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Paraíba: aventura e diversão


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Paraíba: aventura e diversão

Publicado em 01.04.2010

Jornal do Commercio

 

 

Daniel Gonzales

Agência Estado

 

JOÃO PESSOA – Basta levar na bagagem o espírito aventureiro e a vontade de se divertir. As belas praias forradas de coqueiros e o vento que sopra na medida já estão lá. As piscinas naturais, formadas por barreiras de coral, também. Quem curte esportes aquáticos ou quer se arriscar nas primeiras aulas de modalidades como kitesurfe e mergulho encontra cenários mais que favoráveis em João Pessoa e nas redondezas.

 

E não é apenas para esse público que capital da Paraíba, uma das menos populosas do Nordeste, revela seus encantos.

 

Se você é do tipo tranquilo, que só pretende relaxar na areia, deve incluir a cidade (e as vizinhas) nos seus próximos planos de viagem. Como ter certeza? É só saber que uma brincadeira comum por lá é dizer que você certamente voltará à região – ou no próximo verão, para aproveitar o que não deu tempo de fazer, ou depois da aposentadoria, para morar. Veja por quê.

 

 

Mar e sol que não acabam mais

Publicado em 01.04.2010

 

 

Para praticar esportes ou só relaxar à beira-mar. Na Paraíba, onde o astro-rei nasce primeiro nas Américas, as opções de praia são inúmeras

 

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JOÃO PESSOA – Além da tranquilidade da cidade, as praias são o maior mote para visitar a cidade onde o sol nasce primeiro. As quatro praias urbanas da capital – Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa – são o primeiro convite, com seus calçadões, barracas e feirinhas de comidas típicas e artesanato. Para completar, há espaço de sobra para caminhar e andar de bicicleta. Outro ponto a favor é que há bem menos movimento de turistas que em outras capitais nordestinas.

 

Também fica em João Pessoa o trecho mais oriental das Américas, a Ponta do Seixas, onde o sol nasce primeiro. E é por isso que convém acordar cedo para aproveitar bem o dia, que costuma terminar antes das 18h. Se seu objetivo for ter uma bela panorâmica do pontal, siga para o Mirante do Cabo Branco. Na descida, faça um pit stop numa bela (e recente, de 2008) obra de Oscar Niemeyer. Com algo de Pampulha e outro tanto do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, a Estação Cabo Branco reúne ciência, arte e cultura, além de um ótimo setor de artesanato.

 

Quando o sol baixar no horizonte, aproveite ainda para conhecer o bem preservado centro histórico da capital, que na maioria das vezes é deixado para a próxima viagem ou para aquele projeto de aposentadoria com o qual brincam os divertidos paraibanos.

 

No roteiro religioso não podem ficar de fora uma visita ao Museu-convento de São Francisco e à Igreja de Nossa Senhora das Neves, padroeira da cidade. Se o tempo for curto, passe pelo Teatro Santa Rosa e encerre o tour na varanda do antigo Hotel Globo – hoje consulado da Espanha – para um belo pôr do sol às margens do Rio Saruá.

 

KITESURFE

 

Em Cabedelo, ao norte da capital, ficam a deslumbrante Ilha de Areia Vermelha e a Praia do Jacaré, notória pelo pôr do sol. Conde e Pitimbu, cidades vizinhas ao sul, poderiam disputar o título de costa mais bela do Estado. Tudo isso em um litoral que, das divisas com o Rio Grande do Norte e com Pernambuco, tem apenas 138 quilômetros e pode ser percorrido de ponta a ponta em boas estradas, com acesso fácil a preciosidades como Coqueirinho, Barra do Gramame, Tabatinga e Tambaba.

 

As praias paraibanas só foram descobertas pelos praticantes de esportes aquáticos na década de 1990. E as primeiras escolas dessas modalidades são ainda mais novas. A The Hand Kitecenter (www.thehand.com.br), por exemplo, está há seis anos na Praia de Intermares, entre João Pessoa e Cabedelo, e é uma das pioneiras. Por lá são concorridas as aulas de wind e kitesurfe, modalidade em que o praticante “navega” sobre uma prancha impelido por um paraquedas, que infla com o vento.

 

Quem não sabe nada pode fazer o intensivão de cinco dias, por R$ 500. Ainda é possível testar uma aula avulsa (R$ 70). Todos os equipamentos necessários são alugados no local. E, por mais impossível que isso possa parecer à primeira vista, dá para encarar a empreitada sem risco de afogamento.

 

Outro ponto famoso do kite é Cabo Branco, palco de diversos campeonatos da modalidade. O sol forte, presente durante 12 horas todos os dias, atrai inclusive quem só quer ver o desfile de paraquedas coloridos, descansando na areia.

 

Intermares também é boa para os que pretendem investir no surfe. A tradicional Inject (www.injectbrasil.com) promove aulas avulsas diariamente, a partir de R$ 35, ou pacotes para iniciantes, além de aluguel de equipamentos.

 

MERGULHO

 

Sonha em ver o fundo do mar? Uma das principais escolas da modalidade está instalada na Paraíba. E dá para aproveitar as férias em João Pessoa para fazer um curso rápido. Basta ter a partir de 8 anos.

 

A Mar Aberto fica na Praia de Bessa e oferece cursos até para quem já é profissional. Os mais procurados são os programas de snorkeling – nado de superfície, com máscara e respirador – e scuba diving, mergulho a até 16 metros de profundidade.

 

Os locais de prática da modalidade também atraem pela beleza e pela curiosidade histórica. Diversos navios afundados podem ser visitados pelos mergulhadores. Um deles é o Alice. O vapor brasileiro da época da Guerra do Paraguai está a cerca de 10 quilômetros da costa e a 12 metros de profundidade. (D.G.)

 

 

 

Aproveite as belas praias ao sul

Publicado em 01.04.2010

 

 

CONDE – Basta um curto deslocamento a partir de João Pessoa, em direção ao sul, para chegar a algumas das praias mais belas da Paraíba, concentradas em apenas 65 km de extensão ao longo da Rodovia PB-008. Para animar, a estrada está em boas condições, apesar de a maior parte do trecho ser em mão dupla. Fora isso, apenas os acessos não asfaltados às faixas de areia exigem um pouco mais de paciência. Inconveniente que se esquece facilmente diante das bonitas paisagens à beira-mar.

Em apenas duas cidades, Conde e Pitimbu, você encontra diversidade de sobra. Praia semideserta, cercada por falésias, à beira de um rio ou reservada para o naturismo. Não deixe de visitar Coqueirinho, com piscina natural colada na areia, e Tabatinga, onde o Rio Bucatul forma uma deliciosa prainha doce em seu caminho para o mar.

 

BARRA DE GRAMAME

 

Partindo da capital, pare primeiro na Barra de Gramame, incrustada numa reserva ecológica. O acesso até lá é bem sinalizado, mas um pouco esburacado e difícil. Casas de veraneio são raras e há pousadas na região, que tem como habitués pescadores e praticantes de windsurfe. Por conta de um braço que avança mar adentro – a barra que dá nome à praia –, o desenho da faixa de areia muda o tempo todo, ao sabor das ondas.

 

Pequeno e emoldurado por coqueiros, o trecho pode ser percorrido de ponta a ponta em meia hora. Para descansar, as barraquinhas instalam redes e servem a especialidade local, tão simples quanto deliciosa: abacaxi bem gelado cortado ao meio com raspas de limão. Na Barraca do Zezinho, a delícia sai por R$ 3. Ali, você pode ainda conhecer o guaiamum Robocop, um caranguejo que, jura o próprio Zezinho, é domesticado e permite que os turistas o peguem na mão para fotos, sem machucar ninguém.

 

COQUEIRINHO

 

Outra parada obrigatória deve ser feita em Coqueirinho, que e é considerada um dos mais agradáveis banhos de mar da costa paraibana. A piscina natural que se forma bem perto da areia – perfeita para crianças – e o largo cânion com falésias coloridas estão entre as principais atrações. Só não espere ter essa maravilha só para você. Coqueirinho é muito disputada nos fins de semana e concentra boa parte do agito na região.

 

TABATINGA

 

Vizinha de Coqueirinho e sua principal concorrente, Tabatinga oferece a oportunidade de intercalar banhos de mar e de água doce indeterminadamente. Tudo isso por causa do chamado Maceió de Tabatinga, formado pelo natural caminhar do Rio Bucatul na direção do oceano. Em boa parte do tempo, ambos ficam divididos por estreita e contínua faixa de areia, perfeita para deixar seu guarda-sol. E lembre-se: o maceió é área de preservação permanente. Tabatinga tem ainda a melhor infraestrutura de restaurantes da região.

 

PRAIA BELA

 

Na foz do Rio Mucatu, em Pitimbu, a Praia Bela costuma ser bastante procurada por casais. O movimento de turistas é quase sempre pequeno. Entre os atrativos do lugar, os quiosques rústicos se destacam com seus pratos de frutos do mar (a porção de peixe frito para duas pessoas custa entre R$ 45 e R$ 50) e mesas que permitem ao visitante almoçar com os pés na água morna.

 

Passeios de caiaque pelo rio são outra opção. O aluguel custa R$ 5 por hora e as águas calmas tornam fácil a tarefa de controlar a embarcação. A maré baixa é apropriada para visitar a Praia Bela.

 

TAMBABA

 

Os praticantes do naturismo fizeram a fama de Tambaba, é verdade. De fato, essa é a primeira praia brasileira a permitir, oficialmente, que frequentadores tirem a roupa. O nudismo, no entanto, está restrito a um trecho fechado, de 600 metros de extensão e falésias de até 20 metros de altura, ornadas por belo coqueiral. Outra defesa natural contra curiosos são as formações rochosas à beira-mar. Elas criam piscinas naturais de águas mornas e azuladas. E um tanto quanto violentas, o que também dificulta que barcos atraquem na praia.

 

Além das defesas naturais, seguranças impedem a entrada de quem quer apenas bisbilhotar. Homens desacompanhados também ficam de fora. Quem entra curte clima de tranquilidade. No local não existe comércio ambulante. Há apenas dois restaurantes, um na área anterior à destinada ao nudismo, o Bar do Xexéu, e outro na Tambaba nudista, que também funciona como pousada. (D.G.)

 

 

 

Areia Vermelha se visita com rapidez

Publicado em 01.04.2010

 

 

JOÃO PESSOA – Areia Vermelha pode até parecer uma ilha. Ou uma praia. Mas não é uma coisa nem outra, o que você perceberá claramente ao ver a maré subir e o chão que estava sob seus pés desaparecer sob as águas.

Por causa da maré, a visita a este banco de areia na costa de Cabedelo precisa começar cedo, por volta das 9h. O catamarã sai de Camboinha e, 15 minutos depois, deixa os turistas na ilhota cercada de mar verde-esmeralda.

 

De um lado, uma barreira de corais isola o lugar da correnteza do mar aberto e das ondas mais fortes. Na outra direção, a 1,5 km de distância, fica a Praia do Poço. A extensa orla de João Pessoa também pode ser vista ao longe. Piscinas naturais bem rasas (nunca ultrapassam 1 metro de altura), de água quentinha e transparente, fazem a alegria dos frequentadores. Só é proibido tomar banho perto dos corais, que são protegidos por lei ambiental e por seguranças atentos.

 

Uma caminhada é suficiente para ver a área do banco de areia. Em seguida, a pedida é escolher uma mesa e se instalar confortavelmente. O mobiliário é transportado até Areia Vermelha todos os dias.

 

As barracas cobram consumação mínima de R$ 35 e têm, no cardápio, porções e pratos típicos da região, como lagosta na brasa e camarão. A alternativa econômica é evitar as mesas e optar pelos quitutes vendidos por ambulantes, como o picolé de frutas e leite condensado chamado de pedacinho do céu, por sua cor azul. Custa R$ 2.

 

CONGESTIONAMENTO

 

Por volta de 14h, a maré começa a subir e a área exposta do banco de areia diminui rapidamente de tamanho. Daí até ficar completamente submerso são necessários não mais que alguns poucos minutos. Meia hora depois, no máximo, não há mais nenhum sinal de Areia Vermelha na paisagem.

 

Essa dinâmica da maré provoca um curioso congestionamento de barcos que seguem em direção à costa, já que não há mais como ficar após a invasão das águas. Redobre a atenção: se perder o barco, você terá de retornar nadando. (D.G)

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