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Uma viagem incrível, diferente, e muito curiosa. Tentarei fazer um relato bem detalhado, já que não foi tão fácil encontrar informações sobre Cuba - esse lugar tão interessante, com pessoas maravilhosas.

O melhor de Cuba, são as pessoas.

Veja as fotos no instagram @viagensdaleticia

ou na página https://www.facebook.com/viagensdaleticia

 

Viajei com uma amiga e ela toca instrumentos de percussão, estava super interessada na música cubana e instrumentos. Por isso, vimos muita coisa relacionada a música, dança e tambores. E foi uma ótima experiência.

Desfrutamos muito dos drinks cubanos! Bebemos muito mojito e pina colada. Daiquiri também. Elegemos os favoritos da viagem e passo esses contatos aqui.

Ficamos hospedadas sempre nas casas particulares, e as melhores, também deixarei todos os contatos. Algumas vezes, viramos a noite viajando de ônibus.

Escolhemos algumas de nossas hospedagens também pelo lindo cenário colonial que a casa nos proporcionava.

 

Coisas que não deram certo

Fazia parte do plano inicial ir a Cayo Largo del Sur. Não conseguimos comprar as passagens via internet no Brasil, então o plano era fazer isso em Havana. Também não conseguimos. A Cubana, companhia aérea que faz o trecho, só funcionava de segunda a sexta e nós estávamos em Havana num final de semana. Tentamos em outras cidades, mas só em Havana eram vendidas as passagens pra lá. Desistimos então.

Tentamos ir à Playa Larga e Giron, perto de Cienfuegos. Passamos o dia em Cienfuegos para pegar o ônibus que ia pra Playa Larga às 16h. O ônibus chegou super atrasado e... Não tinha lugar pra gente. Fizemos um barraco leve e devolveram nosso dinheiro. Como era fim de tarde, não conseguimos um táxi compartilhado. Enfim, mudamos os planos novamente.

Nosso roteiro era bem flexível, então nada disso foi um problema.

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Roteiro - de 30/03 a 18/04

30 SP/Havana

31 Havana

01 Havana

02 Havana/Santiago de Cuba

03 Santiago de Cuba

04 Santiago de Cuba/Baracoa

05 Baracoa

06 Baracoa

07 Baracoa/Santiago de Cuba/Trinidad

08 Trinidad: Playa Ancon

09 Trinidad

10 Trinidad/Cienfuegos

11 Cienfuegos/Remédios

12 Remédios: Cayo Santa Maria - Playa Las Gaviotas

13 Remédios: Cayo Santa Maria - Playa Las Terrazas

14 Remédios/Havana/Vinales

15 Vinales: Cayo Jutias

16 Vinales: Valle del Silêncio/Havana

17 Havana/SP

18 SP

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O QUE APRENDI EM CUBA

 

As casas não tem telhado, tem terraço, e isso é muito legal.

Em Cuba tudo é lento e o sistema é organizado de maneira analógica. Por mais estranho que possa parecer, funciona.

Existe vida sem internet! Esqueça a internet.

Charuto é caríssimo. Tem caixas com 10 que custam € 400.

Sempre negocie o preço das coisas, principalmente do táxi.

Guardanapos são artigos raros. Embalagens e sacolinhas também.

Tem que pagar TODOS os sanitários. Tenha sempre moedas. Se guardanapo é difícil, imagine papel higiênico. Carregue sempre o seu. Nem sempre tem água nos banheiros, então álcool gel e lenços umedecidos também são legais de carregar. Isso não é um drama. Apenas adapte-se.

Os ventiladores tem controle remoto.

É impossível não se apaixonar pelos carros! Os carros são todos mais velhos que os meus pais. Mas eles tem um som fantástico e novo.

Todo mundo adora novela brasileira e conhece Roberto Carlos e Nelson Ned.

Carne de vaca não é muito comum. Lá se come muita carne de porco. Eu comi muito camarão, peixe e lagosta, muito mais barato e muito mais fresco do que comeria em São Paulo.

Não tem mercado nem lojas em todo lugar. Não tem guloseimas industrializadas. A água é cara. Uma garrafa de 1,5 L custa sempre 2 CUC. Quando achar mais barata, compre. Tem água de garrafa grande em todo lugar e custa o mesmo preço tanto no mercado quanto no restaurante.

As pessoas levam pequenas garrafas de rum pra balada (só comprar uma coca e bebem cuba libre. Bem mais barato!). A balada realmente acaba na hora que está marcada. A música pára e a luz acende pontualmente.

Tudo tem uma fila imensa. A 'cola' é parte da cultura em Cuba.

As frutas são super doces, mas inda assim, os cubanos enchem o suco de açúcar.

Dê o dinheiro trocado, principalmente se for em moeda nacional. Eles nunca te dão troco. Preste muita atenção.

Todo mundo tem um amigo médico que está no Brasil.

As crianças brincam. Os adultos conversam. Os idosos jogam dominó. Todo mundo vai à escola dos 5 aos 18 anos. Não tem gente morando na rua. Não tem crianças trabalhando.

É maravilhoso não ter medo de andar na rua, sozinha, a noite, de madrugada, sem medo de ser assaltada ou roubada. Isso não tem preço.

 

Via Azul (a empresa de ônibus)

Tem que comprar as passagens no dia anterior à viagem ou chegar com 1h de antecedência e comprar no dia. Quando anotam seu nome e fazem uma 'reserva de passagem', não significa que vc vai conseguir viajar. Pode ser que o ônibus chegue lotado e vc não possa embarcar.

Desencane dá organização das coisas do jeito que vc está acostumado. Em Cuba tudo é lento e o sistema é organizado de maneira analógica. Por mais estranho que possa parecer, funciona.

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HAVANA - 03 noites + 01 noite

 

voo Avianca: SP 1h00; conexão em Bogotá; Havana 13h

 

Hospedagem: vimos pela internet e "reservamos". Nunca tivemos resposta. Precisávamos de um endereço para poder tirar o visto, e levamos os papéis desta reserva. Chegando em Havana, fomos para esse endereço, em Habana Vieja. Ficamos lá mesmo e não entendemos se o cara tinha recebido nossa reserva pela internet. O quarto era bom e custava 30 CUC. O café da manhã era pago à parte, 5 CUC e só tomamos no último dia. Nos outros dias, comemos algo na rua, baratinho, pagando em moeda nacional.

 

Trocar dinheiro é bem fácil. A taxa de câmbio é a mesma em toda Cuba. Você só precisa saber os horários certos da CADECA - a casa de câmbio. Levamos € euros porque para trocar o dólar você perde 10%, então nunca vale a pena. Trocamos 50 CUC por moeda nacional, mas não foi muito útil. 1 CUC = 25 pesos cubanos (que eu chamarei aqui de moeda nacional).

Não sei dizer quantos dias são necessários para conhecer Havana. Adorei a cidade. A arquitetura é maravilhosa, tanto em Habana Vieja quando em Vedado, construções lindíssimas que vão do colonial espanhol a traços mais retos, modernos, passando pelo art déco. O deteriorado pela ação do tempo e falta de manutenção também tem sua beleza. Tem muita coisa pra ver em Havana. Não consegui visitar tudo que gostaria, obviamente, mas valeu pra conhecer o básico e ficar com vontade de voltar.

Todo mundo vai te dizer pra não andar de ônibus. Não tem problema nenhum o ônibus. É cheio, mas é muito muito barato. Enquanto um táxi custa 8 CUC, o ônibus custa 0,40 centavos de peso cubano, moeda nacional.

 

O mojito da Bodeguita del Medio é realmente muito bom. Mais caro que os outros, mas vale a visita. Não gostei tanto do Floridita nem caí de amores pelo daiquiri. Mas ficamos viciadas pela piña colada do bar Los Cunabitos, na Calle San Ignacio, perto da Plaza Vieja. O melhor custo benefício.

La noche de Habana: fomos no Gato Tuerto, que mais parecia uma banda de festa de casamento, fomos rapidamente num jazz que estava ótimo (la zorra e el cuervo), mas chegamos no final e curtimos pouco. Íamos no Pico Blanco, mas aquelas músicas e o público não eram exatamente o que queríamos e desistimos. Boas experiências mesmo, ficaram pra Fábrica de Arte Cubano e pro 1830. Nesse final de semana, estava rolando um festival de dança em Havana, então vimos várias apresentações pelas ruas e praças. O que foi maravilhoso. Aproveitamos os tambores tocando e lindos espetáculos ao ar livre, sem gastar nada.

Fomos também ao Calejon de Hamel, onde foi possível ver muito de perto música e dança verdadeiramente cubanos.

 

Passeamos muito pelas lindas ruelas de Havana Vieja, andamos no Malecon, comemos pescado, camarones e langosta deliciosos, andamos de ônibus por apenas 0,50 nacionais (era 40 mas não existia troco), andamos por Vedado, visitamos o Museo La Revolucion, que é ótimo pra entender toda a história de Cuba, vimos a feira de arte no paseo del Prado no domingo a tarde, o Barrio Chino, o hotel Sevilla, a loja da fábrica de charutos, malecon, ...

Foi muito bom ficar hospedada em Habana Vieja e fazer tudo a pé com facilidade.

 

Lugares que visitei

ruelas e plazas de Habana Vieja

La Bodeguita del Médio (o bar que Ernest Hemingway tomava mojito)

La Floridita (o bar que Ernest Hemingway tomava daiquiri)

Museu La Revolucion

Hotel Sevilla

Capitolio

Loja de Charutos perto do Barrio Chino

Barrio Chino

Malecon

Vedado

Callejon de Hamel (música e dança cubana afro)

passeo del prado

 

Baladas

1830 (bar, pista, etc. Muito bom!)

Fabrica de Arte Cubano (centro cultural, pista e shows - muito bom! Vale a pena! Não deixe de ir! Chegue cedo porque a partir das 21h já tem uma fila imensa)

Casa de la musica de Miramar (música cubana e caribenha ao vivo)

la Zorra y el Cuervo (jazz)

Gato Tuerto (música ao vivo, mas o pessoal é um pouco velho)

 

Gostaria de ter ido mas não deu tempo

Museu de arte

Ministério do Interior (aquele com a fachada do Che) - só passei de carro rapidamente

praias ao redor de Havana

Castillo los tres reyes e Fortaleza (do outro lado da baia, tem que ir de barco)

 

alguns lugares

restaurante Los Marinos - Club Nautico Internacional - perto do terminal Serra Maestra, no Malecon, do lado do mar - frutos do mar deliciosos

bar/restaurante La Vitrola - comida boa e prato razoavelmente grande a preço justo - Calle San Inacio, perto da Plaza de la Catedral

bar Los Cubanitos - a melhor pina colada - calle San Inacio

cervejaria da Plaza de la Catedral - cerveja muito boa

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SANTIAGO DE CUBA - 01 noite

 

Não foi tão simples entender como se comprava passagens na Via Azul. Quando vc chega no terminal rodoviário, mil pessoas vem te oferecer táxis compartilhados para diversos destinos. E a fila do guichê de passagem era imensa, coisa básica em Cuba. Vimos então que passagens no mesmo dia era em outro lugar, o atendente mandou chegarmos com 2h de antecedência. Procurávamos pelo ônibus noturno para Santiago de Cuba, no mesmo dia. Uma mulher tentou nos vender passagem pelo mercado negro, mas ficamos com medo e desistimos. Preferimos esperar pelo método oficial. Deu tudo certo. Nosso ônibus saiu de Havana pontualmente à meia noite. Foram muuuuuitas paradas em 16 horas de viagem até Santiago. Muitos sanitários terríveis pelo caminho e todos pagos. Já deixava umas moedas sempre à mão pra isso. Reserve blusa e algo para se cobrir durante as viagens de ônibus. Ar condicionado sempre ligado no modo polar.

Santiago de Cuba é a terra dos jiheteros - pessoas profissionais em encher o saco de turistas. Eles vem te oferecer casa, táxi e tudo o que vc puder precisar e não desaparecem mesmo que vc diga NÃO 80 vezes. Não tínhamos hospedagem programada em Santiago. Seguimos pra um endereço do Lonely Planet. Fomos de táxi até a praça principal é seguimos caminhando. A casa era legal, mas estava lotada. O pessoal da casa então ligou em vários outros lugares. A dona da casa nos levou até um lugar que ela achou vazio. Era a casa de Jorge e Yeni. Mas só a vó estava lá. A noite o casal chegou, foram bem legais conosco, conversamos bastante. Eles reservaram hospedagem no nosso próximo destino, Baracoa, e deram muitas dicas sobre o que fazer em Santiago.

Almoçamos num restaurante do calçadão. A tarde andamos pelas ruas cheias de fumaça das motos, fomos ao mirador, depois descemos até a beira mar para tomar um mojito. Mais tarde subimos no terraço dos dois principais hotéis pra ter uma vista de cima da cidade. A noite acabamos não indo pras atrações dançantes. Os principais atrativos eram a casa de trova e a casa de la musica. Ficamos na praça e conversamos bastante com alguns nativos. Passamos só uma noite em Santiago e partimos na manhã seguinte para Baracoa.

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BARACOA - 03 noites

 

O ônibus pra Baracoa saia bem cedo. Então chegamos à rodoviária com mais de uma hora de antecedência, já que não tínhamos passagem. Mas foi bem tranquilo pra comprar e embarcar.

Foram umas 5h de viagem. O ônibus parou em outras cidades e tb fez uma parada no caminho onde provamos o famoso cucurutcho e o chocolate da região. Quando se avista aquele mar azul, parte do sofrimento pra chegar lá é esquecido. Na rodoviária havia alguém nos esperando, com uma plaquinha com nossos nomes. O transporte então até a casa particular foi o bicitaxi, que seguiu pelo malecon a maior parte do caminho. A casa ficava na rua principal de Baracoa, e a família era muito acolhedora e divertida. Rapidamente já organizamos nossos passeios e um guia veio nos encontrar pra irmos até a Boca de Miel, Playa Blanca e uma gruta. Não tivemos tempo de comer. Ninguém nos avisou que seria mais adequado ir de tênis. Andamos até o final da Praia, cruzamos o rio de canoa, depois seguimos por uma trilha bem tranquila. Mas subimos no que há milhões de anos eram corais, formando pequenas cavernas e lindas formações calcáreas. Fazer todo esse percurso de havaianas foi o grande desafio. Chegamos então a gruta. E o guia de repente diz "podem cair na água". Que água? No escuro? Sim. Era tão transparente que não dava pra entender que ali tinha água. Mergulhamos com a luz apenas de lanternas. A água nem era tão fria. Então já podemos inserir no currículo de viajante "mergulho em caverna escura". Voltamos boa parte do caminho por uma trilha construída pelos índios da região. Todas as pedras eram na verdade corais, e machucavam um pouco os pés. Mas foi tudo bem. Finalizamos então na Playa Blanca, onde o mar era lindo e tinha vários fósseis marinhos. Mas o mar estava um tanto agitado para banho. Só tiramos fotos. Cruzamos o rio de canoa já estava escurecendo e voltamos caminhando pela praia no escuro, com nosso guia e outros grupos que surgiram pelo caminho. Jantamos na casa particular, um peixe típico de Baracoa, com leite de coco.

No dia seguinte o guia foi nos pegar já com o táxi (quer era um jipe). O roteiro do dia era produção artesanal de chocolate, passeio pelo Canon Yumuri e depois Playa Manglito. Fizemos algumas paradas para fotos das praias maravilhosas pelo caminho. Almoçamos em Manglito, negociamos bem o preço dos pratos e consegui uma lagosta grandona por 10CUC! Antes do por do sol ainda fomos pra outra praia, onde o mar estava mais calminho. Como almoçamos tarde, acabamos não comendo a noite. Ficamos tomando mojitos, bailando salsa na casa de trova até fechar e depois no reggaeton do malecon.

No dia seguinte o táxi jipe não apareceu. Tivemos que chamar outro. Perdemos um tempão na CADECA, e seguimos pra Playa Maguana um pouco tarde. Mas o dia tb foi ótimo. Elegemos esta como melhor mar, mais transparente de toda a viagem. Lá tb tomamos o melhor mojito, que era com menta em vez de hortelã. Almoçamos pescado e camarones fresquissimos e depois ainda ficamos na praia até fechar. O taxista queria nos matar, pois fomos as últimas pessoas a sair da praia. Mas ele era gente boa. A noite ele nos encontrou na praça e fomos juntos para a comparsa (um bloco de carnaval) e depois para o carnaval de Baracoa (um palco no final do malecon onde rolaram alguns shows). Dançamos a noite toda!

Nosso plano de acordar cedo e curtir a praia mais próxima antes de ir embora não rolou pq acordamos meio tarde. Mas subimos no hotel lá no alto da montanha e ficamos uns minutos apreciando a cidade de cima.

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TRINIDAD e PLAYA ANCON - 02 noites

 

Chegar a Trinidad foi nossa pior viagem. Na saída de Baracoa, não achamos lugar algum pra comer. Então tomamos um sorvete perto da rodoviária. Isso devia ser nem duas horas da tarde. Só fomos comer outra vez lá pelas dez da noite, numa rodoviária nem sei onde. Este ônibus estava bem cheio, pegamos lugares lá no fundo, e o espaço entre os bancos parecia ser menor do que o normal. Viramos a noite no ônibus e chegamos à Trinidad bem cedo, sete da manhã.

A família de Baracoa tinha feito uma reserva para nós em Trinidad e nos deram um cartão com o endereço para onde deveríamos ir. Porém... Chegando na rodoviária, de repente vimos umas mulher gritando nossos nomes. Ela disse que era irmã de Mailyn (íamos ficar na casa de Mailyn, supostamente), que a casa de Mailyn estava cheia e que então nós iríamos pra casa dela. Andamos cerca de 20 minutos até a casa (que era bem zuada e meio longe do centrinho). Estávamos bem cansadas. Tomamos café da manhã, ela disse que tinha um pessoal no quarto e que este seria desocupado até meio dia, para nós. Arrumou um táxi para nós e nos disse alguns passeios para fazer. Deixamos nossas coisas lá e saímos de táxi. Porém, no táxi, lemos sobre um grave problema que atinge Trinidad - as pessoas que se fingem muito solícitas e levam os turistas para outros lugares antes deles perceberem onde era o destino previsto. Vimos que o endereço que tínhamos na mão não tinha nada a ver com aquele em que deixamos nossas coisas, e resolvemos voltar para esclarecer as coisas. Enfim, realmente a casa de Mailyn (que era bem melhor do que aquela que deixamos nossas coisas) estava lotada e a outra mulher era irmã dela. Mas a gente resolveu que não ia ficar lá e fomos procurar outra coisa. Saímos batendo de porta em porta mesmo, vimos alguns lugares e achamos um que gostamos muito na mesma rua do terminal rodoviário. Uma casa colonial linda, com um pátio interno grande, cheio de plantas e pássaros, mobiliário bem a cara de Cuba. Resolvemos ficar lá, apesar de ser um pouco mais caro. Depois de fazer a mudança de casa, saímos em busca de um táxi para a Playa Ancon. Porém não conseguimos um coletivo na ida, só na volta. Passamos a tarde na praia.

A noite jantamos num restaurante que não era bom. O cardápio parecia maravilhoso, mas a comida não era boa. Sorte que tinha uma banda ótima tocando e aproveitamos.

No dia seguinte andamos por toda a cidade, almoçamos num restaurante ótimo, trocamos dinheiro, fomos até uma igreja em construção no alto da cidade, na volta achamos um bar bem legal, onde também tinha uma banda ótima, e fizemos uma paradinha por lá. Os drinks e comidinhas tb eram muito bons. Mais tarde, tomamos uns mojitos e pinas coladas na praça e depois fomos para a 'balada na caverna'. Sim, tem uma balada numa caverna em Trinidad. Caverna mesmo. Por si só já vale a visita, mas além disso foi bastante divertido. Pena que termina pontualmente as 3 horas da manhã.

No dia seguinte, partimos para Cienfuegos no primeiro ônibus da manhã.

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CIENFUEGOS - 01 noite

 

O trajeto Trinidad-Cienfuegos era curto, e como o ônibus saiu bem cedo, chegamos ainda de manhã. Nosso plano era conhecer o básico da cidade, e pegar o ônibus as 16h para Playa Larga. Guardamos as mochilas na rodoviária e andamos pela cidade. Nos encantamos com a arquitetura e com o silêncio, a paz. Muito diferente da agitação e assédio turístico constante de Trinidad e Santiago. Diferente da Cuba que conhecemos até então, Cienfuegos, que se tornou patrimônio da UNESCO em 2005, está toda reformada, em bom estado de conservação.

Voltamos pra rodoviária na hora combinada para comprarmos as passagens, e ficamos aguardando o ônibus, que chegou com quase uma hora de atraso, e ainda nos obrigou a fazer um barraco de leve, porque não tinha lugar pra gente no ônibus. Então conseguimos nosso dinheiro de volta. Mas já era tarde para conseguir um táxi coletivo para Playa Larga, e os preços não eram nada atrativos só para duas pessoas. Então tivemos que achar uma hospedagem em Cienfuegos e alterar nossos planos.

Seguimos pelo Lonely Planet e de cara tivemos sorte: achamos uma casa bonita, com uma senhorinha super acolhedora, a Dona Leonor. A casa dela já teve mais de 10 mil hóspedes em 17 anos de atividade, segundo seu livro de registros e suas estatísticas. Estávamos mortas, jantamos lá mesmo. Ela disse que iríamos provar "lo mejor pollo de Cuba", e realmente estava uma delícia. A noite saímos para caminhar até a beira mar, na super pacata Cienfuegos, e dormimos cedo. Manhã seguinte, depois de um ótimo desajuno (o único dia sem huevos) partimos cedo então para Remédios.

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REMEDIOS e CAYO SANTA MARIA - 03 noites

 

Chegamos a Remédios por volta da hora do almoço. Pegamos um bicitáxi até a praça central e fomos procurar hospedagem. Não foi muito fácil. Vimos muitos lugares e não gostamos de quase nada. A maioria dos lugares estava cheio. Mas encontramos uma casa agradável, bem localizada e com bons terrraços no andar superior. Kelving, o anfitrião desta, ajudava na contratação de táxi coletivo para a gente aproveitar os dias. Não há nada pra fazer em Remédios. Uma tarde lá foi mais do que o suficiente. Almoçamos, compramos guloseimas para comer na praia, porque todos diziam que lá é tudo caro.

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No dia seguinte, fomos para Cayo Santa Maria, num táxi coletivo (50 CUC divido por 4 pessoas) na Playa Las Gaviotas. O lugar é incrível. Achamos uma barraquinha que vendia drinks por 1CUC e nos deliciamos, óbvio, nos mojitos e outros drinks coloridos o dia todo. A noite capotamos.

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No outro dia, fomos novamente para Cayo Santa Maria, desta vez na Playa Las Terrazas, também muito bonita. Nesta resolvemos almoçar. Os preços eram ok, mas os mojitos dessa vez não eram tão baratinhos. A noite conhecemos a igreja da praça de Remédios, que tem um altar muito bonito, uma loja de discos antigos e todo tipo de quinquilharias, jantamos, depois entramos numa espécie de centro cultural e conhecemos o ateliê de um artista de lá. Na manhã seguinte, depois do desajuno, pegamos um táxi para Santa Clara e lá pegamos outro táxi, um coletivo até Havana.

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VINALES e CAYO JUTIAS - 02 noites

 

Em Havana, o táxi coletivo me deixou no terminal da Via Azul, e consegui chegar a tempo de pegar o ônibus para Vinales. Minha amiga ficou em Havana para fazer aulas de tambor e segui sozinha pra parte oeste da ilha. Depois de viajar horas em dois carros pequenos, foi ótimo pegar um ônibus bem vazio. Estrada para Pinar del Rio é bem bonita. O trajeto demorou umas 3h e fez uma parada num lugar bonito e com boa infraestrutura no meio da viagem. Tinha até wi-fi.

 

VINALES

Assim que saí do ônibus na praça central já fui abordada por alguns jiheteros oferecendo hospedagem. Saí então a procura de um lugar pra ficar. Tinha até várias opções, porém sozinha, quis procurar um precinho mais camarada. Encontrei dois lugares por 15CUC, mas não gostei. Então voltei pro primeiro, que acabou ficando por 20CUC.

A noite escolhi um lugar animado em frente a praça da igreja pra jantar e encontrei o melhor (e maior) daiquiri da viagem. O pessoal da casa agendou pra mim táxi coletivo para Cayo Jutias, passeio a cavalo pelo vale é táxi coletivo para voltar a Havana (mais caro, porém são poucos os horários da via Azul, o que tornava inviável pegar o ônibus).

 

Eu precisava trocar dinheiro, e tinha um grave problema: era sábado, meus horários não batiam com os horários da CADECA e ela não abria aos domingos. Fui pra lá antes de abrir, já tinha fila (lógico!). Esperei uns 30 minutos e então abriu. Eis que sai uma mulher gritando que ninguém seria atendido porque ela não tinha taxa de câmbio e ia demorar. Fui embora porque senão perderia a hora do meu táxi pra Cayo Jutias.

A dona da casa particular tinha se oferecido pra trocar o dinheiro pra mim. Nem cogitei essa possibilidade. Porém, pensei, pensei, depois do lance do horário da CADECA, não tive escolha. Deixei pra ela trocar pra mim 50 euros. Se algo desse errado e ela me sacaneasse, essa era a quantia que eu tinha que pagar pelas 2 hospedagens e desajunos. Não encontrei a senhora a noite, só no outro dia depois do desajuno. Estava preocupada. Mas foi tudo certinho. Ela trocou o dinheiro, me trouxe o comprovante e tal. É triste não confiar em ninguém, mas... Vivemos na selva. Tem que se prevenir.

Dessa vez os táxis não eram carros soviéticos, porém o banco estava muito gasto e o trajeto de ida e volta pra Cayo Jutias em estrada de terra cheia de buracos foi bem sofrido.

 

CAYO JUTIAS

Mais uma playa linda, mais um dia de sol e mar azul. Mar tranquilo, praticamente uma piscina. Praia boa pra dar uma caminhada, com um pouco de vegetação em 3 pontos, o que dividia a praia é segregava bastante cubanos e turistas. Mas se misturavam em algumas partes. Tinha todas as opções de público.

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De volta a Vinales por volta das 18h, tomei uma grande piña colada em la esquinita. Mais tarde saí pra jantar no restaurante Cuenca e foi uma imensa decepção: o mojito não era bom, o prato era bem pequeno e nem era tão saboroso.

 

VALLE DEL SILENCIO

Deixei tudo arrumado, terminei meu desajuno e antes das 8h a guia já estava na casa me esperando. O tour a cavalo é cobrado por hora e me custou 25CUC. Foi caro e sofrido. Não tem nada de mais, é bem tranquilo e deve ser legal pra quem curte, mas o caso é que eu detesto andar a cavalo e jurei que nunca mais caio nessa (vamos ver na próxima viagem!). Enfim, a paisagem é maravilhosa, vc vê as plantações de tabaco, as estufas onde elas secam, te explicam o processo todo, vc pode provar o charuto é comprar se quiser (20 por 80 CUC). Depois passa por outras plantações, a guia veio mostrar a plantação de mandioca - moça, sou brasileira né -, passa pelo lago, atravessa uma gruta (que custa mais 2CUC), depois pela plantação de café e tb te mostram o rum de pinar del Rio, que é muito bom, mas custa 20CUC a garrafa. E então termina o circuito do vale.

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Feito o tour, voltei caminhando até a casa. Meu táxi estava agendado para 14h, então daria tempo de comer algo rapidinho. Porém... O táxi só saiu às 16h. Não tinha o que fazer. Então aproveitei esse tempo pra conversar com as donas da casa, afinal sempre é legal conhecer como eles vivem, e fiquei lá, sentada na varanda, pintando as unhas até a hora do táxi finalmente aparecer. O táxi era um carrão de 1950, sem ar condicionado, obviamente, mas a viagem foi agradável, apesar de uma italiana mal educada que ficou o tempo todo reclamando. Mas ainda assim a viagem foi tranquila. O táxi me deixou pertinho da minha hospedagem em Havana Vieja. Só precisei caminhar meia quadra, porque a rua era contra mão.

De volta à Havana, reencontrei minha amiga e curtimos a última noite na cidade (nessa parte do relato, volte lá pro começo, no tópico Havana). E no dia seguinte, pegamos nosso voo de volta para São Paulo, desta vez com conexão em Lima.

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