Membros Elinaldo Gomes Postado Abril 18, 2010 Membros Postado Abril 18, 2010 Cristo ficará encoberto até junho Publicado em 08.04.2010 Jornal do Commercio Agência Estado RIO DE JANEIRO – Não só os estragos das recentes chuvas vão dificultar a visitação ao Cristo Redentor. Por causa dos trabalhos de restauração do maior ícone da capital fluminense, pelos próximos dois meses, será impossível ver a estátua, no alto dos 709 metros do Morro do Corcovado, no Rio. Envolto por uma estrutura metálica há mais de três semanas, um dos monumentos mais famosos do mundo começou a ser coberto por uma tela protetora para o trabalho de restauração da sua superfície, desgastada por chuva, vento e raios. A manta, que protege o ícone carioca em tamanho real, só será retirada em junho. Por baixo dos panos, operários fazem um levantamento de cada metro quadrado da superfície do monumento, coletam amostras e mapeiam as falhas provocada por fenômenos atmosféricos em seus 78 anos de existência. Com martelos de borracha, dois homens sobem e descem as escadas armadas em torno da estátua para procurar pontos ocos, que correm risco de se soltar. Sobre o braço direito da estátua, eles trabalham na recuperação das pontas dos dedos, que se projetam sobre um penhasco. “O mais complicado é vencer a altura e o vento”, diz o arquiteto Diogo Caprio. Aos pés do Cristo, a empresa responsável pela obra testa substâncias que serão usadas na limpeza de manchas da superfície. Um trabalho minucioso de restauração dos cerca de 1, 5 milhão de pastilhas de pedra-sabão que revestem a estátua, com um cuidado inspirado na medicina. “Costumamos dizer que somos médicos das obras de arte, e usamos termos da medicina e da odontologia para identificar esse processo de recuperação dos monumentos”, acrescenta a arquiteta Márcia Braga. Ela já participou de outros dois processos de restauração do Cristo e garante que conhece cada canto da estátua e todas as “patologia” que provocaram falhas em sua superfície. O tempo deixou marcas principalmente nos braços e no rosto da estátua. Faltam pedaços nas pontas dos dedos das mãos, na cabeça e nos supercílios, rachados por raios que atingiram as extremidades da imagem.
Membros Elinaldo Gomes Postado Abril 18, 2010 Autor Membros Postado Abril 18, 2010 Sem visita ao Cristo, Rio amarga perdas Publicado em 15.04.2010 Jornal do Commercio Agência Estado O temporal que atingiu a capital fluminense causou impacto também no turismo. Só com o fechamento do Cristo Redentor, cujos acessos estão interditados sem previsão de abertura, o prejuízo mensal para o governo federal será de R$ 3 milhões. “Fizemos um sobrevoo, mas os técnicos ainda pediram mais tempo para entregarem laudo com a previsão para reabertura do Cristo”, afirmou Bernardo Issa, chefe do Parque Nacional da Tijuca (PNT). Em todo o parque, há 283 pontos de deslizamentos, 50 deles considerados grandes. A Estrada de Ferro do Corcovado e a Estrada das Paineiras, principais acessos ao Cristo, estão obstruídas pela terra. E o caminho alternativo, a Estrada do Redentor, cedeu. A previsão é de que o trabalho de limpeza leve seis meses para ser concluído. “Não temos prazo para reabrir o Cristo”, afirmou Issa. Serão necessários R$ 5 milhões para recuperar o parque, R$ 1,5 milhão somente para os acessos ao Cristo. O secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, ressaltou que o Rio não conta com apenas esse atrativo e não acredita que isso afetará a vinda de turistas para a cidade. “Temos sorte de o Rio ter sido abençoado com outros cartões-postais, como Pão de Açúcar, Jardim Botânico e Forte de Copacabana, por exemplo, que continuam funcionando normalmente”. Mas há outras atrações afetadas pelas chuvas. O Museu do Açude, no Alto da Boa Vista, e o Museu Casa do Pontal estão entre elas. No Açude, a estrada de acesso ruiu, atingindo obra de Iole de Freitas e a piscina com louça portuguesa. “Só para recuperar o acervo serão necessários R$ 150 mil”, avalia a diretora Vera de Alencar. A instituição deve ficar fechada por três meses. A Casa do Pontal, que tem importante coleção de arte popular, só deve reabrir em maio, depois de minuciosa limpeza e dedetização. Programas ao ar livre também estão suspensos. A Lagoa Aventuras, empresa que há dois meses instalou rapel e circuito de arvorismo no Parque da Catacumba, na Lagoa Rodrigo de Freitas, está parada há uma semana.
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