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  • Colaboradores
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Já pensou em fazer trabalho voluntário na África? A Dani fez, e eu chamei ela pra bater um papo sobre isso. Confira!

“E nesses 3 meses, o que mudou na Dani?”

“Eu acho que essa questão de achar que eu sabia mais das coisas, e ai você olha e fala: Eu sei nada de porra nenhuma.

Várias barreiras que você tem sobre as coisas caem. A tua visão da vida sabe?”

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(Foto disponibilizada pela Dani)

Essa é a visão de uma pessoa que passou 3 meses fazendo trabalho voluntário na África, em Moçambique. Um país onde as pessoas vivem com o salário de 60 dólares, pouca infra-estrutura, educação e saúde.

Com 20 anos, a Dani foi para o país fazer um trabalho educacional, dando palestras de conscientização sobre problemas sérios que afetam a população de Moçambique, como HIV e violência doméstica.

Além disso, também ajudou no desenvolvimento das comunidades de maneiras mais práticas, ensinando o povo a cuidar da terra e cultivar o próprio alimento.

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Trabalhando no cultivo de alimentos (Foto disponibilizada pela Dani)

Entre todas as experiências, Dani teve seu computador furtado, foi assaltada e contraiu malária, a doença que mais mata no país.

Tive a oportunidade de bater um papo com a Dani, que falou como foi essa experiência, como vivem as pessoas em Moçambique e como isso mudou a sua perspectiva sobre o mundo.

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Elefante selvagem (Foto disponibilizada pela Dani)

A série 10 Minutos no Sofá

Com objetivo de transmitir a essência de sair da zona de conforto, quebrar preconceitos e conhecer novas culturas, surgiu a série 10 Minutos no Sofá.

Uma série onde eu chamo uma galera pra bater um papo, pessoas que fizeram viagens transformadoras. Experiências que influenciaram o seu jeito de viver e seus valores.

Deixe-se levar pela conversa e inspire-se a Tirar a Bunda do Sofá.

10 Minutos no Sofá com Dani

Começamos a série com uma viagem fora do padrão, que vai fazer até você leitor, repensar sobre como vivemos atualmente.

Assista ao episódio completo abaixo:

 

Ou se preferir, ouça apenas o áudio através do link abaixo. Você pode inclusive receber o arquivo por email:

Trabalho social em Moçambique – Uma experiência para mudar a sua vida

 

Trabalho voluntário na África

Confira abaixo os pontos principais desse bate papo incrível com a Dani.

Você foi pra Moçambique né? Quando foi isso?

Dani: Sim Moçambique. Eu fui em 2013, eu tinha 20 anos na época, tava fazendo faculdade e não tava curtindo. A faculdade entrou em greve e eu resolvi fazer um intercâmbio.

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Dani com seus colegas intercambistas (Foto disponibilizada pela Dani)

Qual foi a reação dos seus pais quando você contou sobre o intercâmbio?

Dani: Minha mãe ficou meio desesperada. “Pra que ir tão longe? Por que na África? Não é perigoso?”. E meu pai já foi bem mais tranquilo, disse que se tivesse a mesma idade faria o mesmo.

E por que Moçambique?

Dani: Justamente porque eu não via motivo em fazer trabalho voluntário em um país desenvolvido e que não falasse português. Um pessoa de baixa renda não vai falar inglês, e ai eu não conseguiria ajudar muito.

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Safari (Foto disponibilizada pela Dani)

O que você fazia lá?

Dani: Na verdade eu fui para ajudar numa ONG que faz visitas à comunidades, fazendo um trabalho de conscientização sobre HIV, violência doméstica e outros problemas comuns do país.

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Trabalho de conscientização (Foto disponibilizada pela Dani)

Mas como esse trabalho não era feito todos os dias eu me juntei a outras ONG’s e grupos. Ensinei o povo a cultivar o próprio alimento, fiz visitas à hospitais e acompanhei aulas de danças.

E como era a sua hospedagem?

Dani: Então, eu fui pega de surpresa, fiquei em um prédio de 12 andares e eu estava no último. Tinha água corrente durante todo o dia apenas em uma torneira do primeiro andar, nos outros era só das 7 as 9 da manhã.

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Fogão (Foto disponibilizada pela Dani)

A gente acordava e levava galões de água pra cima, e o elevador não funcionava. Eu tomava banho de caneca, lavava louça com água de garrafa e dava a descarga com balde.

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(Foto disponibilizada pela Dani)

Teve alguma experiência ruim?

Dani: Teve uma situação de assalto, mas foi vacilo nosso, a gente saiu de madrugada em um bairro perigoso. Aconteceria em qualquer lugar do mundo.

Tive também meu notebook furtado, mas também foi vacilo. Eu emprestei pra um colega e saí, e ele deixou o notebook dando bobeira e cima da cama.

Além desses dois eu ainda tive malária, que é a doença que mais mata no país. Quando fui fazer o exame o enfermeiro quis usar uma agulha usada em mim, e ali bateu o desespero. Conheci muitas pessoas que pegaram AIDS assim.

Quais foram as coisas que mais marcaram a sua viagem?

Dani: O choque de realidade. Por mais que você saiba como é, entre saber e vivenciar aquela realidade existe uma grande diferença.

Ver a realidade e saber como eles encaram isso. Como eu vou falar que a maneira correta de fazer determinada coisa é assim, sendo que a realidade deles é completamente diferente.

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(Foto disponibilizada pela Dani)

Não tem como apontar o dedo e querer julgar, eles fazem o melhor com o que eles tem. Eles não tem estrutura, não tiveram instrução nem capacitação. Olhar de fora é muito fácil.

E aprender de fato a viver uma outra cultura. Nós fazíamos aulas de dança no telhado de um lugar, e agora imagina você aprender uma dança de gana com uma música local. Isso é muito legal!

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(Foto disponibilizada pela Dani)


Esse foi o primeiro episódio da série 10 Minutos no Sofá, uma experiência fantástica que transformou a vida da Dani e serve de exemplo para quebrar preconceitos e abrir nossos olhos para a sociedade em que vivemos.

A série terá mais episódios, sempre com o mesmo objetivo, mostrar o quão benéfico e transformador pode ser fazer uma viagem de imersão cultural.

  • Amei! 2
  • 1 mês depois...
  • 7 meses depois...
  • Colaboradores
Postado

@bstorquato Eu acho esse tipo de experiência muito legal e super incrível, mas fico meio receoso quanto aos riscos. Esses problemas de doenças ou de assaltos e quem sabe até mesmo sequestro fazem com que esse tipo de país praticamente suma da minha lista de lugares para se ir.

  • Colaboradores
Postado

@TMRocha , realmente existem diversos riscos, mas acho que isso torna a experiência ainda mais enriquecedora, desafiadora e traz um crescimento pessoal ainda maior. Quando enfrentamos situações desse tipo, percebemos que existem muito mais pessoas boas no mundo do que más.

  • Colaboradores
Postado

@bstorquato É verdade! Mas mesmo assim eu considero a segurança uma das minhas maiores prioridades, ainda mais se estiver levando minha esposa junto também. Acho que esse tipo de aventura é só pra quem tem muita coragem mesmo!

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