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Da casa dos espíritos até Puesco - a travessia do P.N. Villarica


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rlcid,

 

Concordo com tudo o que você disse, o que relatei foi o que passei e tenho passado aqui em Pucón. A primeira vez que fui subir o San Sebastian por exemplo, os guarda parques me alertaram que eu estava começando a trilha tarde 10h da manhã e que era para ter cuidado, levei um casal e fizemos a trilha em 4:30h, como era verão e tinha sol até as 9h da noite foi tranquilo pra descer. Na segunda vez cheguei lá mais de meio dia com um grupo (menos inexperiente), o guarda parque não queria deixar a gente subir, dai falei que tinha dois dias que tinha ido lá e feito a trilha e que daria tempo de sobra pra gente subir e descer, ele liberou sem problema alegando que eu já conhecia a trilha, resumindo subimos em 3 horas e descemos em segurança. O mesmo ocorreu no Sollipulli, a primeira vez que fui chegamos tarde e o guarda parque liberou pra gente subir até as 16h, em qualquer ponto que estivéssemos era para descermos. Chegamos a metade do caminho e respeitei o que ele disse (daria pra subir e descer na boa). Na segunda vez que fui, encontrei com o mesmo guarda parque, cheguei um pouco mais cedo, mas com um grupo maior, ele me relembrou, se não chegar ao cume antes das 15h desçam. Chegamos bem antes, ficamos no cume até as 15h e descemos.

 

E o que aconteceu em todas essas vezes? Vi chilenos começando a trilha bem depois de mim, eles fazem isso com estrangeiro pra não ter chateação. Eles são chatos mesmo, concordo, mas se eu trabalhasse em um lugar desses e tivesse passado por situações onde pessoas inexperientes se atrapalham e eu tenho que colocar o meu na reta pra resgatar esse povo, eu faria o mesmo.

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Putz Ramon!

 

A descida da Laguna Negra até o vale pelo famoso Caracol deve ter sido muito pesada para vc com duas mochilas e sua

mulher com o joelho estourado!

 

Espero que ela esteja recuperada agora.

 

Uma pena que vc não pode ir conosco para Auzangate!

 

Abs, Peter

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Ramon, em março realmente não tinha nem sinal de neve em nenhuma das trilhas que fiz, nem Lonquimay, nem Huerquehue.

Também acho que eles são "super protetores", às vezes algumas recomendações beiram o ridículo, mas vá saber que tipo de merda já viram as pessoas fazendo, provavelmente, para nos tratar feito "crianças bobas", devem ter presenciado alguns manés fazendo cagadas. Também não concordo com essa chatice e todo esse zelo conosco. Eu me enquadro no biotipo do gordinho sedentário sem experiência, mas já dei minhas pernadas, e por causa do bom senso, nunca passei apuros nem no Brasil nem lá fora. Inclusive conheço bem meus limites, abandonei Huayhuash nas águas termais por causa de uma infecção urinária.

Fiz Lonquimay de maneira clandestina, mas é uma trilha tão bem marcada que utilizei só o mapinha do Lonely Planet e não senti falta de um mapa melhor. Não carrego GPS nas trilhas, mas não é questão de ser "macho e navegar no olho", é questão de gosto e modo de trilhar, acho até que fico mais focado com a falta desse companheiro pra indicar o caminho em caso de me perder. Das trilhas que conheci no Chile e na Argentina em nenhuma achei necessário o uso do GPS, são tão bem marcadas que é praticamente impossível de se perder.

Como você disse, algumas pessoas não respeitam determinadas leis, mas respeitam bastante a natureza. Acho que me enquadro aí! Aqui no Brasil também presenciamos alguns abusos. No Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros até 2013 era obrigatório a companhia de guias em todas as trilhas, e todas eram muito bem sinalizadas e babas. Acabaram com essa obrigatoriedade em 2013 e o parque continua super tranquilo. Lógico que as condições nos Andes são mais extremas, e pode haver variação brusca na temperatura, mas mesmo com essa variante acho o zelo excessivo.

Ao invés de fazer a Travessia do Villarrica, fiz Huerquehue, subindo o San Sebastian no primeiro dia e dormindo no Camping Olga, no Lago Tinquilco, no outro dia fui pro Renahue e acampei. No terceiro dia fui até as Termas Rio Blanco num bate e volta e novamente dormi no Renahue. Dali, ao invés de voltar pelo mesmo caminho, eu saí do parque pelo lago Caburgua e contornei a margem leste desse lado até a cidade de Caburgua. Um parque muito bonito, a maior parte das trilhas é feita por bosques, o que torna o clima ameno e a caminhada bastante agradável.

Gostei muito dessa frase: "Melhor pedir desculpas do que permissão."

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