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Em 04/12/2017 em 20:57, vanessa.miranda disse:

Oi @caiorsd !

Respondendo suas perguntas:

1) Eu considero que o grau de aventura/desafio muda bastante, mas isso é abstrato. Não levando em conta opiniões pessoais e custos, acho que a maior desvantagem é a falta de flexibilidade. Vc pode perder o cume pq a janela de tempo bom vai ser um dia depois do fim do prazo contratado (aconteceu com vários grupos quando eu estava lá)... Ou pode ter que desistir pq está se sentindo mal e seu grupo está bem e vai continuar subindo, sendo que se vc pudesse fazer seu próprio cronograma bastava descansar/aclimatar mais um dia e continuar depois, por exemplo.

2) Gastei uns 2000 reais e uns 400 dólares, sem incluir equipamento:

Voos, ônibus, taxis: R$1480
Gás (comprei em santiago) + comida que levei: uns R$150 - R$170
Comida fora do parque (restaurantes, etc..) uns R$200
Permissão: US$291
Serviço básico de mulas ida e volta dividido para 4 pessoas: US$100 ou US$110
Hostel em mendoza antes e depois (4 noites total) + 1 noite em puente del inca - uns R$150 ou menos.

Quanto ao equipamento, eu acabei comprando antes quase tudo o que eu ainda não tinha... Então só tive que alugar botas duplas e mittens. Não lembro certo quanto foi, mas é fácil conseguir orçamento de alugueis, eles mandam por email. Acho que deu uns R$350 - 400 no total.

Fica muito mais barato e flexível. Vale muito a pena.
Vi que vc não tinha experiencia em alta montanha. Quais foram suas fontes de consulta para realizar o planejamento, saber referencias dos equipamentos para adquirir, treinamento e logística/alimentação?
Vou deixar meu email caso queira mandar algum arquivo.
Quem estiver estudando essa ascensão tb pode entrar em contato comigo.

Estudo a possibilidade de passar 10 dias na Bolívia em jul aprendendo sobre alta montanha antes de seguir para o Aconcágua.

caiorsd@hotmail.com

  • Colaboradores
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@caiorsd considerando "alta montanha" como acima de 5500m, eu até tinha alguma experiencia no Peru, pequena, mas que fez diferença. Além da vivência, conversei com muita gente lá, o que me ajudou a ir construindo o conhecimento que precisava. No mais, pesquisei e li tudo que pude encontrar na internet (relatos, vídeos, livros, pesquisas científicas, filmes etc.) As conversas no outro tópico que abri aqui no mochileiros na época pra buscar companhia também ajudaram bastante a ir amadurecendo os planos, principalmente com as dicas e experiência dos que já tinham tentado o Aconcágua.

Sobre a alimentação, sim, nos acampamentos altos fiquei praticamente na base de miojo, purê de batata em pó, biscoito recheado e barrinhas... Pro acampamento base levei enlatados: atum, feijao etc. Também levei um arroz pequeno. Em alguns dias a gente cozinhava em grupo e juntava coisas que cada um tinha levado tbm, ainda no acampamento base. Na madrugada antes de subir pro cume, eu ia comer um miojo maaais uma vez, mas o Andre me deu um liofilizado dele que tava sobrando. Isso foi ótimo. Aprendi e agora sempre levo pelo menos 1 liofilizado pra cada pré-cume. Outra coisa que aprendi que é bom de levar é cuzcuz marroquino. Só levar uma embalagem metalizada vazia (como as dos liofilizados) , colocar o cuzcuz dentro e água quente e nem precisa sujar panela ou pote nenhum.. Fica pronto nuns 5 minutos. Também levei uns chocolates e castanhas, mas acabou rápido.

  • Obrigad@! 1
  • 1 mês depois...
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Caramba Vanessa, parabéns!!!

Uma informação sobre o gás por favor;

Vc disse que 5cartuchos de gás é o suficiente para a expedição, esses 5 seria por pessoa né? E somente para os acampamentos altos vc utilizou quantos cartuchos?

Lembra a marca desse gás e o valor q pagou em Santiago?

Muito obrigado.

Abraços

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@mateus.passos-de-souza, sim, por pessoa, e já considerando uma boa folga por precaução. Não sei dizer ao certo quanto gastei nos acampamentos altos.... Lembro por exemplo que quando derretemos neve juntos pra 3 pessoas no Cólera, suficiente pra beber bastante, cozinhar e levar pro cume, gastamos 1 cartucho cheio e um pouco de outro.
Não tenho certeza de qual marca foi o gás, mas acho que era Coleman. Em santiago custou o equivalente a uns 9 ou 10 reais cada cartucho de 230g (isobutano e propano). Em Mendoza custava mais ou menos o dobro.

  • Membros
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5 horas atrás, vanessa.miranda disse:

@mateus.passos-de-souza, sim, por pessoa, e já considerando uma boa folga por precaução. Não sei dizer ao certo quanto gastei nos acampamentos altos.... Lembro por exemplo que quando derretemos neve juntos pra 3 pessoas no Cólera, suficiente pra beber bastante, cozinhar e levar pro cume, gastamos 1 cartucho cheio e um pouco de outro.
Não tenho certeza de qual marca foi o gás, mas acho que era Coleman. Em santiago custou o equivalente a uns 9 ou 10 reais cada cartucho de 230g (isobutano e propano). Em Mendoza custava mais ou menos o dobro.

Obrigado Vanessa, já deu pra ter uma idéia. Fiz o Huayna Potosi em Julho17, mas não experienciei o uso d fogareiro em altitude e nem derreter neve, por isso essa minha dúvida.

Só pra concluir esse assunto específico; Vc comentou q usou cartucho isobutano/propano, será que são os mesmos comercializados no Brasil?(nautika tekgas 75%isobutano/25%propano e Guepardo Climber 70%isobutano/30%propano).

Se for o caso é uma notícia boa pra mim hahaha, pois nessas proporções eu imaginava q seria necessário no mínimo uns 7cartuchos por pessoa, ou 4 somente de propano q tem rendimento melhor em baixas temperaturas.

Nos acampamentos alto vc utilizava algo por baixo do cartucho/fogareiro? Vi um artigo falando q ajuda a render um pouco mais o cartucho se deixar ele o menos gelado possível. https://www.lacumbreonline.cl/blog/consejos/como-optimizar-el-rendimiento-de-tus-cartuchos-de-gas/

Agradeço novamente por compartilhar sua experiência. Abraços.

  • Amei! 2
  • Colaboradores
Postado

@mateus.passos-de-souza 
O gás era desses sim, não lembro se os que levei pro Aconcágua eram na proporção 70/30 ou 75/25, mas já usei das duas proporções em altitude e não notei diferença relevante. Sobre o frio, essa composição é suficientemente boa pra temperatura baixa, não falhou nem quando tava -20º (antes eu tinha lido sobre eles falharem, mas nunca aconteceu comigo...) Não tivemos mto cuidado com manter os cartuchos aquecidos, só mantivemos dentro da barraca, claro. No Huascarán teve um dia que o cartucho grudou no gelo enquanto tava derretendo neve fora da barraca, e tivemos que deixar ele passar a noite fora. No outro dia de manhã funcionou normalmente. Sobre o rendimento ser melhor se o cartucho não estiver gelado, faz sentido, mas não sei dizer. Com certeza quando tá mais frio gasta mais, mas talvez seja só porque a água demora mais a esquentar, o gelo demora mais a derreter.... não sei... Uma dica pra derreter neve mais rápido é jogar um pouco de água já derretida junto. Se estiver sem água, derrete um pouco até esquentar, e vai colocando a neve e esperando derreter, sempre deixando um pouco de água junto, faz mta diferença. Outra dica é evitar desencaixar o fogareiro do cartucho, quando der, porque cada vez que desencaixa vaza um pouco de gás. Se estiver com mais gente, cozinhar/derreter neve em equipe tbm economiza ;)

Legal esse artigo que vc mandou!

  • Amei! 1
  • 1 mês depois...
  • 1 mês depois...
  • Membros
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Boa Tarde, Vanessa.

 

Ontem fiquei até 01 hora da manhã lendo o seu relato. Muito bem produzido, riquíssimo em detalhes, retratou com perfeição o que você passou. Me senti junto com você em alguns momentos.

Bom... eu pretendo ir ao Aconcágua em fevereiro de 2019. Não tenho experiência alguma em montanhismo, nem em trekking... :) , mas sou determinado, e quando coloco algo na cabeça, é difícil alguém tirar.

Iniciei treinamento com musculação em janeiro, e comecei a correr agora no final de março.. canelas e joelhos já doeram, mas parecem que estão dando uma trégua... então espero que até o ano que vem eu esteja preparado fisicamente.

 

Minhas perguntas são:

1. porque vc escolheu o mês de dezembro para a acensão? Pq não em janeiro, na alta temporada?

2. em relação a sua preparação física, você teria feito diferente se pudesse voltar atrás, teria se preparado melhor?

3. Na sua opinião, valeu a pena adquirir alguns equipamentos ou hoje você teria alugado tudo? (eu moro no norte do Estado de Mato Grosso, onde o clima nunca fica frio e o montanhismo não será um hobby frequente para mim)

Desde já agradecido.

Geraldo.

Ps. Muito provavelmente no decorrer deste ano vou voltar a tirar dúvidas contigo :).  Muito obrigado!

  • Amei! 3

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