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Quando a gente lembra do Rio Grande do Norte, Natal, Praia da Pipa, vem logo em nossa cabeça aquelas LINDAAAS praias...E com certeza lá tem lindíssimas praias também... Quem sabe, as mais bonitas do nordeste, mas o que muita gente não sabe, é que além das praias paradisíacas daquela região, o RN tem muito mais...

 

O maior cajueiro do mundo fica bem pertinho de Natal, em Parnamirim, 20 Km da capital. Nesse dia, resolvi sair da praia de Ponta Negra e conhecer o tão falado cajueiro gigante. Foi super fácil chegar, tem ônibus intermunicipal que passa por lá (linha Natal –Tabatinga). Paguei 2,80 reais e em meia hora, mais ou menos, cheguei em Parnamirim. E o melhor de tudo, é que além do cajueiro, lá tem uma praia que vale a pena conhecer...a Praia de Pirangi do Norte. Na verdade, a praia de Pirangi é cortada ao meio por um rio, o Rio Pirangi (pena que não vi o rio, rsrs), então dividiram a praia em Pirangi do Norte e do Sul. O cajueiro gigante fica em Pirangi do Norte. Pois então, logo que cheguei já dava para ver os galhos da árvore que já invadiam a pista (RN-063), conhecida como Rota do Sol. Para visitar a área é cobrado uma taxa de R$3,00 (a meia-entrada para estudantes é R$1,50). Lá é permitido fotografar e ficar o tempo que quiser (só não vale subir nos galhos), também tem um mirante que dá pra ver a praia ao fundo, um visual bem diferente, que vale a pena! As visitas no cajueiro são acompanhadas por guias, que contam histórias sobre a origem da árvore. Falaram que os 8.500m² de planta são explicados pela conjunção de duas anomalias. Coisa rara mesmo! Em vez de crescer para cima, os galhos da árvore crescem para os lados; a segunda anomalia: ao tocar o solo, os galhos começam a criar raízes, e daí passam a crescer novamente, formando muitas raízes...milhares de raízes! Essa história vem desde 1888, desde quando a árvore nasceu.

 

A verdade é que o cajueiro é tão grande quanto a polêmica que tá causando...Muitos ficam divididos quanto ao futuro da árvore, pois a planta já não tem mais espaço pra crescer!... A administração do cajueiro quer a desapropriação de terrenos e imóveis próximos, para que a árvore cresça livremente. Já o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) defende que a melhor solução seria podar as laterais da planta, deixando a planta crescer em uma única direção...e isso muita gente é contra. Realmente é complicado, pois a cidade lota durante a alta temporada e o cajueiro serve de atrativo para o turismo na região, sendo uma fonte de emprego e renda para muitos que moram ali (existe também um centro de artesanato, uma espécie de feirinha, com 37 quiosques ao lado da árvore). Mas, por outro lado, os enormes galhos que invadem a pista causam um engarrafamento daqueles( principalmente durante a alta temporada, onde o fluxo de carros é bem maior naquela área). A pista dá acesso a outras praias também, como a de Búzios, Tabatinga, Barreta ....

 

Conversa vai, conversa vem, o negócio é que o futuro do cajueiro, esse ainda vem se “arrastando” pelas pistas, (ops!) por anos, já que é uma polêmica bem antiga...alguns são a favor da poda, outros contra, mas a gente tem que admitir que a árvore só quer espaço para crescer, crescer em paz, livre, como toda árvore tem que crescer. Afinal, ela não pediu para nascer...

Editado por Visitante
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E que tal mais polêmica?

Matéria do Diário de Pernambuco, de 11/04/10:

 

Majestade ameaçada

Rio Grande do Norte e Piauí travam disputa para ver quem detém o maior cajueiro do mundo

Francisco Francerle

 

Natal - O cajueiro de Pirangi, reconhecido internacionalmente como o maior cajueiro do mundo, pode estar correndo o risco de perder o "trono" para uma árvore de 200 anos localizada no povoado de Cajueiro da Praia, no litoral do estado do Piauí.

Santiago Veras, um dos cuidadores do cajueiro rei no litoral do Piauí. Secretário de turismo quer conquistar o título. Foto: Alcide Filho/Divulgacao

Pelo menos é o que prega o jornalista da área de Ecocidadania da TV Cidade Verde, Alcide Filho, que também está alardeando a descoberta do novo cajueiro pelos quatro cantos da internet inclusive com vídeos no Youtube. O jornalista, que também é secretário de Turismo do município piauiense de Luis Correia, coloca em xeque a majestade do cajueiro potiguar, reivindicando para o Cajueiro Rei, como é conhecido no povoado piauiense, o título de "Maior Cajueiro do Mundo".

 

Para justificar a tese, ele se utiliza de informações extraoficiais de que o cajueiro de Pirangi vem de uma família de 13 troncos diferentes, enquanto que o do Piauí vem apenas de uma árvore. Além disso, ele se refere a uma medição precisa que foi feita pelo engenheiro agronômo Wellington Rodrigues de Souza com o GPS geodésico constatando um tamanho de 8.810 metros quadrados, enquanto o de Pirangi só alcança cerca de 8500 metros quadrados. Outra informação fornecida pelo apresentador de TV é de que um exame de DNA, identificando a família das 13 árvores mães, estaria sendo guardado a sete chaves para não prejudicar o turismo em Natal.

 

"Por isso, o cajueiro do Piauí, que tem uma única origem, passa a ser o rei, o maior cajueiro do mundo e vamos chamá-lo a partir de agora de Cajueiro Rei do Piauí. O maior do mundo. Quem quiser que prove o contrário", defendeu com empolgação o apresentador. Para ele, a intenção é usar o exemplo do Rio Grande do Norte e transformar a árvore em um ícone para o turismo sustentável no Piauí, florescendo a qualidade de vida, negócios e educação ambiental, assim como fez o povo potiguar.

 

Segundo o presidente da Associação dos Moradores de Pirangi do Norte (AMOPIN), Francisco Cardoso, que há 1 ano e 8 meses é responsável pela manutenção e administração do cajueiro de Pirangi, nunca foi feito exame de DNA no cajueiro, mas existem estudos que comprovam que se trata de um único tronco-mãe, uma única árvore. "Essa informação de DNA é pura fantasia, isso é coisa de quem desconhece a história do cajueiro. Já está comprovado que o Rio Grande tem o maior cajueiro do mundo, o que lhe garantiu um espaço no Livro dos Recordes e que será novamente confirmado quando ganharmos o título de 'maior ser vivo frutífero do planeta'. Para isso, já estamos consultando biólogos para solicitar a inclusão no Guiness Book", completou Cardoso.

 

 

 

Dados contestados

 

Natal - O engenheiro agrônomo da Empresa Agropecuária do Rio Gande do Norte (Emparn) João Maria Pinheiro de Lima, que trabalha na pesquisa e melhoramento do caju, desconhece que tenha sido feito exame de DNA no cajueiro de Pirangi e discorda do dado de que a árvore seja originária de 13 troncos-mães. Segundo ele, o cajueiro só tem um tronco-mãe, os secundários nasceram pelo processo natural de mergulhia conservando as características da planta-mãe.

 

Para o biólogo e professor de ecologia da UFRN, Aristotelino Monteiro Ferreira, essa informação também é novidade. "Sabia de cajueiro do município de Grossos, no Oeste potiguar, que também é grande mas até hoje não houve comparovação de ser o maior. Mas acho salutar essa discussão porque deverá estimular a proteção do cajueiro. Ele disse que também desconhece se já foi feito o DNA. "Mas isso é um exame simples. É só tirar a a amostra de vários pontos do cajueiro, fazer o cariótipo e comparar as especificidades. A universidade tem máquina para ver o sequenciamentodo DNA. Sou favorável que se faça isso, para ter a certeza e convicção do nosso título", sugeriu.

 

O cajueiro de Pirangi, está localizada em Parnamirim. A árvore produz cerca de 80 mil cajus anualmente e ocupa uma área de 8.500 metros quadrados. Em 1994, o "patrimônio" do Rio Grande do Norte passou a fazer parte dos livros dos recordes, o Guiness Book, quando tinha 2 mil metros quadrados de área.

  • Membros de Honra
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Estive dois anos atras visitando o cajueiro... de fato, fascinante o seu tamanho. Agora, se começarem desapropriar as familias que ali vivem, um dia terao que mudar a cidade, pois o cajueiro vai continuar crescendo... Como dificilmente tera um cajueiro maior, faria uma poda e deixaria no tamanho destinado a ele. ::tchann::

  • Membros
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É verdade...eles não terão como fazer a árvore parar de crescer!!! É impossível isso...a solução ideal seria mesmo a poda dos galhos que prejudicam o movimento na pista...

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