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Dia 1 : BH -> São Paulo -> Santa Cruz -> Sucre

 

Finalmente tinha chegado o dia que eu passei 2016 inteiro esperando! Meu voo para São Paulo era 7:30, saí de casa 4:30 porque o aeroporto é longe! Despachei minha bagagem, despedi de papai e mamãe e parti pra Sampa. De BH pra São Paulo foi 1h de viagem, fiquei mais uma hora lá em Guarulhos e peguei o voo pra Santa Cruz. Nesse voo são distribuídos dois papéis que temos que preencher pra entregar na imigração lá do aeroporto. É um papel pra imigração e outro pra aduana. Cuidado na hora de preencher, principalmente o que tem folha de carbono atrás.

 

Foram mais ou menos 3hs de voo, do meu lado sentou um boliviano muito gente boa que conversou bastante comigo e me deu várias dicas da Bolívia. Ele morava no Brasil já tinha 10 anos. O cara foi tão gente boa que me ajudou a preencher os papéis da imigração e me deu um help na alfândega quando chegamos na Bolívia, porque eu tava meio perdidona no meu “espanhol” kkkk

 

Depois de passar pela aduana, alfândega, pegar minha bagagem, tive que passar por um detector bizarro. Você aperta um botão antes de passar pelo detector e uma luz acende. Se a luz for verde você pode passar, se for vermelha você tem sua bagagem revistada. É totalmente aleatório. O minha luz foi verde então passei direto. ::otemo::

 

Cheguei em Viru-Viru umas 11:30 e meu voo pra Sucre era só 17:30, não tinha nem como despachar minha mochila, estava muito cedo. Cheguei num domingo, feriado de ano novo, muita coisa no aeroporto tava fechada e tava bem vazio lá. Como eu ia ficar um tempo atoa fui procurar um wi-fi pra mandar sinal de vida pros meus pais. Não encontrei nenhum grátis e perguntei pra um funcionário da cafeteria Brazilian Coffe se existia alguma rede grátis no aeroporto. Ele falou que não, mas acho que ele viu minha cara de piedade e resolveu me passar a senha do wi-fi de lá, mesmo sem eu consumir nada (coisas caras por lá). A senha é “brazilian”, estava funcionando com a mesma senha quando voltei lá dia 25, se quiserem tentar também kk

 

Aproveitei e troquei 40 dólares lá no aeroporto com uma cotação ruim (1 dólar = 6,85 bol).. Mas eu precisava pra pagar a diária do hostel e pro táxi em Sucre. Troquem o mínimo no aeroporto.

 

Fiquei atoa lá um tempão.. Mexi na internet, umas 15:30 despachei meu mochilão, andei pelo aeroporto inteiro umas 5 vezes (pequenininho) kkk Acabei conhecendo um argentino muito gente boa que pegaria o mesmo voo que eu. Conversamos muito em portunhol, espanglês, nem sei mais que língua que a gente tava falando, até dar a hora do voo.

 

O avião da Amaszonas é muito pequenininho, a viagem é super rápida, foi uns 40 minutos. O aeroporto de Sucre é ainda menor que o de Santa Cruz. Meu novo amigo argentino estava indo pra Sucre pra visitar a tia, e me ofereceu uma carona já que a tia dele ia buscar ele e eles moravam perto do centro. Aceitei claro! O que eu não imaginava era que a família inteira ia buscar ele. Em um carro apenas kkkk Ele falou com a tia dele e ela insistiu pra que eu fosse com eles. Foi o tio e duas primas na frente, a avó, a tia, o argentino e eu atrás. Coitada da avó, foi a mais esmagada. ::lol4::

 

33248083190_aa9b37c881_b.jpgaero Sucre by Natalia Natsumy, no Flickr

 

O aeroporto é um pouco afastado da cidade. Deu uns 40 minutos de carro e o caminho era cheio de curvas. Quando chegamos em Sucre já estava anoitecendo e a cidade ainda tava com luzes de Natal. Gostei muito de Sucre, achei muito bonitinha. Eles me deixaram no hostel Wasi Masi que eu tinha reservado pelo Booking. Nessa hora eu usei o aplicativo My Maps pra mostrar a localização pra eles. Foi a única vez que usei, mas é um aplicativo bem útil, ele permite salvar os mapas pra você ver offline depois. Enfim, me deixaram na porta do hostel, me despedi, agradeci e entrei em um hostel pela primeira vez na vida!

 

Aqui abro um parênteses para falar que eu decidi reservar esse hostel porque eu estava com medo de chegar no feriado lá e não encontrar nenhum lugar aberto e tal. Foi bobagem. Sucre tem muitos hostels, principalmente perto da plaza 25 de mayo, não teria nenhum problema em chegar lá e procurar. Então não acho necessário ir com hostel reservado, a não ser que você chegue de noite e tal.

 

Eu gostei muito desse hostel Wasi Masi. As camas eram boas, chuveiro quentinho, ambiente bem sossegado, tem cozinha, sala de tv, café da manhã excelente e incluso no valor da diária.. Só não tinha muitas tomadas. Tinha que ir na sala colocar o celular pra carregar lá. Fora isso me senti em casa.

 

Coloquei minhas coisas no armário e fui tomar um banho. Essa noite jantei biscoitos que eu tinha levado na viagem porque eu tava com preguiça e cansada pra sair pra procurar um lugar pra comer. Conheci uma alemã que estava fazendo trabalho voluntário em Cochabamba e conversei um pouco com ela. Depois fui dormir, estava ansiosa pra andar por Sucre!

 

Câmbio: 1 dólar = 6,85 bol

 

Gastos do dia:

5 bol - água no aeroporto

50 bol - diária do hostel

Total: 55 bol

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Natsumy, mto bom o seu começo de relato, ansioso pela continuação!

 

Vou viajar na mesma época do ano que vc, só que vou passar natal e ano novo viajando! Como foi em relação aos hostels, vc reservo antes ou viu tudo na hora? Estavam lotados?

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Dia 2 : Sucre -> Uyuni

 

No dia seguinte acordei umas 8hs e fui explorar a cidade. Tinha em mente alguns lugares pra ir, mas precisava trocar dólares e comprar a passagem pra Uyuni pra de noite. Mas andando pelas ruas vi a maioria das coisas fechadas.. Achei que os bolivianos abriam as coisas mais tarde. Fui descobrir só no fim da viagem que quando um feriado cai no domingo na Bolívia, eles estendem pra segunda também. Como tinha sido feriado de ano novo no dia anterior, nesse dia também era feriado! Aiaiai.. Como ia trocar meus dólares? Fui no hostel e pedi um mapa da cidade. A maioria dos hostels tem, tente pedir sempre que chegar em um. Acho muito melhor mapa em papel do que ficar olhando pelo celular. Perguntei pra moça do hostel onde tinha casas de câmbio e ela me indicou a avenida Hernando Siles. Fui lá e as casas de câmbio estavam fechadas, mas em algumas vendinhas trocavam dinheiro. Troquei nessas vendinhas mesmo, sempre verificando se o dinheiro era verdadeiro, não tive problemas com isso. Troquei 160 dólares.

 

32818333793_789f73ba3d_b.jpgrua de sucre by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32789402334_d8bb04ee0a_b.jpgpracinha by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Depois de trocar dólares fui no mercado, fiquei um pouco na praça, tomei um banho e fui fazer o check-out que era 11hs. Deixei minha mochila lá no hostel e fui almoçar no mercado mesmo. Paguei 10 bolivianos em um prato com frango a milanesa, arroz e salada. Eu gosto muito de comer em mercados, é onde muitos locais vão, é um ambiente diferente, tem muitas opções de pratos.. Mas você tem que desapegar um pouco de higiene querendo ou não, pessoal pega na comida, pega no dinheiro, pega no cachorro kkkk Mas só tive problemas com comidas em Cusco, histórias pra mais adiante.

 

33591273446_4bd3d33246_b.jpgalmoço by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33591189476_0588a367bc_b.jpgcorredores do mercado by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33632134475_06cbcf6720_b.jpgfrutas! by Natalia Natsumy, no Flickr

 

 

Depois de almoçar peguei minha mochila e fui na rodoviária de ônibus. Perguntei algumas pessoas no rua como eu fazia pra ir pro terminal e eles me indicaram a linha 1 ou linha A de ônibus. É super tranquilo e extremamente barato, apenas 1,5 bolivianos! Além de ser uma mini aventura né. Rapidinho chegou lá e fui procurar as passagens pra comprar. Comprei pela 11 de Julio a passagem pra Uyuni de 20:00 por 60bol, foi o mais barato que achei. Deixei minha mochila no guarda volume da rodoviária mesmo por 5 bol e fui pro centro de novo de bus. Minha ideia era parar perto do mercado central e ir andando até o mirante. Eu realmente não aconselho ir ao mirante andando, não é muito longe não mas eu tive que subir um morro que puta merda, achei que fosse morrer kkkkk A altitude pega lá, a cada três passos eu tinha que parar pra respirar melhor. Enfim, depois de uns 20 minutos subindo o morro cheguei lá em cima. A vista de sucre é muito bonita, acho que vale a pena a visita. Lá em cima também parece que tem uma igreja, mas estava fechada no dia que fui :/ Fiquei lá um tempo pensando na vida, escrevendo e tirando fotos e fui embora. Desci o morro e peguei um ônibus que eu achei que ia pro centro, mas quando o caminho começou a ficar meio estranho, perguntei pro motorista e ele me disse que aquele não tava indo pro centro! Desci do ônibus, atravessei a rua e peguei outro que um local me indicou. Fui pro centro de novo, fui em uma lan-house ligar pro meu pai, já que não nos falaríamos durante uns 2 dias e depois fiquei na plaza 25 de Mayo vendo o tempo passar. Acho tão bom às vezes ter um tempinho pra não fazer nada, meus dias em BH são tão corridos..

 

33248567800_158c3d092c_b.jpgonibus by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33632252585_ba0e0324e4_b.jpgmirante by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32818474503_506326f46d_b.jpgvista de sucre by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32818457643_9be479f786_b.jpgladeiras by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Passou um tempo e do nada encontrei o argentino que me deu carona no dia anterior! Tomamos um sorvete e fomos dar uma volta no parque Simon Bolivar, que é um parque bem bonitinho. Dá pra ir a pé do centro. Ficamos um tempo conversando lá e ele me levou até o centro de novo pra eu comprar águas pra viagem (snacks eu já tinha). Comprei no andar de baixo do mercado por 3 bol cada água (500 ml), foi o lugar mais barato que achei. Depois disso peguei um ônibus pra rodoviária e fiquei de plantão lá até 19:30. Paguei a taxa do terminal, peguei minha mochila e entrei no ônibus. A saída do ônibus atrasou 15 minutos mas ok. Eu comprei assento normal e é bem apertadinho viu.. Eu sou pequena então nem sofri muito, mas tinha um cara alto do meu lado que senti até dó, mal dava pras pernas dele ficarem dobradas kk

 

*Não deixe pra pagar a taxa do terminal em cima da hora. Quando os ônibus estão quase saindo a fila fica muito grande e você pode demorar um pouco até conseguir comprar!

 

33475641442_1e34db9520_b.jpgbusao 11 de julio by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Câmbio: 1 dólar = 6,93 bol

 

Gastos do dia:

10 bol - almoço no mercado

4 bol - água no mercado

1,5 - bus até rodoviária

60 bol - passagem pra Uyuni

5 bol - locker rodoviária

1,5 - bus rodoviária -> centro

1,5 - bus errado

1,5 - bus certo para o centro

1 bol - 30 min na lan-house

6 bol - sorvete na praça

6 bol - 2 águas no mercado

1,5 bol - onibus centro-rodoviária

2 bol - 30 min carregando celular na rodoviária

2,5 - taxa do terminal

2 - banheiro da rodoviária

 

Total: 106 bol

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Natsumy, mto bom o seu começo de relato, ansioso pela continuação!

 

Vou viajar na mesma época do ano que vc, só que vou passar natal e ano novo viajando! Como foi em relação aos hostels, vc reservo antes ou viu tudo na hora? Estavam lotados?

 

 

Oi Hermannkloth, fico feliz que você tenha gostado!

O hostel que fiquei em Sucre reservei com uma semana de antecedência, porque fiquei com medo de chegar lá no feriado e não ter vaga. Achei desnecessário, Sucre tem muitas opções e seria fácil encontrar um. Os únicos outros que reservei foram os Wild Rovers, sempre reservava com 1 dia de antecedência e dava certo.

Eu recomendo você reservar só se for esses mais famosinhos mesmo, tipo Wild Rover e Locki, porque eles lotam na alta temporada. Nas cidades que passei normalmente tinham muitas opções de hostel/hotel de todos os preços.. Eu anotei o nome e endereço de alguns antes de viajar e procurava lá na hora mesmo pra comparar os preços.

Mas se você for passar algum feriado em San Pedro de Atacama eu acho válido reservar, ouvi dizer que a cidade lota em alguns feriados e tem poucas opções baratas por lá!

 

Abraços!

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Dia 3 : Tour Salar de Uyuni (1º dia)

 

Cheguei em Uyuni umas 3:30 e como dizem em muitos relatos, o ônibus te deixa no meio de uma avenida no escuro. Fiquei perambulando um pouco pela avenida, fui em um banheiro público que tinha em um hotel, comi uns biscoitos.. Passou 1h até que eu avistei um cara levando duas mulheres pra uma rua que parecia levar até uma praça. Segui eles sorrateiramente já desconfiada que o cara ia levar elas pra algum café ou algo assim. E foi dito e feito, não lembro o nome do café agora mas era bem quentinho lá dentro. Os preços eram um pouco caros e o desayuno só seria servido depois das 5 (eram 4 ainda). Eu e aquelas duas mulheres fomos as primeiras a chegar e nos acomodamos nas mesas. Elas me chamaram pra mesa delas e começamos a conversar. Eram Tânia e Susan, minhas primeiras amigas bolivianas do mochilão ::love::

 

Fiquei conversando com Tânia e Susan durante muito tempo. O restaurante encheu e a cozinheira chegou pra nossa felicidade! Kkk Pedi só um sanduíche de ovo e esperei as agências abrirem pra pesquisar os preços. Rolou tanta afinidade com as meninas que fui procurar com elas. Acabamos fechando com a Andes Salt Expeditions por 700 bol o tour de 3 dias + o transfer pro Atacama. Mas tive que ameaçar ir embora pra moça fazer esse preço.. Ela queria fazer por 750, falei que tava caro e quando saí ela veio atrás oferecendo 700. Então não deixem de chorar ::cool:::'> Eu acredito que existem agências com preços melhores lá. Fiz com a Andes Salt porque já tinha ouvido falar muito bem dela e porque queria fazer o tour com as meninas. Depois de fecharmos o passeio fomos no mercado comprar água. Comprei 2 garrafas de 2 litros pra mim e foi o suficiente. Recomendo comprar no mercado, os preços lá são muito mais em conta que nas lojinhas.

 

Quando deu 10hs os carros começaram a sair. Foi aí que conheci meus outros companheiros de viagem - Oliver e seus dois filhos - todos no carro, exceto eu, eram bolivianos. Na real, dava pra ver que o Oliver e os filhos (12 e 15 anos) estavam longe de serem mochileiros.. Na verdade parecia que eles gastavam até demais nas viagens kk E eles sempre ficavam mais na deles também, não interagiam tanto com a gente. Mas grupo é grupo né. Conheci também o guia, Sr. Raimundo, que era um senhor tímido mas muito gente boa e um excelente guia. Sempre explicava bastante sobre os lugares, tirava nossas dúvidas, tirava fotos.. Adorei ele!

 

A primeira parada foi no cemitério de trens que fica do lado da cidade. Não achei muita graça não. Foi só pra tirar umas fotos e ir embora, sem contar que tava saturado de turistas. A segunda parada foi em uma feirinha que fica perto de Uyuni também, dei uma voltinha e comprei só uma pulseira. Quem quiser ir no banheiro aproveitem pra ir nessa feirinha, o próximo vai ser só no restaurante de sal, e a Susan me disse que lá é muito sujo.

 

33632674545_bf9e7822db_b.jpgSusan, eu e Tania by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33591664326_33785429c5_b.jpgcemitério de trens by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33503519821_8eb5ce731e_b.jpgfeirinha by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33632605055_f2ce4b540f_b.jpgchicharron de llhama by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Depois de uns 15 minutos na feirinha seguimos viagem para o Salar (aleluia!), a paisagem começou a ficar branca, infelizmente já tínhamos sido avisados que o salar não estaria alagado :( Não tinha chovido o suficiente ainda.. Minha dica pra pegar o salar alagado é ir do meio de janeiro pra frente. Conheci uns brasileiros que foram nessa época e eles pegaram o salar perfeitamente espelhado. Tem que chover durante semanas pra ele ficar daquele jeito, mas tudo depende da sua sorte também.

 

Enfim, antes de ir pro restaurante, paramos em um lugar que tinha umas poças de água borbulhando, e a água nem era quente! Um pouco depois chegamos no restaurante de sal, onde tem as bandeiras e tal. Tiramos algumas fotos enquanto o nosso guia preparava o almoço.

 

33248904380_eb69a21e2c_b.jpgágua que ficava borbulhando by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Fomos almoçar e a comida estava deliciosa: arroz com quinoa, carne de llhama, salada e maionese. Comemos muito bem, conversamos um pouco e seguimos viagem. Foram 1:30hs de viagem até a próxima parada, a paisagem pela janela do carro era espetacular, tanto que ninguém falou nada durante um bom tempo, só ficamos curtindo a paisagem :o O guia escolheu um lugar isolado de outros turistas no salar pra gente tirar aquelas fotos em perspectiva. Foi legal tirar as fotos, mas dá muito trabalho kkk Depois de tirar algumas fotos fiquei admirando aquela imensidão branca inacreditável, parecia que a gente tava no meio do nada, inexplicável. Ficamos uns 40 min no meio do salar e fomos pra Isla del Pescado. Quando chegamos nessa ilha o guia deu uma explicação sobre como ela surgiu, sobre a vegetação, etc. É interessantíssimo a história do surgimento da ilha, então não darei spoilers aqui.

 

33632598915_0376b21165_b.jpgalmoço servido by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33632595055_d72949e27d_b.jpgentrando no deserto by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33591645096_3a6854a111_b.jpgimensidão branca by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33632675025_1624e35c20_b.jpgDeu um trabalho pra tirar essa foto.. kk by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33476092182_a76f90402d_b.jpg<3 by Natalia Natsumy, no Flickr

 

 

Paguei 30 bol na entrada e começamos a subir a trilha. Olha gente, é uma subidinha até lá em cima viu.. Eu ainda não tava acostumada com a altitude e demorei um pouquinho pra chegar lá, mas ou, se fosse pra escolher o lugar que achei mais foda nessa viagem, eu escolheria essa ilha. Quando você chega lá em cima a vista é IMPRESSIONANTE. Parece que a ilha é rodeada por um mar branco. E ao seu redor você vê um tanto de cactos gigantes.. Nunca vou esquecer, foi o que mais me marcou. Fiquei uns 20 min sentada lá em cima admirando a paisagem, sem querer sair de lá. Vale muito a pena subir pessoal! Na descida encontrei Susan e Tânia, fomos no banheiro e depois encontramos nosso guia. Era hora de ir pro hotel de sal, e que hotel longe viu kk Foram umas 2hs até lá! Pelo que nosso guia disse todos os hotéis que existem naquela região são feitos de sal, por isso existem vários. O que ficamos tinha uns 10 quartos, cada um com 3 camas. Quando chegamos, guardamos as coisas no quarto e fomos lanchar uns biscoitos com chá. Depois fomos tomar um banho. Nesse hotel tem ducha, no meu ela tava até bem quentinha, tinha que pagar 10 bol pra usar. Aproveitem pois no segundo dia não tem :/ Depois do banho fomos jantar uma sopinha. Durante a janta nosso guia conversou com a gente sobre o planejamento do da seguinte. Fiquei conversando com as meninas até mais tarde antes de dormir.

 

33632619955_e38857ca7e_b.jpgCIMG0658 by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33503545531_845acc7560_b.jpgcactos gigantes by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33248925630_278baa812a_b.jpgcactos gigantes by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33503541341_7267876655_b.jpgmar branco by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32818828083_7d6e35db4e_b.jpgvista da ilha incahuasi by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32789894854_cf3093a6b0_b.jpgtempestade by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32818824153_9ea019fb93_b.jpgtempestade chegando! by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33591669356_54d56159b8_b.jpgárea comum do hotel de sal by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33632610735_a3963291d6_b.jpgquarto do hotel by Natalia Natsumy, no Flickr

 

 

 

Gastos do dia:

1 bol - banheiro público

7 bol - desayuno (pão com ovo)

700 bol - tour Salar de Uyuni

2 bol - outro banheiro público

10 bol - 2 águas de 2 litros cada

10 bol - 2 chaveiros de llhama

5 bol - pulseirinha

30 bol - entrada na Isla del Pescado

10 - ducha no hotel de sal

 

Total: 775 bol

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Dia 4 : Tour Salar de Uyuni (2º dia)

 

No dia seguinte acordamos umas 6hs já com o café pronto na mesa! Pão com geléia e chá pra variar. Tomamos café, arrumamos as mochilas pra colocar no carro e partimos rumo as lagunas! Esse é o dia em que passamos muito tempo dentro do carro entre uma laguna e outra, mas as paisagens são lindas.

 

A primeira parada foi em um deserto que tinha um mirante para um vulcão muito bonito. Tinha uns arbustos bem bizarros lá muito interessantes. Ficamos algum tempo lá explorando a região antes de seguir para as lagunas.

 

32790270044_2a8c3a311c_b.jpgdeserto by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33632961915_6eeb251f7c_b.jpgarbusto bizarro by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Depois do deserto fomos para a Laguna Capana, que por si só já é bem bonita.. Tiramos algumas fotos e seguimos para a Laguna Hedionda, uma das minhas favoritas da viagem.. Apesar do cheiro um pouco ruim, ela é linda, e tem muitos flamingos. Ficamos uns 30 minutos olhando e tirando fotos lá. Cuidado que perto da lagoa costuma passar uns ratos! Quase pisei em um quando fui tirar uma foto lá ::putz:: Nosso guia perguntou se queríamos almoçar ali, mas ainda era cedo, umas 11:30.. Ninguém tava com fome, então seguimos com a viagem. Próxima parada foi na Laguna Honda, que é bonita também, parece uma praia. Mas das lagunas que vimos foi a que menos achei graça. Ficamos lá pouco tempo.

 

33592080146_17338b881c_b.jpglaguna capana by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33503862291_94bbdda597_b.jpglaguna hedionda by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32819182463_6d4ecc16eb_b.jpgflamingos by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32819184253_a52ceec41b_b.jpgquando eu vi um ratón kkkk by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32819300613_4a5fd3fcfe_b.jpglaguna honda by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Seguimos então para o deserto de Siloli. A sensação de estar num 4x4 no meio do deserto é muito boa. No meio do deserto, onde tinham umas pedras grandes, nosso guia parou pra preparar o almoço. Sim, no meio do deserto, numa ventania do cacete, só a gente lá. Foi um almoço inesquecível kkk O almoço foi macarronada, uma panqueca de repolho, frango e salada. Simples e delicioso. Teve até um bombom de sobremesa. Enquanto o guia arrumava as coisas pra seguirmos viagem ficamos vendo um animal típico da região, que parece muito um coelho, mas esqueci o nome. Ele tava camuflado no meio das pedras.

 

32790366924_dea2a8de22_b.jpgalmoço inesquecivel by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33476448242_7ee01bf9de_b.jpgbichinho que esqueci o nome by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Seguimos viagem e depois de um tempo chegamos ao famoso Árbol del Piedra. É realmente legal essa formação. Lá também tem umas pedras grandes, onde o pessoal fica escalando. É bem legal o lugar, mas venta MUUUITO. Ficamos lá um tempo apreciando a paisagem. Próxima parada era a Laguna Colorada!

 

33476445472_b8ecfcdc02_b.jpgarbol del piedra by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Na entrada do parque onde está a Laguna Colorada, temos que pagar 150 bol. Tem que levar a identidade lá dentro da casinha e comprar o seu ingresso. Não percam esse papel, pois no outro dia, quando estiver saindo do parque, você vai ter que mostrar ele de novo.

 

Desde a entrada já dá pra ver uma parte da Laguna.. É linda, e imensa! Chegamos em um lugar onde dava pra ver mais de perto e ficamos lá durante 1h andando ao redor da laguna. É incrivelmente linda, e tinha uma parte que tinha um monte de llhamas enfeitadas, uma graça kkk Mas venta pra caramba. Tirei fotos, brinquei com as llhamas e fiquei admirando a laguna até o guia chamar a gente pra ir embora..

 

33503858331_5f10f66121_b.jpgCIMG0777 by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33249281610_6b45252b58_b.jpglaguna by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33476462132_775ef7bf07_b.jpgdescabelada by Natalia Natsumy, no Flickr

 

32790252724_85b5da0dec_b.jpgllhama posando pra foto by Natalia Natsumy, no Flickr

 

33592058856_64b89ae5a7_b.jpgventania by Natalia Natsumy, no Flickr

 

 

Essa é a noite que dormimos no refúgio. O refúgio também é bem longe viu.. Achei que a gente tava indo pro fim do mundo, porque não chegava nunca kk O refúgio fica num pequeno vilarejo e é bem simples. Na hora que chegamos rolou uma pequena confusão, pois no nosso os quartos tinham 4 camas. Então uma das meninas ia ter que ficar com a panelinha do Oliver e os filhos. Acabou que Susan ficou com eles e Eu e Tânia dividimos o quarto com duas senhoras bolivianas.

 

32790367154_60838528dc_b.jpgmochileiras by Natalia Natsumy, no Flickr

 

Lanchamos, tomei meu banho de gato com lenço umedecido e já coloquei a roupa pro dia seguinte kkk Recomendo que troquem de roupa antes mesmo viu pessoal, inclusive já vistam a roupa de banho por baixo. No terceiro dia acordamos muito cedo e é muito frio!

 

Enquanto esperávamos a janta, levei um Uno que tinha trazido comigo e ficamos jogando. Recomendo que vocês levem um baralho ou algum outro jogo, porque nesse dia não tem nada pra fazer, além disso esses jogos aumentaram muito a interação com o pessoal do meu grupo. Jogamos, jantamos, tomamos um pouco de vinho, e continuamos jogando de novo. Quando vimos, só tinha nosso grupo no refeitório, todos já tinham ido dormir. Jogamos mais algumas partidas e fomos dormir também. O próximo dia seria puxado!

 

Gastos do dia:

5 bol - bano

150 bol - taxa pra entrar no parque

 

Total: 155 bol

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Olha eu de novo aqui hahahahaha!

 

E o tempo em Machu pichu? Pegou chuva ou tempo aberto? Quero faze a Inca trail e to bem preocupado em pega chuva e nao ve nada!

Aguardando continuacao do Relato. Ta excelente!!!!

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Olha eu de novo aqui hahahahaha!

 

E o tempo em Machu pichu? Pegou chuva ou tempo aberto? Quero faze a Inca trail e to bem preocupado em pega chuva e nao ve nada!

Aguardando continuacao do Relato. Ta excelente!!!!

 

Oi Hermannkloth! Então, o tempo em Machu Picchu é bastante imprevisível. Quando eu fui tava nublado. Peguei uns chuviscos na trilha da hidrelétrica e na hora de descer de MP, mas nem precisei usar capa de chuva. Quando eu cheguei lá em cima, as montanhas estavam encobertas pelas nuvens! Fiquei até chateada porque nem dava pra ver nada, mas pouco tempo depois o tempo abriu, começou a fazer sol, depois ficou nublado de novo, bem assim kkk

Acho que se você vai nessa época é bem provável que pegue chuva durante a Inca trail, mas lá em cima o tempo vira muito rápido, então não se preocupe, é muito difícil ficar chovendo direto :D Só não esqueça de levar uma boa capa de chuva e um calçado impermeável.

 

E obrigada, espero que te ajude bastante!

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