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Cara, fiquei impressionado com a riqueza de detalhes, seu relato foi inspirador e muito motivante! Quero realizar o mesmo circuito em outubro desse ano (2017). Vamos eu, minha namorada e mais um brother! Aproveitando a oportunidade: o que acha a respeito da data? (outubro-primavera) e como era o condicionamento físico de vcs, estamos um pouco apreensivos... já fizemos alguns trekkings aqui pelo Brasil, mas queríamos ter uma base a respeito disso! Somos bastante ativos mas nunca caminhamos fora do país! Um forte abraço e agradeço muito pelas informações. Avante guerreiros !

 

Que bom que o relato possa te ajudar!

 

Bom, a data está perfeita! Porque você foge da turistada "fast food". Só fique esperto com os agendamentos em Torres del Paine, por que eles abrem no começo de Outubro.

 

Velho, sobre o nosso condicionamento: Eu fiz uma preparação meia boca nos três meses que antecederam a viagem. Falo meia boca por que intenso mesmo foi no último mês antes da partida. Minha preparação foi basicamente corrida (5km/dia) e em 3 dias da semana exercícios de calistenia (flexão, abdominal, barra, etc) em casa mesmo. Mas isso por que eu estava um pouco acima do peso, a Dani, minha esposa, fez exercícios funcionais em casa, no último mês.

 

Olha, os trekkings (torres del paine, el chalten, ushuaia, monte léon e Lago Jeinimeni) que fizemos praticamente não apresentaram dificuldades técnicas (como escalada por ex), mas de nós 5 apenas 1 pessoa não tinha experiência em trekkings e na verdade em trekking longo, ninguém tinha. Mas, como disse no relato, nossa equipe era formada por 3 geógrafos, 1 bióloga e 1 farmacêutica. Todos fazemos parte de um grupo de pesquisa em cavernas na região dos campos gerais, paraná, então essa é uma questão bem relativa, por que estamos acostumados com acampamentos e trekkings.

 

Pense na preparação física da seguinte forma: quanto mais em dia com o seu corpo, menos você sofrerá nos trekkings longos...

 

Agora, o que é fundamental na patagônia é o equipamento! Nessa época que pretendem ir ainda se encontra muita neve por lá. Hoje mesmo eu soube que dois escaladores morreram em El Chaltén por conta de uma nevasca e olha que acaba de começar o Outono. Então, no início de Outubro ainda faz muuuito frio por lá.

 

Abraço e boa sorte com a viagem, em breve publico as outras partes do meu relato... ::otemo::

 

Heder

  • Membros
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Fantástico. Li tudo e fiquei chateado que ainda faltam partes. Muito bem detalhado e explicado, no aguardo do restante.

 

Abraços

 

Que bom que gostou dBianchin!

 

Logo logo eu libero a segunda parte.

 

Abraço

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Parabéns!!

 

Texto rico em detalhes, imagens, e bem explicativo!!

 

Fico esperando as proximas partes :)

 

Abraços

 

Obrigado Marcelo!

 

Logo logo eu publico a segunda parte.

 

Abraço

  • 2 semanas depois...
  • Membros
Postado

E aqui segue a segunda parte do relato da nossa viagem de 32 dias pela Patagônia (Chilena e Argentina) e Tierra del Fuego. Aproveitamos o embalo e criamos um blog chamado "o quinto diário (mochileiro)"! Bom, quando vocês chegarem na parte do Ushuaia vocês vão entender essa história de "quinto"... ::ahhhh::

 

Aproveita e entra lá dar uma olhada também, é só clicar aqui.

 

 

PARTE 2: PUERTO NATALES, PUNTA ARENAS E USHUAIA

 

Puerto Natales

 

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Dia 06 de Janeiro de 2017.

 

Terminamos o trekking de nossas vidas no Torres del Paine e seguimos para Puerto Natales, como havíamos planejado: um trecho de +- 110 Km de distância. Uns 30km antes de chegar em Puerto Natales existe um acesso para a Cueva del Milodon, não fomos... :( Na hora estávamos cansados e só queríamos chegar no Hostel que tínhamos reservado alguns meses antes, fizemos umas contas e chegamos a conclusão que não compensava ir, principalmente, por que o horário estava complicado.

 

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Seguimos e encontramos fácil o Hostel Lili (aqui está o link), que acabou sendo eleito um dos melhores lugares em que ficamos na viagem toda! O preço da diária foi de Ch$ 12.500,00 com café da manhã (ou ~ R$ 60,00 - sim, o sul do Chile não é um lugar barato) e olha que descobrimos que esse hostel é um dos mais baratos da cidade! Mas o lugar é super aconchegante e a equipe show de bola! Sabe aquele lugar que vale o preço, então. Eles também tem o serviço de lavagem de roupa, uma facilidade tremenda, uma vez que estávamos com a roupa suja do Paine (15 dias... pois é!). A lavagem da nossa roupa (4 kg) deu Ch$ 4.000,00 (~ R$ 20,00) e sentir aquele cheiro de roupa limpa foi sensacional!

 

Essa era a vista da nossa rua:

 

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Puerto Natales é a capital da província (o equivalente aos nossos estados, no Brasil) de Última Esperanza, no Chile. Está localizada no Golfo Almirante Montt, o qual a liga com o Ocenano Pacífico - logo após um monte de canais! A cidade é pequena e todo um charme, tendo cerca de 20.000 habitantes é a porta de entrada para quem vai visitar o P.N. Torres del Paine. A nossa foi El Calafate, mas logisticamente e economicamente, essa opção é mais interessante, pois um dos pontos centrais da economia de Puerto Natales é o turismo relacionado com as Torres del Paine, isso facilita um pouco as coisas, como o câmbio, por exemplo.

 

Chegamos a noite, tomamos banho e logo fomos procurar algum lugar para comer, afinal de contas ainda tínhamos o suficiente de pesos chilenos para uma refeição econômica. Nesse dia nos dividimos e a Dani e eu fomos em um restaurante que ainda estava aberto (era sexta feira e as coisas fecham as 22h), pedimos uma pizza de lomo e uma "birra" Austral.

 

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No outro dia aproveitamos para conhecer a cidade. Saímos cedo e fomos buscar algum lugar para cambiar os dólares que o resto do pessoal tinha levado e conseguir pesos chilenos. Encontramos uma papelaria que fez cambio por um valor sem vergonha, mas como não tínhamos opção, acabamos trocando dinheiro ali mesmo. Definitivamente, Puerto Natales não é uma cidade boa para cambiar dinheiro (ATENÇÃO: poucos lugares aceitam reais!!)

 

Fomos até o supermercado fazer uma compra para um Estrogonofe coletivo, que ficou sensacional! Era sábado, então nossas possibilidades de passeios estavam complicadas... Mesmo assim, durante a tarde, nós saímos dar uma volta pela orla, que tem o monumento ao vento e dá pra fazer umas fotos legais com o movimento dos barcos, sentar e relaxar com a paisagem.

 

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Andando pelas ruas de Puerto Natales, nós encontramos um museu (A página do museu é essa) que estava quase fechando, tínhamos apenas 1/2 h para visitar as 4 salas!! Acabou que eles deixaram a gente visitar sem cobrar nada! Muito legal! O museu era pequeno, mas fantástico! Basicamente contava um pouco da história do genocídio dos povos originários daquelas terras (os Aónikenk y Kawésqar, parentes dos Selk'nam da Isla Grande de Tierra del Fuego, que eram conhecidos como Patagones, daí o nome Patagônia) pelos colonos britânicos, argentinos e chilenos. Vale muito a pena conhecer.

 

Dia 8 de Janeiro! Aniversário do Hugo! Festejamos um pouco durante o café da manhã e perto do meio dia seguimos com destino a Punta Arenas. A foto abaixo é do Hostel Casa Lili.

 

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Punta Arenas

 

224 km de distância nos esperavam. O mate, as músicas e o papo estavam preparados e seguimos em direção a Punta Arenas, uma cidade portuária que para nós (e para muita gente) era mais de passagem do que para curtir mesmo. Tínhamos a indicação de dois hostels que a Casa Lili nos havia passado.

 

Punta Arenas é uma cidade média de ~ 160.000 habitantes que vive da atividade portuária e de serviços, capital da província de Magallanes. É base de partida de muitos roteiros para a região antártica e patagônica, pois concentra um porto e um aeroporto importante. Chegamos, sem muitas complicações, no meio da tarde e a cidade nos pareceu muito pouco receptiva, para ser gentil.

 

Não tínhamos reservas em hostel a partir daqui, o que foi um erro. Batemos no Hostel Chiloé, da indicação de Puerto Natales e eles até tinham vaga, mas achamos caro os Ch$ 12.000,00 sem café da manhã. Saímos em busca de onde dormir, paramos em uns 4 ou 5 hostels pela região central e nada, ou era caro demais ou estava lotado - isso quando nos recebiam! Acabamos voltando ao Hostal Chiloé e ficando por lá mesmo. Ah, ele fica na frente do Partido Comunista de Punta Arenas!

 

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O hostal é bacana, tem garagem, os quartos são limpos e as camas boas. Acabamos ficando em um quarto para seis pessoas, que o Cláudio (gerente) fechou para nós cinco - pela privacidade e talz. Ah, tinha banheiro no quarto e o hostel tem uma cozinha grande, que obviamente utilizamos. O cardápio desse dia foi um picado de carne com arroz, purê de batatas e uma salada. Nosso rolê por Punta Arenas se resumiu em caminhar pelo bairro histórico do centro no sentido do supermercado, fazer as compras do almoço, da cerveja e voltar pro hostel.

 

Fomos dormir cedo e ansiosos pelo dia seguinte, Ushuaia, fim do mundo bebe!

 

 

USHUAIA

 

Dia 9 de Janeiro de 2017.

 

Acordamos cedo, tomamos um café da manhã bem reforçado com frutas, iogurte e com direito a omelete! haha Regime de engorda pós Torres del Paine no modo on!

 

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Bom, como é possível ver acima, 622 km e uma balsa (pelo Canal de Magallanes) nos esperavam. O plano do dia era mais ou menos esse:

 

8h – Saída de Punta Arenas

10h - Balsa: 20 min com o preço de Ch$ 15.000,00 por automóvel leve (o preço inclui os passageiros ::mmm: )

18h – Chegada em Ushuaia

 

Saímos as 9:30 e chegamos na Balsa as 12h. Esperamos mais ou menos uma hora até embarcar e chegamos em Ushuaia as 21h, sem reserva em hostel. ::toma::

 

Link da empresa da balsa:

http://www.tabsa.cl/portal/index.php/es/servicios/2-cruce-primera-angostura

 

Pegar a balsa é um procedimento bem tranquilo. Funciona assim: Você sai de Punta Arenas pela Ruta 9, pega a 255 e depois a 257 até dar de cara com uma fila de carros que estarão entrando na balsa, não tem erro. Quando chegou nossa vez subimos com o classic guerreiro e estacionamos. Quando a gente desse do carro já é preciso ir para uma fila para pagar a taxa de transporte. Depois disso é só desfrutar do passeio. Dá pra subir na parte superior da balsa e aproveitar a cena, afinal de contas, não é todo dia que cruzamos o Estreito de Magalhães. ::otemo::

 

Hugo e Dani tirando onda...

 

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Quando vamos nos aproximando do porto na Tierra del Fuego o povo já vai indo para os carros e nessa hora é preciso ficar esperto, por que quando a balsa chega e atraca a galera vai ficando nervosa pra sair.

 

Descer na Isla Grande de Tierra del Fuego é uma coisa emocionante! Só de pensar que estávamos no fim do mundo já dava aquela emoção gostosa. A paisagem toda muda e começa a aparacer aquela vegetação rasteira bem avermelhada, típica de lá. Nesse momento pensávamos que o nome "Terra do Fogo" era em relação à essa vegetação. Os guanacos também estavam presentes e de vez em quando cruzavam a nossa frente.

 

Bom, o trecho até o Paso San Sebastian, fronteira com a Argentina, é de aprox. 120km, desses, apenas os 50km iniciais eram em asfalto... Depois, só fomos encontra-lo de volta no acesso a RN 3 argentina, um pouco depois do Paso San Sebastin.

 

Chegamos em Ushuaia as 21h, um chuvisco e tudo meio cinza e com um frio tremendo. Descemos do carro tirar umas fotos no famoso cartaz do Fim do Mundo, mas começou a cair uma chuva esparsa com uns pedaços de gelo no meio e de repente fez muito frio, mas muito mesmo! ::Cold::

 

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Decidimos rodar e procurar um lugar pra dormir... Aí a coisa começou a complicar e o primeiro perrengue nervoso aconteceu! Simplesmente a capacidade hoteleira da cidade estava saturada. Não encontrávamos vaga para dormir em nenhum hotel, hostel, pensão, albergue, pousada, cabana. Tínhamos ainda duas opções: P.N. Tierra del Fuego e Camping Municipal.

 

O P.N. Tierra del Fuego era a opção inicial, mas como sabíamos que no parque o camping seria selvagem, pois o parque não oferece estrutura nenhuma de camping, nem de banheiro, e também teve a questão do horário. A pior coisa seria chegar no parque e dar de cara com ele fechado. Como o frio estava assustador, decidimos que não estávamos preparados para camping naquelas condições de frio - avaliamos isso em relação ao que ocorreu no acampamento Italiano do Torres del Paine, que fez muito frio também.

 

Bom, a ideia então era rodar mais um pouco pelos hostels e hotéis da cidade e esgotar todas as possibilidades. Depois de uns 20 estabelecimentos chegamos em um hotel. Descemos Fernando e eu, falamos com a atendente e ela resolver ligar para um ou dois Hotéis que tinha recebido a informação de que talvez tivessem vagado algumas reservas. (não entendo disso direito, mas parece que existe um sistema entre hotéis em Ushuaia). Ela ligou para o Hotel Mônaco e realmente havia vagado algumas reservas, pedimos para segurar e fomos para lá. ::hahaha::

 

Chegando lá, meus amigos, nós contamos a história da nossa vida para a gerente e graças a um cancelamento de voo da LATAM haviam algumas vagas ::otemo:: 4 para ser mais específico, mas como estávamos em 5 precisávamos de mais uma. Nós propomos então que o quinto elemento poderia dormir nos colchões infláveis que tínhamos, que não teria problema. Ela então cobrou as quatro diárias e mais uns 20% do quinto elemento. Quando estávamos saindo para comer, ela nos chamou e disse que haviam cinco reservas disponíveis e que estava tudo certo, que poderíamos todos dormir em um quarto. Perguntei se teriam camas para os 5 e ela respondeu que sim, mas que era só por uma noite e que teríamos que deixar o hotel até as 10h do outro dia.

 

Maravilha! Imediatamente saímos comer uma pizza para comemorar!! - já era quase meia noite.

 

Dica de lugar econômico para comer a noite em Ushuaia: Mc Pipi! Sempre tem promoções!

 

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Voltamos e era outra pessoa na recepção, beleza, afinal de contas estava tudo pago! Ela nos deu duas chaves e falou que a nossa reserva estava para dois quartos, perguntamos se estava correto e ela disse que sim, que haviam remanejado. Bom, pegamos as chaves dos quartos e subimos, Dani, Hugo e eu em um dos quartos, Fernando e Aline no outro. 20 min depois aparece Aline e Fernando na nossa porta falando que foram expulsos do quarto!!!!

 

Como o meu espanhol era o mais aceitável eu desci para tentar resolver com a moça. Parece que rolou uma confusão entre as reservas e no fim das contas eles não sabiam o que fazer com o quinto elemento. Ficamos em uma discussão por uns 10 minutos até que a moça lembra que existia uma cama reserva em algum lugar para esses casos. Resumo da história: o hotel estava full, um voo foi cancelado, ele liberam os quartos que já estavam pagos para nós, eles fazem confusão com as reservas, eles milagrosamente descolam uma cama.

 

Nesse momento surgiu a história do quinto elemento como uma entidade que ajuda xs michileirxs naquele momento de desolação! E o pior de tudo é que a partir desse momento as coisas conspiraram muito ao nosso favor durante toda a viagem. Foi daí também que tiramos a ideia do nome do nosso blog, o quinto diário (clica aqui pra conhecer).

 

Dormimos e esse dia gelado enfim chegava ao fim.

 

Dia 10 de Janeiro de 2017.

 

Levantamos umas 8h, descemos para o café da manhã e comemos como se não houvesse amanhã (e realmente até aquele momento não tinha, por que a cidade estava lotada), fizemos até um campeonato para ver quem comia mais medialunas (um croissant típico argentino)! Quando estávamos saindo do café da manhã eu resolvi passar na recepção e perguntar se havia aberto vagas e conversar com a gerente sobre o mal entendido da noite anterior. Advinha? Poderíamos ficar o hotel pelos dias que quiséssemos!!! E eles não cobrariam o quinto elemento, uma vez que o quarto era para 4 e estávamos em 5 com uma pessoa dormindo em um colchão no chão (para nós aquilo era melhor do qualquer coisa que já tínhamos dormido durante a trip). ::otemo::::hahaha:: Fechamos os outros 3 dias.

 

A felicidade tomou conta do time! Subimos, nos trocamos ::Cold:: e fomos para o Centro de Informações Turísticas (CIT) que fica bem pertinho do Hotel Mónaco, lá eles possuem uma estrutura fantástica de apoio ao turista. Tivemos atendimento personalizado em Português, os passaportes carimbados com o famoso selo do "Fim do Mundo" e acabamos decidindo por dois rolês: Parque Nacional Tierra del Fuego e Cueva de Hielo/Laguna Esmeralda (Glaciar Vinciguerra). Decidimos não fazer a navegação do Canal Beagle pelo preço: ARS 600,00 por pessoa, o mais simples.

 

Ushuaia é uma cidade média para os padrões brasileiro, mas é a capital da província de Tierra del Fuego, Argentina e nela vivem cerca de 60 mil pessoas. O turismo é um setor econômico importantíssimo para a cidade que tem investido pesado no ramo, a partir do slogan "Ciudad más Austral del Mundo" e realmente você percebe isso por lá. Tem muito museu, agências de viagem, passeios, expedições para ver pinguim e leão marinho, navegar o canal beagle e por aí vai.

 

Essa região em que ficamos é fantástica. A av. San Martin, a av. Maipú e a av. Prefectura Natal, entre Calles Patagonia e Calle Yaganas concentra praticamente tudo que você vai precisar em sua estadia por Ushuaia: Hostels, todos os tipos de restaurantes, lojas, agências de turismo, cartaz do fim do mundo, CIT, etc.

 

Pra você não perder muito tempo, já no CIT peça para eles indicarem algumas agências para você consultar os preços dos tours que mais te agradem. Uma dica: Logo ao lado, tem umas cabanas que vendem os pacotes de vários tours, se você falar com o "preso" (sim é esse o apelido dele e como ele se veste) ele consegue o menor preço (que mesmo assim nos pareceu caro).

 

Voltamos pro carro e pra nossa infelicidade tomamos uma multa por estacionar em local proibido... Seguimos para o mercado e depois para o P.N. Tierra del Fuego por um trecho de ~10km, sendo 5km de rípio, pela Ruta Nacional 3, não tem como errar. O link do parque é esse.

 

ATENÇÃO! No parque é possível acampar, mas eles não disponibilizam nenhuma estrutura e quando falo nenhuma eu quero dizer que nem banheiro tem, é um camping bem selvagem e desgraçado de frio. ::Cold::

 

Chegando no parque, logo na portaria você paga e recebe um mapa, uns folders sobre a fauna e cultura local e os tickets. O mapa é esse:

 

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No parque você tem várias opções de trilhas e travessias, mas como ainda estávamos nos recuperando do Torres del Paine, fizemos apenas uma caminhada curta que está destacada em amarelo, no mapa acima. O que está em laranja fizemos de carro e foi super tranquilo. Você entra no parque pela parte direita do mapa, aonde tem o "i" é a portaria, seguimos até o primeiro cruzamento e entramos para a direita, sentido área de camping, mas como vimos que não chegaria em lugar algum paramos nos trilhos do "Tren del Fin del Mundo" para tirar umas fotos e eis que começa a nevar! Sim, neve, pela segunda vez na vida e na viagem, mas dessa vez ela caia do céu mesmo! haha

 

Curtimos um pouco aquela neve rala, voltamos pro carro e seguimos em direção ao muelle, que é onde está a unidade do Correos Argentinos e é a agência de correiros mais austral do mundo. Quando estávamos estacionando o carro começou a nevar de verdade, mas muita neve!!!! E com ela um frio destruidor! ::Cold::

 

Sério, eu tirava fotos e filmava tudo aquilo mas minhas mãos estavam congelando. Quando estávamos molhados e não aguentávamos mais entramos na agência do correio que é um café também, bem simples, mas quentinha. ::otemo:: Esperamos um tempo até secar e nisso parou a chuva/neve.

 

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Seguimos até o fim da RN3 que segundo a lenda une Ushuaia com o Alaska:

 

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E caminhamos um pouco até o "Fim do Mundo". Foi toda uma emoção pra Dani, já que ela é Bióloga.

 

Voltamos pro carro e o frio estava insuportável! Isso por que estávamos com roupas "adequadas" e impermeáveis! Retornamos para Ushuaia e a nossa meta era comer um "bife de chorizo", que é um corte de carne bovina típica da argentina. Achamos o Mustachio, na av. San Martin, mas na boa, não recomendo não! A carne estava boa, o preço era mediano, mas o atendimento foi uma ::xiu::

 

Dia 11 de Janeiro de 2017

 

Acordamos quase no fim do café da manhã, mas deu tempo de comer como se não houvesse amanhã novamente! haha

O roteiro de hoje era conhecer a Cueva de Hielo no Glaciar Vinciguerra. Nós não esperávamos muito, já que tínhamos lido aqui no mochileiro que se tratava de uma caverna pequena, mas que a trilha era muito legal. Bom, como todas as pessoas do grupo fazem parte de um grupo de espeleologia em Ponta Grossa - PR, esse era um ponto alto para a nossa viagem!

 

A indicação era sair até as 12h, pois a trilha até o Glaciar era pesada. Bom, saímos era umas 11h e não tivemos muita dificuldade para encontrar a porteira que dá acesso a trilha e onde deixamos o carro. Não é difícil achar, mas não tem sinalização alguma indicando o início da trilha para a Cueva, Lagunas ou mesmo o Glaciar. Durante a trilha sim, existe sinalização.

 

Bom, nessa trilha você pode conhecer: duas lagunas (Témpranos e Esmeralda), turfeiras (depósitos de turfa), Glaciar (e caminhar nele), dique de castores (isso mesmo!) e uma caverna de gelo. A trilha é essa aqui e você chega de carro até aqui, o ponto final é uma porteira, você pode deixar o carro por aqui mesmo, mas desde Ushuaia você pode pegar uma van que deixa nessa mesma porteira, se chama "tranquera".

 

A trilha é de +- 8km de ida com ~600m de desnível/subida. Os últimos 2km são destruidores com uma subida bem ingrime! Mas os 6km iniciais são relativamente tranquilos e você caminha pelo vale deixado pelo Glaciar Vonciguerra que recuou. Logo no início é possível caminhar pelos depósitos de turfa, depois entramos nos bosques fueguinos e por último nas lagunas do glaciar.

 

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Voltamos para Ushuaia e a ideia era conhecer o Museu Marítimo e Ex Presídio de Ushuaia, mas chegamos tarde e tinha acabado de fechar. Ficou para a próxima.

 

Dia 12 de Jan de 2017

 

Acordamos cedo e nos dividimos. Hugo, Aline e Dani foram ao mercado comprar as coisas que precisaríamos para os 2 ou 3 dias seguintes que seriam de acampamento no Parque Nacional Pali Aike, na fronteira do Chile com a Argentina. Fernando e eu fomos pagar a multa de estacionamento que tomamos... ::lol4::::otemo:: Aqui morreram ARS 350,00 e cerca de 1h na fila. DICA DE OURO: Não estacione em locais inadequados na cidade de Ushuaia, eles multam. ::lol4::

 

Voltamos para o mercado pegar o pessoal e zarpar para a estrada. A partir daqui começa a parte 3 do relato que logo logo eu posto por aqui e pelo blog O QUINTO DIÁRIO!

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