Colaboradores Notícias Postado Maio 27, 2010 Colaboradores Postado Maio 27, 2010 Cometer uma gafe é sempre um problema, mas a situação pode ficar ainda pior se o mal-entendido se passar em terra estrangeira. Ocasiões banais para brasileiros podem gerar situações incômodas em outros países, e a barreira linguística ajuda a tornar tudo ainda mais dramático. Fonte: Folha.com É considerado estranho e até invasivo, por exemplo, cumprimentar um estranho com um simples "olá" se a saudação for feita nas ruas da ilha de Manhattan, em Nova York, ou em Xangai, na China. Já os africanos são mais acolhedores e cumprimentam até desconhecidos com um "oi" geralmente seguido de "como vai, tudo bem?". E esperam resposta. Nem sempre é fácil escapar das gafes durante as viagens internacionais Nos países do Oriente Médio ou na Índia é preciso ter cuidado com o contato físico: apenas os muçulmanos e hindus ocidentalizados trocam apertos de mão com o sexo oposto. Ocidentais devem ser cautelosos e jamais tomar a iniciativa de apertar a mão de uma pessoa do sexo oposto. Em "Viagem sem gafe", o autor Mark MacCrum orienta o viajante a como evitar que as diferenças culturais se tornem um problema ou gerem situações desastrosas. Leia trecho: Olho no olho No Ocidente, as crianças são ensinadas a olhar os adultos nos olhos quando trocam um aperto de mãos. O contato visual direto é tido como o acompanhamento perfeito para o cumprimento, indicando sinceridade e confiança. Em países mediterrâneos, árabes e latino-americanos, o olhar fixo pode ser tão incisivo a ponto de causar desconcerto. Mas não se ofenda se, em outras partes do mundo, o interlocutor que você acaba de conhecer não retribuir a gentileza. Tanto no Japão quanto no Vietnã, o contato visual é em geral evita¬do, assim como na China, onde encarar seu interlocutor demorada¬mente é um ato considerado desrespeitoso. Nos cafundós da Austrália, os aborígines de raça pura tendem a jamais olhar direto nos olhos do outro até que tenha sido estabeleci¬da uma firme relação de confiança. Nas regiões central e meridional da África, o costume é desviar os olhos ao falar com superiores ou pessoas mais velhas; já em Gana, na África ocidental, as crianças são ensinadas a não olhar os adultos nos olhos no primeiro encontro, pois isso indicaria desafio ou provocação. Sorridente Nos Estados Unidos e no Reino Unido, é um gesto polido sorrir quando conhecemos uma pessoa; por mais falsa ou assustadora que seja a careta de dentes arreganhados, a tentativa significa que você está pelo menos tentando se mostrar feliz com o encontro. Mas sorrisos de cumprimento não são um costume universal. Especial¬mente no mundo dos negócios, muitas culturas consideram que o ato de ser apresentado a alguém é coisa séria. Por isso, aqui vai uma sugestão: quando conhecer alguém, tome como exemplo o compor¬tamento de seu novo conhecido: se ele sorrir, sorria também; senão, boca fechada. Se os japoneses ou indonésios sorrirem ou derem gargalhadas, pode ser que não estejam necessariamente achando engraçado o que você acabou de dizer - é provável que não tenham entendido algu¬ma coisa ou que estejam constrangidos e envergonhados. Salaam Os cumprimentos árabes completos podem ser bastante intricados. Depois da troca inicial de "Assalamu alaikum", acompanhada de um suave aperto de mãos, você pode então retirar a mão e tocar seu coração. Um anfitrião tradicionalista pode agora colocar a mão esquerda no seu ombro direito e beijá-lo nas duas faces. Não inicie esse gesto cordial, mas, se acontecer, você deve retribuir. Se depois disso seu anfitrião segurar sua mão, por mais que ele demore, não a puxe. Não se trata de uma cantada, nem de avanço sexual, gesto ou olhar convidativo (Deus me livre, vire essa boca para lá, numa parte do mundo em que a homossexualidade ainda é punida com a pena de morte!), mas um gesto franco e largo de amizade. Imediata¬mente depois, qualquer forma de gesto religioso é lisonjeira. Dizer "Inshallah" ("Se Deus quiser")* é respeitoso e sempre cai bem. A expressão árabe, cuja transliteração pode ser "in xá,lláh", "wa xá,lláh" ou "wo xá,lláh", originou em português a expressão "Oxalá" ("e queira Deus", "queira Deus", "prouvera a Deus", "tomara", "assim seja"). (N. T.) Cuidado com o que você observa com admiração, seja um relógio, um alfinete de gravata ou um belo enfeite; um anfitrião mais tradicional pode se sentir obrigado a dar a você o objeto de sua contemplação, e vai se ofender caso você recuse. Depois disso - e é aí que está o problema -, ele espera que você lhe ofereça um presente de igual valor. Por isso, se sentir vontade de elogiar o belo Rolex com diamantes incrustados de seu novo amigo, é melhor fazer isso de maneira indireta e disfarçada. "Viagem sem gafe" Autor: Mark Mccrum Editora: Editora Globo Páginas: 246 Quanto: R$32,00 Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Membros de Honra Ingrid Ferreira Postado Maio 27, 2010 Membros de Honra Postado Maio 27, 2010 Tem um outro livro muito legal também: "Os Nortes da Bússola" do Fernando Dourado Filho. Este livro é voltado para todos aqueles que, por motivos de trabalho, estudo, intercâmbio ou simples curiosidade, querem aprender a conviver com culturas diferentes. No mundo globalizado, não basta saber uma língua estrangeira: os cidadãos interculturais devem ter uma visão relativista para entender, tolerar e viver novos hábitos. A partir do olhar experiente dos autores, Os Nortes da Bússola apresenta uma verdadeira volta ao mundo, decifrando para o leitor o jeito de negociar e os costumes de chineses, japoneses, europeus, norte e sul-americanos e árabes. Apresenta um panorama do jeito de ser do brasileiro e indica os nortes da educação e da psicologia intercultural. Uma leitura de cabeceira para quem quer ampliar os horizontes e viajar, em todos os sentidos. Recomendo.
Membros maikao Postado Maio 31, 2011 Membros Postado Maio 31, 2011 Certamente antes de ler esse texto eu cometeria todas as gafes possíveis haahhahaha....
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