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Sudeste de novo

 

Férias de 20 dias confirmadas, faltava confirmar o destino. Ásia era prioridade. Sudeste novamente ou Japão. Minutos depois de confirmar as férias fui verificar como estavam os preços pela Ethiopian. Saindo do Rio para Bangkok, não muito atraentes. Saindo de São Paulo, preços excelentes, na faixa de 700-800 USD! Do tipo que não podemos recusar! Inicialmente reservei ida e volta para Bangkok, mas sem pagar. Depois verifiquei que valia a pena ir direto para Kuala Lumpur. Malásia seria nossa porta de entrada para mais uma incursão pela região. A volta seria por Bangkok mesmo. Os trechos entre Rio e SP compramos independentemente, e a preços MUITO mais em conta do que no pacote da Ethiopian. Verifiquei preços com outras cias aéreas, mas nem dava pra comparar: os preços da Ethiopian partindo de SP eram muito mais baratos.

 

Os planos originais, novamente muito influenciados por guias Lonely Planet que tenho, eram para explorar Malásia, Singapura e Brunei. A Indonésia, logo ali perto, tbm entrou na lista de possibilidades. No entanto, minha memória da leitura de relatos da galera pela região me remetia a Myanmar. Tanto que rapidamente reverti a ideia de explorar largamente os 3 países iniciais, e incluí Myanmar no roteiro. Excluí Brunei, desconsiderei Indonésia, limitei os dias na Malásia e Singapura e reservei uns 10 dias para Myanmar. Seria o destino principal da viagem. Foi uma ótima decisão!

 

Depois de três viagens consecutivas de férias contendo praia (Caribe, Tailândia, Galápagos), dessa vez excluímos qq região praiana do roteiro. Esta viagem era para conhecer cidades e templos, muitos (e espetaculares) templos. Bagan estava na minha cabeça como o principal da viagem, tal qual os templos do Camboja estavam na viagem do ano passado.

 

A elaboração do roteiro envolveu algumas poucas idas e vindas. Inle Lake não estava no roteiro inicial. Georgetown, na Malásia estava. Com a priorização de Myanmar, um saiu e o outro entrou. Distribuímos basicamente 2 dias para cada cidade, com exceções: 1 para Malakka, 3 para Singapura e 3 para Bagan. A volta por Bangkok envolvia tbm um dia de estadia – sempre bom não dar chance para o azar chegando de avião num mesmo dia em que se parte de volta para casa. Sobrou então um dia na viagem. Algum lugar seria o felizardo de ganhar o dia adicional. Entendi que teria de ser em Myanmar. E escolhi Bagan, que já tinha 3. Mais tarde (DEPOIS da viagem) Katia reclamou do excesso de dias para templos (ahahahaha), preferia ter adicionado em Singapura. Eu não me arrependi!

 

Acho que dá para percorrer o básico do mais badalado de Myanmar em 8 dias cheios, com 2 dias para cada cidade em que fui. Muita gente faz isso, aliás. Mas isso dependerá dos interesses de cada um. Quem não curte templos, não vejo sentido em ir a Bagan, por exemplo.

 

 

Roteiro resumido pelas cidades:

Dias 1/3 – Kuala Lumpur

Dia 4 – Melakka

Dias 5/7 – Singapura

Dias 8/9 – Yangon

Dias 10/11 – Inle Lake

Dias 12/15 – Bagan

Dias 16/18 – Mandalay

Dias 18/19 - Bangkok

 

Quando

Foram 20 dias em Março de 2017, partindo no dia 12 e retornando dia 1 de abril.

 

 

Onde ficamos:

 

[Cidade – hotel – diária]

Kuala Lumpur - Hotel Petaling – 63 MYR

Melakka - Jalan Jalan Guest House – 70 MYR

Singapore - 5footway.inn Project Bugis – 74 SGD

Yangon - Backpacker (Bed & Breakfast) – 25 USD

Inle Lake - Sweet Inn – 25 USD

Bagan - Sky View Hotel – 32 USD

Mandalay - Hotel Venus – 19 USD

Bangkok - Thara House – 700 THB

 

Recentemente nós temos diminuído nosso padrão para hotéis baratos. Mas foram todos tranquilos, conforme esperado. Aliás, os hotéis de Myanmar nos surpreenderam positivamente, no geral. O guerreirão de Kuala Lumpur, em Chinatown, foi tranquilo tbm. Enfim, buscamos sempre ficar num lugar barato e bem localizado. Exceção única foi Bagan, onde preferi um lugar mais bem transado. Em Bagan nós circulamos de moto elétrica, então a localização não importava tanto. E o preço do Sky View estava ótimo para o tanto que ofereceu! Todos foram reservados via booking.com.

 

O de KL é guerreiro – hospedar-se em hotel barato de Chinatown é sinal de busca pelo guerreirismo! O de Melakka foi só uma noite, numa boa. De Singapura era bem micro, conforme havia lido, mas nos atendeu na boa também.

 

Como disse, as hospedagens que nos surpreenderam – positivamente – foram as de Myanmar. O de Yangon, apesar da entrada estranha (uma escadaria), foi ótimo custo-benefício. O de Inle ficava à beira-rio, com atendimento muito cordial de todos (nos deixaram fazer check-in de manhã cedo e até tomar café). O de Bagan é o campeão da viagem, embora isso já fosse esperado. Sem palavras o fato de nos deixarem entrar e dormir às 4 da matina, tomar café da manhã, e tudo isso antes do horário que começa a diária. Tudo isso além da extrema prestatividade e cordialidade de todos. Em Mandalay, outro campeão de simpatia e atendimento, mesmo sendo mais guerreiro que os demais. Em todos eles a Internet era falha, mas nada muito longe do padrão Brasil. Em todos eles nos forneceram xampu e sabonete. Em alguns nos forneceram tbm escova e pasta de dente (!). Todos os hotéis de Myanmar foram fechados em USD, mas pagos em kyats. Taxas de câmbio variavam pouco.

 

O de Bangkok era guerreiro, também dentro do esperado.

 

 

Os transportes:

Dessa vez tomamos muito menos voos (em relação à viagem do ano anterior). Somente de Singapura para Myanmar e de lá para Tailândia. Nesse ponto, gastamos bem menos. Dentro de Myanmar, usamos os ônibus. Tomamos as precauções devidas (levei um casaco!) e foi tudo tranquilo. E barato. Comprávamos as passagens nos hotéis mesmo, logo que chegávamos.

 

[Rota – cia aérea – valor pp]

 

Por ar:

Rio – SP – Rio – Gol – 232 BRL

SP – KL / Bangkok – SP – Ethiopian Airlines – 800 USD

Singapura – Yangon – Jet Star - 114 SGD

Mandalay – Bangkok – Air Asia – 74 USD

 

Por terra:

KL – Melakka – 10 MYR

Melakka – Singapura - ??

Yangon – Inle Lake – Famous – ??

Inle Lake – Bagan - ??

Bagan – Mandalay – OK Express - 9 KMMR

 

[não anotei e não me lembro dos preços que faltam, mas não eram muito diferentes dos concorrentes]

 

 

Orçamento:

[Exclusive passagens aéreas]

 

[País – estimativa USD/dia – realizado]

Malásia - 50 – 70 (Fomos numas atrações bem caras por lá, e a cerveja tbm é cara)

Singapura – 100 – 90 (Singapura é Primeiro Mundo na região)

Myanmar – 50 – 40

Tailândia – 50 – 70 (exclusive tatuagem, mas inclusive pequenas compras; algumas esbanjadas contribuíram para o estouro)

 

 

Viajar leve:

Dessa vez, sem necessidade de levar apetrechos de praia, decidi que viajaria ainda mais leve. Quando viajamos somente levamos (e trazemos) mochilas de mão, pequenas mesmo. Menos de 7kg. Dessa vez eu levei somente a minha mochila de ataque. Katia levou uma um pouco maior, mas com muito espaço sobrando. Foi mais que suficiente para o nosso estilo. Cada um viaja do jeito que acha melhor. Nós preferimos não carregar peso.

 

Dessa vez levei um casaco leve, que bastou para mim. Serviu para o gelado busum overnight entre Yangon e Inle (mas sob cobertor). E serviu para as manhãs frias em Inle e as madrugadas (para ver o sol nascer) em Bagan, sobretudo por andar de motinha naquelas horas. Novamente levei repelente e não usei dia algum.

 

Chinelos: pra mim, imprescindíveis, sobretudo para Bagan. Eu diria que Malásia e Singapura pode ser de tênis. Myanmar e Tailândia, chinelos.

 

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Esta era toda a minha bagagem

 

 

Loooonga ida:

Os voos da Ethiopian ganharam uma escala no Togo. Como nosso destino final era Kuala Lumpur, isso ensejou uma longa rota de ida. Nada menos que 5 voos até chegar lá. Rio – SP – Togo – Etiópia – Tailândia – Malásia. Sendo que Togo e Tailândia foram escalas. A volta era um voo a menos, pq partimos da Tailândia. Sem problemas. O sabor do preço pago supera essa adversidade. Até pq o longo voo, ou mesmo o fuso, não nos impede de chegar e já partir para desbravar o lugar. Sem essa de descansar!

 

 

Por que Myanmar?

Devo dizer que tinha basicamente três referências de lá:

1 - A deliciosa HQ “Crônicas Birmanesas”, de Guy Delisle;

2 – Um amigo chileno que fizemos em nossa viagem pela Índia, que nos contou maravilhas dos templos de lá (presumo que ele tivesse falado de Bagan, mas não me lembro exatamente), a ponto de não se impressionar com os estupendos templos de Khajuraho; (mesmo maravilhado por Bagan, sigo maravilhado também com Khajuraho, e mais ainda com os templos do Camboja)

3 – Os relatos que li no ano anterior de diversos mochileiros que estiveram por lá (eu buscava relatos da Tailândia, Laos e Camboja, mas Myanmar aparecia com alguma frequência).

 

Aliás, devo dizer que os relatos da galera que esteve em Myanmar são ótimos. Agradeço a cada um deles. Li várias vezes antes e durante a viagem. E uma vez mais depois. Juntei tudo num mega texto e mandei pro kindle. A todos vcs que foram ao Myanmar e aqui deixaram seus relatos (adoro narrativas!), meu muito obrigado.

 

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Um resumo fotográfico (boa parte das fotos que estão neste post eu tirei de lá) dessa viagem pode ser visto aqui, no blog da Katia:

http://casosecoisasdabonfa.blogspot.com.br/2017/05/resumao-fotografico-da-viagem-de-ferias.html?_sm_au_=icVrGZqnt04GkpGG

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Dia 1 - Kuala Lumpur

 

Nosso voo pela Ethiopian dessa vez partiu lotado de São Paulo. Bem diferente da outra vez, que dava até pra dormir numa fileira só pra vc. Bom sinal! Tudo que eu quero é que a Ethiopian permaneça no Brasil – e que mantenha esses ótimos preços! A conexão em na Etiópia segue a mesma. O bar onde se toma uma cerva a 5 USD segue por lá, mas deslocado. Na verdade, há umas 3 opções do que me pareceu ser o mesmo bar. Prossegue a necessidade de se retirar os sapatos preventivamente no raio x, mesmo que vc esteja de chinelos (ao que me parece). E prossegue aquela confluência cativante de pessoas de diversas etnias, de diversos cantos do planeta. A jornada é longa e a Ethiopian tinha comida toda hora, em tudo quanto era trecho. Quando finalmente chegamos em Kuala Lumpur, a fome era zero.

 

Chegando no KLIA (aeroporto internacional de Kuala Lumpur), trocamos 50 USD, compramos bilhetes do Express por 55 MYR e partimos nele. É fácil identificar e se virar com as maquininhas dos trens (metrô, VLT, seja o que for; o nome é MRT) que cortam a cidade. O valor que vc paga varia conforme a distância que vc percorre – basta vc informar seu destino e a máquina lhe diz quanto custa; vc deposita as moedas ou notas, recebe os bilhetes e o troco. Simples assim. Espero que algum dia os sistemas de transportes no Brasil cheguem a esse estágio básico. Chegamos em Chinatown às 19:30 de segunda-feira. Tínhamos partido do Rio no começo da noite de sábado.

 

Demoramos um pouco, mas achamos nosso hotel guerreiro, onde largamos as mochilas e já partimos para explorar a cidade. Rodamos um pouco pela área. A rua Petaling é a rua mais emblemática da Chinatown local – e era a rua onde estávamos hospedados, ainda que nosso hotel ficasse numa quadra seguinte à área das barraquinhas. Chinatowns são chinatowns, é aquela confluência de lojas e/ou barraquinhas vendendo de tudo. A de KL eu achei mais parecida com o Saara, então passamos rapidamente. Fomos conferir o mercado central, que fica ali perto também. Bem bacana. Meio shoppingzinho, com lojinhas e restaurantes mais bacaninhas. Mas não ficamos lá, pegamos o metrô e partimos para ver as Petronas, o ícone moderno da cidade. Metrô saiu por 2,2 MYR pra cada.

 

Curtimos o resto da noite na área das Petronas. Nós e toda a galera que fica lá fotografando das mais variadas formas aquelas torres monumentais. Curtimos também o parque nas “costas” das torres, o KLCC Park. Tem showzinho de cores e sons (e águas!) no lago, bem bacaninha. Chuva caiu um pouco, trovejou, mas nada que tenha afetado o passeio ao ar livre. Às 22hs a coisa encerra, o parque fecha e todos são meio que compelidos a vazar da área. Mas pode-se ficar ali na região do shopping, para quem quiser. Só não tem mais showzinho. Voltamos para nossa área.

 

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Petronas de noite

 

A Chinatown que vimos quando saímos tinha meio que sumido. Barracas que tomavam conta das ruas foram desmontadas quase todas. Encontramos um bar aberto, o reggae bar (KPP revival!!), onde paramos para tomar umas saideiras. E aí vimos como as cervas impactariam no nosso orçamento da Malásia: são bem caras por lá. Álcool é bem caro. Fomos dormir tarde. Como tem de ser.

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Dia 2 – Kuala Lumpur / Batu Caves

 

Dormir tarde, acordar cedo. Esta tem sido uma Lei fundamental de férias! Às 7 e pouco da manhã já estávamos acordando. Partiu andar. Tempo nubladinho. Chinatown de manhã não se parece muito com Chinatown. Fomos então num templo hindu que tinha ali perto e também num templo chinês, que não sei o nome. Bem bacanas. Fomos passeando em direção ao norte, para ver a Merdaka square e os prédios históricos nos arredores. A mesquita que estava no nosso roteiro estava fechada pra reforma. Pegamos o trem para o KLCC, para comprar bilhetes para as Petronas. Conseguimos um câmbio por lá mesmo (bem melhor que no aeroporto, é claro; coisa de 10% a mais) e compramos bilhetes para subir as torres no anoitecer. E aproveitamos para sentar o dedo na máquina fotográfica com as Petronas nas costas, mais uma vez. Aproveitamos para rodar pelo KLCC Park, agora de dia. Bem bacana, moderno, instalações novas e bem mantidas.

 

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KLCC, onde tem até piscinininha pública para a galera curtir

 

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Merdeka Square, a praça da independência

 

De lá pegamos um trem para conhecer as Batu Caves. Tem de ir para a estação central e identificar os trens que vão para lá. O nosso demoraria um pouco para sair, então aproveitamos para provar umas comidas desconhecidas e estranhas num restaurante local. Dar uma forrada de leve. Ainda que comida asiática daquela área não seja muito a minha praia, eu curto provar os sabores. O que eu pedi, seja lá o que for, era bom e apimentado. Katia também gostou do dela.

 

Nosso trem levou uma meia hora até as Batu. Saiu por 5,20 para os dois. Lonely Planet informava que era 1,30 cada. Deve ter rolado inflação. Chegando nas Batu Caves, fomos primeiro na caverna que fica logo à esquerda de quem chega, Ramayana. Foram 5 MYR pra entrar. É um barato! Meio parque de diversão, como tenho a impressão de alguns templos hindus. Conta o épico hindu de Rama e Sita. Muito bacana, valeu a pena.

 

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Ramayana cave

 

Depois seguimos para o principal, as cavernas Batu propriamente ditas. Também bacana, com os tradicionais macacos atrás de comida ao longo da escadaria. Vale pela grandiosidade, do meu ponto de vista. A começar pela enorme estátua de Lord Murugan, que fica na entrada. É a maior estátua da Malásia, com mais de 40 metros.

 

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A maior estátua Murugan do mundo, e a maior estátua da Malásia

 

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Macaco nas Batu Caves – figura fácil por lá

 

 

Não fomos na Cave Villa, mas fomos nas Dark Caves. É um tour por dentro da caverna, algo que sempre me interessa. 35 MYR, o que foi mais um motivo para o estouro do nosso orçamento previsto para a Malásia. Achei muito bacana o tour, curti bastante. Dura uns 60 minutos, entra-se em grupos e com guia, que vai explicando e falando da caverna e de seus habitantes. Encerrado o passeio, voltamos no trem das 15:45.

 

#dica: veja antecipadamente os horários disponíveis para retorno, assim vc se programa para voltar e não fica mofando na estação.

 

Fomos para o hotel, onde trocamos de roupa e logo partimos para o Sky bar. Consta que tem meio que um dress control por lá, então achamos conveniente mudar (um pouco) nosso estilo bermuda/chinelos. A ideia era curtir um pouco por lá antes de subir as Petronas. Chegamos de baixo de chuva leve. Rodamos um pouco pelo KLCC Park e a chuva apertou. Quando chegamos no hotel do Sky bar, já era temporal. Chegamos realmente nos acréscimos do suportável. Tanto que, assim que chegamos ao bar, desabava um temporal sinistro lá fora, como há tempos eu não vivia em viagem. Chegou a uma hora em que não se enxergava nada da janela, só a chuva. E muitas trovejadas. Tinha promo de pint por 28 MYR, e foi o que tomamos. Os drinks eram na faixa de 40, então a promo era boa. Viva o hh!

 

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Era muita chuva desabando

 

Nós tínhamos de sair dali para as Petronas, então a chuva tinha de terminar em uma hora. Era muita, mas muita água mesmo. Chuva tropical, que tantas vezes vivi no Rio. Mas não me lembro de viver uma assim em viagem. A piscina do sky bar permitia entrar um pouco da chuva, tipo uma infiltração planejada. Virou cachoeira. E tome de trovejadas sinistras sucessivas. Ficamos uma hora no bar, meia hora com chuva sinistra, e outra meia hora com chuva aceitável. Curtimos do jeito que deu. Sempre curtimos. E o barato do lugar: tocou Wilson Simonal!!

 

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Depois da chuva a visão melhorou

 

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Sky bar do Hotel Traders

 

 

Às 18:30 partimos para as Petronas. Chuva diminuiu bem, mas fomos por dentro. Dá pra ir por dentro da estrutura que cerca o parque. Nosso tour era o das 19hs. São pequenos grupos, tudo muito organizado, de elevador em elevador. Primeiro paramos na passarela que liga uma torre à outra. Ficamos 10 min lá e 15 no alto. Todo o restante do tempo é no elevador. Ou melhor, nos elevadores. É rápido e vc não pode esticar, vc entra e sai com o grupo. O visual eu achei do cacete também. Pegamos o cair do dia, e mesmo com 15 minutos a luz do fim era diferente da do começo. O problema eram os pingos de chuva que ficaram nas janelas, eheheheh. Tudo é fechado, vc não tem contato com nada aberto.

 

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Dentro das Petronas

 

Depois fomos jantar. Escolhemos um restaurante no shopping mesmo, Petaling. Consta que tinha comida característica de outras regiões da Malásia. Queria experimentar a comida típica do norte, onde não iríamos. Escolhi um prato que eu não entendi o que era, tiro no escuro. E não curti muito, não. Depois fomos tomar uma Guinness, uma esbanjada com vista pro KLCC Park. Às 22hs tudo se encerra (novamente!), então voltamos. Rodamos um pouco por Chinatown. Sem saideira nesse dia, compramos cerva no mercado pra tomar no quarto mesmo. Cerva é muito cara na Malásia, seja no bar, seja no mercado.

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Dia 3 – Kuala Lumpur

 

Fizemos check-out, largamos as mochilas e partimos para o Bird Park. Antes, fomos andando para a Mesquita. Chegamos logo quando abriu. Bonita, ampla. É grátis, e ainda lhe dão as vestimentas apropriadas para as mulheres. Um senhor simpático nos abordou e nos deu uma longa explicação sobre o Islã. Sem malandragem, ele está ali para explicar mesmo. Foi meio que uma alugada longa (eu já havia feito algo parecido anos antes na Mesquita de Foz do Iguaçu), mas gostei da forma apaixonada com que o moço nos relatava as coisas. Depois de uma horinha por lá, seguimos para o Bird Park. Fica a uma distância caminhável dali.

 

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Dentro da estrutura da mesquita, com sua arquitetura bacana

 

 

Ficamos uma 2hs no Bird Park, bem maneiro. Nos lugares onde há pontos de alimentação, os pássaros dominam a área. E não estão nem aí pra vc. Rola tbm um showzinho com pássaros amestrados e tal. Bacaninha.

 

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Entre os pássaros no Bird Park

 

 

De lá, pegamos um taxi para a Menara KL / KL Tower. Havia duas opções para curtir a torre: uma facada de 110 MYR para ir para o sky, o ponto mais alto onde vc fica ao ar livre. Se quiséssemos somente para o observation deck, o valor cai pra cerca de metade. Raramente poupamos com atrações, fomos no caro. O visual é mesmo espetacular e ainda tem o sky box, uma caixa transparente onde a galera faz fila para ficar tirando fotos. Uma festa pra fotografias. Mas, pensando objetivamente, o observation deck (fomos lá depois) pela metade do preço tem mais valor, achei eu. O custo-benefício é melhor. Curtimos ambos, e muito.

 

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Sky box na Menara Tower

 

Tinha um ponto de taxi lá embaixo, mas que só funcionava no tiro. 30 pratas para nossa área. Tinha pago 23 do Bird Park para lá, sabia que seria menos. Recusei e descemos a pé. Lá embaixo, topei por 15 (também no tiro, mas foi o jeito). Os 15 ficaram por 10, já q o carro pifou e ficamos perto de Chinatown. Pegamos as mochilas e partimos para o terminal TBS, de onde saem os ônibus para Melakka.

 

No trem para a TBS, estávamos em dúvida se estávamos indo na direção certa, então fui perguntar a alguém que julguei que falaria inglês. Era um viajante paquistanês, que estava há algum tempo por lá. Muito gente boa, o cara! Estava indo para o TBS também, para trocar uma passagem. Deu dicas da Malásia (para uma próxima vez!) e nos guiou na TBS, indicando onde comprar o bilhete para o ônibus que partisse logo para Melakka. É um ticket counter que vende pra qq empresa ou destino. Apenas pedi pelo próximo que fosse pra Melakka, que partia às 17hs. Eram 16:40. Custou apenas 10 pratas!! Eram 1640. Partiu Melakka! Ah, e esse tinha sido um dia de sol! Mas sempre com aquela nevoazinha que acho que é de poluição.

 

 

Melakka

Chegamos 2hs depois. Compramos logo nosso bilhete para Singapura, para o dia seguinte. 26 pratas cada. Pegamos o busum para a cidade. Coisa de 1,50 cada. Largamos nossas mochilas na pousada e fomos andar. Explorar a cidade de noite. Bela cidade. Jantamos, andamos bastante (de noite a cidade parecia bem vazia), fizemos turistismo de trishaw (que são uns carrinhos escalafobéticos, tanto áudio quanto visualmente; é uma experiência de cidade mesmo), e... subimos mais uma torre!! 26 pratas cada. Mais uma contribuição ao estouro orçamentário! Fomos exatamente na última leva, às 23hs.

 

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trishaw, o escalafobético

 

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Do alto de mais uma torre

 

 

Uma coisa interessante de lá, quando rodamos por Chinatown de noite, é que as rádios locais ficavam ligadas em alto e bom som em alguns estabelecimentos fechados na Jonker St. Era algo bacana quando passávamos. Presumo que o som não chegue aos hotéis da área. No nosso, que ficava na região, não chegava. Amem. Aliás, a Chinatown em Melakka era uma coisa de dia, e outra de noite. Sem trânsito de noite, cheio de carro de dia, como veríamos no dia seguinte.

 

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Melakka by night

 

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Chinatown

 

Dormimos bem tarde, como sempre.

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Dia 4 - Melakka

 

Acordamos cedo, às 7, e fomos passear. Dormir era coisa que ficaria para o busum mais tarde. A região onde estávamos estava bem diferente: vazia de noite, maior galera de manhã. Rodamos por Chinatown entre templos e mesquitas. Tinha um lindo templo chinês bem cheio. Demos um rolê pelo Centro, fomos na Igreja de São Paulo, porta de Santiago, Casa do Sultão, tudo bem bacana. Único lugar pago que entramos foi a Casa do Sultão, 5 pratas por pessoa. Tem muitos museus na cidade, tem de tudo. Museu de História, arquitetura, literatura, governador, selos, policia, democracia, arte islâmica, e etc. Não fomos em nenhum. Só fomos no palácio do sultão, e somente porque eu queria curtir a construção, que achei bem bacana. Voltamos para a pousada no fim da manhã, fizemos o check-out, deixamos as mochilas por lá e fomos passear pelo riverside.

 

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Palácio do sultão Mansur Shah

 

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Porta de Santiago

 

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Dutch Square

 

 

Fizemos uma não muito longa caminhada ao longo do rio cidade adentro até Villa Sentosa, que seria um pequeno museu – na verdade uma casa típica da Malásia de tempos atrás --, só que estava fechado. De qualquer forma é uma bela vizinhança histórica preservada relativamente até hoje, bem pitoresca. A caminhada é bem legal, o lugar é bonito. No caminho conhecemos um inglês, foi ele que nos deu a dica de seguir adiante. Estávamos numa passarela sendo pintada, justamente pisando na tinha (que grudava nos nossos chinelos!) e ele veio dar essa dica também, sobre onde pisar. Na verdade, nós, ignorantes, achávamos que estávamos pisando no seco. Gosto desse altruísmo viajante. Mais tarde encontramos com ele novamente no Geographer Cafe, onde fomos petiscar e beber cerva cara novamente (foi onde jantamos na noite anterior – aliás, repetimos mais por custo-benefício e pela cerva do que pela qualidade, mas o lugar é bom e charmoso). Não é hábito nosso almoçar em viagem, mas nesse dia não haveria janta, então era melhor dar uma forrada.

 

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Passeando pelo rio

 

Ainda passeamos mais pela cidade, bateu a dúvida se entrávamos no museu marítimo ou não (tínhamos pouco tempo, acabamos não entrando – mas o barco que vemos da parte de fora é bem bacana), e logo embicamos de volta para a pousada para pegar as mochilas e seguir para a rodoviária. O cara da pousada nos deu a dica de pegarmos o busum num ponto melhor, bastaria andar um pouco mais. Do outro lado de Chinatown, não no centro. O barato é que, dali o busum ia direto para a rodoviária. Se fosse pelo centro ele ainda daria uma longa volta pela cidade. Fomos até lá, encontramos o ponto e logo veio o busum. Qualquer ônibus serve. Viva! Em vez de 20 pratas de taxi, 3 para os dois!

 

Pensávamos em gastar os MYRs restantes na rodoviária com as caras cervas locais, mas não vende álcool por lá. Então trocamos por dólares de Singapura mesmo.

 

 

  • Considerações gerais sobre a Malásia:
    KL é cidade grande; nem sempre é agradável andar pelas ruas, mas o transporte público é eficiente e abrange bem as áreas turísticas.
     
    Cerveja na Malásia é sempre cara, todas são importadas. Custa 10 pratas a latinha no 7/11 (!). Não abdicamos, mas reduzimos. Se abdicar da cerva, economiza bastante por lá.
     
    Vi alguma pobreza, sobretudo em KL, mas sem pedintes. Não me senti inseguro. Voltávamos para o hotel em Chinatown (KL) já quando estavam desmontando barracas, tarde da noite. Achei tranquilo. Malakka é mais tranquilo ainda.
     
    Fazer o tradicional bate-volta a Melakka é ok. Acho que atende numa boa. Um dia inteiro por lá tá bom, salvo se vc quiser se enfurnar em todos os museus que a cidade oferece. Um inglês com quem conversamos por lá ia ficar 5 dias. Uau. Cada um tem seu tempo e seus interesses. Há muitos museus pra explorar mesmo, mas requer grande interesse nos assuntos. Ou o esquema era relax mesmo.

 

 

Singapura

Chegamos quase 5,5 horas depois. Sei que choveu, mas aproveitamos a viagem para dormir. Pegamos trânsito em em Johor, tem o tempo de imigração, etc. Desce aqui, sobe, passa por imigração, desce, encontra ônibus, repete esquema do outro lado. É assim.

 

Enfim, chegamos. Tarde da noite, eram umas 22:30. Fomos para o metrô. Tínhamos os os SGD que trocamos em Melakka, daria para pagar o metrô. Mas a máquina só aceitava notas inferiores a 10 e não tínhamos. Tentei sacar num caixa, mas não dava nota de 5. Não era possível que Singapura fosse assim! E não era mesmo: no que fui perguntar a um cidadão se ele trocava pra mim, ele indicou a cabine do metrô, que ficava lááááá do outro lado, como o local adequado para fazer isso. De fato, as cabines de lá não vendem bilhetes, mas trocam seu dinheiro e dão informações. Trocamos, compramos nossos bilhetes e partimos para a nossa estação.

 

Como era bem tarde, não haveria onde trocar dinheiro àquela hora. As regras do hotel exigiam que pagássemos no check in, mas a galera foi compreensiva e deixou que pagássemos no dia seguinte. Viva! Feito o check in, já era tarde pacas, mas saímos mesmo assim para a cerva saideira ou forrada final. Como ficamos hospedados na área árabe da cidade, havia uma boa variedade de restaurantes árabes nos atraindo (comida árabe faz muito sucesso conosco!). Acabamos num libanês, só pra beliscar mesmo. Mas sem álcool, galera não vendia. Acho que era muito perto da mesquita, ou era questão religiosa mesmo, sei lá. Sei que tava muito saboroso, mas muito mesmo. Ainda tentamos umas saideiras num bar na esquina, mas não estavam mais aceitando cartões, então babou. Fomos dormir. Já eram mais de 2 da madrugada.

 

(na verdade demos mole, pq a poucas quadras dali havia uma das ruas mais badaladas na noite local, a Haji Lane!)

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Dia 5 - Singapura

 

Nesse dia acordamos mais tarde, umas 8:30. Quarto era sem janela, não tinha sol e claridade entrando pra saber. Tinha café da manhã, estilo albergue. Logo saímos para explorar os arredores. Como era uma sexta-feira, a mesquita estava fechada para visitantes. Pena. Nos deparamos com a Haji Lane, repleta de bares e arte de rua nos arredores. Onde rola uma night pesada também – deveríamos ter vindo ontem! Arranjei um lugar de câmbio e, pronto, estávamos capitalizados. Absolutamente nenhum comentário ou porém com notas velhas e/ou manchadas. Na Malásia tive dificuldades com isso.

 

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Arte de rua em Singapura

 

 

Pagamos nossa conta no hotel e saímos para explorar a cidade. O roteiro sugerido do Lonely Planet era para passar o dia entre museus e shoppings. Exatamente tudo o que eu NÃO queria fazer por lá, e não fizemos. Então saímos para andar e respirar a cidade, que é o que habitualmente praticamos. Nossa longa caminhada do dia foi em direção ao colonial district. Com alguns desvios, conforme íamos vendo no mapa (estávamos usando o mapa do próprio LP).

 

De cara observamos que a diferença de Singapura para a Malásia é nítida. Ou melhor, a diferença para todos os países que havíamos visitado na região. Singapura é mais desenvolvida, as pessoas nas ruas aparentam melhor qualidade de vida também. Eu diria que é praticamente um ocidente desenvolvido no Sudeste Asiático. Mas que tem seus poréns e peculiaridades, claro (e vale a pena pesquisar sobre isso). Interessante saber é que Singapura foi expulsa da Malásia nos anos 60.

 

Fomos andando até a área do Marina Bay. Tempo estava bem nublado.

 

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Isso é Singapura -- arquitetura arrojada e moderna

 

 

Embicamos para o Gardens by the Bay e logo entramos na Cloud Forest, que é uma tentativa de emular uma floresta, com toda aquela atmosfera de verde e rio. Tudo artificial, mas interessante e bonito. Depois fomos no Flower Dome, especialmente bonito com espécies de plantas e flores de diversas regiões do planeta. Todas naturais, não eram de plástico. Um barato, curti muito. Além disso estava muito, mas muito frio lá dentro. Muito frio mesmo – tanto que minha câmera fotográfica condensou quando saímos. Surreal.

 

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Cloud Forest

 

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Flower Dome

 

 

Ficamos passeando pelos Gardens até que bateu a chuva forte. Fomos nos abrigar então num bar local em que rolava promoção de cervas, 2 por 1. Amem! Já que é caro, que seja pela metade. Enquanto estamos lá na cerva esperando a chuva passar e aproveitando o wifi, eis que recebo uma mensagem do Smiles me dando parabéns e dizendo que minha passagem acabara de ser emitida. Hein??? Não emiti passagem alguma! E ainda tinha o nome do suposto fraudador, que seria o passageiro. Bizarro. Imediatamente escrevi para o Smiles denunciando a fraude e pedi a um amigo que entrasse em contato com eles para avisar. No fim das contas deu tudo certo, as milhas foram estornadas. Amem.

 

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Supertree Groove

 

 

Ainda rodamos mais pelos Gardens e logo cruzamos para a marina. Para cruzar a pé, é necessário passar por dentro do Marina Bay Sands, um mega hotel que é um dos símbolos da modernidade (e grandiosidade) de Singapura. Dir-vos-ei (!!) que até passa pela cabeça de ficar um dia naquela monstruosidade. A diária deve ser o orçamento de uma viagem, e seria para passar o dia lá dentro mesmo. Mas é aquela coisa: passa pela cabeça e vai embora, ahahahah. Enfim, cruzamos o hotel e lá fomos rodar toda a marina. Caminhadas em Singapura são longas. E muito interessantes.

 

 

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Marina Bay Sands, um dos símbolos do país/cidade

 

 

Passamos por uma área de comida de rua que já nos chamou a atenção e mapeamos para a noite. Bem parecida com o que curtimos em Chiang Mai no ano anterior. Várias barracas com comidas diversas e um palco com shows de rock. Em Singapura ainda tinha o adendo da variedade de cervejas para escolher. Amem!

 

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E, seguindo andando pela cidade, chegamos ao Quay, onde rolava um intenso movimento. Quando fomos ver, era a celebração muito saudável do Dia de St. Patrick. Viva ele, um dos nossos santos preferidos! Naturalmente paramos para tomar umas cervas verdes em homenagem ao grande dia. Mas minha memória informava: ano passado o St. Patrick foi em Siem Reap, com chope verde a MEIO dólar. Esse ano era com chope verde a 15 SGD. Haja diferença! Ao menos o chope era artesanal, não era colorido artificialmente. Breves consolos.

 

Já no fim da tarde, voltamos correndo para a marina, em direção aos Gardens. A ideia era ver o show de luzes das árvores artificiais dos Gardens. Chegamos a tempo de curtir, e é muito bacana! Curtido o show, rodamos um pouco pela área para esperar a onda de gente voltar e voltamos também.

 

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Som e luzes no Gardens by the Bay

 

 

Nosso fim de noite foi no Gastrobeats, a área de comida de rua e show de rock que havíamos mapeado. Chiang Mai revival! O lado bom é que as cervas eram bem mais baratas que no Quay, do tipo metade do preço. Viva! Nesse dia quebramos a sequência de dorme-tarde-acorda-cedo e voltamos mais cedo para o hotel, umas 22:30.

 

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Gastrobeats

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Dia 6 - Singapura

 

Acordamos e saímos cedo para passear. Andando mesma direção do dia anterior, dessa vez para explorar o riverside. Passeamos antes pelo Fort Canning e depois pelo Quay, de novo, mas que naquela hora não tinha movimento algum. Já bem para dentro do Quay, um tanto longe, encontramos um templo chinês nos arredores. Achei simpático e fomos lá conferir. O templo é lindo, e tinha um senhor lá que foi extremamente atencioso conosco, muito legal. Explicou, guiou, e até nos deu chá. Uma bela experiência. E não sei o nome do templo, não parece fazer parte do roteiro turístico.

 

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Escultura de rua de Chong Fah Cheong, no Quay

 

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Outra escultura de rua

 

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Prédio colorido

 

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O templo chinês do moço simpático

 

 

Embicamos para conhecer Chinatown. A Chinatown de Singapura é outra coisa em relação a de Kuala Lumpur. Muito mais organizada e limpa! Na mesma região, entramos num templo hindu Sri Mariamman. Uma certa mistura de religiões encontrar um templo hindu em plena Chinatown, mas fomos lá conferir. Rolava uma música daquelas que ficam na cabeça e relaxam a mente. Ficamos um tempo por lá curtindo.

 

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Chinatown de Singapura: toda limpinha e organizadinha

 

 

E encerramos a visita ao local conhecendo o Budda Tooth Relic, um templo budista lindíssimo. São 4 andares ou mais para visitar, cheio de gente, e, ainda assim, muito agradável de se curtir. Bonito demais. E grátis. Ficamos um bom tempo por lá.

 

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Budda Tooth Relic

 

 

Pegamos o metrô para a região da roda gigante, a Singapore Flyer. Eu não via aquela roda se movendo desde o dia anterior, de modo que fomos lá mais para nos certificarmos de que estava parada mesmo e seguir caminhando pela área da marina, onde não caminhamos no dia anterior (ainda havia uma área!). Chegando lá, eis que recebemos a notícia de que sim, tudo normal, a roda está funcionando. Hein?? Olhei para cima e, sim, é verdade, está rodando. Ou seja, meus olhos é que não captavam de longe a roda girando. Gira beeeeeeeem devagar, de modo que o ingresso, caro, dá direito a uma volta somente. Uma volta é suficiente. É espetacular.

 

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Singapore Flyer

 

 

Voltamos para o metrô e seguimos até a Villa Sentosa, lugar onde passamos toda a tarde. Acho que tentaram emular uma Disney (com a ressalva de nunca fui lá pra poder afirmar isso), ou coisa parecida. De qualquer forma, tem toneladas de atrações para gostos diversos. No nosso caso, só andamos a pé para reconhecimento geral e de cable car, coisa que adoro. Na verdade, ideal era fazer a trilha para o Mt Farber e pegar o cable car pra lá, mas Katia não topou fazer a trilha. Tomaria muito tempo do dia mesmo, caberia num esquema mais relax (mais dias) na cidade.

 

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Vila Sentosa

 

 

Vila Sentosa também é local de praia. Fomos dar uma conferida, claro. Aliás, o ponto final do trem é bem na praia, e de lá fomos andando até o cable car. A galera de um modo geral estava vestida (?!) na praia. Pareceu ser mais um lugar de lazer do que necessariamente pegar sol e/ou mar. Totalmente diferente do que conhecemos aqui no Brasil, nesse aspecto. Aliás, pode se caminhar tranquilamente por tudo na Villa Sentosa, desde que vc realmente ande. Nós andamos muito, pegamos o cable car para uma estação mais acima, exploramos a área (por lá também tem os estúdios da Universal) e depois descemos. Já era fim de tarde, chuva tinha ameaçado mas sem cair (viva!) e já havíamos explorado bastante a área. Curtimos nossos últimos momentos com uma cerva na praia (direto do 7/11 local!), um pôr do sol sem sol.

 

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Passeando de cable car

 

 

E pegamos nosso trem e depois metrô direto para a Clarke Quay. Era nossa última noite, e a cidade oferece tantas opções, mas felizmente optamos por essa ótima área. A ideia, como sempre, era fazer um pub crawl pelos bares. Mas acabamos curtindo mais um pub irlandês (sempre um porto seguro!) com muita Guinness e Kilkenny, minhas preferidas, e a 10 SGD teoricamente em promoção por ser fim de semana de St. Patrick. Entre pagar 10 por Tiger e 10 por essas, são nessas que eu irei! O lugar se chamava McGettigan e atraía muito irlandês vestindo verde mesmo. Deve ser bacana curtir St. Patrick em Dublin um dia na vida. Para melhorar ainda mais o momento, ainda tinha show irlandês logo na frente! Achei um lugar pra morar, ahahahah.

 

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Clarke Quay

 

 

Depois de algumas, ainda pegamos mais uma Guinness no copo de plástico pra rodar pela área. Rodamos, nos despedimos e pegamos o MRT para nossa área. Ideia era jantar no Zam Zam, uma dica de lugar tradicional, bom e barato da área. Chegamos lá quase 23:00, um pouco antes de a galera não permitir mais a entrada. Excelente custo-benefício! Jantamos muito bem. E a conta deu... 12,50 SGD para os dois, com bebidas sem álcool. PQP, 12,50 não paga nem uma cerveja dependendo do lugar!!

 

Ainda rodamos um pouco mais pela área e fomos dormir. Dia foi cheio.

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Dia 7 - Singapura

 

Acordamos bem cedo novamente. Check out e partiu. Dia ainda estava clareando às 7. Fomos para o Jardim Botânico passear. Muito agradável. Bastante gente curtindo, e o parque é muito amplo. Apenas rodamos pela área.

 

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Jardim Botânico de Singapura

 

No meio da manhã retornamos e embicamos para conhecer Little India e toda aquela efervescência que tbm faz de Singapura um barato cultural. Entramos em alguns templos e aproveitamos para almoçar comida indiana, que adoramos. E adoramos o almoço.

 

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Templos em Little india

 

 

Voltamos andando para o hotel debaixo de sol forte. Esperança era entrar na Mesquita, mas estava fechada novamente para visitantes. Acho que era hora de almoço, sei lá. Tem horários pré-definidos para visitantes. Ficou para uma próxima vez.

 

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A mesquita que não visitamos

 

 

Pegamos nossas mochilas e partimos para o aeroporto. Preço do metrô geralmente era 1,60, par ao aeroporto foi 2,20. Um luxo! Paga-se conforme a distância, tal qual na Malásia. Sistema de metrô, aliás, é totalmente 1o mundo. Como tinha de ser. Pela organização, praticidade, limpeza, sinalização, disponibilidade e tudo o mais.

 

No aeroporto fizemos nosso check-in rapidamente. Fomos pesar nossas mochilas (mas só de curiosidade, não foi imposto). Deu 5kg cada. Viva! Viajar leve! Aproveitamos para tomar umas cervas no 7/11 local, que vende as coisas a preços iguais aos da cidade! Nunca vi (ou já me esqueci?) loja de aeroporto não ser consideravelmente mais cara! Aproveitamos também para trocar de volta nossos SGDs restantes.

 

Apesar de toda a modernidade de Singapura, o aeroporto tem burocracia terceiromundista para conseguir Wi-Fi. Chega a ser pior que no Brasil. Melhor assim, ficamos lendo sobre Myanmar. Partimos para Yangon!

 

 

 

 

 

Considerações gerais sobre Singapura

Singapura é um Sudeste Asiático bem diferente. Como já falei, Primeiro Mundo. O respeito ao pedestre, a organização, a limpeza, a atenção a detalhes que deveriam ser básicos. Muito à frente do Brasil, vale dizer. Vale pesquisar os caminhos que levaram Singapura ao que é hoje em dia.

 

Em Singapura as escadas rolantes são bem mais rápidas do que estamos habituados. Em contrapartida as pessoas andam devagar, tipo no Brasil. Mas ao menos deixam o lado esquerdo da escada rolante livre, em geral.

 

Comparativamente à Malásia, achei os costumes mais liberais por lá também (mas sei que há restrições, no entanto). Por exemplo, no trem para as Batu Caves estava escrito que era proibido ter “comportamento indecente” no trem, ahahahaha. Essa restrição, ao menos oficialmente, eu não vi nos metrôs de Singapura.

 

Uma curiosidade, numa cidade com vida noturna intensa: bebidas alcoólicas são proibidas de se beber em público das 22:30 às 7:00 – diversas plaquinhas sinalizam isso na Clarke Quay.

 

Sei que um dos baratos de lá é conhecer shoppings, mas esse não é o meu barato. Passamos por alguns, o metrô tem vezes que tem estação que vc sai dentro de um shopping, mas passeios em shoppings não fizeram parte da nossa programação.

 

Nossos dias em Singapura foram planejados meio que on the fly, na véspera ou mesmo durante o dia. Antigamente eu chegava a planejar exatamente o que fazer em cada dia, hoje estou mais relapso. Não que eu fizesse o planejamento de onde estaria lugar a lugar, hora a hora, tal qual já vi numas planilhas (admiro muito quem faz!), mas ao menos eu tinha em mente a região da cidade onde estaria. Nessa viagem nem isso. Eu meio que estudava de véspera o que fazer exatamente no dia seguinte. E deu certo. Até então (inclusive Malásia) e até o fim da viagem (Myanmar).

 

 

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Isso aqui era um poço, por onde a água caía e formava uma cascata dentro de um shopping

 

 

 

 

Yangon, Myanmar

Chegamos de noite ao destino principal da nossa viagem. Imigração foi ok. Apenas mostramos passaporte e papel com o e-visa e tudo deu certo.

 

Imediatamente a seguir à imigração, fomos trocar dinheiro. Tem algumas cabines de câmbio no canto do aeroporto, uma ao lado da outra. As cotações são diferentes, vale conferir cada uma. Escolhida a que pagava mais nos euros, fomos lá trocar. 1.000 euros no total, que levamos dentro de um livro para não amassar as notas. Tinha lido diversas recomendações de levar notas de dólares novas e sem dobras. “Pristine”, “no stains”. Pra tentar evitar dor de cabeça com isso, optamos por levar euros. Foi melhor mesmo, passou tudo numa boa. Sequer um “hmmm”, uma dupla checagem, nada. As notas não eram velhas, mas tinham uma manchinha aqui e outra ali. Tinha dobrinhas tbm. Mas passaram. Foi o único câmbio que fiz em Myanmar (sobrou dinheiro, que destrocamos no aeroporto antes de sair do país).

 

Saímos então com bolos de notas. A nota maior é de 10 mil, que equivale a 7,5 euros. Então já viu. Aproveitamos para usar o Wifi livre do aeroporto e avisar da nossa chegada. Aeroporto de Yangon tem wifi livre, o de Singapura não tem. Não faz sentido.

 

O taxi é tabelado, assim que vc sai da área reservada já tem o stand onde pegar o taxi. Pechincha de 8 mil. Vc diz o destino, recebe um papel e um intermediário te leva até o taxi. E lá vamos nós.

 

Já era noite. Vi caracteres birmaneses e romanos no caminho. Comprovei a bizarrice de carros feitos para mão inglesa (com o volante do lado direito) e as ruas seguindo a mão francesa. Surreal. O trânsito é conforme esperado, mas tem menos buzina e menos bagunça do que esperado. Esperei por Índia. Myanmar pega mais leve.

 

Chegamos no nosso hotel. Na verdade um B&B. Tem de subir as escadas e achar o check-in num dos andares. Lembrou-me de alguns hotéis guerreiros da Europa. Mas esse de Yangon foi o melhor guerreiro até então da viagem! Os preços são em USD, mas paguei em kyat logo na chegada. Aliás, fiz isso em todos os hotéis, não usei dólares em Myanmar. Taxa que o hotel usou é 1.400, mas câmbio real é na faixa de 1.350. Ou seja, valeria a pena pagar em USD. Desde que vc tenha notas novas, lindas, puras, intactas, cheirosas e cristalinas.

 

Largamos nossas mochilas e fomos explorar a região. Ruas escuras. Sujas. Eu setei padrão Índia e estava tudo dentro do esperado. Calçadas arrebentadas. Cuidado onde anda, sobretudo de noite! Não é muito diferente de Brasil em termos de sujeira em centros de cidade, mas o calçamento é pior.

 

Tinha um bar de rock mapeado na área. Chegando lá, achei estranho. Pareceu inferninho total. Largamos. Seguimos para um outro mapeado, na rua 19. A rua 19 é a área!! Coração da Chinatown local, bares e bares. Guerreiraços. Comida de rua, mas achei tudo muito sinistro. Uma moscaiada e sei lá mais o quê. Havia turistas tbm, a região é famosa entre turistas. Mas só os guerreiros. A área é totalmente guerreira.

 

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Comida de rua na Chinatown de Yangon -- vai encarar?

 

 

Vi as pessoas de chinelos. Nós estávamos de chinelos. Aqui o calçado é chinelo. Aliás, em todos os lugares de Myanmar, raramente via alguém de calçado fechado. Outra coisa que notei é que as pessoas chamam as outras (tipo o “psiu”, “ei”) fazendo barulho de beijinho. Estranho, mas divertido. Ficamos num bar tomando cerveja barata (pouco mais de meio dólar!) e umas meninas da mesa ao lado pediram para tirar fotos com a Katia. Era por causa da tatuagem no braço, Tailândia (em tailandês) e as meninas eram de lá.

 

Achamos a galera de um modo geral muito amável. A experiência foi breve, no entanto. Tomamos 6 chopes locais (Myanmar beer) e a conta saiu a 4500 kyats. 3 euros, PQP! Larga distância para os preços de Singapura! Fizemos um micro pub crawl e ficamos de people watch na área. Não comemos: deu certo medo da comida de rua. E voltamos andando pelas ruas escuras de Yangon até nosso hotel. Apesar de escuro, achei tranquilo. Perigo maior são os buracos (e os ratos!).

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Dia 8 - Yangon

 

Tomamos nosso café da manhã no rooftop do edifício do nosso B&B. Tinha macarrão apimentado, tinha opção ocidental. Havia aquela névoa asiática típica dessa época do ano. Acertamos os relógios, estavam 1h adiantados.

 

Programamos de fazer uma caminhada sugerida pelo Lonely Planet, muito mais para respirar um pouco a cidade. Prefiro andar um pouco a pegar logo taxi. De cara paramos na Sule Pagoda. Tinha lido que era melhor ir logo nela, pq é menor que as outras. É verdade, faça isso! #ficaadica. Estrangeiros pagam uma taxa para entrar. Um simpático senhor que lia seu jornal me abordou para falar que o presidente do país visitaria (ou havia visitado?) a cidade nesses dias, me mostrando o jornal e arranhando um inglês. Muito legal, ele sorria feliz da vida.

 

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Sule Pagoda

 

Seguimos nossa caminhada pelo enorme parque ao lado da Sule, o Maha Bandula. Uns monges bem garotos passaram por nós pedindo dinheiro, meio que na brincadeira, não era mendicância. Mas achei estranho, isso não combina com monges. Logo depois fomos ver uma excelente exposição fotográfica que estava rolando no parque, quando fomos abordados por um senhor falando que era professor de inglês e pedindo para que nós fôssemos conversar com os alunos dele, para eles praticarem. Nossos radares anti-ciladas ficaram tão sensíveis na Índia que até hoje eles entram em alerta vermelho numa situação dessas. Eu hesitei, mas a praticidade venceu: não tínhamos tempo realmente (não ter tempo para alguma coisa = aquilo não é prioridade). Agradecemos, mas dispensamos.

 

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Prefeitura de Yangon

 

 

Seguimos nossa caminhada, na verdade desviando da rota sugerida pelo LP e em direção à Botataung Pagoda. No trajeto passamos por áreas realmente nada a ver, desinteressantes. Lembrou uma vez que decidimos andar por algumas ruas em Medellin e acabamos caminhando por uma série de quarteirões de oficinas de carro, ahahahah. Mas foi na boa, em ambas as ocasiões.

 

Botataung é grande e bonita. Custa o dobro da Sule para entrar (estrangeiros), 6 ryats. Melhor usar os kyats que dólar nesses casos, aliás. Numa das salas do Botatung havia o que nos pareceu serem celebridades locais sendo fotografadas por fãs e dando entrevistas. Divertido de ver, sobretudo quando vc não faz ideia de quem seja.

 

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Botataung (ela é mais ampla do que a foto demonstra)

 

 

Uma coisa que notamos pela cidade é como as lixeiras são raras em Yangon. Um grande contraste com Singapura. Lembrei-me da área de night perto do hotel em Singapura que tinha lixeiras praticamente enfileiradas, às dezenas. Ainda assim, em Yangon, mesmo raras, vc encontra lixeiras improvisadas. Amem.

 

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Ruas de Yangon

 

 

O trânsito no centrão de Yangon é previsivelmente caótico, os carros param em qualquer lugar, às vezes até em fila tripla. As avenidas são largas o suficiente para isso. As pessoas atravessam a rua em qualquer lugar também (inclusive nós!).

 

Pegamos um taxi de volta para a região da Sule (nossa referência mais fácil), deu 2K kyats. Fomos conhecer os Ministers’ Office. Estava em reforma. Havia uma igreja católica, de Sta Maria, por perto, fomos conhecer. Muito bonita. Voltamos para o hotel para comprar nossas passagens para Inle (não vendia na noite anterior, tinha horário pra vender!). As empresas que eu tinha listado, JJ e Lumbini estavam esgotadas. Conseguimos numa cia nova, tal de Famous. Ok, na mesma faixa de preço, até um pouco mais em conta. Horário recomendado pra sair do centro para a rodoviária: 2,5 hs antes, ahahahah. Surreal. Mas é melhor não dar mole.

 

Então pegamos um taxi para o Chaukhtatgyi Buddha Temple. Deu 4k. Eram 12:30. Fomos primeiro no Ngahtatgyi Buddha Temple. Belíssimo templo, maior paz. Depois fomos no Chaukhtatgyi. Havia o que nos pareceu serem touts na entrada que usamos. Oferecendo de ser guia, oferecendo lugar pra guardar chinelo, etc. Turismo chegando vai trazendo esses malas. O Chaukhtatgyi também é um belo templo, um buda enorme deitado. Nada de ingresso, só doação. Ficamos lá por um tempo.

 

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Ngahtatgyi

 

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Chaukhtatgyi

 

 

Saímos e logo pegamos outro taxi, agora para a Shwedagon Pagoda. Mas antes fomos no People’s Park, que fica logo em frente (pedi ao taxista para nos deixar naquela entrada especificamente; a pagoda tem 4 entradas). O parque cobrou 300 p entrar. Era 5.000 no LP. Raro momento em que alguma coisa está mais barata do que o indicado no LP! Lá dentro é bem grande e uma das coisas principais era um parque de diversões. Havia muita gente. Ficamos curtindo observar as pessoas. E, apesar de muita gente no parque, a montanha russa estava sem quórum! Simplesmente ninguém.

 

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Shwedagon Pagoda vista a partir do People's Park

 

 

Curtimos ainda o outro lado do parque e a área frontal à pagoda, mas nessa área há menos atrativos. Uma coisa divertida que vi foi uma placa com as regras locais do parque. Uma delas diz que é proibido fazer sexo no parque! Talvez o lugar atraia casais em busca dessa aventura. De fato, havia gente namorando no parque.

 

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No sex in the park!

 

 

E finalmente fomos ao lugar turístico principal da cidade, e um dos principais de Myanmar: a Shwedagon Pagoda. 8k pra entrar. Mais 3k para alugar o longyi, porque minha bermuda não cobria os joelhos. Eram umas 16hs, o horário perfeito para pegar o fim do sol e o anoitecer. Ficamos até depois das 19hs. Rodamos muito a área. Muitas voltas (sempre no sentido horário!), muitos pequenos lugares a se observar. Muitas pessoas e rituais a se observar. Sublime. E a luz sobre a pagoda ao anoitecer é enigmática. Deixa a pagoda ainda mais bela.

 

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Shwedagon Pagoda

 

 

Local muito turístico, já começa a atrair a turma que enxerga o turista como alvo. Não para ataques, mas para vender serviços, obter doações, etc. Eu estava com camisa do Brasil de vôlei, então volta e meia sofria alguma abordagem com essa deixa (do Brasil, não do vôlei!). Mas geralmente eram guias querendo vender os serviços deles. Acho que deve valer a pena, para quem tem interesse em conhecer mais. Um tout veio com uma história de ação social e tal, estava em busca de doações. Um chinês me abordou pedindo para eu gravar um vídeo em português (ele, na verdade, esperava que eu falasse espanhol quando viu a camisa do Brasil...) para a noiva dele. Tudo me diverte.

 

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Monges mirins na Shwedagon

 

 

Encerrada a visita, aproveitei para comprar o Longyi. Custava 5 pratas, e o cara aceitou que eu pagasse apenas mais 2 (já tinha pago 3 pelo aluguel). E ainda me deu um longyi novo, ensacado! Viva! Usaria outras vezes.

 

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Pegamos o taxi de volta (pagamos um pouco mais caro, mas não adiantou tentar negociar). Fomos jantar num restaurante indiano listado no LP, guerreiraço e muito barato. Fomos para nossa querida rua 19 tomar umas cervas, mas antes fomos numa massagem que tinha por lá (apenas 7k!!). Tava sentindo falta de massagem! Sudeste asiático tem massagem no meu subconsciente. Ano passado tinha sido quase todos os dias, dessa vez não vi na Malásia, em Singapura tinha mas não era nada daquela pechincha. Depois da massagem, fomos tomar as saideiras no mesmo de ontem. E não é que alguém deixou cair um cinzeiro (!!) do alto de algum andar? Ainda bem que caiu sobre o letreiro de um dos bares. Do nosso lado, aliás. Se aquilo cai na cabeça de alguém é um sério problema, talvez fatal.

 

Voltamos para o nosso hotel por volta da meia noite. Era a hora da rataiada nas ruas, vimos algumas. Verificamos novamente as calçadas quebradas, os buracos, o esgoto que rola eventualmente a céu aberto e outras vezes coberto por blocos de concreto, muitas vezes quebrados. Daí o LP listar a possibilidade de vc cair num buraco desses como um dos maiores riscos na cidade. Imagine! Até existe o risco, porque tem áreas bem escuras de noite, mas é bem improvável. De qq forma, a experiência anterior na Índia antes ajudou na preparação psicológica para esse ambiente.

 

O esgoto corre por sob as calçadas, geralmente sob placas, blocos de concreto. Muitos lugares no Brasil também são +- assim, onde em alguns o esgoto corre na sarjeta, e sem essas placas, blocos. Embora houvesse muita sujeira nas ruas de Yangon, achei que havia menos que na Índia. Requer desprendimento para andar nas ruas. Pela sujeira, poluição e transito. E para atravessar ruas.

 

Outra coisa que passou a se repetir aqui, tal qual na viagem do ano passado: os pés imundos ao fim do dia (tanto que passamos no hotel antes de partirmos para a massagem na rua 19, de modo a lavar ao menos as pernas!). Andamos de chinelos e retiramos os chinelos diversas vezes para ir nos templos. Os pés ficam imprestáveis no fim de uma série dessas. Mas em Bagan a coisas seriam ainda piores!

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