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Postado (editado)

* Youtube - Fenato Sai da Bolha - https://www.youtube.com/user/Fenatorodrigo

* Face - https://www.facebook.com/rodrigo.fenato

* Algumas fotos estarão com data errada.

* Os gastos que fecham cada dia, são sempre de duas pessoas, eu e Arizinha.

* Estou com dificuldade para manter do 10° dia para frente formatado, qualquer coisa avisem. Boa leitura !

 

Galera, assim como consegui muitas informações sobre a viagem, baseado nos relatos que encontrei aqui (salve Bárbara Fabris), vou tentar ajudar aos que estão procurando fazer mochilão mas estão com pouco prazo. Para ser exato, foram 15 dias, confesso que um pouco corrido, mas para quem não tem escolha, não desista porque rola.

Descrevo o que aconteceu, apontando os gastos e algumas dicas, mas será algo sucinto, sempre colocando no final os gastos.

Fomos eu e minha, agora, noiva, saindo de casa dia 02/06/2017 às 2:30 da manhã e chegando às 11:50 do dia 16/06/2017. Primeiro pesquisamos os principais pontos, optando por alguns, já que ver tudo em 15 dias é impossível. Fiz uma cola, um roteiro, com dicas que achei importante, cotação média das moedas, dia e hora aproximada de chegada e saída de cada cidade, como ir até elas, gasto aproximado e pelo menos um endereço de hostel/hotel (apesar de não ter seguido nada), muito importante para caso aconteça algum imprevisto (o que com certeza vai acontecer).

Fizemos seguro de viagem, algo como R$ 224,00 para os dois e trocamos R$ 3.500,00 cada um em dólar americano, algo como $ 2.042,00, além de R$ 1.000,00 como fundo de emergência (não utilizado). Levei cartão de crédito internacional (não utilizado), não esqueça de fazer aviso de viagem, documento de identidade e passaporte, tudo em doleiras, uma para cada. Dividimos o dinheiro e os documentos, para eventual roubo, perda, ou sei lá o que.

Compramos as passagens com 1 mês de antecedência e duas semanas antes passamos na decathlon. Um par de botas confortáveis ajuda muito, blusa corta vento (paguei R$ 250,00 na minha e encontrei em La Paz por Bol 170,00, uns R$ 80,00), compramos aquela segunda pele (acho que é isso o nome), tanto calça como camiseta, luva, gorro, cachecol, meias longas de algodão (lembrando que fomos em junho, período de frio), ahhh, mochilas, uma de 50 ltrs e uma de ataque de 10 ltrs, ainda uma emprestada de 45 e uma mochila velha que eu tinha em casa (esse tamanho dá, fica bem cheia). A Ariane montou uma farmácia com os principais remédios e itens que só mulher lembra, mas que claro utilizei, desodorante, lenço umedecido, protetor solar, labial, colírio, sabonete líquido, papel higiênico (tivemos que pegar uns pelo caminho também 8) ) um par de creme para rosto e por aí vai.

Levamos também outras blusas, duas calças jeans cada, camiseta (2), camisas de flanela, chinelo, tênis, óculos de sol, lanterna, roupa de banho, etc ...

 

 

1° dia – A largada (02/06/2017)

 

 

Como residimos em Apucarana, 54 km de Londrina, ponto de partida de nosso mochilão, acordamos 2 da madruga do dia 02 de junho e as 3:30 estávamos a caminho de uma das melhores experiências de nossas vidas. Foram 3 vôos até Sucre, saindo de Londrina (5:30 am – 6:55 am) com escala em Guarulhos (10:20 am – 12:15) e chegada em Santa Cruz de La Serra, pela Gol.

Dentro do avião conhecemos Sabrina, uma baiana de Salvador gente boa demais rumo a um mochilão também, que nos deu algumas dicas (só como curiosidade ela tem uma página no face Mi Retei Fui), então passamos pela imigração, onde o passaporte da Ariane não foi carimbado (hauhauhau) e onde não nos deram nenhum papel. Todos os fóruns citam papéis que devem ser apresentados na saída do país, mas não ficamos com nada, até preenchemos alguns papéis e eu questionei a necessidade de ficar com algo, mas o boliviano muito carinhosamente me mandou passar (huahauhauha). Depois ficamos sabendo que o processo foi informatizado, não existindo mais a necessidade de se ter este documento, porém quando retornamos ao país, 11 dias depois, nos foi dado o tal documento e informaram que deveríamos apresentar na saída, ou seja, é tipo o Brasil, uma regra para cada rosto (huahuahuah), que seja. Como dica, quem está viajando com RG, melhor tentar ficar com algum papel. São dois documentos que deverão ser preenchidos, questionando quantidade de dinheiro em posse, finalidade da viagem, posse de orgânicos, detalhes deste tipo.

Logo ao chegar em Santa Cruz consultamos o preço da passagem para o Sucre e trocamos a grana ali no aeroporto mesmo, algo como $ 200 dólares, não é a melhor cotação, mas a variação não foi lá essas coisas, casa de câmbio você encontra o tempo todo, portanto vai controlando os gastos e trocando conforme for necessário, sempre com reserva de emergência, pois são poucos os locais que aceitam dólar. Compramos a passagem por 812,00 bolivianos na empresa Amaszonas, correspondente ao valor da passagem mais umas taxas que acredito ter sido passado para trás por não entender direito o que a moça falava, no começo ela não tinha mencionado nenhuma taxa, mas quando joguei a grana no balcão ela inventou um lance lá e morri com uns 80 bolivianos a mais. Com medo da comida, conceitos comprados que nos ajudaram bastante, mandamos um Subway vegetariano, e como somos péssimos no espanhol comemos um omelete gelado e borrachudo, inesquecível, mas foi nosso pedido (huahuahauhau). No começo da viagem tudo é estranho, porque não se sabe o que é caro e o que não é, mas rapidão já se condiciona e para quem está com a grana curta dá para economizar legal.

Esperamos ali no aeroporto mesmo, banheiro grátis, até 16:20, horário do vôo para Sucre. Jatinho meia boca, mas foi uma viagem tranquila e talvez a mais atenciosa, considerando que a Ariane sofre com pressão no ouvido e a aeromoça percebeu e veio falar com a gente.

Bem, chegamos no Sucre uns 35 minutos depois e percebemos dois casais falando sobre o percurso de suas viagens, puxei 1 minuto de conversa com Lucas (mais tarde será citado) que esperava encontrar suas malas extraviadas e nos disse que faria o mesmo caminho nosso, valendo-se do relato da Bárbara Fabris, #PATIUMOCHILAO – 22 dias, lido por nós dois.

Como o aeroporto fica no meio do nada, cerca de 40 minutos do centro da cidade, os perrengues voltaram a nos assombrar. Existem taxis e vans que fazem o trajeto, me lembro que o taxista pediu 60 bolivianos, enquanto a van saía por 8 cada pessoa. O problema é que a van deixa nos arredores do terminal de buses de Sucre, mas acho que por eu estar com uma cara de desespero, sem saber para onde correr, o cara da van me disse que poderíamos ir com ele e nos deixava no terminal (tem gente boa em todos os lugares). Coincidentemente, a Sabrina (baiana) estava na van, então fomos trocando mais informações, ela ficou no ponto final da van e nós seguimos para o terminal. Aproveitamos que o cara da van foi gente boa e já pedimos um “bolígrafo” para ele, uma caneta e é claro que paguei um pouco mais para ele mesmo sem ele pedir.

 

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No terminal (banheiro 1 boliviano), assim como todos os terminais do Brasil tinha muita correria, compra, venda, rolo, o bicho pega, mas calma, nada de desespero, basta ser um pouco esperto e nada de mal acontecerá (huahuahuahuha), verdade, não vi perigo de roubo, algumas pessoas comentam furto e tal, mas na maioria dos casos é descuido. Fomos direto ao guichê da empresa 6 de Octubro, compramos passagem para Uyuni e como havia bastante tempo ficamos andando em torno do terminal, que oferece wi-fi, basta pedir na administração. Compramos folhas de coca na rua, água e uns negócios para comer, sempre considerando a importância de se ter bobeiras para tapiar a fome durante as viagens e os passeios, outro item é lenço umedecido, no banheiro geralmente te dão um pedaço de papel ao entrar.

Próximo a hora do embarque fomos ao portão 9 como nos informaram e em meio aquela gritaria vi o Lucas e sua esposa, Ellen, (aquele de Sucre) ele iria no mesmo ônibus que a gente, então com pé atrás de despachar as malas, subimos no ônibus e na maior bagunça um cara de muletas que vinha atrás de mim caiu, na verdade uma mulher que estava no ônibus errado esbarrou nele, tombo feio, e adivinha, começaram a me culpar, instante em que percebi que também estávamos em ônibus errado (huahauhauhauha) descemos correndo e encontramos o correto. Segui a dica da Bárbara para comprar leito, paguei 30 bolivianos a mais, o que valeu a pena, porque o Lucas disse que em cima estava um cheiro nervoso. O interessante desse trajeto foi o banheiro, no meio do nada o ônibus para e o motora grita “bañooooo”, então a galera desce e sai mijando na beira da rodovia, pois não tem nada lá. (huahuahauhauhau)

 

Gastos do dia (aproximadamente $ 165,00 dólares)

Bol 812,00 – passagem até Sucre

Bol 48,00 – Lanche subway

Bol 205,00 – passagem para Uyuni

Bol 30,00 – Folhas de coca, banheiro, água, bolacha, sorochi pills

Bol 20,00 – van até terminal de Sucre

 

 

2° dia – Começo do Frio (03/06/2017)

 

 

O ônibus chega em Uyuni e deixa os passageiros numa esquina, porém eram 4:30 da madruga e estava muito frio (eu fui com um monte de roupa e não tive problema, então deixem fácil roupas para vestir neste ponto), mas como eu havia lido as dicas da Bárbara, comecei a procurar o tal do Beto, ou a senhorinha que leva o povo para o café, mas para meu azar não achei e os taxistas não sabiam onde era o tal café, e então saímos andando pelas ruas, eu A Arizinha, o Lucas, a Ellen sua esposa e duas americanas, detalhe o convívio com as americanas durou pouco mais que duas quadras e umas folhas de coca, por isso não sei o nome delas.

Então demos duas voltas, acho que no mesmo quarteirão (huahuahauha), até encontrarmos uma luz acesa num sobrado, era um café, onde nos alimentamos abrigados do frio até amanhecer o dia. Este café fica na rua de baixo (a esquerda) da esquina em que o ônibus para, tem tipo uma praça com coreto entre as ruas, não há necessidade de ir de táxi, apesar do frio são apenas alguns metros. Ali existia um banheiro, porém sem descarga, tudo no tradicional, com um baldinho e um barril cheio de água, basta encher o baldinho jogar no vaso e rezar para ir tudo embora (huahauhauhauha). Dica para quem tem receio ou fica sempre com pé atrás, pesquise um hostel com café para ficar até amanhecer e leve o nome e endereço para apresentar a taxistas. Pouco tempo depois começaram a chegar as pessoas, lembro de um chileno, uma mexicana e uma neozelandesa. Trabalhei um pouco de tradutor a pedido de uma moça que só falava inglês, mas não obtive sucesso, pois espanhol triste somado ao inglês quase médio não me valorizaram (ahuahuahuahuah).

As 7:20 da manhã saímos em busca de comprar o passeio para o salar, existem muitos hostels e agências que oferecem o passeio, algo em torno de 110 dólares para três dias, partindo de Uyuni até a fronteira com o Chile, incluindo 2 almoços, 2 jantas e 2 cafés. Coincidentemente fechamos com o BetoTur, pois havíamos visto algumas indicações, existem muitas indicações da Esmeralda Tur também, fica tudo muito perto, nem 1 quadra de distância, optamos pelo Beto pois fez mais barato, 700 bolivianos, aproveitamos também e já compramos o tickt da van que nos levaria da fronteira chilena até São Pedro do Atacama (50 bolivianos). No caminho observamos que o nosso carro era mais velho que os outros, pneus carecas, mas o Beto havia dito “não existe carro novo na Bolívia”, quando eu o indaguei sobre as condições (huahauhauhauhau), porém o motorista, grandioso ABNER, foi realmente o diferencial, extremamente gente boa, prestativo, cauteloso e paciente, entretanto não esqueçam de levar o que precisam na mochila de ataque, porque eles não descem as malas no meio do caminho, assim, comida, desodorante, protetor solar, celulares (para fotos), câmeras, carregadores extras, óculos de sol, lenço umedecido, água, escova e pasta de dente, inténs que não devem ser esquecidos, ahh e vá ao banheiro gráts.

Saímos às 10:20 (com muito sol, mas estava uns 2 graus, portanto é bom se agasalhar) e o Beto disse que sempre manda dois carros e realmente saiu uma galera de mexicanos antes, mas no fim foi nosso carro sozinho. Estávamos, Eu, Arizinha, Lucas, Ellen, Nicola (francês bacana demais) e na última hora entrou no carro a Joice, gaúcha aventureira que já estava viajando sozinha a uns dias. Antes de sair recomendo comprar comida de novo, bobeiras para enganar a fome, além de água, sempre ter estoque de água. Outro detalhe são as balas de coca com mel para quem não quer folhas e o SorochiPills (medicamento para mal de altitude), esse acho interessante ter uns dois como prevenção. Eu não tomei nenhum, mas minha namorada e a Ellen tiveram que tomar, vai muito do organismo de cada um. Como já mencionado, protetor solar, labial, essas coisas que parecem frescura ajudam evitar desconfortos.

 

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Passamos o dia cortando o deserto de sal, espetacular, primeiro paramos no cemitério de trens e partimos fazendo pequenas paradas para fotos até o ponto do almoço, um restaurante feito de sal, muito interessante, e com banheiro a 5 bolivianos (putssss), comemos comida vegetariana, mesmo tendo optado por carne, é que a aparência é meio estranha e o Nicola já havia contraído intoxicação no caminho, então achamos melhor evitar, mas estava massa a comida, fria mas gostosa. Paramos na ilha de cactus (Incahuasi, paga-se para subir) e a nossa amiga Joice se foi, dando lugar ao Bent, um alemão meio vivo meio morto que estava derretendo por conta de uma intoxicação. Paramos para o pôr do sol com muito vento e frio e seguimos para o hotel de sal.

 

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Outro lugar muito louco, tudo de sal, algumas pessoas reclamaram de seus hotéis, mas o nosso estava violentamente bacana, até calefação tinha na parada. Já chegamos comendo, chá servem o tempo todo, tinha bolachas também, aí veio sopa e depois umas batatas oleosas e frango, aqui comemos. Não existe água quente, portanto lenço úmido ajuda muito, outro item que ao meu ver compensou, foi um saco de dormir que alugamos com o Beto por 27 bolivianos cada, ajuda com o frio.

Saímos por último desde o Uyuni e assim permanecemos, então criamos um elo bacana entre as pessoas do carro, nesta noite jantamos e falamos sobre coisas bacanas, inclusive sobre as porcarias que ocorrem na França e Alemanha, e outros países europeus, coisas que brasileiro acha que só existe aqui. A conversa começava em espanhol, passava pelo português, se estabilizava em inglês e terminava em libras, alemão e francês não tinham vez. Eu começava a falar inglês e o Lucas terminava, éramos 1 completo, se somados (huahauhauhauha).

 

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Aqui as folhas de coca ajudam, inclusive em alguns pontos, onde a cabeça começa a doer um pouco e o estômago começar a ratear. O guia combina horário para sairmos logo cedo, e assim foi, seguimos rumo as lagunas altiplânicas e a tão esperada neve, tem também tomadas para carregar, sempre de dois pontos redondos.

 

Gastos do dia ($ 245,00 dólares)

Bol 30,00 – café da manhã

$ 200,00 + Bol 20,00 – passeio Salar

Bol 100,00 – tickt fronteira Chile

Bol 55,00 – saco de dormir

Bol 80,00 – bolacha, água, banheiro, sorochi pills, balas de coca, chips

 

 

3° dia – Neve, a bosta branca (04/06/2017)

 

 

Lugares únicos, para quem é da natureza não tem como se esbaldar mais do que estando ali, fazia um frio relativo ao dia anterior com muito sol.

 

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Passamos pelas lagunas e fomos almoçar, neste momento, valendo-se de minha digníssima, que levou uma farmácia na mala, tentamos recuperar o Bent com boldo, sachês de efervescente e aqueles vidrinhos amarelos, salva fígado. Logo saímos rumo ao inesperado, mas antes ela foi ao banheiro, 5 bolivianos (putsssss).

De longe a neve no topo dos morros chega a ter gosto de tão especial (sou da roça), então quando chegamos perto de umas raspadinhas de gelo, já pedimos para parar com a desculpa de xixi. A Ellen meteu uma bolada de neve no Nicola, segundo ela foi o primeiro que passou na frente (hauahuahuahuah). Nisso os outros carros que pertencem a outras agências foram todos e ficamos um pouco para trás.

Olhos estalados e o chão desértico deu lugar a uma cena branca, com montanhas imensas cheias de gelo e o chão já não se via, que massa !

Todos estavam achando um máximo, até mesmo os europeus que presenciam isso sempre. Me lembro de uma fala do Nicola “the snow it’s dangerous”, e como o som das trombetas radiantes o carro parou, sim atolou. A princípio tudo legal, combinamos de comer o Bent, como no caso do filme do avião que cai nos Andes, considerando que era o mais vulnerável, xixi empedrando antes de bater no chão, até que risos e admiração começaram a dar lugar a fé, isso mesmo ficamos 5 horas lá, completamente isolados, eu olhava para os lados e sabia que não passaria ninguém, havíamos ficado para trás e era uma vale coberto por neve. Aqui um detalhe, se o carro tivesse correntes sairíamos mais fácil, acredito, mas nem o Abner contava com tanto gelo, só nos restou colaborar.

Estávamos a 4850 metros de altitude, um frio de 10 graus negativos e... saímos para empurrar, isso mesmo empurrar.

 

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Tentamos tirar neve, fazendo um caminho para o carro, mas o vento tapava tudo, as rajadas eram insuportáveis, então revezávamos, um cavando com as mãos, outro abrindo caminho chutando, outro empurrando e outro rezando e a velha a fiar (hauhauhauha), agora é engraçado lembrar, mas na hora não foi. Fiz muita força e comecei a passar mal, não tinha folha de coca que me salvava, mas o Abner murchou os pneus do carro no aro e depois de muita insistência e uns 32 terços rezados, o carro começou a andar.

 

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Perdemos a visita em duas lagunas e chegamos a noite na casa em que posaríamos, nisso deixamos de pagar 150 bolivianos cobrados na entrada do parque nacional onde fica a laguna colorada (atente-se a isso). Estava muito frio e não parávamos de passar mal, serviram vinho e o jantar, um paraibano que conhecemos, inteligente demais, disse que estavam preocupados com a gente e o guia deles já pensava em voltar com outros couches (motoristas dos carros) para resgatar a gente. Coisa que acho muito improvável, considerando que na casa onde ficamos só tinha mais 1 carro. De qualquer forma não tomamos banho de novo, aqui a água chega a congelar nos canos, e fomos dormir. O quarto dessa vez era coletivo, então dormimos os seis juntos, mas em camas separadas, e ao contrário do hotel do dia anterior esse não tinha calefação. Esta foi a parte mais fria da viagem e foi realmente o dia que os sacos de dormir caíram feito uma luva.

 

Gastos do dia ($ 1,00 dólar)

Bol 5,00 – banheiro

Editado por Rodrigo Fenato
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Fala, Rodrigo, irado seu relato...vou começar esse roteiro neste domingo! ::hahaha::

Você pode me adiantar quanto estava a cotação do dolar no Chile? Obrigado!

 

Eaí Diego bl? .. cara que louco, então a média era $ 1,00 = 665,00 se não me engano, eu havia pesquisado antes e estava 681,15, mas lá em SPA não achei. Bolivianos 6,81 e Novo Sol 3,25.

Sucesso aí irmão, pena que não vai dar tempo para terminar todo o relato até domingo. Qualquer coisa que eu puder ajudar só perguntar.

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4° dia – ChiChiChi LeLeLe Viva Chile (05/6/2017)


Geralmente acorda-se bem cedo para seguir rumo aos gêisers, porém devido a grande quantidade de neve que havia na região, o Abner (nosso guia) disse que não teria como chegar lá, então levantamos as 4:30 tomamos café e vazamos rumo ao Chile. Como o caminho para a fronteira era o mesmo dos gêisers, ficamos parados, junto a outros couches esperando algum carro vir com notícia sobre a fronteira, e para nosso azar estava “cerrada”. Então tivemos que ir para outra fronteira, o que nos custou nada mais do que dois terços do dia, e pior voltando por paisagens que já havíamos visto.

Paramos em um ponto e o Bent trocou de carro, visto que iria voltar para Uyuni, dando lugar para duas irmãs francesas, uma inclusive viveu no Brasil e tinha uns funk e muito música sertaneja no celular, eu chorava de rir com o “bate com a bunda no chão” que cantavam sem parar. Falei pro Nicola o que estava sendo dito e ele não acreditava, mas tudo bem, seguimos rumo ao desconhecido. Uma fronteira que do lado boliviano era 1 container com dois caras que nos cobraram 15 bolivianos para carimbar o passaporte, pensei que não iam deixar a Ariane sair porque estava sem o carimbo de entrada, o cara até questionou mas deixou a gente passar.

Antes de sair do carro do Abner, ali na fronteira, veio um chileno e disse que para seguir viagem, já com umas 3 horas de atraso, tínhamos que pagar 200 bolivianos, opa, mas já tínhamos o voucher que compramos com o Beto (hauhauhauhauha), negativo, o cara aceitou o voucher no valor de 50 bolivianos, valor pago para o Beto, mas exigiu mais 150 bolivianos de cada pessoa. Sorte que não tínhamos entrado no parque nacional, assim sobrou o valor, nem tudo acontece para o mal. Pagamos e entramos na van numa correria e o medo de dividir o grupo fez a gente esquecer de agradecer o Abner, portanto está aqui o nosso muito obrigado, as francesinhas também ficaram porque não tinham grana, e nós também não, então não tinha o que fazer, elas voltaram para Uyuni, porém vi elas no dia seguinte dentro de um ônibus no Atacama, imagino que conseguiram se virar (na verdade entramos na van chilena e não tinha mais lugar para as francesinhas, só depois escutei alguém dizendo que elas voltaram.

Andamos por longas estradas que cortavam a região do Atacama, vulcões ao fundo formavam o cinturão de fogo, paisagens de cair o queixo. Vale ressaltar que ao entrar no Chile, na aduana, te dão um papel, única e exclusivamente com intenção de cobrar multa na saída do país (brincadeira, controle deles), porque provavelmente você terá perdido ele, então não perca, este deverá ser apresentado, não leve frutas para fronteira porque jogam foram, coma antes, assim como tudo orgânico, vão abrir suas malas e aí já viu.

Chegamos em São Pedro 4:40 pm, com nuvens estranhas sobre os vulcões, um clima já quente, que dispensava blusa, mas meio sombrio, não deu outra.

 

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A van deixa todos em uma praça, seguimos para frente, não voltamos por onde a van passou, mas na entrada da cidade tem muitos hostels, porém não se afobe, você encontrará também próximo a praça central e em todos os outros lugares (hauhauhauah). Achamos o hostel (Casa Flores) que o casal de Floripa (Lucas e Elen, a propósito a Elen tem um Insta nervoso sobre moda e tal, blog também, quem quiser https://www.facebook.com/blogdaelen/ nem sei se era para divulgar aqui, hauhauhuahau) havia reservado e resolvemos ficar lá também, porque companheiro é companheiro e fdp é fdp, ahh, o Nicola também foi companheiro e seguiu com a gente. A recepcionista logo de cara nos disse que tinha previsão de fortes chuvas e nevasca, coisa estranha, porque nessa época não ocorre precipitações, mas a moça disse que duas semanas atrás ocorreu o mesmo e a cidade ficou toda isolada.

O meu roteiro contemplava chegar em SPA, fazer o vale de la luna, dormir e no outro dia fazer as piedras rojas, já o Lucas e a Ellen iam ficar 1 dias mais, então decidimos ficar porque companheiro é companheiro e... porém por conta das previsões climáticas, os passeios todos estavam “cerrados”, e considerando que a recepcionista disse que devolveria o dinheiro para gente ir embora, pensamos em antecipar, e nosso roteiro voltou ao normal, alterando o deles. Tomamos um banho nervoso, quente claro, depois de três dias a base de lenço, e fomos comer. A cidade tem muitas opções, a Ariane adorou lá, disse que quer inclusive voltar, como mencionei acima, existem muitos hostels, mas muitos mesmo, dá para achar lá na hora de boa e ainda economizar, comida também tem variedades, jantamos pizza (Restaurante Paatcha), porque estávamos com muita fome, já que viajamos o dia todo e a Ellen não estava legal, daí evitamos muita procura. Depois eu a Ari e o Nicola andamos pela cidade conhecendo um pouco o lugar.

Dica, pesquise casas de câmbio, ficam todas bem próximas, mas tem diferença, hostel também, entre para conhecer antes de fechar, tem para todos os bolsos. O mesmo para os passeios, a diferença pode ser grande.


Gastos do dia ($ 135,00 dólares)

Bol 30,00 – fronteira boliviana

Bol 300,00 – o adicional da van chilena

$ 55,00 – hostel

Pesos 7.900,00 – jantar pizza com gorjeta

Pesos 2.000,00 – água e mais bolachas



5° dia – Cumpleaños meu (06/06/2017)



No dia anterior não fizemos nenhum passeio porque chegamos muito tarde, e o último horário é as 5:00 pm para o vale de la luna, assim, acordamos e fomos tomar café da manhã, enquanto assistíamos ao noticiário e além de ver notícias sobre a corrupção da Odebrecht lá, também vimos que escolas tinham suspendido aulas, estradas estavam fechadas e um vulcão entrando em erupção, sim, passeio completo. Decidimos realmente ir embora para não correr o risco de ter que ficar muito tempo ali sem ter o que fazer (uma conhecida nossa chegou na cidade no dia em que saímos e me disse que ficou 7 dias lá em SPA, falou que viu inclusive neve caindo na areia da região desértica), compramos passagem da empresa Turbus para Arica, ótima por sinal, a Elen foi tirar umas fotos com Lucas e nós fomos conhecer um pouco a cidade (legal alugar bike para conhecer, só descobrimos depois). Próximo às 12:00 fomos ao centro comer e tentar fazer pelo menos 1 passeio. Meu aniversário que seria comemorado em grande estilo estava ofuscado, mas fui premiado com dois terremotos, que aconteceram bem no momento em que fui correndo trocar dinheiro, ou seja, não percebi (hauhauhauhauha), comemos uma bela macarronada por 5 mil pesos e encontramos uma agência que fez mais barato o passeio do vale de la luna e de la muerte (não lembro o nome da agência, mas fica na calle caracoles 349, a mais barata).

 

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Então nos despedimos de nosso amigo que parecia o Indiana Jones (por conta do chapéu) chupando sorvete, Nicola, o francês doidera que corre o trecho sozinho sem falar espanhol, e seguimos para o passeio com uma grande figura, Álvaro !

 

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Fomos conhecer o Valle de la Luna e Valle de la Muerte, que por sinal não tem nada de morte, segundo o grande Álvaro seria Valle de Marte, por se parecer com tal. Na entrada do parque cobram uma taxa, não tenho certeza mas acho que 3 mil pesos cada.

 

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Faz calor durante o dia com muito vento, mas depois esfria bastante, o passei termina com pôr do sol na pedra do coiote, claro que se tiver sol, o que não foi nosso caso.

Retornamos a bela SPA arrumamos nossas coisitas, ahhh a moça do hostel deixou a gente ficar até o horário de pegar o ônibus (gente boa ela), então fomos para o terminal onde compramos mais uns quitutes, batata chips, água.


Gastos do dia ($ 85,86 dólares)

Pesos 30.600,00 – passagem para Arica

Pesos 10.000,00 – almoço

Pesos 12.000,00 – passeio dos valles

Pesos 4.500,00 – quitutes, gorjeta, sorvete



6° dia – Passo a passo e Arequipa (07/06/2017)



• Antes de continuar queria lembrar que todas as rodoviárias e terminais cobram uma taxa de utilização, lembre-se de pagar isso, caso contrário não embarca.



Saímos de SPA rumo a Arequipa, mas não é tão simples assim. Primeiro você deve ir para Tacna, passar a fronteira para Arica no Peru e depois ir para Arequipa. Assim fizemos, indo com o Turbus semi cama para Tacna, saímos as 20:00 num sossego total até a cidade litorânea (pacífico meu povo “água igual do oceano de lá” – palavras do filósofo e taxista que nos levou em outro trecho), chegamos por volta da 5:00 da manhã, sem grana para prosseguir. Dica, leve um pouco de pesos chilenos para pagar o táxi internacional rumo a Arica, nós não tínhamos mais dinheiro então fomos obrigados a trocar na rodoviária de Tacna, no guichê de uma empresa a 600,00 por 1, claro que trocamos somente o necessário. Tinha chovido durante a noite, então estava cheio de água por todo lado.

Eu havia lido a indicação de seguir de Tacna até Arica de táxi, então saímos da rodoviária, atravessamos a rua, vomitamos (aí Elen, nem vou dar o nome do Santo ou da Santa huahuauah) e entramos a direita no terminal internacional de táxi, vários taxistas vem abordar você, mas não recomendo. Existem outras formas de ir, mas assim é mais de boa e não ficou caro 20 mil pesos o carro para 5 pessoas, ahh, aqui também paga-se taxa de uso, 1.400 pesos. Nos empurraram para um táxi sem placa com um motora gordão e emburrado, o tal filósofo. Ele pediu para gente dar os passaportes e seguir ele até uma salinha em que colhem algumas informações antes de liberarem a viagem. Para quem tem tempo, esta cidade tem uma praça que fica bem em frente com um morro nervoso frente ao mar, mas nunca vi ninguém dizer que foi lá visitar.

O táxi te leva até a fronteira do Chile/Peru (atente-se ao fuso horário, 1 hora menos que a Bolívia e que o Chile, e 2 menos que o Brasil), todos descem e passam pela aduana, onde apresentam o papel que foi dado lá na entrada, depois carimbam seu passaporte e o táxi e pega do outro lado para seguir rumo a Arica, ahhh, banheiro grátis. São uns 45 minuto só, e te deixam no terminal internacional de Arica, mesmo esquema de Tacna, o terminal fica em frente a rodoviária, o taxista me mandou tomar cuidado porque ali é perigoso, mas não vi nada demais, só motoristas doidos, cuidado com a rua, ahhh e um tiozão falando em espanhol algo como se as meninas fossem as mais fogosas (hauhauhauhauha), detalhe ele falava das nossas namoradas, relaxa, o Lucas deu um murrão no cara e ... que nada, a gente só ria e seguia viagem sem neurose.

Ali compramos passagem pela Moquegua (ônibus bom também) por 20 soles cada, mais 2 soles da taxa do terminal, detalhe, trocamos dinheiro novamente, inclusive umas moedas de pesos que tinha sobrado. Aqui não existe casas de câmbio, são mesas que ficam do lado de fora da rodoviária com pessoas cambiando. Comemos uns negócios, compramos bananas e tchau.

Chegamos em Arequipa já tarde, umas 2 e pouco acredito eu, seguimos de táxi para a Casa da Ana, um hostel que o Lucas já havia reservado, muito bom por sinal, mas fica algumas quadras do centro. Para quem está com tempo é uma ótima escolha porque conhece o outro lado da cidade, mas se estiver corrido procure ficar no centro, pois fica próximo a tudo. Ali você come Mac a R$ 14,00 (nem curto muito, mas era uma das coisas baratas), aliás no mercado do outro lado da catedral, El Super, na praça mesmo, você compra tudo o que precisa, e é muito barato ai, o lugar mais barato da viagem toda, inclusive cervejas, Cusqueña.

 

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Trocamos mais grana, ao lado da catedral mesmo e fechamos o passei do Cañon Del Colca com a Tours Panorâmicos, do nosso amigo Luciano, esse cara é doidera, se você sentar na escadaria da catedral ele vem te oferecer o passeio e falando da Xuxa e blábláblá, gente boa o cara. Fizeram um bom preço e nos buscaram no hostel, eles fazem outros passeios também, a agência fica ao lado direito da catedral no segundo piso.

Deixamos as coisas no hostel e fomos para o centro, em nosso roteiro Arequipa era local para uma noite só, mas considerando o roteiro do Lucas e Elen com 1 dia a mais e aquele papo de companheiro, resolvemos ficar. Neste primeiro dia só andamos um pouco pelo centro observamos os vulcões e fomos descansar.

 

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Gastos do dia ($ 105,00 dólares)

Pesos 10.400,00 – táxi para Arica e taxa Tacna

Soles 40,00 – passagem para Arequipa

Soles 10,00 – bebidas e taxa Arica

Soles 10,00 – táxi para hostel em Arequipa

Soles 30,00 – lanche

Soles 16,40 – mercado

Soles 206,00 – passeio do cañon Del colca + almoço + entrada

Editado por Rodrigo Fenato
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Acompanhando... :D

Bom ter um relato de 2017, por isso vc tem o dever de continuar. hahaha

 

Eaí tudo bem ? .. :D:D:D então, vou continuar sim, mas sou mais história que dicas, então se tiver dúvida vai perguntando. Ahh vou tentar aumentar as dicas 8) . Até

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7° dia – Admirando os primos do urubu brasileiro (08/06/2017)

 

Esqueci de comentar, os gastos que fecham cada dia, são sempre de duas pessoas, eu e Arizinha.

 

Ainda de madrugada, as 3 hrs, já tínhamos levantado e estávamos esperando a van da empresa que passaria pegar a gente no hostel para visitar o Cañon del Colca, escutamos alguém andando pela rua e fomos olhar, era o guia procurando a gente, pronto lá vamos nós. Apesar de ter um clima agradável durante o dia, Arequipa é bem gelada a noite e pela manhã, assim vá meio preparado. Este passeio dura o dia todo, primeiro paramos para admirar um vulcão fumando, sim expelindo fumaça, muito massa, segundo o guia, isto ocorre quase todos os dias e neste momento fazia muito frio com muito vento, nem deu para ficar fora da van por muito tempo. No caminho paramos em um vilarejo onde os nativos cobram “propina” para tirar fotos, as mulheres utilizam trajes típicos e várias delas levam alpacas e lhamas filhotes para atrair o interesse pelas fotos, existem também águias e uma feira com artesanato, tudo muito colorido.

 

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Seguimos mais um pouco até o termas, existem umas piscinas de água quente, naturais claro, e você pode banhar por 15 soles, mas é muito frio fora, somente alguns corajosos entraram e eu morri de vontade, mas a Ariane estava meio gripada então não fui. Ali também tem tirolesa, não sei o preço, mas é bem legal. A princípio vimos um cabo de aço curto e até falei para Ari que era muito paia, mas depois vi que cruza o rio, se puder vá. Voltamos para a van rumo ao primeiro mirante.

 

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São várias paradas para se admirar o Cañon, com algumas também em pequenos quiosques de artesanato, finalizando no local onde os condors livremente flutuam entre as paredes do abismo.

 

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Não me lembro a ordem dos fatos, mas paramos em um local para provar as frutas do cactos, são duas, uma verde com poupa branca e umas sementinhas pretas, extremamente cítrica e outra tropical no último, pensa numa fruta doce e suculenta, posso ter considerado isso por estar a dias comendo só bolacha e sopa de legumes (hauhauhauhauhauah), que nada, muito boa mesmo, e depois da degustação fomos almoçar.

Como já havíamos pago o almoço antecipado eu estava pronto para detonar, mas, mas nada, detonei mesmo, tinha todo tipo de rango, só não entrei firme na carne, até porque não sou muito fã, mas o cheiro era muito forte, depois ainda tinha uns doces. Cuidado com a bebida, não está inclusa.

Voltamos para a cidade já era 5 hrs da tarde, comemos lanche e eu e a Ari fomos andar um pouco pelo comércio, aproveitamos para comprar passagem para Cusco (empresa Outursa – antes de comprar leia o próximo dia) e continuamos a andar tinha uns cassinos, bebidas e a vida noturna começou a aflorar diante de nossos olhos, mas, não embalamos nela, voltamos pro hostel e descansamos.

 

Gastos do dia ($ 65,00 dólares)

Soles 16,00 – bebidas

Soles 30,00 – lanche

Soles 144,00 – passagens para Cusco

Soles 24,90 – compras no centro

Soles 11,00 – mercado e propinas no Cañon

 

 

8° dia – O faz nada cansativo (09/06/2017)

 

Acordamos para o última dia na companhia de nosso grandes amigos, Lucas e Elen (que seguiriam ruma a Lima), depois de uma ótima noite de descanso. Tiramos este dia para conhecer a cidade, então tomamos café frente ao vulcão Misti, no hostel mesmo e fomos andar. A cidade é muito bacana, mas conhecer tudo a pé cansa muito, existem ônibus panorâmicos que te levam por toda parte, mas como estávamos economizando, riscamos o chão na bota. Neste dia teve até um atrito entre eu e a Ari, porque como andamos muito ficamos cansados e mau humorados, lembro que ficamos até tarde na rua e eu estava apenas de camisa e shorts, então passei um frio danado quando o sol se foi. Aí outro dilema pro casal, como faríamos Machu Piccho.

Li em alguns lugares que não compensa comprar em Arequipa, mas como seria somente eu e ela dali para frente, fiquei meio assombrando e pensei em pegar tipo um pacote que custava 350 soles e incluía entrada para MP, van de ida e volta até a hidrelétrica, almoço, jantar, café da manhã e hostel, mas como a Ari queria passear de trem, depois de uma leve briga, decidi ir por ela e daí já viu né, deu tudo certo (hauhauhauhauhuah).

Antecipando um pouco o próximo dia, descrevo como daria para ser feito o passeio. Só existem duas formas de ir até Machu Picchu, de carro (van) ou trem, a van sai 8 da manhã, existem muitas vans no centro de Cusco que fazem o trajeto, isso leva cerca de 7 horas com parada para almoço e chegada na hidroelétrica por volta das 15 hrs. Deste ponto até Águas Calientes (Machu Picchu Pueblo) são 16 km, que podem ser feitos a pé, bem de boa, o clima é tropical, subida leve, quase plano (se optar assim, leve só o necessário na mochila para não complicar), pouco mais de 2 horas de caminhada com muita gente junto, geralmente mochileiros vão a pé. Já quem escolher o trem terá que desembolsar $ 32,00 (dólares) por pessoa.

No outro dia, para subir a montanha você também pode ir a pé ou de van, a van sai por $ 24,00 (só não lembro se são 24 dólares pelos dois trechos, ida e volta, ou $ 24 cada trecho), e a pé custa o esforço, é uma subida em degraus, isso, somente degraus, bem sugado mas nada impossível, longe disso. Depois de Águas Calientes para hidrelétrica você deve ir a pé (atente-se aos horários de saída das vans) ou voltar no trem, mais $32,00, e ao chegar a hidro você pega a van para mais 7 hrs até Cusco.

Muitas pessoas fazem o passeio do Vale Sagrado um dia antes de ir para MP, que sai de Cusco e volta para Cusco, porém as pessoas costumam parar em um vilarejo bem bacana chamado Ollantaytambo (também existem ruínas aqui) antes de retornar a cidade, posam ali e no outro dia seguem para MP de trem. Para quem decidir fazer este trajeto, compre a passagem de trem com muita antecedência, 10 anos se possível (huahuahauhauha).

Existem duas companhias, Peru Rail e Inca Rail, havendo diferença gritante nas tarifas, me lembro de ter visto a mais barata por $ 62,00 (dólares por pessoa) na Inca, e a mais cara $ 116,00 na Peru, este trecho leva apenas uma hora e quarenta minutos.

 

Gastos do dia ($ 87,00 dólares)

Soles 229,00 – duas noites no hostel

Soles 40,00 – refeições, sorvete, água

 

 

9° dia – O ápice, Machu Picchu (10/06/2017)

 

 

Depois do pior trecho da viagem, e olha que teve coisa ruim, digo pior porque o ônibus parecia que ia tombar a cada curva, de verdade, apesar de ter tido comida a bordo, o motorista foi tenso, cheguei a falar para Ari que ia dormir para caso capotasse aquilo lá eu morresse dormindo, fiquei com estômago ruim e tudo, coisa feia, mas vamos lá. Chegamos na rodoviárias de Cusco umas 6:30 da manhã e já veio um cara querendo vender as paradas, lembrando que acabamos não comprando nada adiantado, tive que dar um migué no cara para escapar, corremos para fora do terminal e pegamos um táxi até a Plaza de Armas, e no caminho fui tirando umas dúvidas com o taxista, que gente boa demais, explicou algumas coisas e deixou a gente perto de uma rua com hostels. Pensamos em ficar 1 dia em Cusco para conhecer a cidade e no segundo dia ir para MP, mas a Ari falou para irmos já no primeiro dia, por que se algo de errado acontecesse, dava para gente ajustar o roteiro, lembrando que já tínhamos passagem de volta para casa dia 16/06. Assim, descemos do táxi e fomos correndo encontrar um hostel, como estávamos atrasados já, entramos no primeiro (Puma’s Inn, Calle Marques, 230, era bem localizado, mas bem antigo e não muito barato), não pesquisamos nada, apenas pedimos para o menino da recepção uma ajuda para encontrar a van enquanto deixávamos as mochilas num quartinho. Lá mesmo nos trocamos e descemos, neste momento uma mulher quis falar comigo por telefone em espanhol, eu não entendia muito, mas pelo visto ela queria me vender o tal pacote, desliguei e voltei a falar com o recepcionista. Combinamos em pagar uma diária, a do dia seguinte e ele não nos cobrou a malas que ficaram lá, então saímos correndo rumo ao Ministério da Cultura, que fica na rua de trás do hostel, para comprar as entrada de MP, compramos e voltamos para o hostel onde uma mulher já estava esperando a gente com a passagem da van.

Entramos na van, para variar sem dinheiro trocado, um cara que estava do meu lado me ofereceu dinheiro emprestado, tipo, nunca vi o cara antes e ele não falava português, não sei como percebeu, mas ofereceu a grana, o nome dele Brici (um francês, filho de africana que mora no Uruguai, vou achar uma foto dele depois), pensa num cara gente boa, pacífico demais, quando falamos que éramos brasileiros ele já saco uma bandeira do Brasil de dentro da mochila e viramos amigos. O cara compartilhou folhas de coca e uma planta que você esfrega na mão e depois cheira, tipo eucalipto, para aliviar vias nasais, e nós bolacha de água e sal (huahuahuahuahauhauh). A van fez uma parada no pé da serra para tomarmos chá de coca e comprarmos comidas, compramos banana e mais balas de coca, apesar de já não sentir efeitos da altitude, acho que é aclimatação.

Paramos para comer num lugar muito bacana também, com comida muito boa, só não lembro nome da cidade, algo como Santa Tereza e então continuamos a viagem. A estrada é muito louca, são curvas extremas o tempo todo, no pé da subida então nem se fala, existe asfalto em boa parte do trecho, mas depois acaba e o passeio continua com você a beira dos penhascos só admirando a paisagem, quanto ao medo, eu não tenho, mas para quem tem o conselho é esquecer a estrada para não morrer de ansiedade.

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O Brici

Chegamos na hidrelétrica perto das 15 hrs e seguimos a pé, visto que o Brici disse que também iria com a gente, foi super de boa o trecho de 16 km, com paisagens de cair o queixo. Ainda na trilha tinha uma moça parada tirando foto, olhei bem e (quem era ?) ... Joice, a gaúcha que conhecemos no primeiro dia no Uyuni, ele estava com seu namorado Fernando (cara de primeira, gente finíssima) e duas amigas brasileiras, uma mineira e outra brasiliense, tudo gente boa. Nesta altura o Brici já tinha vazado, pensa num cara que anda, e então eu e a Ari nos juntamos aos brasileiros e seguimos, chegando ao vilarejo ao anoitecer.

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A Joice (vermelho), Fernando e as meninas ao fundo.

Lá, como não tínhamos reserva, começamos a procurar um hostel e o pessoal seguiu para encontrar o guia deles, pois tinham comprado o pacote. Eu e a Ari entramos em 2 hostels e um já estava quase escolhido quando um cara nos ofereceu outro por 50 soles bem na rua que dava na praça, fechou, deixamos as coisas e rapidamente fomos comprar as passagens de trem, lembra que a Ari queria passear de trem, então, pensamos em fazer o trecho de volta no trem porque assim conheceríamos Ollantaytambo e ganharíamos quase 6 horas, claro que gastando muito mais, porém economizamos em um monte de coisas para isso. Vimos o preço e assustados não compramos, voltamos para o hostel tomar banho, fizemos umas contas e do nada começou uma cantoria e muito barulho, fomos na sacada do quarto e era um desfile religioso, só não sei se tem ligação com solstício que se comemora em junho (acho que foi dia 22/06, falhei em não pesquisar isso ainda), após o momento cultural, fomos comer e beber uma cerva, mas antes voltamos para a estação e compramos a passagem, inclusive encontramos o povo na praça e combinamos subir a montanha a pé (economizandooooo) logo na primeira leva, 4 da manhã.

 

Gastos do dia ($ 365,00 dólares)

Soles 10,00 – táxi

Soles 304,00 – entradas para MP

Soles 70,00 – van até hidroelétrica

Soles 14,50 – mercadinho da estrada, bananas e chás

Soles 35,00 – almoço

Soles 50,00 – hostel

Soles 8,00 – banheiro, água, bolachas e fruta

$ 196,00 – passagem de trem águas Calientes/Ollantaytambo

 

10° dia – Machu Picchu, agora sim (11/06/2017)

 

Esqueci de mencionar, mas estávamos sem internet, pois um cabo havia se rompido e em Água Calientes só uma empresa fornece internet, portanto, só pombo correio, outra coisa que esqueci de mencionar é que o recepcionista do hostel que fez a estada por 50 soles se chamava Rodrigo, meu chará, e ele tinha nos dito que a portaria ficaria aberta durante todo o dia, inclusive que nos acordaria as 4 da manhã, aí questionei quando ele dormia e ele me disse que só quando dava (hauhauhauhaha). Claro que não deixamos por conta do meu chará, as 4 já estávamos prontos, como levamos apenas mochilas de ataque, não deixaríamos nada no hostel.

Descemos na recepção e, cadê o maluco ? 

Não tinha ninguém e a porta de vidro que dava para rua estava trancada, então bateu um desespero e a Ari começou a tocar aquelas campainhas de balcão, falei para ela parar pois ia acordar o povo todo, então começamos a testar as chaves que estavam nas gavetas, mexemos em tudo, inclusive tinha bastante dinheiro lá, sorte que papai me ensinou direitinho o certo e o errado (hauhauhauhauahuauha), enquanto testávamos as chaves as meninas com quem havíamos combinado a subida passaram na frente do hostel e viram nós dois lá, pronto a saga ganhou mais duas pessoas, eu até pedi para elas irem, mas não aceitaram e deram ideia da gente pular da sacada do primeiro andar, subimos lá e a Ari ficou meio assombrada, com receio de se machucar, nesse momento o ilustre Rodrigo apareceu, bêbado feito um gambá dizendo “sorry, sorry, sorry” (huahuahuahuahuaha), então abriu a porta e saímos correndo.

A Joice e o Fernando estavam esperando a gente, então seguimos até a primeira fila do dia, as portas da trilha só abrem as 5 da matina, mas forma-se grande fila, então ficamos esperando um pouco e assim que abriu a grande tropa começou a subir os degraus, estava garoando, mas o clima era tranquilo. A subida é nervosa e dura quase 2 horas, só dá o povo parando nas viradas, são escadas quase que em zigue-zague, mas fortemente decididos continuamos, até que escutei um grito “_ Rodrigo”, olhei e era o Brici, que passou pela gente e só deixou o rastro. Quem tem mais preparo vai subindo sem parar, mas a maioria vai dando um tempo. Dica, leve banana, água, castanhas, barra de cereal, coisas fáceis de comer, lá em cima o povo vende alguns quitutes, mas não é muito barato, outro detalhe é sair cedo, caso você não tenha tempo essa acaba sendo a melhor escolha, o sol nascendo é difícil ver devido ao nevoeiro, mas quando abre lá em cima é de rachar, então a parte da manhã acaba sendo mais gostosa.

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Chegamos no portão de entrada e já tinha muita gente (pelo amor heim, não esqueça o bilhete da entrada), fizemos uma bagunça, fiz um coro de vozes americanas, porque basta pedir um olá para o Brasil que vira um griteiro só. O Nicola havia me dito que era bom pegar um guia, porque caso contrário você não entende nada, são apenas rochas. Considerando que o povo que a estava com a gente tinha guia contratado por conta do pacote que compraram, eu e a Ari colamos na galera, mas começou a ficar chato, aí falamos para o guia que seguiríamos o grupo (claro que íamos pagar), mas o sanguinário mando o papo reto, “se não paga não pode”. Daí como um bom ser do sexo feminino, a Ari pagou para outro, mas não pagou para o guia deles, e então nos perdemos da galera. Para quem não pegar o pacote com guia, tem um monte lá na entrada, inclusive você pode beirar algum grupo pequeno e pedir para seguir, paga e boa.

Após uma volta completa pelas ruínas, com as explicações do guia, que realmente faz diferença, passando 11 da manhã, resolvemos descer, pois o trem que compramos era para as 2:45 da tarde e o caminho era árduo. Um detalhe é que nas ruínas existem caminhos que você só vai, então pode ser que você tenha que sair do parque e entrar de novo, você pode fazer isso de boa. O nosso guia só deu uma falhada e passou direto por uma subida a esqueda bem no começo, então tivemos que voltar (Dica: preste atenção no novo sistema de compra do bilhete, não me aprofundei, mas pelo que vi você terá que escolher o turno da visita, isso você encontra no site de MP, e não se esqueça de levar o passaporte para carimbar lá em cima)

 

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Compramos uma água e descemos, me lembro que no fim da trilha minha perna tremia, então chegando de volta no vilarejo, tinha dois caras e uma menina com mochilas, mas fora de hora das conduções, ou seja, estavam a pé. A moça olhou para mim e perguntou “_ brasileiro ?”, então conversamos um pouco e eles, curitibanos, estavam a 5 dias caminhando em meio as trilhas incas, nos despedimos, tomamos uns hidrotônicos e batemos um x-bagunça, rachamos 1 só porque a grana tinha ido toda no bilhete do trem, a garçonete até tentou cobrar gorjeta, mas não rolou (huahuahauhuah). Sentamos em uma escada esperando o horário e até cochilamos um pouco.

Na partida do trem me senti no Titanic, era só a nata do mundo e nós dois, caipiras no último. Tomamos uma Chicha Morada, bebida a base de milho, bem diferente e comemos Maís, a semente de um milho gigante torrada, mesmo gosto do piruá da pipoca (não disse que somos caipiras hauhauhuha). Era só risada, o trem realmente é bacana, teto panorâmico com desenhos pitorescos e tudo, mas não rolou open bar, nada de jogatina, a comida foi racionada e não vi dançarinas, portanto muito caro. A vantagem foi o tempo, paramos na estação de Ollanta e fomos conhecer o povoado, não deu tempo de subir as ruínas, só caminhamos um pouco mesmo, uma passagem engraçada foi a Ariane conversando com um tiozinho que estava falando sobre a cidade e do nada parou no poste na rua para fazer um pipis (hauhauahuaha), ali é meio frio, acho que por ficar entre montanhas sei lá. Tomamos uma van rumo a Cusco e nos deixaram na esquina de cima do hostel, só tomamos banho e saímos para comer. Tudo certo, não fosse a Ariane esquecer a mochila de ataque no restaurante com as coisas mais valiosas que tínhamos, eram poucas, mas estavam pagas (hauhauaua). Dica: eu sempre andava com minha blusona, porque todos os dias, mesmo que quente, ao entardecer esfria.

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Gastos do dia ($ 36,00 dólares)

Soles 40,00 – guia

Soles 12,00 – bebidas

Soles 15,00 – x-bagunça

Soles 20,00 – van para Cusco

Soles 30,00 – jantar

 

 

11° dia – Cultura, fascina os olhos (12/06/2017)

 

Cusco é muito conhecida por ser a cidade grande mais próxima das ruínas, existem muitas pequenas cidades entre, mas Cusco é um símbolo, então resolvemos provar. Acordamos e a primeira coisa foi levar algumas peças de roupa para lavanderia, depois fomos ao restaurante procurar a mochila, aliás, fomos umas 20 vezes lá, mas como estava fechado, seguimos para a praça da cidade e estava tendo uma espécie de gincana escolar, mas bem diferente da caça ao tesouro que estou acostumado. As escolas montam grupos étnicos com suas peculiaridades nas vestimentas e danças. Um grupo julgador composto pelo prefeito e outras autoridades ficam o dia todo observando, são muitos grupos, encenando guerras, disputas e oferendas, muita cor e muita música, é de arrepiar, no fim da tarde escolhem a escola vencedora.

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Como tínhamos o dia todo, andamos para conhecer a arquitetura e paramos para comer em outra praça, a Ariane estava aguada para provar o ceviche. Tem uma galeria bem bacana ao lado do hostel Puma”s Inn, compramos umas coisas ali e voltamos no restaurante (huhauahuahuhauha) procurar a bolsa e não é que a mulher havia guardado para gente. Voltamos para os desfiles e a Zé lombriga quis tomar um sorvete numa sorveteria bem diferente, fica perto do pub inglês numa das vielas da praça, fazem seu pedido na hora, como tudo era de coca, o sorvete não poderia ser diferente, depois aproveitamos para comprar a passagem para Puno, próxima cidade do nosso roteiro. Li bastante sobre esta cidade e não me parecia muito legal, mas não existe uma forma de passar direto para Copacabana na Bolívia, então compramos passagens para Puno da empresa San Luis na agência Munayta Purisunchis, fica bem de frente a catedral do outro lado da praça. Um dia antes nos disseram que um monte de empresa fazia o trajeto até Puno, mas na hora de comprar começaram a nos enrolar, então fomos nessa agência e nos fizemos de desentendido, e o cara explicou certinho como funciona, nos vendeu as passagens e ainda nos convenceu a visitar a Ilha Urus. O bacana foi que nos deu um voucher de reserva escrito a mão e disse que em Puno pela manhã alguém iria nos encontrar na rodoviária, nos bastava acreditar.

O passeio para Ilha de Urus dura só a parte da manhã, existe a outra ilha que fica mais longe, e apesar de eu não ter gostado muito, compensa conhecer porque é um mundo muito restrito e diferente, culturas e culturas.

Já no fim do dia seguimos rumo a um mercadão de rua, fica ao contrário da Plaza de Armas, se considerar nosso hostel, lá existem iguarias, vestuário e tudo mais que você procura, ali você acha tudo mesmo.

Voltamos para o hostel, onde a moça também nos deixou usar até a hora de partida, o bacana dos hostels, geralmente hotel não deixa, e fizemos amizade com outro casal de franceses com os quais havíamos tomado café da manhã, povo simples demais também, gente boa (devem pensar que todos são gente boa, mas não, logo anuncio), nos despedimos, corremos comprar mais comida para levar em um mercadinho, onde acabei comprando banana chips achando que era batatinha e saímos atrás de um táxi rumo ao terminal de buses.

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Lá chegando, tinha uma coreaninha batendo cabeça, fui ajudar ela, pensa, ela estava esquecendo de pagar a taxa de utilização do terminal, aí você roda meu amigo, então indiquei onde ela deveria ir e como num passe de mágica o Brici aparece de novo, parecia o mestre do magos, some e aparece do nada. Trocamos telefone com ele, mas não deu certo, o whatsapp é de um senhor (hauhauhauhaua), e entramos no ônibus para mais uma noite de estrada.

 

Gastos do dia ($ 172,00 dólares)

Soles 94,00 – hostel

Soles 12,00 – lavanderia

Soles 120,00 – passagens para Puno

Soles 90,00 – Ilha Urus

Soles 30,00 – ceviche

Soles 45,00 – lanche e sorvete

Soles 16,00 – gorjeta para mulher que devolveu a mochila

Soles 96,00 – objetos manufaturados, roupa, tecido, caneta, etc ...

Soles 21,00 – água, bolacha, chips de banana

Soles 17,00 – lanche

Soles 12,00 – táxi e banheiro

 

 

12° dia – Nunca cuspa no prato que já comeu (13/06/2017)

 

Chegamos em Puno antes das 6 da manhã e voltamos a bater queixo, a temperatura era de 0° graus, mas para nossa sorte um senhor passou com um papel escrito Rodrigo, assim como o dono da agência havia dito, o único detalhe era o ônibus, nos vendeu um gato por lebre, não era tão ruim, mas bem mais simples do que ele dizia. Seguimos com esse Senhor até uma agência, ali mesmo no terminal e aí sim as coisas melhoraram, tinha aquecedor e o rapaz de lá era gente boa demais, virou numa cantoria de Zezé de Camargo que só vendo (huhauahuahuahua). Aí como vi que ele era fã de música e a Ariane estava dormindo (nunca deixaria eu fazer isso), falei que eu tinha uma banda de rock que fazia muito sucesso e acabei dando um autógrafo para ele (huhauahuahuahuahuahauh).

Em frente existe uma sala na qual você pode deixar suas mochilas de graça, só fique atento com horários, porque quando voltamos o cara não estava mais lá e tivemos que esperar, outro detalhe é comprar as passagens para Copacabana caso você pretenda ir no mesmo dia, agora se for visitar a outra ilha, pode até deixar, mas recomendo já comprar independente do dia que escolher, fica no terminal também, empresa Titicaca (ônibus simples mas o melhor para este trajeto e vai sempre cheio de mochileiros). Então fomos no segundo piso tomar café, onde pedi um ovo que veio meio estranho, comi metade e encostei a outra, nisso uma moça sentou ao lado e eu a convidei para se sentar com a gente, pois tínhamos calefação. Ela pediu seu café também, uma francesa que viajava a mais de 6 meses, e enquanto esperava me perguntou se comeria o ovo, pensa num ego ferido, eu fazendo frescura para comer o bicho na hora que chegou e ela mandando para dentro frio e óleo puro, pensa num ovo uns 30 minutos parado. Mas logo esqueci, considerando que estávamos a beira do lago Titicaca com o sol nascendo, puxa muito bonito.

Aguardamos até o horário de nosso barco e enquanto isso um casal argentino veio nos cumprimentar por sermos brasileiros, estavam pro Peru procurar trabalho devido as condições de seu país.

O guia nos levou até uma van que rodou umas quadras e nos deixou na marina, entramos no barco e ficamos uns 30 minutos esperando, e como não consigo ficar quieto, fiz amizade com Lui, um francês que também estava a meses na estrada. Logo seguimos rumo a ilha Urus.

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O caminho é legal para quem não anda muito de barco, ainda mais quando se dá conta de que está no Titicaca, o guia ensina umas palavras no dialeto do povo local e escolhe uma ilha para atracar. Nela existem 4 ou 5 famílias, sendo o líder um presidente, que explica como funciona o clã, mostra como as ilhas são constituídas e depois as mulheres apresentam produtos para compra, também oferecem um passeio no barco típico deles a 5 soles (me desculpem não mencionar os nomes, não sou bom com espanhol, vou acabar escrevendo errado e algumas coisas não lembro o nome). Depois o guia leva as pessoas a um restaurante onde além das comidas e bebidas tem um carimbo para passaporte, 2 soles (hauhauhauhauhauhauah).

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Voltamos para Puno já na hora do almoço e fomos comer na rodoviária, truta com batata e arroz, o engraçado é que até na rodoviária existe a entrada, sopa de quinoa com legumes, a comida estava top de linha.

As 2 da tarde partimos para Copacabana (dica: não esqueça de trocar todas as moedas de soles antes de ir para Bolívia, porque depois dá trabalho para achar quem aceita, em Copacabana alguns lugares aceitam, cobram mais, porém é uma solução para quem esquece de trocar, outra coisa é o câmbio de dólar no terminal de Puno, o cara me passou para trás grandão, portanto calcule mais ou menos para não precisar cambiar lá) e estava bem quente essa hora, aí entra um cara chato para caramba e entrega os papéis a serem preenchidos para entrar na Bolívia (os mesmos entregues no avião ao sair do Brasil), explicando em espanhol e foda-se se você entende ou não. Um casal de Tcheco ao nosso lado estava passando apurado, me lembro também de um cara que errou no seu formulário e só conseguiu outro porque sua namorada foi esperta e pegou quando o ônibus parou para todos descerem e tirar xerox. Eles pedem para descer tirar xerox e blábláblá, por fim a Ari voltou sem fazer nada, eiiiiita, a Bolívia estava chegando de novo (e eu que dizia que não queria mais voltar ali, entenderam o porque do título deste capítulo). O ônibus para e todos descem para passar pela aduana, ali também tinha um mané que me mandou ficar na fila enquanto a Ari passava apurado com as perguntas do atendente sem entender o espanhol, em seguida todos vão a pé mesmo para o lado Boliviano, e tinha um cara de sacanagem total lá, com os braços para cima ficou olhando na minha cara, tipo eu era o próximo e ele ficou esperando outro desocupar e me chamar, repartição pública brasileira nível hard.

Aos trancos e barranco chegamos em Copacabana e e estava tentando me localizar quando o ônibus parou e entrou um cara dizendo que tinha uma promoção no hotel dele, justamente o hotel que eu havia pesquisado, Mirador. Assim acho que todos já ficaram ali mesmo, pegamos um quarto de frente para o gol (nesse caso para o Titicaca), só deixamos as coisas e fomos andar.

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Sempre que chagávamos em algum lugar, o primeiro passo era ver passagem para a outra cidade, partindo do ponto de que já sabíamos o que teria para fazer em cada destino, e assim fizemos. Se você descer a rua do hotel até o lago, e seguir para próxima quadra, vai encontrar um monte de agências que vendem a Isla de la Luna e Isla del sol, pechinchamos um pouco e conseguimos mais barato na segunda agência que paramos (barco da IntiKala), inclusive a passagem de ônibus, mas nem desconfiamos da empresa, Manco Kapac (25 bolivianos cada), a mulher da primeira agência que fomos disse que por 30 bolivianos cada iríamos para La Paz pela Titicaca, e que esta empresa era a única que faria o trecho, mas não deixou claro que seria a única empresa turística, que seja, compramos a outra aí e só dei conta no outro dia. Depois de comprar umas estatuetas, já escureceu e então jantamos num restaurante muito massa, a frente de todos os lugares são bem estranhas, feias, mas dentro era muito bacana, inclusive a comida também.

Voltamos para o hotel e um cara me pediu dinheiro no caminho, adivinha, brasileiro, falei “maluco saí de lá para dar trocado para brasileiro aqui, vai se fuder !” (huahauhauhuahuahuahua), até porque eu não tinha, tínhamos apenas umas moedas de soles que um cara aceitou em troca de água e bolacha, nessa altura as ruas estavam desertas e fazia muito frio.

 

Gastos do dia ($ 31,55 dólares)

Soles 7,50 – banheiro, propina, água e carimbo do passaporte

Soles 14,00 – café da manhã

Soles 8,00 – almoço (1 só)

Soles 40,00 – passagem para Copacabana

Bol 50,00 – passagem para La Paz

Bol 50,00 – barco para as ilhas

Bol 54,00 – jantar

Bol 18,00 – totem de pedra (presente)

$ 2,00 – propina para uns músicos

 

 

13° dia – Navegantes bolivianos !  (14/06/2017)

 

Acordamos cedo pois íamos fazer o passeio para as ilhas, então descemos na recepção do hotel para deixar a bagagem num quartinho e quem estava lá ? A baiana que encontramos no primeiro dia de viagem, Sabrina, então subimos juntos tomar café da manhã e trocar umas palavras até a hora de partirmos. Ela nos acompanhou até a marina onde pegaríamos o barco/lancha.

Achei boa as condições do transporte, mas como li em relatos, estava bem frio logo pela manhã, então ou você vai bem agasalhado para ir no piso superior ao ar livre, ou você vai dentro e fica cheirando óleo diesel, preferimos o diesel. Foram umas 2 horas navegando, primeiro deixam as pessoas que só vão visitar a Ilha del Sol, e levam aqueles que farão o passei completo na Ilha de la Luna. Ao chegar paga-se 10 bolivianos destinados a comunidade local, existe um pequeno templo lá, mas a vista do Titicaca é muito bonita, partimos de volta a primeira ilha por volta das 11:00 da manhã. Nesta primeira tem banheiro, mas pago.

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A segunda Ilha é sem dúvida mais bonita, e aqui existe uma estrutura turística com hostels (vistas nervosíssimas) e restaurantes, ahh paga-se mais 10 bol. Neste dia estava tendo festividade local e felizmente presenciamos populares com roupas típicas, muita cerveja quente, música e comida, tudo acontecendo no pátio de uma igreja em um ponto alto da ilha, tinha uma galera alterada já, inclusive um tio veio urinar onde eu e a Ari estávamos, sem frescura (hauhauhauhauhaua). É legal você subir meio rápido para dar tempo de chegar aos mirantes, devido a altitude a subida se torna cansativa e como o piloto do barco/lancha solicita retorno até as 15:00, o tempo é curto para quem não vai pernoitar lá. Entre os dias que fomos visitar, estava tendo uma briga sobre propriedade das terras do lado norte da ilha, que dizem ser mais bonito, assim só estavam levando as pessoas para conhecer a parte sul, o que não deixou de ser interessante. Lá em frente a cerimônia comemos batata frita, tinha linguiça também, mas pegamos só a batata (hauhauhu). Durante o dia o sol é bem forte, mas venta bastante. 

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Chegamos de volta a Copacabana antes das 5 da tarde, detalhe, todos os ônibus partem da ilha rumo a La Paz ás 6, então ficamos com medo de não dar tempo pois as ilhas ficam longe, mas é tranquilo. Assim fomos buscar as malas e aproveitamos para reservar algum hostel em La Paz, considerando que chegaríamos tarde lá e por ser uma cidade grande deve ter um pouco mais de cuidado. Acabamos reservando o York, onde a Sabrina havia ficado e recomendado, foi o único local que fizemos reserva adiantada durante a viagem toda. Então fomos ao ponto em que o ônibus pega a galera, considerando não haver terminal na pequena cidade.

Uma pequena concentração de turistas se formava, e eu fui perguntar para o povo com que emprese iam e para minha surpresa todas as respostas eram Titicaca, e como descrito no outro capítulo, compramos Manco Kapac, pronto comecei a ficar tenso. Neste momento tinha um cara organizando microônibus que chegavam e saíam, então fomos perguntar para ele, que pediu as passagens e foi empurrando a Ari para dentro de um qualquer lá, sem dizer para onde ia nem nada, daí começamos a discutir e tomei as passagens da mão dele, assim um princípio de confusão se instaurou e mais alguns homens chegaram perto, chamei a Ari para sairmos dali e o cara gritando dizia até nunca mais. Um pessoal de Porto Alegre veio me perguntar o que estava acontecendo e um americano também, mas como já tinha passado o perrengue, corri trocar as passagens pelo Titicaca, mas recebi a informação de que não dava, então corremos até o lugar onde compramos a passagem para questionar o desaparecimento do tal Manco Kapac. A mulher pediu para o marido ligar na empresa e voltou com passagens novas pedindo para entrarmos num ônibus verde, então subimos correndo e, o ônibus verde era destruidíssimo, detonado mesmo e tanto o condutor quanto o cobrador eram os caras que discutiram comigo, mas eu não tinha mais opção a não ser baixar a crista e entrar lá. Começamos a rir enquanto o povo entrava com sacos de batata, e outros, imagino que de tecido, coisa feia. Olhei para trás e vi um turista, apenas ele, e os caras cujo a discussão havia ocorrido só riam e gritavam LA PAZ, até que entraram mais 3 franceses. No começo fiquei preocupado, pensei que ia tomar uns tapas, mas foi de boa, o único problema além da estrada péssima e que a porta do ônibus não fechava direito, abrindo as vezes durante o caminho e o frio grande congelava as nossas pernas, pois estávamos no primeiro banco na reta da porta. Uma aventura que só se completou quando o ônibus parou, se não me engano entre as cidades de São José e São João, e os passageiros começaram a descer, era umas 10 da noite, eu não fazia ideia do que estava acontecendo, até que um colombiano gente fina, veio em mim e disse que teríamos que pegar um barco e atravessar o Titicaca enquanto o ônibus ia por uma balsa sem passageiros (huahuahuahauh), pensa, um frio bruto, local desértico, informação zero, e tudo escuro. Mas tudo aconteceu como deveria, compramos em um guichê os bilhetes, até dei a letra para os franceses, mas 1 deles, bem mané, não deu muita atenção. Dentro do barco conversamos com o turista que eu havia visto no ônibus, um inglês perdido, e com o colombiano que ao saber que éramos brasileiros disse que estava com o bilhete do Rock’n Rio comprado e que estava viajando pelo mundo, perguntei qual era o propósito e ele disse “_ Viver !”, com 23 anos de idade e muita sabedoria.

Chegando do outro lado do rio o casal de gaúcho que estava no ônibus do Titicaca veio falar com a gente, perguntar se estava dando certo e logo chegou o ônibus deles. Então despreocupado esperamos o nosso para enfim seguir rumo a La Paz. Chegamos perto da meia noite e o ônibus nos deixou do lado de fora do terminal, muito frio. A primeira vista a cidade é muito suja e feia demais, entramos no terminal para comprar passagem para Santa Cruz, onde teríamos que chegar até ao meio dia no dia seguinte (considerando que já era dia 15), horário do nosso vôo (16/06/2017).

Perguntando nos guichês, encontramos um novo problema, todos dizendo que a viagem dura cerca de 17 horas, isso seria muito, não daria tempo, pois os horários também não batiam, assim decidimos utilizar a grana de emergência para comprar passagens de avião e aproveitar o último dia em La Paz. Pegamos um táxi e fomos para o hostel, e no caminho descobri que nesse dia (15/06/2017) era feriado, tiramos algumas dúvidas na recepção do York e dormimos após um dia muito cansativo.

 

 

Gastos do dia ($ 56,00 dólares)

Bol 80,00 – hotel em Copacabana

Bol 65,00 – entradas das ilhas, comidas e bebidas lá

Bol 15,00 – lanche vegano em Copacabana

Bol 20,00 – táxi para hostel

Bol 196,00 – Hostel York

 

 

14° dia – La Paz e custo de se acordar tarde (15/06/2017)

 

Como ficamos até tarde procurando passagem, como internet ruim tive que pedir ajuda do meu irmão por whats, Acabamos não escutando o despertador no outro dia, e aí perdemos o horário. Levantamos e fomos tomar café, um ótimo café da manhã, só o quarto que era bem pequeno, sem janelas e a internet ruim, achamos caro perto de outros lugares, porém é o preço que vigora nesta cidade. Rapidamente saímos a procura de alguém que nos levasse até o Chacaltaya, e recebemos a informação de que estava tarde para o passeio, teríamos que achar algum táxi para ir, assim começamos a perguntar o valor para os taxistas, a maioria nem leva, e dois que toparam pediram 1200,00 bols e 800,00 bols, enquanto a agência cobra 20,00 cada um. Levando em conta que os taxistas ficavam com pé atrás em confirmar se iam e o preço, decidimos comprar as passagens aéreas, que não conseguimos no dia anterior e depois andar pela cidade, comprando lembranças, e assim fizemos (não conseguimos conhecer o Chacaltaya, nem fazer o down Hill – isso porque perdemos dois dias durante a viagem).

Um rapaz da agência que fica na entrada do hostel, nos indicou uma amiga que compra passagem mais baratas, agência Bolívia Pachamama, na quadra de cima do hostel, fomos lá e conseguimos a passagem para 6:00 da manhã do dia seguinte. Dica: quando estávamos indo para o hostel, perguntei ao taxista quanto ficaria a corrida para o aeroporto e ele me disse que seria 70 Bol, e não nos deu outra informação, porém um dos caras do hostel disse que se agente subisse na Ciudad Alta, o táxis caia para uns 30, mas ainda havia a opção de ônibus/van por 4 bol, que passa a todo momento, sem horário fixo na rua ao lado da praça que fica umas duas quadras descendo o hostel, serviço que para as 10 da noite. Sabendo disso e que não teríamos mais passeios a fazer, saímos conhecer a cidade e do nada no meio da rua quem aparece, ele o Bent, nos falamos um pouco e ele ainda estava meio azedo (cuidado com a comida, foram 13 dias sem nos ver e quando reencontramos o cara ainda estava mau), daí mandamos mais um monte de remédios nele, e andamos um pouco juntos, depois nos despedimos e eu e a Ari, que já tínhamos comprado as lembrancinhas, fomos conhecer o tal do bondinho, que na verdade é um teleférico utilizado como um metrô de céu (huahuahuahuahuha), são várias linhas que cortam a cidade toda, ligando a grande La Paz a Ciudad Alta, bem legal e barato, pagamos 3 Bol por trecho, e engraçado que era a conta que tínhamos, 12 Bol, nem 1 centavo a mais, e pior já era hora de pico então enfrentamos umas filinhas.

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Olha o Bent

 

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Ao retornar fomos direto ao hostel, descansamos uns minutos, pegamos as malas e fomos esperar o ônibus. Essa decisão foi um pouco complicada, pois para economizarmos teríamos que ir para o aeroporto e passar a noite lá, assim ganharíamos 1 pernoite e a grana do táxi, mas em troca teríamos que ficar a noite toda lá. Como já fizemos isso em outras ocasiões, o fizemos. Alguns minutos esperando e já apareceu uma van com aeroporto escrito no vidro, nessa cidade todas as vans tem os bairros escrito, e esse era o nosso medo de não conseguir ver qual ia para o nosso destino, mas as que vão para o aeroporto são distintas com trecho único. Demos sinal e já entramos, chegando no aeroporto umas 9:00 da noite, onde comemos e depois ficamos cochilando até no outro dia pela manhã.

 

Gastos do dia ($ 205,00 dólares)

Bol 1076,00 – passagens aéreas para Santa Cruz

Bol 72,00 – almoço e suco de laranja na rua

Bol 150,00 – lembranças e presentes

Bol 12,00 – teleférico

Bol 8,00 – van para aeroporto

Bol 50,00 – água e salgado no aeroporto

Sol 5,00 – gorjeta para uns meninos na rua

 

15°dia – Aeroportos da vida (16/06/2017)

 

 A madrugada foi tensa, porque a Ari começou a gripar e ter febre, porém ficamos deitados numa sala que tem lá até cedo quando pegamos o vôo para Cochabamba e depois para Santa Cruz (não era bem o que tínhamos comprado, mas não tínhamos opção), achei bem legal sobrevoar as montanhas cobertas de gelo, vi poucas mas achei bacana. Chegamos em Santa Cruz umas 9:30 e então voltamos a ficar sentado no aeroporto até 11:00 horário em que fizemos check in. Como era fim de semestre, tinha uma galera de estudantes brasileiros vindo para férias, nesse momento lembrei que tinha bala de coca na mochila, falei para Ari e até pensei em trazer, mas uma luz me disse, cara isso é contrabando e você vai se ferrar por pouquíssima meleca, eram apenas 4 balas, entreguei para uma moça que limpava o saguão e como uma profecia, na primeira conferência da aduana já me separaram do povo e revistaram minha mochila, inclusive a água que havia comprado ali no aeroporto mesmo, até tentei quebrar o gelo com brincadeiras, mas não rolou. Deixaram eu passar, mas na outra revista fui novamente separado e tive que abrir toda a mala, inclusive desembalar os presentes, se eu tivesse com aquelas balas tinha borrado as calças (hauhauahuahuahau) daí a moça começou a me questionar e eu respondendo numa boa, até que ela perguntou com quem eu estava e disse que com minha namorada e de longe a Ari acenou, e aí a moça me deixou passar.

Assim embarcamos para São Paulo, e de lá para Londrina onde meu cunhado nos esperava para levar-nos para casa e encerrar a grandiosa viagem que nos abriu os olhos como nenhuma outra. Tivemos alguns enroscos, e passamos muito tempo na estrada, mas se perguntar digo que faria tudo de novo, claro que em uma próxima vou considerar os erros para ganhar mais tempo, mas a essência do contato que tivemos, essa sim quero sempre manter, em qualquer parte do mundo que eu venha visitar.

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Um grande abraço a todos os leitores que tiveram paciência de chegar até o fim e desculpa se não fui tão conciso nas dicas, mas me coloco a disposição para qualquer dúvida que venham a ter.

 

Gastos do dia

Não me recordo valores, mas foram água e bobeiras para tapiar a fome, e jantar da Ari.

 

Em seguida posto um rascunho que eu havia feito para seguir, fiz quase tudo diferente, mas isso me deu tranquilidade quanto ao caso de emergência. Boa vibrações a todos.

 

Editado por Rodrigo Fenato
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Fala Rodrigo, muito massa teu relato!

 

É sempre bom ir se atualizando com as informações recentes e com viagens com menos dias e com várias coisas rolando!!

 

Pra neve eu sou brasileira mocoronga.. queria ver nevasca mas sei que estragaria metade dos passeios, não sei para o que que eu torço haha

 

Não acredito que tu não sentiu o terremoto por estar correndo? haha Que sacanagem do destino! ::lol4::

 

Não deixe de nos contar todo o resto da sua viagem!

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Fala Rodrigo, muito massa teu relato!

 

É sempre bom ir se atualizando com as informações recentes e com viagens com menos dias e com várias coisas rolando!!

 

Pra neve eu sou brasileira mocoronga.. queria ver nevasca mas sei que estragaria metade dos passeios, não sei para o que que eu torço haha

 

Não acredito que tu não sentiu o terremoto por estar correndo? haha Que sacanagem do destino! ::lol4::

 

Não deixe de nos contar todo o resto da sua viagem!

 

 

opa, pode deixar, estou tentando conseguir mais fotos e vídeos (travou meu PC com tudo nele, sem backup) e assim que conseguir posto a continuação .. Mas então, em La Paz é quase certeza que você vai ver neve se subir o Chacaltaya .. e terremotos no Chile são clássicos :D:D se por um lado foi bom que só deu uma chacoalhada por outro eu correndo na rua me dei mal .. :(:( Abraço e boas vibrações !

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  • 1 mês depois...

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