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alexandresfcpg[/url]"]1287249 levei no total US$ 1.200 baseado no cálculo de despesas que fiz.

 

Oii, na cotação que você comprou os dólares, quanto ficaram os gastos em reais? E você gastou tudo? Obrigada :D

 

 

Oi Letícia, comprei os dólares no Banco do Brasil e a cotação era de R$ 3.32, comprei US$ 1200,00, no total deu R$ 3984,00 mais uma taxa de 60,00 e o IOF de 43,82, então saiu pra mim no total R$ 4087,82 (fazendo com o que o dólar saísse a 3,40).

Não gastei tudo não, ainda voltei com US$ 250,00 (mais adiante vou relatar que fiz um voo de Santa Marta para Bogotá mais paguei no cartão de crédito porque comprei pela Internet).

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DIA 11 – 19/09

 

Quando vinha a Medellín, sabia das histórias de Pablo Escobar e tal, inclusive estava assistindo Narcos, e soube que havia uma espécie de Pablo Escobar Tour, que algumas agências fazem, (inclusive a alemã do meu quarto ia fazer um desses) que consiste em visitar alguns lugares famosos da vida dele, como o Edifício Monaco (prédio onde ele morava que sofreu um atentado), o cemitério onde ele está enterrado e a casa onde foi morto, e os guias vão contando sobre os lugares e ele. Quando a alemã me falou, fui pesquisar e descobri que a casa onde ele morreu era perto do hostel e resolvi ir lá ver o local, ficava há umas quadras de lá. Baseando-me no endereço que consegui, cheguei até o lugar mas a casa era bem diferente da foto, mesmo assim tirei uma foto e segui, tinha bastante coisa pra ver.

Mais uma vez tomei uma surra na hora de me deslocar pelas ruas, queria atravessar para conhecer o tal Parque dos Pés Descalços, mas uma simples travessia virou um inferno. Comecei a caminhar a procura de uma passarela, mas acabei entrando numa parte que tava em obra, e quando percebi teria que literalmente dar uma volta no quarteirão (que era enorme) pra acessar uma passarela que já havia passado direto. Um século depois consegui chegar ao outro lado e localizei o parque, no final se trata de uma praça bem grande com um monte de areia onde as pessoas caminham descalças pra relaxar. Pensa comigo: tava um puta sol, tipo um pra cada pessoa, imaginar meter o pé naquela areia que devia estar pegando fogo (quem mora na praia ou já foi em uma sabe o que estou falando), então preferi ficar de boa mesmo. Fora que ainda tinha bolhas do dia anterior, pensa no prejuízo que ia tomar.

Segui adiante e a próxima parada era num lugar chamado Cerro Nutibara, é literalmente um morro que tem no meio da cidade onde fica o Pueblito Paisa, uma espécie de vilarejo bem pequeno bem bucólico que fica no alto desse morro.

Parecia perto pelo mapa, mas era bem longe e quando chego no tal morro, descubro que a subida dele era do outro lado, e pensa numa volta grande que dei.

Na subida, você vê uma placa indicando onde fica, dá pra subir de carro e tem uma escadaria também, fui por ela, é bem longa, cansa bastante a subida, e no final dela já se chega no tal pueblito.

É um lugar bem simpático, umas casinhas tudo coloridas, e bem pequeno mesmo, tem área de alimentação (achei bem caro), barracas de sorvete, sucos, lembranças, uma igrejinha simpática. É bonitinho mesmo o lugar.

Parei uma hora pra tomar um suco e fiquei um bom tempo conversando com uma senhora que era de lá mesmo, inclusive acabou até chegando no assunto do Pablo Escobar, e pela reação dela ao falar do assunto e de outras pessoas com quem conversei percebi que esse assunto é meio que um tabu pra eles. É uma ferida na qual eles não querem tocar, a expressão até muda no rosto deles quando falam nisso, tanto que os colombianos não gostam de Narcos, primeiro porque transformou El Patrón num pop star, e fora que eles não gostaram da atuação do Wagner Moura, aliás, estando lá percebi o quanto o espanhol dele é sofrível mesmo, até eu senti vergonha kkkkk

Lá no Pueblito ainda tem um pequeno museu chamado Museo de Ciudad, que tem uma enorme maquete da cidade de Medellín e algumas imagens da construção de lá e tal. Aliás, só pra avisar, deixa a maquete por último, porque achei que fosse só aquilo e desci a escada que leva à loja e à saída, antes da parte da maquete dê uma volta pela parte de fora, é onde ficam as exposições.

Por fim, subindo as escadaria ao lado do museu você chega num enorme mirante com uma baita vista da cidade.

Já tava na pegada de andar e resolvi ir até o tal do Poblado, que é a região onde ficam a maioria dos hostels e dos mochileiros. No caminho, parei em uma lanchonete e mandei um dog com refri.

Como estava muito calor e meus pés ainda estavam baleados, fui de metrô mesmo, desci na estação Poblado e segui caminhando. No caminho, tinha esse promotores de empresa distribuindo doses de Red Label com guaraná, gelo e limão, mas preferi dar uma passadinha na volta. Dei uma boa batida de pernas pelo lugar, vi bastante gringo pela rua e cheguei até o Parque Lleras, que de noite é o fervo de Medellín, tem vários bares e baladas em volta. Sentei um pouco na praça mas tinha um povo muito estranho andando por ali, e após um cara me oferecer umas “cositas naturales” colombianas, achei melhor ir andando. Na volta, parei para dar aquela degustada no whisky grátis que tava rolando e peguei o metrô, queria ir até o Terminal Norte pesquisar preços de ônibus para Guatapé (para conhecer La Piedra), Doradal (queria visitar a Fazenda Nápoles) e Cartagena (próxima cidade depois de Medellín).

Na volta, observando o mapa do metrô que tinha no celular, percebi que ao invés de fazer a baldeação escrota que fiz ontem com a linha de ônibus, eu desceria em outra estação e faria baldeação com outra linha do próprio metrô. Desci na estação San Antonio e peguei a linha B até a estação Estádio, a caminhada era a mesma da estação que desci no dia anterior, mas economizei uma passagem.

Uma rápida passada no mercado e voltei pro hostel pra tomar banho, jantar e ficar de boa. Notei que a alemã não estava mais no quarto, ela já tinha meio que falado que só tinha reserva pra mais uma noite e que teria que trocar mesmo, no lugar tinha três gringas bem estranhas, mal me cumprimentaram, eram bem metidinhas mesmo.

Ah, antes de dormir, resolvi conferir se realmente havia conhecido a casa onde o Pablo morreu e minhas suspeitas se confirmaram, a casa não era aquela mesmo, peguei o endereço certo pra depois passar por lá.

 

 

35903180826_aaef1fb050_c.jpgEstádio do Nacional

 

 

35944237075_b2b6b0e4bd_c.jpgPueblito Paisa

 

 

35555626690_91e09405e6_c.jpgPueblito Paisa

 

 

35555621330_21cf191bc0_c.jpgVista de Medellín do topo do Pueblito Paisa

 

 

35811822311_b01e081473_c.jpgVista de Medellín do topo do Pueblito Paisa

 

 

35134948503_7ff547940f_c.jpgMaquete de Medellín

 

 

35134944383_945d879ced_c.jpgMuseu de Ciudad

 

 

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Metrô: COP 2.150 (4x)

Suco de maracujá: COP 4.000

Sorvete: COP 1.000

Lembrança: COP 15.000

Refrigerante: COP 2.600

Mercado: COP 35.669

Museu no Pueblito: COP 2.000

Cachorro quente e refrigerante: COP 5.500

 

Continua...

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DIA 12 – 20/09

 

 

Acordei por volta das 5h30, pois decidi conhecer a Fazenda Nápoles, a fazenda que pertenceu a El Patrón, era mais pela curiosidade, pois pelo que li o lugar hoje é uma mistura de zoológico com parque temático, e são duas coisas que não me atraem tanto, mas já que estava em Medellín por que não dar um pulinho lá? Ele fica há umas 4h de Medellín, numa cidade chamada Doradal, e por conta de tempo resolvi pegar o ônibus bem cedo.

Procurei ser o mais silencioso possível pois as gringas “simpáticas” estavam dormindo, tomei café e segui rumo ao Terminal Norte. Desci na estação Caribe e atravessei a passarela até o terminal, comprei a passagem na hora para Doradal e fiquei aguardando, ele sairia umas 7h ou 7h20, não lembro agora. Era uma van pequena, nova e tinha ar condicionado, fui na frente com o motorista, e logo seguimos a estrada, a mesma que me trouxe de Bogotá. Paramos rapidamente no caminho para comer algo e 3h15 depois ele me deixou na porta, é aquele portal que ficou famoso, que tem um aviãozinho preso, igual ao que aparece em Narcos.

Logo um rapaz se aproximou e perguntou se queria tirar foto dali, estava uniformizado, e depois das fotos veio me oferecer um serviço de moto-táxi até o parque. Aí começa a sacanagem...

Primeiro que descobri que ali na verdade era só uma entrada, a portaria e a bilheteria ficavam há uns 4 Km dali (palavras do cara) e que ir a pé seria cansativo, estava muito sol e bastante calor e não teria outra escolha. O serviço custava 15000 ::ahhhh::::dãã2::ãã2::'> ::vapapu:: , caro pra pooooorraaaa, mas que tinha vindo do quinto dos infernos e já estava lá, resolvi ir até o fim.

Quando chegou na portaria (em tempo, a impressão é que não eram 4Km como ele disse, teoria que reafirmei depois do que ele me diria adiante), ele começou a me explicar o mapa do lugar, as atrações que tinha, e que existia um serviço de transporte da portaria de entrada do parque até um determinado local feito por uma chiva (um tipo de moto-táxi) que era oferecido pela casa sem custo. Aí ele me fez uma proposta: ofereceu um pacote onde ele me transportaria por todo o parque por uma “singela” quantia de 50000 (fora os quinzão da entrada), e disse que se quisesse fazer a pé eu não conseguiria ver tudo pois levaria só no pedaço onde a chiva deixava umas 3h ou 4h e o parque fechava às 16h ou 17h (não lembro exatamente). Como um bom luso descendente, mochileiro e teimoso, agradeci e resolvi fazer por conta.

Comprei a entrada depois de uma discussão meio escrota que tava rolando entre a funcionária e um brasileiro (tinha que ser) por algum motivo meio nada a ver, e depois fui para um lugar aguardar a tal da chiva, que chegou e levou eu e mais um casal, ele pula algumas atrações e para lá pela atração número 7 ou 8. Aliás, para entenderem o que disse, vou falar um pouco sobre a fazenda: é a antiga fazenda do Pablo Escobar que o governo colombiano tomou e transformou num zoológico (já havia um lá e reaproveitaram os animais), além de ter um museu sobre Pablo, um parque aquático, hotéis temáticos e algumas outras atrações. Quando você segue o mapa, cada atração aparece com um número para ajudar na orientação.

Comecei a andar por lá, tinha uma espécie de Parque dos Dinossauros, que consistia em umas réplicas escrotas de dinossauros com umas caixas de som que imitavam o som deles; um Museu Africano, com várias exposições referentes à África (ah vá), com quadros, esculturas e outras coisas; uma exposição com os carros e lanchas que ele usava (alguns bastante deteriorados pela ferrugem), um museu com várias reportagens e imagens sobre ele; além de vários animais. O lugar é imenso, perde de vista olhar tudo, realmente o cara tinha um império.

Tanto na entrada quanto em todo o parque tem avisos que é proibido entrar com comida e bebida lá, e eu tinha levado uns sanduíches e um suco (farofeiroooooooo), então me aproveitei da Árvore da Vida, que era imensa e não tinha ninguém perto dali e mandei um belo lanche, posso dizer que recarreguei a vida na Árvore da vida ::lol4::

Por volta de umas três e pouco já tinha andado tudo, o que me fazia concluir que o que cara tinha dito era pra fazer terrorismo e me obrigar a fazer o tour com ele, e também me fazia concluir que não devia ter 4Km da estrada até a entrada do parque.

Agora perrengue mesmo foi na hora de ir embora. Já disse que estava muito calor, e como havia andando muito estava bem cansado, minha água parecia um chá de tão quente, e comecei a caminhar até a saída, e naquele momento entendi o porquê da chiva nos levar da entrada até um certo ponto do parque...o bagulho era muito, muito, MUITO LONGE. Não sei se o calor fez com que a impressão de distância aumentasse, mas o fato é que quanto mais eu andava, mais eu andava, já tava me sentindo um Padre Anchieta àquela altura. Não tenho noção do tempo que levei, mas foi mais de meia hora seguramente, talvez quase uma hora debaixo de uma constelação de sóis que tinha ali. No trecho final, eu já devia estar parecendo aquela famosa maratonista que protagonizou aquela chegada histórica na Olimpíada de 84, chegando cambaleando e quase caindo, fisicamente me sentia assim. Achava que não ia aguentar chegar, tava quase pedindo carona pro primeiro que passasse de carro ali.

Finalmente cheguei à entrada / saída, peguei outra chiva, mas dessa vez o rapaz se ofereceu pra me deixar não na estrada, mas na rodoviária da cidade que ficava há mais alguns metros adiante. No caminho entre a entrada e o portal na estrada, ele ainda me mostrou um presídio (bem irônico o governo colombiano, não?) que foi construído dentro do parque, estava longe mas parecia bem grande, isso mostra o tamanho que tem o lugar.

Já na rodoviária, comprei passagem e fiquei um bom tempo esperando transporte para voltar para Medellín, no final das contas era um ônibus normal mas o preço cobrado foi o mesmo que paguei pela van com menos gente. Estava bastante cansado, e a viagem durou umas 4h.

Desci na rodoviária, comprei mais duas passagens de metrô e vazei pro hostel. Chegando lá, descobri que as gringas "legais" tinha ido embora e fiquei com o quarto só pra mim.

 

 

35134850303_c8578b3cb8_c.jpgFazenda Nápoles

 

 

35555596510_4d972b12b2_c.jpgFazenda Nápoles

 

 

35134934423_e0356e3b2d_c.jpgFazenda Nápoles

 

 

35944213695_d2114d9523_c.jpgFazenda Nápoles

 

 

35811791531_818c397490_c.jpgFazenda Nápoles

 

 

35773806872_df55cbcd05_c.jpgFazenda Nápoles

 

 

35134917773_0a94ee5fed_c.jpgFazenda Nápoles

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Metrô: COP 2.150 (2x)

Van / ônibus: COP 28.000 (2x)

Suco: COP 3.000

Coca: COP 1.000

Bonueño: COP 1.500

Chiva: COP 15.000 (2x)

Entrada: COP 36.000

 

 

Continua...

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DIA 13 – 21/09

 

 

A missão do dia era visitar a famosa La Piedra em El Peñol e depois Guatapé, tomei um café rápido e parti, mas antes, como era caminho do metrô, resolvi ir até a verdadeira casa onde o Pablo morreu (havia pego o endereço certo dessa vez), e depois de uns 10 ou 15 minutos lá estava ela, só de bater o olho já reconheci pelas fotos que vi, era um belo sobrado.

Fotos tiradas, fiz o mesmo de ontem: metrô até o terminal, comprar a passagem e aguardar para embarcar, existem vários ônibus diferentes, tem para El Peñol (que para na cidade de El Peñol, que fica antes da Piedra), La Piedra (é esse que tem que pegar) e Guatapé (que é a cidade que fica depois). Às 10h20 embarquei e depois de duas horas o busão para bem próximo da subida. É muito alto aquele troço, de longe você já avista aquilo, de perto impressiona mais ainda.

Ao lado da escadaria fica uns caras oferecendo serviço de chiva até o alto, mas preferi ir de escada, achando que seria assim que subiria...só que não. Após alguns lances de escada, me deparo com um barranco meio íngreme e bem enlameado. Comecei a subir aquilo com todo o cuidado, estava muito escorregadio e era bem íngreme mesmo, e tenho um certo problema com altura, já viu. Não que seja alto, perigoso, mas pra quem tem problema como eu qualquer coisa basta. Até que vinha um grupo de colombianas e começou a gritas: “Vamos brasileiro, como é?” (eu estava com a camisa do Brasil), daí pra não passar vergonha mandei ver na escalada (nem eram bonitas, não foi pra impressionar, foi só pra não envergonhar a nação mesmo). Já estava esbaforido àquela altura, era bem puxada a subida, e logo cheguei na parte alta do lugar, onde ali sim ficava a estrutura toda: bilheteria, parte de alimentação, estacionamento, lojinhas, e o início da mega escadaria que leva até lá (que eu achava que começava ali embaixo onde iniciei a subida).

Comprei o ingresso, passei a catraca e bora subir. Meu, pensa numa odisseia, porque além dos 740 degraus, tem a altitude. A escadaria é de boa, não tem perigo, o problema é só o cansaço mesmo, mas não é nada que ninguém consiga fazer, dá pra ir de boa.

O visual é incrível, a medida que vai subindo você vai vendo tudo ficar pequeno, é muito alto mesmo. E as colombianas foram fazendo companhia, se divertindo com meu cansaço, a cada lance de escadas uma parada pra respirar e tomar fôlego. Não sei quanto tempo levei, deve ter sido uma hora mais ou menos, mas finalmente cheguei. Era um lugar que onde ficava o primeiro mirante, e tem uma espécie de praça de alimentação. Mas ali não é o fim, ainda tinha mais alguns degraus até o topo mesmo, então já tava ali, subi, as colombianas ficaram. São dois andares de degraus onde você passa por dentro de várias lojinhas de lembranças, e lá está ele, o topo e o mirante principal. Galera, eu estava morto de cansaço, encharcado de suor, mas foi compensador. Que visual! Você tem a vista do alto de toda a Lagoa de Guatapé, que é imensa, e até da cidade de Guatapé, que é mais longe. Existe no meio um lugar onde você sobe e marca o degrau número 740, ali é possível fazer um 360º e ver tudo em volta.

Mesmo sendo bem cansativo, eu recomendo muito esse lugar, vale demais a pena conhecer ali.

Agora era descer tudo de novo (pra baixo todo santo ajuda kkkk), e já lá embaixo fui procurar um jeito de ir até a cidade de Guatapé, dizem que é bem bonito lá. Tem uns caras que oferecem serviço de chiva compartilhada, precisa de 3 pessoas para sair, a não ser que você tope pagar sozinho o valor total, mas preferi esperar onde o rapaz pediu até aparecer mais gente. Depois de mais de meia hora de espera, apareceu um casal e embarcamos. Acabei tendo que ir na frente com o motorista, é bem apertado ali e desconfortável, mas como era rápido fiquei de boa, eram acho que 6 Km de distância pelo que ele disse.

Depois de uns 15 minutos, a chiva deixa você numa rua lá e seguindo reto sai numa espécie de malecón, um calçadão que beira a lagoa que banha a cidade. Andei por ele todo, parei pra comprar um sorvete meio exótico que vendia ali, parecia um cone (bem ruinzinho) e depois e fui desbravar o centrinho.

Confesso que fiquei encantado com aquele lugar, todas as casas, sem exceção, são muito coloridas e tem um estilo bem bonitinho. Você não enjoa de ficar olhando tudo, é realmente lindo o lugar, as ruas tem aquelas luminárias de séculos atrás, a igreja é bem legal ta,bém, resumindo: que cidade fofa, quando for a La Piedra dá uma esticada até lá, vale a pena.

Como é bem pequena, logo já tinha visto o que precisava, então fui até uma agência, comprei a passagem e umas 15h30 embarquei de volta pra Medellín.

No Terminal Norte, aproveitei e já comprei a passagem para Cartagena (dica, se comprar a passagem para o horário da manhã é mais barato do que para os horários da tarde e da noite), depois passei no mercado rapidão.

Enquanto jantava, assistia pela internet Santos x Vasco pela Copa do Brasil e depois ficamos conversando na sala: eu, a alemã, uma venezuelana que trampava lá, um indiano e uma mina que achei que fosse indiana (inclusive só falava inglês) mas na verdade era uma colombiana que foi criada desde criancinha na Holanda e não "hablava" nada de espanhol. Só pra variar um pouco, acabei a noite ensinado português pro povo e pra piorar ainda tive que novamente explicar a música do Michel Teló pro povo. Ah, as gringas simpáticas voltaram pro quarto.

 

 

35104235914_41b8060203_c.jpgCasa onde Pablo morreu

 

 

35104126114_37085a80d2_c.jpgLadeira zoada

 

 

35104118944_d303c3cbd8_c.jpgOlha a altura da Pedra

 

 

35557323930_712a952a15_c.jpgVista durante a subida

 

 

35813583181_6f1d565139_c.jpgChegando na primeira parte, acima dessa torre é o mirante final

 

 

35773782512_6b113df3cf_c.jpgGame over

 

 

35903118266_904c7c10d1_c.jpgVista feia

 

 

35134902523_b61e752f2e_c.jpgGuatapé

 

 

35811743331_c096d23008_c.jpgGuatapé

 

 

35811738351_fd69632d43_c.jpgGuatapé

 

 

35773764562_c8e6a9686c_c.jpgGuatapé

 

 

35773761752_54d7784101_c.jpgGuatapé

 

 

35104084084_2d947b1796_c.jpgGuatapé

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Metrô: COP 2.150

Ônibus p/ Piedra: COP 12.000

Entrada: COP 15.000

Imã (lembrança): COP 3.000

Chiva: COP 5.000

Sorvete ruim: COP 2.500

Pastel: COP 2.600

Ônibus de volta para Medellín: COP 13.000

Ônibus para Cartagena: COP 105.000

Mercado: COP 10.740

 

 

Continua...

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DIA 14 – 22/09

 

 

Era meu último dia em Medellín, minha programação era mais de boa, então não acordei tão cedo, queria conhecer o tal Parque Arvi, estava um belo sol, requentei um sanduíche que sobrou do dia anterior e parti.

Para chegar no Parque Arvi, a logística é a seguinte: pegar o metrô da Linha Azul (ou linha A) até a estação Acevedo, baldear com a linha K de Metrocable ( é uma espécie de teleférico que liga a cidade aos morros da cidade, para em duas estações) até Santo Domingo e lá pegar a linha turística L até o parque. O mais impressionante é o visual, o troço vai muito alto, a cidade vai ficando cada vez menor, parece até a vista que se tem da Rodovia Anchieta quando se olha pras praias (essa quem é de SP vai entender). Após pegar as linha turística (que é mais cara que o metrô), o visual da cidade começa a sumir e você entra numa verdadeira floresta, inclusive após uns minutos ele para de subir (atingindo o alto do morro) e começa a andar em linha reta mata adentro. Fiquei impressionado o quanto é longe da cidade, acho até que atinge alguma cidade vizinha.

Não lembro bem quanto tempo levou o trajeto no total, mas é uma viagem longa.

Chegando lá, a estação é bem de frente com a entrada do parque, e lá tem tipo um quiosque de informações turísticas, onde eles te fornecem um mapa do parque todo e dão dicas, não paga para entrar a não ser em algumas áreas específicas.

Primeira coisa que iria fazer era uma caminhada até uma área onde o povo faz piquenique, mas aí veio um problema: ao contrário de Medellín onde tava um sol pra cada um, o lugar lá era tão longe que o tempo era bem diferente, estava bem fechado e um pouco frio, e mal comecei a caminhada veio um puta de um toró daqueles, mesmo com a capa tava difícil andar lá. Como o lugar era longe e a chuva estava muito feia, mudei meus planos e decidi ir até um lugar chamado Piedras Blancas, parecia ser um parque ecológico, fui dar uma olhada lá. Como era longe, precisava pegar um busão pra lá, logo passou um e lá fui eu. Entre 5 e 10 minutos lá estava, tinha um hotel e uma guarita onde precisei me identificar para entrar, não sabia bem o que era ali, apenas entrei e logo cheguei na recepção do hotel. Perguntei a uma moça onde deveria ir para conhecer o lugar (eu me referia ao suposto parque, ou sei lá o que era), ela fez cara de não entender bem e mandou eu seguir o corredor. Comecei a andar e só vi quartos, mais corredores, até que acabei chegando a uma sala grande com uma escadaria que levava a mais corredores, e nenhuma viva alma. No final das contas, fiquei que nem besta andando pelo hotel, parecia até que eu tava jogando Resident Evil, achei que a qualquer momento algum cachorro ia estourar uma janela ou um zumbi ia surgir do nada, então retornei a recepção e disse que na verdade queria saber do tal parque, daí que me informaram que era só sair dali e pegar um caminho lateral, esse sim leva ao tal parque.

Era um caminho que passava entre as árvores e durante o percurso tem várias placas com nomes e fotos de animais que tem naquele lugar, mas com aquele tempo o único animal que tava vagando por ali era a besta quadrada aqui.

Logo cheguei num lago e tinha uma ponte, quando atravessei vi que se tratava de um museu, não me recordo o nome, mas era um museu de insetos, a recepção estava vazia, então fui entrando, e já lá dentro, onde estavam as exposições um cara me abordou e perguntou se eu havia pago, disse que não e ele pediu para que eu retornasse lá na entrada (a do parque) para pagar a entrada, era algo em torno de uns 7000 pesos. Como não havia me interessado muito (já vi por alto do que se tratava) e também não ia lááááá na entrada pra depois voltar tudo de novo, preferi não visitá-lo, voltei até a entrada, peguei o busão e voltei até a entrada do parque, e como chovia muito e a maioria das coisas era ao ar livre acabei saindo fora, meio frustado por ter sido um rolê miado. Soube que era possível fazer o percurso de Medellín para lá ida e volta de ônibus também, mas preferi voltar pelo Metrocable.

E não é que em Medellín tava o mesmo sol que estava de manhã? Vai entender, mas como tinha o dia meio livre e estava entediado, decidi completar o Personal Pablo Escobar Tour que bolei fazer, e o primeiro local seria o cemitério onde ele está enterrado. Segui pelo metro linha A até a estação Sabaneta, saindo dela, segue uma avenida meio estranha e logo sai numa principal, onde você avista o cemitério, que fica numa parte mais alta. Um vendedor de flores me orientou e pra chegar na campa do Patrón, você sobe uma escadaria que fica logo quando chega próximo do cemitério (antes de chegar na entrada), ela leva até um enorme gramado, você atravessa e chega na administração do cemitério. Lá, uma senhora me informou o local, bastava seguir uma fila de pinheiros ali ao lado e você chega num espaço coberto por brita, ali é a campa do “homi”. Nisso, notei que um rapaz ficou me observando e me seguiu até lá, ele também queria ver a campa e estava meio perdido. Puxamos conversa, ele era polonês e assim como eu falava inglês muito mal, imaginem o nível da conversa kkkkk

Saímos de lá e disse que iria até o edifício Mônaco, o prédio onde ele morava e que sofreu uma explosão por carro bomba (que assistiu Narcos vai lembrar), basta pegar a mesma linha A e descer na estação Aguacatala e caminhar algumas quadras, o prédio fica na Carrera 44 entre as Calles 15 Sur e 16 Sur. Após algumas fotos e uma engraçada tentativa de conversa, resolvi levar ele até a casa onde Pablo morreu, até porque dei um mau jeito na perna e zoei o joelho (sai zica!), então já aproveitaria para voltar de lá pro hostel.

Depois de mostrar a casa, ensinei o caminho de volta para o polonês e fui caminhando, meio manquitola, até o hostel. No caminho parei em uma espécie de lanchonete pequena e pedi uma empanada que tava na promoção com refrigerante, só que quando a mulher me trouxe era de uva (o tal do Postobom, a Dolly deles), e pior que odeio uva, mas a mulher era tão mal encarada que fiquei até com medo de pedir pra trocar, tive que tomar aquilo mesmo.

Como ainda estava com fome e com o gosto de nhaca do refri de uva, mais adiante parei numa espécie de lanchonete / restaurante para almoçar, eram umas 16h e ainda tinha rango. Era sopa de batata de entrada, carne de porco com salada e a desgrama da arepa, que ao contrário da que se come em carrinhos de rua recheada e é gostosa, a que se coloca nas comidas é uma massa seca, desce que nem gato vivo. Mas o pior foi a bebida. Pedi uma limonada achando que ia limpar o gosto do refrigerante, mas a mulher me trouxe um líquido escuro, era estranho, e o gosto era muito ruim, depois descobri que é porque eles usam o açúcar mascavo.

Agora o gosto que ruim tava péssimo, então parei pra comprar um sorvete que é bem popular por lá, o tal do Triangulito, é um picolé de chocolate que o gosto é idêntico ao do Chicabom, pelo menos melhorou o gosto na boca kkkk

Meu joelho tava doendo bastante, daí aproveitei que cheguei cedo no hostel, tomei um Dorflex e meti um gelo em cima. E novamente o quarto estava só pra mim.

 

 

35903090136_92b11d441f_c.jpgMetrocable

 

 

35555532010_e9cc075608_c.jpgPassando sobre uma comunidade

 

 

35811701231_d66e4dfd2a_c.jpgMedellín sumindo de vista

 

 

35811696281_cff0d28b88_c.jpgParque Arvi

 

 

35555520820_a353b3a7dd_c.jpgCampa do Patrón

 

 

35134849403_2b352b0935_c.jpgEdifício Monaco

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Metrô: COP 2.150 (4x)

Metrocable: COP 4.800 (2x)

Ônibus no Arvi: COP 1.600 e COP 1.800

Empanada e refrigerante: COP 2.300

Almoço: COP 5.800

Sorvete: COP 1.200

Hostel (check out): COP 162.000

 

 

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DIA 15 – 23/09

 

 

Acordei cedo, terminei minha mala, chamei um táxi e parti para a rodoviária, estava sem fome e não comi nada, fato que me causaria um certo arrependimento. Cheguei até cedo, bem antes do horário de embarque, fiquei um pouco na internet (o terminal de Medellín tem Wi-Fi livre por meia-hora).

O ônibus era novo, bem confortável, tinha ar condicionado (bem forte por sinal), Wi-Fi (dessa vez a senha funcionou) e até aquelas telinhas nos bancos, igual tem em avião onde dá pra ver filme, ouvir música, jogar.

Às 9h o busão partiu rumo à Cartagena, lá fora estava muito sol e calor, mas o ar tava torando dentro do busão, então imaginei uma viagem tranquila, apesar das crianças que choravam alto próximo do meu banco :(:(

Foi servido um kit lanchinho (uma Club Social e um suco de laranja de caixinha), e lá pra umas 11h e pouco ou mais, o ônibus fez uma parada em uma lanchonete de estrada na altura da cidade de Santa Rosa de Osos para comermos algo. Pedi um salgado chamado almojabana, uma espécie de pão de queijo assim como o bonueño, mas achei bem mais gostoso ::otemo:: . Ficamos parados um bom tempo, o suficiente para comer, ir ao banheiro e dar uma esticada nas pernas, pois a viagem seria longa (previsão de umas 11h ou 12h de estrada).

A estrada é bem bonita, e como nas outras colombianas é bem cheia de curvas. Ele fez várias paradas em rodoviárias e teve muito entra e sai de gente, sempre intercalando com algum vendedor de qualquer coisa que imaginar. Tinha fome ainda, mas fui comendo umas besteiras que tinha na mochila, isso era o de menos, o pior era que conforme foi caindo a noite, comecei a sentir frio, pois o ar tava regulado para a temperatura siberiana, e eu estava só de bermuda e camiseta, e não tinha nem blusa nem nada na mochila de mão. Estava realmente muito frio, e já havia ficado ruim em Medellín, achei que fosse me lascar em Cartagena.

Já chegando próximo à Cartagena, passamos próximo a uma área que me lembrou muito Cubatão, com várias indústrias e muitas chaminés com fogo em cima, aquela altura já percebia que a fama de cidade quente de Cartagena se fazia real, pois apesar do ar forte, a janela do ônibus estava quente e imaginava que devia estar um calor dos infernos lá fora.

Umas 14h depois, estávamos na rodoviária de Cartagena, estava realmente calor mesmo pro horário, por volta de 23h. Tomei um táxi do lado de fora e parti rumo ao hostel que havia reservado pela Internet, a Casa Venecia, ficava em Getsemani, um bairro muito próximo da região da área murada, havia conseguido uma promoção pelo Booking, a estadia original saia uns 30000 pesos se não me engano (ou próximo disso), mas consegui por 21050, peguei logo 6 diárias, pois pelo que li, Cartagena era uma cidade pra se ficar pelo menos uma semana, fora que queria conhecer algumas praias legais por lá. Mal sabia que teria um dia perdido por lá!

Chegando ao hostel, fui agradavelmente recepcionado por um cheiro forte de urina na escadaria, mas estava cansado e como tinha um povo meio estranho pela rua imaginei que alguém tivesse mijado ali. Tive um certo atraso no check in do hostel, pois o tiozinho que me atendeu não conseguia achar a minha reserva, muito menos o desconto do Booking. Problema resolvido, fui para o quarto, era um de 12 camas que ficava nos fundos, subindo uma escadaria. Como já havia lido a respeito, o banho realmente é frio (até por conta do calorão que faz por lá), mas não tem nem chuveiro, era apenas o cano com água. Bom, isso não me incomoda, tendo água tava ótimo, precisava de um bom banho mesmo kkkk

 

 

 

36008525496_804af20d9d_c.jpgCaminho entre Medellín e Cartagena

 

 

35660959860_eca5882227_c.jpgCaminho entre Medellín e Cartagena

 

 

36008519656_8c82dccd9b_c.jpgCaminho entre Medellín e Cartagena

 

 

GASTOS DO DIA

 

Táxi até rodoviária: COP 9.550

Lanche no caminho: COP 7.000

Táxi em Cartagena: COP 20.000

Hostel (check in): COP 126.360

 

 

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DIA 16 – 24/09

 

 

Sempre ouvi que Cartagena é quente pra burro. E é. Pensa num lugar quente. Sabadão ensolarado, estava curioso pra conhecer a tal da cidade murada.

Descendo pra cozinha, tinha uma tia que fazia limpeza lá e servia o café, ela prepara individualmente, achei bem fraco, era um copo de suco (que parecia passado), um pedaço de omelete e um pão de forma tostado um que eu digo é uma fatia), aí acompanhava manteiga, geleia.

Eram umas 9h, tinha um sol pra cada um e sai rumo à área murada, ficava bem perto do hostel, uns 5 a 10 minutos andando e logo avistei a tal torre do relógio, ali começa o rolê. Logo que entra você já é abordado por um milhão de vendedores de tudo o que se possa imaginar, e na boa, eu achei que os vendedores de Cusco eram chatos, os de Bogotá e Medellín também, mas os de Cartagena estavam de parabéns. Pensa num povo que não conhece a palavra “não”, e nem adianta falar em espanhol, dá na mesma, você segue e eles vão atrás tentando minar sua resistência.

Comecei a desbravar o local, realmente é bem interessante, várias construções da época das invasões e tal, e tem o muro no qual você pode andar por cima (não dá pra contornar a cidade murada porque em alguns lugares ele falha). De cima do muro você vê o mar e a avenida da “praia” (na verdade, Cartagena até tem praia, mas é numa outra parte, ali é só o calçadão e o mar, eles chamam de malecón)

Sobre o que eu disse dos vendedores de lá serem chatos, enquanto eu caminhava pelo muro, um senhor me abordou e começou a pentelhar perguntando se queria um tour guiado, agradeci e disse que não, continuei caminhando, então ele me seguiu e perguntou se queria ouvir a história dos piratas, novamente disse não, e eu caminhando e ele atrás, até que uma hora eu encostei na mureta pra observar a paisagem e ele colou do meu lado, se apoiando na mureta e começou a dizer: “Daquele lado fica a cidade de Santa Marta, onde em tal ano...” Meu, é embaçado, mas faz parte da cultura deles, não adianta reclamar ou azedar, senão tu enfarta kkkkk

Eu levei umas duas horas e meia mais ou menos para conhecer toda aquela área, isso caminhando de boa, e eram por volta de meio dia ainda, pensei com os meus botões que 6 dias talvez fosse ser muito tempo ali.

Comecei então a caçar casas de câmbio para ver a cotação na cidade como era, pois logo precisaria trocar mais dinheiro, e, com exceção de uma que era absurdamente mais cara as outras tinham sempre o mesmo padrão de valor (em torno de 2700 a 2750, menos na careira que era uns 2500 e alguma coisa).

Depois sai pesquisar sobre o passeio à Playa Blanca, na área murada tem algumas agências e uns caras que vendem passeio na rua, na primeira que entrei a moça me explicou como funciona, você vai de transporte até cais, faz um tour de barco pelas Ilhas Rosario, tem a entrada opcional para um aquário (paga a parte) e depois vai para a praia, e lá tem direito a um almoço e uma espécie de happy hour que eles chama de hora-bar (goró à vonts), saía 45000, fora a entrada do aquário (não lembro o valor) e a taxa de embarque era pago a parte também (esse era obrigatório, era uma espécie de imposto da Marinha), algo em torno de uns 12000. Como sabia que domingo não abriria, disse que retornaria na segunda para fechar e aí fui descobrir que segunda também nada abriria na cidade. Motivo: o presidente viria à cidade assinar o tal acordo de paz com as FARC, e por conta disso nada poderia abrir, os acessos estariam restritos, principalmente na área murada e na região do Centro de Convenções, que era ali próximo e também próximo do meu hostel.

No final da tarde minha intenção era ver o tal pôr do sol no Café do Mar, que fica sobre o muro e é o local onde todo mundo pára para observar o fenômeno, mas próximo do horário o tempo mudou e de repente caiu um puta temporal, fazendo com que mudasse meus planos e voltasse mais cedo. No caminho passei no mercado para garantir minha janta e depois fui para o hostel, assisti a um jogo do Peixe pelo Brasileiro, tomei banho e fui jantar.

Enquanto cozinhava, sentia um cheiro de cocô forte, mas não sabia de onde vinha, e na hora que sentei na mesa pra comer descobri o motivo: embaixo da mesa ficava uma caixa de areia onde os gatos que lá habitavam faziam suas necessidades, e ela estava, digamos, carregada. Isso mesmo, na cozinha do hostel! Eram 4 gatos que vivam lá, subiam na pia, na mesa, e se você vacilar com a comida eles pegam. Que dureza!

Outra coisa que não gostei muito é que apesar da cozinha ser bem grande, tinha poucos utensílios e muitos estavam bem sujos.

Após minha janta “aromática”, decidi sair para dar uma volta, estava muito calor e seguindo a rua abaixo encontrei uma praça onde fica uma igreja e em volta dela muitas pessoas reunidas tomando cerveja e conversando, vários carrinhos de lanches e bebida em volta e alguns policiais só observando, tudo na paz.

Após algumas geladas, voltei para o hostel e fiz algumas pesquisar de coisas para fazer e descobri que no último domingo de cada mês (e no dia seguinte seria o último domingo do mês), a entrada no Castillo de San Felipe era grátis ::otemo::::otemo:: .

 

 

35645636740_b0df9221c1_c.jpgMonumento da India Catalina

 

 

35864083772_8cf6f7879e_c.jpgTorre do relógio

 

 

35993511546_81fb8f2887_c.jpgCidade murada

 

 

35645627310_0eb2b81911_c.jpgCidade murada

 

 

36035207185_570bc3b2eb_c.jpgCidade murada

 

 

35225003393_fa081165cb_c.jpgCidade murada

 

 

35901551281_6520b7b142_c.jpgCidade murada

 

 

35225165523_b4712dd075_c.jpgCidade murada

 

 

35993674996_aff80a8b97_c.jpgCidade murada

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Mercado: COP 20.720

Limonada: COP 2.000

Cerveja: COP 2.300 (2x)

 

 

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DIA 17 – 25/09

 

 

Domingão de sol, mandei outro café da manhã miado e sai, primeira parada do dia seria o Castillo de San Felipe, era próximo de onde eu estava hospedado.

Por ser dia grátis, estava lotado de gente, e quando eu cheguei para passar pela portaria (que já era mais ao alto), a surpresa: o cara, me vendo com uma camisa do Brasil, perguntou se eu era “nacional” ou estrangeiro, e eu no impulso respondi estrangeiro. A entrada grátis era só pra colombianos ::putz:: . Toca eu descer de novo e ir até a bilheteria e comprar a entrada.

O lugar é uma espécie de fortaleza que protegia a cidade de ataques, tem várias passagens e até uma sala onde se vê um vídeo sobre a história do lugar. Lá você pode também contratar um guia. Achei interessante no final das contas. E a vista é legal também, já que o lugar é bem alto. Mas não era tão alto quanto o Convento de la Popa, de onde se tem a vista da cidade toda, e saindo de lá seria minha próxima parada.

O convento não parecia ser muito longe, mas no final foi uma bela caminhada e estava muito calor, o sol era forte. No caminho ainda parei para tirar umas fotos nos Sapatos Velhos, uma praça onde ficam dois enormes sapatos que dá até pra entrar pra tirar foto. Nada demais.

O lugar fica em cima de um morro, e imaginei que tivesse algum ônibus que subisse até lá, mas uma senhora me disse que ou fazia a pé ou de moto táxi, só que a pé não era recomendado porque há assaltos por lá, então ela chamou um rapaz que passava pelo local de moto e que fazia o serviço. Mesmo não gostando de moto, não tive opção e topei o rolê, não demorou muito e logo estávamos na entrada do convento.

A visita é rápida, não há tanto para se ver, alguma imagens, um pequeno museu, a parte de cima é restrita, mas o que realmente compensa no lugar é a vista da cidade, dá pra ver tudo: a parte murada, o porto, o aeroporto (do outro lado da cidade), a cidade nova. A vista e realmente é bacana.

Uma passada rápida no hostel pra comer algo e fui dar mais uma volta pela região da muralha.

Nessa hora, comecei a perceber a dimensão do que viria pro dia seguinte: muita policia chegando na cidade, junto com o exército, a guarda nacional, grupo antiterrorista, enfim, tudo o que existia de segurança no país. Eles começaram a ocupar uma praça que ficava ali próximo.

Assim como no dia anterior, no mesmo horário, começou um temporal, e fui me abrigar numa sorveteria, e nela tinham vários agentes do governo (estavam armados e com um crachá imenso). Um deles até veio falar comigo quando viu minha camisa do Brasil, perguntou se eu era carioca.

Logo a chuva passou e dessa vez pude ver o tal pôr do sol no Café do Mar, era realmente bem bonito. O curioso foi ver vários policiais e soldados turistando por ali e até tirando selfies.

À noite, na hora que fui jantar, notei uma coisa que me deixou mais cabreiro ainda sobre o hostel: sobre a mesa tinha um cesto onde ficavam os pães de forma que eram servidos no café da manhã, e um dos pacotes estava completamente embolorado, os pães tudo esverdeados ::essa::::xiu::::bad:: . Nem precisa dizer que não tomaria mais café da manhã lá.

Antes de dormir, reparei da varanda que já estavam colocando barricadas na esquina do hostel. O dia seguinte seria realmente tenso.

 

 

 

35225050023_666f8b4e81_c.jpgPequeno animal típico da região

 

 

35225158693_9515bc0ee3_c.jpgCastillo de San Felipe

 

 

35225154753_1ded6a1ccf_c.jpgVista da cidade

 

 

35864238672_1bce2c3b47_c.jpgVista da cidade

 

 

36035404245_bcaf4bbc12_c.jpgSala de vídeo

 

 

35645832210_5df7caca70_c.jpgCastillo de San Felipe

 

 

35645828470_71bc348d5a_c.jpgCastillo de San Felipe

 

 

35901340421_6ebcbefbf3_c.jpgSapatos Viejos

 

 

35645824120_59881b78cb_c.jpgConvento de La Popa

 

 

36035384065_7c1e7f6ee1_c.jpgConvento de La Popa

 

 

35901503991_6114016a32_c.jpgCidade vista do convento

 

 

35225132493_8d138e6e0f_c.jpgCidade vista do convento

 

 

35225130143_d0399b3915_c.jpgCidade vista do convento

 

 

35864205782_3356ae3861_c.jpgCidade vista do convento

 

 

35195701374_b3189a8cca_c.jpgCafé del Mar

 

 

36035358395_8f4033007e_c.jpgCompanhia para o pôr-do-sol

 

 

35225044173_25caab5aa1_c.jpgPôr-do-sol

 

 

35993638926_58747e7ec8_c.jpgCidade murada à noite

 

 

36035347895_cff0f71e83_c.jpgCidade murada à noite

 

 

35993635856_622cd4bc21_c.jpgÀ esquerda, o Centro de Convenções

 

 

36035515345_de7c229c06_c.jpgBarricada armada na esquina do hostel

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Castillo: COP 25.000

Lembrança: COP 5.000

Moto-táxi: COP 5.000 (2x)

Monastério: COP 10.000

Limonada: COP 2.000

Mercado: COP 11.504

 

 

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DIA 18 – 26/09

 

 

A cidade estava em polvorosa. Barricada e soldado pra tudo que era lado, e pra poder passar tinha muita fila, os caras davam geral, olhavam bolsas e mochilas, tava parecendo um filme de Hollywood. Pra não ficar trancado no hostel com cara de bunda, decidi dar uma caminhada até a cidade nova, onde fica o bairro de Bocagrande. Depois de passar por umas 3 barreiras, cheguei até a área murada, peguei a saída que tinha abaixo do Café do Mar e segui pelo malecón, não tinha pressa, ia observando a paisagem. E durante o caminho, muitas barreiras policiais, tava tenso o negócio.

Após mais ou menos uma meia hora, comecei a avistar a praia de Bocagrande, e realmente correspondia ao que eu havia lido a respeito, era uma praia de areia escura e bem mequetrefe. Mas, apesar da praia feia, o bairro era bem chique, tinha um grande shopping, muitos prédios e alguns hotéis, e em quase todos tinham carros com bandeiras de outros países, era o povo que veio pra assistir à assinatura do acordo de paz que estava hospedado ali.

Cheguei até um lugar conhecido como Laguito, era um lago que ficava quase em frente ao Hilton, bem no final do bairro, fiquei um tempo sentado por ali olhando pro nada, pensando no que fazer o resto do dia, e depois resolvi voltar, dei uma entrada no shopping pra dar uma olhada e fazer um pouco de hora.

Quando cheguei na área murada, descobri que não poderia passar de volta pois o lazarento do presidente estava almoçando por ali e tudo estava interditado de vez, ninguém mais entrava e nem saia. Tentei várias entradas mas todas estavam bloqueadas. Na última que parei, expliquei a um guarda que só queria chegar no meu hostel, mostrei no mapa do celular o local onde ficava, e após muita conversa, ele pediu para eu aguardar um pouco. Nessa hora um grupo começou a discutir com um soldado até ele se irritar e mandar todo mundo voltar já ameaçando pegar a arma dele, achei que por causa daquilo eu não iria conseguir passar, mas continuei quieto encostado num canto até que um deles veio e começou a me escoltar, abrindo passagem nas outras barreiras até sair da área murada.

Antes de chegar no hostel, avistei um mercado da rede Olimpica aberto (era o único que abriu pelo jeito pois estava lotado) e resolvi comprar umas coisas, inclusive umas cervejas, pois já que não teria nada pra fazer o jeito era beber, mas pra miiiiiiiinha alegriiiiiaaaaa, só que não, tinha um cartaz gigante na frente da geladeira escrito “Lei seca”, inclusive todas as bebidas forma retiradas das prateleiras ::carai::::grr:: . Puta merda, esse seria um dia longo!

Passei a tarde toda deitado na rede pesquisando sobre Santa Marta, vendo besteira no Whastsapp e no Facebook, com calor, tédio e sóbrio.

Era possível ouvir do hostel a barulheira vinda do Centro de Convenções. No mesmo horário de sempre, caiu um temporal e no final da tarde alguns caças começaram a voar baixo, chegando a tremer tudo por ali.

 

 

36035512445_ce624b580c_c.jpgCartagena sitiada

 

 

36035507845_77e5f5427b_c.jpgCartagena sitiada

 

 

35195682064_d46977f4e7_c.jpgBocagrande

 

 

35645773840_7082d77fb2_c.jpgBocagrande

 

 

35225042723_7c77a17dff_c.jpgLaguito

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Mercado: COP 8.440

 

 

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DIA 19 – 27/09

 

 

Nesse dia eu estava sem muito o que fazer, porque como não pude fazer nada no dia anterior, tive que usar esse dia para reservar o passeio para a Playa Blanca, mas como fiquei ocioso por um tempo, fiz umas pesquisas e descobri que é possível ir por terra, de ônibus, o custo é o mesmo do barco mas não tem a taxa cobrada no porto. Indo até a cidade murada, vi (como já tinha visto antes) muitas pessoas que vendem na rua pacotes para lá, mas tinha receio de cair em algum golpe, mas li relatos de pessoas que fecharam e não tiveram problemas. Gostaria de fechar também para uma praia chamada Tierrabomba, mas como não teria tempo pois teria que ser um dia diferente da Playa Blanca deixei pra lá.

Um senhor chamado Alfonso Arroyo (sim, decorei o nome do cara, vocês entenderão o porquê) me abordou e ofereceu um pacote pra lá. O mais em conta que vi em agência foi 45000, o cara me ofereceu por 40000 ônibus ida e volta, almoço e a tal hora bar), conversa vai, conversa vem, e disse que iria dar uma volta e retornava pra fechar.

Fui a uma casa de câmbio trocar dinheiro e dei mais uma volta pela área murada, aproveitei para experimentar algumas iguarias colombianas: a famosa limonada de coco, simplesmente deliciosa, se foram à Colômbia não deixem de provar, é obrigatório; comi um pastel de arequipe, que nada mais é que o doce de leite que não sei porque se chama arequipe lá; e tomei um suco de tomate de árbol, é uma fruta típica de lá, meio azedinho, é bem gostoso.

Dei mais uma pesquisada sobre o passeio e como vi que não tinha coisa muito melhor, e a explicação do cara era bem convincente acabei voltando e fechando com ele, ele fez um recibo (com papel timbrado da agência) e pediu 50% adiantado, disse para acertar o restante na hora do embarque, como vi que a maioria trabalhava dessa forma (já havia perguntado antes), não vi problema e paguei 20000, ele anotou no recibo o valor pago e combinamos que era pra estar às 8h na Torre do Relógio.

O tempo estava estranho e decidi ir até o terminal de ônibus para ver passagens para Santa Marta. O terminal é bem longe e resolvi testar o transporte público da cidade chamado Transcaribe, que nada mais é do que o Transmilênio de Bogotá com outro nome e tão confuso quanto. Comprei um cartão e duas viagens e perguntei como chegava no terminal, mas assim como foi a primeira vez em Bogotá, também me deram umas explicações enroladas de como chegar lá, só entendi que teria que fazer baldeação, o que geraria uma passagem a mais.

Graças ao GPS (Google Maps) do celular, consegui achar a estação próxima e logo estava no terminal. Fui em uns três guichês de empresas e vi que os valores eram praticamente os mesmos e em todos eles só vendem passagem no dia, acabei perdendo tempo indo lá.

Na saída, enquanto aguardava o ônibus, observei o lugar onde estava, pensa numa quebrada feia, pra quem é do litoral de São Paulo eu diria que é quase uma mistura de Catiapõa com Jóquei Clube (dois bairros de São Vicente).

Uma passada no mercado e bora se preparar pro dia seguinte, estava ansioso para conhecer a Playa Blanca.

 

 

35645652500_390ea081f7_c.jpgLimonada de coco

 

 

35225038733_916d231580_c.jpgPastel de arequipe e suco de tomate de arbol

 

 

 

GASTOS DO DIA

 

Limonada de coco: COP 6.000

Pastel de arequipe + suco de tomate de árbol: COP 5.000

Tour: COP 20.000 (adiantamento)

Transcaribe: COP 2.000 (3x)

Cartão: COP 4.000

Limonada: COP 2.000

Empanadas: COP 1.000 (2x)

Mercado: COP 3.590

Câmbio: US$ 300,00 * COP 2.730 → COP 819.000

 

 

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