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Postado (editado)

Neste relato vou contar a viagem feita de carro em Fevereiro/2017 com minha namorada Ariadine para Uruguai, Argentina e Chile.

Nossa vontade de fazer essa viagem de carro surgiu em meados de 2015, mas como nós dois trabalhamos só temos as férias para passar um tempo viajando. O "problema" é que nas férias a gente sempre encontrava uma passagem de avião barata ou um lugar diferente para ir e acabamos postergando essa viagem, que finalmente em 2017 conseguimos fazer.

 

Países visitados: Brasil - Uruguai - Argentina - Chile

Distância percorrida aproximada: 9.211,4km

Duração: 28 dias

Veículo: Kia Sportage

Maior distância em um dia: 968,6km (Santa Fé - Carazinho)

Média geral de consumo: 10,78km/l

Gasolina mais barata: Bariloche, equivalente a R$2,86/litro

Gasolina mais cara: Punta del Este, equivalente a R$5,21/litro

 

Quando se lê relatos de viagem muito se fala em equipamentos obrigatórios do veículo: cambão, dois triângulos, lençol branco, kit de primeiros socorros... Antes da viagem pesquisei muito e encontrei algumas informações para me embasar, incluindo a lei de trânsito argentina. De acordo com a lei, só é obrigatório triângulos (no plural) e extintor de incêndio.

Levamos apenas dois triângulos e o extintor e em nenhum momento nos pediram.

Dizem também que no Chile é proibido insulfilm mas não pesquisei a fundo, estava mais preocupado mesmo com a argentina. O carro tem película escura (exceto na frente) e não tivemos nenhum problema, mas no Chile fomos "parados" apenas nas fronteiras.

 

Como gostamos muito de acampar, priorizamos ficar em campings sempre que possível, unindo o útil ao agradável: acampar e economizar com hotel e refeições. As exceções foram as grandes cidades (Montevidéu, Buenos Aires e Santiago), cidades onde não achamos camping (Santa Fé), quando estávamos muito cansados para armar barraca (Pelotas, Carazinho e Curitiba na volta) e quando tivemos contratempo com o camping (Urubici).

 

Durante o planejamento foi bastante difícil encontrar informações dos campings, então tentei detalhar ao máximo no relato para outros que queiram fazer a mesma viagem. Antes de sairmos, com algum custo, conseguimos o telefone de todos os campings e ligamos em todos eles pelo menos confirmar que existem e estariam abertos. Além disso pesquisei bastante e consegui a coordenada de todos. Alguns divulgavam as coordenadas, outros peguei pelo endereço com a ajuda do Google Maps e outros mal tem endereço, coisa muito comum de acontecer com camping que comumente estão localizados em locais afastados (exemplo: Sair na saída X, atravessar a ponte Y e seguir placas). Fica muito difícil chegarmos na cidade sem conhecer nada e cansados, encontrar o camping apenas com as poucas indicações que alguns passam. Foi essencial perder um tempo anotando a coordenada de todos, mas no final deu certo e ajudou muito.

 

Todos os campings, hotéis e motéis que ficamos estão descritos no relato de cada dia.

 

Dentro do Brasil usávamos sempre o Waze e fora do Brasil para evitar gastos com roaming e com um chip local usávamos bastante o HERE Maps, que permite baixar mapas off-line. Algumas vezes quando tínhamos wifi programávamos o Google Maps com a rota do dia, e mesmo sem conexão ele continua indicando a rota (mas não recalcula).

 

Nesta primeira viagem de carro tínhamos a vontade de parar nas capitais (Montevidéu, Buenos Aires e Santiago) e também em Santa Fé (Argentina), cidade onde morei entre meus três e seis anos de idade. Depois de termos feito a viagem vimos que o que nós gostamos mesmo é de acampar e cidades pequenas. Em uma próxima viagem vamos tentar evitar ao máximo essas cidades, já que em cidades menores tudo é mais simples, sem trânsito e sem necessidade de reservar hotel, podendo mudar os planos a qualquer hora e ficar mais ou menos dias em algum lugar.

 

O planejamento original era:

São Paulo/SP

Curitiba/PR

Urubici/SC (para passar pelas serras do Corvo Branco e Rio do Rastro)

Pelotas/RS

Punta del Este (Uruguai)

Montevidéu (Uruguai)

Buenos Aires (Argentina) via terrestre

Bahia Blanca (Argentina)

Neuquén (Argentina)

Bariloche (Argentina)

Puerto Octay (Chile)

Chillan (Chile)

Santiago (Chile)

Mendoza (Argentina)

Santa Fe (Argentina)

Foz do Iguaçu/PR

São Paulo/SP

 

Poucos dias antes da viagem vi que o valor do Buquebus ficou aceitável e decidimos ir de Buquebus (balsa) de Colonia del Sacramento até Buenos Aires, evitando rodar em torno de 500km.

Durante a viagem percebi ter reservado o Airbnb de Santiago para os dias errados, então acabamos mudando os planos e ficamos um dia a mais em Chillan e Mendoza, reduzindo Santiago.

No final da viagem, quando saímos de Santa Fé, recebemos uma multa inesperada por uma lâmpada queimada no farol. Acabamos mudando os planos no meio do dia e cortamos Foz do Iguaçu, indo de Santa Fé para Carazinho/RS e de lá para Curitiba/PR.

Todos esses acontecimentos estão descritos no relato abaixo. Nosso trajeto realizado foi o seguinte:

 

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Os gastos ao final de cada relato consideram apenas despesas relacionadas a transporte e hospedagem, já que o resto dos gastos (alimentação e compras) é muito particular. Muitas vezes fizemos comida no nosso fogão e tivemos gastos que outros não teriam, como supermercados e lembranças. De qualquer maneira tentei colocar no texto os restaurantes que comíamos e o valor gasto. Quando indicado "câmbio" é porque fizemos câmbio naquele dia, com a taxa indicada.

Os valores estão descritos em moeda local ($). Em alguns momentos uso UYU para indicar pesos uruguaios, ARS peso argentino e CLP peso chileno.

O horário também está descrito em horário local. Quando cruzamos do Brasil para o Uruguai voltamos 1h no relógio (Brasil estava em horário de verão) e quando entramos no Brasil na volta não teve mudança, já que o horário de verão tinha acabado e nenhum dos países que passamos estavam em horário de verão.

 

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28/01/2017 (sábado) - São Paulo/SP para Curitiba/PR

Saída de SP: 08:13

Chegada em Curitiba: 13:40

Km inicial: 0

Km final: 475,8

Km rodados: 475,8

 

Depois de carregar todo o carro saímos, como sempre depois do planejado.

A estrada não tem muito segredo, sempre duplicada (exceto Serra do Cafezal) e com boas condições.

Pegamos a serra tranquila, tomamos café no Posto Fazendeiro (altura de Miracatu) e seguimos para Curitiba.

Almoçamos no BBQ em Casa, que estávamos querendo conhecer faz um tempo. Ficamos no No Sol Camping, que fica a 17km do centro, no caminho para Campo Largo.

A área da propriedade é muito grande e conta com piscina, campo de futebol e churrasqueira além de um salão grande utilizado para eventos.

No camping não existe muita sombra para barracas, mas a oferta de tomadas e postes de luz era ok. O banheiro fica um pouco longe da barraca dependendo de onde você decide ficar, mas era muito limpo e grande, com banheiros separados para homens e mulheres.

Éramos os únicos com barraca e além de nós estavam lá entre 5 a 10 motorhomes e trailers. Tinha wifi mas acabamos não pegando a senha. O sinal de celular dentro do camping era precário, mas na estrada que dá acesso ao camping já funciona bem.

Depois de montar a barraca reparamos que estava muito quente e seria difícil dormir naquela noite e em outros lugares durante nossa viagem. Depois de perambular pela cidade encontramos ventilador USB para venda na Kalunga. Foi uma ótima aquisição e usamos bastante em toda a viagem.

Abastecemos, jantamos na La Piazza que é um rodízio de pizza que sempre gostamos muito e voltamos ao camping para dormir.

Durante a noite choveu e a barraca aguentou sem problemas.

 

Abastecimento Curitiba/PR: Shell - R. Des. Westphalen x Av. Pres. Getúlio Vargas

Gasolina comum R$ 3,470/litro

Média: 10,05 km/l

 

Hospedagem: Camping No Sol

R$ 35 por pessoa

Telefones: (41) 3649-4393 / (41) 99280-9892

Estrada da Riviera, 12, Campo Largo/PR

-25.436250, -49.397545

 

Gastos do dia:

R$ 19,90 Pedágios

R$ 157,57 Abastecimento

R$ 70,00 Camping Curitiba

 

Início da Serra da Graciosa (parada só para fotos mesmo, já que queríamos chegar logo em Curitiba)

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29/01/2017 (domingo) - Curitiba/PR para Urubici/SC

Saída de Curitiba: 09:50

Chegada em Urubici: 16:30

Km inicial: 475,8

Km final: 940,1

Km rodados: 464,3

 

Acordamos com chuva às 07:00 ainda com chuva, que logo parou. Desmontamos a barraca e arrumamos as coisas em uma área com piso coberto, para que pudéssemos secar os panos da barraca. Nesse tempo acabei esquecendo o contato do carro ligado com o farol aceso. Na hora de ir embora a surpresa: o carro ficou sem bateria. Fui até a portaria e conversei com o caseiro, que disse que o dono de um dos motorhome era mecânico e deveria ter cabo de chupeta, mas todos estavam dormindo ainda. Ele conseguiu emprestado o carro de uma mulher que mora lá e fizemos chupeta com um fio rígido. Na hora o carro ligou e finalmente pudemos ir embora.

Abastecemos na altura de Itajaí em um posto aparentemente confiável e com gasolina barata, almoçamos no Madero que fica em Itapema. Estrada duplicada em todo o caminho e com muito sol.

Começamos a subida para Urubici em uma estrada com pista simples, pegamos chuva muito pesada por uns 10 minutos e depois melhorou. Passando pela avenida principal da cidade compramos pão em uma padaria, para que pudéssemos sair cedo no dia seguinte. Fomos até o Camping Arroio do Engenho que fica no final de uma estrada de terra com uns 5 km. Ao chegar no camping ele estava fechado com uma corrente, e encontramos um alemão viajando em um Fox (brasileiro) que estava esperando alguém aparecer. Entramos a pé no camping, bati palma em algumas casinhas de madeira dentro da propriedade, mas não encontrei ninguém. Por telefone a dona havia me informado que estaria aberto, e se chegasse de noite o filho dela poderia abrir o portão.

Enquanto estávamos procurando alguém começou a cair uma chuva forte, corremos para o carro e voltamos ao centro da cidade. Encontramos o Zeca's Hotel inaugurado há 4 meses, com as instalações muito novas, TV a cabo e café da manhã. Fizemos janta no quarto do hotel com nosso fogão portátil e assistimos séries no computador antes de dormir.

 

Abastecimento Itajaí/SC: BR 101 (Posto Dubai)

Gasolina comum R$ 3,499/litro

Média: 11,99 km/l

 

Hospedagem: Zeca's Hotel

R$ 140

Telefones: (49) 3278-4501 / (49) 3016-2445

Av. Adolfo Konder, 522, Urubici/SC

-28.011392, -49.591054

 

Gastos do dia:

R$ 9,20 Pedágios

R$ 69,21 Abastecimento

R$ 140,00 Hotel Urubici

 

Entrada da cidade de Urubici

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30/01/2017 (segunda) - Urubici/SC para Pelotas/RS

Saída de Urubici: 11:20

Chegada em Pelotas: 21:00

Km inicial: 940,1

Km final: 1670,3

Km rodados: 730,2

 

Tomamos café da manhã no hotel e saímos às 09:00 para passeio na Serra do Corvo Branco. Novamente, mais tarde do que gostaríamos. A serra estava bem vazia e deu para tirar boas fotos. O caminho é por uma estrada de asfalto muito bem conservada e que depois vira estrada de terra. Lugar muito bonito, a "garganta" de pedra que fica na parte de cima da serra impressiona.

Voltamos às 11:20 para Urubici, abastecemos e pegamos a estrada sentido Serra do Rio do Rastro, seguindo a caminho de Pelotas que seria o destino final.

Como de costume pegamos muita neblina na Serra do Rio do Rastro, mas sem chuva. Paramos em alguns mirantes para tirar fotos e seguimos em pista simples sentido Criciúma procurando um lugar para almoçar, estava ficando tarde e complicado de encontrar algum lugar com comida (e não lanche) para comer. Paramos às 14:00 um pouco antes de Criciúma em um posto com um restaurante por kg, que estava começando a fechar.

Depois do almoço seguimos pela BR101 em pista duplicada até Osório onde pegamos a BR290 também duplicada para Porto Alegre, que neste trecho é conhecida como Freeway.

Depois de Porto Alegre seguimos pela BR290 para Eldorado do Sul, onde abastecemos. A partir daí seguimos pela BR116 em pista simples até Pelotas, mas com muitas retas e boas chances de ultrapassagens.

Entramos na cidade de Camaquã para jantar, mas não encontramos nenhum lugar aberto, então seguimos até Pelotas onde chegamos às 21:00, comemos no Mc Donalds e seguimos para o Motel Arizona.

Escolhemos ficar em motel para economizar o dinheiro de um hotel já que seria só para passar a noite. Com o pernoite iniciando às 21:30 e saída até 12:00 ele foi perfeito para nossas necessidades. No final da viagem, em Carazinho, devido a mudança de planos acabamos ficando em outro motel.

 

Abastecimento Urubici/SC: Ipiranga - Av. Natal Zili x Av. Rodolfo Anderman

Gasolina comum R$ 3,865/litro

Média: 9,32 km/l

 

Abastecimento Guaíba/RS: Shell - BR 116 (Posto Spolier 3)

Gasolina comum R$ 3,699/litro

Média: 11,70 km/l

 

Hospedagem: Motel Arizona

R$ 108

Telefones: (53) 3223-1416 / (53) 3223-4142

Av. 25 de Julho, 101, Pelotas/RS

-31.728694, -52.345861

 

Gastos do dia:

R$ 31,40 Pedágios

R$ 262,55 Abastecimentos

R$ 108,00 Motel Pelotas

 

Serra do Corvo Branco

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31/01/2017 (terça) - Pelotas/RS para Punta del Este/Uruguai

Saída de Pelotas: 08:50

Chegada em Punta del Este: 14:50 (-1)

Km inicial: 1670,3

Km final: 2170,3

Km rodados: 500,0

 

Tomamos um café da manhã simples no motel e pegamos a BR471 sentido Chuí, com parada para abastecimento em Taim, já que talvez não conseguiria chegar até o Chuí.

A BR471 depois de Rio Grande tem muitas retas com 10, 25 e até 40km de distância e seu trajeto é todo em pista simples, mas com muitas oportunidades de ultrapassagem.

Entre Rio Grande e Chuí vimos uns três postos de gasolina na estrada, então durante toda a viagem sempre que chegava em meio tanque eu ficava atento para abastecer caso não soubesse que mais à frente teria alguma cidade maior.

Chegamos no Chuí às 12:00, abastecemos para evitar o abastecimento no Uruguai e procuramos um restaurante para almoçar, acabamos parando em um restaurante por kg simples, mas com uma boa comida (R. Chile, entre R. Bolivia e R. Colombia).

Já no lado brasileiro do Chuí o celular entrou em roaming pegando sinal da Claro Uruguai e também era possível ver vários estabelecimentos com placas em espanhol e carros com placas uruguaias.

Depois de algumas fotos nas sinalizações de saída do Brasil e entrada no Uruguai (que pelas placas descobrimos que se chama República Oriental do Uruguai) chegamos na fronteira às 13:00.

A estrada obrigatoriamente passa por dentro da fronteira brasileira e uruguaia, separadas por uma distância de poucos km. No Brasil não é necessário dar saída das pessoas e nem do veículo, mas no Chuí é necessário estacionar, ir até o guichê e fazer o procedimento de entrada. Foi solicitado o passaporte e documento do carro. O oficial apenas carimbou nossos passaportes, mas não entregou nenhum papel para a entrada do veículo.

 

Voltamos ao carro e ao passar pela fronteira o oficial que fica na rodovia pediu o documento do carro, perguntou se eu mesmo era o dono (sem conferir meu documento) e estávamos oficialmente dentro do Uruguai. Em nenhum momento nós ou o carro foi revistado e todo o processo levou menos de cinco minutos.

As estradas que nos levaram até Punta del Este também era em pista simples. Em certo momento choveu bem forte por uns 20 minutos acumulando água no caminho formado pelos carros, fazendo aquaplanar diversas vezes.

Nosso caminho até o Camping San Rafael foi pelas Rutas 9, 104 (via Manantiales) e 10.

Chegamos no camping às 14:50. Durante grande parte da viagem o Brasil estava em horário de verão, então ao entrar no Uruguai voltamos os relógios em uma hora.

Montamos a barraca e saímos para passear. Apesar da garoa que caía, achamos a cidade muito bonita com seus grandes e modernos prédios e o imponente Conrad Casino.

Fomos até o monumento La Mano (ou Los Dedos) que é uma escultura de cinco dedos gigantes enterrados na areia e conseguimos estacionar uma vaga na orla com certa facilidade. Aproveitamos a proximidade com um centro comercial e trocamos dinheiro, já que entramos no Uruguai com poucos pesos uruguaios trocados no Brasil apenas para pedágio.

Visitamos também o farol de Punta del Este e a Paróquia La Candelaria que fica em frente. Encontramos um motorhome alemão estacionado em frente ao farol.

Em torno das 18:00 voltamos ao camping, que é muito bem estruturado com cartão para abrir a cancela, salão de jogos, máquinas de lavar e secar (pagas a parte), tanques e banheiros com inúmeros chuveiros e água quente. O valor do camping é cobrado em dólares, mas eles também aceitavam reais, de acordo com a conversão usada por eles no dia. Preferimos pagar em reais.

Tomamos banho no camping, e já que estava chovendo fizemos janta embaixo do avanço da barraca e dormimos com a chuva.

Um fato curioso é que durante o dia pegamos uma via com velocidade máxima de 45 km/h.

 

Abastecimento Taim/RS: Rodoil - BR 116

Gasolina comum R$ 4,149/litro

Média: 11,06 km/l

 

Abastecimento Chuí/RS: Ipiranga - R. Argentina x R. Chile (Posto Buffon)

Gasolina comum R$ 4,099/litro

Média: 12,87 km/l

 

Hospedagem: Camping San Rafael

US$ 22 por pessoa, US$ 2 por carro (alta temporada). Consultar outras tarifas no site http://www.campingsanrafael.com.uy

Telefone: (+598) 4248 6715

Av. Aparício Saraiva, s/n, Punta del Este/Uruguai

-34.914690, -54.884503

 

Gastos do dia:

R$ 10,70 Pedágios

R$ 177,38 Abastecimentos

R$ 84 Camping Punta del Este

Câmbio: taxa: 8,70 pesos uruguaios por real

 

Primeira fronteira! E foi aí que descobrimos que o Uruguai se chama República ORIENTAL do Uruguai

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01/02/2017 (quarta) - Punta del Este (Uruguai) para Montevidéu (Uruguai)

Saída de Punta del Este: 10:00

Chegada em Montevidéu: 15:00

Km inicial: 2170,3

Km final: 2321,4

Km rodados: 151,1

 

Acordamos cedo, desmontamos a barraca e arrumamos as coisas, fizemos o pagamento do camping e saímos em direção à Casapueblo, que fica a 20 minutos do centro da cidade. Fiquei com medo de não conseguirmos rodar todo o Uruguai com o combustível abastecido no Chuí e preferi abastecer o quanto antes, ainda no caminho da Casapueblo, para a facada não ser tão grande caso deixasse para abastecer mais a frente. No Uruguai a gasolina é chamada de nafta e a comum se chama Super. Eles também tem a Premium, equivalente da nossa aditivada.

Apesar de muitos carros parados na estreita rua, não foi difícil encontrar uma vaga para estacionar e visitar a Casapueblo, que cobra 240 pesos uruguaios ou 30 reais por pessoa para visitação. Com a cotação que conseguimos na troca dos reais, valeu mais a pena pagar a entrada em pesos. O lugar tem uma boa vista do mar e sua construção é muito bonita e interessante. Conta com exposição e venda de algumas obras do artista Carlos Páez Vilaró e também mostra a história da Casapueblo.

Terminamos a visitação às 11:40 e fomos tirar fotos no mirante que fica logo a frente, no término da avenida e tem vista para toda a orla de Punta del Este.

Ficamos em dúvida sobre comer em Punta del Este (teríamos que procurar algo e provavelmente não seria muito barato) ou em Montevidéu (chegaríamos um pouco tarde para almoçar) e decidimos cozinhar ali mesmo. Tiramos do porta malas nossa mesa, banquinhos, fogão e cozinhamos arroz, feijão e seleta de legumes naquela bela paisagem. Como tinha muito vento, o gás do nosso fogão (que já tinha feito uma refeição em outra viagem além da janta em Urubici) acabou e abrimos um novo (o segundo da viagem).

Terminamos o almoço às 13:00 e seguimos para Montevidéu pela Ruta Interbalneária que é duplicada. Nela pude reparar que quando o limite de velocidade é baixo para as condições da pista (60, 80 km/h) os locais não costumam respeitá-lo.

Em Montevidéu pegamos um pouco de trânsito e por fim chegamos ao Hotel Ibis às 15:00. O checkin foi tranquilo e o quarto é padrão Ibis, com bom custo benefício principalmente pelo fato de que precisávamos de um hotel com garagem (custo de 5 USD por dia). Durante a tarde descansamos e pesquisamos onde jantaríamos.

Encontramos pelo TripAdvisor, que foi muito útil durante toda a viagem, o restaurante La Pulperia que serve carnes assadas na parrilla. O lugar é pequeno e bastante simples, com mesas na rua e balcão dentro. Fica em uma rua de bairro, então é fácil estacionar. Pedimos meio Entrecot e meio Ojo de Bife acompanhados de provolone assado e batatas fritas. A comida é muito boa, muito bem servida e com um ótimo preço comparado à média que vimos na cidade. Importante chegar cedo porque às 20:00 já está com fila de espera. Voltamos ao hotel, assistimos séries e dormimos.

 

Abastecimento Punta del Este: ANCAP - Zelmar Michelini x Av. Roosevelt

Nafta Super $ 45,90/litro

Média: 9,72 km/l

 

Hospedagem: Ibis Montevidéu

US$ 52,50 + US$ 5 garagem (por dia)

Telefone: (+598) 2413 7000

Calle La Cumparsita 1473, Montevidéu/Uruguai

-34.914439, -56.182385

 

Gastos do dia:

R$ 134,65 Abastecimento (1185 UYU)

R$ 54,55 Casapueblo (2 pessoas) (480 UYU)

R$ 18,20 Pedágios (160 UYU)

US$ 115 Hotel Montevidéu

Câmbio: taxa: 8,80 pesos uruguaios por real

 

Camping em Punta del Este

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02/02/2017 (quinta) - Montevidéu (Uruguai)

Km inicial: 2321,4

Km final: 2327,1

Km rodados: 5,7

 

Saímos do hotel às 10:00 caminhando pela rambla (avenida da orla) até a R. Colón sentido Mercado del Puerto.

Na esquina com a R. Reconquista compramos empanadas e doces na padaria, já que não costuma valer a pena pagar pelo café da manhã do Ibis.

Do Mercado del Puerto fomos andando pela R. Sarandí e chegamos até a Catedral Metropolitana de Montevidéu e Plaza Constitución. Algumas ruas para baixo passamos em frente ao Teatro Solis e subimos para a Plaza Independencia, onde fica a Puerta de la Ciudadela, Palácio Esteves e Palácio Salvo.

 

Sentamos próximo do meio-dia para procurar no TripAdvisor algum lugar para almoçar e encontramos ali perto a lanchonete Futuro, que fica na R. Ciudadela, 1188. Por fora não aparenta ser um lugar bom, e para ajudar ainda não tinha nenhum cliente. Decidimos dar uma chance ao lugar e entramos para ver o cardápio. Eles servem lanches (os famosos chivitos) e hambúrgueres. Pedi um chivito e minha namorada um hambúrguer, ambos acompanhados de batatas assadas com maionese, cebola e ervas. Toda a comida estava ótima e acabamos almoçando por um bom preço.

Subimos novamente até a Plaza Independencia, seguimos na Av. 18 de Julio, entramos em algumas lojinhas e fomos até a Fonte dos Cadeados, que fica na esquina com a R. Yi. Descemos a R. Santiago de Chile até o hotel, onde chegamos em torno das 15:00.

Descansamos e saímos para jantar no La Pulperia, de novo, de tão bom que achamos. Desta vez pedimos um Entrecot grande com duas batatas assadas (papas al plomo) e vinho da casa. Como esperado, a comida estava muito boa. Chegamos às 19:30 e já não tinham lugares nas mesas externas, acabamos sentando no balcão do lado de dentro.

Nesta noite a rambla estava muito congestionada e cheia de pessoas, possivelmente por causa do dia de Iemanjá.

 

Plaza Independencia

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03/02/2017 (sexta) - Montevidéu (Uruguai) para Buenos Aires (Argentina)

Saída de Montevidéu: 08:50

Chegada em Buenos Aires: 22:00

Km inicial: 2327,1

Km final: 2527,9

Km rodados: 200,8

 

Fizemos checkout logo pela manhã e compramos algumas coisas no mercado ao lado do hotel para comermos durante a travessia no Buquebus e logo pegamos a Ruta 1 para Colonia del Sacramento.

A cidade de Colonia del Sacramento é bem pequena e lembra muito cidades históricas do Brasil, como Paraty com suas ruas de paralelepípedo.

Como chegamos perto do horário do almoço, fizemos apenas um passeio de carro mesmo até parar para almoçar no Carrito de Lo Marcos, que achamos no TripAdvisor. É basicamente um trailer adaptado para lanchonete, onde o proprietário construiu em volta um terraço para colocar as mesas e geladeiras. A comida é boa e barata.

Depois do almoço estacionamos o carro na 18 de Julio esquina com Ituzaingó e saímos a pé para conhecer o centro da cidade. Andamos em praticamente todo o centro e pontos turísticos principais em meia hora, as poucas atrações da cidade estão todas agrupadas no centro facilitando bastante o roteiro.

Voltamos ao carro e fomos até o Colonia Shopping, que na verdade é mais uma galeria. Passeamos pelo mercado, usamos o wifi e ficamos enrolando aguardando a hora do embarque do Buquebus que nos levaria até Buenos Aires. Às 16:30 fomos ao porto, com certa antecedência, já que não sabíamos direito como funciona o procedimento de entrada no porto com o veículo e embarque.

Chegando no Terminal Fluviomarítimo (localizado em -34.473014,-57.843714) pedi orientações ao guarda da portaria e seguimos as placas "Embarque de Vehiculos" que fazem você dar a volta no terminal até chegar na parte de trás do prédio, restrita para carros apenas. Estacionamos o carro próximo da entrada da balsa e fomos a pé até o terminal, seguindo as placas "Checkin".

O processo todo é muito simples e similar ao embarque em um aeroporto: passamos no balcão de checkin e entregamos as documentações, nos dirigimos para a fila do raio X e logo em seguida chegamos na imigração, que conta com oficiais uruguaios para registrar a saída e argentinos, que já registram a entrada na Argentina. Todo este processo não levou mais do que 15 minutos.

Depois da sala da imigração basta seguir as placas "Embarque de pasajeros y conductores" para subir na sala de embarque e aguardar.

Os motoristas são chamados mais ou menos 1 hora antes da saída da embarcação, pelo sistema de som, enquanto os outros passageiros e acompanhantes devem aguardar na sala de embarque.

Os motoristas são encaminhados aos seus veículos e podem entrar no estacionamento da embarcação assim que liberado e orientado pelos funcionários.

 

Ao estacionar na embarcação é necessário subir pela escada ou elevadores para o piso de passageiros e aguardar a entrada dos acompanhantes.

A embarcação que nos levou pelo Rio de la Plata até Buenos Aires foi a Eladia Isabel, que tem capacidade oficial para 1200 passageiros, 130 carros, alcança velocidade máxima de 15 nós e foi construída em 1986, sendo a mais antiga da frota da Buquebus. A travessia de Colonia del Sacramento para

 

Buenos Aires, nesta embarcação, leva pouco mais de 3 horas. O horário de saída da nossa embarcação era 18:41 e foi respeitado, saindo com atraso de 6 minutos apenas.

No primeiro andar, em cima do estacionamento, está localizado o freeshop e uma área reservada para quem adquiriu bilhetes na classe executiva.

O segundo andar conta assentos normais em grande parte do andar, além da lanchonete e algumas mesas. Na parte traseira deste andar existe uma área mais reservada, fechada com portas de vidro, destinada aos bilhetes comuns.

O terceiro andar é apenas o terraço da embarcação, que proporciona um bonito pôr do sol.

A embarcação não tem nenhuma opção de entretenimento, então recomendo que levem livros, filmes e músicas para passar o tempo. Durante a viagem comecei a ler o livro Sully, que ganhei de presente da minha namorada e conta a história do Comandante Sullenberger que pouso o avião em emergência no Rio Hudson, em NY, depois de perder os dois motores durante a decolagem.

Enquanto estávamos planejando o roteiro, entre 6 a 8 meses antes da partida, o valor da travessia estava bastante caro (não me lembro ao certo, talvez em torno de R$ 1000) e por isso o planejamento inicial seria fazer a travessia por terra, cruzando a fronteira de Fray Bentos e percorrendo cerca de 470km. 10 dias antes da partida olhei por curiosidade os valores e estavam bem melhores, então mudamos os planos e fizemos a compra dos bilhetes diretamente no site da Buquebus.

Alguns minutos antes da chegada os donos de veículos, desta vez junto com os acompanhantes, são chamados ao estacionamento para se prepararem para a saída. Ao chegar em Buenos Aires as rampas são abaixadas, os veículos liberados para saírem e entram na fila da aduana argentina. O oficial pediu apenas meu documento, o do veículo e seguro Carta Verde. Olhou rapidamente as malas do banco traseiro, o porta malas e depois de 10 minutos da chegada já estávamos andando nas ruas da capital argentina.

Em Buenos Aires nos hospedamos em um apartamento alugado via Airbnb, localizado em Palermo e com garagem, que era essencial para nós.

Durante o caminho para o apartamento conseguimos wifi e avisamos o dono que estávamos chegando. Nos encontramos no local e ele mostrou todo o apartamento, que fica em um prédio antigo (como todos os outros).

 

Hospedagem: Apartamento reservado pelo Airbnb

R$ 841 (4 noites)

 

Gastos do dia:

R$ 18,20 Pedágios (160 UYU)

R$ 375,78 Buquebus (2 pessoas + carro) (1679 ARS)

R$ 841 Apartamento Buenos Aires

 

Farol em Colonia del Sacramento

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04/02/2017 (sábado) - Buenos Aires (Argentina)

Km inicial: 2527,9

Km final: 2549,2

Km rodados: 21,3

 

Saímos para passear às 10:00 e fomos caminhando até a estação Scalabrini Ortiz da Linha D. Compramos o cartão SUBE (25 pesos) necessário para usar o transporte público (um cartão pode ser usado por várias pessoas) e já carregamos com crédito para quatro viagens (7,50 pesos cada).

É importante ficar atento ao entrar nas estações pois a entrada de algumas estações serve apenas um sentido da linha, não tendo passagem interna para o outro lado da plataforma. Durante os dias que ficamos em Buenos Aires não vimos nenhuma escada rolante nas estações, que aparentam ser mais velhas e sujas do que em São Paulo.

Descemos na estação Catedral, ao lado da Plaza de Mayo, e fomos caminhando até a Casa Rosada para a visitação que havíamos agendado para as 11:00.

Acabamos conseguindo entrar na turma das 10:45.

A visitação dura em torno de uma hora, é grátis, em espanhol e muito informativa. Durante a visitação somos levados por diversos salões da Casa Rosada, incluindo o gabinete da presidência, e o guia explica a origem dos lustres, palmeiras, ladrilhos, etc.

Depois da visita fomos até a Calle Florida fazer câmbio em um local previamente escolhido e pelo TripAdvisor fomos almoçar no Capataz, que fica na Maipu 529. O lugar estava um pouco vazio mas a comida é boa, comemos um Mini Chorizo, nhoque com molho branco e um litro de Quilmes por 360 pesos.

Depois do almoço continuamos caminhando pelos pontos que tínhamos anotado; fomos ao Obelisco, Teatro Colon, Galerias Pacifico, Falabella e Plaza San Martin.

Durante o passeio paramos em um dos quiosques 25h e compramos alfajores, gostamos muito dos alfajores da marca Cachafaz.

Para a janta fomos de carro até um lugar muito bem recomendado no TripAdvisor mas ao passar na frente vimos que estava cheio. Fomos então até a Corrientes e jantamos na Pizzaria La Rey. Pedimos uma promoção, que incluía uma pizza grande napolitana e duas bebidas por 299 pesos. O lugar é muito grande, com atendimento rápido, comida saborosa e preço justo.

 

Gastos do dia:

R$ 10,60 Metrô (25 ARS cartão SUBE + 30 ARS quatro passagens)

Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real

 

Casa Rosada

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Obelisco

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05/02/2017 (domingo) - Buenos Aires (Argentina)

Km inicial: 2549,2

Km final: 2549,2

Km rodados: 0

 

Saímos para passear às 10:00 e novamente fomos caminhando até a estação Scalabrini Ortiz. Carregamos o cartão SUBE com quatro passagens, fomos mais uma vez até a estação Catedral, a mais próxima do Puerto Madero onde iniciaríamos nosso passeio no dia.

O metrô serve bem os pontos turísticos, com exceção da feira de San Telmo e Caminito / La Boca, que não tem nenhum metrô por perto.

Andamos até a Plaza de Mayo, passamos por trás da Casa Rosada e entramos no Puerto Madero. Andamos por um tempo no Puerto Madero em direção ao sul e em certo momento entramos em direção ao centro da cidade para chegar na feira de San Telmo, que acontece todos os domingos na Calle Defensa, no bairro de San Telmo.

São várias banquinhas na rua que vendem artesanato, camisetas, incensos e petiscos. Na rua algumas lojas e galerias de arte também ficam abertas.

O planejamento inicial seria andar até o Caminito, evitando andar de ônibus, mas o clima estava muito ruim com vento forte e alternando entre garoa forte e chuva. Acabamos almoçando ali mesmo, no restaurante La Continental e pagamos 218 pesos por duas massas e bebidas.

Voltamos para o apartamento de Uber (a outra opção seria andar de volta até a estação Catedral), que custou 90 pesos por uma viagem de 20 minutos e 8km.

Para a janta, mais uma vez por recomendação do TripAdvisor, fomos a pé em uma lanchonete chamada Guimpi V, aberta desde 1984. O lugar trabalha basicamente com delivery de empanadas e pizzas e tem pouquíssimos lugares para comer no balcão. Foi a melhor empanada que comemos durante toda a viagem! Eles tem empanadas de presunto e queijo, espinafre, cebola e queijo, frango, queijo roquefort, carne, entre outas. Todas são ótimas e cada uma, independente do sabor, custa 20 pesos argentinos.

 

Gastos do dia:

R$ 5,80 Metrô (30 ARS quatro passagens)

 

Puerto Madero / Puente de la Mujer

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06/02/2017 (segunda) - Buenos Aires (Argentina)

Km inicial: 2549,2

Km final: 2549,2

Km rodados: 0

 

Saímos em torno das 11:00 para o último dia de passeios em Buenos Aires. Novamente fomos até a estação Catedral, andamos pela Florida, fizemos câmbio e almoçamos no restaurante Santos Manjares na Calle Paraguay; uma milanesa e um ojo de bife com duas águas nos custou 360 pesos. O ojo de bife estava muito saboroso e o atendimento no geral foi bom.

Compramos mais alfajores para estocar, fomos andando até o Café Tortoni e voltamos ao apartamento para arrumar as malas para a saída no dia seguinte. Jantamos novamente no Guimpi V, comprando empanadas "reserva" para almoçar no dia seguinte durante a viagem, evitando parar para almoçar.

 

Gastos do dia:

R$ 2,90 Metrô (15 ARS duas passagens)

Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real

 

Vizinhança do apartamento

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07/02/2017 (terça) - Buenos Aires (Argentina) para Bahia Blanca (Argentina)

Saída de Buenos Aires: 08:30

Chegada em Bahia Blanca: 15:30

Km inicial: 2549,2

Km final: 3190,9

Km rodados: 641,7

 

Saímos do apartamento às 07:50, abastecemos perto de San Telmo e finalmente pegamos a estrada, que já estávamos sentindo falta.

Assim como a maioria das cidades grandes, a saída de Buenos Aires para a estrada é um pouco confusa e com bastante movimento, tendo que pegar diversas avenidas, elevados e estradas secundárias até estar de fato na estrada. Nossa saída foi pela Auto Pista (AU) 25 de Mayo, que vira AU Luis Dellepiane e AU Tenente General Pablo Richieri. Próximo ao aeroporto de Ezeiza saímos na AU Ezeiza - Cañuelas (que tem limite de 130km/h) até a cidade de Cañuelas, onde pegamos a RN3 até a cidade de Azul, RN226 até Olavarria, RP76 e finalmente a RP51 até chegar em Bahia Blanca.

Entre a saída de Buenos Aires e a Ezeiza - Cañuelas passamos por três pedágios, sendo que em um deles o atendente mandou passar direto.

A maior parte da viagem foi em pista simples, mas em boas condições.

Logo depois da cidade de Azul a pista estava em obras, com muitas pedras soltas. Uma dessas pedras foi levantada pelo pneu do caminhão na nossa frente e voou direto no para-brisa, que trincou na hora. Terminamos a viagem com ele trincado e substituímos depois de voltar, pelo seguro, sem nenhum incômodo das polícias.

Um fato curioso é que durante a viagem vimos uma placa indicando a distância de 2859km até Ushuaia. Por coincidência o odômetro parcial (total desde a saída de São Paulo) indicava exatamente 2859km rodados!

Às 15:30 chegamos em Bahia Blanca, uma cidade grande em comparação com as pequenas cidades que passamos pelo caminho, e fomos direto ao camping, que fica próximo à rodovia, já na saída da cidade.

Chegamos no camping sem problemas, conversamos com a dona para acertar os detalhes e montamos a barraca. Fomos andar nos arredores do camping, que fica na costa e é vizinho de um balneário, aparentemente é um clube da polícia ou algo do gênero. Infelizmente aquela parte da costa não tinha praia e sequer mar, apenas uma grande extensão de terra, como se fosse uma represa seca.

A região em frente ao camping e ao balneário tem wifi, que aparenta ser do município, mas o funcionamento é muito precário e nas poucas vezes que conseguimos conectar mal conseguíamos enviar mensagens.

O camping tem uma boa área para barracas, com sombras, tomadas, um banheiro feminino e um masculino.

Fomos até um mercado atacadista próximo e compramos um engradado de água, já que as trazidas do Brasil acabariam em breve, e também hambúrguer congelado para a janta.

Enquanto fazíamos a janta chegou uma Ford Ecosport argentina puxando um trailer e se juntaram a nós, outra barraca e um motorhome Ford Transit espanhol.

O banho foi gelado apesar da dona dizer que o camping tinha água quente. Já que o dia estava agradável não fizemos questão de reclamar, mas dos campings que ficamos este era o que tinha a estrutura mais simples, pecando um pouco na limpeza e manutenção dos banheiros (ralo entupido, pia soltando da parede); em compensação foi o segundo mais barato que ficamos durante toda a viagem.

 

Abastecimento Buenos Aires: Shell - Calle Paseo Colon, 849 x Calle Estados Unidos

Nafta Super $ 18,85/litro

Média: 8,95 km/l

 

Abastecimento Azul: Esso - Ruta Nacional 3

Nafta Super $ 20,55/litro

Média: 10,84 km/l

 

Hospedagem: Camping Municipal Balneário Maldonado

$20 por pessoa, $75 barraca, $35 carro

Telefone: (+54) 291 4551614

RN3 sul, km 695 x Calle Charlone 4600 (seguir placas Balneário Maldonado), Bahia Blanca/Argentina

-38.733434, -62.314545

 

Gastos do dia:

R$ 22,11 Pedágios (115 ARS)

R$ 259,60 Abastecimento (1350 ARS)

R$ 28,85 Camping Bahia Blanca (150 ARS)

 

Camping em Bahia Blanca

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08/02/2017 (quarta) - Bahia Blanca (Argentina) para Neuquén (Argentina)

Saída de Bahia Blanca: 09:50

Chegada em Neuquén: 16:00

Km inicial: 3190,9

Km final: 3737,8

Km rodados: 546,9

 

Durante a noite acordamos em torno das 03:00 com chuva e ventos muito, muito fortes chegando ao ponto de deformar a barraca, sentíamos que ela estava "dobrando", mas mesmo assim aguentou firme, acordamos bem e o melhor: com a barraca seca! Isso nos economiza minutos preciosos pela manhã, evitando ter que secar o quarto e o teto antes de enrolar para guardar.

Saímos do camping às 09:00 e entramos na cidade para abastecer e comprar comida em uma padaria para o café da manhã e almoço. Compramos doces ótimos, então vale a pena indicar a padaria que fica na Colon x Tierra del Fuego.

Pegamos um pequeno trecho da RN3 para sair de Bahia Blanca e depois rodamos durante o dia todo pela RN22 que é praticamente uma reta só. Rodamos em torno de 250km com umas cinco curvas leves apenas.

O caminho foi praticamente de estradas de mão simples, mas com boas condições. O limite era de 80km/h, mas excepcionalmente nesse dia rodamos a 120, 130km/h para chegar o quanto antes em Neuquén. Neste dia não passamos por nenhum pedágio, apenas uma barreira zoofitosanitária que na teoria serve para impedir a entrada de frutas, vegetais e produtos derivados de animais. Na prática o fiscal apenas olhou as malas no banco traseiro.

Chegamos na capital da província de Neuquén às 16:00 e fomos em um Carrefour comprar salsicha para a janta e medialunas para o café da manhã e almoço do dia seguinte. Aproveitamos para recarregar nosso estoque de alfajor comprando alguns da própria marca do Carrefour.

Saindo do Carrefour passamos pela cidade tentando algum wifi para avisarmos as famílias, mas sem sucesso pegamos o caminho do camping e chegamos às 16:40.

O camping está localizado a 10km do centro da cidade de Neuquén, sendo boa parte do caminho em estrada de terra com pedras soltas. Enquanto estávamos planejando a viagem, ainda no Brasil, fiquei com certo medo pois este foi o camping que nós menos encontramos informações em relação à localização e endereço. Ele fica em uma via de terra, e como a maioria dessas vias, não tem um endereço certo. De acordo com as instruções encontradas na internet consegui encontrar ele no mapa e marcar a coordenada. Felizmente foi fácil de chegar com as coordenadas, apesar do GPS ter nos guiado por um caminho diferente do divulgado pelo camping.

Ao chegar no camping nos deparamos com uma grande área descampada e uma portaria de madeira. Na portaria alguns avisos pediam para que fossemos até a provedoria, que é um misto de recepção com um minimercado. O caminho é intuitivo e depois de algumas centenas de metros conseguimos chegar. A área de camping é muito grande com bastante verde e sombras. No fundo do camping passa o Rio Limay que tem muita correnteza, mas é ótimo para um banho.

Depois de chegar, como de costume montamos a barraca e ficamos uma hora no rio descansando, aproveitando a bela paisagem e tirando fotos. Preparamos o jantar, lavamos louça e 21:00 ao anoitecer tentamos tomar banho, mas todos os chuveiros estavam ocupados.

Os chuveiros são aquecidos (e muito bem aquecidos, por sinal) a lenha então o horário de banho é das 20:00 às 22:00 apenas. Minutos depois conseguimos tomar banho sem problemas.

Os banheiros são limpos e em grande quantidade.

No camping estava um grupo de cinco barracas e algumas outras avulsas, mas em nenhum momento fomos incomodados por barulho.

 

Enquanto escrevia este relato (08/2/2017 22:00), deitado antes de dormir em Neuquén, percebi que fiz a reserva do Airbnb de Santiago para as datas erradas. Nossa passagem por Santiago estava prevista para 14 a 18 de fevereiro, mas acabei fazendo a reserva entre 18 e 22 de fevereiro. Me dei conta quando estava lendo os e-mails que chegaram enquanto estávamos conectados em algum wifi e vi o dono do apartamento dizendo que estava tudo pronto para minha chegada no dia 18. Fiz a confusão porque na nossa planilha de planejamento criei uma coluna para dia de viagem (Dia 1, dia 2, dia 3, etc) e uma coluna para data (28/01, 29/01, etc). O 18º dia de viagem seria dia 14/02, mas na hora da reserva bati o olho na primeira coluna e reservei a data errada.

Como estávamos sem internet não conseguimos fazer nada. Ficou pendente resolvermos isto no dia seguinte.

 

Abastecimento Bahia Blanca: YPF - 9 de Julio x Colon

Nafta Super $ 20,73/litro

Média: 11,80 km/l

 

Abastecimento Choele Choel: YPF - Ruta Nacional 22

Nafta Super $ 14,88/litro

Média: 9,95 km/l

 

Abastecimento Cipoletti: Esso - Entroncamento da Ruta Nacional 22 e 151

Nafta Super $ 14,57/litro

Média: 10,41 km/l

 

Hospedagem: Camping Costa Soleada

$70 por pessoa

Telefones: (+54) 299 4436887 / (+54) 9 299 4291088

Ruta Nacional 22 sentido Sul, passando Neuquén virar à esquerda na esquina da Rio Colorado (antena da Claro). Seguir placas amarelas do camping, Neuquén/Argentina

-38.971851, -68.175774

 

Gastos do dia:

R$ 2,88 Barreira Zoofitosanitária (15 ARS)

R$ 261,54 Abastecimento (1360 ARS)

R$ 26,92 Camping Neuquén (140 ARS)

 

Chegada do camping em Neuquén

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Rio Limay que passava dentro do camping em Neuquén

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09/02/2017 (quinta) - Neuquén (Argentina) para Bariloche (Argentina)

Saída de Neuquén: 10:50

Chegada em Bariloche: 16:30

Km inicial: 3737,8

Km final: 4186,7

Km rodados: 448,9

 

De manhã, como de costume, arrumamos nossas coisas, desmontamos a barraca e antes de sair do camping decidi ir de carro até a beira do rio para filmar com a GoPro todo o caminho até a saída do camping.

 

Tudo teria dado certo se o caminho até a margem do rio não fosse tão fofo! Como existiam várias pedras médias achei que seria tranquilo, mas quando fiz a travessia das pedras até o rio percebi que o piso segurou bastante o carro e seria difícil voltar. Manobrei o carro colocando de frente para a saída, GoPro filmando, acelera e... atolou nas pedras. Consegui dar ré, voltar até próximo do rio para dar embalo e atolou de novo. Repeti o processo umas cinco vezes, com controle de tração ligado e desligado, tentando pegar embalo, mas era difícil porque não tinha muito espaço com chão firme para acelerar, então desde a saída o carro já ficava patinando.

Desci do carro, analisei o lugar e vi que o chão estava mais firme indo por outro lado, mas tinha um morrinho que teria que subir. Acabei conseguindo subir e depois de meia hora de tentativas fomos embora do camping às 09:45.

 

Paramos em um posto YPF ainda em Neuquén para usar o wifi e resolver a questão do Airbnb de Santiago. Tentei fazer a alteração das datas mas infelizmente o apartamento já não estava disponível nas datas que precisávamos, então acabamos cancelando a reserva (reembolso de 50% do valor pago) e alugamos um outro para ficar duas noites a menos (o plano original era ficar quatro) já que durante a viagem descobrimos que gostávamos muito mais de acampar em cidades pequenas do que ficar em grandes centros com avenidas, trânsito, metrô, etc. Precisamos alocar as duas noites que ficaram sobrando em alguma cidade, já que em Santa Fé tínhamos hotel reservado. Decidimos ficar uma noite a mais em Chillan e outra em Mendoza.

Saímos do YPF para iniciar o dia na estrada às 10:50; tarde para rodar os mais de 400km que teríamos, mas foi essencial para podermos resolver a questão do Airbnb.

 

O caminho para Bariloche é bastante simples, seguindo pela RN22 saindo de Neuquén e logo pegando a RN237 pelo resto da viagem, sempre margeando o Rio Limay (que era o mesmo que passava no camping). O caminho foi todo feito em pista simples, mas em ótimo estado e com muitas retas e oportunidades para ultrapassagem.

 

Paramos para abastecer em um posto sem bandeira na cidade de Picún Leufú, com medo de não encontrar postos a frente, mas depois percebi que poderíamos ter parado em Piedras del Aguila 100km a frente, com postos Petrobras e YPF.

Observamos um fato curioso desde Bahia Blanca e que dia após dia foi se confirmando. Diferente do Brasil, quanto mais ao sul viajamos (e mais distante de Buenos Aires) mais barata ficou a gasolina. O menor valor que pagamos foi no dia anterior, a caminho de Neuquén, mas em todo esse trecho desde Bahia Blanca até Bariloche o litro da gasolina se manteve na faixa de 14 pesos.

 

Durante a viagem passamos por uma pequena cidade chamada Piedras del Aguila e ao olhar para o lado vi várias formações bonitas. Entramos na cidade, passeamos por uns caminhos e tiramos algumas fotos.

 

Ainda durante a viagem nos deparamos com paisagens lindas e paramos várias vezes para tirar fotos. Acreditamos que exatamente por causa dessas paisagens lindas acabamos nos decepcionando um pouco com Bariloche. Estávamos bastante empolgados para conhecer Bariloche, que apesar de ter paisagens bonitas também não se comparam ao que vimos na estrada. Acreditamos que no inverno a percepção seria diferente e a cidade ficaria ainda mais bonita.

 

Chegamos na entrada de Bariloche às 16:30 com bastante trânsito no centrinho, lembrando muito Gramado e Campos do Jordão em épocas de pico (natal e inverno). Passamos pelo centro e chegamos no camping às 17:10, distante 24km do Centro Cívico.

 

Fizemos nossa rotina de sempre, que é montar barraca, inflar colchão tomar banho e fazer a janta.

 

O camping é muito bem estruturado, provavelmente o melhor que ficamos durante toda a viagem. Quando chegamos estavam em torno de 15 barracas, além de um trailer e uma Land Rover brasileira com barraca de teto, do André e da Ane do projeto Vem Conosco (http://www.vemconosco.com.br).

Possui wifi que funcionou bem na maior parte da estadia, alguns chalés para locação, refeitório, banheiros com água bem quente e parrilla para uso dos hóspedes (não sei se é cobrado o uso).

 

Durante o dia pegamos temperaturas entre 22 e 24 graus e agora a noite, enquanto escrevo este relato, segundo o Google a temperatura está em 14 graus.

 

Abastecimento Picún Leufú: sem bandeira - Ruta Nacional 237

Nafta Super $ 15,59/litro

Média: 8,63 km/l

 

Hospedagem: Camping SER Bariloche

$130 por pessoa

http://www.serbariloche.com.ar / campingser@gmail.com

Telefones: (+54) 294 4448308 / (+54) 9 294 4536006

Colonia Suiza, esquina das ruas Felix Goye e Beveraggi, Bariloche/Argentina

-41.096380, -71.507637

 

Gastos do dia:

R$ 55,77 Abastecimento (290 ARS)

R$ 134,60 Camping Bariloche (700 ARS) (deveria ficar 780 pesos, mas na hora de pagar a dona nos cobrou 700)

 

Amanhecer no camping em Neuquén

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Piedras del Aguila

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Estrada para Bariloche

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10/02/2017 (sexta) - Bariloche (Argentina)

Km inicial: 4186,7

Km final: 4284,9

Km rodados: 98,2

 

Durante a noite passamos muito frio na barraca, acordando várias vezes e demorando para dormir. Como estávamos no verão acabamos subestimando a temperatura de Bariloche e não nos preparamos. Quando acordamos o termômetro do carro marcava 9 graus às 08:00.

 

Saímos para percorrer o Circuito Chico, mas sinceramente não gostamos justamente por causa das paisagens que vimos na estrada no dia anterior. De qualquer maneira é um passeio bonito, passando pelos lagos Perito Moreno e Nahuel Huapi com algumas paradas para fotos.

Fomos ao mercado La Anónima (Bustillo 12964) e compramos algumas coisas que estávamos precisando para as refeições. Vimos um isolante térmico a venda e compramos dois, além de pegar umas caixas de papelão para forrar o piso da barraca nas noites seguintes. Mesmo nos agasalhando, em outros dias sentíamos um frio nas costas, então esperamos que com o isolante e papelão essa percepção melhore.

Voltamos ao camping em torno das 13:00 e fizemos o almoço. Logo no começo da preparação o nosso segundo gás da viagem acabou, foram quatro refeições feitas com ele (o primeiro havia feito três). Enquanto almoçávamos chegou no camping uma Kombi T3 (modelo não vendido no Brasil) com placas da Suíça. Enquanto lavava a louça tive a oportunidade de conversar com o rapaz da Kombi que viajava com sua esposa. Eles despacharam o carro em Hamburgo (Alemanha) e pegaram em Montevidéu (Uruguai).

 

Passamos a tarde descansando no camping e em torno das 19:30 saímos para jantar no El Boliche de Alberto, um restaurante muito bem falado com algumas unidades em Bariloche. Fomos na da Av. Exequiel Bustillo 8400.

Pedimos um ojo de bife e uma porção de batata frita, que é gigante. Como queríamos pontos diferentes da carne, pedimos ao garçom que dividisse em duas partes, cada uma com um ponto diferente, e ele gentilmente o fez. A Carne era simplesmente maravilhosa.

Com bebidas o jantar saiu por 500 pesos, um ótimo custo benefício para Bariloche.

 

Depois do jantar passeamos de carro pelo Centro Cívico mas ficamos com medo de estacionar e andar por ali já que todas nossas coisas estavam no carro. Na volta paramos em um mirante na Exequiel Bustillo com vista para o lago Nahuel Huapi, abastecemos e chegamos no camping às 23:00.

 

Como de costume, abastecemos em um posto YPF com fila de três carros na nossa frente (até que estava pequena).

 

Abastecimento Bariloche: YPF - Av Exequiel Bustillo (-41.132154, -71.332679)

Nafta Super $ 14,88/litro

Média: 10,48 km/l

 

Gastos do dia:

R$ 107,70 Abastecimento (560 ARS)

 

Parada no mirante para fotos

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Lago no Circuito Chico

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11/02/2017 (sábado) - Bariloche (Argentina)

Km inicial: 4284,9

Km final: 4359,7

Km rodados: 74,8

 

Desta vez nos agasalhamos bem para dormir, com meias, calça jeans e blusa. Não passamos frio durante a noite e nos demos ao luxo de dormir até acordar, o que aconteceu 11:30. Fizemos almoço, saímos para passear no Cerro Catedral, mas não achamos nada de interessante durante o verão, apenas umas lojinhas no alto do morro. Acabamos não pegando o teleférico para subir.

 

Voltamos ao camping e fomos na prainha do Lago Perito Moreno que fica vizinho ao camping. A água estava congelante, muito difícil mesmo de ficar dentro, mas o lugar é muito bonito e ficamos um tempo sentados na praia (que lá é feita de pedras) com os pés na água.

Fomos ao mercado (Todo, na Av Bustillo 3700) e compramos ingredientes para fazer hambúrguer caseiro na janta.

Voltamos ao camping, tomamos banho, fizemos o hambúrguer e antes de dormir assistimos o filme Alive (Vivos) que relata a história do voo 571 da Força Aérea Uruguaia, que bateu em uma montanha da Cordilheira dos Andes.

 

Camping em Bariloche

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Lago Perito Moreno, localizado na Colônia Suiza onde fica o camping

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12/02/2017 (domingo) - Bariloche (Argentina) para Puerto Octay (Chile)

Saída de Bariloche: 11:00

Chegada em Puerto Octay: 17:45

Km inicial: 4359,7

Km final: 4630,0

Km rodados: 270,3

 

Saímos do camping às 11:00 depois de desmontar a barraca e arrumar todas as coisas. No caminho para o Chile tivemos que passar novamente por Bariloche e depois fomos pela RN40 e RN231 sentido Vila La Angostura, que se parece mais ainda com Gramado. Seguimos em frente até a fronteira com o Chile, que cruzamos pelo Paso Cardenal Antonio Samoré (atenção: esta fronteira não é 24h. Consultar o horário antes da viagem)

 

O trajeto é feito em pista simples, em serra e com muitas curvas. Por este motivo a velocidade média acaba ficando bem baixa.

 

Às 13:20 chegamos na região da fronteira (saída da Argentina) e ficamos parados por uma hora. Enquanto estávamos na fila o oficial nos entregou o papel do controle de barreira com a placa do carro, quantidade de pessoas e os passos que teríamos que fazer na fronteira.

Às 14:20 fomos liberados para seguir até os escritórios, estacionamos o carro e fomos para a fila, que andava bem rápido.

O primeiro passo foi no guichê da imigração, onde tivemos que apresentar os passaportes e documento do carro. O segundo passo é na aduana, onde novamente entregamos os documentos e o oficial nos perguntou por onde entramos na Argentina e em quais cidades dormimos.

No terceiro passo o oficial os documentos do carro foram conferidos, recebemos um papel usado para entrada e saída do carro no Chile e Argentina e por fim foi feita uma simples revista no carro, olhando o compartimento do motor e o porta malas.

Finalizamos os processos de saída da Argentina às 14:20.

 

Nos direcionamos para a próxima fronteira onde daríamos a entrada no Chile. As fronteiras estão separadas por uma distância de 30 ~ 50 km e no meio do caminho existe a placa simbólica de divisa de países.

 

Às 15:30 demos entrada na aduana do Chile, também recebendo um papel com o passo-a-passo. Esta fronteira estava bem mais tranquila, bastou estacionar e nos dirigir até os escritórios. Como na saída da Argentina, são três passos (imigração, aduana e inspeção do carro), com algumas diferenças:

No primeiro passo eles dão um papel impresso com o número do passaporte. Importante conferir o papel, o meu estava errado e precisei voltar para que o oficial corrigisse.

No segundo passo é necessário preencher um papel similar ao necessário para entrada nos EUA, informando seus dados, declarando que não está trazendo nenhum bem comercial, itens agropecuários e mais de 10.000 dólares (ou equivalente).

No terceiro passo a inspeção do carro é muito rigorosa, tendo que colocar todas as bagagens do porta malas em um balcão onde os oficiais revistam tudo, inclusive por dentro. Isto acontece porque é proibida a entrada de produtos de origem animal e vegetal e eles levam isto bem a sério.

 

Ao entrar no Chile a estrada vira Ruta CH-215. Seguimos por ela até a intersecção com a Ruta U-51.

O caminho da fronteira até Puerto Octay é muito bonito, com o vulcão Osorno sempre aparecendo na paisagem.

 

Chegamos na cidade (que é muito pequena) e no camping às 17:45. O camping custava 10.000 pesos por pessoa, mas como chegamos em um domingo e a cidade não tem casa de câmbio não tínhamos o valor completo. Levamos exatamente 10.000 pesos do Brasil para despesas pontuais como um lanche ou pedágio. Teríamos que sair cedo no dia seguinte, ir até Puerto Montt (140km ida e volta), fazer o câmbio e voltar para pagar o camping. Conversei com o dono que aceitou cobrar 30 dólares. Fizemos as conversões na hora e acabou ficando bom para as duas partes. Além disso tínhamos 30 dólares trocados, e acredito que seria difícil casas de câmbio aceitarem notas baixas assim. Ficamos felizes com a negociação.

O camping não é muito grande, mas tem muitas árvores e um rio passando no fundo. Todas as "vagas" de barraca tem uma mesa de madeira e ponto de energia. A água é aquecida a gás.

 

Abastecimento Bariloche: Esso - Av Juan Manuel de Rosas (41.1327879, -71.3180786)

Nafta Super $ 14,88/litro

Média: 9,62 km/l

 

Hospedagem: Camping El Molino

$10.000 por pessoa

Telefone: (+56) 64 239 1375

Costanera Pichi Juan 124, Puerto Octay/Chile

-40.977377, -72.882325

 

Gastos do dia:

R$ 33,46 Abastecimento (174 ARS)

R$ 99 Camping Puerto Octay (30 USD)

 

Fronteira Argentina/Chile

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Vulcão Osorno ao fundo

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13/02/2017 (segunda) - Puerto Octay (Chile) para Chillan (Chile)

Saída de Puerto Octay: 09:30

Chegada em Chillan: 16:40

Km inicial: 4630,0

Km final: 5222,4

Km rodados: 592,4

 

Saindo de Puerto Octay passamos por Osorno e aproveitamos para trocar dinheiro lá, já que é uma cidade bem grande. Não deixem para tirar fotos do vulcão quando passar pela cidade de Osorno, já que o vulcão fica mais ao sul. Sorte a nossa que tiramos algumas fotos no dia anterior.

No dia anterior conseguimos pagar o camping em dólares, mas mesmo assim ainda precisávamos trocar pesos chilenos.

Em Osorno trocamos dinheiro e aproveitamos para abastecer e comprar coisas para o café da manhã e almoço no carro.

Fomos até Osorno pela U-55-V em pista simples com bom estado, e de Osorno até Chillan pela CH-5 que é duplicada, com postos e comércios. A CH-5 conta com bastante pedágios, que também existem nas saídas para as cidades. Pagando um pedágio da CH-5 você ganha isenção no pedágio da saída durante certo trecho da rodovia.

 

No Chile reparamos que os postos Copec tem muita fila (a exemplo do YPF na Argentina), talvez por algum desconto, parceria com cartão de crédito.

 

Algumas estradas que passamos tinham placas de velocidade sugerida ao invés de velocidade máxima.

 

Chegamos na cidade de Chillan às 16:40 e no caminho para o camping paramos no supermercado Unimarc para comprar os itens da janta. Nesta noite fizemos hot-dog. Saímos do mercado às 17:00 e chegamos ao camping em torno de 17:20, já que ele fica a uns 20km da cidade.

 

O camping se parece com um clube e é muito usado pelos locais para passar o dia, já que tem rio, piscinas, salão de jogos e churrasqueiras. A área para camping é muito, muito grande e o chuveiro é morno, aquecido pelo sol conforme informações recebidas do pessoal do camping.

O rio não é muito bom para nadar, com muitas pedras, musgo e gravetos.

O horário de silêncio é a partir das 01:00. É tarde, mas similar a outros campings que já passamos durante a viagem. Como nessa região escurece 21:00, faz sentido já que o pessoal tem o costume de acordar tarde.

Montamos a barraca, passamos um tempo na piscina, tomamos banho e fizemos a janta. Neste dia nosso terceiro cartucho de gás acabou.

 

A forma de cobrança do camping é um pouco diferente dos demais. Eles cobram por 3.000 dia e 3.000 por noite (por pessoa), desde que saia até 10:00. Como chegamos segunda de tarde e saímos quarta de manhã, foram cobrados dois dias e duas noites (segunda e terça).

 

Nesta noite assistimos o filme " Um gato de rua chamado Bob". Minha namorada leu o livro e estava ansiosa pelo filme. É bem legal a história.

 

Abastecimento Osorno: Shell - Juan Mackenna x Lord Cochrane

Super 93 $ 766/litro

Média: 11,68 km/l

 

Abastecimento Temuco: Petrobras - Rodovia CH-5 km 658

Especial 93 $ 737/litro

Média: 12,76 km/l

 

Hospedagem: Camping Paraiso Chillan

$3.000 por pessoa por dia / $3.000 por pessoa por noite

Telefones: (+56) 999 090344 / (+56) 971 407220

Ruta N-55 km 20 sentido Chillan - Pinto, Chillan/Chile

-36.679574, -71.923974

 

Gastos do dia:

R$ 176,00 Abastecimento (35200 CLP)

R$ 75,00 Pedágios (15000 CLP)

R$ 120,00 Camping Chillan (24000 CLP)

Câmbio: taxa: 620 pesos chilenos por dólar

 

Camping em Puerto Octay

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14/02/2017 (terça) - Chillan (Chile)

Km inicial: 5222,4

Km final: 5269,7

Km rodados: 47,3

 

Acordamos tarde já que o dia seria só para descanso. Fomos passear pela cidade e ver algo para incrementarmos no almoço (normalmente hambúrguer ou salsicha). Encontramos o mercado Líder, que é um Walmart apenas com outra marca. Tem o mesmo estilo de comunicação visual e os mesmos produtos de marca própria (Great Value).

Aproveitamos para almoçar no restaurante Doggis que fica no próprio mercado e tem, principalmente, hot-dog. O restaurante é estilo fast-food, mas o cachorro quente é muito gostoso. Experimentamos a famosa "palta" que é um tipo de pasta de abacate, e mesmo com cachorro quente ficou ótimo.

Voltamos para o camping e passamos a tarde na piscina que tinha um toboágua bem legal.

Tomamos banho, assistimos a séries e fizemos a janta. Depois da janta organizamos as malas, o carro, assistimos o filme que conta a história do comandante Sully e dormimos.

 

Camping em Chillan

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15/02/2017 (quarta) - Chillan (Chile) para Santiago (Chile)

Saída de Chillan: 10:00

Chegada em Santiago: 15:00

Km inicial: 5269,7

Km final: 5697,3

Km rodados: 427,6

 

Saímos do camping às 09:30, fomos para Chillan, abastecemos e pegamos a estrada para Santiago 10:00.

Fomos para Santiago pela mesma estrada CH-5 do dia anterior, então não tem muito o que falar. Estrada bem conversava, duplicada em toda sua extensão, limite de 120 km/h e pedágios frequentes.

Desta vez acabamos almoçando snacks em um posto de gasolina.

Ao chegar em Santiago pegamos algumas vias expressas e diversas placas indicando "Solo Televia o sistema complementario", bem como alguns pórticos, aparentemente tratava-se de cobrança automatizada de pedágio apenas para veículos cadastrados.

Passamos por alguns deles até eu ficar com medo da leitura de placa nos complicar na saída do Chile e fui pela via lateral, muito mais lenta e com semáforos.

Chegamos na casa alugada pelo Airbnb às 15:00. Era uma pequena casa que fazia parte da casa principal, com sala e quarto integrados, banheiro, e fogão e frigobar escondidos dentro de um guarda roupa.

A dona era uma senhora muito simpática e fez o possível para nos auxiliar durante a estadia.

 

Como o tempo em Santiago seria curto logo saímos para passear. Fomos a pé até a estação Manquehue, compramos dois bilhetes para horário normal e descemos na estação Tobalaba.

Em Santiago a tarifa do metrô varia conforme o horário.

 

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Passeamos no Costanera Center, o shopping center que fica localizado no arranha-céu mais alto da América Latina. Os pisos do shopping são divididos por tipo de lojas, por exemplo, um piso para mulheres, um piso para homens e crianças, um piso para esportes, etc.

Enquanto passeávamos no Costanera conversei com o gerente da filial da nossa empresa no Chile e fomos até o escritório conversar com ele. Voltamos para o Costanera, andamos pelo resto dele e fizemos algumas compras para nossa futura casa.

Jantamos no restaurante Elkika Ilmenau, tipicamente alemão, que eu havia ido três anos atrás em uma viagem a trabalho. Dois hot-dogs com bebida nos custou $ 7000.

Andamos pelo bairro que é bastante arborizado enquanto esperávamos iniciar o horário de menor preço no metrô.

 

Abastecimento Chillan: Shell - Collin, 788

Super 93 $ 699/litro

Média: 11,08 km/l

 

Abastecimento Rengo: Petrobras - Rodovia CH-5

Especial 93 $ 746/litro

Média: 11,79 km/l

 

Hospedagem: Apartamento reservado pelo Airbnb

R$ 267 (2 noites)

 

Gastos do dia:

R$ 198,70 Abastecimento (39740 CLP)

R$ 12,70 Metrô (2540 CLP)

R$ 47,00 Pedágios (9400 CLP)

R$ 267,00 Airbnb Santiago

 

Casa alugada pelo Airbnb em Santiago

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16/02/2017 (quinta) - Santiago (Chile)

Km inicial: 5697,3

Km final: 5725,4

Km rodados: 28,1

 

Neste dia fomos fazer o típico passeio de turista, conhecendo o centro. Pegamos o metrô e fomos até a estação Universidade do Chile. Passamos pelo Palácio de la Moneda, Tribunal de Justiça e Plaza de Armas. Nos sentimos bastante inseguros no centro, com vários moradores de rua olhando nossos pertences e volume no bolso. Compramos um sorvete e logo decidimos ir embora. Passeamos pela Falabella e paramos para almoçar em um pequeno restaurante chamado Poker de Ases (Bandera entre Catedral e Compañia de Jesus). Comemos dois lomo a lo pobre (bife com batata, ovo e cebola refogada) com duas bebidas por $ 13200. Comida simples e saborosa, mas nada de outro mundo.

 

Ao voltar para casa saímos de carro para passear no Cerro San Cristobal, que tem alguns mirantes, trilhas e zoológico.

Chegamos sem problemas com as orientações do GPS. O valor da entrada é de $ 3000 por carro, pela rua Pio Nono, com direito a voltar mais uma vez no mesmo dia. Estacionamos em uma das ruas internas e fomos ao zoológico, que cobra mais $ 3000 por pessoa. O zoológico é bastante íngreme, já que fica localizado em um morro. Ele começa na parte baixa do parque e vai até em cima. Algumas jaulas estavam sem animais e o mapa estava um pouco desatualizado, mas foi um passeio bem legal para nós que não íamos em um zoológico há algum tempo. Esse zoológico em específico tem alguns animais diferentes do que estamos acostumados, provavelmente pela região.

 

Depois do zoológico subimos todo o morro de carro parando em um mirante com vista para a cidade, fomos ao Costanera Center comprar mais algumas coisas e também comida para a janta no supermercado Jumbo.

Pagamos o estacionamento em uma máquina de autoatendimento sem segredo, bem parecido com o Brasil. O estacionamento custa $ 20 por minuto. O preço assusta pelo valor e pela cobrança por minuto, mas ao fazer a conversão vemos que fica até mais barato que shoppings de grandes metrópoles no Brasil.

 

Fizemos a janta em casa, assistimos alguns vídeos do Youtube aproveitando o bom wifi, limpamos o cartão das câmeras e deixamos o computador fazendo upload das fotos para o Google Photos, já que estávamos sem um backup das fotos até então. Arrumamos as coisas para deixar tudo pronto para a saída no dia seguinte.

 

Gastos do dia:

R$ 13,20 Metrô (2640 CLP)

R$ 15,00 Cerro San Cristobal (3000 CLP)

R$ 30,00 Zoológico (6000 CLP)

R$ 9,00 Estacionamento Costanera (1800 CLP)

 

Cerro San Cristobal

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Selfie com a girafa

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Costanera Center visto do Cerro San Cristobal

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17/02/2017 (sexta) - Santiago (Chile) para Mendoza (Argentina)

Saída de Santiago: 09:00

Chegada em Mendoza: 18:15

Km inicial: 5725,4

Km final: 6101,6

Km rodados: 376,2

 

Saímos da casa às 09:00, abastecemos e logo estávamos na estrada para Mendoza, cruzando pela Cordilheira dos Andes. No lado chileno fomos pelas Rutas CH-57 e CH-60. Depois de cruzar para o lado Argentino seguimos pela RN7 e RN40.

Passamos por três pedágios no lado chileno até a fronteira, o que achamos bastante para uma distância de aproximadamente 150km. O último estava a apenas 30km da fronteira.

Às 11:45 passamos por uma aduana chilena, mas as placas diziam que não era necessário parar já que a saída do Chile seria feita no lado argentino, integrado com a entrada na Argentina.

Na estrada passamos por um trecho com muitas curvas, que lembram a Serra do Rio do Rastro e Corvo Branco (-32.855649, -70.140536). Enquanto estávamos parados para tirar fotos encontramos com dois motociclistas de Juiz de Fora/MG, pai e filho, que estavam voltando do Atacama.

Seguimos viagem e fiquei atento ao GPS pois queria cruzar a cordilheira não pelo túnel, que é o caminho comum, mas pela pequena estrada de terra que nos leva ao Cristo Redentor de Los Andes a 3800m de altitude.

A saída para a estrada de terra é bem mal sinalizada, mas prestando atenção conseguimos encontrá-la e subimos, passando por várias curvas, mirantes e pequenos rios de água congelante que desce a montanha.

O caminho até o topo tem 8km. Chegamos lá às 12:35 com 3830m de altitude e 9ºC de temperatura, além do vento. Tiramos algumas fotos e iniciamos nossa descida pelo lado chileno às 13:00, chegando ao asfalto 20 minutos e 9km depois.

 

Enquanto estávamos na rodovia vimos do lado esquerdo o Aconcágua (a montanha mais alta fora da Ásia) e 12km depois, do lado esquerdo, estava a entrada para a fronteira integrada Chile/Argentina (Control Integrado Complejo Horcones). Em toda a viagem esta foi a única fronteira que não ficava no meio da estrada; ela fica na lateral e nós temos que ter a consciência de entrar na fila. Paramos na fila de carros em torno de 13:30. A fila andava devagar e fomos atendidos apenas 15:15 no estilo drive-thru, sem a necessidade de estacionar o carro e ir até o guichê.

 

O primeiro passo é na imigração do Chile, com os oficiais da PDI (Policia de Investigaciones). Foi necessário apresentar os passaportes, documento de entrada do carro e controle de barreira, que desta vez não nos foi dado. Tive que ir até o guichê da Gendarmeria e pedir.

No segundo passo fica a aduana chilena e argentina. Entregamos os documentos para o oficial chileno, ele faz os procedimentos necessários e entrega ao oficial argentino. O oficial argentino veio até o carro, entregou o papel de controle de barreira e ao invés de fazer a revista no carro (como estava fazendo com os outros) perguntou nosso time. Falei que éramos palmeirenses e ele disse que desde que não fossemos corinthianos estava certo e nos liberou. Saímos do complexo fronteiriço às 15:30.

1,5km depois da saída tem uma pessoa na estrada pedindo o papel do controle de barreira.

 

Um fato engraçado aconteceu enquanto estávamos na fila. Um adolescente estava com as várias notas de peso chileno na mão quando um vendo forte bateu e levou várias notas. Algumas pessoas ajudaram, mas com certeza ele perdeu alguns milhares de pesos nessa brincadeira.

 

Em torno de Mendoza a estrada que o GPS nos mandava entrar estava impedida pela polícia por algum motivo. Depois de alguns desvios conseguimos chegar no camping El Mangrullo.

 

O camping é bem estruturado e preparado, conta com espaço para barracas e cabanas. Wifi funciona apenas próximo da entrada, os banheiros são limpos e com água quente.

Estavam hospedados alguns veículos europeus e uma Chevrolet S10 brasileira com um camper na caçamba.

 

Fizemos a janta até mesmo andes de montar a barraca porque esse dia foi bem cansativo. Armamos a barraca, tomamos banho e quando fomos encher o colchão da marca Mor comprado novo para esta viagem vimos que ele estava furado na dobra de um dos gomos da parte superior. Tentamos remendar com o kit que veio com ele, mas por ser na dobra não deu muito certo. Acabamos forrando o chão com cobertor e dormimos assim mesmo.

 

Abastecimento Santiago: Shell - Santa Maria 888

Super 93 $ 702/litro

Média: 10,48 km/l

 

Hospedagem: Camping El Mangrullo

$150 por pessoa

Telefones: (+54) 261 4440271 / (+54) 9 261 5604736

Avda. Champagnat 3002, Mendoza/Argentina

-32.855704, -68.894194

 

Gastos do dia:

R$ 54,00 Abastecimento (10800 CLP)

R$ 26,50 Pedágios (5300 CLP)

R$ 173,08 Camping Mendoza (900 ARS)

 

Subida da Cordilheira dos Andes

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Saída do Chile, início do caminho pela Cordilheira dos Andes

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Subida para o Cristo Redentor de los Andes, fora da estrada principal

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Rio GELADO que desce dos Andes

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Cristo Redentor de los Andes, divisa Chile/Argentina

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18/02/2017 (sábado) - Mendoza (Argentina)

Km inicial: 6101,6

Km final: 6205,3

Km rodados: 103,7

 

Acordamos e fomos ao Walmart 24h (Moldes 1023) tentar comprar um novo colchão inflável. Compramos um da marca Intex, além de água, pães para café da manhã, milho, macarrão, etc.

Walmart muito grande, no estilo dos que existem nos EUA, com muita variedade de produtos que não estamos acostumados a encontrar em supermercados.

 

Voltando ao camping fizemos o almoço e saímos para andar pelo centro. Conhecemos a Plaza Independencia e fomos sentido Maipú para conhecer a vinícola (bodega) El Enemigo. Nós gostamos de vinho, mas não somos conhecedores. Por este motivo acabamos indo em uma vinícola qualquer apenas para ver como funciona. Descobrimos a El Enemigo por algum relato lido na internet.

Foi um pouco difícil de chegar até lá. Fomos até a rua divulgada (Videla Aranda) mas a maioria dos lugares não tem numeração. Depois de perguntar para uma pessoa conseguimos chegar no lugar.

A vinícola é bem família e aparentemente o carro chefe é a degustação com almoço.

Pedimos para fazer o tour e uma funcionária nos acompanhou até os barris de carvalho e nos explicou um pouco sobre as uvas utilizadas e história da vinícola. A degustação mais barata permitia escolher dois vinhos entre quatro (como estávamos em dois conseguimos provar todos os quatro: Malbec, Cabernet Franc, Chardonnay e Bonarda) e incluía pães com patê.

De volta ao camping ficamos um tempo na piscina, tomamos banho, assistimos séries, fizemos a janta (que por sinal, foi a quinta com o mesmo gás no fogão. A falta de vento ajuda muito) e dormimos no colchão novo.

 

Gastos do dia:

R$ 95,96 Colchão Intex casal (499 ARS)

R$ 75,00 Duas degustações (390 ARS)

 

Visita na Vinícola El Enemigo

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Camping em Mendoza

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19/02/2017 (domingo) - Mendoza (Argentina)

Km inicial: 6205,3

Km final: 6231,9

Km rodados: 26,6

 

Não há muito para falar, este foi um dia de descanso. Fomos ao mesmo Walmart comprar vinhos, voltamos ao camping, fizemos almoço (desta vez abrimos um novo gás, o quinto da viagem).

De tarde terminei de ler Sully e assistimos Narcos. Arrumamos o porta malas e banco traseiro, limpamos o pó que estava acumulado, fizemos janta e assistimos The Grand Tour (série automotiva).

 

Mendoza

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20/02/2017 (segunda) - Mendoza (Argentina) para Santa Fé (Argentina)

Saída de Mendoza: 10:20

Chegada em Santa Fé: 21:10

Km inicial: 6231,9

Km final: 7151,9

Km rodados: 920

 

Apesar de ser uma cidade desconhecida para a maioria de nós e pouco turística, Santa Fé estava no nosso roteiro desde o começo do planejamento da viagem. Foi lá que morei entre meus três e seis anos de idade devido à transferência na empresa que meu pai trabalhava.

 

Neste dia saímos do camping às 08:50 para o centro no intuito de trocarmos dinheiro. Diferente das outras que passamos pela viagem, a casa de câmbio estava com bastante fila. Depois de abastecer o carro pegamos a estrada RN7 às 10:20.

 

Na altura de Desaguadero passamos por mais controle sanitário, mas sem surpresas. O fiscal olhou pelos vidros nossas bagagens, perguntou se tínhamos frutas e verduras e por último passamos por um equipamento que pulveriza o carro por baixo, acredito que para desinfetar (ou algo assim).

 

Às 12:40 chegamos em San Luis e paramos no Sanluis Shopping para almoçar no BK. Saímos de San Luis em torno de 13:30 até a RN148 e logo pegamos a RP10, que começou a ser pista simples.

 

No posto policial de La Punilla fomos parados e como de praxe o oficial nos perguntou de onde vínhamos, para onde iríamos, pediu carta verde e, pela primeira vez na viagem, a CNH.

 

Pegamos a RP30 até Rio Cuarto e depois a RN158 que passa por Vila Maria e San Francisco, onde pegamos a RN19, duplicada, até Santa Fé onde chegamos 21:10.

 

Ficamos no Hostal Santa Fe de la Veracruz, um hotel bem velho, mas limpo e com garagem. Aparenta ter sido um ótimo hotel no passado mas parou no tempo.

 

Mortos de cansaço, fizemos janta no quarto do hotel mesmo e dormimos.

 

Abastecimento Mendoza: Red Mercosur - General Lamadrid x Acesso Sur

Nafta Super $ 17,99/litro

Média: 10,31 km/l

 

Abastecimento Rio Cuarto: Axion - Tierra del Fuego 932

Nafta Super $ 20,88/litro

Média: 12,15 km/l

 

Abastecimento Crucellas: Shell - Rodovia RN19

Nafta Super $ 20,99/litro

Média: 9,96 km/l

 

Hospedagem: Hostal Santa Fe de la Veracruz

$950 por dia / $100 garagem

Telefones: (+54) 342 455 1740 (41/42/43/44)

San Martin, 2954 / 25 de Mayo x Gdor. Crespo, Santa Fé/Argentina

-31.641930, -60.704511

 

Gastos do dia:

R$ 462,50 Abastecimento (2405 ARS)

R$ 35,58 Pedágios (185 ARS)

R$ 403,85 Hotel Santa Fé (2100 ARS)

Câmbio: taxa: 5,30 pesos argentinos por real

Câmbio: taxa: 16 pesos argentinos por dólar

 

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21/02/2017 (terça) - Santa Fé (Argentina)

Km inicial: 7151,9

Km final: 7194

Km rodados: 42,1

 

Tomamos café da manhã no hotel e fomos até a casa de câmbio trocar o resto dos reais, ficando com o dinheiro exato para combustível e pedágio até Foz do Iguaçu no dia seguinte. O banco estava com bastante fila mas acredito que por sermos estrangeiros nos mandaram direto ao balcão.

 

Voltamos para o hotel e de carro fomos até a escola que eu estudei na pré-escola. Alguns meses antes da viagem minha mãe encontrou uma carta da minha professora na época, encontrei ela no Facebook e combinamos o encontro.

Ficamos em torno de uma hora conversando na escola. Depois disso passamos na frente das casas que morei, visitamos a igreja de Nossa Senhora de Guadalupe e almoçamos no restaurante El Quincho del Chiquito, que existe desde quando morei na cidade (mais de 20 anos atrás). O restaurante serve uma sequência de peixes por um preço fixo. Os peixes são pescados no próprio Rio Paraná que passa pela cidade, gostamos muito do almoço. O valor é de 230 pesos por pessoa.

Fomos passear no Walmart localizado na RN168, assim que sai da cidade. A visita ao Walmart foi na intenção de esperar o consultório do pediatra que me atendia abrir. Passamos lá e entre uma consulta e outra conseguimos conversar com ele, que não esperava a visita. Durante a conversa ele foi lembrando de mim, minha irmã e minha mãe.

 

De volta ao hotel terminamos de assistir Narcos, tomamos banho, fizemos a janta e deixamos tudo pronto para ir embora no dia seguinte, já que iríamos encarar mais de 1000km até Foz do Iguaçu.

 

Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real

 

Igreja Nossa Senhora de Guadalupe

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22/02/2017 (quarta) - Santa Fé (Argentina) para Carazinho/RS

Saída de Santa Fé: 08:00

Chegada em Carazinho: 21:30

Km inicial: 7194

Km final: 8162,6

Km rodados: 968,6

 

Acordamos às 06:30, tomamos café da manhã e fizemos checkout às 07:20. Antes de ir embora de Santa Fé passamos por uma pracinha que eu brincava e também pela Plaza 25 de Mayo, onde aprendi a andar de bicicleta e onde ficam localizados os edifícios do governo.

 

Pegamos a estrada às 08:00 e logo estávamos na divisa das províncias de Santa Fé e Paraná (Argentina), atravessando o túnel fluvial pela RN12 e em seguida RN127, todas pista simples.

 

Ainda na RN127, na altura de Sauce de Luna, fomos parados pela polícia, que na província de Entre Rios onde estávamos é conhecida por seus policiais corruptos. O oficial pediu a CNH, documentos do carro, carta verde e pediu para eu acender o farol do carro, que já estava aceso (assim como no Brasil, em todos os países que passamos é obrigatório circular com os faróis baixos acesos nas rodovias). Não consegui entender direito, encostei o carro no acostamento e fui ver o que estava acontecendo. Uma das lâmpadas do farol baixo estava queimada, justo na parte mais corrupta da Argentina.

Fui guiado até a guarita, mas antes aproveitei para colocar 100 pesos no bolso. Outro policial me atendeu na guarita, com uma tabela em mãos me mostrou que o valor da multa era em torno de 3800 pesos, mas se fosse paga diretamente na guarita em dinheiro eu teria um desconto de 50% e sairia com um papel para apresentar nas próximas barreiras policiais. A princípio desconfiei que fosse um pedido de propina e neguei pagar lá, mas enquanto o oficial preenchia a multa vi um papel colado na parede informando sobre o desconto de acordo com algumas leis. Até hoje não sei se é verdade ou não.

Tinha o dinheiro exato dos 50% da multa para combustível e pedágios, mas preferi dizer que só tinha 100 pesos e estávamos pagando o combustível no cartão já que seria o último dia na Argentina. Ele não pediu os 100 pesos mas perguntou se não tínhamos reais. Pelo jeito 100 pesos era pouco para ele.

A outra opção seria, segundo ele, pagar a multa na aduana assim que saísse do país. Concordei e pedi para que a multa fosse feita. O policial preencheu algumas informações no computador, me devolveu os documentos e pediu para assinar quatro vias da multa, sendo que fiquei com uma.

Nela está escrito o valor da multa, a causa, a placa do carro, meu nome completo e número do RG (que estava na CNH).

 

O policial que me parou inicialmente pediu para que seguisse com o farol alto ligado já que estava com o baixo queimado. E se me parassem e multassem por estar com o alto ligado? Preferi seguir com o baixo mesmo e qualquer coisa eu apresentava a multa que já havia sido feita.

 

Depois disso pegamos a RN14, que é duplicada pensando no que poderíamos fazer. Nossa programação era sair por Puerto Iguazu (que faz fronteira com Foz do Iguaçu) para visitar as Cataratas e o Paraguai, mas chegaríamos em torno das 20:00. Com azar a multa estaria no sistema e teríamos que procurar algum lugar para sacar dinheiro e pagar a multa, a noite e fora do nosso país, correndo o risco de o cartão não funcionar mesmo com o aviso viagem.

Poderíamos tentar sacar o dinheiro em alguma cidade no caminho, mas e se por algum motivo a multa não estivesse no sistema e não fosse cobrada? Ficaríamos com mais de 700 reais em pesos sem utilidade.

 

Depois de pensar em algumas alternativas a mais racional foi sair na primeira fronteira que encontrasse (Paso de Los Libres, Uruguaiana/RS) e seguir viagem para casa, riscando Foz do Iguaçu do mapa já que estando no Rio Grande do Sul é muito longe ir para Foz sem entrar na Argentina.

Não gostaríamos de entrar novamente na Argentina correndo o risco de ter a multa cobrada. Querendo ou não, não é nosso país, não conhecemos direito o funcionamento da polícia, suas regras, leis e etc. Concordo que estávamos errados, mas aquela região já é conhecida por abuso dos policiais e além disso é absurda uma multa de mais de 700 reais por circular com uma lâmpada queimada durante o dia, sendo que vários carros argentinos passam diariamente caindo aos pedaços (e com lâmpadas queimadas).

 

Antes de entrar no Brasil ainda fomos parados em mais uma verificação de rotina. Enquanto um policial me pedia os documentos o outro foi até a frente do carro, ficou olhando, mas nenhum dos dois comentou sobre o farol queimado e mandaram seguir viagem. Vai entender.

 

Chegamos em Paso de Los Libres e abastecemos pela última vez na Argentina para queimar os pesos que tínhamos na mão. Entramos com o carro na fila da saída da Argentina às 13:20. Ao chegar nossa vez o oficial pediu pelo papel da imigração, que não havíamos recebido. Então ele gentilmente nos instruiu a estacionar o carro e ir até o guichê fazer o processo de saída.

Fomos ao guichê e entreguei apenas o passaporte, com receio de entregar o documento do carro. Passaporte carimbado, a oficial solicitou o documento do carro, entreguei, ela digitou algumas coisas no computador e fomos liberados. Como estávamos viajando com o passaporte ela informou que não seria necessário apresentar o papel da imigração.

Voltamos ao carro, mostramos os passaportes ao primeiro oficial e fomos liberados, entrando no Brasil às 13:40 cruzando a ponte sobre o Rio Uruguai e entrando em Uruguaiana/RS.

Como não demos saída do Brasil no início da viagem, a caminho do Uruguai, não nos preocupamos em registrar a entrada.

 

Depois de liberados fiquei na dúvida do que aconteceria com a multa. Como estávamos viajando com o passaporte e a multa foi dada com o número do RG, imagino que eu posso voltar outras vezes para a Argentina (com o passaporte) sem problemas. Talvez o carro tenha problemas para retornar em uma suposta nova visita.

 

Paramos em uma autopeças para comprar a lâmpada H7. Enquanto eu trocava a lâmpada minha namorada foi olhando no mapa nossas alternativas. Decidimos que iríamos passar novamente por Curitiba na volta, já que gostamos muito de lá; mas ainda assim precisávamos de um lugar para passar a noite.

Decidimos dormir nas imediações de Passo Fundo e acabamos encontrando o motel Casa de Pedra na cidade vizinha de Carazinho/RS. De acordo com os relatos na internet aparentava ser bom e barato; para ajudar ainda pegamos um cupom de 20% no site deles.

 

Como já era tarde e muito difícil encontrar comida para almoçar, acabamos comendo um tradicional xis gaúcho no Lanche da Praça.

Saímos de Uruguaiana/RS em torno das 15:15 via BR472 e BR285 até Carazinho/RS, ambas em pista simples. Depois de trechos com chuva muito pesada, onde o limpador mesmo no máximo não dava conta, chegamos às 21:30 no motel. Fizemos a janta no quarto e dormimos.

 

O motel é muito bom, surpreendente por estar localizado em uma cidade pequena e pelo valor pago.

 

Abastecimento La Picada: YPF - RN12 km 28,5

Nafta Super $ 20,83/litro

Média: 10,65 km/l

 

Abastecimento Paso de Los Libres: YPF - Fronteira com Brasil

Nafta Super $ 21,37/litro

Média: 11,38 km/l

 

Abastecimento Santo Ângelo/RS: Shell - BR285 x BR392

Gasolina Comum R$ 4,088/litro

Média: 10,79 km/l

 

Hospedagem: Motel Casa de Pedra

R$87,00

Telefone: (54) 3329-4457

BR285, km 216, Carazinho/RS

-28.315266, -52.780731

 

Gastos do dia:

R$ 354,46 Abastecimento (1130 ARS + R$137,15)

R$ 5,77 Pedágio (30 ARS)

R$ 87,00 Motel Casa de Pedra

R$ 35,00 Lâmpada do farol

 

Fronteira Brasileira em Uruguaiana/RS, finalmente em "casa"!

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23/02/2017 (quinta) - Carazinho/RS para Curitiba/PR

Saída de Carazinho: 08:30

Chegada em Curitiba: 18:30

Km inicial: 8162,6

Km final: 8782,4

Km rodados: 619,8

 

O dia foi praticamente de estradas em pista simples, cortando várias cidadezinhas com radares em trechos urbanos. Fomos pela BR285 até Lagoa Vermelha, onde pegamos a BR470.

 

Uma hora depois da saída paramos na cidade de Mato Castelhano para café da manhã.

Almoçamos no Posto Serrano I no entroncamento da BR470 com a BR116 e depois seguimos pela BR116 até Curitiba.

 

O caminho todo foi com chuva, variando entre garoa e muito forte onde o limpador não dava conta. Muitas aquaplanagens quando a chuva ficava mais forte. Diversas vezes paramos na estrada em obras devido ao trânsito em meia pista, prejudicando ainda mais a duração da viagem.

 

Chegamos em Curitiba às 18:30 e fomos direto para a pizzaria La Piazza, que gostamos muito (e paramos também na ida). Enquanto jantávamos pesquisamos algum hotel para ficar e encontramos o Ibis Budget. Chegamos no hotel, fizemos checkin sem problemas e dormimos.

 

Abastecimento Curitibanos/SC: Ipiranga - BR470 km 252

Gasolina Comum R$ 3,889/litro

Média: 10,81 km/l

 

Hospedagem: Ibis Budget

R$103,95 / R$17,50 Estacionamento

Telefone: (41) 3218-3838

R. Mariano Torres, 927, Curitiba/PR

-25.434290, -49.260721

 

Gastos do dia:

R$ 169,12 Abastecimento

R$ 22,40 Pedágios

R$ 121,45 Hotel

 

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24/02/2017 (sexta) - Curitiba/PR para São Paulo/SP

Saída de Carazinho: 08:30

Chegada em Curitiba: 18:30

Km inicial: 8782,4

Km final: 9211,4

Km rodados: 429

 

Acordamos tarde e enrolamos no hotel já que queríamos almoçar em uma churrascaria (Master Grill) que gostamos em Curitiba.

Depois do almoço saímos de Curitiba em torno das 14:00 e chegamos em São Paulo 19:45, pegando chuva em alguns trechos e muito trânsito no Rodoanel devido ao horário de pico.

 

Abastecimento Curitiba/PR: Shell - R. Des. Westphalen x Av. Pres. Getúlio Vargas

Gasolina Comum R$ 3,39/litro

Média: 10,07 km/l

 

Abastecimento São Paulo/SP: Ipiranga - Av. Luis Dumont Villares x R. 24 de Dezembro

Gasolina Comum R$ 3,447/litro

Média: 11,01 km/l

 

Gastos do dia:

R$ 237,76 Abastecimento

R$ 19,90 Pedágios

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Amigo, que viagem top!

Você tem um resumo de quanto gastou no total com cada coisa (combustível/alimentação/pedágios/hospedagem)?

Rudinei pra ser sincero não tenho um resumo não. Tenho os gastos dia a dia conforme o relato (combustível, pedágios e hospedagem).

Para alimentação acabei não colocando já que é muito particular, depende do tipo de restaurante etc. Muitas vezes nós cozinhamos também. As refeições ficavam em torno dos 50 reais (lanchonete, almoço rápido) até 100, 120 reais (jantar, parrilla, almoço em regiões turísticas)

Nos mercados em geral achamos o preço dos alimentos (enlatados e carne principalemente) um pouco mais caro do que no Brasil

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vcirelli muito bacana sua viagem e muito bom o seu relato! Curti muito ler tudo isso e vários detalhes foram legais.

 

Pra você ter uma idéia do nível de preciocismo... vi até uma pequena sugestão de retificação... no endereço do mercado... "(Todo, na Av Bustillo 3900)" o número correto é 3700, vi pelo Maps.

 

Já li muitos relatos de viagens pelo cone sul e sem dúvidas há variedade muito grande de tipos de viajantes e de escolhas a fazer. Desde quem vai de jipe e usa diesel, ou quem vai de carro comum à gasolina (sem falar os de moto), com ou sem filhos, viagem de até 30 dias ou de longa jornada, com ou sem camping, etc, etc.

 

Em algumas vezes eu lia relatos mais antigos, já publicados há mais de 12 meses, e nesses casos fatidicamente as referências de preços que não fossem em dólar caducavam muito rápido, afinal as economias dos países como Argentina e Brasil andam sofrendo bastante. Mas desta vez acabo de ler um relato fresquinho e curti pra caramba. Aliás, se aceitar como sugestão, poderia colocar no início do texto a relação cambial dólar-reais-pesos de Janeiro/2017 para referência futura. Eu andava calculando ultimamente uma relação 1 real = 4 pesos argentinos, mas já está variando para 1 pra 5 recentemente. Vamos ver depois. Essas coisas flutuam e os preços vão mudando também, obviamente.

 

Outra coisa que curti é que seu roteiro está de certa forma (tirando as capitais) bastante parecido com a volta que planejei fazer mais pro fim do ano. Veja aqui. Também devo passar por Santa Fé porque tenho um primo lá e vou visitá-lo, mas vai ser coisa rápida. Acho que as principais diferenças são que nós não vamos acampar, vamos pra hotéis mesmo, e que não vamos entrar em capitais e nem entrar no Uruguay.

 

Gostei bastante da sua sinceridade ao comentar que perceberam que gostaram mais dos lugares do interior do que dos passeios nas grandes cidades. Aqui a gente conhece BsAs, ainda não conhece Santiago nem o Uruguay, mas quando me organizei já tinha essa idéia de que para as capitais o passeio mais lógico era pegar um avião e ir curtir sem carro. Já com carro a gente quer rodar mesmo, mas vamos também parar em alguns cantos pra ficar umas 3 noites porque só estrada em tudo que é dia também cansa.

 

Deixo aqui meu elogio pelo relato detalhado e pelas suas impressões dos lugares onde comeram, sugestões e etc.

 

grande abraço.

  • Colaboradores
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vcirelli muito bacana sua viagem e muito bom o seu relato! Curti muito ler tudo isso e vários detalhes foram legais.

 

Pra você ter uma idéia do nível de preciocismo... vi até uma pequena sugestão de retificação... no endereço do mercado... "(Todo, na Av Bustillo 3900)" o número correto é 3700, vi pelo Maps.

 

Já li muitos relatos de viagens pelo cone sul e sem dúvidas há variedade muito grande de tipos de viajantes e de escolhas a fazer. Desde quem vai de jipe e usa diesel, ou quem vai de carro comum à gasolina (sem falar os de moto), com ou sem filhos, viagem de até 30 dias ou de longa jornada, com ou sem camping, etc, etc.

 

Em algumas vezes eu lia relatos mais antigos, já publicados há mais de 12 meses, e nesses casos fatidicamente as referências de preços que não fossem em dólar caducavam muito rápido, afinal as economias dos países como Argentina e Brasil andam sofrendo bastante. Mas desta vez acabo de ler um relato fresquinho e curti pra caramba. Aliás, se aceitar como sugestão, poderia colocar no início do texto a relação cambial dólar-reais-pesos de Janeiro/2017 para referência futura. Eu andava calculando ultimamente uma relação 1 real = 4 pesos argentinos, mas já está variando para 1 pra 5 recentemente. Vamos ver depois. Essas coisas flutuam e os preços vão mudando também, obviamente.

 

Outra coisa que curti é que seu roteiro está de certa forma (tirando as capitais) bastante parecido com a volta que planejei fazer mais pro fim do ano. Veja aqui. Também devo passar por Santa Fé porque tenho um primo lá e vou visitá-lo, mas vai ser coisa rápida. Acho que as principais diferenças são que nós não vamos acampar, vamos pra hotéis mesmo, e que não vamos entrar em capitais e nem entrar no Uruguay.

 

Gostei bastante da sua sinceridade ao comentar que perceberam que gostaram mais dos lugares do interior do que dos passeios nas grandes cidades. Aqui a gente conhece BsAs, ainda não conhece Santiago nem o Uruguay, mas quando me organizei já tinha essa idéia de que para as capitais o passeio mais lógico era pegar um avião e ir curtir sem carro. Já com carro a gente quer rodar mesmo, mas vamos também parar em alguns cantos pra ficar umas 3 noites porque só estrada em tudo que é dia também cansa.

 

Deixo aqui meu elogio pelo relato detalhado e pelas suas impressões dos lugares onde comeram, sugestões e etc.

 

grande abraço.

Obrigado mesmo pelo seu comentário, Minuano!

Corrigido o endereço!

Realmente a Argentina tem o câmbio bem variável... Onde eu consegui 5,20 um amigo foi um mês depois e pegou 4,90...

A gente realmente queria passar pelas capitais, mas agora que já matamos ela com certeza cortaríamos (cortaremos!) em uma próxima viagem

Boa viagem pra você!

  • Amei! 1
  • 2 semanas depois...
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Em 31/03/2017 em 15:32, vcircelli disse:

Neste relato vou contar a viagem feita de carro em Fevereiro/2017 com minha namorada Ariadine para Uruguai, Argentina e Chile.

Nossa vontade de fazer essa viagem de carro surgiu em meados de 2015, mas como nós dois trabalhamos só temos as férias para passar um tempo viajando. O "problema" é que nas férias a gente sempre encontrava uma passagem de avião barata ou um lugar diferente para ir e acabamos postergando essa viagem, que finalmente em 2017 conseguimos fazer.

 

Países visitados: Brasil - Uruguai - Argentina - Chile

Distância percorrida aproximada: 9.211,4km

Duração: 28 dias

Veículo: Kia Sportage

Maior distância em um dia: 968,6km (Santa Fé - Carazinho)

Média geral de consumo: 10,78km/l

Gasolina mais barata: Bariloche, equivalente a R$2,86/litro

Gasolina mais cara: Punta del Este, equivalente a R$5,21/litro

 

Quando se lê relatos de viagem muito se fala em equipamentos obrigatórios do veículo: cambão, dois triângulos, lençol branco, kit de primeiros socorros... Antes da viagem pesquisei muito e encontrei algumas informações para me embasar, incluindo a lei de trânsito argentina. De acordo com a lei, só é obrigatório triângulos (no plural) e extintor de incêndio.

Levamos apenas dois triângulos e o extintor e em nenhum momento nos pediram.

Dizem também que no Chile é proibido insulfilm mas não pesquisei a fundo, estava mais preocupado mesmo com a argentina. O carro tem película escura (exceto na frente) e não tivemos nenhum problema, mas no Chile fomos "parados" apenas nas fronteiras.

 

Como gostamos muito de acampar, priorizamos ficar em campings sempre que possível, unindo o útil ao agradável: acampar e economizar com hotel e refeições. As exceções foram as grandes cidades (Montevidéu, Buenos Aires e Santiago), cidades onde não achamos camping (Santa Fé), quando estávamos muito cansados para armar barraca (Pelotas, Carazinho e Curitiba na volta) e quando tivemos contratempo com o camping (Urubici).

 

Durante o planejamento foi bastante difícil encontrar informações dos campings, então tentei detalhar ao máximo no relato para outros que queiram fazer a mesma viagem. Antes de sairmos, com algum custo, conseguimos o telefone de todos os campings e ligamos em todos eles pelo menos confirmar que existem e estariam abertos. Além disso pesquisei bastante e consegui a coordenada de todos. Alguns divulgavam as coordenadas, outros peguei pelo endereço com a ajuda do Google Maps e outros mal tem endereço, coisa muito comum de acontecer com camping que comumente estão localizados em locais afastados (exemplo: Sair na saída X, atravessar a ponte Y e seguir placas). Fica muito difícil chegarmos na cidade sem conhecer nada e cansados, encontrar o camping apenas com as poucas indicações que alguns passam. Foi essencial perder um tempo anotando a coordenada de todos, mas no final deu certo e ajudou muito.

 

Todos os campings, hotéis e motéis que ficamos estão descritos no relato de cada dia.

 

Dentro do Brasil usávamos sempre o Waze e fora do Brasil para evitar gastos com roaming e com um chip local usávamos bastante o HERE Maps, que permite baixar mapas off-line. Algumas vezes quando tínhamos wifi programávamos o Google Maps com a rota do dia, e mesmo sem conexão ele continua indicando a rota (mas não recalcula).

 

Nesta primeira viagem de carro tínhamos a vontade de parar nas capitais (Montevidéu, Buenos Aires e Santiago) e também em Santa Fé (Argentina), cidade onde morei entre meus três e seis anos de idade. Depois de termos feito a viagem vimos que o que nós gostamos mesmo é de acampar e cidades pequenas. Em uma próxima viagem vamos tentar evitar ao máximo essas cidades, já que em cidades menores tudo é mais simples, sem trânsito e sem necessidade de reservar hotel, podendo mudar os planos a qualquer hora e ficar mais ou menos dias em algum lugar.

 

O planejamento original era:

São Paulo/SP

Curitiba/PR

Urubici/SC (para passar pelas serras do Corvo Branco e Rio do Rastro)

Pelotas/RS

Punta del Este (Uruguai)

Montevidéu (Uruguai)

Buenos Aires (Argentina) via terrestre

Bahia Blanca (Argentina)

Neuquén (Argentina)

Bariloche (Argentina)

Puerto Octay (Chile)

Chillan (Chile)

Santiago (Chile)

Mendoza (Argentina)

Santa Fe (Argentina)

Foz do Iguaçu/PR

São Paulo/SP

 

Poucos dias antes da viagem vi que o valor do Buquebus ficou aceitável e decidimos ir de Buquebus (balsa) de Colonia del Sacramento até Buenos Aires, evitando rodar em torno de 500km.

Durante a viagem percebi ter reservado o Airbnb de Santiago para os dias errados, então acabamos mudando os planos e ficamos um dia a mais em Chillan e Mendoza, reduzindo Santiago.

No final da viagem, quando saímos de Santa Fé, recebemos uma multa inesperada por uma lâmpada queimada no farol. Acabamos mudando os planos no meio do dia e cortamos Foz do Iguaçu, indo de Santa Fé para Carazinho/RS e de lá para Curitiba/PR.

Todos esses acontecimentos estão descritos no relato abaixo. Nosso trajeto realizado foi o seguinte:

 

miUlwsE.png

 

Os gastos ao final de cada relato consideram apenas despesas relacionadas a transporte e hospedagem, já que o resto dos gastos (alimentação e compras) é muito particular. Muitas vezes fizemos comida no nosso fogão e tivemos gastos que outros não teriam, como supermercados e lembranças. De qualquer maneira tentei colocar no texto os restaurantes que comíamos e o valor gasto. Quando indicado "câmbio" é porque fizemos câmbio naquele dia, com a taxa indicada.

Os valores estão descritos em moeda local ($). Em alguns momentos uso UYU para indicar pesos uruguaios, ARS peso argentino e CLP peso chileno.

O horário também está descrito em horário local. Quando cruzamos do Brasil para o Uruguai voltamos 1h no relógio (Brasil estava em horário de verão) e quando entramos no Brasil na volta não teve mudança, já que o horário de verão tinha acabado e nenhum dos países que passamos estavam em horário de verão.

 

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28/01/2017 (sábado) - São Paulo/SP para Curitiba/PR

Saída de SP: 08:13

Chegada em Curitiba: 13:40

Km inicial: 0

Km final: 475,8

Km rodados: 475,8

 

Depois de carregar todo o carro saímos, como sempre depois do planejado.

A estrada não tem muito segredo, sempre duplicada (exceto Serra do Cafezal) e com boas condições.

Pegamos a serra tranquila, tomamos café no Posto Fazendeiro (altura de Miracatu) e seguimos para Curitiba.

Almoçamos no BBQ em Casa, que estávamos querendo conhecer faz um tempo. Ficamos no No Sol Camping, que fica a 17km do centro, no caminho para Campo Largo.

A área da propriedade é muito grande e conta com piscina, campo de futebol e churrasqueira além de um salão grande utilizado para eventos.

No camping não existe muita sombra para barracas, mas a oferta de tomadas e postes de luz era ok. O banheiro fica um pouco longe da barraca dependendo de onde você decide ficar, mas era muito limpo e grande, com banheiros separados para homens e mulheres.

Éramos os únicos com barraca e além de nós estavam lá entre 5 a 10 motorhomes e trailers. Tinha wifi mas acabamos não pegando a senha. O sinal de celular dentro do camping era precário, mas na estrada que dá acesso ao camping já funciona bem.

Depois de montar a barraca reparamos que estava muito quente e seria difícil dormir naquela noite e em outros lugares durante nossa viagem. Depois de perambular pela cidade encontramos ventilador USB para venda na Kalunga. Foi uma ótima aquisição e usamos bastante em toda a viagem.

Abastecemos, jantamos na La Piazza que é um rodízio de pizza que sempre gostamos muito e voltamos ao camping para dormir.

Durante a noite choveu e a barraca aguentou sem problemas.

 

Abastecimento Curitiba/PR: Shell - R. Des. Westphalen x Av. Pres. Getúlio Vargas

Gasolina comum R$ 3,470/litro

Média: 10,05 km/l

 

Hospedagem: Camping No Sol

R$ 35 por pessoa

Telefones: (41) 3649-4393 / (41) 99280-9892

Estrada da Riviera, 12, Campo Largo/PR

-25.436250, -49.397545

 

Gastos do dia:

R$ 19,90 Pedágios

R$ 157,57 Abastecimento

R$ 70,00 Camping Curitiba

 

Início da Serra da Graciosa (parada só para fotos mesmo, já que queríamos chegar logo em Curitiba)

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29/01/2017 (domingo) - Curitiba/PR para Urubici/SC

Saída de Curitiba: 09:50

Chegada em Urubici: 16:30

Km inicial: 475,8

Km final: 940,1

Km rodados: 464,3

 

Acordamos com chuva às 07:00 ainda com chuva, que logo parou. Desmontamos a barraca e arrumamos as coisas em uma área com piso coberto, para que pudéssemos secar os panos da barraca. Nesse tempo acabei esquecendo o contato do carro ligado com o farol aceso. Na hora de ir embora a surpresa: o carro ficou sem bateria. Fui até a portaria e conversei com o caseiro, que disse que o dono de um dos motorhome era mecânico e deveria ter cabo de chupeta, mas todos estavam dormindo ainda. Ele conseguiu emprestado o carro de uma mulher que mora lá e fizemos chupeta com um fio rígido. Na hora o carro ligou e finalmente pudemos ir embora.

Abastecemos na altura de Itajaí em um posto aparentemente confiável e com gasolina barata, almoçamos no Madero que fica em Itapema. Estrada duplicada em todo o caminho e com muito sol.

Começamos a subida para Urubici em uma estrada com pista simples, pegamos chuva muito pesada por uns 10 minutos e depois melhorou. Passando pela avenida principal da cidade compramos pão em uma padaria, para que pudéssemos sair cedo no dia seguinte. Fomos até o Camping Arroio do Engenho que fica no final de uma estrada de terra com uns 5 km. Ao chegar no camping ele estava fechado com uma corrente, e encontramos um alemão viajando em um Fox (brasileiro) que estava esperando alguém aparecer. Entramos a pé no camping, bati palma em algumas casinhas de madeira dentro da propriedade, mas não encontrei ninguém. Por telefone a dona havia me informado que estaria aberto, e se chegasse de noite o filho dela poderia abrir o portão.

Enquanto estávamos procurando alguém começou a cair uma chuva forte, corremos para o carro e voltamos ao centro da cidade. Encontramos o Zeca's Hotel inaugurado há 4 meses, com as instalações muito novas, TV a cabo e café da manhã. Fizemos janta no quarto do hotel com nosso fogão portátil e assistimos séries no computador antes de dormir.

 

Abastecimento Itajaí/SC: BR 101 (Posto Dubai)

Gasolina comum R$ 3,499/litro

Média: 11,99 km/l

 

Hospedagem: Zeca's Hotel

R$ 140

Telefones: (49) 3278-4501 / (49) 3016-2445

Av. Adolfo Konder, 522, Urubici/SC

-28.011392, -49.591054

 

Gastos do dia:

R$ 9,20 Pedágios

R$ 69,21 Abastecimento

R$ 140,00 Hotel Urubici

 

Entrada da cidade de Urubici

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30/01/2017 (segunda) - Urubici/SC para Pelotas/RS

Saída de Urubici: 11:20

Chegada em Pelotas: 21:00

Km inicial: 940,1

Km final: 1670,3

Km rodados: 730,2

 

Tomamos café da manhã no hotel e saímos às 09:00 para passeio na Serra do Corvo Branco. Novamente, mais tarde do que gostaríamos. A serra estava bem vazia e deu para tirar boas fotos. O caminho é por uma estrada de asfalto muito bem conservada e que depois vira estrada de terra. Lugar muito bonito, a "garganta" de pedra que fica na parte de cima da serra impressiona.

Voltamos às 11:20 para Urubici, abastecemos e pegamos a estrada sentido Serra do Rio do Rastro, seguindo a caminho de Pelotas que seria o destino final.

Como de costume pegamos muita neblina na Serra do Rio do Rastro, mas sem chuva. Paramos em alguns mirantes para tirar fotos e seguimos em pista simples sentido Criciúma procurando um lugar para almoçar, estava ficando tarde e complicado de encontrar algum lugar com comida (e não lanche) para comer. Paramos às 14:00 um pouco antes de Criciúma em um posto com um restaurante por kg, que estava começando a fechar.

Depois do almoço seguimos pela BR101 em pista duplicada até Osório onde pegamos a BR290 também duplicada para Porto Alegre, que neste trecho é conhecida como Freeway.

Depois de Porto Alegre seguimos pela BR290 para Eldorado do Sul, onde abastecemos. A partir daí seguimos pela BR116 em pista simples até Pelotas, mas com muitas retas e boas chances de ultrapassagens.

Entramos na cidade de Camaquã para jantar, mas não encontramos nenhum lugar aberto, então seguimos até Pelotas onde chegamos às 21:00, comemos no Mc Donalds e seguimos para o Motel Arizona.

Escolhemos ficar em motel para economizar o dinheiro de um hotel já que seria só para passar a noite. Com o pernoite iniciando às 21:30 e saída até 12:00 ele foi perfeito para nossas necessidades. No final da viagem, em Carazinho, devido a mudança de planos acabamos ficando em outro motel.

 

Abastecimento Urubici/SC: Ipiranga - Av. Natal Zili x Av. Rodolfo Anderman

Gasolina comum R$ 3,865/litro

Média: 9,32 km/l

 

Abastecimento Guaíba/RS: Shell - BR 116 (Posto Spolier 3)

Gasolina comum R$ 3,699/litro

Média: 11,70 km/l

 

Hospedagem: Motel Arizona

R$ 108

Telefones: (53) 3223-1416 / (53) 3223-4142

Av. 25 de Julho, 101, Pelotas/RS

-31.728694, -52.345861

 

Gastos do dia:

R$ 31,40 Pedágios

R$ 262,55 Abastecimentos

R$ 108,00 Motel Pelotas

 

Serra do Corvo Branco

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31/01/2017 (terça) - Pelotas/RS para Punta del Este/Uruguai

Saída de Pelotas: 08:50

Chegada em Punta del Este: 14:50 (-1)

Km inicial: 1670,3

Km final: 2170,3

Km rodados: 500,0

 

Tomamos um café da manhã simples no motel e pegamos a BR471 sentido Chuí, com parada para abastecimento em Taim, já que talvez não conseguiria chegar até o Chuí.

A BR471 depois de Rio Grande tem muitas retas com 10, 25 e até 40km de distância e seu trajeto é todo em pista simples, mas com muitas oportunidades de ultrapassagem.

Entre Rio Grande e Chuí vimos uns três postos de gasolina na estrada, então durante toda a viagem sempre que chegava em meio tanque eu ficava atento para abastecer caso não soubesse que mais à frente teria alguma cidade maior.

Chegamos no Chuí às 12:00, abastecemos para evitar o abastecimento no Uruguai e procuramos um restaurante para almoçar, acabamos parando em um restaurante por kg simples, mas com uma boa comida (R. Chile, entre R. Bolivia e R. Colombia).

Já no lado brasileiro do Chuí o celular entrou em roaming pegando sinal da Claro Uruguai e também era possível ver vários estabelecimentos com placas em espanhol e carros com placas uruguaias.

Depois de algumas fotos nas sinalizações de saída do Brasil e entrada no Uruguai (que pelas placas descobrimos que se chama República Oriental do Uruguai) chegamos na fronteira às 13:00.

A estrada obrigatoriamente passa por dentro da fronteira brasileira e uruguaia, separadas por uma distância de poucos km. No Brasil não é necessário dar saída das pessoas e nem do veículo, mas no Chuí é necessário estacionar, ir até o guichê e fazer o procedimento de entrada. Foi solicitado o passaporte e documento do carro. O oficial apenas carimbou nossos passaportes, mas não entregou nenhum papel para a entrada do veículo.

 

Voltamos ao carro e ao passar pela fronteira o oficial que fica na rodovia pediu o documento do carro, perguntou se eu mesmo era o dono (sem conferir meu documento) e estávamos oficialmente dentro do Uruguai. Em nenhum momento nós ou o carro foi revistado e todo o processo levou menos de cinco minutos.

As estradas que nos levaram até Punta del Este também era em pista simples. Em certo momento choveu bem forte por uns 20 minutos acumulando água no caminho formado pelos carros, fazendo aquaplanar diversas vezes.

Nosso caminho até o Camping San Rafael foi pelas Rutas 9, 104 (via Manantiales) e 10.

Chegamos no camping às 14:50. Durante grande parte da viagem o Brasil estava em horário de verão, então ao entrar no Uruguai voltamos os relógios em uma hora.

Montamos a barraca e saímos para passear. Apesar da garoa que caía, achamos a cidade muito bonita com seus grandes e modernos prédios e o imponente Conrad Casino.

Fomos até o monumento La Mano (ou Los Dedos) que é uma escultura de cinco dedos gigantes enterrados na areia e conseguimos estacionar uma vaga na orla com certa facilidade. Aproveitamos a proximidade com um centro comercial e trocamos dinheiro, já que entramos no Uruguai com poucos pesos uruguaios trocados no Brasil apenas para pedágio.

Visitamos também o farol de Punta del Este e a Paróquia La Candelaria que fica em frente. Encontramos um motorhome alemão estacionado em frente ao farol.

Em torno das 18:00 voltamos ao camping, que é muito bem estruturado com cartão para abrir a cancela, salão de jogos, máquinas de lavar e secar (pagas a parte), tanques e banheiros com inúmeros chuveiros e água quente. O valor do camping é cobrado em dólares, mas eles também aceitavam reais, de acordo com a conversão usada por eles no dia. Preferimos pagar em reais.

Tomamos banho no camping, e já que estava chovendo fizemos janta embaixo do avanço da barraca e dormimos com a chuva.

Um fato curioso é que durante o dia pegamos uma via com velocidade máxima de 45 km/h.

 

Abastecimento Taim/RS: Rodoil - BR 116

Gasolina comum R$ 4,149/litro

Média: 11,06 km/l

 

Abastecimento Chuí/RS: Ipiranga - R. Argentina x R. Chile (Posto Buffon)

Gasolina comum R$ 4,099/litro

Média: 12,87 km/l

 

Hospedagem: Camping San Rafael

US$ 22 por pessoa, US$ 2 por carro (alta temporada). Consultar outras tarifas no site http://www.campingsanrafael.com.uy

Telefone: (+598) 4248 6715

Av. Aparício Saraiva, s/n, Punta del Este/Uruguai

-34.914690, -54.884503

 

Gastos do dia:

R$ 10,70 Pedágios

R$ 177,38 Abastecimentos

R$ 84 Camping Punta del Este

Câmbio: taxa: 8,70 pesos uruguaios por real

 

Primeira fronteira! E foi aí que descobrimos que o Uruguai se chama República ORIENTAL do Uruguai

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01/02/2017 (quarta) - Punta del Este (Uruguai) para Montevidéu (Uruguai)

Saída de Punta del Este: 10:00

Chegada em Montevidéu: 15:00

Km inicial: 2170,3

Km final: 2321,4

Km rodados: 151,1

 

Acordamos cedo, desmontamos a barraca e arrumamos as coisas, fizemos o pagamento do camping e saímos em direção à Casapueblo, que fica a 20 minutos do centro da cidade. Fiquei com medo de não conseguirmos rodar todo o Uruguai com o combustível abastecido no Chuí e preferi abastecer o quanto antes, ainda no caminho da Casapueblo, para a facada não ser tão grande caso deixasse para abastecer mais a frente. No Uruguai a gasolina é chamada de nafta e a comum se chama Super. Eles também tem a Premium, equivalente da nossa aditivada.

Apesar de muitos carros parados na estreita rua, não foi difícil encontrar uma vaga para estacionar e visitar a Casapueblo, que cobra 240 pesos uruguaios ou 30 reais por pessoa para visitação. Com a cotação que conseguimos na troca dos reais, valeu mais a pena pagar a entrada em pesos. O lugar tem uma boa vista do mar e sua construção é muito bonita e interessante. Conta com exposição e venda de algumas obras do artista Carlos Páez Vilaró e também mostra a história da Casapueblo.

Terminamos a visitação às 11:40 e fomos tirar fotos no mirante que fica logo a frente, no término da avenida e tem vista para toda a orla de Punta del Este.

Ficamos em dúvida sobre comer em Punta del Este (teríamos que procurar algo e provavelmente não seria muito barato) ou em Montevidéu (chegaríamos um pouco tarde para almoçar) e decidimos cozinhar ali mesmo. Tiramos do porta malas nossa mesa, banquinhos, fogão e cozinhamos arroz, feijão e seleta de legumes naquela bela paisagem. Como tinha muito vento, o gás do nosso fogão (que já tinha feito uma refeição em outra viagem além da janta em Urubici) acabou e abrimos um novo (o segundo da viagem).

Terminamos o almoço às 13:00 e seguimos para Montevidéu pela Ruta Interbalneária que é duplicada. Nela pude reparar que quando o limite de velocidade é baixo para as condições da pista (60, 80 km/h) os locais não costumam respeitá-lo.

Em Montevidéu pegamos um pouco de trânsito e por fim chegamos ao Hotel Ibis às 15:00. O checkin foi tranquilo e o quarto é padrão Ibis, com bom custo benefício principalmente pelo fato de que precisávamos de um hotel com garagem (custo de 5 USD por dia). Durante a tarde descansamos e pesquisamos onde jantaríamos.

Encontramos pelo TripAdvisor, que foi muito útil durante toda a viagem, o restaurante La Pulperia que serve carnes assadas na parrilla. O lugar é pequeno e bastante simples, com mesas na rua e balcão dentro. Fica em uma rua de bairro, então é fácil estacionar. Pedimos meio Entrecot e meio Ojo de Bife acompanhados de provolone assado e batatas fritas. A comida é muito boa, muito bem servida e com um ótimo preço comparado à média que vimos na cidade. Importante chegar cedo porque às 20:00 já está com fila de espera. Voltamos ao hotel, assistimos séries e dormimos.

 

Abastecimento Punta del Este: ANCAP - Zelmar Michelini x Av. Roosevelt

Nafta Super $ 45,90/litro

Média: 9,72 km/l

 

Hospedagem: Ibis Montevidéu

US$ 52,50 + US$ 5 garagem (por dia)

Telefone: (+598) 2413 7000

Calle La Cumparsita 1473, Montevidéu/Uruguai

-34.914439, -56.182385

 

Gastos do dia:

R$ 134,65 Abastecimento (1185 UYU)

R$ 54,55 Casapueblo (2 pessoas) (480 UYU)

R$ 18,20 Pedágios (160 UYU)

US$ 115 Hotel Montevidéu

Câmbio: taxa: 8,80 pesos uruguaios por real

 

Camping em Punta del Este

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02/02/2017 (quinta) - Montevidéu (Uruguai)

Km inicial: 2321,4

Km final: 2327,1

Km rodados: 5,7

 

Saímos do hotel às 10:00 caminhando pela rambla (avenida da orla) até a R. Colón sentido Mercado del Puerto.

Na esquina com a R. Reconquista compramos empanadas e doces na padaria, já que não costuma valer a pena pagar pelo café da manhã do Ibis.

Do Mercado del Puerto fomos andando pela R. Sarandí e chegamos até a Catedral Metropolitana de Montevidéu e Plaza Constitución. Algumas ruas para baixo passamos em frente ao Teatro Solis e subimos para a Plaza Independencia, onde fica a Puerta de la Ciudadela, Palácio Esteves e Palácio Salvo.

 

Sentamos próximo do meio-dia para procurar no TripAdvisor algum lugar para almoçar e encontramos ali perto a lanchonete Futuro, que fica na R. Ciudadela, 1188. Por fora não aparenta ser um lugar bom, e para ajudar ainda não tinha nenhum cliente. Decidimos dar uma chance ao lugar e entramos para ver o cardápio. Eles servem lanches (os famosos chivitos) e hambúrgueres. Pedi um chivito e minha namorada um hambúrguer, ambos acompanhados de batatas assadas com maionese, cebola e ervas. Toda a comida estava ótima e acabamos almoçando por um bom preço.

Subimos novamente até a Plaza Independencia, seguimos na Av. 18 de Julio, entramos em algumas lojinhas e fomos até a Fonte dos Cadeados, que fica na esquina com a R. Yi. Descemos a R. Santiago de Chile até o hotel, onde chegamos em torno das 15:00.

Descansamos e saímos para jantar no La Pulperia, de novo, de tão bom que achamos. Desta vez pedimos um Entrecot grande com duas batatas assadas (papas al plomo) e vinho da casa. Como esperado, a comida estava muito boa. Chegamos às 19:30 e já não tinham lugares nas mesas externas, acabamos sentando no balcão do lado de dentro.

Nesta noite a rambla estava muito congestionada e cheia de pessoas, possivelmente por causa do dia de Iemanjá.

 

Plaza Independencia

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03/02/2017 (sexta) - Montevidéu (Uruguai) para Buenos Aires (Argentina)

Saída de Montevidéu: 08:50

Chegada em Buenos Aires: 22:00

Km inicial: 2327,1

Km final: 2527,9

Km rodados: 200,8

 

Fizemos checkout logo pela manhã e compramos algumas coisas no mercado ao lado do hotel para comermos durante a travessia no Buquebus e logo pegamos a Ruta 1 para Colonia del Sacramento.

A cidade de Colonia del Sacramento é bem pequena e lembra muito cidades históricas do Brasil, como Paraty com suas ruas de paralelepípedo.

Como chegamos perto do horário do almoço, fizemos apenas um passeio de carro mesmo até parar para almoçar no Carrito de Lo Marcos, que achamos no TripAdvisor. É basicamente um trailer adaptado para lanchonete, onde o proprietário construiu em volta um terraço para colocar as mesas e geladeiras. A comida é boa e barata.

Depois do almoço estacionamos o carro na 18 de Julio esquina com Ituzaingó e saímos a pé para conhecer o centro da cidade. Andamos em praticamente todo o centro e pontos turísticos principais em meia hora, as poucas atrações da cidade estão todas agrupadas no centro facilitando bastante o roteiro.

Voltamos ao carro e fomos até o Colonia Shopping, que na verdade é mais uma galeria. Passeamos pelo mercado, usamos o wifi e ficamos enrolando aguardando a hora do embarque do Buquebus que nos levaria até Buenos Aires. Às 16:30 fomos ao porto, com certa antecedência, já que não sabíamos direito como funciona o procedimento de entrada no porto com o veículo e embarque.

Chegando no Terminal Fluviomarítimo (localizado em -34.473014,-57.843714) pedi orientações ao guarda da portaria e seguimos as placas "Embarque de Vehiculos" que fazem você dar a volta no terminal até chegar na parte de trás do prédio, restrita para carros apenas. Estacionamos o carro próximo da entrada da balsa e fomos a pé até o terminal, seguindo as placas "Checkin".

O processo todo é muito simples e similar ao embarque em um aeroporto: passamos no balcão de checkin e entregamos as documentações, nos dirigimos para a fila do raio X e logo em seguida chegamos na imigração, que conta com oficiais uruguaios para registrar a saída e argentinos, que já registram a entrada na Argentina. Todo este processo não levou mais do que 15 minutos.

Depois da sala da imigração basta seguir as placas "Embarque de pasajeros y conductores" para subir na sala de embarque e aguardar.

Os motoristas são chamados mais ou menos 1 hora antes da saída da embarcação, pelo sistema de som, enquanto os outros passageiros e acompanhantes devem aguardar na sala de embarque.

Os motoristas são encaminhados aos seus veículos e podem entrar no estacionamento da embarcação assim que liberado e orientado pelos funcionários.

 

Ao estacionar na embarcação é necessário subir pela escada ou elevadores para o piso de passageiros e aguardar a entrada dos acompanhantes.

A embarcação que nos levou pelo Rio de la Plata até Buenos Aires foi a Eladia Isabel, que tem capacidade oficial para 1200 passageiros, 130 carros, alcança velocidade máxima de 15 nós e foi construída em 1986, sendo a mais antiga da frota da Buquebus. A travessia de Colonia del Sacramento para

 

Buenos Aires, nesta embarcação, leva pouco mais de 3 horas. O horário de saída da nossa embarcação era 18:41 e foi respeitado, saindo com atraso de 6 minutos apenas.

No primeiro andar, em cima do estacionamento, está localizado o freeshop e uma área reservada para quem adquiriu bilhetes na classe executiva.

O segundo andar conta assentos normais em grande parte do andar, além da lanchonete e algumas mesas. Na parte traseira deste andar existe uma área mais reservada, fechada com portas de vidro, destinada aos bilhetes comuns.

O terceiro andar é apenas o terraço da embarcação, que proporciona um bonito pôr do sol.

A embarcação não tem nenhuma opção de entretenimento, então recomendo que levem livros, filmes e músicas para passar o tempo. Durante a viagem comecei a ler o livro Sully, que ganhei de presente da minha namorada e conta a história do Comandante Sullenberger que pouso o avião em emergência no Rio Hudson, em NY, depois de perder os dois motores durante a decolagem.

Enquanto estávamos planejando o roteiro, entre 6 a 8 meses antes da partida, o valor da travessia estava bastante caro (não me lembro ao certo, talvez em torno de R$ 1000) e por isso o planejamento inicial seria fazer a travessia por terra, cruzando a fronteira de Fray Bentos e percorrendo cerca de 470km. 10 dias antes da partida olhei por curiosidade os valores e estavam bem melhores, então mudamos os planos e fizemos a compra dos bilhetes diretamente no site da Buquebus.

Alguns minutos antes da chegada os donos de veículos, desta vez junto com os acompanhantes, são chamados ao estacionamento para se prepararem para a saída. Ao chegar em Buenos Aires as rampas são abaixadas, os veículos liberados para saírem e entram na fila da aduana argentina. O oficial pediu apenas meu documento, o do veículo e seguro Carta Verde. Olhou rapidamente as malas do banco traseiro, o porta malas e depois de 10 minutos da chegada já estávamos andando nas ruas da capital argentina.

Em Buenos Aires nos hospedamos em um apartamento alugado via Airbnb, localizado em Palermo e com garagem, que era essencial para nós.

Durante o caminho para o apartamento conseguimos wifi e avisamos o dono que estávamos chegando. Nos encontramos no local e ele mostrou todo o apartamento, que fica em um prédio antigo (como todos os outros).

 

Hospedagem: Apartamento reservado pelo Airbnb

R$ 841 (4 noites)

 

Gastos do dia:

R$ 18,20 Pedágios (160 UYU)

R$ 375,78 Buquebus (2 pessoas + carro) (1679 ARS)

R$ 841 Apartamento Buenos Aires

 

Farol em Colonia del Sacramento

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04/02/2017 (sábado) - Buenos Aires (Argentina)

Km inicial: 2527,9

Km final: 2549,2

Km rodados: 21,3

 

Saímos para passear às 10:00 e fomos caminhando até a estação Scalabrini Ortiz da Linha D. Compramos o cartão SUBE (25 pesos) necessário para usar o transporte público (um cartão pode ser usado por várias pessoas) e já carregamos com crédito para quatro viagens (7,50 pesos cada).

É importante ficar atento ao entrar nas estações pois a entrada de algumas estações serve apenas um sentido da linha, não tendo passagem interna para o outro lado da plataforma. Durante os dias que ficamos em Buenos Aires não vimos nenhuma escada rolante nas estações, que aparentam ser mais velhas e sujas do que em São Paulo.

Descemos na estação Catedral, ao lado da Plaza de Mayo, e fomos caminhando até a Casa Rosada para a visitação que havíamos agendado para as 11:00.

Acabamos conseguindo entrar na turma das 10:45.

A visitação dura em torno de uma hora, é grátis, em espanhol e muito informativa. Durante a visitação somos levados por diversos salões da Casa Rosada, incluindo o gabinete da presidência, e o guia explica a origem dos lustres, palmeiras, ladrilhos, etc.

Depois da visita fomos até a Calle Florida fazer câmbio em um local previamente escolhido e pelo TripAdvisor fomos almoçar no Capataz, que fica na Maipu 529. O lugar estava um pouco vazio mas a comida é boa, comemos um Mini Chorizo, nhoque com molho branco e um litro de Quilmes por 360 pesos.

Depois do almoço continuamos caminhando pelos pontos que tínhamos anotado; fomos ao Obelisco, Teatro Colon, Galerias Pacifico, Falabella e Plaza San Martin.

Durante o passeio paramos em um dos quiosques 25h e compramos alfajores, gostamos muito dos alfajores da marca Cachafaz.

Para a janta fomos de carro até um lugar muito bem recomendado no TripAdvisor mas ao passar na frente vimos que estava cheio. Fomos então até a Corrientes e jantamos na Pizzaria La Rey. Pedimos uma promoção, que incluía uma pizza grande napolitana e duas bebidas por 299 pesos. O lugar é muito grande, com atendimento rápido, comida saborosa e preço justo.

 

Gastos do dia:

R$ 10,60 Metrô (25 ARS cartão SUBE + 30 ARS quatro passagens)

Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real

 

Casa Rosada

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Obelisco

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05/02/2017 (domingo) - Buenos Aires (Argentina)

Km inicial: 2549,2

Km final: 2549,2

Km rodados: 0

 

Saímos para passear às 10:00 e novamente fomos caminhando até a estação Scalabrini Ortiz. Carregamos o cartão SUBE com quatro passagens, fomos mais uma vez até a estação Catedral, a mais próxima do Puerto Madero onde iniciaríamos nosso passeio no dia.

O metrô serve bem os pontos turísticos, com exceção da feira de San Telmo e Caminito / La Boca, que não tem nenhum metrô por perto.

Andamos até a Plaza de Mayo, passamos por trás da Casa Rosada e entramos no Puerto Madero. Andamos por um tempo no Puerto Madero em direção ao sul e em certo momento entramos em direção ao centro da cidade para chegar na feira de San Telmo, que acontece todos os domingos na Calle Defensa, no bairro de San Telmo.

São várias banquinhas na rua que vendem artesanato, camisetas, incensos e petiscos. Na rua algumas lojas e galerias de arte também ficam abertas.

O planejamento inicial seria andar até o Caminito, evitando andar de ônibus, mas o clima estava muito ruim com vento forte e alternando entre garoa forte e chuva. Acabamos almoçando ali mesmo, no restaurante La Continental e pagamos 218 pesos por duas massas e bebidas.

Voltamos para o apartamento de Uber (a outra opção seria andar de volta até a estação Catedral), que custou 90 pesos por uma viagem de 20 minutos e 8km.

Para a janta, mais uma vez por recomendação do TripAdvisor, fomos a pé em uma lanchonete chamada Guimpi V, aberta desde 1984. O lugar trabalha basicamente com delivery de empanadas e pizzas e tem pouquíssimos lugares para comer no balcão. Foi a melhor empanada que comemos durante toda a viagem! Eles tem empanadas de presunto e queijo, espinafre, cebola e queijo, frango, queijo roquefort, carne, entre outas. Todas são ótimas e cada uma, independente do sabor, custa 20 pesos argentinos.

 

Gastos do dia:

R$ 5,80 Metrô (30 ARS quatro passagens)

 

Puerto Madero / Puente de la Mujer

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06/02/2017 (segunda) - Buenos Aires (Argentina)

Km inicial: 2549,2

Km final: 2549,2

Km rodados: 0

 

Saímos em torno das 11:00 para o último dia de passeios em Buenos Aires. Novamente fomos até a estação Catedral, andamos pela Florida, fizemos câmbio e almoçamos no restaurante Santos Manjares na Calle Paraguay; uma milanesa e um ojo de bife com duas águas nos custou 360 pesos. O ojo de bife estava muito saboroso e o atendimento no geral foi bom.

Compramos mais alfajores para estocar, fomos andando até o Café Tortoni e voltamos ao apartamento para arrumar as malas para a saída no dia seguinte. Jantamos novamente no Guimpi V, comprando empanadas "reserva" para almoçar no dia seguinte durante a viagem, evitando parar para almoçar.

 

Gastos do dia:

R$ 2,90 Metrô (15 ARS duas passagens)

Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real

 

Vizinhança do apartamento

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07/02/2017 (terça) - Buenos Aires (Argentina) para Bahia Blanca (Argentina)

Saída de Buenos Aires: 08:30

Chegada em Bahia Blanca: 15:30

Km inicial: 2549,2

Km final: 3190,9

Km rodados: 641,7

 

Saímos do apartamento às 07:50, abastecemos perto de San Telmo e finalmente pegamos a estrada, que já estávamos sentindo falta.

Assim como a maioria das cidades grandes, a saída de Buenos Aires para a estrada é um pouco confusa e com bastante movimento, tendo que pegar diversas avenidas, elevados e estradas secundárias até estar de fato na estrada. Nossa saída foi pela Auto Pista (AU) 25 de Mayo, que vira AU Luis Dellepiane e AU Tenente General Pablo Richieri. Próximo ao aeroporto de Ezeiza saímos na AU Ezeiza - Cañuelas (que tem limite de 130km/h) até a cidade de Cañuelas, onde pegamos a RN3 até a cidade de Azul, RN226 até Olavarria, RP76 e finalmente a RP51 até chegar em Bahia Blanca.

Entre a saída de Buenos Aires e a Ezeiza - Cañuelas passamos por três pedágios, sendo que em um deles o atendente mandou passar direto.

A maior parte da viagem foi em pista simples, mas em boas condições.

Logo depois da cidade de Azul a pista estava em obras, com muitas pedras soltas. Uma dessas pedras foi levantada pelo pneu do caminhão na nossa frente e voou direto no para-brisa, que trincou na hora. Terminamos a viagem com ele trincado e substituímos depois de voltar, pelo seguro, sem nenhum incômodo das polícias.

Um fato curioso é que durante a viagem vimos uma placa indicando a distância de 2859km até Ushuaia. Por coincidência o odômetro parcial (total desde a saída de São Paulo) indicava exatamente 2859km rodados!

Às 15:30 chegamos em Bahia Blanca, uma cidade grande em comparação com as pequenas cidades que passamos pelo caminho, e fomos direto ao camping, que fica próximo à rodovia, já na saída da cidade.

Chegamos no camping sem problemas, conversamos com a dona para acertar os detalhes e montamos a barraca. Fomos andar nos arredores do camping, que fica na costa e é vizinho de um balneário, aparentemente é um clube da polícia ou algo do gênero. Infelizmente aquela parte da costa não tinha praia e sequer mar, apenas uma grande extensão de terra, como se fosse uma represa seca.

A região em frente ao camping e ao balneário tem wifi, que aparenta ser do município, mas o funcionamento é muito precário e nas poucas vezes que conseguimos conectar mal conseguíamos enviar mensagens.

O camping tem uma boa área para barracas, com sombras, tomadas, um banheiro feminino e um masculino.

Fomos até um mercado atacadista próximo e compramos um engradado de água, já que as trazidas do Brasil acabariam em breve, e também hambúrguer congelado para a janta.

Enquanto fazíamos a janta chegou uma Ford Ecosport argentina puxando um trailer e se juntaram a nós, outra barraca e um motorhome Ford Transit espanhol.

O banho foi gelado apesar da dona dizer que o camping tinha água quente. Já que o dia estava agradável não fizemos questão de reclamar, mas dos campings que ficamos este era o que tinha a estrutura mais simples, pecando um pouco na limpeza e manutenção dos banheiros (ralo entupido, pia soltando da parede); em compensação foi o segundo mais barato que ficamos durante toda a viagem.

 

Abastecimento Buenos Aires: Shell - Calle Paseo Colon, 849 x Calle Estados Unidos

Nafta Super $ 18,85/litro

Média: 8,95 km/l

 

Abastecimento Azul: Esso - Ruta Nacional 3

Nafta Super $ 20,55/litro

Média: 10,84 km/l

 

Hospedagem: Camping Municipal Balneário Maldonado

$20 por pessoa, $75 barraca, $35 carro

Telefone: (+54) 291 4551614

RN3 sul, km 695 x Calle Charlone 4600 (seguir placas Balneário Maldonado), Bahia Blanca/Argentina

-38.733434, -62.314545

 

Gastos do dia:

R$ 22,11 Pedágios (115 ARS)

R$ 259,60 Abastecimento (1350 ARS)

R$ 28,85 Camping Bahia Blanca (150 ARS)

 

Camping em Bahia Blanca

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08/02/2017 (quarta) - Bahia Blanca (Argentina) para Neuquén (Argentina)

Saída de Bahia Blanca: 09:50

Chegada em Neuquén: 16:00

Km inicial: 3190,9

Km final: 3737,8

Km rodados: 546,9

 

Durante a noite acordamos em torno das 03:00 com chuva e ventos muito, muito fortes chegando ao ponto de deformar a barraca, sentíamos que ela estava "dobrando", mas mesmo assim aguentou firme, acordamos bem e o melhor: com a barraca seca! Isso nos economiza minutos preciosos pela manhã, evitando ter que secar o quarto e o teto antes de enrolar para guardar.

Saímos do camping às 09:00 e entramos na cidade para abastecer e comprar comida em uma padaria para o café da manhã e almoço. Compramos doces ótimos, então vale a pena indicar a padaria que fica na Colon x Tierra del Fuego.

Pegamos um pequeno trecho da RN3 para sair de Bahia Blanca e depois rodamos durante o dia todo pela RN22 que é praticamente uma reta só. Rodamos em torno de 250km com umas cinco curvas leves apenas.

O caminho foi praticamente de estradas de mão simples, mas com boas condições. O limite era de 80km/h, mas excepcionalmente nesse dia rodamos a 120, 130km/h para chegar o quanto antes em Neuquén. Neste dia não passamos por nenhum pedágio, apenas uma barreira zoofitosanitária que na teoria serve para impedir a entrada de frutas, vegetais e produtos derivados de animais. Na prática o fiscal apenas olhou as malas no banco traseiro.

Chegamos na capital da província de Neuquén às 16:00 e fomos em um Carrefour comprar salsicha para a janta e medialunas para o café da manhã e almoço do dia seguinte. Aproveitamos para recarregar nosso estoque de alfajor comprando alguns da própria marca do Carrefour.

Saindo do Carrefour passamos pela cidade tentando algum wifi para avisarmos as famílias, mas sem sucesso pegamos o caminho do camping e chegamos às 16:40.

O camping está localizado a 10km do centro da cidade de Neuquén, sendo boa parte do caminho em estrada de terra com pedras soltas. Enquanto estávamos planejando a viagem, ainda no Brasil, fiquei com certo medo pois este foi o camping que nós menos encontramos informações em relação à localização e endereço. Ele fica em uma via de terra, e como a maioria dessas vias, não tem um endereço certo. De acordo com as instruções encontradas na internet consegui encontrar ele no mapa e marcar a coordenada. Felizmente foi fácil de chegar com as coordenadas, apesar do GPS ter nos guiado por um caminho diferente do divulgado pelo camping.

Ao chegar no camping nos deparamos com uma grande área descampada e uma portaria de madeira. Na portaria alguns avisos pediam para que fossemos até a provedoria, que é um misto de recepção com um minimercado. O caminho é intuitivo e depois de algumas centenas de metros conseguimos chegar. A área de camping é muito grande com bastante verde e sombras. No fundo do camping passa o Rio Limay que tem muita correnteza, mas é ótimo para um banho.

Depois de chegar, como de costume montamos a barraca e ficamos uma hora no rio descansando, aproveitando a bela paisagem e tirando fotos. Preparamos o jantar, lavamos louça e 21:00 ao anoitecer tentamos tomar banho, mas todos os chuveiros estavam ocupados.

Os chuveiros são aquecidos (e muito bem aquecidos, por sinal) a lenha então o horário de banho é das 20:00 às 22:00 apenas. Minutos depois conseguimos tomar banho sem problemas.

Os banheiros são limpos e em grande quantidade.

No camping estava um grupo de cinco barracas e algumas outras avulsas, mas em nenhum momento fomos incomodados por barulho.

 

Enquanto escrevia este relato (08/2/2017 22:00), deitado antes de dormir em Neuquén, percebi que fiz a reserva do Airbnb de Santiago para as datas erradas. Nossa passagem por Santiago estava prevista para 14 a 18 de fevereiro, mas acabei fazendo a reserva entre 18 e 22 de fevereiro. Me dei conta quando estava lendo os e-mails que chegaram enquanto estávamos conectados em algum wifi e vi o dono do apartamento dizendo que estava tudo pronto para minha chegada no dia 18. Fiz a confusão porque na nossa planilha de planejamento criei uma coluna para dia de viagem (Dia 1, dia 2, dia 3, etc) e uma coluna para data (28/01, 29/01, etc). O 18º dia de viagem seria dia 14/02, mas na hora da reserva bati o olho na primeira coluna e reservei a data errada.

Como estávamos sem internet não conseguimos fazer nada. Ficou pendente resolvermos isto no dia seguinte.

 

Abastecimento Bahia Blanca: YPF - 9 de Julio x Colon

Nafta Super $ 20,73/litro

Média: 11,80 km/l

 

Abastecimento Choele Choel: YPF - Ruta Nacional 22

Nafta Super $ 14,88/litro

Média: 9,95 km/l

 

Abastecimento Cipoletti: Esso - Entroncamento da Ruta Nacional 22 e 151

Nafta Super $ 14,57/litro

Média: 10,41 km/l

 

Hospedagem: Camping Costa Soleada

$70 por pessoa

Telefones: (+54) 299 4436887 / (+54) 9 299 4291088

Ruta Nacional 22 sentido Sul, passando Neuquén virar à esquerda na esquina da Rio Colorado (antena da Claro). Seguir placas amarelas do camping, Neuquén/Argentina

-38.971851, -68.175774

 

Gastos do dia:

R$ 2,88 Barreira Zoofitosanitária (15 ARS)

R$ 261,54 Abastecimento (1360 ARS)

R$ 26,92 Camping Neuquén (140 ARS)

 

Chegada do camping em Neuquén

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Rio Limay que passava dentro do camping em Neuquén

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09/02/2017 (quinta) - Neuquén (Argentina) para Bariloche (Argentina)

Saída de Neuquén: 10:50

Chegada em Bariloche: 16:30

Km inicial: 3737,8

Km final: 4186,7

Km rodados: 448,9

 

De manhã, como de costume, arrumamos nossas coisas, desmontamos a barraca e antes de sair do camping decidi ir de carro até a beira do rio para filmar com a GoPro todo o caminho até a saída do camping.

 

Tudo teria dado certo se o caminho até a margem do rio não fosse tão fofo! Como existiam várias pedras médias achei que seria tranquilo, mas quando fiz a travessia das pedras até o rio percebi que o piso segurou bastante o carro e seria difícil voltar. Manobrei o carro colocando de frente para a saída, GoPro filmando, acelera e... atolou nas pedras. Consegui dar ré, voltar até próximo do rio para dar embalo e atolou de novo. Repeti o processo umas cinco vezes, com controle de tração ligado e desligado, tentando pegar embalo, mas era difícil porque não tinha muito espaço com chão firme para acelerar, então desde a saída o carro já ficava patinando.

Desci do carro, analisei o lugar e vi que o chão estava mais firme indo por outro lado, mas tinha um morrinho que teria que subir. Acabei conseguindo subir e depois de meia hora de tentativas fomos embora do camping às 09:45.

 

Paramos em um posto YPF ainda em Neuquén para usar o wifi e resolver a questão do Airbnb de Santiago. Tentei fazer a alteração das datas mas infelizmente o apartamento já não estava disponível nas datas que precisávamos, então acabamos cancelando a reserva (reembolso de 50% do valor pago) e alugamos um outro para ficar duas noites a menos (o plano original era ficar quatro) já que durante a viagem descobrimos que gostávamos muito mais de acampar em cidades pequenas do que ficar em grandes centros com avenidas, trânsito, metrô, etc. Precisamos alocar as duas noites que ficaram sobrando em alguma cidade, já que em Santa Fé tínhamos hotel reservado. Decidimos ficar uma noite a mais em Chillan e outra em Mendoza.

Saímos do YPF para iniciar o dia na estrada às 10:50; tarde para rodar os mais de 400km que teríamos, mas foi essencial para podermos resolver a questão do Airbnb.

 

O caminho para Bariloche é bastante simples, seguindo pela RN22 saindo de Neuquén e logo pegando a RN237 pelo resto da viagem, sempre margeando o Rio Limay (que era o mesmo que passava no camping). O caminho foi todo feito em pista simples, mas em ótimo estado e com muitas retas e oportunidades para ultrapassagem.

 

Paramos para abastecer em um posto sem bandeira na cidade de Picún Leufú, com medo de não encontrar postos a frente, mas depois percebi que poderíamos ter parado em Piedras del Aguila 100km a frente, com postos Petrobras e YPF.

Observamos um fato curioso desde Bahia Blanca e que dia após dia foi se confirmando. Diferente do Brasil, quanto mais ao sul viajamos (e mais distante de Buenos Aires) mais barata ficou a gasolina. O menor valor que pagamos foi no dia anterior, a caminho de Neuquén, mas em todo esse trecho desde Bahia Blanca até Bariloche o litro da gasolina se manteve na faixa de 14 pesos.

 

Durante a viagem passamos por uma pequena cidade chamada Piedras del Aguila e ao olhar para o lado vi várias formações bonitas. Entramos na cidade, passeamos por uns caminhos e tiramos algumas fotos.

 

Ainda durante a viagem nos deparamos com paisagens lindas e paramos várias vezes para tirar fotos. Acreditamos que exatamente por causa dessas paisagens lindas acabamos nos decepcionando um pouco com Bariloche. Estávamos bastante empolgados para conhecer Bariloche, que apesar de ter paisagens bonitas também não se comparam ao que vimos na estrada. Acreditamos que no inverno a percepção seria diferente e a cidade ficaria ainda mais bonita.

 

Chegamos na entrada de Bariloche às 16:30 com bastante trânsito no centrinho, lembrando muito Gramado e Campos do Jordão em épocas de pico (natal e inverno). Passamos pelo centro e chegamos no camping às 17:10, distante 24km do Centro Cívico.

 

Fizemos nossa rotina de sempre, que é montar barraca, inflar colchão tomar banho e fazer a janta.

 

O camping é muito bem estruturado, provavelmente o melhor que ficamos durante toda a viagem. Quando chegamos estavam em torno de 15 barracas, além de um trailer e uma Land Rover brasileira com barraca de teto, do André e da Ane do projeto Vem Conosco (http://www.vemconosco.com.br).

Possui wifi que funcionou bem na maior parte da estadia, alguns chalés para locação, refeitório, banheiros com água bem quente e parrilla para uso dos hóspedes (não sei se é cobrado o uso).

 

Durante o dia pegamos temperaturas entre 22 e 24 graus e agora a noite, enquanto escrevo este relato, segundo o Google a temperatura está em 14 graus.

 

Abastecimento Picún Leufú: sem bandeira - Ruta Nacional 237

Nafta Super $ 15,59/litro

Média: 8,63 km/l

 

Hospedagem: Camping SER Bariloche

$130 por pessoa

http://www.serbariloche.com.ar / campingser@gmail.com

Telefones: (+54) 294 4448308 / (+54) 9 294 4536006

Colonia Suiza, esquina das ruas Felix Goye e Beveraggi, Bariloche/Argentina

-41.096380, -71.507637

 

Gastos do dia:

R$ 55,77 Abastecimento (290 ARS)

R$ 134,60 Camping Bariloche (700 ARS) (deveria ficar 780 pesos, mas na hora de pagar a dona nos cobrou 700)

 

Amanhecer no camping em Neuquén

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Piedras del Aguila

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Estrada para Bariloche

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10/02/2017 (sexta) - Bariloche (Argentina)

Km inicial: 4186,7

Km final: 4284,9

Km rodados: 98,2

 

Durante a noite passamos muito frio na barraca, acordando várias vezes e demorando para dormir. Como estávamos no verão acabamos subestimando a temperatura de Bariloche e não nos preparamos. Quando acordamos o termômetro do carro marcava 9 graus às 08:00.

 

Saímos para percorrer o Circuito Chico, mas sinceramente não gostamos justamente por causa das paisagens que vimos na estrada no dia anterior. De qualquer maneira é um passeio bonito, passando pelos lagos Perito Moreno e Nahuel Huapi com algumas paradas para fotos.

Fomos ao mercado La Anónima (Bustillo 12964) e compramos algumas coisas que estávamos precisando para as refeições. Vimos um isolante térmico a venda e compramos dois, além de pegar umas caixas de papelão para forrar o piso da barraca nas noites seguintes. Mesmo nos agasalhando, em outros dias sentíamos um frio nas costas, então esperamos que com o isolante e papelão essa percepção melhore.

Voltamos ao camping em torno das 13:00 e fizemos o almoço. Logo no começo da preparação o nosso segundo gás da viagem acabou, foram quatro refeições feitas com ele (o primeiro havia feito três). Enquanto almoçávamos chegou no camping uma Kombi T3 (modelo não vendido no Brasil) com placas da Suíça. Enquanto lavava a louça tive a oportunidade de conversar com o rapaz da Kombi que viajava com sua esposa. Eles despacharam o carro em Hamburgo (Alemanha) e pegaram em Montevidéu (Uruguai).

 

Passamos a tarde descansando no camping e em torno das 19:30 saímos para jantar no El Boliche de Alberto, um restaurante muito bem falado com algumas unidades em Bariloche. Fomos na da Av. Exequiel Bustillo 8400.

Pedimos um ojo de bife e uma porção de batata frita, que é gigante. Como queríamos pontos diferentes da carne, pedimos ao garçom que dividisse em duas partes, cada uma com um ponto diferente, e ele gentilmente o fez. A Carne era simplesmente maravilhosa.

Com bebidas o jantar saiu por 500 pesos, um ótimo custo benefício para Bariloche.

 

Depois do jantar passeamos de carro pelo Centro Cívico mas ficamos com medo de estacionar e andar por ali já que todas nossas coisas estavam no carro. Na volta paramos em um mirante na Exequiel Bustillo com vista para o lago Nahuel Huapi, abastecemos e chegamos no camping às 23:00.

 

Como de costume, abastecemos em um posto YPF com fila de três carros na nossa frente (até que estava pequena).

 

Abastecimento Bariloche: YPF - Av Exequiel Bustillo (-41.132154, -71.332679)

Nafta Super $ 14,88/litro

Média: 10,48 km/l

 

Gastos do dia:

R$ 107,70 Abastecimento (560 ARS)

 

Parada no mirante para fotos

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Lago no Circuito Chico

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11/02/2017 (sábado) - Bariloche (Argentina)

Km inicial: 4284,9

Km final: 4359,7

Km rodados: 74,8

 

Desta vez nos agasalhamos bem para dormir, com meias, calça jeans e blusa. Não passamos frio durante a noite e nos demos ao luxo de dormir até acordar, o que aconteceu 11:30. Fizemos almoço, saímos para passear no Cerro Catedral, mas não achamos nada de interessante durante o verão, apenas umas lojinhas no alto do morro. Acabamos não pegando o teleférico para subir.

 

Voltamos ao camping e fomos na prainha do Lago Perito Moreno que fica vizinho ao camping. A água estava congelante, muito difícil mesmo de ficar dentro, mas o lugar é muito bonito e ficamos um tempo sentados na praia (que lá é feita de pedras) com os pés na água.

Fomos ao mercado (Todo, na Av Bustillo 3700) e compramos ingredientes para fazer hambúrguer caseiro na janta.

Voltamos ao camping, tomamos banho, fizemos o hambúrguer e antes de dormir assistimos o filme Alive (Vivos) que relata a história do voo 571 da Força Aérea Uruguaia, que bateu em uma montanha da Cordilheira dos Andes.

 

Camping em Bariloche

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Lago Perito Moreno, localizado na Colônia Suiza onde fica o camping

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12/02/2017 (domingo) - Bariloche (Argentina) para Puerto Octay (Chile)

Saída de Bariloche: 11:00

Chegada em Puerto Octay: 17:45

Km inicial: 4359,7

Km final: 4630,0

Km rodados: 270,3

 

Saímos do camping às 11:00 depois de desmontar a barraca e arrumar todas as coisas. No caminho para o Chile tivemos que passar novamente por Bariloche e depois fomos pela RN40 e RN231 sentido Vila La Angostura, que se parece mais ainda com Gramado. Seguimos em frente até a fronteira com o Chile, que cruzamos pelo Paso Cardenal Antonio Samoré (atenção: esta fronteira não é 24h. Consultar o horário antes da viagem)

 

O trajeto é feito em pista simples, em serra e com muitas curvas. Por este motivo a velocidade média acaba ficando bem baixa.

 

Às 13:20 chegamos na região da fronteira (saída da Argentina) e ficamos parados por uma hora. Enquanto estávamos na fila o oficial nos entregou o papel do controle de barreira com a placa do carro, quantidade de pessoas e os passos que teríamos que fazer na fronteira.

Às 14:20 fomos liberados para seguir até os escritórios, estacionamos o carro e fomos para a fila, que andava bem rápido.

O primeiro passo foi no guichê da imigração, onde tivemos que apresentar os passaportes e documento do carro. O segundo passo é na aduana, onde novamente entregamos os documentos e o oficial nos perguntou por onde entramos na Argentina e em quais cidades dormimos.

No terceiro passo o oficial os documentos do carro foram conferidos, recebemos um papel usado para entrada e saída do carro no Chile e Argentina e por fim foi feita uma simples revista no carro, olhando o compartimento do motor e o porta malas.

Finalizamos os processos de saída da Argentina às 14:20.

 

Nos direcionamos para a próxima fronteira onde daríamos a entrada no Chile. As fronteiras estão separadas por uma distância de 30 ~ 50 km e no meio do caminho existe a placa simbólica de divisa de países.

 

Às 15:30 demos entrada na aduana do Chile, também recebendo um papel com o passo-a-passo. Esta fronteira estava bem mais tranquila, bastou estacionar e nos dirigir até os escritórios. Como na saída da Argentina, são três passos (imigração, aduana e inspeção do carro), com algumas diferenças:

No primeiro passo eles dão um papel impresso com o número do passaporte. Importante conferir o papel, o meu estava errado e precisei voltar para que o oficial corrigisse.

No segundo passo é necessário preencher um papel similar ao necessário para entrada nos EUA, informando seus dados, declarando que não está trazendo nenhum bem comercial, itens agropecuários e mais de 10.000 dólares (ou equivalente).

No terceiro passo a inspeção do carro é muito rigorosa, tendo que colocar todas as bagagens do porta malas em um balcão onde os oficiais revistam tudo, inclusive por dentro. Isto acontece porque é proibida a entrada de produtos de origem animal e vegetal e eles levam isto bem a sério.

 

Ao entrar no Chile a estrada vira Ruta CH-215. Seguimos por ela até a intersecção com a Ruta U-51.

O caminho da fronteira até Puerto Octay é muito bonito, com o vulcão Osorno sempre aparecendo na paisagem.

 

Chegamos na cidade (que é muito pequena) e no camping às 17:45. O camping custava 10.000 pesos por pessoa, mas como chegamos em um domingo e a cidade não tem casa de câmbio não tínhamos o valor completo. Levamos exatamente 10.000 pesos do Brasil para despesas pontuais como um lanche ou pedágio. Teríamos que sair cedo no dia seguinte, ir até Puerto Montt (140km ida e volta), fazer o câmbio e voltar para pagar o camping. Conversei com o dono que aceitou cobrar 30 dólares. Fizemos as conversões na hora e acabou ficando bom para as duas partes. Além disso tínhamos 30 dólares trocados, e acredito que seria difícil casas de câmbio aceitarem notas baixas assim. Ficamos felizes com a negociação.

O camping não é muito grande, mas tem muitas árvores e um rio passando no fundo. Todas as "vagas" de barraca tem uma mesa de madeira e ponto de energia. A água é aquecida a gás.

 

Abastecimento Bariloche: Esso - Av Juan Manuel de Rosas (41.1327879, -71.3180786)

Nafta Super $ 14,88/litro

Média: 9,62 km/l

 

Hospedagem: Camping El Molino

$10.000 por pessoa

Telefone: (+56) 64 239 1375

Costanera Pichi Juan 124, Puerto Octay/Chile

-40.977377, -72.882325

 

Gastos do dia:

R$ 33,46 Abastecimento (174 ARS)

R$ 99 Camping Puerto Octay (30 USD)

 

Fronteira Argentina/Chile

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Vulcão Osorno ao fundo

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13/02/2017 (segunda) - Puerto Octay (Chile) para Chillan (Chile)

Saída de Puerto Octay: 09:30

Chegada em Chillan: 16:40

Km inicial: 4630,0

Km final: 5222,4

Km rodados: 592,4

 

Saindo de Puerto Octay passamos por Osorno e aproveitamos para trocar dinheiro lá, já que é uma cidade bem grande. Não deixem para tirar fotos do vulcão quando passar pela cidade de Osorno, já que o vulcão fica mais ao sul. Sorte a nossa que tiramos algumas fotos no dia anterior.

No dia anterior conseguimos pagar o camping em dólares, mas mesmo assim ainda precisávamos trocar pesos chilenos.

Em Osorno trocamos dinheiro e aproveitamos para abastecer e comprar coisas para o café da manhã e almoço no carro.

Fomos até Osorno pela U-55-V em pista simples com bom estado, e de Osorno até Chillan pela CH-5 que é duplicada, com postos e comércios. A CH-5 conta com bastante pedágios, que também existem nas saídas para as cidades. Pagando um pedágio da CH-5 você ganha isenção no pedágio da saída durante certo trecho da rodovia.

 

No Chile reparamos que os postos Copec tem muita fila (a exemplo do YPF na Argentina), talvez por algum desconto, parceria com cartão de crédito.

 

Algumas estradas que passamos tinham placas de velocidade sugerida ao invés de velocidade máxima.

 

Chegamos na cidade de Chillan às 16:40 e no caminho para o camping paramos no supermercado Unimarc para comprar os itens da janta. Nesta noite fizemos hot-dog. Saímos do mercado às 17:00 e chegamos ao camping em torno de 17:20, já que ele fica a uns 20km da cidade.

 

O camping se parece com um clube e é muito usado pelos locais para passar o dia, já que tem rio, piscinas, salão de jogos e churrasqueiras. A área para camping é muito, muito grande e o chuveiro é morno, aquecido pelo sol conforme informações recebidas do pessoal do camping.

O rio não é muito bom para nadar, com muitas pedras, musgo e gravetos.

O horário de silêncio é a partir das 01:00. É tarde, mas similar a outros campings que já passamos durante a viagem. Como nessa região escurece 21:00, faz sentido já que o pessoal tem o costume de acordar tarde.

Montamos a barraca, passamos um tempo na piscina, tomamos banho e fizemos a janta. Neste dia nosso terceiro cartucho de gás acabou.

 

A forma de cobrança do camping é um pouco diferente dos demais. Eles cobram por 3.000 dia e 3.000 por noite (por pessoa), desde que saia até 10:00. Como chegamos segunda de tarde e saímos quarta de manhã, foram cobrados dois dias e duas noites (segunda e terça).

 

Nesta noite assistimos o filme " Um gato de rua chamado Bob". Minha namorada leu o livro e estava ansiosa pelo filme. É bem legal a história.

 

Abastecimento Osorno: Shell - Juan Mackenna x Lord Cochrane

Super 93 $ 766/litro

Média: 11,68 km/l

 

Abastecimento Temuco: Petrobras - Rodovia CH-5 km 658

Especial 93 $ 737/litro

Média: 12,76 km/l

 

Hospedagem: Camping Paraiso Chillan

$3.000 por pessoa por dia / $3.000 por pessoa por noite

Telefones: (+56) 999 090344 / (+56) 971 407220

Ruta N-55 km 20 sentido Chillan - Pinto, Chillan/Chile

-36.679574, -71.923974

 

Gastos do dia:

R$ 176,00 Abastecimento (35200 CLP)

R$ 75,00 Pedágios (15000 CLP)

R$ 120,00 Camping Chillan (24000 CLP)

Câmbio: taxa: 620 pesos chilenos por dólar

 

Camping em Puerto Octay

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14/02/2017 (terça) - Chillan (Chile)

Km inicial: 5222,4

Km final: 5269,7

Km rodados: 47,3

 

Acordamos tarde já que o dia seria só para descanso. Fomos passear pela cidade e ver algo para incrementarmos no almoço (normalmente hambúrguer ou salsicha). Encontramos o mercado Líder, que é um Walmart apenas com outra marca. Tem o mesmo estilo de comunicação visual e os mesmos produtos de marca própria (Great Value).

Aproveitamos para almoçar no restaurante Doggis que fica no próprio mercado e tem, principalmente, hot-dog. O restaurante é estilo fast-food, mas o cachorro quente é muito gostoso. Experimentamos a famosa "palta" que é um tipo de pasta de abacate, e mesmo com cachorro quente ficou ótimo.

Voltamos para o camping e passamos a tarde na piscina que tinha um toboágua bem legal.

Tomamos banho, assistimos a séries e fizemos a janta. Depois da janta organizamos as malas, o carro, assistimos o filme que conta a história do comandante Sully e dormimos.

 

Camping em Chillan

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15/02/2017 (quarta) - Chillan (Chile) para Santiago (Chile)

Saída de Chillan: 10:00

Chegada em Santiago: 15:00

Km inicial: 5269,7

Km final: 5697,3

Km rodados: 427,6

 

Saímos do camping às 09:30, fomos para Chillan, abastecemos e pegamos a estrada para Santiago 10:00.

Fomos para Santiago pela mesma estrada CH-5 do dia anterior, então não tem muito o que falar. Estrada bem conversava, duplicada em toda sua extensão, limite de 120 km/h e pedágios frequentes.

Desta vez acabamos almoçando snacks em um posto de gasolina.

Ao chegar em Santiago pegamos algumas vias expressas e diversas placas indicando "Solo Televia o sistema complementario", bem como alguns pórticos, aparentemente tratava-se de cobrança automatizada de pedágio apenas para veículos cadastrados.

Passamos por alguns deles até eu ficar com medo da leitura de placa nos complicar na saída do Chile e fui pela via lateral, muito mais lenta e com semáforos.

Chegamos na casa alugada pelo Airbnb às 15:00. Era uma pequena casa que fazia parte da casa principal, com sala e quarto integrados, banheiro, e fogão e frigobar escondidos dentro de um guarda roupa.

A dona era uma senhora muito simpática e fez o possível para nos auxiliar durante a estadia.

 

Como o tempo em Santiago seria curto logo saímos para passear. Fomos a pé até a estação Manquehue, compramos dois bilhetes para horário normal e descemos na estação Tobalaba.

Em Santiago a tarifa do metrô varia conforme o horário.

 

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Passeamos no Costanera Center, o shopping center que fica localizado no arranha-céu mais alto da América Latina. Os pisos do shopping são divididos por tipo de lojas, por exemplo, um piso para mulheres, um piso para homens e crianças, um piso para esportes, etc.

Enquanto passeávamos no Costanera conversei com o gerente da filial da nossa empresa no Chile e fomos até o escritório conversar com ele. Voltamos para o Costanera, andamos pelo resto dele e fizemos algumas compras para nossa futura casa.

Jantamos no restaurante Elkika Ilmenau, tipicamente alemão, que eu havia ido três anos atrás em uma viagem a trabalho. Dois hot-dogs com bebida nos custou $ 7000.

Andamos pelo bairro que é bastante arborizado enquanto esperávamos iniciar o horário de menor preço no metrô.

 

Abastecimento Chillan: Shell - Collin, 788

Super 93 $ 699/litro

Média: 11,08 km/l

 

Abastecimento Rengo: Petrobras - Rodovia CH-5

Especial 93 $ 746/litro

Média: 11,79 km/l

 

Hospedagem: Apartamento reservado pelo Airbnb

R$ 267 (2 noites)

 

Gastos do dia:

R$ 198,70 Abastecimento (39740 CLP)

R$ 12,70 Metrô (2540 CLP)

R$ 47,00 Pedágios (9400 CLP)

R$ 267,00 Airbnb Santiago

 

Casa alugada pelo Airbnb em Santiago

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16/02/2017 (quinta) - Santiago (Chile)

Km inicial: 5697,3

Km final: 5725,4

Km rodados: 28,1

 

Neste dia fomos fazer o típico passeio de turista, conhecendo o centro. Pegamos o metrô e fomos até a estação Universidade do Chile. Passamos pelo Palácio de la Moneda, Tribunal de Justiça e Plaza de Armas. Nos sentimos bastante inseguros no centro, com vários moradores de rua olhando nossos pertences e volume no bolso. Compramos um sorvete e logo decidimos ir embora. Passeamos pela Falabella e paramos para almoçar em um pequeno restaurante chamado Poker de Ases (Bandera entre Catedral e Compañia de Jesus). Comemos dois lomo a lo pobre (bife com batata, ovo e cebola refogada) com duas bebidas por $ 13200. Comida simples e saborosa, mas nada de outro mundo.

 

Ao voltar para casa saímos de carro para passear no Cerro San Cristobal, que tem alguns mirantes, trilhas e zoológico.

Chegamos sem problemas com as orientações do GPS. O valor da entrada é de $ 3000 por carro, pela rua Pio Nono, com direito a voltar mais uma vez no mesmo dia. Estacionamos em uma das ruas internas e fomos ao zoológico, que cobra mais $ 3000 por pessoa. O zoológico é bastante íngreme, já que fica localizado em um morro. Ele começa na parte baixa do parque e vai até em cima. Algumas jaulas estavam sem animais e o mapa estava um pouco desatualizado, mas foi um passeio bem legal para nós que não íamos em um zoológico há algum tempo. Esse zoológico em específico tem alguns animais diferentes do que estamos acostumados, provavelmente pela região.

 

Depois do zoológico subimos todo o morro de carro parando em um mirante com vista para a cidade, fomos ao Costanera Center comprar mais algumas coisas e também comida para a janta no supermercado Jumbo.

Pagamos o estacionamento em uma máquina de autoatendimento sem segredo, bem parecido com o Brasil. O estacionamento custa $ 20 por minuto. O preço assusta pelo valor e pela cobrança por minuto, mas ao fazer a conversão vemos que fica até mais barato que shoppings de grandes metrópoles no Brasil.

 

Fizemos a janta em casa, assistimos alguns vídeos do Youtube aproveitando o bom wifi, limpamos o cartão das câmeras e deixamos o computador fazendo upload das fotos para o Google Photos, já que estávamos sem um backup das fotos até então. Arrumamos as coisas para deixar tudo pronto para a saída no dia seguinte.

 

Gastos do dia:

R$ 13,20 Metrô (2640 CLP)

R$ 15,00 Cerro San Cristobal (3000 CLP)

R$ 30,00 Zoológico (6000 CLP)

R$ 9,00 Estacionamento Costanera (1800 CLP)

 

Cerro San Cristobal

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Selfie com a girafa

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Costanera Center visto do Cerro San Cristobal

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17/02/2017 (sexta) - Santiago (Chile) para Mendoza (Argentina)

Saída de Santiago: 09:00

Chegada em Mendoza: 18:15

Km inicial: 5725,4

Km final: 6101,6

Km rodados: 376,2

 

Saímos da casa às 09:00, abastecemos e logo estávamos na estrada para Mendoza, cruzando pela Cordilheira dos Andes. No lado chileno fomos pelas Rutas CH-57 e CH-60. Depois de cruzar para o lado Argentino seguimos pela RN7 e RN40.

Passamos por três pedágios no lado chileno até a fronteira, o que achamos bastante para uma distância de aproximadamente 150km. O último estava a apenas 30km da fronteira.

Às 11:45 passamos por uma aduana chilena, mas as placas diziam que não era necessário parar já que a saída do Chile seria feita no lado argentino, integrado com a entrada na Argentina.

Na estrada passamos por um trecho com muitas curvas, que lembram a Serra do Rio do Rastro e Corvo Branco (-32.855649, -70.140536). Enquanto estávamos parados para tirar fotos encontramos com dois motociclistas de Juiz de Fora/MG, pai e filho, que estavam voltando do Atacama.

Seguimos viagem e fiquei atento ao GPS pois queria cruzar a cordilheira não pelo túnel, que é o caminho comum, mas pela pequena estrada de terra que nos leva ao Cristo Redentor de Los Andes a 3800m de altitude.

A saída para a estrada de terra é bem mal sinalizada, mas prestando atenção conseguimos encontrá-la e subimos, passando por várias curvas, mirantes e pequenos rios de água congelante que desce a montanha.

O caminho até o topo tem 8km. Chegamos lá às 12:35 com 3830m de altitude e 9ºC de temperatura, além do vento. Tiramos algumas fotos e iniciamos nossa descida pelo lado chileno às 13:00, chegando ao asfalto 20 minutos e 9km depois.

 

Enquanto estávamos na rodovia vimos do lado esquerdo o Aconcágua (a montanha mais alta fora da Ásia) e 12km depois, do lado esquerdo, estava a entrada para a fronteira integrada Chile/Argentina (Control Integrado Complejo Horcones). Em toda a viagem esta foi a única fronteira que não ficava no meio da estrada; ela fica na lateral e nós temos que ter a consciência de entrar na fila. Paramos na fila de carros em torno de 13:30. A fila andava devagar e fomos atendidos apenas 15:15 no estilo drive-thru, sem a necessidade de estacionar o carro e ir até o guichê.

 

O primeiro passo é na imigração do Chile, com os oficiais da PDI (Policia de Investigaciones). Foi necessário apresentar os passaportes, documento de entrada do carro e controle de barreira, que desta vez não nos foi dado. Tive que ir até o guichê da Gendarmeria e pedir.

No segundo passo fica a aduana chilena e argentina. Entregamos os documentos para o oficial chileno, ele faz os procedimentos necessários e entrega ao oficial argentino. O oficial argentino veio até o carro, entregou o papel de controle de barreira e ao invés de fazer a revista no carro (como estava fazendo com os outros) perguntou nosso time. Falei que éramos palmeirenses e ele disse que desde que não fossemos corinthianos estava certo e nos liberou. Saímos do complexo fronteiriço às 15:30.

1,5km depois da saída tem uma pessoa na estrada pedindo o papel do controle de barreira.

 

Um fato engraçado aconteceu enquanto estávamos na fila. Um adolescente estava com as várias notas de peso chileno na mão quando um vendo forte bateu e levou várias notas. Algumas pessoas ajudaram, mas com certeza ele perdeu alguns milhares de pesos nessa brincadeira.

 

Em torno de Mendoza a estrada que o GPS nos mandava entrar estava impedida pela polícia por algum motivo. Depois de alguns desvios conseguimos chegar no camping El Mangrullo.

 

O camping é bem estruturado e preparado, conta com espaço para barracas e cabanas. Wifi funciona apenas próximo da entrada, os banheiros são limpos e com água quente.

Estavam hospedados alguns veículos europeus e uma Chevrolet S10 brasileira com um camper na caçamba.

 

Fizemos a janta até mesmo andes de montar a barraca porque esse dia foi bem cansativo. Armamos a barraca, tomamos banho e quando fomos encher o colchão da marca Mor comprado novo para esta viagem vimos que ele estava furado na dobra de um dos gomos da parte superior. Tentamos remendar com o kit que veio com ele, mas por ser na dobra não deu muito certo. Acabamos forrando o chão com cobertor e dormimos assim mesmo.

 

Abastecimento Santiago: Shell - Santa Maria 888

Super 93 $ 702/litro

Média: 10,48 km/l

 

Hospedagem: Camping El Mangrullo

$150 por pessoa

Telefones: (+54) 261 4440271 / (+54) 9 261 5604736

Avda. Champagnat 3002, Mendoza/Argentina

-32.855704, -68.894194

 

Gastos do dia:

R$ 54,00 Abastecimento (10800 CLP)

R$ 26,50 Pedágios (5300 CLP)

R$ 173,08 Camping Mendoza (900 ARS)

 

Subida da Cordilheira dos Andes

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Saída do Chile, início do caminho pela Cordilheira dos Andes

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Subida para o Cristo Redentor de los Andes, fora da estrada principal

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Rio GELADO que desce dos Andes

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Cristo Redentor de los Andes, divisa Chile/Argentina

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18/02/2017 (sábado) - Mendoza (Argentina)

Km inicial: 6101,6

Km final: 6205,3

Km rodados: 103,7

 

Acordamos e fomos ao Walmart 24h (Moldes 1023) tentar comprar um novo colchão inflável. Compramos um da marca Intex, além de água, pães para café da manhã, milho, macarrão, etc.

Walmart muito grande, no estilo dos que existem nos EUA, com muita variedade de produtos que não estamos acostumados a encontrar em supermercados.

 

Voltando ao camping fizemos o almoço e saímos para andar pelo centro. Conhecemos a Plaza Independencia e fomos sentido Maipú para conhecer a vinícola (bodega) El Enemigo. Nós gostamos de vinho, mas não somos conhecedores. Por este motivo acabamos indo em uma vinícola qualquer apenas para ver como funciona. Descobrimos a El Enemigo por algum relato lido na internet.

Foi um pouco difícil de chegar até lá. Fomos até a rua divulgada (Videla Aranda) mas a maioria dos lugares não tem numeração. Depois de perguntar para uma pessoa conseguimos chegar no lugar.

A vinícola é bem família e aparentemente o carro chefe é a degustação com almoço.

Pedimos para fazer o tour e uma funcionária nos acompanhou até os barris de carvalho e nos explicou um pouco sobre as uvas utilizadas e história da vinícola. A degustação mais barata permitia escolher dois vinhos entre quatro (como estávamos em dois conseguimos provar todos os quatro: Malbec, Cabernet Franc, Chardonnay e Bonarda) e incluía pães com patê.

De volta ao camping ficamos um tempo na piscina, tomamos banho, assistimos séries, fizemos a janta (que por sinal, foi a quinta com o mesmo gás no fogão. A falta de vento ajuda muito) e dormimos no colchão novo.

 

Gastos do dia:

R$ 95,96 Colchão Intex casal (499 ARS)

R$ 75,00 Duas degustações (390 ARS)

 

Visita na Vinícola El Enemigo

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Camping em Mendoza

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19/02/2017 (domingo) - Mendoza (Argentina)

Km inicial: 6205,3

Km final: 6231,9

Km rodados: 26,6

 

Não há muito para falar, este foi um dia de descanso. Fomos ao mesmo Walmart comprar vinhos, voltamos ao camping, fizemos almoço (desta vez abrimos um novo gás, o quinto da viagem).

De tarde terminei de ler Sully e assistimos Narcos. Arrumamos o porta malas e banco traseiro, limpamos o pó que estava acumulado, fizemos janta e assistimos The Grand Tour (série automotiva).

 

Mendoza

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20/02/2017 (segunda) - Mendoza (Argentina) para Santa Fé (Argentina)

Saída de Mendoza: 10:20

Chegada em Santa Fé: 21:10

Km inicial: 6231,9

Km final: 7151,9

Km rodados: 920

 

Apesar de ser uma cidade desconhecida para a maioria de nós e pouco turística, Santa Fé estava no nosso roteiro desde o começo do planejamento da viagem. Foi lá que morei entre meus três e seis anos de idade devido à transferência na empresa que meu pai trabalhava.

 

Neste dia saímos do camping às 08:50 para o centro no intuito de trocarmos dinheiro. Diferente das outras que passamos pela viagem, a casa de câmbio estava com bastante fila. Depois de abastecer o carro pegamos a estrada RN7 às 10:20.

 

Na altura de Desaguadero passamos por mais controle sanitário, mas sem surpresas. O fiscal olhou pelos vidros nossas bagagens, perguntou se tínhamos frutas e verduras e por último passamos por um equipamento que pulveriza o carro por baixo, acredito que para desinfetar (ou algo assim).

 

Às 12:40 chegamos em San Luis e paramos no Sanluis Shopping para almoçar no BK. Saímos de San Luis em torno de 13:30 até a RN148 e logo pegamos a RP10, que começou a ser pista simples.

 

No posto policial de La Punilla fomos parados e como de praxe o oficial nos perguntou de onde vínhamos, para onde iríamos, pediu carta verde e, pela primeira vez na viagem, a CNH.

 

Pegamos a RP30 até Rio Cuarto e depois a RN158 que passa por Vila Maria e San Francisco, onde pegamos a RN19, duplicada, até Santa Fé onde chegamos 21:10.

 

Ficamos no Hostal Santa Fe de la Veracruz, um hotel bem velho, mas limpo e com garagem. Aparenta ter sido um ótimo hotel no passado mas parou no tempo.

 

Mortos de cansaço, fizemos janta no quarto do hotel mesmo e dormimos.

 

Abastecimento Mendoza: Red Mercosur - General Lamadrid x Acesso Sur

Nafta Super $ 17,99/litro

Média: 10,31 km/l

 

Abastecimento Rio Cuarto: Axion - Tierra del Fuego 932

Nafta Super $ 20,88/litro

Média: 12,15 km/l

 

Abastecimento Crucellas: Shell - Rodovia RN19

Nafta Super $ 20,99/litro

Média: 9,96 km/l

 

Hospedagem: Hostal Santa Fe de la Veracruz

$950 por dia / $100 garagem

Telefones: (+54) 342 455 1740 (41/42/43/44)

San Martin, 2954 / 25 de Mayo x Gdor. Crespo, Santa Fé/Argentina

-31.641930, -60.704511

 

Gastos do dia:

R$ 462,50 Abastecimento (2405 ARS)

R$ 35,58 Pedágios (185 ARS)

R$ 403,85 Hotel Santa Fé (2100 ARS)

Câmbio: taxa: 5,30 pesos argentinos por real

Câmbio: taxa: 16 pesos argentinos por dólar

 

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21/02/2017 (terça) - Santa Fé (Argentina)

Km inicial: 7151,9

Km final: 7194

Km rodados: 42,1

 

Tomamos café da manhã no hotel e fomos até a casa de câmbio trocar o resto dos reais, ficando com o dinheiro exato para combustível e pedágio até Foz do Iguaçu no dia seguinte. O banco estava com bastante fila mas acredito que por sermos estrangeiros nos mandaram direto ao balcão.

 

Voltamos para o hotel e de carro fomos até a escola que eu estudei na pré-escola. Alguns meses antes da viagem minha mãe encontrou uma carta da minha professora na época, encontrei ela no Facebook e combinamos o encontro.

Ficamos em torno de uma hora conversando na escola. Depois disso passamos na frente das casas que morei, visitamos a igreja de Nossa Senhora de Guadalupe e almoçamos no restaurante El Quincho del Chiquito, que existe desde quando morei na cidade (mais de 20 anos atrás). O restaurante serve uma sequência de peixes por um preço fixo. Os peixes são pescados no próprio Rio Paraná que passa pela cidade, gostamos muito do almoço. O valor é de 230 pesos por pessoa.

Fomos passear no Walmart localizado na RN168, assim que sai da cidade. A visita ao Walmart foi na intenção de esperar o consultório do pediatra que me atendia abrir. Passamos lá e entre uma consulta e outra conseguimos conversar com ele, que não esperava a visita. Durante a conversa ele foi lembrando de mim, minha irmã e minha mãe.

 

De volta ao hotel terminamos de assistir Narcos, tomamos banho, fizemos a janta e deixamos tudo pronto para ir embora no dia seguinte, já que iríamos encarar mais de 1000km até Foz do Iguaçu.

 

Câmbio: taxa: 5,20 pesos argentinos por real

 

Igreja Nossa Senhora de Guadalupe

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22/02/2017 (quarta) - Santa Fé (Argentina) para Carazinho/RS

Saída de Santa Fé: 08:00

Chegada em Carazinho: 21:30

Km inicial: 7194

Km final: 8162,6

Km rodados: 968,6

 

Acordamos às 06:30, tomamos café da manhã e fizemos checkout às 07:20. Antes de ir embora de Santa Fé passamos por uma pracinha que eu brincava e também pela Plaza 25 de Mayo, onde aprendi a andar de bicicleta e onde ficam localizados os edifícios do governo.

 

Pegamos a estrada às 08:00 e logo estávamos na divisa das províncias de Santa Fé e Paraná (Argentina), atravessando o túnel fluvial pela RN12 e em seguida RN127, todas pista simples.

 

Ainda na RN127, na altura de Sauce de Luna, fomos parados pela polícia, que na província de Entre Rios onde estávamos é conhecida por seus policiais corruptos. O oficial pediu a CNH, documentos do carro, carta verde e pediu para eu acender o farol do carro, que já estava aceso (assim como no Brasil, em todos os países que passamos é obrigatório circular com os faróis baixos acesos nas rodovias). Não consegui entender direito, encostei o carro no acostamento e fui ver o que estava acontecendo. Uma das lâmpadas do farol baixo estava queimada, justo na parte mais corrupta da Argentina.

Fui guiado até a guarita, mas antes aproveitei para colocar 100 pesos no bolso. Outro policial me atendeu na guarita, com uma tabela em mãos me mostrou que o valor da multa era em torno de 3800 pesos, mas se fosse paga diretamente na guarita em dinheiro eu teria um desconto de 50% e sairia com um papel para apresentar nas próximas barreiras policiais. A princípio desconfiei que fosse um pedido de propina e neguei pagar lá, mas enquanto o oficial preenchia a multa vi um papel colado na parede informando sobre o desconto de acordo com algumas leis. Até hoje não sei se é verdade ou não.

Tinha o dinheiro exato dos 50% da multa para combustível e pedágios, mas preferi dizer que só tinha 100 pesos e estávamos pagando o combustível no cartão já que seria o último dia na Argentina. Ele não pediu os 100 pesos mas perguntou se não tínhamos reais. Pelo jeito 100 pesos era pouco para ele.

A outra opção seria, segundo ele, pagar a multa na aduana assim que saísse do país. Concordei e pedi para que a multa fosse feita. O policial preencheu algumas informações no computador, me devolveu os documentos e pediu para assinar quatro vias da multa, sendo que fiquei com uma.

Nela está escrito o valor da multa, a causa, a placa do carro, meu nome completo e número do RG (que estava na CNH).

 

O policial que me parou inicialmente pediu para que seguisse com o farol alto ligado já que estava com o baixo queimado. E se me parassem e multassem por estar com o alto ligado? Preferi seguir com o baixo mesmo e qualquer coisa eu apresentava a multa que já havia sido feita.

 

Depois disso pegamos a RN14, que é duplicada pensando no que poderíamos fazer. Nossa programação era sair por Puerto Iguazu (que faz fronteira com Foz do Iguaçu) para visitar as Cataratas e o Paraguai, mas chegaríamos em torno das 20:00. Com azar a multa estaria no sistema e teríamos que procurar algum lugar para sacar dinheiro e pagar a multa, a noite e fora do nosso país, correndo o risco de o cartão não funcionar mesmo com o aviso viagem.

Poderíamos tentar sacar o dinheiro em alguma cidade no caminho, mas e se por algum motivo a multa não estivesse no sistema e não fosse cobrada? Ficaríamos com mais de 700 reais em pesos sem utilidade.

 

Depois de pensar em algumas alternativas a mais racional foi sair na primeira fronteira que encontrasse (Paso de Los Libres, Uruguaiana/RS) e seguir viagem para casa, riscando Foz do Iguaçu do mapa já que estando no Rio Grande do Sul é muito longe ir para Foz sem entrar na Argentina.

Não gostaríamos de entrar novamente na Argentina correndo o risco de ter a multa cobrada. Querendo ou não, não é nosso país, não conhecemos direito o funcionamento da polícia, suas regras, leis e etc. Concordo que estávamos errados, mas aquela região já é conhecida por abuso dos policiais e além disso é absurda uma multa de mais de 700 reais por circular com uma lâmpada queimada durante o dia, sendo que vários carros argentinos passam diariamente caindo aos pedaços (e com lâmpadas queimadas).

 

Antes de entrar no Brasil ainda fomos parados em mais uma verificação de rotina. Enquanto um policial me pedia os documentos o outro foi até a frente do carro, ficou olhando, mas nenhum dos dois comentou sobre o farol queimado e mandaram seguir viagem. Vai entender.

 

Chegamos em Paso de Los Libres e abastecemos pela última vez na Argentina para queimar os pesos que tínhamos na mão. Entramos com o carro na fila da saída da Argentina às 13:20. Ao chegar nossa vez o oficial pediu pelo papel da imigração, que não havíamos recebido. Então ele gentilmente nos instruiu a estacionar o carro e ir até o guichê fazer o processo de saída.

Fomos ao guichê e entreguei apenas o passaporte, com receio de entregar o documento do carro. Passaporte carimbado, a oficial solicitou o documento do carro, entreguei, ela digitou algumas coisas no computador e fomos liberados. Como estávamos viajando com o passaporte ela informou que não seria necessário apresentar o papel da imigração.

Voltamos ao carro, mostramos os passaportes ao primeiro oficial e fomos liberados, entrando no Brasil às 13:40 cruzando a ponte sobre o Rio Uruguai e entrando em Uruguaiana/RS.

Como não demos saída do Brasil no início da viagem, a caminho do Uruguai, não nos preocupamos em registrar a entrada.

 

Depois de liberados fiquei na dúvida do que aconteceria com a multa. Como estávamos viajando com o passaporte e a multa foi dada com o número do RG, imagino que eu posso voltar outras vezes para a Argentina (com o passaporte) sem problemas. Talvez o carro tenha problemas para retornar em uma suposta nova visita.

 

Paramos em uma autopeças para comprar a lâmpada H7. Enquanto eu trocava a lâmpada minha namorada foi olhando no mapa nossas alternativas. Decidimos que iríamos passar novamente por Curitiba na volta, já que gostamos muito de lá; mas ainda assim precisávamos de um lugar para passar a noite.

Decidimos dormir nas imediações de Passo Fundo e acabamos encontrando o motel Casa de Pedra na cidade vizinha de Carazinho/RS. De acordo com os relatos na internet aparentava ser bom e barato; para ajudar ainda pegamos um cupom de 20% no site deles.

 

Como já era tarde e muito difícil encontrar comida para almoçar, acabamos comendo um tradicional xis gaúcho no Lanche da Praça.

Saímos de Uruguaiana/RS em torno das 15:15 via BR472 e BR285 até Carazinho/RS, ambas em pista simples. Depois de trechos com chuva muito pesada, onde o limpador mesmo no máximo não dava conta, chegamos às 21:30 no motel. Fizemos a janta no quarto e dormimos.

 

O motel é muito bom, surpreendente por estar localizado em uma cidade pequena e pelo valor pago.

 

Abastecimento La Picada: YPF - RN12 km 28,5

Nafta Super $ 20,83/litro

Média: 10,65 km/l

 

Abastecimento Paso de Los Libres: YPF - Fronteira com Brasil

Nafta Super $ 21,37/litro

Média: 11,38 km/l

 

Abastecimento Santo Ângelo/RS: Shell - BR285 x BR392

Gasolina Comum R$ 4,088/litro

Média: 10,79 km/l

 

Hospedagem: Motel Casa de Pedra

R$87,00

Telefone: (54) 3329-4457

BR285, km 216, Carazinho/RS

-28.315266, -52.780731

 

Gastos do dia:

R$ 354,46 Abastecimento (1130 ARS + R$137,15)

R$ 5,77 Pedágio (30 ARS)

R$ 87,00 Motel Casa de Pedra

R$ 35,00 Lâmpada do farol

 

Fronteira Brasileira em Uruguaiana/RS, finalmente em "casa"!

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23/02/2017 (quinta) - Carazinho/RS para Curitiba/PR

Saída de Carazinho: 08:30

Chegada em Curitiba: 18:30

Km inicial: 8162,6

Km final: 8782,4

Km rodados: 619,8

 

O dia foi praticamente de estradas em pista simples, cortando várias cidadezinhas com radares em trechos urbanos. Fomos pela BR285 até Lagoa Vermelha, onde pegamos a BR470.

 

Uma hora depois da saída paramos na cidade de Mato Castelhano para café da manhã.

Almoçamos no Posto Serrano I no entroncamento da BR470 com a BR116 e depois seguimos pela BR116 até Curitiba.

 

O caminho todo foi com chuva, variando entre garoa e muito forte onde o limpador não dava conta. Muitas aquaplanagens quando a chuva ficava mais forte. Diversas vezes paramos na estrada em obras devido ao trânsito em meia pista, prejudicando ainda mais a duração da viagem.

 

Chegamos em Curitiba às 18:30 e fomos direto para a pizzaria La Piazza, que gostamos muito (e paramos também na ida). Enquanto jantávamos pesquisamos algum hotel para ficar e encontramos o Ibis Budget. Chegamos no hotel, fizemos checkin sem problemas e dormimos.

 

Abastecimento Curitibanos/SC: Ipiranga - BR470 km 252

Gasolina Comum R$ 3,889/litro

Média: 10,81 km/l

 

Hospedagem: Ibis Budget

R$103,95 / R$17,50 Estacionamento

Telefone: (41) 3218-3838

R. Mariano Torres, 927, Curitiba/PR

-25.434290, -49.260721

 

Gastos do dia:

R$ 169,12 Abastecimento

R$ 22,40 Pedágios

R$ 121,45 Hotel

 

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24/02/2017 (sexta) - Curitiba/PR para São Paulo/SP

Saída de Carazinho: 08:30

Chegada em Curitiba: 18:30

Km inicial: 8782,4

Km final: 9211,4

Km rodados: 429

 

Acordamos tarde e enrolamos no hotel já que queríamos almoçar em uma churrascaria (Master Grill) que gostamos em Curitiba.

Depois do almoço saímos de Curitiba em torno das 14:00 e chegamos em São Paulo 19:45, pegando chuva em alguns trechos e muito trânsito no Rodoanel devido ao horário de pico.

 

Abastecimento Curitiba/PR: Shell - R. Des. Westphalen x Av. Pres. Getúlio Vargas

Gasolina Comum R$ 3,39/litro

Média: 10,07 km/l

 

Abastecimento São Paulo/SP: Ipiranga - Av. Luis Dumont Villares x R. 24 de Dezembro

Gasolina Comum R$ 3,447/litro

Média: 11,01 km/l

 

Gastos do dia:

R$ 237,76 Abastecimento

R$ 19,90 Pedágios

 

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