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Dia 13 – quinta-feira, 23 de março de 2017.

 Passeios em Antofagasta - Plaza Colón e La Portada.

 

Tomamos um café da manhã assim que acordamos. Em seguida, pegamos o carro (que ficou estacionado em cima da calçada na frente do hotel) e fomos encontrar o Alcivar e a Maria no Mc´Donalds. Para a locomoção ficar mais fácil, fomos todos dentro do Corolla para fazer os pequenos passeios em Antofagasta. Seguimos pela avenida beira-mar (que, segundo o Google Maps, é a própria Ruta 1, ou Av. Grécia) até a calle Arturo Prat, onde fica a Plaza Colón.

Chegamos na praça, mas não havia lugar para estacionar. Achamos melhor, então, estacionar o carro no estacionamento do shopping Mall Plaza, que fica bem perto da Plaza Colón. A praça, assim como muitas praças sul-americanas, é um charme. É bem cuidada e bem florida. A pequena torre com um relógio talvez seja a sua principal atração. Também tem um coreto e alguns pequenos comércios. Dali, tem um calçadão de comércio, que é bem movimentada, tendo também os típicos músicos locais. Achamos não só o ambiente, mas como toda a cidade, muito segura.

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Plaza Colón.

 

Em uma banquinha de livros, cheguei a pegar um livro que falava sobre a Guerra do Pacífico, conflito esse ocorrido entre Chile e Bolívia (e o Peru também) no século XIX. Antofagasta, até então, pertencia a Bolívia. Os bolivianos perderam a guerra e, consequentemente, o seu único acesso ao mar. Arrependi um pouco de não ter adquirido o livro, mas a verdade é que eu não ia dar conta de ler um livro todo em espanhol.

Voltamos então para a avenida beira-mar, mas dessa vez fomos até a um mercadão de peixes. Não entendi o motivo de termos ido até lá (rsrs); serviu apenas para adquirirmos um imã de geladeira. Entre a Plaza Colón e esse mercadão de peixes tem, no meio da avenida beira-mar, uma bandeira do Chile gigantesca hasteada no meio da avenida.

O frango frito gorduroso e a pizza gordurosa que eu havia comido no dia anterior passaram a fazer-me um efeito indigesto; eu já havia passado por efeitos colaterais durante a noite. Voltamos então para o hotel, onde eu descansei um pouco. A Dionísia, Carol e Lidiane almoçaram num agradável restaurante chinês perto do hotel. Elas gostaram muito da comida, e também do atendimento dos proprietários, que eram realmente chineses.

Na parte da tarde, nos reunimos de novo para visitar a atração mais bonita de Antofagasta: La Portada, uma pedra furada que fica situada na beira-mar. A Lidiane queria que eu ficasse descansando no hotel, visto que amanhã iríamos embora em viagem de retorno para casa. Mas, não era uma simples dor de barriga que ia me impedir de conhecer a La Portada. Seguimos, então, pela Ruta 1 até a atração, que fica um pouco mais de 20 quilômetros distante do centro da cidade.

Com muita facilidade – até por ser bem sinalizado – achamos a última das nossas atrações. O ambiente estava vazio. Todos se maravilharam quando avistaram a bela paisagem: o mar de um azul marinho lindo, contrastando com as belas falésias brancas e, um pouco dentro do mar, o La Portada em si. Tiramos boas e belas fotografias daquela paisagem espetacular. O acesso para a parte de baixo, a beira-mar, é proibido; mas também não há necessidade – o local permitido vale a experiência!

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La Portada.

 

Retornamos para a cidade, todos muito felizes, até ao balneário municipal, o mesmo que fica ao lado do Mc´Donalds onde estava estacionado o motor-home do Alcivar. A Carol fez questão de tomar um banho de mar do Pacífico. Enquanto isso, no Mc´Donalds, eu tomava um sundae com calda de kiwi. Também conversei um pouco com um chileno que por ali estava – falamos sobre futebol e sobre o trágico acidente aéreo da Chapecoense. Depois, eu e o Alcivar fomos até a um estádio de futebol que tem ali por perto, mas o mesmo estava fechado.

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Balneário artificial de Antofagasta.

 

Por fim, fomos até ao hipermercado que fica anexo ao shopping Mall Plaza, onde compramos suprimentos para a viagem do dia seguinte de retorno para casa. O Alcivar e Maria compraram bastante garrafas de vinhos chilenos.

A noite, organizamos as malas e eu acertei as nossas contas no hotel. A intenção seria sair bem cedo na manhã seguinte.

 

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Pôr do Sol no Pacífico.

 

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Dia 14 – sexta-feira, 24 de março de 2017.

Retorno para casa: de Antofagasta a General Guemes. 

 

Acordamos as 4h30 da manhã e fomos organizando as malas no Corolla. Enquanto isso, o funcionário de plantão do hotel (um colombiano) ficou espantado de saber que tínhamos vindo de carro do Brasil e que assim também voltaríamos, com previsão de chegar em casa na próxima segunda-feira.

As 5h00 encontramos com o Alcivar e Maria, com o motor-home já ligado, na frente do Mc´Donalds. Pegamos a avenida beira-mar, entramos na Av. Salvador Allende e, enfim, deixamos Antofagasta. Retornamos pelo mesmo caminho do qual havíamos vindo. A diferença é que, dessa vez, não tínhamos reservado com nenhum hotel. A intenção era pernoitarmos em San Salvador de Jujuy.

Algo que estava me intrigando durante esse trajeto, assim como o trajeto da vinda, foi o fato de cruzar com vários caminhões cegonha com placas do Paraguai carregados de carros usados. Lembrei então que, em 2011, tinha ido na Ciudad del Leste com uns amigos. Teve uma hora que pegamos um táxi lá dentro e, percebemos que o painel do carro estava todo esquisito. Quando perguntado sobre aquilo, o motorista paraguaio respondeu que aquele carro tinha vindo de países ricos da Ásia e, como lá eles dirigem no lado esquerdo do veículo, era necessário fazer um “pequeno” ajuste no carro para trocar a posição do volante e pedais. Ele complementou dizendo que isso era comum no Paraguai. Enfim... Descobri dias depois, pelo Google, que de fato esses caminhões cegonha que eu havia visto pegavam os carros asiáticos usados no porto de Iquique e o levavam até ao Paraguai, onde então são comercializados. Curioso.

Já havíamos passado por Calama e cruzado a bela San Pedro de Atacama. Chegamos, novamente, na aduana, onde os procedimentos são os mesmos do que quando entramos no Chile. O guarda nos dá um papelinho que é todo carimbado nos respectivos guichês. Tivemos a sorte de chegar um pouco antes de um ônibus cheio de passageiros. Teoricamente, teríamos que esperar todos os passageiros terem os seus documentos verificados pelos agentes. Na verdade, quando chegamos nos guichês, já haviam uns três passageiros do ônibus sendo atendidos. O motorista queria que nós ficássemos no final da gigantesca fila que estava se formando ainda. O Alcivar não concordou com o pedido indecente do motorista e ficamos por ali mesmo, onde tudo ocorreu bem.

Já em solo argentino, enchemos os tanques no posto do Paso Jama e seguimos estrada adentro. Almoçamos pão com queijo, presunto e tomate dentro do carro mesmo. O arrependimento ficou por conta das garrafas de suco Del Valle chileno que eu comprei de monte no dia anterior. O suco é intragável de tão doce que é. Nas Salinas Grandes, paramos para o Alcivar descansar um pouco.

Final da tarde, ainda era dia quando chegamos em San Salvador de Jujuy. Ficamos com preguiça de entrar na cidade para procurar algum hotel e seguimos mais um pouco de viagem. Passamos então, numa das cidades mais feias que eu já vi na vida: General Guemes (não havíamos passado por ela na viagem de ida). A cidade era imunda de sujeira, e a população no geral também é bem esqusita. Entretanto, ainda nessa cidade macabra, encontramos, por muita sorte, um hotel excelente na beira da rodovia: Hotel Alto de Camino (o hotel poderia muito bem se chamar Oásis). Não dava para acreditar que uma cidade tão feia como aquela tinha um hotel tão bom. Não tivemos dúvidas e por ali ficamos mesmo. O Alcivar também pôde estacionar o seu motor-home no amplo estacionamento do hotel.

Como o hotel estava praticamente vazio, as meninas começaram a achar que o local tratava-se de lavagem de dinheiro. Mas eu acredito que o público alvo do estabelecimento são executivos e/ou representantes comerciais. Para nós quatro, pagamos pela pernoite a quantia de 2.250,00 pesos argentinos (R$ 472,50) por um amplo quarto contendo uma cama de casal e duas de solteiro.

Rodamos cerca de 850 quilômetros no dia de hoje. Cansado, eu fui dormir, enquanto o restante da turma jantou no restaurante do hotel.

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Dia 15 – sábado, 25 de março de 2017.

Retorno para casa: De General Guemes a Ituazingó.

 

Saímos cedo novamente. Rodaríamos hoje cerca de 800 quilômetros até a cidade de Corrientes. Já na Ruta 16, paramos para abastecer, por volta da cidade de El Quebrachal. Enquanto abastecíamos, um caminhoneiro argentino mostrou para o Alcivar que uma peça do amortecedor do motor-home estava solta. Prestativamente, o mesmo caminhoneiro consertou a pequena avaria. Demos uma gratificação em pesos merecida para aquele solidário caminhoneiro.

Durante esse percurso, fomos parados duas vezes pelos guardas rodoviários. O primeiro, um jovem rapaz, apenas perguntou para onde estávamos indo, e nem ao menos solicitou nenhum documento. O segundo guarda apenas nos parou para pedir, de maneira muito educada, uma carona para um senhor que estava por ali sentado; dizemos que o carro estava cheio e ele nos liberou sem problemas.

Final da tarde, ainda era dia quando chegamos por Corrientes. Mais uma vez, seguimos viagem. Dessa vez, decidimos tocar até a pequena cidade de Ituazingó, aonde por fim chegamos já a noite. Ficamos no Hotel Cassino Manantiales, que mostrou ser caro para o que serve.

             

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Dia 16 e dia 17 – domingo e segunda-feira, 26 e 27 de março de 2017.

De Ituazingó até o interior do Paraná e, no último dia, chegada em casa. 

 

Fim de viagem; que tristeza. Percorremos a Ruta 12 até a fronteira com o Brasil, em Foz do Iguaçu. Em Puerto Iguazú, não sei como, nós nos perdemos novamente do Alcivar; mas dessa vez, o achamos logo em seguida. Paramos por ali, na rodovia mesmo, e nos despedimos. Algumas horas depois o Alcivar enviaria uma foto deles almoçando num restaurante self-service.

Enquanto isso, nós paramos no Duty Free de Puerto Iguazu, aonde compramos praticamente nada. Alfajores, que eu muito queria, não tinha. A Carol não achou o que queria e depois quis descontar em nós, que supostamente a apressamos para ir embora. O resultado melancólico foi que  brigamos e acabamos ficando de cara fechada um com outro até o último dia de viagem. O importante é que, depois dessa situação lamentável, fizemos as esperadas pazes.

No último dia, 27 de março, a Dionízia dirigiu até Caldas Novas-GO, num percurso de cerca de 1.000 quilômetros; eu dormi o trajeto inteiro. Chegamos em nossas casas no período da noite.

Viajar para o Deserto do Atacama, e conhecendo também o Noroeste da Argentina, foi uma experiência edificante, que valeu muito a pena! Guardamos para nós, além das fotos, as boas e, quiçá, eternas lembranças.

  • 5 meses depois...
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Boa noite amigo!  Primeiramente parabens pelo relato, me senti na estrada com vcs!

Tenho uma duvida, não sei se vc vai querer responder, mas lá vai... Quanto voce estima ter gastado para completar essa aventura fantastica?

Tenho muita vontade de fazer uma aventura assim, de carro, e inclusive estou com planos de realizar isso no ano que vem, mas não tenho nem noção de quanto gastaria para realizar uma viagem dessa, se vc puder me dar essa luz, ficarei extremamente grato!

Muito obrigado!

  • 4 meses depois...
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Boa tarde, Pessosal no proximo ano pretendo ir até San Pedro de Atacama, alguns sites dizem que de Corrientes ate próximo de Salta na Argentina dizem queas ruta 16 esta em péssimas condições de trafegar, alguém que passou recentemente por lá poderia dar maiores informçoes dessa rodovia. Obrigado

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Em 01/12/2018 em 14:34, Jose Pedro1502430358 disse:

Boa tarde, Pessosal no proximo ano pretendo ir até San Pedro de Atacama, alguns sites dizem que de Corrientes ate próximo de Salta na Argentina dizem queas ruta 16 esta em péssimas condições de trafegar, alguém que passou recentemente por lá poderia dar maiores informçoes dessa rodovia. Obrigado

O unico trecho realmente ruim sentido Salta, é logo após Monte Quemado, em um trecho de aproximadamente 40km na RN 16 até sair da provincia de Santiago del Estero. O restante da rodovia está em boas condições. Se programe para passar nesse trecho de dia e vá devagar que conseguirá passar tranquilo.

 

Aqui tem um video da RN 16 que percorri em 2016 e agora em 2018: https://www.youtube.com/watch?v=sRcYxec0wF4

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Exatamente! Passei em maio deste ano e, realmente, a estrada é bem tranquila, a não ser neste trecho próximo a Monte Quemado. Chega a ser curioso o contraste deste trecho, totalmente abandonado, com o restante das rodovias que estão bem cuidadas, mesmo nestes locais remotos. 

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15 horas atrás, D FABIANO disse:

@hlirajunior @Jose Pedro1502430358 Essa  parte em Santiago ele Estero está ruim há tempos,no mínimo desde 2012.Pensava que tivessem consertado, mas pelo visto o desgoverno de extrema direita da Argentina, como o anterior, trabalham bem como os do Brasil.Afffff!

Deve ser alguma coisa na provincia de Santiago del Estero, pq no Chaco a RN 16 foi alargada e reasfaltaram. Em Salta também recapearam a maior parte.

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