada por um edifício vazado. E o Mercado de San Miguel, especializado em frutos do mar e ainda funcionando à noite, servindo tapas e bebidas, assim como uma diversidade de estabelecimentos faz no centro.

 

Voltei ao albergue para dormir. Acho que o maior ponto negativo desse é a fechadura eletrônica das portas e cofres, nunca vi mais difícil. Nem pense em tentar entrar bêbado.

 

Dia 2

 

Acordei no meio da noite e não consegui mais dormir direito; maldito jetlag. Tomei o café da manhã de iogurte com cereais, suco e pão com geleia e fiz o check-out. Levei minha mochila, pois esse lugar cobrava 2 euros para armazená-la.

 

Enquanto esperava para o check-in na hospedagem seguinte, a Siesta&Go, fui dar uma volta nos arredores. Para minha surpresa, estava ocorrendo bem naquele momento na avenida Paseo de la Castellana, uma passeata militar com um público enorme. Hoje era feriado, dia da Fiesta Nacional da España, comemorado nesse dia por ser o do descobrimento da América.

 

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Ali também fica o estádio do Real Madrid, Santiago de Bernabéu. Nos arredores da Plaza de Pablo Ruiz Picasso, jovens praticavam parkour. Comprei um rango num supermercado.

 

O Siesta&Go possui uma só grande habitação compartilhada. Paguei 20 euros por uma cama.

 

Novamente de metrô, fui até o Jardim Botânico Real. São 4 euros para entrar no parque que inclui estufas, bonsais e sessões de diversas famílias de vegetais. Não achei tudo isso.

 

Ao sair de lá, fui ao espaço que fica a seu lado, os Jardins do Retiro. Grandão e bastante movimentado naquele feriado, é um tipo de parque central, com paisagismo, tendas e artistas de rua. Bom para se exercitar e levar a família para passear.

 

De lá, a próxima parada foi na bela construção do centro cultural Cibeles. Ali ficam exposições artísticas gratuitas (não gostei de nenhuma) e um mirante, mas que já havia esgotado a disponibilidade do dia.

 

Em seguida, caminhei em busca de alguma refeição barata. Desisti e acabei comprando no supermercado um prato pronto com gulas, algo comestível feito com peixinhos.

 

Voltei à hospedagem pra dormir cedo, já que pegaria um voo ao amanhecer.

 

Dia 3

 

Mais uma noite mal dormida. Voei de Norwegian até o aeroporto Norte da ilha de Tenerife. Peguei um carro alugado na empresa Orlando, recebi um upgrade e logo dirigi em sentido norte pelo no Parque Rural Anaga. Lá ficam vários mirante e trilhas em meio a ecossistemas florestais e arbustivos com espécies endêmicas. A maior caminhada que fiz foi em torno do Monte Taborno, com vista para vales e pro mar, e cercado de cactos, dragos e outras plantas adaptadas ao vento e aridez.

 

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As estradas do parque montanhoso são bem conservadas, mas estreitas demais e sem acostamento. Tanto que acabei dando uma raspada na lateral de um barranco uma hora que me distraí. Riscos na lataria, para-choque e calota, já comecei mal...

 

Do outro lado do parque fica a cidadezinha costeira de San Andrés. São casinhas coloridas no morro, um castelo destruído e praias urbanas. Na principal, a Teresitas, almocei na Confradía de Pescadores um pratão de chipirones, um tipo de lula, por menos de 8 euros.

 

Na volta, cheguei à capital e maior cidade das Ilhas Canárias, Santa Cruz de Tenerife. Alguns museus e construções históricas à parte, achei ela urbanizada demais. Depois de muito penar pra estacionar, caminhei no fim de tarde entre suas ruas enquanto tomava um sorvete.

 

Já estava escuro quando enfim terminei o dia na cidade antiga de San Cristóbal de La Laguna, onde me hospedei no B&B La Laguna (20 euros com café). Tentei sair à noite pra conhecer a parte antiga da cidade tombada pela UNESCO, mas estava tão quebrado que fui dormir direto.

 

Dia 4

 

Tomei o café bem servido e peguei o carro morro acima por uma estrada bonita entre pinheiros das Canárias até o parque de aventuras Forestal Park. Lá fiz um baita circuito de arvorismo por 22 euros. Foram 3 horas de obstáculos como escalada, cordas e tirolesas a até 30 metros. Superação total de meu medo é custo benefício muito bom. Minha única crítica é que há pouca supervisão e os grupos são muito grandes; ainda bem que fui na frente.

 

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Almocei lá mesmo em Las Lagunetas, num restaurante rústico, onde comi carne com batatas e maionese por 9,5 euros.

 

Desci o morro nas Pirâmides de Güimar, um complexo etnobiológico construído ao redor de algumas pirâmides de rocha vulcânica construídas pelos antigos povos nativos das Ilhas Canárias. Além das edificações, há um museu, jardins e mais. O ingresso mais básico é de 11 euros. Como estava para fechar, levei a última hora e meia para conhecê-lo, mas tive que o ver correndo.

 

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Depois segui na rodovia rápida pelo sudeste, entre terras inutilizadas e turbinas eólicas.

 

O albergue seguinte chama-se Aloe Vera Shared House e fica em Médano, um bairro no litoral. De fato, a hospedagem fica em frente a uma pequena praia de areias mescladas de preto e amarelo, e o vulcão Montaña Pelada, um bonito cenário. Ali também fica uma prainha naturista - descobri sem querer.

 

Depois do banho, fui ao centro jantar. Escolhi o Pelinor, um restaurante razoável, onde pedi um prato de anéis de lula, batata e salada por 8 euros, além de sorvete de sobremesa (1,2 euros por bola), pra dar uma amenizada temporária no baita calor que fazia.

 

De volta ao albergue, fiquei hablando com os companheiros venezuelanos e argentinos do meu quarto, enquanto reclamávamos da falta que um mísero ventilador fazia lá.

 

Dia 5

 

De manhã, caminhei pela área protegida da Montaña Roja, um antigo vulcão de coloração vermelha que possui vegetação endêmica e é ponto de parada de aves migratórias.

 

De lá, deixei Médano para pegar um submarino mais ao sul, na Submarine Safaris. Sim, um submarino! Saiu um pouco caro, mesmo com o desconto pela internet (45 euros), mas seria uma oportunidade única. Foi uma hora de passeio por até 30 metros de profundidade, entre montes submarinos, naufrágios e fundo arenoso. Nada de corais, mas mesmo assim um tanto de peixes, como arraias, trombetas, barracudas e cardumes de outros menores.

 

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Deixei a Marina San Miguel, com seus iates e veleiros, além dos campos de golfe vizinhos, e continuei em sentido horário para almoçar. Isso foi em Los Cristianos, um balneário lotado de resorts turísticos. Escolhi um dos restaurantes que tinha o menu do dia por 9 euros, felizmente com ar condicionado. Por esse preço eu pedi pão, omelete de cogumelos, cherne e torta de chocolate. Só o peixe que não gostei.

 

Mal pisei no albergue seguinte, o La Tortuga Hostel, e já me fui à praia de El Puertito praticar snorkeling - de graça, com os equipamentos da hospedagem. Achei a praia meio feia, a água daquele fim de tarde estava fria e não vi muitos peixes interessantes, infelizmente.

 

Na volta decidi abastecer o carro. Só que eu esqueci que tinha deixado a grana e cartões no meu quarto, e só percebi depois que já havia enchido. Poderia ter vazado sem pagar, já que é self service e se paga depois no caixa, mas deixei meu documento e assinei um termo pra poder voltar e pagar. Depois de me perder inúmeras vezes nas rotatórias múltiplas do caminho, resolvi a questão.

 

Ao chegar ao La Tortuga, outro problema. O cadeado mudou a senha sozinho (aparentemente), pela segunda noite.Inexplicavelmente, consegui descobri-la em alguns minutos, acho que estou ficando craque em arrombar cadeados…

 

Eu e um inglês que estava em meu quarto saímos à noite atrás de um lugar pra comer. Caminhamos um bom pedaço da orla sem achar nada acessível ou aberto, então compramos o rango e preparamos no hostel mesmo. Tomei uma gelada também.

 

Dia 6

 

Comecei o dia com um café da manhã bem decente no albergue. Peguei a estrada, subindo a serra e parando no mirante de Masca, um povoado que fica entre penhascos e possui um estilo arquitetônico colonial.

 

Voltei um pedaço do caminho para começar a longa subida pela área protegida da Corona Forestal, uma floresta de pinheiros que fica ao redor dos vulcões mais acima. A estrada em todo esse trajeto é impecável e bastante cênica, com placas de interpretação e trilhas a fazer.

 

Muitas paradas rápidas depois, ingressei no parque do patrimônio da humanidade denominado Teide. Passados alguns mirantes, estradas cobertas pelo derrame vulcânico e formações geológicas diferentes, às 3 h da tarde, sob 20 °C e céu parcialmente nublado, comecei a subida pela trilha da Montaña Blanca. São 8 km de 2348 m até 3718 m. Todos com quem cruzei estavam em sentido oposto, possivelmente pelo horário tardio. Feições como montes e rochas de diferentes cores, derrames de lava e as vistas são as atrações do caminho. De vivo, vi arbustos, uma ou outra flor, corre-caminhos, que é um dos passarinhos mais comuns das Canárias (Anthus bertelotti) e branco picanço-grande (Lanius excubitor).

 

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No começo a subida estava fácil até, mas da metade em diante a trilha ficou estreita, inclinada e irregular. Ao menos se perder não é um problema. Duas horas e meia depois, cheguei no Refúgio Altavista, onde eu dormiria. Atenção, pois é necessário reservar com bastante antecedência e custa 21 euros.

 

Como queria ver o pôr do sol, só fiz o registro na casa e continuei subindo. Passei pela estação do teleférico já fechada e comecei a dura subida final. Essa parte só pode ser trilhado com uma permissão do parque, que também se pede pela internet antecipadamente, mas não custa nada. A exceção é durante os horários em que o teleférico não opera, das 5 da tarde às 9 da manhã.

 

Essa parte foi difícil, pois já estava ficando verdadeiramente frio, meu corpo já não estava respondendo direito pela ascensão muito rápida, e para piorar havia muito vento sem proteção. Mas, pouco mais de uma hora depois, quando o sol estava para desaparecer, senti o cheiro de enxofre da cratera do vulcão. Dali foram alguns passos até o cume por cima da cratera amarelada. Fiquei comemorando minha conquista sozinho, já que ninguém se arriscou a subir de uma vez só naquele horário.

 

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Tirei fotos, dei uma volta pela cratera, mas tive que acelerar o passo para voltar, porque o vento de 40 km/h, a temperatura de 4 graus e a escuridão solitária não estavam nada agradáveis. Coloquei a segunda camada térmica e retornei só com a lanterna do celular.

 

Ao chegar, a casa estava cheia, e enquanto eu jantava o pessoal começava a se retirar. O refúgio tem serviços como água não potável, calefação, louças, forno, mesas e cadeiras, cama com roupa, vaso sanitário com papel, além de máquina de vender alimentos e bebidas e, pasmem, wi-fi! As únicas coisas ruins são que não há chuveiros e nem lixeiras.

 

Dia 7

 

Dormi bem pouco à noite, sentindo falta de ar várias vezes, provavelmente pela altitude combinada com um quarto de 14 pessoas fechado. De fato, não é recomendado ir do nível do mar até o topo num dia só.

 

Saí na hora em que o alojamento fecha (8 h), quando o dia nublado começava a clarear. Apesar do meu estado, a volta foi obviamente mais rápida. Já no carro, fiz uma parada para fotos nas Minas de San José, logo adiante. É uma paisagem árida que imita um ambiente extraterreno.

 

Já na saída do parque, conheci o centro de visitantes El Portillo, onde constam painéis, um vídeo e um jardim botânico com as espécies do parque, muitas delas endêmicas.

 

Descendo o morro, vislumbrei a paisagem nebular e almocei no Restaurante Aguamansa, comendo um menu do dia por menos de 9 euros.

 

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A parada seguinte foi em Orotava, uma cidade com centro histórico. Em algumas quadras, são dezenas de casarios, igrejas e jardins.

 

Por fim, cheguei a Icod de los Vinos. Visitei o Museu Guanche (6 euros), que fala e mostra tudo sobre o modo de vida dos habitantes nativos das Ilhas Canárias.

 

No mesmo lugar, comprei umas comidas no supermercado. Os preços dos alimentos são mais baixos que a Europa em geral, devido à redução fiscal nas Canárias. Um litro de vinho, por exemplo, saia por 65 centavos de euro. E eles têm algumas coisas diferentes interessantes, como diversos frutos do mar enlatados prontos para consumo (comprei lulas ao molho de sua tinta negra).

 

A cidade é conhecida pelos seus majestosos dragoeiros (Dracaena drago), a árvore do dragão, a única que possui seiva vermelha. Ali fica a mais velha do mundo - é cobrado 5 euros para vê-la de perto num parque, mas de uma praça próxima da para admirá-la com clareza.

 

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Depois fui para o Drago Nest Hostel, onde fiquei num quarto privativo (cama, armário e nada mais), já que o dormitório estava em reforma. Paguei só 12 euros, o preço antigo, pois tinha feito a reserva pelo Booking bem antes da mudança. Aproveitei para lavar minhas roupas, pois o uso da máquina não é cobrado.

 

Dia 8

 

Depois do café razoável incluído, fiz um tour de 2 horas em parte da Cueva de los Vientos, uma longuíssima caverna formada pelo derrame de lava por vulcão. Por 20 euros, as lanternas são fornecidas e o passeio é bem explicado, mas dentro da caverna não se anda tanto. Se vê apenas algumas formações geológicas, que se parecem a estalactites e cortinas, além de aranhas.

 

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Devolvi o carro alugado no aeroporto Tenerife Norte. Tomei no c* porque a pilantra da empresa me cobrou todo o depósito de 325 euros para cobrir o dano no carro. Graças que consegui cobrar a grana do seguro do cartão de crédito depois.

 

Em frente ao aeroporto peguei o ônibus direto para o outro no lado oposto da ilha, o Tenerife Sul (9,7 euros). Pode-se pagar em dinheiro no próprio ônibus, mas os horários são bem infrequentes. Ao chegar, voei a Madri com a Ryanair (26 euros).

 

Dessa vez, dormi no Mad4You Hostel.

 

Dia 9

 

Café da manhã e depois fui a museus. Primeiro o municipal de história. Gratuito, conta através de obras de arte e artefatos a história da capital. Legal, até. O segundo, o museu da biblioteca nacional, nem tanto. Apesar de gratuito, pode ser de interesse apenas para quem é vidrado em livros.

 

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Em seguida, peguei um vôo a Bucareste (Romênia). Ao desembarcar, retirei um Ford Fiesta reservado na Klass Wagen, por somente 25 reais a diária!

 

Passei num supermercado, onde vi que os preços abusivos são apenas no aeroporto, e dirigi até a cidade. Lá fiquei no First Hotel Bucharest. Por uma coincidência, na cama abaixo da minha estava João, um brasileiro de meia-idade de Belém. Conversamos um pouco e fui dormir.

 

Dia 10

 

Acordei, tomei o café e parti, querendo me livrar do trânsito meio caótico da capital o mais rápido possível. São filas de carros atravessando por todos os lados, bondes velhos e estradas esburacadas.

 

À medida em que fui me afastando, as rodovias melhoraram bastante. A paisagem, sempre de plantações agrícolas e uma névoa azulada.

 

Chegando ao Mar Negro, começaram a aparecer florestas e parques eólicos. Quatro horas depois, cheguei ao porto de Tulcea no exato momento que a balsa estava partindo. Implorei pro capitão e ele me deixou entrar. O bilhete até Sulina, o último povoado do Delta do Rio Danúbio, Reserva da Biosfera onde o barco passa, custou 42 lei (35 reais)

 

Dentro dele há banheiro, cadeiras e mesas, e um bar. Fiquei na varanda tirando fotos da paisagem, das construções ribeirinhas, vilas e das aves, até me cansar das 4 horas de viagem. O último ponto é a cidadezinha de Sulina, na foz do delta com o Mar Negro e fronteira com a Ucrânia. Desembarquei ao lado de uma igreja ortodoxa.

 

Como quando cheguei à hospedagem ela tava vazia, caminhei por um cemitério e fui até a praia ver o tal do mar, que era mesmo escuro. Ao menos naquela hora, já que o sol estava se pondo.

 

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Quando voltei, o gerente da pousada nem fazia ideia de que tinha um hóspede, visto que eu tinha feito a reserva meses atrás e não tinha reconfirmado (e precisa?), mas rapidamente preparou uma habitação para mim. Privada e com suíte, saiu por 80 lei.

 

Jantei no restaurante que ele me recomendou, o Marea Neagra. Pedi uma parente da tainha com purê de batata e uma gelada Ursus Premium. O total foi de 33 lei. Esperava que viesse mais comida, mas não posso reclamar, pois sem querer acabei quebrando duas taças que estavam na minha mesa. Essas coisas chiques não funcionam comigo.

 

Quando saí de lá às 21 h, a cidade estava quase vazia. Os mercadinhos da primeira rua já estavam a fechar, e somente 3 bares prosseguiam abertos.

 

Dia 11

 

Dormi que nem uma pedra, mas acordei sem vontade de tentar arranjar algum passeio naquela manhã pelos canais em volta, já que na baixa temporada não seria tão fácil. Então fui novamente à praia. No caminho, estava ocorrendo a maratona de Sulina.

 

É irônico o fato de quando eu estava na Espanha, todos falavam comigo em inglês, como se eu parecesse gringo para eles e não soubesse o idioma, enquanto que na Romênia ocorreu o contrário. Pelo menos a língua é um pouco parecida, já que a origem do romeno também é latina. De fato, na rádio tocam várias músicas em espanhol, e até brasileira eu ouvi.

 

Sendo jogado pelas marolas na areia, pra minha surpresa havia várias águas vivas grandes e amedrontadoras. Agora mesmo que eu não iria tomar um banho ali.

 

Voltei ao centro e peguei uma lancha rápida na orla, que saiu às 12 h e levou 1 h e meia por 60 lei. Chegando em Tulcea, peguei o carro do estacionamento grátis em frente e fui para o sul, onde visitei ruínas.

 

Primeiro, Cetatea Enisala. Uma fortaleza medieval no topo de uma colina, onde também foram achadas fundações da Idade Antiga. Há um pequeno museu no local. A entrada para ambos fica em 6 lei.

 

Depois, Cetatea Argamum. Antiga cidade greco-romana, de ruínas sobraram apenas muros parcialmente escavados. Ainda está sendo trabalhado e não se cobra entrada.

 

Por último a mais completa, o que restou da antiga cidade grega, que depois virou romana, de Histria. Próspera até a destruição pelos Godos, hoje em dia é um monte de restos de pedra, tijolo, e colunas, de diversas construção, como muralhas, casas, banhos e igrejas. Custa 10 lei a entrada.

 

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Há um museu pago à parte, mas cheguei tarde demais para vê-lo. Tão tarde que o sol já estava se pondo, e eu ainda tinha um longo caminho pela frente. Parti pro interior, numa viagem que me tomou 5 h! Fortes emoções por estradas em parte esburacadas e sem asfalto (graças ao GPS), muita névoa, milhões de vilas e até serra. Com um tanque de combustível a menos em 2 dias, percebi que havia subestimado as distâncias!

 

Cheguei às 11 da noite na Pensiunea Valea Lupului, que fica na mesma vila do vale do lobo. O hotel que fiquei é bem considerável, e graças a um evento que estava ocorrendo, ainda estava até com a cozinha aberta. Comi uma mistura de ovo, batata e sei lá mais o que e fui pro meu quarto privado.

 

Dia 12

 

Dormi bem finalmente. Enchi a pança no café, para então conhecer as anomalias da natureza que ocorrem naquela área. As montanhas estavam com aquela bela coloração multitonal de outono. O que não era belo era a estrada, com um trecho não asfaltado e subindo um morro bem inclinado.

 

Visitei 2 das 3 atrações, só não fui até onde há o Focul Vil, emissões de gás do solo que produzem chamas espontâneas. Também conhecido como boitatá no Brasil.

 

Parei no Babele de Ulmet, concreções rochosas que não deveriam estar onde estão e nem terem a forma que têm. Um tanto bizarro.

 

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O outros atrativos são os vulcões de lama. São basicamente 3 terrenos com sedimento onde brotam poças que formam bolhas e espalham riachos de lama para todos os lados. Fui no mais ao sul, porque o caminho até os outros estava inacessível. Para tirar a dúvida, enfiei o dedo no ponto onde jorrava e constatei que o líquido é frio. Não sei se há relação, mas ao redor dessa área ficam diversos cavalos de pau da Petrom, a petrolífera romena.

 

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Depois de bombardear o protetor de cárter, voltei ao asfalto, rumo à região mais turística da Romênia. Destaque para a paisagem do Lago Siriu, no caminho.

 

Quase chegando em Brasov, começaram as construções históricas no povoado de Prejmer. Lá fica, inclusive, uma das igrejas fortificadas, listadas como patrimônio da UNESCO. É uma mistura meio estranha de igreja com fortaleza, um tanto diferente.

 

Brasov é uma cidade grande. Há um baita shopping até. Mas fui ao outro lado, onde fica o centro histórico. Deixei o carro em um dos estacionamentos gratuitos e caminhei por dentro do centro medieval. Há várias edificações dos séculos passados, com destaque para as religiosas. A maior concentração de gente e de comércio fica na Praça Sfatului e na Strada Republicii.

 

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Jantei um kebab (o que achei o melhor custo-benefício), pagando 9 lei para um grande. Depois comprei rango no supermercado e aproveitei um pouco do wi-fi aberto na praça.

 

Quando já tava frio demais, voltei pro carro e segui pra Rasnov. Como não achei nenhuma hospedagem com preço e qualidade decentes, escolhi que dormiria essa noite no carro. Encostei ele num local com pouco movimento e luz e apaguei, torcendo pra nenhum bandido aparecer.

 

Dia 13

 

O único mau elemento que apareceu foi o frio. Acordei várias vezes para colocar mais camadas de roupa.

 

Quando acordei, subi até a Cetatea Rasnov usando um funicular. Custa 6 lei o trecho - há uma escadaria para descer. Lá no alto batia um vento de matar. Paguei a taxa de entrada e entrei correndo pra área mais abrigada. É uma fortaleza medieval com muralhas e mais algumas construções parcialmente íntegras. A vista lá de cima também é bem interessante.

 

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Depois entrei na caverna Valea Cetatii. É necessário pagar 15 lei para um tour guiado fraco e rápido demais. Há apenas um salão para visitação, com alguns espeleotemas.

 

Prossegui até a cidade vizinha de Bran, que sobrevive 100% em torno do Drácula. Há empreendimentos relacionados de todos os tipos, mas o principal é o Castelo de Bran, que não é o verdadeiro castelo de Drácula - ou a pessoa real a quem Bram Stoker se referiu quando criou a história, o príncipe romeno Vlad, conhecido por empalar suas vítimas. Aqui foi onde ele ficou preso por um tempo.

 

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A fortificação erguida no século 13 sofreu várias reestruturações ao longo do tempo, então a parte inferior é praticamente toda mobiliada com itens dos últimos séculos. Mesmo assim, há bastante o que ver e ler sobre a história, valendo os 35 lei da entrada.

 

Quanto ao castelo de verdade que se chama Poenari, esse fica no alto de uma escadaria sem fim e está em ruínas. Passei por ele quando ingressava na famosa Transfagarasan. Essa rodovia em ziguezague fecha em novembro até o fim do inverno, visto que fica coberta de neve. De fato, passei por várias manchas de uma nevasca que ocorreu poucos dias antes.

 

Quando terminava de subir, 4 fatos que adicionaram mais aventura aconteceram em simultâneo: o combustível entrou na reserva e o próximo posto estava a uns 45 km dali, a noite chegou, a chuva engrossou, e uma névoa densa deixou a visão em zero. Sendo assim, desci as dezenas de km sem pôr o pé no acelerador, com todas luzes acesas e no meio da pista para não cair de algum penhasco. Certa hora, atravessou um animal selvagem no meio da pista… mas era apenas um sapo.

 

Consegui me livrar dessa. Peguei uma auto-estrada até Sibiu, onde conheci brevemente o entorno histórico da praça principal.

 

Pelo tempo, tive que deixar de lado a cidade de Sighisoara, cujo centro é tombado pela UNESCO. Alguma hora depois cheguei à Helga House, na cidade de Turda. Dormi bem em meu quarto privado grande ao custo de 13 euros.

 

Dia 14

 

Pela manhã, conheci a Salina Turda, uma mina subterrânea de sal desativada e convertida em uma atração e tanto. Os 30 lei compensam, embora para usar os brinquedos você tenha que pagar individualmente. São câmaras mais que enormes e com estruturas alienígenas, e sal por todos os lados e formas.

 

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Dei uma paradinha no sítio arqueológico romano de Potaissa, onde ficam ruínas.

 

A cidade seguinte de Cluj Napoca é grande e tem um problema de trânsito e estacionamento terrível. Me arrependi de ter entrado nela. Ao sair, resolvi almoçar no carro mesmo, enquanto dirigia e apreciava as florestas coloridas das montanhas da Transilvânia.

 

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Horas e estradas nem tão boas depois (no geral, as estradas romenas são bem decentes, mas ficam bem ruins em partes mais remotas), cruzando ferrovias infinitamente, cheguei à região de Maramures, no norte do país. Cruzei uma rota desafiadora por dentro do Parque Nacional Monte Rodnei. São pinheiros, campos nevados, lagos e cachoeiras.

 

Já era noite quando cheguei ao povoado de Borsa, base para visitação do parque, onde também me hospedei. Jantei uma pizza de 18 lei no Restaurante Fontanele e dormi na Vila Livia Borsa, mais uma privada, já que albergues estão restritos às cidades maiores. A internet é bem fraca por lá.

 

Dia 15

 

Pretendia pegar o teleférico ao topo do morro e visitar os lagos glaciais, mas chegando lá fiquei sabendo que o mínimo de pessoas pra ele operar era de 10. Adivinha quantas tinham? Só eu…

 

Tentei outro teleférico, mas aquele estava tão abandonado quanto a estrada que levava pro alto, e que meu Fiesta não foi capaz de vencer. Havia uma última opção, em escalar outra face do morro, mas não estava afim, então só subi um pouco e fiquei curtindo a natureza, com a vista dos cumes nevados e o som somente dos pássaros.

 

Passei no supermercado antes de seguir viagem. O próximo destino foram igrejas especiais. Essa região mantém a tradição de construir seus templos religiosos de madeira e em formato diferente de suas basílicas ortodoxas modernas. Há uma concentração absurda desse tipo de edificação nessa parte mais rural do país. E algumas delas são bastante antigas e ainda conservadas, tanto que viraram patrimônios da UNESCO. Visitei algumas, que mantém os cemitérios junto a elas, mas a maioria fica fechada e é preciso marcar um horário para a visita.

 

O último item que conheci é chamado de cemitério alegre. Na fronteira com a Ucrânia, é um terreno com centenas de lápides ilustradas e que contém a história de cada um dos cadáveres, até de forma humorística - só que em romeno. A isso, soma-se muitas flores, cruzes, lápides e basílica bem coloridas. Paga-se 5 lei para ver, mas o trabalho dos jardineiros/coveiros é constante.

 

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Acelerei pela rodovia que segue em torno da fronteira, onde fica também outro patrimônio: as florestas de faia dos Cárpatos, muito bonitas, especialmente nessa época, em que suas folhas ficam amarelas e caem cobrindo o solo e estradas.

 

Novamente à noite, cheguei ao vilarejo de Chiscau. Tudo escuro e ninguém nas ruas, mas consegui pegar minha reserva na Casa Linistita - uma casa só para mim por 65 lei. Fiquei sem janta, mas ganhei um aperitivo: enquanto os proprietários me mostravam as diversas atrações do condado, me serviram o destilado romeno feito de maçã, que se chama palinca. Os olhinhos até abaixaram depois do copo.

 

Dia 16

 

O último dos dias cheios. Pela manhã fui à caverna do urso (Pestera Ursilor). Tem esse nome porque foram encontrados ossos de uma espécie extinta de urso que vivia nas cavidades. Essa sim é uma caverna de verdade. A entrada custa 20 lei, mas quem quiser tirar foto tem que pagar mais 15…

 

Além dos ossos, há salões grandes e com um monte e variadas formações espeleológicas, então é impossível não tirar fotos. Quanto à explicação, não prestei muita atenção, pois foi em romeno.

 

Ainda em Chiscau, entrei no museu etnográfico Horea si Aurel Flutur. É uma tralharada que deixaria muito americano com inveja. São cerca de 2 mil artefatos de todos tipos relacionados com a vida no campo da região onde fica o museu. Entrada gratuita.

 

A região faz parte do Parque Natural Apuseni, cujos principais ambientes são as formações cársticas, ou seja, cavernas. Sendo assim, conheci mais duas. A Cotetul Dobrestilor é bem pequena (até onde consegui ver) e não tem ninguém cuidando, mas é interessante investigá-la por conta própria. Parcialmente inundada, tem uma passagem lateral estreita onde vi um bocado de invertebrados que vivem na escuridão, especialmente aranhas e opiliões.

 

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A outra caverna é famosa internacionalmente. Ainda assim, eu fui o único dentro dela durante minha visita. Paguei 11 lei e fiquei à vontade lá dentro, pois não fica um guia te apressando. Essa é a caverna de gelo Scarisoara, um dos maiores glaciares subterrâneos da Europa. Após descer uma escada, você entra no ambiente gelado, sempre abaixo de 5 graus, onde começa a ver blocos e pequenas estalactites e estalagmites de gelo. Mais adiante, na parte não acessível, fica o mais impressionante, colunas brancas enormes.

 

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Continuei a viagem já fora do parque, mas me atrasei graças às vias pelas quais o GPS me levou. Então cheguei depois do pôr do sol nas ruínas das fortalezas dos Dácios, o povo que primeiro habitou a Romênia antes dos romanos. Só tive tempo de ver uma delas, a Costesti, mas em completa escuridão, usando a lanterna do celular, que estava quase sem bateria. Não há muito o que ver, apenas pedras posicionadas de formas diferentes, onde ficavam antigamente torres e locais para culto.

 

Só às 11 da noite cheguei em Horezu, outra vila que já estava dormindo a essa hora, então foi mais uma refeição ausente para mim. Me arrumei e capotei na Pensiunea Broscuta (15 euros).

 

Dia 17

 

Paguei a hospedagem em euros e lei (a maioria das coisas no interior não aceita cartão), dei uma lavada no carro com ajuda do proprietário e fui até o Monastério Horezu. Do século 17, é um convento cercado e num estilo arquitetônico único, tanto que é listado na UNESCO. Não se paga nada para entrar.

 

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Enfim, peguei a estrada de volta a Bucareste. No meio do caminho, parei para almoçar no Restaurant Turistic. Comi uma bomba protéica de frango, ovo, queijo, cogumelo, arroz e beterraba por 25 lei. Achei melhor que outras opções estranhas do menu, como cérebro de porco.

 

Em seguida, me dirigi ao aeroporto, onde tomei um voo da Blue Air por 90 lei até Iasi, na fronteira com a Moldávia. Um avião novo e relativamente grande para um voo de apenas 40 min, onde ainda foi servido um petisco.

 

Em frente ao aeroporto internacional eu peguei um ônibus, que por apenas 2 lei me deixou na estação central de ônibus e trem. Eu só tinha uma nota de 50, que o motorista não aceitou, mas duas moças gentis me ajudaram e pagaram minha passagem.

 

Ao desembarcar, Danut, um terceiro romeno, foi comigo até às bilheterias de trem e ônibus para me ajudar a traduzir. Como o único horário do trem para a capital moldava era às 3 da madrugada e levaria 6 h até lá, escolhi o ônibus, com vários horários e até 4 h de duração.

 

A hospedagem escolhida para essa noite foi o Hostel Andrei. Vim caminhando até ela, passando no caminho no Carrefour para comprar um rango. Chegando na frente, ninguém atendia a porta. Tive que pedir para uma pessoa aleatória que passava na rua para que telefonasse o número do albergue. Apesar de eu ter feito a reserva alguns meses antes, somente no dia o responsável pelo albergue me enviou a senha da portaria... Mas mais uma vez o gentil povo romeno me ajudou sem pedir nada em troca.

 

Fiquei por lá, conversando com um islandês e um finlandês, antes de dormir.

 

Dia 18

 

Apesar da noite ter sido tranquila, o café da manhã era apenas leite, cereais e maçãs.

 

Esse conceito de albergue autoguiado pelos frequentadores é interessante, mas tem suas falhas. Além do incidente na entrada, que também aconteceu com outras pessoas, não havia como pagar com cartão de crédito, ao contrário do que dizia no Booking, e nem quem pudesse dar o troco; como resultado, tive que juntar meus últimos lei com euros e dólares.

 

Fui direto para o terminal rodoviário, onde esperei o pequeno busão de 35 lei para Chisinau. Usei meus últimos 5 lei para comprar um sanduíche.

 

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Ao cruzar a fronteira, estava um pouco apreensivo porque meu sobrenome tinha sido invertido no visto, mas tudo deu certo. Logo estava no país rural, onde a língua era a mesma da Romênia, mas bem mais barato.

 

Saltei do micro-ônibus próximo ao albergue e para lá me dirigi. O Ionika Hostel é dirigido por um italiano que fala português, então foi fácil me comunicar. O lugar é limpo e organizado, e bom para socializar em sua cozinha.

 

Cheguei a entrar no restaurante La Taifas, recomendado pelo dono do hostel, mas era tão caro que pedi pra ir no banheiro e vazei… Daí comprei minha janta no supermercado n°1, onde 3 litros de cerveja custam menos de 7 reais, e em seguida tomei umas bebidas com o pessoal que estava hospedado no Ionika. Em seguida, fomos até o bar/restaurante Kozlovna. Tomamos uma e seguimos ao bar/balada Beer Revolution. Em ambos estabelecimentos havia decoração temática do Halloween, a ocorrer naquela semana. Um tempo depois, me despedi dos que ficaram e voltei pro albergue.

 

Dia 19

 

Acordei relativamente cedo e tomei o café da manhã não muito decente, mas também não dava pra reclamar pelo que paguei, 129 lei moldavo (que diferentemente do romeno, custa 24 reais).

 

Saí para uma caminhada a fim de conhecer a capital. Meio parada, sem grandes atrações, com prédios e espaços públicos grandes, mas quadrados e descoloridos, herança soviética.

 

Eu e mais uma turma do albergue, entre americanos, ingleses, francês e coreano, fomos ao Smokehouse, onde tomamos uma bebida alcoólica com suco de laranja ilimitada por 45 lei por mesa, o que deu menos de 2 reais por pessoa, simplesmente inacreditável!

 

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Na volta chovia e ventava, então fiquei um pouco de tocaia no albergue, mas antes de anoitecer caminhei uns quilômetros pelo Dendrarium, o jardim botânico. Ele é bonito, mas definitivamente não é uma atração imperdível.

 

Ao retornar, passei no Donuts & Coffee, para provar os saborosos donuts. Os mais elaborados, como o recheado com Nutella, custam 25 lei, então não são baratos.

 

O banho foi outra surpresa: o chuveiro do hostel é tão high-tech que toca até música! Isso além de soltar jatos por todas as partes. Menção especial para o papel higiênico moldávio, que não possui o miolo oco.

 

À noite, vimos uns filmes por aqui mesmo, enquanto tomávamos o vinho moldavo.

 

Dia 20

 

Acordei cedo para um tour em outra cidade. Caminhei 2 km até o ponto do ônibus n° 2, que se dirige a Cricova a cada poucas dezenas de minutos, ao custo de 4,5 lei, menos de um real.

 

Uns 40 min depois, cheguei. Com mais um km de caminhada, vi a portaria da vinícola Cricova. O tour com degustação custa 490 lei, mas há a opção bem mais barata sem a prova. Essa vinícola foi instalada em uma antiga mina de calcário, onde as condições climáticas são ideias para a maturação e armazenamento dos vinhos. São incríveis mais de 100 km de vias subterrâneas, onde um veículo leva os turistas a conhecer as etapas de fabricação. Primeiro vemos como se faz o champanhe, seguido por um filme e terminando com as coleções de garrafas de vários anos e países. A decoração é uma atração à parte.

 

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Depois veio a melhor parte, a degustação. Enquanto aprendia sobre cada tipo de vinho, provei uma taça de branco, outra de rosé, de tinto e de espumante, acompanhado por uns petiscos gostosos. Duas horas e meia depois o tempo do passeio acabou, então voltei (levemente alterado) a Chisinau de ônibus.

 

Como estava próximo, passei pelo mercado central (Piata Centrale). É uma infinidade de barracas vendendo tudo quanto é item voltado à população, especialmente comida. Provei alguns doces e depois de muito caminhar achei uma única loja que vendia souvenires. Lá comprei uma caneca em estilo medieval por somente 60 lei.

 

Tentei visitar museus, mas nas segundas eles não funcionam, então acabei apenas passando por pontos de interesse, como o convento de São Tiron e a praça Eternitate.

 

Depois foi a vez do jantar, comprado no supermercado. Entre outros itens, a deliciosa comida local chamada sarmale, um enrolado de arroz, carne e temperos em couve. Continuei na cozinha tomando vinho da casa e cerveja com a galera que estava para partir.

 

Dia 21

 

Às 10:20 h eu e um japonês pegamos na estação central uma van em direção ao complexo arqueológico de Orheiul Vecchi, no vilarejo de Butuceni. O transporte custou 26 lei e chegou uma hora depois.

 

Para acessar o sítio, pagamos 10 lei, ainda que não houvesse controle algum. No centro de visitantes há uma sala com os artefatos arqueológicos encontrados, desde pré-históricos até medievais.

 

Em seguida, visitamos os pontos de interesse do sítio, como uma igreja no topo de uma colina de calcário, cheia de vestígios fósseis de conchas. A outra igreja é mais interessante, pois fica em uma caverna desse morro. Supostamente também deveria haver muralhas dos Dácios por lá, mas não as achamos.

 

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Nessa hora, surpreendentemente começou a nevar! Foi pouco e por pouco tempo, mas deveras inesperado.

 

Almoçamos no único local disponível, o restaurante Eco Resort. Tomei uma zeama (sopa de galinha e macarrão) por 45 lei + 50 numa placinta (torta de queijo).

 

Continuando, andamos pela vila, que possui algum interesse de visita, enquanto esperávamos pelo transporte de volta. Esse opera pela última vez no dia às 16:15 h.

 

Quando retornamos, jantei a culinária local no restaurante a quilo Galbenis. Enquanto no Brasil o valor do quilo é geral, na Moldávia (e na Europa em geral) se paga um preço por cada prato.

 

À noite, fiquei pelo hostel mesmo.

 

Dia 22

 

De manhã visitei o museu nacional de história da Moldávia. São salas com exibição de artefatos encontrados no país desde a pré-história, passando pelos Dácios na antiguidade, outros povos rurais medievais, as ocupações turca e russa e, mais recentemente a independência. Além da descrição das peças, há pouca informação escrita, por isso levei apenas uma hora para ver tudo. Inglês, romeno e russo. 10 lei para a exposição permanente e mais 10 para a temporária.

 

Também próximo, por mais 10 lei subi na torre para ver a cidade de cima. O panorama não é tão bonito e nem o resultado das fotos, já que o vidro impede uma visão clara.

 

Almocei, me despedi do pessoal do albergue e fui à estação central, onde peguei uma van até Tiraspol, no país soviético não reconhecido chamado Transnístria. O transporte sai a cada cerca de meia hora e custa 37 lei.

 

Quase no fim da viagem que durou 2 horas, a van parou na fronteira da Transnístria. Apenas quem não tinha identidade moldava precisou passar pela imigração, então avise o motorista para não correr o risco de ficar sem o seu cartão de imigração, gerado por um fiscal que geralmente não fala inglês. Mas as informações necessárias são simples, então basta o passaporte, o propósito (turismo), o número de dias (e se for mais de um, o hotel). Ganhei um dia a mais do que pedi, mas pode ser que te dêem apenas 1 dia, e aí será necessário ir ao escritório de imigração na cidade. Como o passaporte não é carimbado, não é necessário o visto para a Moldávia.

 

Desci na estação de ônibus de longa distância de Tiráspol, a capital. Lá mesmo fiz o câmbio para rublos da Transnístria, moeda usada apenas aqui e que não pode ser trocada fora. Converti lei moldavo, na cotação de 1 para 0,9. Outras opções válidas seriam euros, dólares, grivnas (Ucrânia) e rublos (Rússia).

 

Com dificuldade, achei o Lenin Street Hostel, o principal dos 2 da cidade. Pagado a taxa não muito em conta de 11 euros (um hotel é pouco mais que isso), tive a surpresa totalmente inesperada de o outro único colega de quarto ser brasileiro!

 

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Eu e o carioca saímos pra conhecer a cidade, já à noite. O lugar fica meio vazio e com poucos lugares abertos para comer, e menos ainda para beber. Na rua é proibido. Tiramos fotos em alguns dos prédios antigos governamentais ou religiosos, que ficam iluminados.

 

No meio do caminho, passamos por pelo menos 2 cassinos. Dá para acreditar que um país “socialista” teria isso?

 

Depois rodamos por quadras sem fim, atrás de um bar. Só encontramos o restaurante 7Fridays, que serve comida e bebida num ambiente agradável e com preços muito bons. Tivemos ainda a sorte do nosso garçom falar inglês, o que é raro aqui.

 

Uma torta grande de batata com cogumelos me custou 19 rublos (menos de 4 reais), enquanto o chope de meio litro saiu por 20 rublos.

 

Dia 23

 

Eu, o carioca e um francês, tomamos o café da manhã num restaurante típico, com direito a quadros dos líderes soviéticos do passado. Omelete com pão e suco saiu por 37 rublos.

 

Cada um foi pra um canto em seguida. Me dirigi até a praia do rio, com areia e barraca de salva-vida, mas só havia uma ou outra pessoa pescando por lá.

 

Continuei até as ruínas da citadela de Tiráspol, erguida no fim do século 18 para proteção do limite do império russo. Atualmente há uma construção de pedra e canhões, entre montes de terra.

 

Na área dos principais monumentos de Tiráspol, tirei uma selfie no suposto prédio proibido do parlamento com a estátua grande do Lênin na frente. Não havia guardas.

 

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Atrás da estátua alada de Suvorov, o fundador da cidade, fica o movimentado mercado de pulgas Zeleny. São várias barracas e lojas com os mais diversos produtos. Fiquei na área dos alimentícios, onde comprei framboesas a cerca de 10 reais o kg! Havia também alguns vegetais que eu nunca havia visto antes, mas não cheguei a provar.

 

Atravessei ao lado leste da cidade, passando basicamente por parques. O Kirov tem uma bela igreja em reparação, enquanto o Pobeda (Vitória) conta com um parque de diversões abandonado digno de Pripyat, a cidade onde ficava Chernobyl.

 

Por fim, passeei pelo jardim botânico nacional. São jardins floridos e florestas, mas nada muito surpreendente. Ao sul dali ficam plantações.

 

Faminto, parei novamente no 7Fridays. Dessa vez, devorei uma pizza por 50 rublos, enquanto procurava no wi-fi algo a mais para ver - o que não deu certo. Então apenas fui numa padaria e voltei, já à noite, ao albergue. Acabei ficando sozinho, então nem animei em ir numa das baladas da Transnístria.

 

Dia 24

 

Embarquei na van nº 20, até a cidade vizinha de Bender (3,5 rublos!). É uma versão em menor escala de Tiráspol. Exceto pela fortaleza, não possui outras atrações imperdíveis.

 

Passando a ponte sobre o rio, onde fica um posto de controle russo, desembarquei no ponto final, ao lado de um mercado de rua. Dei uma olhada nos alimentos frescos e segui pela larga rua da prefeitura, onde ficam algumas praças.

 

Uma chuva leve começou, mas continuei até a estação de trem. Além de um antigo em exibição, há uma passarela de onde se pode ver por cima das dezenas de trilhos paralelos.

 

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Num food truck no centro, comprei um sanduíche bem recheado por 24 rublos. Comi ele enquanto observava a orla do rio, onde há alguns barcos russos caindo aos pedaços, além de remadores.

 

Dali fui também a pé à Fortaleza de Bender. Só que para entrar tive que caminhar 1 km e meio a mais, pois a entrada mais próxima do centro, assim como parte da área, foi tomada pelo exército, desde que ocorreu nessa mesma cidade a Guerra da Transnístria, entre 1990 e 1992. Moldávia e Romênia contra Transnístria e Rússia - nem preciso dizer quem venceu.

 

Paguei a entrada (50 rublos) para acessar uma baita fortaleza turca do século 18, com suas muralhas e torres quase intactas. Você pode subir e ter uma visão panorâmica bem interessante das áreas urbanas, militares, industriais e rurais ao redor. Também há 2 museus incluídos no ingresso, mas que são apenas 2 salas. Um deles é uma mostra de instrumentos de tortura medieval e outra da história da fortaleza. Fiquei sabendo que o Império Sueco já esteve estabelecido ali mesmo.

 

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Retornei a Tiráspol, seguindo diretamente ao restaurante La Placinte, uma rede moldava. E não é que esse estabelecimento é tão bom e barato quanto o 7Fridays? E com um bônus: as comidas são locais. Pedi borsch, uma sopa roxa de beterraba com um monte de coisa (38 rublos), além de chope (17 rublos) e uns extras.

 

Na saída, passei na rede de supermercados Sheriff para comprar um rango para mais tarde e para manhã com o que tinha me sobrado de dinheiro. E pela primeira vez na vida passei a noite com o albergue totalmente só para mim, já que o responsável do local não fica ali e não havia mais nenhum hóspede!

 

Dia 25

 

Estava para partir depois do check-out, quando fiquei sabendo que naquele momento iria iniciar na praça central um evento grandioso: a retirada da cápsula do tempo enterrada 50 anos antes. Havia uma multidão enorme por lá, assistindo ao desfile cívico-militar, seguido por discursos do presidente e outras autoridades. Como era em russo, fiquei só observando, sem entender.

 

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Quando foi retirada, segui à estação de ônibus. Lá é preciso comprar o tíquete na bilheteria dentro do prédio. Me custou 40 rublos com destino a Chisinau. Não esqueçam de trocar o dinheiro restante ali, pois o rublo da Transnístria não é aceito em lugar nenhum fora!

 

Tudo OK com o cartão de imigração na saída da Transnístria, só achei estranho não olharem a documentação na entrada da Moldávia, pois eu poderia entrar sem o visto.

 

Na estação central eu almocei na rede Star Kebab, gastei meus últimos lei em uma barraca de rua e lá mesmo peguei a van nº 165 para o aeroporto, por míseros 3 lei, menos de 1 real!

 

Ao chegar, segui para o embarque rumo a Barcelona com a WizzAir. O aeroporto é pequeno, mas tem wi-fi liberado.

 

Alguns solavancos depois, desembarquei na Catalunha. Paguei 4,5 euros pelo metrô até a estação Les Corts, próxima do albergue em que passaria a noite, o Room018BCN. Ali eu começaria uma viagem completamente diferente com minha mãe no dia seguinte, a ser contada futuramente...

 

Curtiu? Então dá um pulo no meu blog e confere outros tantos destinos interessantes:http://rediscoveringtheworld.com:)

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@Schumacher , parabéns e obrigada! Gostei de tudo no relato: a viagem em si - com lugares sobre os quais nem sempre se encontra informação facilmente -, o texto, as fotos... 

Tenho algumas dúvidas sobre dirigir na Romênia. Bem, na verdade nunca dirigi em outro país. Mas, pesquisando viagens para lá e principalmente saindo de países vizinhos, muitas vezes as ligações por transporte público são escassas.

- No relato do dia 13 você fala em "estacionamento gratuito". Como conseguiu identificar que era gratuito? Era de algum supermercado ou algo assim?

- Você usou PID ou CNH?

- Tem alguma cobrança nas ruas com parquímetro? Ou é só deixar o carro ao longo do meio-fio?

- Todos os lugares em que você se hospedou tinham estacionamento fechado? Você chegou a deixar o carro na rua alguma vez?

- Tem pedágios como aqui? Ou compra-se algum selo-pedágio?

- Seu contrato dava direito a cruzar fronteiras? Quais? Ou era só para dirigir na Romênia mesmo?

Fique à vontade para dar qualquer outra dica, hehe!

Obrigada!

  • Colaboradores
Postado

Olá! Que bom que posso ser útil :)

Vale a pena percorrer o país de carro, pois não é tão caro e não há transporte público para muitas das atrações mencionadas no meu relato. Respondendo suas dúvidas:

- Basta seguir a orientação das placas, que informam se é gratuito (P), pago (P cu plată) ou proibido (X);

- Apresentei os 2 documentos, mas não exigiram que fosse um ou o outro;

- Nas cidades há parquímetros, abastecidos com moedas. Caso não haja proibição, pode deixar no meio-fio;

- Nem todos possuíam estacionamento fechado, mas com exceção à capital, não tive preocupação nenhuma com isso;

- Há somente um pedágio, em uma ponte que segue para o litoral, mas não cheguei a usá-la;

- Somente para a Romênia;

;)

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Lá na Romênia se fala romeno e mais o que?Pelo que entendi,o inglês não é muito falado mas fala em español em uma parte.

Moldávia é uma ex República soviética, isso como comunista,tenho obrigação de saber.Só que tem aqui que há igreja lá,seria a parte árabe da URSS?

Lá eles só falam russo?Como você fez para decifrar as placas nas estradas?

O custo das moedas locais é caro?Onde adquiriu as cédulas? 

  • Colaboradores
Postado

- Se fala romeno, tanto na Romênia quanto na Moldávia. Como tem origem latina, não é tão difícil assimilar. Inglês também é um pouco falado, mas é melhor aprender umas frases em romeno para se virar.

- Não entendi o que você quis dizer com as igrejas. Vi quase que apenas igrejas ortodoxas por lá.

- Exclusivamente russo só na Transnístria, já que na Moldávia é uma mistura com o romeno. Eu aprendi o alfabeto cirílico para poder identificar o que estava escrito, só isso.

- O custo na Romênia é parecido com o nosso, enquanto que Moldávia é Transnístria são menores. Saquei o dinheiro da Romênia em um dos caixas eletrônicos do aeroporto, e também usei euros lá. Na Moldávia, saquei num caixa eletrônico na capital, e troquei o dinheiro restante da Romênia. Já o da Transnístria, não há como trocar ou usá-lo fora de lá, e nem usar cartões de crédito de fora até onde sei, mas você pode trocar facilmente nas casas de câmbio por euros, dólares ou pelo dinheiro da Moldávia, Ucrânia ou Rússia.

  • Obrigad@! 1

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