Colaboradores Este é um post popular. felipe.araujo Postado Novembro 13, 2017 Colaboradores Este é um post popular. Postado Novembro 13, 2017 Olá mochileiros! Segue relato da minha viagem de sete dias pela Chapada Diamantina : Capão , Lençóis , Andaraí , Igatu , Mucugê e Ibicoara. Mas Felipe, vi que tem vários lugares que as pessoas vão que você não foi, pq? Na minha opinião, estes são os melhores pontos para conhecer a Chapada, para quem não conhece nada ainda acrescentaria apenas o Morro do Pai Inácio, não recomendaria por exemplo Gruta da Lapa Doce e Poço Encantado, mas vai do que você pretende com a viagem. Dia 01 - Chegando ao Capão Para quem vem de carro de Salvador a melhor opção é pegar a BR-324 até Feira de Santana, de lá segue-se pela BA-052 até a Cidade de Ipirá. Chegando em Ipirá pega-se a BA-233 em direção a Itaberaba, pegando-se então a BA-242 até a Chapada. Para chegar no Capão é preciso passar pela cidade de Palmeiras e então pegar uma estradinha de chão, a estrada é tranquila para chegar. (estrada Palmeiras x Capão) (rua principal do capão) Dica: No trajeto para Palmeiras , você passa por duas atrações que são o Rio Mucugezinho/Poço do Diabo e Morro do pai Inácio. Caso saiam bem cedinho dá tempo conhecer já uma dessas atrações. Como já conhecia, passei direto para o Capão, deixei as coisas no hotel (fiquei hospedado no Savi Hotel, recomendo) e parti para almoçar e fazer alguma trilha. Tudo no capão é muito simples e tranquilo, esqueça celular (lá não funciona), televisão dificilmente se vê, e se jogue no clima da cidade. O clima de esoterismo, paz e tranquilidade ainda está presente na comunidade e a cada dia gente do mundo todo vem para o capão em busca de de autoconhecimento. Após o almoço fui conhecer as Cachoeiras da Angélica e Purificação, a trilha leva em torno de uma hora de caminhada, é uma trilha de esforço moderado. O acesso se dá através do povoado do Bomba (do dentro da Vila até lá é um pouco distante,cerca de 8 km, muita gente vai a pé, mas se tiver de carro recomendo ir até lá). Ao final da trilha, pra recuperar as energias, não deixe de provar o tradicional Pastel de Jaca (iguaria do Capão) com caldo de cana. A noite no capão, há inúmeras opções pra comer e tomar uma gelada. Quase todos se localizam ao redor da pracinha principal, lá vai ter aluns barzinhos que rola som ao vivo e muita opção de comida. No primeiro dia conheci a famosa Pizzaria Capão Grande, não deixe de ir, só há duas opções de pizza: a doce e a salgada. Mas não se engane , será uma das melhores pizzas que você já comeu. Depois fui tomar um chop e uns licores num PUB chamado A Taverna , o chopp é de uma cervejaria dos proprios donos chamada Cavalo do Cão, há também uns licores maravilhosos e musica de primeira qualidade. Dia 02 : Cachoeira da Fumaça Dia de acordar cedo, afinal a cachoeira da fumaça é um destino super procurado e não compensa (pelo menos em épocas de grande movimento) deixar para subir tarde pois inúmeros grupos chegam e acaba não dando para curtir o passeio, etão chegue logo cedo. Não é obrigatório pagar nenhuma taxa, apenas deixar o nome na lista avisando que subiu, caso queira pode contratar lá mesmo algum guia e subir, caso não conheça o caminho recomendo muito ir com um guia. São duas horas de caminhada, uma hora de subida que recomendo subir devagar pois cansa e outra hora de caminhada na parte plana, que não é cansativa. Como não tem vegetação, abuse do filtro solar e leve água e algum lanche. O ponto onde todos vão não cachoeira não é o melhor para vê-la, há um caminho que você fica de frente para ela (por isso recomendo o Guia). São 400 metros de queda , com o vento forte, a água quase não chega ao solo, pois é empurrada de volta, criando essa cortina de fumaça que dá nome a cachoeira, do alto se tem visão do enorme vale formado, uma vista deslumbrante. Na volta , almocei num restaurante chamado Pico do Açaí, comida boa e super barata e o importante: tem Wi-Fi de qualidade, rs. Dica: é possível ainda, dependendo do horário que volte e da sua disposição ir para o Riachinho, pegar o por do sol. A noite, fui para um barzinho ao redor da praça chamado 400iVinte, gostei bastante. Antes , como bom viciado em pizza que sou comi uma pizza que abriu ali de frente a praça (ao lado do Taverna) , custa apenas 3 reais a fatia, e estava maravilhosa. Outra indicação para comer é o Cachorro-Quente vegano, não torça o nariz, simplesmente experimente, é maravilhoso. Chama-se Guepa's Dog, baratinho, vá lá! Dia 03: Pratinha , Poço Azul e Lençóis Acordei cedo, tomei café e saí em direção a Iraquaara. São 36 quilometros de Palmeiras até a Gruta da Pratinha. Como fica numa propriedade particular, tudo acaba sendo pago. Logo na entrada, o visitante paga a taxa de 30 reais isso dá direito a aproveitar o dia na fazenda, mas caso queira fazer a flutuação na gruta ( que para mim é um dos pontos fortes da viagem) é cobrado o valor de 40 reais, isso inclui o equipamento e o guia. Concordo que sai um pouco caro, mas não deixe de fazer, não tem como descrever o mergulho na pratinha, dura em torno de 30 minutos e é super tranquilo até para quem não sabe nadar. Após o mergulho, você pode atravessar para a outra margem e tomar banho a vontade, há estrutura de barzinhos pra tomar uma gelada e refrescar. Há também , logo próximo a entrada um restaurante self-service, então a dica é : almoce nele e desça para o outro lado para tomar banho. Por volta das 12:30 as 14:00, é o horário em que os rais de sol refletem na Gruta Azul, esse é o horário indicado para visitar. (gruta da pratinha, onde inicia o mergulho) (banho na outra margem) Após a visita a Gruta Azul (neste não é possível mergulhar) foi hora de ir para Lençóis, há uma estrada de chão bem cuidada (os produtores da região que cuidam para escoar seus produtos) até a BA-242, de lá é só seguir para Lençóis. Chegando em Lançóis , hora de fechar os passeios, recomendo muito o guia Estevão Machado, super educado, adora tirar foto dos clientes além de fazer o possível para enturmar todos (IG :@estevaomachado) A noite, parada oficial na pizza que considero a melhor de todas: Pizzaria do Marcos, conhecida como Pizza da Gente, é uma casinha amarela ao lado do bar do reggae. E depois a parada 02 para uma cervejinha no Lampião. (pizzaria Pizza da Gente) (isca de Salmão do O Lampião) Dia 04: Lençóis Como já conhecia algumas atrações, tirei o dia para ficar em Lençóis mesmo, descansar durante a manhã , mas caso não conheça ainda pode-se encaixar o Morro do Pai Inácio , Poço do Diabo ou Cachoeira do Mosquito. A tarde curti o Rio Serrano, fica apenas alguns minutos do centro de Lençóis super fácil de chegar, ótimo para tomar banho tem vários poços espalhados pelo leito do rio. Dica: Pode-se fazer no mesmo passeio o Serrano , Salões de Areia, Poço Halley , Cachoeirinha e Cachoeira da Primavera Dia 04: Cachoeira do Sossego e Ribeirão do Meio Dia de acordar cedo para encarar a trilha para a cachoeira do sossego, são 16km de caminhada, seis horas no total e o que posso dizer: compensa! Na chapada, acabamos aprendendo que o destino não é o importante, são seis horas apreciando o caminho. Pelo fato de ter chovido muito, a trilha ficou bastante complicada, pois boa parte dela é feita caminhando sobre o leito do rio, vários grupos desistiram mas meu grupo conseguiu concluir. No retorno, os guias sempre param no Ribeirão do Meio O que posso dizer: É cansativa? Com certeza, mas compensa! ( a chegada no Sossego) (Ribeirão do meio, tobogã natural) Dia 05: Poço Azul, Andaraí , Igatu e Mucugê Dia de acordar cedo e cair na na estrada, são 98 km de Lençóis até o Poço Encantado, mas considerando que já estava indo para Mucugê, estaria então no caminho. Praticamente não ha trilha para se fazer, apenas descer algumas escada, pois estaciona o carro muito próximo. É preciso pagar uma taxa de R$ 30,00 na portaria, isso dá direito a flutuação, são de 20 a 30 minutos, a água é cristalina, uma experiência incrível. Após a flutuação, parti rumo a cidade Andaraí, almocei e fui conhecer a cidadezinha de Igatu. No tempo áureo da mineração, Igatu (antiga Xique Xique do Igatu) era uma das maiores cidades, com cerca de dez mil habitantes e foi grande produtora de diamante e carbonato. Hoje apenas algumas famílias vivem lá, dando um ar de cidade fantasma. (estrada que liga Andaraí a Igatu, parte dela foi construída por garimpeiros para pagar promessas) Ao lado da Igrejinha existe um cemitério bizantino, logo mais descendo a rua tem um lugar maravilhoso para tomar um café/sorvete que se chama Galeria Arte e Memória, mantido pelo artista Marcos Zacaríades, não deixem de conhecer. Saí da galeria e fui conhecer uma mina abandonada, lá o Seu Gerson nos recebeu e mostrou o que entre os anos de 1700 até 1930 foi um garimpo clandestino mantido pelos coronéis, que usavam escravos e até mesmo escravizavam colonos europeus que eram enganados com falsas promessas de emprego. Foi uma experiencia boa, pois estava na chapada diamantina, queria conhecer um pouco a historia do garimpo, o passeio inclui a entrada na antiga gruta. Dica: Para quem quer pernoitar em Igatu, recomendo a pousada flor de Açucena. Para encerrar, a pedida é o por do sol na toca do Morcego (fica na cabeceira da ponte sobre o rio Paraguassu, o que você passa indo de Andaraí para Igatu)é possivel ter acesso até o leito do rio também. Enfim , hora de ir rumo a Mucugê ( fiquei hospedado no Hotel Mucugê, recomendo).E mais uma vez o que jantei? Pizza! Mas falando sério, lá sai uma pizza maravilhosa na Pizzaria da Garagem. (alguns pertences dos garimperos ainda guardados) (todo material foi retirado no garimpo, estima-se que cerca de 600 escravos trabalhavam retirando diamante e carbonato) Dia 06 : Cachoeira do Buracão Para mim, sem sombra de dúvidas a melhor coisa que fiz na viagem, é a mais imponente de todas 85 metros de queda, um cânion para ter acesso, a trilha é uma trilha leve (uma hora de caminhada), várias cachoeiras no cmainho e sinceramente depois de visitar o Buracão, todas as outras cachoeiras perdem a graça. Para a visita, é obrigatório Guia. Em geral vão cobrar na faixa de 120 a 150 para duas pessoas. Recomendo o Guia Clayton, ele mora próximo você pode encontrá-lo lá ou pedir para ele encontrar com você na cidade de ibicoara. O caminho até o Buracão é por estrada de chão, são 30km da cidade de Ibicoara até lá (cuidado que há uma bifurcação com placa "Cachoeiras", vá na outra direção. Na entrada, paga-se uma taxa de R$ 6,00 por pessoa na portaria. Lá não vende nada, então leve água, os guias oferecem também lanche (20 reais a mais) , e o Clayton se quiser prepara um almoço em casa. Como fui bastante cedo, voltei a tempo de almoçar em Mucugê, no restaurante da Dona Nena, comida caseira maravilhosa, para mim, a melhor opção de almoço em Mucugê. (acesso se dá pelo cânion, mas pode-se também ir por cima) Dia 07: Hora de voltar pra casa! Hora de acordar cedo , lutar contra a vontade de ficar e cair na estrada. Foi cansativo? Foi , as trilhas cansam bastante, a estrada cansa também, mas sem dúvidas é um dos lugares mais lindos que se pode conhecer, as fotos enganam bastante , lá é muito, mas muito melhor do que se pode imaginar. Galera, qualquer dúvida, pode entrar em contato, mandar mensagem, sempre um prazer colaborar para o mochileiros.. 5 Citar
Colaboradores felipe.araujo Postado Novembro 19, 2017 Autor Colaboradores Postado Novembro 19, 2017 Mapa do Parque 1 Citar
Membros iWT Postado Novembro 20, 2022 Membros Postado Novembro 20, 2022 Parabéns e obrigado pelo relato. Citar
Membros D FABIANO Postado Novembro 22, 2022 Membros Postado Novembro 22, 2022 Saudades da minha condição física que não terei mais. A minha preferida é a Cachoeira do Mosquito, mas o acesso é complicado. Citar
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