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A Garota do Barco Cor de Rosa.


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:arrow: Fonte: http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2010/05/14/a-garota-do-barco-cor-de-rosa/

 

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Jessica Watson é uma estudante australiana de 16 anos que gosta de cozinhar, ler, comer chocolate e praticar atividades ao ar livre como velejar. Quando sorri, parece bem menina, mostrando dentes pontudos e a pele salpicada de sardas. Difícil acreditar que esteja sozinha no mar há quase sete meses, em uma tentativa de se tornar a pessoa mais jovem a dar ao volta ao mundo de veleiro sem paradas. Só mesmo navegando pelo blog que ela mantém para ter uma noção de como tem sido o cotidiano de ondas e vento que a garota enfrenta desde 17 de outubro de 2009.

 

A bordo de um barco de 10 metros de comprimento, o Ella’s Pink Lady, Jessica está prestes a encerrar a aventura. Seu retorno a Sidney é previsto para este sábado – segundo o jornal inglês The Guardian, em meio a uma polêmica, pois o recorde tem sido contestado (o atual foi conquistado em 1999 por um australiano de 18 anos). É que as voltas ao mundo têm lá suas regras. Não basta sair de um porto, dobrar para a direita ou para a esquerda e navegar nesse sentido até dar com o mesmo porto novamente. Exige-se, por exemplo, que o navegador cruze a linha do Equador – algo que Jessica fez. E que a rota escolhida tenha um mínimo de 21.600 milhas náuticas (cerca de 40 mil quilômetros). Aí está o problema. Especialistas ouvidos pelo Guardian alegam que ela não percorreu essa distância mínima porque não se deslocou o suficiente para o norte e, portanto, não tem direito ao recorde mundial. Acontece que a velejadora já não poderia reivindicar o título, pois a entidade responsável, o World Sailing Speed Record Council, resolveu extinguir a categoria “mais jovem” dos recordes – não estava pegando bem deixar gente tão nova se arriscar.

 

A ideia de uma garota de 16 anos (ou qualquer pessoa) sozinha no mar é um bocado assustadora, e o fato de ela não levar o título não diminui seu feito – mas, como lembra o Guardian, talvez atrapalhe seus contratos publicitários no retorno à terra firme. De qualquer forma, o que me pergunto não é se ela bateu o recorde, e sim qual será o impacto de uma experiência tão intensa em alguém tão jovem. Como será, aos 16 anos, ter sete meses de hiperconvivência consigo mesma. Enfrentar a solidão ao mesmo tempo em que se comunica com uma multidão online (Jessica virou uma celebridade na Austrália e seus posts recebem centenas de comentários). Ter tamanha liberdade no confinamento de um barco e manter o controle diante do mar imprevisível.

 

Ontem, Jessica escreveu sobre a proximidade do fim da viagem. Contou que estava ansiosa por um banho quente, comida fresca “e tudo mais”. Fez também uma lista do que acha que vai sentir falta quando deixar o barco:

 

“A primeira coisa é bem óbvia, eu vou sentir falta de levantar e ir velejar todo dia! Vou sentir falta de estar fora do alcance do meu irmão irritante! Vou sentir falta de fazer as coisas no meu próprio ritmo e de cantar alto sem esvaziar o ambiente.

 

Vou sentir falta da excitação de vencer desafios, voando no escuro. De um novo pôr-do-sol toda noite e do tempo que eu sempre separo para vê-lo. Vou sentir falta de olhar as ondas e o mar. Sei que já se passaram quase sete meses e ainda não estou entediada com isso. As cristas brancas que quebram quando está ventando e os reflexos vítreos quando não está. Vou sentir faltar de ver albatroz circular o barco e dos dias de gorro em que achar uma escova de cabelo é trabalho demais.”

 

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  • Membros

Que garota, hein?

Essa tem espírito de aventura no sangue, na alma!

Essa aí não vai ficar parada por muito tempo. Logo, logo, vai iniciar outra aventura tão ou mais fascinante.

E pensar que vemos gente com medo de sair de casa, de dar um volta no quarteirão, de fazer uma pequena caminhada por uma matinha...

Se vai ganhar o título ou não, pouco importa. A satisfação de ter realizado uma aventura tão grandiosa é a melhor das recompensas.

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  • Membros de Honra

você pode ser um idoso e ter apenas 16 anos,você poder ser um jovem e ter 100 anos,quando nos damos conta do que somos capazes de fazer,quando deixamos de lado nossa fragilidade,quando somos um ser que acrdita ser capaz,e somos mesmos de realizar esse tipo de façanhas,nos tornamos nós mesmos,neste momento realizamos o que somos capazes,e não tem limite no querer,no realizar,é isso que sinto,é isso que penso,somos limitados,mais somos capazes.

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