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Cristo Redentor - Serviços de manutenção


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Cristo ficará encoberto até junho

Publicado em 08.04.2010

Jornal do Commercio

 

 

 

Agência Estado

RIO DE JANEIRO – Não só os estragos das recentes chuvas vão dificultar a visitação ao Cristo Redentor. Por causa dos trabalhos de restauração do maior ícone da capital fluminense, pelos próximos dois meses, será impossível ver a estátua, no alto dos 709 metros do Morro do Corcovado, no Rio. Envolto por uma estrutura metálica há mais de três semanas, um dos monumentos mais famosos do mundo começou a ser coberto por uma tela protetora para o trabalho de restauração da sua superfície, desgastada por chuva, vento e raios. A manta, que protege o ícone carioca em tamanho real, só será retirada em junho.

 

Por baixo dos panos, operários fazem um levantamento de cada metro quadrado da superfície do monumento, coletam amostras e mapeiam as falhas provocada por fenômenos atmosféricos em seus 78 anos de existência. Com martelos de borracha, dois homens sobem e descem as escadas armadas em torno da estátua para procurar pontos ocos, que correm risco de se soltar. Sobre o braço direito da estátua, eles trabalham na recuperação das pontas dos dedos, que se projetam sobre um penhasco. “O mais complicado é vencer a altura e o vento”, diz o arquiteto Diogo Caprio.

 

Aos pés do Cristo, a empresa responsável pela obra testa substâncias que serão usadas na limpeza de manchas da superfície. Um trabalho minucioso de restauração dos cerca de 1, 5 milhão de pastilhas de pedra-sabão que revestem a estátua, com um cuidado inspirado na medicina. “Costumamos dizer que somos médicos das obras de arte, e usamos termos da medicina e da odontologia para identificar esse processo de recuperação dos monumentos”, acrescenta a arquiteta Márcia Braga. Ela já participou de outros dois processos de restauração do Cristo e garante que conhece cada canto da estátua e todas as “patologia” que provocaram falhas em sua superfície.

 

O tempo deixou marcas principalmente nos braços e no rosto da estátua. Faltam pedaços nas pontas dos dedos das mãos, na cabeça e nos supercílios, rachados por raios que atingiram as extremidades da imagem.

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Sem visita ao Cristo, Rio amarga perdas

Publicado em 15.04.2010

Jornal do Commercio

 

Agência Estado

O temporal que atingiu a capital fluminense causou impacto também no turismo. Só com o fechamento do Cristo Redentor, cujos acessos estão interditados sem previsão de abertura, o prejuízo mensal para o governo federal será de R$ 3 milhões. “Fizemos um sobrevoo, mas os técnicos ainda pediram mais tempo para entregarem laudo com a previsão para reabertura do Cristo”, afirmou Bernardo Issa, chefe do Parque Nacional da Tijuca (PNT).

 

Em todo o parque, há 283 pontos de deslizamentos, 50 deles considerados grandes. A Estrada de Ferro do Corcovado e a Estrada das Paineiras, principais acessos ao Cristo, estão obstruídas pela terra. E o caminho alternativo, a Estrada do Redentor, cedeu.

 

A previsão é de que o trabalho de limpeza leve seis meses para ser concluído. “Não temos prazo para reabrir o Cristo”, afirmou Issa. Serão necessários R$ 5 milhões para recuperar o parque, R$ 1,5 milhão somente para os acessos ao Cristo.

 

O secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, ressaltou que o Rio não conta com apenas esse atrativo e não acredita que isso afetará a vinda de turistas para a cidade. “Temos sorte de o Rio ter sido abençoado com outros cartões-postais, como Pão de Açúcar, Jardim Botânico e Forte de Copacabana, por exemplo, que continuam funcionando normalmente”.

 

Mas há outras atrações afetadas pelas chuvas. O Museu do Açude, no Alto da Boa Vista, e o Museu Casa do Pontal estão entre elas. No Açude, a estrada de acesso ruiu, atingindo obra de Iole de Freitas e a piscina com louça portuguesa. “Só para recuperar o acervo serão necessários R$ 150 mil”, avalia a diretora Vera de Alencar. A instituição deve ficar fechada por três meses.

 

A Casa do Pontal, que tem importante coleção de arte popular, só deve reabrir em maio, depois de minuciosa limpeza e dedetização. Programas ao ar livre também estão suspensos. A Lagoa Aventuras, empresa que há dois meses instalou rapel e circuito de arvorismo no Parque da Catacumba, na Lagoa Rodrigo de Freitas, está parada há uma semana.

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