Complexo de cachoeiras em MT ameaçado por agressões ambienta

[MariaEmilia]

24 Horas News

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[align=justify]Localizado a meio do caminho entre Campo Verde e Chapada dos Guimarães, o complexo de cachoeiras do Rio da Casca é um dos mais belos atrativos turísticos da região, visitado por pessoas de várias partes do Brasil que buscam em suas quedas d´água o descanso e o lazer. Durante os finais de semana e feriados, o atrativo recebe, segundo comerciantes instalados nas proximidades, cerca de 500 pessoas. Grande parte vinda de Cuiabá e das cidades que formam a “Baixada Cuiabana”.

 

E é justamente esse fluxo de visitante que está pondo em risco esse que é um dos mais belos cartões postais da região. Sem um plano de manejo adequado, sem um controle de visitação e sem a mínima infra-estrutura, o lugar vem sendo agredido sistematicamente.

Desprovidos de consciência ecológica e protegidos pela omissão e inércia dos órgãos ambientais, os “turistas” de fim de semana emporcalham as margens do rio com restos de comida, sacos plásticos, latas de refrigerantes e cervejas, garrafas pets e carvão, muito carvão.

 

“Agir dessa forma é como ser convidado para uma festa e fazer as necessidades fisiológicas na sala do anfitrião” - disse a professora Ana Maria Queiróz, de Cuiabá, que visitava pela primeira vez o rio da Casca. “É lamentável”, completou.

 

Na última sexta-feira, ao lado de duas barracas utilizadas por um grupo de jovens de Cuiabá, que acampava no local, podia ser visto várias garrafas plásticas e restos de lixo. “Quando a gente chegou isso já estava aí, mas vamos recolher quando formos embora”, prometeu uma das garotas do grupo.

 

Dono de um pequeno bar nas proximidades do complexo de cachoeiras, Alex Sandro Isac Pereira diz que a situação só não é pior porque ele e sua família procuram amenizar o problema fazendo o recolhimento do lixo deixado pelos banhistas. “Toda segunda-feira fazemos a coleta e colocamos em sacos plásticos que são recolhidos por um caminhão da prefeitura de Chapada”, informou. A medida, se não resolve o problema, pelo menos contribui para que a natureza possa continuar oferecendo seus encantos àqueles que a admiram e a respeitam.

 

Aliás, respeito com o meio ambiente e bom senso é o que falta para que o rio do Casca não se transforme, num curto espaço de tempo, num cenário decadente. Segundo Pereira, já foram distribuídos bags em pontos estratégicos para que os banhistas depositassem o lixo, mas não adiantou. Os resíduos continuaram sendo jogados na natureza.

 

Para que num futuro muito próximo, o complexo de cachoeiras do rio da Casca, em vez de cartão-postal, vire o retrato do descaso com o meio ambiente, é necessário que as autoridades dos municípios cortados pelas quedas d´água adotem medidas urgentes. A simples instalação de lixeiras já ajudaria.

 

Valmir Faria de Campo Verde[/align]

[Elinaldo Gomes]

Ô povinho amundiçado...

Infelizmente, esse é o retrato de parte dos nossos turistas: querem usufruir ao máximo da natureza, não se importando nem um pouco com a sua preservação.

Um bom trabalho de conscientização e educação ambiental faz-se necessário.