Membros SamuelLand Postado Julho 25, 2017 Membros Postado Julho 25, 2017 (editado) A minha última viagem tinha sido há 18 meses e eu não consigo descrever o quanto eu tava ansioso pra conhecer Ushuaia, El Calafate e, depois que o Eduardo, Maithe e Sthéfanie resolveram se juntar a mim nessa aventura, Torres del Paine - Circuito W . Nós quatro estudamos medicina; eles na UFRGS, 2ª melhor faculdade de medicina do RS, e eu na UFCSPA, melhor faculdade do sul do Brasil. Fonte: eu mesmo . Acho que o fato de estarmos na época saturados de estudar e precisando fazer algo diferente pra renovar as energias facilitou muito que tudo acontecesse sem brigas ou discussões, como é comum ocorrer algumas vezes em viagens de grupo. Vocês irão perceber que escrevi esse relato com o máximo de detalhes possíveis, e eu fiz isso por duas causas: eu sempre me baseei em informações dos relatos de mochileiros pra planejar minhas viagens; e segundo, escrevendo dessa maneira, é muito mais fácil relembrar as sensações que eu tive ao passar por cada uma dessas cidades . Caso tu esteja interessado somente nos reviews dos hostels, eles estão ao fim do post. Os valores gastos diariamente estão no fim de cada ‘dia’, e quando eles estiverem divididos é porque eu dividi com outra pessoa o valor, quando não estiverem, é porque o valor foi gasto individualmente. Resolvi manter as moedas locais na maior parte das vezes pois seria errado realizar a conversão sendo que a taxa de câmbio varia muito. Obs: vou editar em um futuro próximo o post e adicionar as fotos restantes, dicas, informações sobre o que levei pra lá, quais roupas, quanto dinheiro, gasto total e etc… Dia 0 - Meu apartamento Foram horas e horas e mais horas de planejamento. Lendo e relendo o roteiro para evitar o estresse no momento da viagem. Um milhão de opções de voos foram testadas, e no fim optamos por ir de ônibus de POA para Montevideo e de lá pegar um avião que faria Ushuaia-El Calafate-Montevideo, terminando com mais um ônibus de volta para POA. Essa foi a opção mais barata que encontramos e o trajeto aéreo, comprado com 4 meses de antecedência, custou R$ 1402,00 pela Argentina Aerolíneas. Além disso, aqui nos dias zero, também tivemos que pagar com antecedência os acampamentos em TDP e o Minitrekking, cujos valores estão especificados abaixo e na planilha que foi feita antes de sairmos, com uma previsão de todos os gastos (ou seja, ela não contém valores atualizados depois da viagem, apenas previsões). A data escolhida para partida foi dia 01 de fevereiro de 2017. Espero que vocês gostem do meu primeiro relato, quaisquer dúvidas, fiquem a vontade para perguntar, vou ficar feliz em responder. Have fun Roteiro: 01/02 - Porto Alegre 02/02 - Montevideo 03/02 - Ushuaia 04/02 - Ushuaia - Laguna Esmeralda/Canal Beagle 05/02 - Ushuaia - Glaciar Martial 06/02 - Ushuaia - Parque Nacional Tierra del Fuego 07/02 - Ushuaia/El Calafate 08/02 - El Calafate - Minitrekking Perito Moreno 09/02 - El Calfate/Puerto Natales 10/02 - Puerto Natales 11/02 - TDP 12/02 - TDP 13/02 - TDP 14/02 - TDP 15/02 - Puerto Natales/El Calafate/Buenos Aires 16/02 - Montevideo 17/02 - Home, sweet home Dia 01 - POA O ônibus saiu de POA às 08:00 com previsão de chegada às 9:00 da manhã, sem paradas para lanche programadas. Porém ganhamos uns snacks de janta que não sabíamos que estavam inclusos, e por isso comemoramos como se não houvesse amanhã (free food ). Jogamos uma partida de fodinha (jogo com baralho espanhol bem conhecido entre o pessoal da UFRGS) até as 22:30. Os outros passageiros ficaram putos com a gente por causa do barulho e da luz, além da nossa caixinha de som, mas estávamos empolgados e felizes demais pra se importar com eles haha. Depois que eu ganhei de uma lavada de proporções bíblicas deles, fomos dormir e só acordamos no Uruguai Ônibus POA-MVD: R$ 240,00 Dia 02 - Montevideo Chegamos em Punta del Este por volta da 5:30 horário local (-1 em relação ao Brasil no verão). A estrada que liga Punta à Montevideo costeia o mar em alguns pontos e é bem bonita. Nela passamos por um morro com farol que eu fiquei curioso por conhecer, mas não encontrei o nome dele. A empresa também nos deu um lanche de café da manhã que não esperávamos; suco e uma barra de cereal (free food ). Na rodoviária de Montevideo pegamos um táxi até o hostel MVD Port. Chegando lá fomos recebidos pelo seu Luiz, recepcionista muito simpático, que nos ofereceu café da manhã de graça que incluía pão, margarina, mumu (mais conhecido como doce de leite fora do RS), leite, suco de laranja e café (free food ). Ele também abriu a recepção para deixarmos nossos mochilões até a hora de fazer check-in e pudemos ir mais leves andar pela Ciudad Vieja. Caminhamos por uns 10 minutos até chegarmos ao centro do bairro, onde encontramos o Câmbio Matriz, 1 real comprava 8.55 pesos (caminhando mais um pouco encontramos 8.75 , então vale a pena dar uma pesquisada melhor). Depois fomos ao Teatro Soles, parada clássica em Montevideo, e atravessamos a rua para conhecer o mausoléu do Artigas, que é muito bonito e resguardado por dois guardas estilo inglês que ficam imóveis um de cada lado do mausoléu, parecendo bonecos. Tirei uma foto com um deles, eu tava bem feliz, ele não parecia muito . Saindo de lá, resolvemos fazer a coisa mais turista de todas as coisas turistas: citytur de ônibus. Embarcamos nele bem em frente ao mausoléu. Andamos por todo o percurso, mas só descemos na parada 11 e tiramos algumas fotos na beira da praia , depois subimos nele de novo (tu pode subir e descer livremente em todas as paradas durante o dia que comprou a passagem, mas a maioria delas não achamos muito seguras ou movimentadas suficiente pra descermos) pra ir até o mercado público. Lá, primeiro andamos um pouco pra conhecer o lugar e ver a maneira como é feito o churrasco. Foi bastante diferente ver aquelas grelhas na vertical expostas assando todos os tipos de cortes de carne (pode me chamar de bairrista, mas o churrasco aqui do sul parece mais gostoso hahahah). Decidimos comer um pedaço de picanha acompanhado de papas e arroz na Estancia del Puerto. Não indico o lugar pois a vendedora que ficava na frente do local nos oferecendo os pratos não nos falou sobre a taxa dos cubiertos e ainda por cima disse que o prato vinha com dois acompanhamentos quando na verdade vinha com só um. Pra piorar não deram a mínima quando reclamamos disso com o dono do lugar. A pior coisa é pagar caro por um produto e não sair do lugar satisfeito ficamos bem chateados. Saindo do mercado passeamos um pouco pelos artesãos que ficam na rua e fomos agora sim fazer o check-in no hostel. Depois que largamos nossas coisas no quarto, compramos a janta da noite em um mercadinho de esquina. Tivemos a feliz ideia de tentar usar um cartão VTM muito antigo que eu e o Eduardo usamos na nossa viagem pra Bolívia em 2015 eee, funcionou! . Valeu pra economizar um pouco do prejuízo do almoço. Jantamos massa, atum e milho com um especial suco tang. Ficamos jogando fodinha, resolvendo enigmas e bebendo cerveja. Dado mais um show no fodinha por mim, fomos dormir porque amanhã iríamos pro que a gente chamava de real começo da viagem. Táxi rodoviária - Hostel: 198 pesos/4 = 49,50 UR$ Citytur: 575 UR$ Picanha com papas: 655 pesos/2 = 327,50 UR$ Pilsen 1L: 80 UR$ Janta: free! Dia 03 - Montevideo/Ushuaia Acordamos às 7 da manhã pra tomar banho, arrumar as malas e irmos pra, finalmente, Ushuaia. Tomamos o café da manhã e partimos rumo ao glorioso ônibus que nos levaria até o outro lado da cidade. A estação de ônibus ficava a cinco quadras do nosso hostel, felizmente. O aeroporto de Montevideo é muito bonito, limpo e tem free wifi que funciona bem. Chegando em Buenos aires meu saco de dormir tinha se soltado da mochila e o colchonete e bastões ficaram pendurados por um fio quase caindo , mas deu pra catar tudo na esteira. O aeroporto de BA tava lotado de gente, demoramos um pouco pra encontrar a casa de cambio de lá. Tinha uma fila enorme e só um atendente, mas como precisávamos trocar alguns reais, decidimos esperar e essa foi uma das melhores decisões que tomamos, depois eu explico porque. Eles estavam pagando 5,10 pesos cada real, muuuuito melhor que os 4,00 que encontrávamos no brasil :'> . Dia 03 em ushuaia: a paisagem do final do voo de BA-Ush é linda, melhor ainda pra quem consegue ver todas as monhtanhas rochosas com neve pela janela. Quem ficou do outro lado do avião (eu e o Virjuardo) conseguiu ver o canal do beagle e algumas montanhas também. Quem ficou pros primeiros assentos do vôo conseguiu ver o Guga que tava indo passar um tempo em Ushu com a família também . Pegamos um taxi do aeroporto até o Hostel Antartica. Infelizmente, chegando em Ush não encontramos nenhuma casa de câmbio aberta e muito menos os bancos, porque era sexta-feira 19hs. Tivemos que ir no Hotel Antartida trocar pela cotação de 1 real pra 4,80 pesos argentinos. Fato é que Ushuaia não possui casa de câmbio, portanto deveríamos ter trocado todo nosso dinheiro no aeroporto de BA por um valor muito melhor . Depois que conseguimos mais alguns pesos, fomos contratar o passeio do canal do beagle sem a pinguinera, incluso uma mini trilha pela ilha Bridge e café com biscoitos, bolacha, té e chimarrão. Optamos por fazer o passeio noturno, que na época era novidade, às 19 horas do dia 04, para podermos fazer a trilha pela Laguna Esmeralda antes dele tranquilos. Passamos então no mercado La Anonima, que fica a uns 2 minutos a pé do Antárctica, para comprar a janta e os lanches do dia seguinte. Voltamos pro hostel e o nosso quarto tava com um fedorão de cheetos porque uma mulher tinha deixado as meias molhadas secando lá dentro . Eu sei que o primeiro mandamento de um quarto coletivo é: você não mexe nas coisas das outras pessoas, não importa o que. Mas não tava dando pra aguentar, aquilo tava tóxico, insalubre, nojento e repugnante. Coloquei as meias pro lado de fora. Fomos jantar não Strogonoff que o Eduardo preparou muito bem, que homão (chupa Rodrigo Hilbert) . Nesse dia não teve jogo de cartas porque eles estavam cansados de perder, e eu tava exausto. Ônibus Ciudad Vieja - Aeroporto: 55 UR$ Táxi aeroporto - Hostel Ushu: 165 AR$ Canal do Beagle: 1 100 AR$ Mercado: 440/4 = 110 AR$ Dia 04 - Ushuaia - Laguna Esmeralda e Canal do Beagle Acordamos cedo e tomamos café da manhã com ovos, cereal, leite, café, chá quente e gelado. Pegamos um táxi com preço tabelado na calle San Martin até o início da trilha da Laguna Esmeralda (mais um erro da viagem. Com certeza deveríamos não ter pedido um preço antes da corrida e pedido pro taxista ligar o taxímetro, iria dar bem menos). Na ida pagamos 700 pesos e confiamos nele que voltaria no horário que marcamos, 17:00, pra nos pegar e receber mais 300. O tempo estava dublado/ensolarado e a trilha foi excelente . Ela é bem demarcada por plaquinhas azuis fáceis de ver. Em alguns pontos tem bastante lama, sendo difícil não entrar com o pé até o calcanhar as vezes, o que pode ser chato (se acontecer com você) e divertido (se acontecer com os outros) ao mesmo tempo. A Stefanie atolou até o joelho na ida, e o Eduardo caiu de bunda na volta, todos rimos, ele mereceu. Todo respeito do mundo por esse casal que nos proporcionou risadas nesse dia . É importante também ter uma bota impermeável pra que a água da lama não entre no calçado, mas se a tua não for impermeável não tem problema, só precisa tomar um pouco mais de cuidado. Além disso, a vista da lagoa é indescritível e supera qualquer inconveniência que um pé molhado possa causar. Levamos vários sanduíches na mochila e almoçamos na beira da lago sentados em uma das pedras costeiras. That’s life quality, baby . Na volta paramos pra tirar algumas fotos na represa construída pelos castores. É inacreditável o tamanho da represa comparada com o tamanho dos bichinhos e a quantidade de água que é represada pelo trabalho deles, são os engenheiros da patagônia, o governo brasileiro deveria contratar, seria mais barato e eficiente que o pessoal da Odebrecht. Ao terminar a trilha chegamos no estacionamento e nem sinal do táxi, mas tivemos que esperar porque chegamos às 16:20 e marcamos para as 17. Qual foi a nossa surpresa quando ele chegou as 16:30. Ao regressar da laguna fomos direto pro La anônima comprar os mantimentos para o Glaciar Martial e Parque Nacional, passeios de domingo e segunda, respectivamente, pois o La Anônima abre as 9:00 e fecha às 12:00 no domingo (sairíamos antes disso), e no dia do Parque Nacional sairíamos antes de abrir também. Feitas as compras voltamos para o hostel para descansar um pouco e tomar um chá, e logo fomos para o porto iniciar nosso passeio no canal do Beagle. Pagamos o restante do passeio (na reserva tinhamos deixado só um sinal) e fomos logo comprar nosso ticket de entrada no porto por 20 pesos. Já embarcados, o passeio começou um pouco monótono com a ilha dos pássaros (que pra mim são iguais a pinguins), mas alguns minutos depois ao chegarmos no farol já ficou melhor, pois o farol Les Eclaireurs (aquele clássico mais ao Sul do mundo), juntamente com os lobos do mar que ficam na mesma ilha que ele, são muito bonitos . Tiradas um milhão de fotos, rumamos para a ilha Bridge, onde fizemos uma pequena caminhada de 30 minutos até o topo do morro, que tinha uma linda vista do pôr do sol e de Ushuaia, que fica mais linda ainda de noite com as luzes acesas. Durante o passeio o guia também contou um pouco da história local, mas eu não entendi muito do espanhol . Durante a volta para o porto foi servido chá com biscoitos, leite e nescau. E no final foi nos oferecido um copo de líquor de café produzido artesanalmente para comemorar o sucesso do passeio. Já no Hostel, onze horas passadas, nos atracamos a cozinhar o mais rápido possível, comer, tomar banho e dormir. Eita dia puxado. Táxi ida e volta Laguna: 1 000/4 = 250 AR$ Entrada porto: 20 AR$ Mercado: 750/4 = 187,50 AR$ Dia 05 - Ushuaia - Glaciar Martial Acordamos com os nossos colegas de quarto fazendo todo o barulho possível porque estavam saindo da cidade (a gente sabe que eles estavam se vingando por causa das meias). Tomamos café da manhã às 9 horas e às 11 pegamos o táxi na calle San Martin, que nos deixou na base do Glaciar. O começo da trilha foi bastante difícil, não sei porque, mas todos nós cansamos bem rápido. Depois parece que nos adaptamos e conseguimos estabelecer um ritmo melhor. Demoramos aproximadamente 2 horas pra chegar até as primeiras áreas de gelo no verão, inclusas paradas para fotos e descanso. Lá em cima tiramos duas horas pra almoçar e dormir naquela paz, com aquela vista espetacular . Os três dormiram fácil não sei como, deitados na pedra debaixo do Sol. Eu aproveitei pra pegar a gopro emprestada e tirar um milhão de fotos, a maioria ridículas, lá de cima. Foi a primeira vez que vi neve! se é que da pra chamar aquele gelo de neve hahaha, mas pra mim tava valendo. Quando todos acordaram, fizemos uma pilha de pedras (por que os turistas fazem isso?). Eduardo e eu subimos uma pequena área de neve e descemos no esquibunda, muito infantil e divertido demais pra não ser feito :'> . Na descida de volta pra base fomos por uma trilhazinha que leva ao antigo teleférico (que não funciona mais tem um bom tempo). Eu indico fazer essa trilha porque tem umas árvores bem bonitas no meio do caminho, mas a estação do teleférico em si não tem nada de mais. No final do passeio resolvemos nos presentear com um vinho na cafeteria do lugar que tem um teor alcoólico absurdo. Eu indico esse vinho. Ficamos bêbados, demos risada por nada, life quality . Pegamos um dos vários táxis que ficam lá na frente e voltamos ao hostel cozinhar um carreteiro especial. Antes de dormir ainda resolvemos finalmente experimentar o chopp e cervejas tradicionais da Patagônia que o hostel vende, mas não gostamos de nenhum hahaha, somos #TeamPilsen. Jogamos Escova e Imagem e Ação e fomos dormir, porque no próximo dia íamos ter que madrugar muito pra entrar sem pagar (olha a indiada que se segue) no Parque Nacional. (eu ganhei a escova e o imagem e ação, claro) Táxi hostel - base glaciar: 175/4 = 43,75 AR$ Taça de vinho: 50 AR$ Táxi base glaciar - hostel: 183/4 = 45,75 AR$ 2 x 50 chopp beagle = 100AR$/4 = 25 AR$ Cerveja 1L = 130/4 = 32,50 AR$ Dia 06 - Ushuaia - Parque Nacional Tierra del Fuego Acordamos muito cedo pra tentarmos entrar de graça no parque. A ideia era que se chegássemos antes das 8 a entrada seria gratuita (informalmente). Tomamos café as 6:30 e fomos pra calle San Martin tomar o táxi. Chegamos às 7:45 mas como os funcionários já estavam lá para fazer a cobrança, tivemos que pagar . No fim isso acabou não sendo tão ruim porque só depois de pagar pudemos pegar o mapa que nos ajudou muito a não se perder no parque. Pra piorar, eu esqueci meu passaporte pra pegar o tradicional carimbo do fim do mundo que cabeça besta a minha. Começou a chover e nós naquele momento estávamos com frio, cansados, brabos porque tivemos que pagar a entrada e a Téfi ainda tava resfriada, o que resultou no pior dia da viagem até agora e o mais difícil também. Começamos fazendo a trilha que eu esqueci o nome (maldita cabeça besta [2]), que foi um saco porque no caminho inteiro só conseguimos ver algumas árvores altas e outras caídas . No fim dessa trilha chegamos ao correio mais austral do mundo, que é basicamente uma lojinha muito bonita na beira de um lago muito bonito. O carimbo de lá custa 50 pesos, mas não pegamos, já estávamos satisfeitos com o carimbo da entrada. Tiramos algumas fotos clássicas na frente do correio e seguimos para a Trilha Costeira. Ela é tão bonita quanto todos os outros relatos descrevem, foi uma pena que o dia estivesse tão ruim quanto estava. Além disso, eu considerei ela um pouco difícil porque tem muitas subidas e descidas, o que faz com que os 8km estimados pelas placas pareçam 260. A trilha terminou em um paradouro, onde tomamos um merecido e bom chocolate quente e fomos xingados por termos trazido comida de fora pra consumir lá (não pode ). Desse paradouro saem as vans para Ushuaia, que foi a única opção que encontramos para sair de lá sem precisar caminhar até a entrada de novo. Assim que sentamos na van, dormimos instantaneamente. Mais ou menos uma hora depois estávamos descendo no porto de Ushuaia. Voltamos ao hostel, tomamos banho e fomos pra mais um programa clássico da cidade: Irish Pub. Tem um excelente ambiente, quente e bem decorado, garçons educados. Pedimos de começo uma cerveja alemã que não anotei o nome (maldita cabeça besta 3) muito boa, e depois 5 chopps beagle 400mL - rojo, negro e rubia. O negro é o mais forte e achei ruim, a rubia é mais fraca e o rojo um meio termo. Pra comer pedimos duas saudosas pizzas sabor pepperoni e napolitana, que alimentaram 4 pessoas bem, mas não nos acabamos comendo (como poderia também, a Maithê é um saco sem fundo ). As reclamações do lugar ficam por conta do gerente/dono que nos mandou embora porque estávamos só bebendo e tinha gente na fila esperando pra comer (eu entendo o lado dele em nos pedir isso, mas foi a maneira deseducada como ele falou que incomodou). Os outro pontos negativos são que quando a casa lota os garçons não dão conta de atender todo mundo, e que na hora de pagar a conta tínhamos duas cervejas a mais na nossa comanda, mas foi só reclamar com o garçom e resolvemos isso sem complicações. Voltando pro hostel jogamos imagem e açao e eu finalmente perdi um jogo pra esses virjões . Bebemos 2 pints de beagle rojo e uma caixinha de água mineral do degelo glaciar (era o que dizia a embalagem ao menos) e desmaiamos na cama Táxi calle San Martin - Parque Nacional: 186/4 = 46,50 AR$ Chocolate quente: 60 AR$ Van Parque Nacional - Porto Ushuaia: 200 AR$ Cerveja alemã 500mL: 100 AR$ Chopp Beagle 400mL: 75 AR$ (só tomei um) Pizzas: 2 x 130/4 = 65 AR$ Pint Beagle Rojo (no hostel): 2 x 50/4 = 25 AR$ Água del Glaciar: 20/4 = 5 AR$ Dia 07 - Último dia em Ushuaia - El Calafate Acordamos mais tarde porque recebemos no email que nosso voo das 14 horas tinha sido adiado pras 17 \o/. Pegamos nossas roupas que deixamos lavando no hostel e fomos fazer check-out. Fomos trocar dinheiro nos bancos locais (que só compram/vendem entre 10-15 horas) e óbvio que eles não aceitavam real, somente dólar. Mais uma vez nosso amigo Jackie Chan do hotel Antardida nos salvou a pele . Ainda tivemos tempo de passar no Hard Rock pra tirar algumas fotos, nas lojinhas de souvenir e de pegar o chocolate quente brinde do canal do Beagle antes de irmos pro Museu del fin del Mundo (vocês acharam que a gente não ia conhecer o presídio né? ). O museu foi bastante legal e tranquilo, ficamos cerca de 1 hora por lá e conhecemos tudo com bastante calma. A atendente do caixa fez o preço de estudante pra gente mesmo que não tenhamos conseguido comprovar. É impressionante as coisas que alguns dos presos conseguiam produzir nas celas, produtos artesanais extremamente bem detalhados que eram encomendados pela diretoria do presídio. O corredor que foi mantido em suas condições originais é definitivamente a melhor parte, e a gente consegue compreender bem pelo que passaram os presidiários na época. Depois do museu, infelizmente chegou a hora de dizer tchau pra Ushuaia, uma cidadezinha maravilhosa que vale a pena ser conhecida por todo mundo que tem condições, até o Guga concorda. Tiramos uma foto com a bandeira do Brasil do hostel e agradecemos o carinho da staff do Antártica, que tá de parabéns. Pontuais que só nós, chegamos atrasados pra fazer check-in no aeroporto e pra piorar resolveram implicar com nossos bastões do lado de fora da mochila e pediram pra colocarmos dentro. No fim deu tudo certo, os atendentes só queriam rir dos troxão que chegaram atrasados eu acho... Em El Calafate não sei o que me deu e eu não fiz anotações (maldita cabeça besta [perdi as contas]). Mas lembro que fomos de van do aeroporto até a cidade e chegamos a tempo de fazer check-in, ir em um mercado no centrinho e comprar comida. Lavanderia Hostel: 120 AR$ Museu (preço de estudante): 150 AR$ Táxi hostel - aeroporto Ushu: 150/4 = 37,50 AR$ Van aeroporto EC - Hostel Glaciar Pioneros: 160 AR$ Mercado EC: ??? Dia 08 - El Calafate - Perito Moreno Acordamos muy temprano, comemos nossos sanduíches (foi muito ruim abandonar o café da manhã do Antártica pra fazermos nosso próprio hahaha) e esperamos a van da Hyelo y Aventura, que nos levaria até o Perito Moreno pra fazermos o mini trekking . A van nos levou a um ponto de encontro na cidade onde entramos o ônibus da empresa e fomos pro parque dos glaciares. Mais ou menos uma hora e meia depois estávamos dando entrada no parque, a qual só pode ser paga em dinheiro vivo e em moeda local (um dos passageiros teve problema porque tava só com o cartão de crédito. Não sei como ele fez, mas não foi barato). Fomos conduzidos para o catamarã, que nos levou rio adentro em direção à geleira e 20 minutos depois desembarcamos nas cabanas da HyA. Fomos divididos em hispanohablantes e english speakers, não sei porque também, nosso grupo só tinha brasileiros praticamente. Nos deram as instruções básicas: Usem luvas sempre. Usem luvas sempre. Usem luvas sempre. O gelo é abrasivo/cortante, e caso tu te desequilibre pode cortar feio as mãos em um local a um catamarã de distância de atendimento médico básico. Ao subir tente formar um V com os pés, posição que evita deslizamentos; distância mínima de 20 centímetros dos teus companheiros para que os crampões não enganchem um no outro. O resto das instruções nesse começo de trilha é bom senso: não corra, não pule, não tire fotos andando (embora eu tenha feito isso porque djo soy rebelde), avise se estiver sentindo algum desconforto, não saia da trilha. Iniciada a caminhada propriamente dita, os primeiros 20 minutos são sem crampões e fora do gelo. Depois desse tempo, fazemos uma fila e os instrutores colocam os crampões na gente e andamos cerca de 200m com eles na terra para adaptação. Seguindo para o gelo, caminhamos por cerca de 1,5horas em filas por trilhas demarcadas dando voltas no mesmo espaço da geleira (não adentramos muito fundo na geleira conforme eu pensava). Eles deixam fazermos algumas paradas no percurso para tirarmos fotos e beber água do degelo em uns mini riozinhos que tem por lá com a água incrivelmente azul. No fim da trilha oferecem o pior uísque do mundo e uns bombons. Os fortes beberam aquele negócio que desce queimando, eu preferi só a água mesmo . Voltando ao ponto de início, nós mesmos tiramos nossos crampões e somos liberados pra fica cerca de 1 hora livres na área sem gelo pra tirarmos fotos com o Perito Moreno no fundo. Depois pegamos o Catamarã de novo e nos levam para a área das plataformas de observação. Nas plataformas temos mais 1 hora para circular, mas infelizmente isso não é suficiente para conhecermos todos elas, então escolhemos somente a que nos indicaram e que pareceu ser a mais popular - a amarela, onde todo mundo fica esperando um desprendimento de gelo grande, afinal nessa hora ninguém pensa em aquecimento global e etc, a gente quer é emoção haha, porém vimos somente uns pequenos, que mesmo assim fizeram um barulho semelhante a um trovão quando caíram na água . Terminado nosso tempo ali, voltamos ao ônibus para El Calafate. Andar na geleira foi uma experiência única e que com certeza vale o valor (que é bem elevado por sinal), mas se o dinheiro estiver curto, conhecer as passarelas também é muito, muito, mas muito legal. Várias empresas na rodoviária de Calafate fazem o transporte desde o centro até o parque, mas só a HyA tem permissão pra andar sobre o Perito. Ah, já ia esquecer de dizer que no ônibus da HyA eu encontrei um cara com a camiseta da minha faculdade e acabei descobrindo que ele iria ser meu professor de cirurgia pediátrica esse ano , brasileiro tá em tudo que é canto mesmo. Já no centro da cidade, passamos em uma das várias lojas de souvenir que tem por lá, e depois fomos conhecer um dos pratos mais típicos da região: o cordeiro patagônico. Pedimos dois cordeiros acompanhados de papas fritas e estava absolutamente maravilhoso, isso que eu não sou muito fã de cordeiro. Para melhorar, os donos do restaurante ainda aceitavam pagamento em reais e davam o troco em pesos, então conseguimos trocar um pouco de dinheiro (El Calafate também não tem casa de câmbio e nem Jackie Chan salvador das pátrias). Voltamos pro hostel pra jogarmos nossas partidas clássicas de Fodinha e Escova, e não preciso dizer quem ganhou, o pai . Os três foram dormir e eu fiquei um pouco mais curtindo o hostel, bebendo quilmes e escrevendo o relato. Minitreking: 2 400 AR$ Entrada parque Los Glaciares(moradores do mercosul): 250 AR$ Cordeiro Patagônico no restaurante Casimiro Biguá: 440/2 = 220 AR$ Meia porção de papas + refrigerante: 130 AR$ Quilmes 1L: 65 AR$ Dia 09 - El Calafate - Puerto Natales Acordamos às 06:00, nos sepillamos, fizemos checkout correndo no Hostel e fomos com pressa para a rodoviária carregando os mochilões (até agora não tínhamos caminhado quase nada com o mochilão nas costas). Até que não foi difícil, apesar daquela escada super íngreme e grande que conecta a rodoviária ao centro de Calafate (aaah se na época que eu tava escrevendo esse relato eu soubesse o que me aguardava em Torres del Paine ). Fomos no terminal retirar nossos tickets e pagar a taxa rodoviária. Recebemos também o formulário de imigração pra irmos preenchendo no ônibus. Calafate com certeza vai deixar saudades. A cidade é muito linda, organizada e limpa, bastante semelhante a Gramado aqui no Rio Grande do Sul. Tem várias casas pequenas porém muito bem arrumadas, sem muitas cercas e portões, um padrão bem diferente do encontrado aqui no Brasil. Espero um dia voltar pra fazer todos os outros pa$$eio$ de lá e tirar um tempo pra conhecer também a laguna, que não tivemos tempo de visitar. Nossa primeira parada na viagem até o Chile foi na imigração argentina, pra darmos saída no país, bem rápida. A segunda foi para dar entrada no Chile e essa sim demorou 1 hora. Eles revistaram o ônibus com cachorros e por algum motivo não deixaram ninguém entrar com frutas e verduras no país. Várias pessoas tiveram que jogar fora/comer apressadas bananas, bergamotas e etc. Saímos por volta das 8:00 e chegamos às 14:00 em Puerto Natales. Aproveitamos e já compramos o ônibus ida e volta para TDP, que pagamos em reais (o que foi uma mão na roda, porque não tínhamos pesos chilenos conosco naquela hora). Fomos a pé até o Hostel Lilipatagônicos, cerca de 20 minutos caminhando. Assim que fizemos check-in, trocamos nosso dinheiro em um bazar que também funcionava como casa de câmbio na rua principal, perto do mercado. 1 real comprava 170 pesos, mas logo depois em outro local vimos 1:180, também na rua principal. Fomos ao mercado comprar os alimentos que levaríamos na trilha: chocolates, biscoitos, arroz, massa, purê em pó, manteiga, sopa em pó, café, açúcar, sal, comida pra nossa janta da noite e botijões de gás. Voltamos pro hostel e começamos a arrumar nossas mochilas, dividindo os alimentos e selecionando o que iríamos deixar pra trás e o que levaríamos. Também alugamos no hostel (a maioria dos hostels de PN tem equipamentos para alugar) o que precisaríamos: um fogareiro, panelas, colchonetes, canequinha, copos, pratos e, claro, a barraca para 4 pessoas. Não fazíamos a menor ideia de como montar uma barraca, felizmente a recepcionista nos explicou e meio que entendemos, mas só amanhã pra descobrirmos de fato . Nosso colega de quarto nos viu olhando a demonstração da recepcionista de montagem e disse que era visível que nunca tínhamos feito aquilo . Cozinhamos strogonoff (tava espetacular), fizemos uns enigmas e jogamos fodinha (eu ganhei). Dormimos tarde, a meia noite, porém animados pro dia seguinte (Nesse dia não tem foto ) Ônibus EC - PN: ???? Taxa rodoviária: 10 AR$ Ônibus ida e volta PN - TDP: 13 000 CHI$ (pagamos 75 R$) Mercado: 48 000/4 = 12 000 CHI$ Botijões gás: 2 x 8 000/4 = 4 000 CHI$ Editado Agosto 6, 2017 por Visitante Citar
Membros SamuelLand Postado Agosto 6, 2017 Autor Membros Postado Agosto 6, 2017 A partir daqui começa o relato do Circuito W. Caso tu não esteja familiarizado com Torres del Paine, eu te sugiro que tu leia um pouco aqui primeiro http://vamospraonde.com/entenda-torres-del-paine/ ou que acompanhe nosso percurso por meio desse mapa: http://www.torres-del-paine.org/images/photos/tc0034-torres-del-paine.org-map-on-page-a.png Dia 10 - Torres del Paine (!!!) - Camping Central Acordamos as 6 horas com um vento do caramba e o tempo fechado (que droga ). Tomamos um café da manhã reforçado e pedimos pra balconista chamar o táxi. Como chovia, resolvi alugar uma calça impermeável que logo eu descobriria que deixava a água passar, mas que bela bosta ( ). Chegando na proximidade da rodoviária pudemos ver a quantidade absurda de gente que vai pra TDP todos os dias e ficamos felizes por já termos comprado as passagens. Já no parque, a primeira coisa que temos que fazer é comprar o ticket de ingresso, a segunda é dar a entrada no parque (check in) e é aqui que eles perguntam se tu tem reserva pra todas as noites, mas eles não conferem nada, simplesmente ‘confiam’ no visitante. Depois nos levam pra uma salinha onde assistimos um vídeo sobre não colocar fogo no mato e não deixar lixo no chão (bom senso/não-seja-um-idiota.mp3). Feito isso, ficamos por nossa conta, livres, meio perdidos sem saber direito pra onde ir . Inicialmente nos ofereceram o ônibus que leva desde Laguna Amarga ao Acampamento Central por 3 000 pesos, mas resolvemos ir andando pela estrada porque money que é good nóis num have. São 7km da entrada até o Central com o mochilão no auge da sua obesidade cheio de comida nas costas. Não preciso dizer que essa largada foi difícil pra nós meros mortais virjões. Na metade do caminho um ônibus ofereceu carona por 1 000 pesos e eu admito que teria aceitado fácil, por sorte o duds, téfi e maithê foram mais decididos que eu e negaram . A vista da trilha é bonita, mas não é imperdível nem inesquecível, eu recomendo o ônibus se tienes plata. Chegando no camping é difícil encontrar a recepção por ser uma cabaninha 2x2m, e eles também não fazer muita questão de serem encontrados. Armamos acampamento onde achamos mais conveniente e depois fui fazer o check-in, onde eles nos dão uma etiqueta pra colar na barraca e indicar que já tínhamos pago (a maioria das barracas não tinha etiqueta coisa nenhuma). No check-in também descobrimos que o lugar permitido pra fazer fogo é em cima das mesas de piquenique que ficam espalhadas pelo camping, e que utilizar algumas pedras pra proteger do vento é uma boa ideia pra evitar que as panelas se desequilibrem do fogareiro. Cozinhamos 200g de massa por pessoa e dois sachês de molho de carne prontos pro almoço e fomos reto dormir depois disso (eu sei, eu sei, vocês devem estar pensando "meu deus eles foram pra lá pra ficar dormindo no meio da tarde enquanto podiam estar andando e conhecendo aquele lugar maravilhoso? pois é, agora enquanto escrevo eu também penso que desperdicei um bom tempo, mas na hora eu mal me aguentava em pé). No começo foi um pouco ruim em função da péssima qualidade dos colchonetes que alugamos no hostel (graças que eu comprei no brasil o meu e era um pouco melhor, mas não era nenhum colchão King Size), mas nos acostumamos. Acordamos e fomos fazer a janta: 4 porções de sopa instantânea com massa e carne, que estavam surpreendentemente boas, o capitão sabe cozinhar. De sobremesa pão com mumu e chá de hortelã (masolha). Fomos tomar banho, jogar mais uma partida de escova e fomos dormir. Táxi hostel - rodoviária: 1 500 CHI$ Ticket de entrada em TDP: 21 000 CHI$ Dia 11 - Camping Central (Las Torres) - Base das torres Acordamos tarde, as 7 horas, com o dia lindo, sem nuvens, vendo as torres imponentes longe no horizonte, e fomos ingênuos de pensar que o dia continuaria assim. Fomos iludidos, ludibriados, enganados pelo senhor do tempo de TDP . Tomamos de café da manhã cereal com leite e pão com mumu. Acabamos nos enrolando muito e saímos só as 9 da manhã em direção à base das torres. No hotel Las Torres, que fica próximo do acampamento, cruzamos com alguns coelhíneos . Seguindo a trilha, cruzamos algumas pontes com capacidade máxima para duas pessoas, que eu achava o máximo o auge da radicalidade e sempre que passava achava que aquilo era adrenalina pura e quase uma irresponsabilidade, mas depois eu me acostumei e pulava e balançava a porra toda com 16 pessoas cruzando e que se foda (brinks). Algumas horas caminhando morro acima e começou a ventar muito, e o vento não dava trégua, caralho. Em um ponto da estrada estávamos na beira de um precipício e o vento estava tão forte que tivemos que parar um pouco e se encostar no barranco, eu juro que vi uma vaca voando tipo naquele filme twister sabe?. Não somente a gente, mas todas as outras pessoas da trilha fizeram isso, inclusive uma mulher começou a chorar . Passado esse momento de tensão, chegamos bem ao acampamento Chileno. Lá tem um barzinho onde devemos tirar os tênis pra entrar, e vendem algumas coisas ao custo de órgãos humanos em bom estado, como por exemplo uma caneca de café passado a 3 000 pesos, além de só permitir uso do banheiro mediante pagamento de 500 pesos. Descansamos um pouco ali sem consumir nada e seguimos a trilha, dessa vez no meio da mata, então felizmente quase não tinha vento . Cruzamos e descruzamos o rio diversas vezes, ou seja, várias pontes de capacidade máxima 2 pessoas. Chega um momento em que estamos a 500m de altitude e começa a subida até os 800m, exige bastante condicionamento físico, só um detalhe que nós tínhamos esquecido de levar. Nessa parte a trilha é praticamente só rochas ao céu aberto, o que significa que venta bastante. É aqui também que tu encontra vários córregos de água, que é potável e muito boa por sinal. Superado esse último (aleluia!!) trecho de dificuldades, chegamos na base às 13:45 e a vista compensou tudo que passamos. É absurdamente lindo lá em cima e tu te sente muito feliz por ter conseguido chegar ali e também por ter a oportunidade de contemplar aquele lugar. Foi de fato uma conquista pra gente. Infelizmente o tempo estava fechando e depois de uma hora e meia lá em cima mal conseguíamos ver as torres em função da neblina. Pra piorar a minha roupa estava tão encharcada de suor que parecia que eu tinha tomado um banho com ela, e por causa da temperatura baixa não evaporava de jeito nenhum e eu senti o pior frio da minha vida . Portanto, levem camiseta extra se forem pra lá. Tiramos várias fotos sorrindo, fizemos nosso almoço com uma lata de atum e bolachas e decidimos voltar. A volta ao acampamento foi um pouco mais rápida, porém mais dolorosa porque já estávamos exaustos. Chegamos no Central parecendo zumbis, estilo The Walking Dead, cozinhamos arroz com molho de carne pronto, tomamos banho e falecemos dentro da barraca. Custos: zero Dia 12 - Camping Frances Acordamos um pouco mais tarde porque não iríamos atacar nenhum pico nesse dia e em princípio a caminhada seria mais tranquilo, porém de seis horas. Ledo engano, vide relato que se segue. Tomamos no café da manhã café com leite, chá e rap10 com schimia (geleia pra quem é de fora dos interior do RS, sô) e mumu (doce de leite). Saímos as 11:20 do Camping Central e fomos em direção, primeiramente, ao Camping Los Cuernos, pra depois chegarmos ao Camping Frances, onde tínhamos feito reserva de lugar pra barraca. De largada, perdidos como só nós conseguimos, nos desviamos da trilha logo depois que passamos pelo Hotel Las Torres e saímos do caminho correto durante 1 hora. Nos achamos e seguimos na trilha, e seguimos, e seguimos......... Fato é que andamos mais do que achamos que conseguíamos e a trilha não acabava nunca e já estávamos andando há muito tempo. Eu não aguentava mais, e depois de muito andar e sofrer, finalmente chegamos... ao Los Cuernos. Que desgraça. Só de pensar que a gente teria que andar até o Frances ainda, dava vontade de chorar. Embora seja proibido pra quem não está hospedado no LC, cozinhamos no ‘refeitório’ deles. Sopa instantânea e atum. Eu já tava passando fome porque naturalmente como demais, fazendo todas essas trilhas então, nem se fala. Descobrimos da pior maneira que tínhamos comprado pouca comida e tivemos que racionar o que sobrou dos nossos alimentos. Saímos do LC às 18 horas e chegamos no Francês às 8 da noite, acabados, literalmente quatro White Walkers fora de Westeros. Reunimos forças pra fazer massa com molho de tomate, purê de batata e suco Tang de laranja. Se dependesse de mim eu teria dormido sem jantar mesmo. Como o horário das duchas no Fr encerra as 8 horas, o banho tivemos que enforcar nesse dia, mas estávamos tão cansados que nem nos importamos. Dia 13 - Camping Italiano - Mirantes Italiano e Britânico - Camping Paine Grande Acordamos às 7 horas. Começamos a fazer o café da manhã com sucrilhos, rap10 + mumu e schimia e café com leite. Tomamos banho, desarmamos a barraca e organizamos as mochilas pra começar a trilha até o Camping Italiano. Eu não entendo como nos enrolamos tanto, mas no final só saímos do Fr às 11:20. Às 11:50 já chegamos no Italiano e deixamos nossas mochilas lá, na fé do primeiro mandamento dos mochileiros ao redor do mundo: não mexerás nas coisas dos outros mochileiros sem autorização mesmo que estejas com uma arma apontada na tua cabeça; 1 Mochileirítico 14:2. Logo começamos a subida em direção ao Mirador Francês, chegando lá 90 minutos depois. Tiramos algumas fotos e logo começamos a subir até o Mirador Britânico, que alcançamos após 80 minutos. O Mirador Britânico é o mais bonito dos dois e com certeza vale a subida. Ele é cercado por montanhas de onde podemos ver um imenso vale e volta e meia conseguimos ver algumas ‘mini avalanches’ de neve dos picos em volta, que produzem um som de trovão também, semelhante a quando um bloco de gelo se desprende do Perito Moreno. Ainda no mirador, resolvemos almoçar uma lata de atum mas adivinha só quem esqueceu de pegar abridor de latas? (maldita cabeça...). Por sorte havia vários mochileiros ao redor e não foi difícil conseguir um abridor emprestado. Conquistado mais um objetivo da viagem, voltamos até o Italiano em 130 minutos e encontramos nossos queridos e não tão leves mochilões intocados, exatamente onde deixamos (a cultura mochileira é maravilhosa mesmo). Descansamos alguns minutos e começamos a nos dirigir até o camping Paine Grande. Disparada a caminhada mais tranquila do parque, bem demarcada, plana, sem complicações. Demoramos 2 horas entre um camping e outro, e felizmente esse aqui é o mais bonito, limpo e organizado de todos os campings. Jantamos sopa, massa com molho e pra sobremesa chocolate e chá. Dormimos bem cedo aqui porque no dia seguinte queríamos sair bastante cedo pra dar tempo de conhecer o refúgio Grey e voltar pra pegar o Catamarã, sair do parque e voltar pra PN tudo no mesmo dia Dia 14 - Mirador Glaciar Grey - Mirador Los Cuernos - Puerto Natales Foi muito, muito difícil acordar. A impermeabilização da barraca não funcionou nesse dia e nós acordamos com muito frio e até com algumas coisas molhadas. Guardamos nossas coisas e esperamos até as 7 horas pra podermos entrar na área de fazer fogo para o café da manhã: geleia, mumu, rap10 e sucrilhos, de novo, já tava enjoando. Deixamos nossos mochilões na frente da recepção e fomos até o mirante do Glaciar Grey em 1:45. A trilha é bem tranquila, a paisagem é muito bonita do glaciar e da ‘La Isla’, mas não se compara ao Perito Moreno em tamanho ou beleza. Resolvemos não ir até o Refúgio Grey para conseguirmos pegar o Catamarã das 14:35 e ir até o Mirante Los Cuernos, em Pudeto, e essa foi a melhor decisão que poderíamos ter tomado aqui. Chegamos de volta ao Paine Grande por volta do meio dia, ‘almoçamos’ bolacha (que compramos lá) com schimia e descansamos um pouco até o Catamarã chegar. O barco acabou atrasando um pouco porque estavam descarregando suprimentos dele pro restaurante que tem no camping. Ao embarcar fomos logo pra parte exterior superior pra termos uma vista bonita do passeio. O pagamento é feito no meio do percurso, que demora 30 minutos. Chegamos na cafeteria Pudeto às 15:30 e deixamos nossos mochilões atirados do lado de fora de lá confiando no primeiro mandamento. Começamos a trilha pro mirador Los Cuernos, mas como estávamos muuuito cansados, ficamos tirando fotos em uma pedra de onde dava pra ver o lago Pehoe, o Los Cuernos e também outros montes. A vista era espetacular e o dia era impecável, um solzão, sem a menor possibilidade de chover, pra compensar o tempo ruim que pegamos no ataque a base das torres. Foi ali que tiramos as melhores fotos da viagem. Voltamos pra cafeteria e esperamos o nosso ônibus de volta para Puerto Natales às 19:00 (sim, o ônibus vai até Pudeto para pegar os passageiros sem custo adicional nenhum). No caminho entre Pudeto e Laguna Amarga o motora do bus estacionou pra podermos descer e ver um pouco mais de perto uma família de Pumas que estava dando uma volta por lá bem tranquilos. Um pouco mais pra frente vimos também um guanaco, que brincamos que seria a janta dos pumas . Chegamos na rodoviária de PN um pouco antes das dez horas, por sorte, e conseguimos comprar nossas passagens pra El Calafate no dia seguinte de manhã. Só tinha mais dez lugares, que com certeza se esgotariam rápido se tivéssemos deixado pra comprar em cima da hora. Depois disso pedimos pro táxi nos deixar em algum restaurante aberto no centro da cidade porque estávamos mortos de fome. Tentamos trocar dinheiro mas todos os câmbios já estavam fechados, o que era um problema, porque nossos pesos chilenos não eram suficientes pra pagar o check out do hostel. Mas o hostel aceita cartão de crédito, né? Decidimos então ir jantar com os pesos que ainda tínhamos. Comemos um cachorro quente e meia pizza cada um, que nos fizeram gordinhos felizes. Infelizmente ao voltarmos pra fazer check out descobrimos que o hostel não aceitava cartão, muito menos real, e nós não tínhamos pesos chilenos suficientes pra pagar as diárias e teríamos que sair no dia seguinte antes de qualquer casa de câmbio abrir pra trocar nosso dinheiro. Por sorte, eu lembrei que tinha alguns dólares guardados (daleeee). Conseguimos fazer o check out e dormimos feito pedra naquelas camas maravilhosas depois de alguns dias caminhando muito e dormindo mal. Bolacha água e sal: 2 000/2 = 1000 PCHI$ Catamarã: 22 000 PCHI$ Táxi rodoviária - centro: 2 000/4 = 500 PCHI$ Passagem PN - EC: 15 000 PCHI$ Janta: 4 500 PCHI$ Barraca: 6 000 por dia x 5 dias = 30 000/4 = 7 500 PCHI$ Fogareiro: 2 000 por dia x 5 = 10 000/4 = 2 500 PCHI$ (só alugamos um porque eu tinha comprado outro no BR) Colchonetes: 1 000 por dia (eu não precisei porque comprei o meu no BR também) Calças (inúteis): 2 500 por dia x 5 = 12 500 PCHI$ Dia 15 - PN - El Calafate - Buenos Aires Tomamos aqueeele café de manhã reforçado do hostel (sem nenhum sucrilhos, aleluia) e pegamos o táxi pra rodoviária. Entramos no ônibus às 8:40 em diração a El Calafate novamente. Fizemos aqueles processos chatos de cruzar a fronteira. Quando estávamos passando pela estrada pra El Chaltén dois mochileiros desceram e se juntaram a um pequeno grupo na beira da rodovia para pedir carona pra cidade. Bem legal isso, porém ainda nunca tive coragem de fazer. Talvez em uma próxima viagem. Descemos na rodoviária de EC e fomos comprar algo pra almoçar no centro. Eu comi um sanduíche com bife a milanesa que tem em uma galeriazinha bonita na rua principal, que não anotei o nome. Por estar chovendo, me deixaram usar uma mesa no restaurante de cima, muito bem decorado e arrumado. Depois comprei mais alguns souvenirs e alfajores e fomos pro ponto de táxi que fica do lado da rodoviária e que nos fez a corrida até o aeroporto por um preço muito inferior ao que os taxistas estavam cobrando na rua principal. No aeroporto, com algum tempo sobrando, entramos numa lojinha de souvenirs só pra olhar e descobrimos que as lembrancinhas de lá eram bem mais baratas do que as vendidas nas lojas do centro, e bem mais bonitas também. Na hora do embarque cruzamos com um gato (wtf) passeando pelo meio da área dos detectores de metal do aeroporto hahah. Aparentemente ele é de estimação de todos os funcionários e vive por lá há 8 anos, deixando esporadicamente algumas penas de pássaro que ele caça no chão. Já em Buenos Aires, como nosso vôo para Montevideo era de madrugada, resolvemos passar a noite no chão do aeroporto mesmo(quem nunca?). Escolhemos como nosso “quarto” um corredor escuro que fica atrás do Hard Rock, muito silencioso, fica a dica reservas podem ser feitas pelo booking.com Táxi hostel - rodoviária: 1 500/4 = 375 PCHI$ Almoço: 80 AR$ Taxi rodoviária EC - aeroporto: 300/4 = 75 AR$ (no centro cobravam 480) Dia 16 - Montevideo Acordamos do nosso maravilhoso hostel no chão do aeroparque e fomos fazer check in e embarcar no avião rumo a Montevideo. Pousamos ao redor das 10 horas da manhã e pegamos lá na frente do aeroporto o ônibus até a rodoviária, rezando para que tivesse lugar no bus do dia seguinte que iria para POA. Uma hora depois, descemos na rodoviária e só dessa vez notamos que ela é também um shopping grande e limpo. Por sorte, havia as passagens que queríamos. Com a volta garantida, fomos trocar dinheiro na frente da rodoviária, lugar que tem uma cotação melhor do que dentro dela (8,5 e 8,4 pesos por real, respectivamente). Fomos no mercado dentro do shopping e compramos vários alfajores e chocolates (escrevendo o relato percebi que o lugar onde mais fomos turistas foi em Montevideo, porque aqui nós andamos de citytur, pagamos caro por um almoço ruim e gastamos metade de um dia comprando chocolate no shopping hahaha). Também resolvemos gastar um pouco mais e comemorar o fim da viagem com um Mcdonald espetacular molho barbecue seguido por um sorvete de casquinha, que nos ajudaram a recuperar todo o peso que perdemos caminhando 80km em TDP. Entramos no ônibus rumo a POA as 20:30, chegamos lá no dia seguinte e encerramos uma viagem que com certeza vai deixar muita saudade e que nos trouxe uma porção de experiências inesquecíveis :} Ônibus aeroporto - rodoviária MVD: 55 UR$ (vocês podem pegar qualquer 700 e alguma coisa que vai passar lá na frente) Ônibus MVD - POA: 2 630 UR$ Taxa terminal: 24 UR$ Reviews: Todos os hostels que ficamos na viagem não pediam pagamento antecipado para realizar reserva. Esse era um dos pré-requisitos na hora da pesquisa. Utilizei o TripAdvisor pra ler sobre cada estabelecimento e o Booking.com para reservas MVD Port Hostal: Diária de R$ 55,00 em quarto compartilhado para 4 pessoas (ficamos só nós no quarto, portanto), inclui café da manhã, wifi, toalhas para banho. Não posso dizer que era o quarto mais limpo e conservado que eu já fiquei, mas com certeza serviram bem ao nosso propósito que era passar apenas uma noite lá. A cozinha também não é a mais limpa e conservada, mas tem todos os utensílios necessários pra cozinhar: facas, tábuas, panelas, geladeira, talheres, pratos, copos. Permitem entrar no estabelecimento com bebidas do mercado e consumir lá, o que é muito legal. Tem alguns sofás onde pode-se matar algum tempo ou olhar televisão. Os banheiros, que ficam fora do quarto, tinham água quente a gás, sendo alguns individuais e outros coletivos. O ponto forte do lugar talvez seja a localização, muito próximo do terminal de ônibus, do teatro solis, do mercado público etc.. Destaque pro seu Luiz que nos tratou muito bem. Antártica Hostel: Diária de 360,00 AR$ em quarto compartilhado para 6 pessoas. Nesse valor está incluso café da manhã com ovos, pão, margarina, geleia, doce de leite, chá quente e gelado, água quente, café e suco; além de wifi, toalhas para banho e acesso a um computador que fica na recepção. O hostel por completo é bastante limpo e conservado, com ambientes arejados e iluminados. A cozinha é equipada com utensílios novos, além de duas geladeiras, dois fogões, duas pias. Não tivemos que esperar pra cozinhar em nenhum dia. Não permitem entrar com bebidas de fora. O lounge de lá é bem grande, criando um espaço muito bom pra interação entre os hóspedes. O ponto fraco é que quem fica no segundo andar tem que descer pro primeiro pra ir no banheiro, mas isso não foi um problema pra gente. Os banheiros são coletivos e estavam sempre limpos quando utilizamos, e não tivemos problemas com eles. Fica muito próximo da rua principal, do mercado de Ushuaia e do Porto. Glaciar Pioneros hostel: Diária de 240,00 AR$ em quarto compartilhado para 4 pessoas. Nesse valor está incluso apenas wifi que não funciona, nem tente. O hostel é extremamente novo, limpo e tem uma área de alimentação/interação grande, porém não tínhamos tomada dentro do quarto e muitas poucas nos corredores, o que é horrível. A cozinha tem o básico: algumas panelas, poucos utensílios, pratos, nenhum talher (eles alugam na recepção) e uma geladeira que nunca é limpa e consequentemente está lotada de alimentos estragados que foram deixados. Os banheiros coletivos são muito bons e limpos, no entanto o horário de limpeza dos mesmos é entre 7~8 horas da manhã, período em que não é permitido ingresso, o que nos atrapalhou em um dia. É próximo da rua principal e distante uns 15~20 minutos da rodoviária. O ponto forte é o valor, que é baixo comparado com os outros da cidade, mas talvez alto se comparado a qualidade do serviço ofertado Lili Patagônicos: Diária de 12 000,00 CHI$ em quarto compartilhado para 5 pessoas. Nesse valor está incluso café da manhã semelhante ao do antárctica, wifi, toalhas para banho, acesso a computadores. O hostel também é muito novo, muito limpo e eu particularmente achei ele muito bonito, bastante charmoso. A cozinha era super completa e tinha utensílios novos e de qualidade, não tivemos do que reclamar. Os banheiros são individuais e separados por áreas do hostel, além de sempre limpos. É próximo da rua principal onde há o mercado e casa de câmbio. 15 minutos de caminhada até a rodoviária. Os atendentes são atenciosos e te ajudam com o aluguel de esquipamentos pra TDP, além disso, recolhem butijões de gás daqueles que retornaram das suas trilhas e te dão de graça os que tu quiser (nós deixamos um butijão cheio lá e levamos deles um cheio também). As camas eram as melhores da viagem. Todos os campings de TDP tiveram que ser pagos com antecedência diretamente no site das companhias que os administram: https://www.verticepatagonia.com/es (para o Paine Grande) e http://www.fantasticosur.com/ (para Camping Central e Frances). Há campings gratuitos (como o Italiano) que devem ser reservados diretamente no site de TDP se não me engano, mas quando planejávamos a viagem todos esses acampamentos já estavam lotados. Camping Central: Diária de R$ 48,50 por pessoa. É o mais simples dos campings de TDP. A ‘área administrativa’ é uma cabana 2x2 onde te dão a etiqueta para prender na barraca, mas eu não vi eles fazendo fiscalização de nenhuma das cabanas lá. Não há áreas pré-determinadas para montar barraca, então tu pode ficar bem a vontade. É permitido fazer fogo em cima das mesas de piquenique do lugar, mas não há nenhum telhado sobre elas. Por forte não pegamos chuva nesse camping. Os banheiros imundos, e a água do chuveiro mais parecia um filete com duas temperatuas - calor infernal ou inverno alaska. Só tem uma tomada pra todo mundo, que só é utilizada se tu trovar o secretário da cabaninha. Camping Frances: Diária de R$ 48,50 por pessoa. É melhor que o Central, fica em um bosque sob algumas árvores que protegem o lugar do vento. A ‘área administrativa’ é uma barraca da empresa com um gurizão que fica controlando o fluxo e te pergunta se tu tem deck reservado pra passar a noite. Nós tínhamos para dois, mas só utilizamos um. As barracas devem ser armadas em cima desses decks, não é muito diferente de armar a barraca no chão. A área para fazer fogo também é apenas em cima do deck, e sempre devemos utilizar uma espécie de cabaninha para proteger que o fogo voe. Os banheiros ficam abertos pra banho das 8 às 8. No entanto, fomos tomar banho às 7 da manhã e a água já estava quente, porém não havia luz, então tomamos banho no escuro mesmo. Ao menos nessa hora eles estavam limpos. Não tem tomada. Camping Paine Grande: Diária de R$ 48,50 por pessoa. É o melhor camping, talvez por ser junto com um hotel/refúgio/restaurante. Fica em frente ao lago Pehoé. A área administrativa é pela primeira vez um espaço decente, onde devemos fazer check-in. Devemos armar nossas barracas em um grande campo aberto, sem árvore nenhuma, talvez por isso nossa barraca tenha amanhecido molhada. O espaço pra fazermos fogo é um grande galpão com mesas, bancos e muitas tomadas pra todo mundo. Os banheiros são limpos e a água é farta e sempre quente, mas eles possuem um sistema que tu tem sempre que ficar apertando um botão pra que ela não pare de cair, uma maneira eficiente de economizar. Citar
Membros EstacioECL Postado Agosto 6, 2017 Membros Postado Agosto 6, 2017 Bem detalhado! Vai ajudar demais! Citar
Colaboradores Rezzende Postado Agosto 6, 2017 Colaboradores Postado Agosto 6, 2017 Relato bacana. A gente viajou na mesma epoca, so q vc foi pra Torres e eu pra Chalten. Eu tava no Antartica nos mesmos dias, lembro q tinha uns gauchos la, acho q conversei um pouquinho com seu colega e uma das meninas. Cheguei no domingo enqto vc pegava um belo dia no glaciar. No outro dia q vc foi pro parque eu fui pro glaciar e nao vi nada, o tempo tava uma m#rd@ mesmo. Só no outro dia q fui pro parque e aí o tempo ja tava bacana. Patagonia é show d+ Citar
Membros SamuelLand Postado Outubro 5, 2017 Autor Membros Postado Outubro 5, 2017 @Rezzende Valeu Rezzende! Pois é, perguntei pra eles e eles tem uma vaga lembrança de terem conversado contigo haha Pena não termos pego todos os dias bons, vai demorar pra voltarmos pra lá :~ mas faz parte. abraços 1 Citar
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