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Fala, viajante!!

 

Depois de conhecermos a badalada Cartagena, seguimos pela costa colombiana para conhecer Santa Marta, um destino que guarda ótimas surpresas, mas que nem todo viajante se arrisca a desvendar.

 

Praia e mergulho em Santa Marta

 

Era uma manhã muito chuvosa em Cartagena mas, por sorte, a chuva chegou quando já estávamos prestes a deixar a cidade. Na recepção do albergue, esperávamos pela van que nos levaria até a cidade de Santa Marta, em uma viagem de 4 horas pela qual pagamos COP 46.000 cada um. O espaço era bem apertado, mas chegamos inteiros.

 

A cidade de Santa Marta pode parecer meio confusa, por isso é mais fácil dividi-la em regiões. Ao sul fica El Rodadero, a região mais nobre, com opções de hospedagem mais caras e cuja orla possui muitas opções de restaurantes, bares e lanchonetes, sua faixa de areia é larga e atrai muitos visitantes. No miolo, e junto à costa, ficam o centro histórico e o calçadão à beira-mar – locais não muito seguros. Também na área central, porém afastado da costa, fica Mamatoco, que só conhecemos quando fomos à rodoviária – não há muito o que fazer por lá. No sentido norte, fica a área litorânea e mochileira de Taganga.

 

A van nos deixou a algumas quadras do albergue Candela y Chocolate, no centro histórico, onde passamos o primeiro dia. O atendimento é ótimo, mas as instalações são bem simples, o que pode se justificar pelo preço da diária dos dormitórios a COP 20.000.

 

Caminhamos até a orla, onde encontramos um comprido e largo calçadão e a praia bem movimentada – quase que exclusivamente por locais aproveitando e fim de semana. O pôr do sol dessa região é algo diferenciado (ele se põe no mar) e merece ser admirado, assim fizemos enquanto percorríamos o calçadão. Paramos para comer no Presto, restaurante fast food colombiano e depois fomos até a marina, onde há alguns barzinhos bacanas, como o Miko – pra onde voltamos mais tarde – que possui lounges ao ar livre e música ao vivo. É importante dizer que caminhar pela orla de Santa Marta não inspira muita segurança e as abordagens de pedintes são comuns.

 

No dia seguinte, após o café, tomamos um táxi até El Rodadero, do outro lado do morro, onde nos hospedaríamos pelos próximos dias. Mas, neste dia, apenas deixamos as bagagens e seguimos para o Parque Tayrona, onde passamos dois dias e uma noite.

 

Quando retornamos do parque já era quase de noite, e aí sim fizemos o check-in no albergue Casa del Ritmo. Um local muito agradável, com uma atmosfera bacana, bom atendimento, bons quartos e uma jacuzzi indispensável para ajudar a suportar o calor. O valor da diária nos dormitórios é de COP 30.000. Estávamos cansados e jantamos ali mesmo. Paguei COP 13.000 pela melhor lasanha de berinjela que já comi! E pra você que pretende se hospedar por lá, é bom saber que o restaurante deles é vegetariano.

 

No outro dia saímos em busca de uma operadora de mergulho. Enquanto caminhávamos pela praia, entre dezenas de vendedores de passeios, um deles foi muito gentil e disse que poderia nos levar até uma loja especializada. Foi assim que chegamos até a Tienda de Buceo El Rodadero, onde fomos muito bem atendidos. Há saídas diárias e o preço era COP 180.000, mas choramos um pouquinho e conseguimos fechar por COP 160.000 para a manhã seguinte.

 

Deixamos a loja e fechamos mais um passeio para irmos imediatamante: Playa Blanca por COP 10.000 ida e volta. A praia de El Rodadero não é ruim, mas também não nos impressionou. Por isso compramos esse passeio até uma das praias mais famosas da região. É no canto norte de El Rodadero, onde fica o píer, que saem todos os passeios. E foi lá que embarcamos. Após uns vinte minutos de navegação, a primeira parada ocorre no Acuário Rodadero, são cercados feitos no mar, junto ao costão, onde tem show de golfinhos e outros animais marinhos, o ingresso custa COP 30.000. Nenhum de nós quis assistir ao show e, para não ter que esperar outro barco, seguimos a pé (com o guia) por um lindo caminho de pedras que nos levou até a praia.

 

Diferente do que eu imaginava, no local há uma megaestrutura de restaurantes, cadeiras e barracas para atender os turistas. A parte boa é que os preços não são absurdos, havia pratos em torno de COP 15.000-20.000 e a cerveja Águila saía por COP 4.000 (quando negociada com os ambulantes).

 

A famosa Playa Blanca não é nenhum paraíso e assemelha-se muito à própria praia de El Rodadero. Mas, como o transporte é barato, vale a pena conhecer. E uma ótima maneira de curtir o dia é alugar um snorkel (ou comprar um nas lojas da cidade) e curtir a vida marinha.

 

No fim da tarde, quando chegam os últimos barcos, todos são avisados por apitos e pelos próprios guias, que retornam em busca de seus clientes.

 

Durante a noite, saímos para caminhar pela orla de Rodadero e encontrar algo para comer. Assim como no dia anterior, achamos o restaurante Presto, e não hesitamos. Depois circulamos mais um bocado, observando o movimento. Nesta orla existe policiamento mas, ainda assim, é sempre bom ter cautela, não é mesmo? Nosso passeio não se estendeu muito pois tínhamos mochila pra arrumar e mergulho na manhã seguinte.

 

Mais um dia amanhecia no Caribe colombiano e nós estávamos ansiosos para mergulhar. Liberamos o quarto, deixamos as mochilas novamente nos armários que eles disponibilizam e partimos em busca da nossa aventura. No caminho, fizemos uma pausa rápida para o café e, depois de alguns minutos, chegamos ao centro de mergulho, onde recebemos as instruções e os equipamentos. Os mergulhos da Tienda de Buceo El Rodadero são operados por um pai e seus dois filhos, todos muito gentis e cuidadosos com o que fazem.

 

Quando já estávamos prontos para embarcar, um fato nos preocupou: o barco não tinha nenhuma cobertura e isso não combinava com o sol forte daquela região – a sorte é que a roupa de neoprene nos protegeria bastante. Assim seguimos, nós, outros quatro gringos, o piloto, os instrutores e seus três cachorros.

 

A primeira parada foi na Playa Blanca, onde os gringos (que haviam adquirido o curso de mergulho) teriam seus primeiros exercícios de flutuação. Enquanto isso, nós seguimos para um naufrágio bem próximo dali. O senhor (instrutor e pai dos rapazes) nos acompanhou. Descemos por uma corda guia que nos levou diretamente ao naufrágio – que encontra-se, curiosamente, na posição de navegação, e isso é raro. Aproveitamos bastante o nosso mergulho e retornamos com segurança à superfície.

 

Assim que voltamos ao barco, partimos para pegar os outros. Enquanto aguardávamos por eles, saltamos do barco para fazer snorkel e nos refrescar. Alguns minutos depois, os gringos retornaram ao barco que, para nossa surpresa, partiu e nos deixou ali. Como era improvável terem nos abandonado, continuamos curtindo o visual marinho – mas rolou aquela apreensão. Algum tempo depois eles apareceram e nos pegaram. Percebi que o senhor já não estava no barco e perguntei-lhes o que havia acontecido e eles contaram que haviam retornado para deixá-lo, pois ele não estava se sentindo bem, mas não entramos em detalhes.

 

Nosso segundo mergulho foi na ilha de Santa Marta, aquela mesma que pudemos observar nas fotos do pôr do sol. Lá a fauna e a flora marinha são abundantes e tivemos incríveis momentos debaixo d’água.

 

Quando nossa aventura chegou ao fim, partimos diretamente ao supermercado que fica próximo ao albergue. Almoçamos por lá e aproveitamos para comprar algumas besteiras para comer durante a viagem que faríamos à noite para Bogotá.

 

Tivemos tempo suficiente para curtir a jacuzzi do albergue e, após um banho de torneira (sim, pois já havíamos liberado o quarto pela manhã), nos arrumamos e partimos de táxi até a estação rodoviária de Santa Marta (por COP 12.000).

 

Pesquisamos e pagamos COP 60.000 (70.000 se for no cartão) pela passagem para Bogotá em um ótimo ônibus semileito da Berlinave, com direito a wifi – o que foi muito útil para uma viagem que durou 18 horas.

 

Guarde as informações abaixo para a sua viagem!!

 

Van Cartagena/Santa Marta – Disponível em dois ou três horários com preços diferentes e pode-se reservar diretamente no albergue. Pagamos COP 46.000 por pessoa. A duração da viagem é de 4h, em média.

 

Albergue Candela y Chocolate – End: Calle 12, n. 3-1. Diária dormitórios COP 20.000.

 

Miko Bar – End: Carrera 1, n. 22-93 – Marina Internacional. Abre: seg/sáb 16h-3h, dom 10h-2h.

 

Albergue Casa del Ritmo – End: 18, n. 2-59 – Rodadero. Diária dormitórios COP 30.000. Quartos privativos a partir de COP 40.000.

 

Tienda de Buceo El Rodadero – End: Carrera 3, n. 8-47 – Rodadero. Loja e operadora de mergulho. Saída de barco com duas imersões COP 180.000.

 

Passeio Playa Blanca – COP 10.000 ida (passando pelo aquário) e volta. Comendo na praia: pratos por COP 15.000-20.000, cerveja por COP 4.000.

 

Acuário Rodadero – Entrada: COP 30.000. Nado com golfinhos: COP 150.000.

 

Táxi de El Rodadero / rodoviária de Santa Marta por COP 12.000.

 

Passagem Santa Marta / Bogotá – COP 60.000 (ou 70.000 se for no cartão) por um semileito com wifi da empresa Berlinave. Duração: 18 horas.

 

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O post original com fotos está no blog Viajante Inveterado: http://viajanteinveterado.com.br/praia-e-mergulho-em-santa-marta/

 

Leia todos os posts desse Mochilão pelo Peru / Equador / Colômbia: http://www.viajanteinveterado.com.br/indice-de-posts-mochilao-america-do-sul-ii/

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