Membros de Honra Este é um post popular. mcm Postado Setembro 13, 2017 Membros de Honra Este é um post popular. Postado Setembro 13, 2017 Redesbravada a Serra do Cipó, desbravadas Conceição do Mato Dentro e Serra do Caraça, nosso destino ecológico seguinte nos arredores de BH era a Lapinha da Serra. Fica a uns 50 km da Serra do Cipó, com uma parte ainda em estrada de chão. Anda meio que na moda recentemente. Conseguimos uma promoção para o meio do ano pra BH e lá fomos. Chegamos em BH de noite na sexta e partimos direto para a Serra do Cipó. A ideia era curtir a noite e dormir por lá. Avaliamos que seria melhor deixar as curvas e a estrada de terra para o dia seguinte de manhã. Acho que fizemos bem, por dois motivos: além de evitar a estrada de noite, curtimos o belíssimo visual da estrada, especificamente no trecho entre o Cipó e Santana do Riacho. Estava um céu azul límpido, o que tornava a paisagem ainda mais bela. Por uma boa parte vc curte visuais panorâmicos da região. Um bom momento para que não está ao volante! Nosso plano era básico: um dia para ir na Cachoeira do Bicame, outro dia para ir em qualquer outra atração. Logo elegi esta outra atração como o Pico da Lapinha. Galera topou. Como há limitação de 30 pessoas por dia para a Cachoeira do Bicame, o plano inicial era deixa-la para domingo. No entanto, decidimos arriscar. Se houvesse muitos outros carros parados por lá, retornaríamos. Chegamos na Lapinha e fomos direto para a trilha do Bicame. Na verdade, a entrada da trilha fica antes de chegar no vilarejo, numa área que se chama cotovelo. Não tem erro, é uma fechada (tão fechada que é um cotovelo, daí o nome) curva para a direita. Nesse ponto basta seguir em frente para ir para o Bicame.Onde a trilha começa: aqui o carro não passa Chega um ponto, logo após uma porteira, que não dava mais para passar com carro baixo. Um riacho impedia. Mais ousados podem arriscar, preferimos não. Deixamos o carro ali e seguimos em frente. Trilha para o Bicame Até chegar na portaria que faz o limite de 30 pessoas, vc tem de andar praticamente metade do caminho, ou seja, uns 5km. Pior dos mundos seria chegar lá e receber a notícia de que o limite estourou e ter de voltar. Não havia qualquer outro carro onde paramos o nosso, nem antes. Bom sinal. 5km depois, numa bela trilha que começa ao lado de fazendas com gado e depois vai se tornando cada vez mais vazia e ampla, chegamos à casinha de controle. E a boa surpresa: éramos os primeiros daquele dia. Viva! Eram pouco mais de 10 da manhã, se não me engano.A casinha de controle da trilha Conversando com o simpático guardião da trilha, ele falou que a limitação atinge o limite em feriados. Nesses dias eles até colocam alguém lá na frente para fazer o controle antecipado e, assim, impedir que as pessoas andem tanto tempo para ter de voltar. Fora isso é (ainda) muito raro de chegar ao limite. Mas, sim, já ocorreu de ter gente andando 5km para depois voltar. A limitação é absolutamente cumprida. A casinha de controle tem banheiros para os visitantes, assim como um café, para quem quiser. Tudo muito simpático. Água deve ter também, mas eu bebia do rio mesmo, e havia um logo adiante. Sempre viva, típica da vegetação local Da casinha até a cachoeira a trilha é ainda mais bonita. Sobretudo no momento em que ela chega numa espécie de platô e curva para a direita, que é onde se tem a primeira visão da cachoeira, lá ao fundo. Dali em diante é descer e chegar até ela. A cachoeira vai ficando cada vez mais perto. Um pouco antes de chegar há pontos de banho em águas calmíssimas, com a cachoeira ao fundo, o que rende um visual espetacular. O mais bonito que achei. A curva final antes de vislumbrar a cachoeira Ei-la, ao fundo Chegamos na cachoeira e mergulhamos. Águas gélidas, como sempre são na região sobretudo no meio do ano (fomos no começo de julho), bom estar preparado. Ainda que sob sol direto, e céu azul, a água congela o corpo de quem ficar muito tempo dentro dela. Curti a massagem natural da cachoeira, nadei e logo saí para requentar o corpo. Bicame Do carro até a cachoeira nós levamos cerca de 2,5 horas com paradas e ritmo bem leve. Acho que é tranquilo de percorrer em 2hs cada trecho. Enquanto curtíamos a cachoeira, outros grupos foram chegando. Contando com ciclistas que vimos na volta, acho que os visitantes chegaram a uns 20-25 naquele dia. Curtida a cachoeira, iniciamos nosso longo retorno. Bicame Pouco mais de 2hs depois estávamos de volta ao carro. Galera pregada, logo fizemos nosso caminho de volta de carro. Esse emblemático morador não estava muito na vibe de nos deixar passar Largamos nossas mochilas na pousada e partimos para o centrinho da Lapinha da Serra, que é praticamente duas ruas paralelas que se abrem na entrada e se encontram logo a seguir na pracinha da cidade. Bem pequeno. É lugar de moradia de algumas poucas centenas de pessoas. Com a fome acumulada do dia, paramos no bar em frente à pracinha e ficamos beliscando e bebericando, comemorando a bela caminhada, a bela cachoeira, o belo dia. Ficamos nesse relax até anoitecer. Pracinha da Lapinha Vi que cavalos vagam pelas ruas do vilarejo tranquilamente. Cachorros também, havia alguns. Que, aliás, vimos em diversos cantos da vila. Parecem integrados, alguns tem até coleira. Devem ter donos, ou são de todos, não sei. Mas todos parecem gozar a liberdade de ir e vir para onde quiserem. Rodamos ainda mais um pouco pelos arredores, pegamos o visual de um dos lagos ainda antes de escurecer completamente, provamos sorvetes locais e fomos dar um relax na pousada antes de voltar para curtir a noite local. A noite local foi no Armazém Lapinhô, onde rolou showzinho do Vilmar da Lapinha, também conhecido pelas bandas da Serra do Cipó. Showzinho muito agradável e bastante gente, tanto que foram descolar mesas e cadeiras para nós. O show era um espaço aberto, de modo que lá estavam os cachorros do vilarejo. Um deles, uma fêmea grande que chamava de Gaia (?), pedia gentilmente alguma tira-gosto a todos, de uma maneira peculiar: ela colocava a pata na perna (ou no ombro!) de quem estava sentado. Nem todos lidavam bem com isso, visto que o chão era de terra e a pata..., já viu, né? Nós curtimos, de modo que Gaia ficou um bom tempo na nossa mesa. Nossa companheira local Ainda fomos provar algumas das várias cachaças artesanais do BemDito, que também fica nos arredores da praça. Muito bom momento. Domingo foi mais relax. Saímos depois do café para o Pico da Lapinha. O grupo meio que se dividiu (éramos 5), com dois preferindo curtir uma cachoeira mais próxima. Para o Pico é necessário pagar (no Bicame, ainda que tenha limitação, não se paga nada) 25 pratas para fazer a trilha para o pico. Para as cachoeiras sai por 15, se não me engano. O belo lago Visual do começo da trilha para o Pico da Lapinha A trilha para o Pico é sinalizada em diversos momentos pelo caminho. Ainda assim, é fundamental vc saber para onde vai (qual é o pico!), para não pegar trilhas ou atalhos errados. Sabendo disso, vai ser difícil errar. Vc vai subir e caminhar para a sua esquerda, contornando o Pico, subindo-o por trás. Pouco antes de chegar ao pico tem uma casa de apoio. Nesse dia havia uma grande grupo de escoteiros subindo, passamos por eles exatamente nessa casa -- eles faziam a parada estratégica para se alimentarem. Nós seguimos e chegamos ao pico na frente, sem mais ninguém. Casinha de apoio A cara do cerrado, para mim O tempo, que era azul pela manhã, foi se fechando até nublar completamente. Tinha lido relatos de que há uma escalaminhada na parte final de ascensão ao pico, mas não vi escalaminhada alguma. Só fica íngreme, mas é trilha até o fim, numa boa. Sem maiores perigos, exceto por algumas pedras pequenas soltas que requerem mais atenção. E o visual é um espetáculo, os belos lagos ao fundo e a Lapinha pequenininha lá embaixo. Curtimos um tempo no pico e, quando a galera dos escoteiros chegou, descemos. Do alto do pico da Lapinha Galera lá embaixo chegando em fila indiana Levamos 2hs para cada trecho, novamente bem devagar e com paradas. Acho que dá para fazer tranquilamente em 1,5h. Vimos também onde se divide a trilha, que segue para a Cachoeira do Tabuleiro, em Conceição do Mato Dentro. A famosa travessia Lapinha-Tabuleiro passa por ali. O Pico do Breu, acho que 1 metro mais alto que o da Lapinha, também fica logo adiante. Dá pra ir no da Lapinha e no do Breu em um dia. Precisa de 2 dias (e logística!) para fazer a travessia. Voltando do pico Água estilo coca-cola nas cachoeiras antes do Pico Voltamos, reencontramos as duas desgarradas do grupo num simpático restaurante indiano da cidade, comemos algo leve, bebemos deliciosos lassis, relaxamos, e voltamos para a pousada para pegar nossas coisas. No fim da tarde iniciamos nossa volta para Confins, depois Rio. Lagoa E assim foi mais um fim de semana desbravando algum canto no Brasil! Observações gerais: - Vi muita campanha na vila (estou chamando a Lapinha de vila porque não é cidade, faz parte do município de Santana do Riacho) para que os turistas respeitem os costumes locais. Havia duas campanhas mais abertas: uma para que só acampassem onde fosse legalizado acampar. Outra para que não fossem aos restaurantes em trajes de banho. Vimos num restaurante uma caricatura de um homem bem barrigudo e de sunga, como forma de dar imagem ao que se pede para que não se faça. - É cerrado, então é natural que tenha cobra. Vimos uma pequenininha na ida para o Bicame. - Não faltam trilhas por lá, e ainda se pode fazer passeio de barco nos fds. - Há poucas opções de pousadas na Lapinha, e, ao menos no booking, a preços relativamente altos. Tem muito também é “casa do fulano”, alguém que parece improvisar a casa e fazer de pousada, ou que aluga a própria casa mesmo. 5 Citar
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