Membros brunacth Postado Junho 13, 2017 Membros Postado Junho 13, 2017 Olá à todos! Este é meu primeiro relato aqui no grupo e na vida. Já viajo sozinha de mochila há algum tempo, mas nunca tive coragem de postar minhas anotações. Mas sei como estes relatos são importantes para quem está começando e/ou é mais desconfiado que tudo sempre sai 100% como o planejado. Fiquem para me questionar qualquer dúvida ou curiosidade que tenham! Passei uns bons meses planejando está viagem e apesar de alguns contratempos e estresses ... deu tudo certo! Comecei minha viagem pelo Peru, porque não? A maioria faz o roteiro contrário, mas estava muito ansiosa para conhecer Machu Pichu e fiquei com medo de estar muito cansada quando chegasse lá. Começando pelo Peru: Fui direto para Lima. no avião, escolha o lado direito para ver o lago Titicaca e a cordilheira ao fundo, o voo passa durante a metade do trajeto, depois de mais ou menos duas horas de viagem. O passeio pela orla (por baixo e por cima) de Miraflores obrigatória. A praia é de pedras não tem areia e é muito bonita. Lá mesmo tem o Shopping Lacomar com lojas caras e bonitas vale pela vista do mar e por um jantar mais carinho nos restaurantes de lá. Falabella e Ripley há várias espalhadas por Lima. São megalojas ja que vende roupas, eletrônicos e utilitários do lar. Até dá pra achar algo em conta na Ripley por ter marcas mais locais, já a Falabella tem marcas mais conhecidas e também mais caras No centro de Lima o trânsito é absurdamente louco, os semáforos não são obedecidos, nem (as poucas) faixas de pedestres, porém por incrível que pareça, os motoristas reduzem e dão preferência para os pedestres. Fiz compras na Polvos Azules que é quase uma 25 de março, mais vazias e vendedores honestos pelo menos a que eu encontrei falou qual era original e qual era imitação e fez a conversão de usd para nuevos soles corretamente. Vale a caminhada pelo centro de Lima, começando pela Plaza San Martin e seguindo pelo calçadão até a Plaza de Armas e a Iglesa de San Francisco. Plaza de la Reserva só abre no final da tarde e já um show de luz a noite. O tour custa usd 35, mas para entrar no parque custa sl. 4 Há um sítio arqueológico em Miraflores que atrações durante o dia e a noite. A sugestão é ir para ver a iluminação especial que há lá. Calle de las Pizzas é um trecho entre o parque Kennedy e a Calle Berlin , onde há bares, restaurantes e baladas. Fui no dia que houve o jogo Peru x Brasil. Estava tudo lotado, mas seguro e bem tranquilo, só um pouco mais caro do que o normal Fiquei na Casa Cielo, não é hostel e por isso foi um pouco mais caro, porém estava tudo ótimo, cama banho e café da manhã! Segui viagem para Cusco, cheguei no meio da tarde e perdi um pedaço do meu city tour. mas o passeio é valido porque te leva para alguns pontos fora da cidade. Não se iluda, todos as agências fazem o mesmo trajeto, o que pode mudar é o tempo em cada parada. Vale Sagrado é uma boa visita, o problema que tive foi na hora do almoço, como não tinha pago, acabei ficando em um restaurante que não era tão bom e estava um pouco caro pelo o que oferecia. O trem Inca Rail para águas Calientes é confuso e as pessoas não obedecem o local marcado, as filas confusas e o troca troca de lugares acaba atrasando a viagem. A cidadezinha de Águas Calientes não tem nada além de um mercado artesanal, restaurantes e hospedagens. É um simples entreposto entre o trem e Machu Picchu. Machu Picchu sim é bem organizado, desde o ônibus que leva até o topo, a entrada que é limitada a três vezes e a rota do tour. A cercados e setas indicando as rotas, não tem como andar perdido pela santuário, você é obrigado a seguir o fluxo até a saída. Eu fiz o tour guiado e depois voltei para ver o que realmente me interessava. Na volta fui pela Peru Rail, que é mais caro e tem um serviço mas controlado e melhor. A volta para Cusco direto é bem demorado, levou quase 5hrs. O Saleiro de Maras e Moray é um passeio de meio dia que não foi tão cansativo, mas ficamos boas horas no ônibus e pouco tempo nos locais de visita. O saleiro é o mais interessante e o mais bonito. Em Cusco fiquei no Pirwa Garli que está 15 a 20 min andando da Plaza de Armas. Cama boa, chuveiro Ok, mas o café da manhã sempre estava atrasado. Em águas Calientes fiquei hostel com cama e chuveiro Ok, café da manhã foi estranho, não tinha muita coisa para comer. Finalizando Lima, fui para Puno para conhecer o lago Titicaca. A cidade é minúscula, os pontos turísticos citados no guia oficial do Peru são ridículos. O único atrativos é o lago Titicaca. Para passar o dia, escolhi visitar o povoado das islas de Uros, prepare o bolso para esta visita.O tour te leva a um ilha onde há um grupo de famílias e explicam algumas coisas e te convidam a um passeio com o barco tradicional deles (pago parte) na volta há uma demonstração muito interessante de como essas ilhas são feitas e somos convidados a entrar na casa deles e depois somos convidados a comprar o artesanato deles, que é lindo, feito a mão com perfeição e por isso não é barato, dá pra negociar, claro. Depois somos levados a uma ilha comercial que há mais vendas de artesanato e uma cafeteria que cobra 1 sol pelo carimbo de visita ao Titicaca. Há outras opções de passeios, visitando um cemitério inca ou outras ilhas do lago. Mas eu já estava desanimada e não quis fazer. Fiquei no Pirwa Hostel, também longe de tudo Mas tem cama e chuveiro bons, café também sem muitas opções. Atravessando a fronteira para a Bolívia foi mais simples do que eu pensava, mal olharam meus documentos e fui liberada. Logo já estava em Copacabana. Outra cidade que não vale a pena ficar muito tempo. Não me pareceu preparada para turismo. Basicamente ela tinha um rua com bares, lojas e restaurantes que termina no porto. Lá fui conhecer, ou tentar, a Isla del Sol. Não vale a pena fazer o passeio que eu fiz de 1/2 dia. Só vale pena para passar o dia todo lá ou pernoitar. O que não te avisam quando você compra o pacote é que tem uma taxa para entrar na ilha (que eu já sabia) e o guia é pago a parte (surpresa). Sem guia, você tem uma hora para conhecer a ilha, com guia duas horas!! No meu caso, tive uma surpresa extra o pacote que eu comprei em Puno só tinha a ida para a ilha, porquê raios não tinha a volta jamais entenderei! No trajeto com guia você faz a trilha desde o porto até o as ruínas do portal do sol, sem guia você sobe até aonde conseguir e depois pega o barco até o portal do sol. A vista da ilha é muito bonita e a subida mortífera! Fiquei no hotel Utama que tem uma cama boa, banheiro razoável e um ótimo café da manhã. O pior do hostel é que fica bem no meio de uma subida. Finalmente cheguei a La Paz, a cidade tem várias opções de atividades depende de quanto tempo você tem e quão aventureiro você é: Tem um passeio para um sítio arqueológico Tem o downhill de bike Tem o teleférico (que eu fiz) Tem a visita a Chacaltaya e ao vale da lua (que eu também fiz) O teleférico foi bem básico. O legal é conhecer um lado da cidade que eu não sabia que existia. A chegada a La Paz via El Alto, tanto de avião como de bus, me deixou um pouco chocada com o visual. Na linha verde do teleférico leva a zona sul que é bem diferente e bonita. O ruim é que o trajeto que o teleférico não faz, fazemos a pé ou pegando um bus de linha comum, sem luxo. Já a estação desativada de ski na montanha Chacaltaya é mais interessante, porém podia ser 1000 vezes melhor. Há zero estrutura no lugar que foi abandonada quando a neve sumiu do lugar. Depois de 1:30hr de viagem numa estrada precária e perigosa, quando chegamos não há um café, um lojinha nem banheiro funcionando. Quando chegamos já era quase 11hrs e até subir da base onde há dois lodges abandonados até o topo mais uns 40 min. Ainda bem que a minha agência fez um lanch box pra mim. Não consegui chegar até o topo que são a 5800 msnn, fiquei feliz em ir até a metade do morro. Não há mais teleférico nem nada lá encima também. O lugar parece cenário de filme de terror. Mas a vista é incrível! De novo, um desperdício de La Paz em não investir neste lugar. Já a o Valle de la Luna tem mais estrutura e organização. Tem trilhas predefinidas e sinalizadas. Também muito bonito. O problema é que a cidade está começando a invadir o lugar, mas ainda é possível esquecer aonde você está em quanto anda pelo vale. Peguei o ônibus da madrugada para chegar até Uyuni. Os ônibus não são tão confortáveis quanto em Lima, mas consegui dormir bem e chegar sem problemas no destino. Achei que levaria mais tempo, chegamos 4 horas da manhã e o ônibus foi cerado por guias querendo vender pacotes para nós. Tivemos que esperar até as 6hrs para tomar café de manhã e escolher o tour que saiam todos as 10hrs. Existem tour de 1 a 3 dias pelo deserto. Escolhi o de 3 dias que me levava até o Atacama, no Chile. A maioria das empresas tem o mesmo roteiro e só um dia não é suficiente para conhecer tudo, porque a distância entre um ponto e outro é enorme e as condições da estrada não ajuda. Mas se a intenção é apenas conhecer o Salar e tirar as fotos famosas do lugar, um dia é suficiente. Tive sorte de conhecer tomar banho quente nas duas noites (pagos a parte). Fiz o tour de 3 dias e foi bem cansativo e na segunda noite quase não dormimos porque levantamos às 4hrs da madrugada para ver os geyzers. Todas as paradas foram muito boas. O grupo que estava era bom, infelizmente uma das meninas ficou gripada e teve um carinha (sempre tem) mais mala, fora isso, foi tranquilo a convivência. O que decepcionou um pouco foi o nosso guia que simplesmente parava o carro e nos falava apenas quanto tempo tínhamos para explorar o local. Não contava nada, tem puxando assunto e perguntando. Outros guias explicam e falam mais. Volto a mencionar a falta de estrutura, ok que a maioria das paradas não tinha banheiro, mas quando tinha eram pagos e o estado deles era deplorável. E confesso que fiquei frustrada e triste com as termas que tinha lá: era só uma piscina minúscula. A travessia para o Chile é mais rápida do que voltar para Uyuni, leva em torno de 2 horas, mas se acrescenta 1 de fuso horário. voltar para Uyuni leva 5 horas sem acrescentar fuso. Essa era um informação que sempre pesquisei e nunca me pareceu claro. A demora maior foi para passar pela migração Boliviana que estava fechada quando chegamos. Uma vez liberados, pegamos uma van até San Pedro, onde fica a migração chilena. Depois de 3 dias no deserto sem estrutura, San Pedro é um oásis. A vila é super bonita, com várias lojas, mercados, restaurantes e agências de turismo. Mas é bem mais caro que a Bolívia, o sentimento de que você está pagando muito começa no câmbio, a moeda deles começa com 10 pesos que não vale nada, as coisas começam a valer por volta dos 500 pesos que são 6 bolivianos. Todos os tours também tem preços tabelados nas agências e a maioria são de meio período, o que são menos desgastante e te fazem passar uma parte do dia na vila (gastando). Outro ponto (negativo para quem tá no budget) é o costume da propina/ gorjetas. Eu já não pago no Brasil, imagina fora. Ainda mais quando eu já paguei pelo serviço. Os parques são muito mais estruturados, com placas informativas, mirantes e banheiros limpos. Termas Puritamas é sensacional. Infelizmente o tempo não ajudou nos dias em que estive no Atacama e não pude fazer o tour astronômico. Chorei de ódio neste dia. Um ponto que me deixou chateada em toda minha passagem pelo Chile foi a sensação de estar sendo enganada. No Atacama todo o câmbio que fiz me deixou com a impressão de que a agência não estava convertendo corretamente. Fora a falta de boa vontade do pessoal do centro de informações turísticas em me passar... Informações turísticas. Não tive sorte no Chile, durante minha passagem pelo Atacama que fui sentir o tão temido Mal da Montanha. Fiquei um dia inteiro no Hostel passando mal. No dia seguinte peguei o voo para Santiago. Cheguei a noite e logo pela manhã fui fazer o famoso bate e volta em Valparaiso e Viña del Mar. Começando por Valparaíso que me surpreendeu, foi onde eu encontrei os chilenos mais simpáticos (em extinção). Muito se fala sobre as cores e os grafites, mas o que eu mais gostei foi da engenharia investida para criar aquelas passarelas e elevadores tentando manter o estilo europeu no bairro. Para mim foi uma viagem ao passado onde eu ficava imaginando como era o dia a dia dos primeiros moradores dali. Agora Viña del Mar (segundo lugar onde achei chilenos simpáticos) perdeu todo o charme pra mim, pois já estava apaixonada por Valparaíso. É uma cidade bonita, que o forte é a faixa de praia. Mas como tive sorte, estava chovendo quando eu cheguei lá. Para circular entre as cidades é bem tranquilo, a parte histórica de Valparaíso tem um trólebus que vai indicando os pontos turísticos e de lá para Viña existem vários ônibus. Mas Viña tem menos estrutura turística. Não há linhas de ônibus, tem que ir caminhando. Já Santiago é uma cidade igual a Buenos Aires, Lima e São Paulo. A diferença que senti é que as pessoas são frias e não tem muita paciência pra turistas. E não sei como aproveitam os finais de tarde e finais de semana, porque as ruas ficam vazias e tudo está fechado. Mesmo escurecendo as 20:30, mesmo em dezembro. O centro histórico é bonito e limpo. há parques que valem a visita como o cerro santa Cecília. Tem um ótimo mirante. Foi a melhor atração para mim. Depois disso tudo já estava querendo mesmo ir para casa. E foi isso. Agora estou pronta para a próxima! Citar
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