Membros L.O.S. Postado Fevereiro 2, 2017 Membros Postado Fevereiro 2, 2017 (editado) Depois de tanta consulta nesse fórum para planejamento, nada mais justo do que retribuir com mais informação No meu relato, vou procurar abordar alguns pontos que eram dúvidas mesmo lendo a grande maioria dos relatos aqui. Acredito que boa parte deles já é mais antigo (cerca de 3/4 anos atrás), então acho bom dar uma atualizada em alguns detalhes e valores. Antes de tudo, uma pequena introdução da viagem: Meu namorado e eu estávamos há um tempo desejando fazer um mochilão pela Europa. Com o câmbio desfavorável, opções de cidades mais "caras" como Londres e Paris estavam fora de cogitação. Em meados de junho, comecei a pesquisar por aqui mesmo sobre alguns países mais em conta para o mochilão e acabamos decidindo por realizar a Europa Central. Sempre me interessei muito pela história da 2ª Guerra/Guerra Fria e tudo aconteceu basicamente por ali. Isso foi outro combustível para a decisão. Compramos a passagem no fim de julho e teríamos (eu sozinho basicamente ) seis meses para planejar tudo. Em relação às hospedagens: não temos muito pique para hostel, especialmente porque não curtimos compartilhar cozinha e banheiro. Nossa escolha foi Airbnb definitivamente não nos arrependemos. O roteiro ficou o seguinte: 08/12 - BH -> SP -> Frankfurt 09/12 - Frankfurt 10/12 - Frankfurt -> Munique 11 até 14/12 - Munique 15/12 - Munique -> Praga 16 a 18/12 - Praga 19/12 - Praga -> Viena 20 a 22/12 - Viena 23/12 - Viena -> Budapeste 24 a 27/12 - Budapeste 28/12 - Budapeste -> Cracóvia 29 a 01/01 - Cracóvia 02/01 - Cracóvia -> Viena 03/01 - Viena -> Frankfurt -> SP -> BH Inicialmente, Cracóvia não estava no roteiro, mas a LATAM alterou o horário do nosso vôo de volta, que estava marcado para o dia 28/12. Quando percebemos, a empresa tinha alterado a conexão em SP e teríamos que ficar em uma escala de 8 horas. Entramos em contato e descobrimos que quando a empresa altera algum dos vôos, você pode alterar livre de taxas a data da ida ou da volta para até 15 dias antes ou depois do marcado, assim como cancelar a passagem. Assim, decidimos passar o ano novo por lá também e voltar no dia 03/01, incluindo a Cracóvia no roteiro. Por isso a parte final acabou não ficando encaixadinha e tivemos que voltar para Viena para pegar o vôo de volta. Transportes internos: Todos foram comprados com 2 meses de antecedência, exceto Flixbus. Frankfurt -> Munique: ICE (trem de alta velocidade) da DB Bahn (19 euros) Munique -> Praga: Ônibus da DB Bahn (14 euros) Praga -> Viena: RJ (trem regional = menor velocidade) da OBB (19 euros) Viena -> Budapeste: Ônibus da Orange Ways (10 euros) = Golpe (informações no relato) + Ônibus da Flixbus (22,5 euros) Budapeste -> Cracóvia: Ônibus da LuxExpress (5 euros) Cracóvia -> Viena: Ônibus da Polskibus (4 euros) Dá pra perceber que comprando com antecedência é economia na certa. Indico demais a quem tem viagem já planejada, já chegar com as passagens compradas. Demais gastos prévios: Passagem de avião: BH -> Frankfurt na ida e Viena ->BH na volta nos custou R$2500 para cada. Mochila Ozark Trail 45 litros: R$99,00. Recomendo para quem vai fazer um mochilão urbano. Não queríamos nada extremamente resistente, apenas queríamos viajar somente com bagagem de mão. Acho péssimo ter que ficar puxando mala de rodinha para cima e para baixo caçando o local onde você vai ficar. A mochila correspondeu e está novinha até hoje, mas não espere uma Deuter. Outro detalhe é que deixamos para comprar as roupas de frio lá, então levei uma mala dobrável dentro da mochila (dica super válida). Acabei levando roupas para uma semana e fui lavando no decorrer da viagem nos apartamentos. Seguro Viagem: R$208,00 Apartamentos no Airbnb: No total foram cerca de R$2800,00, dividindo, cada um pagou R$1400,00. Ficamos em apartamentos com média de custo de R$60,00 por dia para cada um. Dá pra achar muita coisa boa no Airbnb se procurar com antecedência. Mas quanto ficou a brincadeira toda? Sempre gostei de relatos que jogam o valor total de cara. Então, vou fazer o mesmo, mas antes preciso explicar o nosso perfil. Somos um casal e estamos juntos há 2 anos. Eu tenho 22 e ele 30. Não curtimos noitada. Pra gente um programa noturno é jantar em um restaurante ou tomar cerveja em um pub. Geralmente tomávamos café da manhã em casa, e almoçávamos ou jantávamos em casa, sendo assim, a outra refeição acabava sendo na rua. Somos mais controlados com dinheiro , mas não mãos de vaca. Fazemos apenas o que achamos justo o valor a pagar e não somos muito de sair entrando em tudo quanto é atração só porque estamos no local. Selecionamos o que mais nos interessa ao chegar no destino. Nossa viagem saiu ao todo cerca de R$8000,00 para cada. Fiquei com a sensação que é possível diminuir esse valor em até R$1500,00 para os mesmos 25 dias. Querendo ou não, fazíamos pelo menos uma refeição por dia na rua além de que escolhemos alugar apartamentos inteiros nos lugares onde ficamos. Essa espécie de mochilão "confortável" agrega mais custo. Como fiz as contas para quanto levar em euros? Bom, como comentei, sou econômico. Criei um raciocínio que acabou funcionando bem. Pesquisei as cidades "caras" e as mais "baratas". Dentre as mais caras ficaram: Frankfurt, Munique e Viena. O restante entrou na lista das baratas. Para cada dia inteiro em uma cidade cara, contei 60 euros, para uma cidade barata, 40 euros (valor para cada pessoa). Meus deslocamentos sempre foram pela manhã, onde escolhíamos o primeiro horário para chegarmos por volta de meio-dia no destino. Assim, teríamos meio dia na cidade de destino. Então, meio dia em uma cidade cara, nos custaria 40 euros(joguei 10 euros a mais do que a metade para gastos com transporte até o apartamento), enquanto em uma cidade barata, custaria 30 euros. Desse modo, de acordo com o meu roteiro, eu sozinho deveria levar cerca de 1150 euros. Levamos, cada um, 1300 por precaução e acabamos gastando apenas 900 euros cada por lá . Cabe ressaltar que esse valor inclui apenas gastos com transporte urbano + atrações + alimentação. Hospedagem e transportes entre cidades foram pagos previamente. Dia 1 - Frankfurt: Chegamos em Frankfurt por volta de 15 horas. A imigração foi um pouco enjoada. Para todo mundo, os agentes estavam fazendo todas as perguntas de praxe. Para nós, nos perguntaram qual o motivo da viagem, quanto tempo passaríamos por lá, onde ficaríamos (pedindo os comprovantes de reserva), quanto estávamos levando de dinheiro e qual era nossa profissão. Tinha ido para a França em 2014 e consegui passar sem me fazerem qualquer pergunta. Acredito que deve ser de dia e os alertas de terrorismo devem influenciar bem na situação. A dica que posso dar é só estar com os documentos obrigatórios que tem no site da UE que vai dar tudo certo. Depois disso, fomos em direção ao S-Bahn para irmos ao centro da cidade em direção ao hotel em que passaríamos uma noite. O aeroporto é bem grande e a parte próxima à entrada para os trens é um pouco confusa. Não sabíamos se o S-Bahn passava por ali ou se eram trens vindos de outras cidades. Perguntamos ao rapaz do guichê da DB Bahn, compramos os tickets de transporte público diário nas máquinas e fomos para o centro. Ficamos no Hotel Garni. Um ponto um pouco desconfortável foi que a atendente não sabia falar o mínimo de inglês, então o check in foi uma batalha até uma colega dela chegar para ajudar. O ponto positivo foi que reservamos um quarto e eles nos alocaram num apartamento no último andar de 3 quartos, sala e cozinha . Isso tudo sem custo adicional. Quando anoiteceu, fomos à famosa rua Zeil comprar nossas roupas. Primark é vida. Comprei cachecol, luva, touca e uma bota com pelinhos por dentro por 30 euros. O casaco de frio acabei comprando na C&A por 49,90 euros. Gastei ao todo 80 euros para me equipar bem . Depois disso, fomos procurar algum lugar para jantar. Passamos na Paulaner da Römer para tentar uma mesa, mas a atendente foi super grossa dizendo que a gente deveria esperar a fila, dando a entender que queríamos passar na frente sendo que não havia a menor sinalização de fila. Saímos na hora e fomos pra Römer visitar o mercadinho de Natal que estava lotado. Não ficamos muito tempo e logo fomos para o McDonald's em frente à estação de metrô da Zeil e jantamos por lá mesmo por 15 euros. Voltamos cedo para a casa, pois no dia seguinte o nosso trem para Munique sairia às 6:50 da manhã. Editado Fevereiro 4, 2017 por Visitante Citar
Membros cgtlima Postado Fevereiro 2, 2017 Membros Postado Fevereiro 2, 2017 Olá. Roteiro bem parecido ao que estou planejando. Esperando próximos capítulos... Citar
Membros L.O.S. Postado Fevereiro 2, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 2, 2017 (editado) Dia 2 - Frankfurt -> Munique: Saímos de Frankfurt bem cedinho em direção à Munique. Esperava que, como o horário era cedo, o trem fosse mais vazio. Entretanto, era um sábado e tinha jogo do Bayern no mesmo dia, logo muitos torcedores pegaram o mesmo trem. Recomendo fortemente reservar assentos, pois eles tem esse hábito por lá. Caso contrário, você precisa ficar andando pelo trem e contar com a sorte para achar um lugar vazio, ou ter que pedir alguém para que tire a bagagem da poltrona ao lado para você sentar (sim, eles deixam a mala ocupando uma poltrona e não tiram se você não pedir). No nosso caso, não conseguimos achar duas poltronas lado a lado e acabamos viajando separados. Chegamos em Munique às 11:00, deixamos nossas mochilas nos lockers disponíveis na Hauptbahnhof (6 euros por 24h), pois nosso check-in era apenas às 15:00. Aproveitamos e fomos para Marienplatz pegar o Free Walking Tour que estava saindo naquele horário. Já havia realizado um desses free tours em Paris e achei o de Munique um pouco mais pobrinho. Achei curto demais, parecia que o guia estava correndo. Porém, o guia falava um inglês super bacana de entender ( o guia era mexicano) e acabou valendo a pena como introdução à cidade. Deixamos 10 euros com ele e fomos dar uma volta pelo Hofgarten e Englischer Garten. É um passeio bem bacaninha em um dia de sol. Por mais que estivesse frio, era bom tomar um solzinho tímido. Após isso, voltamos para Odeonplatz e visitamos dois mercados de natal próximos à praça. Em um deles, almoçamos uma Weisswurst no pão(linguiça típica da Bavária feita de trigo), tomando uma cerveja de meio litro. Essa refeição nos custou 8 euros para cada. Nesse momento, descobrimos um vício : a mostarda doce que geralmente acompanha a weisswurst. É fenomenal. Compramos potes e trouxemos pro Brasil. Após o almoço, pegamos as mochilas e fomos para o apartamento que era um pouco afastado do centro. Fizemos o check-in e depois fomos ao supermercado comprar coisas para o café da manhã e eventuais refeições. Acho comida em mercado bem barato na Europa no geral. Comprávamos sempre uma massa, molho pronto, umas 4 cervejas, pão com grãos, um pedaço de queijo (brie, suiço, gorgonzola, etc), chá gelado, patê, peito de peru, algumas barras de chocolate e biscoitos. Dificilmente a compra passava de 10 euros. Nesse dia, compramos uma lasanha no mercado, chegamos em casa, esquentamos no microondas, comemos e ficamos em casa descansando de toda a maratona que tinha sido ate então. Hofgarten Englischer Garten Editado Fevereiro 2, 2017 por Visitante Citar
Membros L.O.S. Postado Fevereiro 2, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 2, 2017 Olá.Roteiro bem parecido ao que estou planejando. Esperando próximos capítulos... Opa! Que bacana. Vai curtir bastante esse cantinho da Europa. Vou dar uma adiantada boa amanhã. Espero que o relato te ajude Citar
Membros L.O.S. Postado Fevereiro 2, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 2, 2017 Dia 3 - Munique: Nesse dia, tínhamos planejado um bate-volta à Fussen (castelo de Neuschwanstein) ou à Salzburg, mas o dia estava chuvoso e decidimos ficar pela cidade de Munique mesmo. Fomos pela manhã ao Allianz Arena (estádio do Bayern). O estádio fica um pouco afastado do centro, mas o acesso é fácil a partir da Marienplatz. Como a chuva estava bem fraquinha, foi tranquilo andar até o estádio (fica a uns 10 minutos de caminhada da estação de metrô). A área ao redor é liberada ao público, porém para fazer o tour interno deve-se comprar um ticket no valor de aproximadamente 20 euros (verificar horários no site da arena). Não realizamos o tour, pois achamos que não valeria a pena pagar esse valor para uma visita de pouco menos de uma hora, sendo que, em alguns lugares ao redor do estádio, é possível se aproximar das entradas das arquibancadas e conseguir uma vista, mesmo que limitada, da parte interna da arena. Dica: se estiver chovendo mais forte é complicado de ir, pois a área é aberta e não tem muitos lugares onde se esconder da chuva. Voltando de lá, passamos em um mercado de natal novamente e lanchamos por lá mesmo por uma média de 7/8 euros, incluindo sempre a cerveja. Fomos dar uma volta no centro. Na Marienplatz, subimos na torre da Peterskirche (igreja) para conseguir a vista mais tradicional da cidade. A subida é bem estreitinha e várias vezes precisamos esperar um grupo descer e desobstruir a escada. Isso custou 3 euros e eu acho que vale a pena para ter uma noção do tamanho da cidade e tirar boas fotos, porém atenção com a visibilidade (em dias de neblina você não vai conseguir ver quase nada). Depois, fomos à famosa Hofbräuhaus que fica ali pelo centro mesmo. O primeiro andar é sempre lotado, porém há um segundo andar menos explorado e foi lá que ficamos naquelas mesas enormes compartilhadas. Pedimos a caneca de 1 litro (8,40 euros). Acho caro em comparação aos outros locais da cidade, mas tem um clima de must see. Vale a pena passar por lá. Após a cerveja, voltamos para o apartamento e lá ficamos. Allianz Arena Vista do alto da torre da Peterskirche Dia 4 - Munique -> Füssen: Nesse dia, fizemos o primeiro bate-volta. Resolvemos comprar o Bayern Ticket por 31 euros duas pessoas(para quem não sabe, é um ticket que te permite andar em qualquer transporte público do estado da Bavária das 9:00 da manhã até às 3:00 da madrugada do dia seguinte, aos fins de semana o horário é de 06:00 da manhã até às 3:00 do dia seguinte). Como era um dia de semana, precisávamos pegar o primeiro trem após às 9:00 e assim pegamos o de 9:55. De Munique à Fussen são 2 horas de trem regional (o mais lento). Não tem como errar a descida: 90% desce em Füssen mesmo. Outra dica é sempre seguir os asiáticos, pois eles sempre estão certos . Na chegada, ônibus esperam na porta da estação de trem para levar a galera para a região dos castelos (está incluso no Bayern Ticket e para quem não tem o ticket a passagem sai a 3 euros cada trecho). O percurso até a região dos castelos demora uns 10 minutos de ônibus e você desce em uma mini estação ao pé das montanhas onde está o Neuschwanstein. Essa região tem lojinhas de souvenir, lanchonetes e o guichê de venda de tickets para a entrada no castelo. Como fui no inverno, a fila era pequena, mas recomendo a quem for entrar no castelo comprar pela internet. Atenção no horário do visita, se atrasar, perde o ingresso. Dessa região até o castelo em si são meia hora ou mais de subida a pé, então tome cuidado com o horário. Há opções de ir de carruagem ou ônibus até lá em cima também. Decidimos não entrar. A visita custa 12 euros para só um castelo e tem duração de meia hora. Subimos a pé mesmo até o castelo e demos uma volta ao redor para apreciar as vistas magnificas que o local proporciona. Depois, fomos à Marienbrucke, uma pontezinha que dá uma vista maravilhosa do castelo. Para quem não tem o ingresso para o castelo, é possível ir até a parte da frente e conhecer a entrada. Descemos tudo a pé depois de um tempo e fomos à Füssen andar pela cidade. É uma cidadezinha bonita. Vale a pena andar por ali um tempo até horário do trem para Munique. Pegamos o trem de volta às 16:06 e chegamos em Munique às 18:00. Ficamos ali pelo centro e logo voltamos para o apartamento. O dia foi bem cansativo Comentários: dá pra fazer sim esse passeio por conta própria e sai bem mais barato do que contratando. Não se assustem. É difícil errar esse percurso. Castelo de Neuschwanstein visto da Marienbrucke Centrinho de Füssen Dia 5 - Munique: Nesse dia, resolvemos fazer o dia de museus. Eu escolhi o que mais me interessava: Deutsches Museum (museu de tecnologia) e meu namorado o que mais interessava a ele: BMW Museum. Fomos pela manhã ao Deutsches Museum (11,50 euros por pessoa). É um museu enorme que busca mostrar de forma interativa a evolução das diversas áreas da ciência. Precisa escolher o que mais interessa ao visitar, pois as exposições são grandes e acabam tomando muito tempo. Recomendo as exposições da parte de náutica, eletricidade, física, máquinas e aviação. Pra quem é da área de exatas, como eu, é um verdadeiro parque de diversões. Fomos em uma terça-feira e o museu estava cheio. Pelo visto, muitas escolas realizam excursões durante a semana, enquanto aos fins de semana as famílias alemãs costumam visitar o local. Após passarmos a manhã inteira no Deutsches Museum, fomos ao BMW Museum que é um pouco distante do centro. São dois ambientes: a loja conceito e o museu propriamente dito. Ambos os prédios são ligados por uma ponte. A loja tem entrada gratuita e lá você pode conferir os modelos mais novos da marca (caso alguém queira voltar do mochilão com uma BMW, essa é a hora ). O museu, por sua vez, cobra 10 euros de entrada e conta a história da empresa. É bacana ver os carros e a evolução da marca no decorrer do tempo. Recomendo o passeio também. Dá pra fazer esse museu em 1h30 lendo apenas o que achar interessante sobre os modelos. No jantar, fomos a uma cervejaria local perto do apartamento e experimentamos o pork knuckle (joelho de porco) tão tradicional na região. Uma coisa que reparamos é que, na maioria dos locais onde almoçamos ou jantamos, um prato serve tranquilamente duas pessoas. As refeições em restaurantes são muito bem servidas. Você não sai empanturrado, mas dá pra sair satisfeito. Uma técnica é observar as mesas ao redor. Percebeu que os pratos são enormes, peça um só pra não desperdiçar e ainda dar uma economizada . Um joelho de porco e duas cervejas de trigo de meio litro nos custaram ao todo 22 euros. BMW Welt - Loja da BMW Prédio e Museu da BMW Dia 6 - Munique -> Salzburg: No nosso último dia em Munique aproveitamos para fazer o segundo bate-volta. Por mais que Salzburg já seja na Áustria, o Bayern Ticket ainda serve e compramos novamente no valor de 31 euros. O único ponto que tivemos que ter atenção é que a empresa de trem que realiza esse trajeto não é a DB Bahn, mas sim a Meridian(trem regional azul mais moderninho). No site da DB Bahn, quando você consulta o horário, esses trens aparecem com a modalidade M ao lado do horário. Isso foi uma grata surpresa, pois esses trens azuis são mais confortáveis que os regionais da DB Bahn. Chegamos em Salzburg por volta de 11:00. Achei um pouco confuso a chegada. Esperava sair da estação e já ver a fortaleza da cidade que serviria como guia visual para os pontos turísticos. Entretanto, a estação fica a uns 3km dessa região. Seguimos o fluxo dos asiáticos e chegamos nos Jardins de Mirabel. Estavam bonitos e bem cuidados. Bom local para fotos. Seguindo o jardim, você chega próximo ao Rio Salzach que corta a cidade. Ao atravessar uma das pontes, você já está na parte mais turística onde encontram-se a fortaleza, a Goldgasse (ruazinha com lojas e letreiros super bacaninhas), a casa onde Mozart nasceu e as igrejas. Ficamos circulando por essa área por umas três horas. Subimos até metade do caminho que leva a fortaleza para fotos mais panorâmicas e retornamos à estação central. Os preços na cidade não são muito convidativos, logo preferimos fazer um lanche (6 euros pra cada) mais reforçado na estação e partir pra Munique no trem que saía às 16:00. Chegamos em Munique já a noite e fomos para o apartamento comprar algumas coisinhas no mercado para o café da manhã e não demoramos a dormir pois o ônibus para Praga sairia na manhã seguinte às 7:00. Comentários: outro bate-volta extremamente factível de fazer sozinho. Dá pra se virar bem. Só prestar atenção no trem que é diferente dos tradicionais da DB Bahn. Jardins de Mirabel Fortaleza de Salzburg Panorama geral de Munique: É uma cidade grande da Europa. Super bacana conhecer a Bavária. A cidade tem toda a estrutura para deslocamento em transporte público, então não é tão ruim se você não conseguir ficar bem no centro. Os preços são mais salgadinhos por lá, mas nada que compare com Londres ou Paris. É possível fazer um almoço pagando cerca de 10 euros e jantar por cerca de 15 ambos com bebida. Vale a pena experimentar as cervejas das diversas cervejarias mais famosas e comer as wursts que são tão famosas na Alemanha. Recomendo passar pelo menos 4 dias inteiros na cidade, sendo um deles um bate-volta. Munique está muito bem localizada. Além dos bate-voltas que fiz, é possível ir a Zugspitze (ponto mais alto da Alemanha) e Innsbruck, ambos interessantes para esportes de inverno. Citar
Membros L.O.S. Postado Fevereiro 2, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 2, 2017 Dia 7 - Munique -> Praga: Acordamos cedo e fomos para a "rodoviária" de Munique (ZOB). Esse espaço fica logo ao lado da Hauptbahnhof e foi super fácil de localizar. Como era cedo ainda, as lojas do local estavam fechadas e apenas a entrada para as plataformas de ônibus estavam abertas. Nesse momento, ficamos um pouco receosos de estarmos no lugar errado. Digamos que o local não tem muita sinalização e as plataformas são informadas num letreiro pequeno em uma das extremidades do local. Isso é entendível porque o transporte rodoviário realmente não é o foco da galera por lá. Menos mal que pelo menos tinha um local onde os ônibus ficavam concentrados antes de sair, coisa que não aconteceu em lugar quase nenhum na viagem. Geralmente eles saem do meio do nada na cidade e é meio enjoado de achar o local de saída, muitas vezes super mal sinalizado. O ônibus da DB Bahn é confortável, conta com wi-fi e banheiro. A viagem foi de cerca de 4 horas. Chegamos em Praga às 12:00 e fomos logo fazer o check in no apartamento. Esse apartamento foi um dos melhores da viagem. Super centralizado. Conseguíamos fazer praticamente tudo a 5/10 minutos de caminhada. Além de que o flat era bem equipado e confortável. Outro fator positivo era uma casa de câmbio praticamente ao lado da entrada do prédio. Em relação ao câmbio em Praga, não precisa esquentar a cabeça. Levem euros mesmo. Tem casa de câmbio demais na cidade. Só evite as casas da estação de trem e próximas a ponto turísticos por terem cotações desfavoráveis e, muitas vezes, cobrarem comissão. Eu acabei trocando 30 euros por dia e foi suficiente para nós dois. A cotação era de 26,5 coroas tchecas por 1 euro. Dicas: JAMAIS troquem dinheiro na rua. Muita gente vende a moeda russa (que vale menos) no lugar das coroas tchecas e quem compra acaba perdendo dinheiro. Sempre pergunte ao atendente da casa de câmbio se ele cobra comissão. Saímos e fomos ao Tesco que ficava próximo do flat. Compramos cerveja, almoço e uns lanchinhos. Em seguida, fomos à Old Town Square e visitamos o mercado de natal que fica por lá em dezembro. Provamos o tal do Trdelnik (um pão assado com amendoas e açúcar que pode ser recheado de nutela ) e é realmente muito bom. Logo após cruzamos a Ponte Carlos e fomos para um Irish Pub que encontramos do outro lado do rio. Bebemos 5 cervejas ao todo e comemos uma porção de batata frita. Nos custou cerca de 300 coroas (cerca de 11 euros). Descobrimos posteriormente que pagamos até caro comparado aos preços do local. Na volta, percebemos uma coisa que é um pouco constrangedora em Praga. O turismo sexual é aflorado por lá. Como éramos dois homens, a cada passo dado em determinados locais alguns homens ofereciam entradas em clubes de strip com preços favoráveis e open bar. Até aí tranquilo. O problema é que eles são muito insistentes e se você é educado e responde que não, eles começam a te seguir tentando te convencer. Isso é bem chato numa viagem em casal. A saída pra isso foi começar a ignorar essas pessoas. Dia 8 - Praga: Acordamos e fomos para o Free Tour que saiu da praça principal. Esse tour foi um pouco complicado. A guia era britânica da cidade de Manchester. Já não bastasse o sotaque, ela falava absurdamente rápido. Eu, que geralmente não tenho problemas em entender, precisava prestar muita atenção para entender tudo o que ela falava. Acredito que seria bom se ela falasse um pouco mais pausado. Parecia que ela estava fazendo o tour para nativos britânicos . O tour inteiro durou 3 horas. Recomendo demais fazer, pois o centro de Praga é bem pequeno, então fazendo o tour, você conhece a cidade e aprende a andar por lá. Deixamos com a guia cerca de 200 coroas e voltamos para o apartamento para almoçar. Nesse dia meu pé estava um pouco dolorido por uma inflamação no tornozelo. Acabamos saindo só para jantar mesmo. Achamos um restaurante super bacana onde tocava-se jazz ao vivo. No meio do jantar rolou até uma bossa nova. Pedimos duas cervejas e um prato com peito de pato, coelho, lombo, dumpling(é tipo um pão mais consistente molhado num molho e acompanha esses pratos com carne), além de uma salada de repolho cozido. Isso tudo custou cerca de 380 coroas, visto que dividimos um prato que novamente veio muito bem servido. No fim o garçom nos presenteou com dois cartões postais de Praga. Definitivamente foi o melhor atendimento da viagem. Old Town Square Vista para o Castelo de Praga Dia 9 - Praga: Esse era o dia de conhecer a região do Castelo de Praga. Não é bem um castelo, mas um complexo de prédios que pertenceram à família real e hoje abrigam o governo tcheco. Esse complexo ficava do outro lado do rio, então foi necessário cruzar uma das pontes e subir uma escadaria para chegar por lá. Na subida, encontrei uma barraquinha vendendo Trdelnik e não pude deixar de comprar . Chegando na entrada do complexo, há uma fila para a revista que demorou cerca de 10/15 minutos. De lá já pode-se ter uma vista bem bacana de Praga. Entramos no complexo (essa entrada é gratuita) e passamos pelas ruazinhas vendo as atrações por fora até chegar no guichê de tickets. Lá você tem a opção de comprar três pacote de atrações, desde o mais básico até o mais completo. Escolhemos o circuito B e visitamos a Catedral de São Vito, Basilica de São Jorge, Palácio Real e a Golden Lane pagando 250 coroas cada um. A catedral é lindíssima por fora e por dentro. Demorou 600 anos para ser finalizada. Inicialmente pensei que somente quem tivesse com o ingresso poderia entrar, mas quem não tem ingresso pode ir até alguns metros dentro da igreja e ter uma vista interna. Passando daí, tem uma catraca que exige a entrada com o ingresso. Gostamos bastante dos vitrais e das capelas. Sem dúvidas é a grande atração do complexo. A Basílica de São Jorge é bem menor que a catedral, mas muito mais antiga. Não achei nada de tão surpreendente. Os afrescos são bacanas. O Palácio Real mostra um pouco da rotina da família real bem como o grande salão, biblioteca e sala de audiências do rei. É legal, mas não tem muito o que se ver. Passa-se facilmente por lá em 20/30 minutos. A Golden Lane é onde moravam as pessoas que serviam o complexo. As casas pequenininhas são bem bacanas, especialmente as que retratam a mobília da época. A de número 22 já pertenceu à Franz Kafka e hoje é uma livraria. Em uma das casas, você acessa uma escada que leva a uma exposição de armaduras interessante. Obs: Cuidado dentro dos locais. Há lugares em que pra tirar foto é necessário ter uma autorização que pode ser comprada junto com os tickets. Se você for pego tirando foto e não tiver autorização, paga uma multa. Entretanto é bem sinalizado e você consegue saber onde pode tirar foto e onde é necessária a autorização. Comentário: acho que quem vai pela primeira vez em Praga, vale a pena pegar um desses circuitos e conhecer o complexo por dentro. Eu não faria novamente por já ter conhecido. Não é nada deslumbrante, mas vale a pena visitar uma vez. Outra coisa importante é que o ticket pode ser usado em dois dias, então você não precisa ir em todas as atrações em uma dia só, mas não pode voltar a visitar as que você já visitou. Voltamos de lá e já era fim de tarde. Deu tempo de passar no flat, tomar um banho e sair para jantar. Saímos sem rumo pela Wenceslau Square e entramos em ruas transversais. Encontramos um restaurante bacana com um clima de pub. Lá, bebemos 4 cervejas e pedimos uma porção de costelas de porco ao molho barbecue. Nos custou cerca de 450/500 coroas. Catedral de São Vito Vista do Castelo de Praga Dia 10 - Praga: Último dia em Praga e aproveitamos para andar pela cidade. Atravessamos uma das pontes e chegamos até o parque Letenské sady. Esse lugar dá uma vista linda de Praga que virou até o fundo de tela do meu computador . Ficamos apreciando a vista até que começou a chuviscar e tivemos que começar a procurar um local coberto. No caminho, vimos uma espécie de pêndulo que simboliza um relógio marcando o tempo de liberdade desde a queda da influência soviética na República Tcheca. Fomos até a Wenceslau Square procurar um restaurante recomendado no Trip Advisor. Nesse restaurante, ocorreu uma experiência chata. O garçom foi super grosso quando veio nos atender simplesmente porque no meio do pedido eu parei e perguntei ao meu namorado se ele queria comer um joelho de porco sozinho ou dividir comigo. O garçom virou num inglês extremamente mal falado: "se vocês não estão prontos pra fazer o pedido me avisem porque eu não posso ficar esperando vocês decidirem enquanto tem mais mesas pra atender". Achamos um desaforo e tivemos vontade de levantar e sair, mas a fome era grande. Pedimos um joelho de porco que veio bem caprichado e duas cervejas. Nos custou umas 500 coroas. Pagamos sem gorjeta e fomos embora (gorjeta lá realmente significa reconhecimento do bom atendimento, como o atendimento foi péssimo, nada de gorjeta). Demos mais uma volta pelo centro para comprar umas lembrancinhas e fomos para o apartamento. No jantar, saímos andando novamente sem rumo até achar um restaurante da Budweiser (a de lá. Sim! eles tem uma marca de Budweiser local que não tem nada a ver com a americana). Lá o atendimento foi super atencioso. Tomamos duas cervejas de 1 litro cada um e eu tomei uma sopa goulash. Tudo isso custou 450 coroas. Vista do parque Considerações finais de Praga: Praga é uma cidade linda mesmo. Você está andando pela cidade e sempre se surpreende. Além disso, Praga é original e não foi reconstruída, o que dá mais charme ainda à cidade. O custo é relativamente menor se comparado à Munique e consegue-se almoçar e jantar por lá pagando 10 euros tranquilamente. A parte turística é pequena, então, se você estiver bem localizado, dá pra fazer tudo a pé. Não precisei pegar transporte público uma vez sequer. A única parte que não me agradou muito foi o fato de que a cidade fica bastante cheia por ser menor e bem turística. Onde você vai está cheio. Recomendo ficar 3 dias inteiros na cidade. Citar
Membros L.O.S. Postado Fevereiro 4, 2017 Autor Membros Postado Fevereiro 4, 2017 Dia 11 - Praga -> Viena: Nosso trem saía de Praga às 8:50 da manhã. Chegando na estação central, percebemos uma diferença da estação em relação às que estivemos anteriormente. A estação é relativamente mais confusa. Há um saguão principal onde um letreiro informa a plataforma de saída do trem. Ficamos um pouco apreensivos, pois essa confirmação apareceu no letreiro apenas 10 minutos antes do trem sair. Plataforma confirmada, pegamos o trem. Dessa vez não tínhamos assento reservado novamente, mas foi fácil achar dois lugares que não haviam sido reservados. Em relação ao trajeto, não há muita vantagem em fazer o percurso em um trem regional. O percurso foi feito em 4 horas, o que é mais ou menos o mesmo tempo de ônibus. O trem para em quatro cidades antes de Viena. No caminho, a paisagem estava coberta de neve. Já em Viena, fomos ao Mc Donald's que fica do lado de fora da Hauptbahnhof e depois nos deslocamos até o apartamento para check-in. Este não era muito próximo ao centro, mas bastante perto do Palácio de Schonbrunn. Após o check-in descansamos um pouco e fomos ao mercado próximo fazer algumas compras. Mais tarde, já de noite, fomos dar uma voltinha pelo centro começando pela Stephanplatz. Acredito que acabamos chegando por lá no fim do horário comercial. As lojas já estavam fechando e acabamos conhecendo por fora os prédios mais turísticos da região como a própria igreja, a ópera e o museu Albertina. Nesse dia fazia muito frio. Na volta passamos num Starbucks e em seguida fomos pra casa. Dia 12 - Viena: Para esse dia o plano era conhecer mais o centro durante o dia e procurar saber sobre os tickets de entrada nos museus e palácios. Saímos do apartamento e fomos em direção ao centro. Até então estava bem frio (cerca de -5ºC) e nos arrependemos de não termos saído de touca, pois a ponta da orelha já doía. Descemos na estação Stephanplatz. Na escada rolante que leva do metro à praça... Surpresa! Neve, muita neve caindo. Isso foi uma coisa bizarra durante a estadia em Viena. Sempre que nevava no centro, não nevava na região em que estávamos hospedados. O curioso é que não era tão longe. Estávamos hospedados a 3,5/4km do centro. Foi a primeira sensação com muita neve das nossas vidas. Sempre tem aquele encanto. Encanto que dura momentos até você perceber que vira uma força tarefa fazer qualquer coisa se está nevando. De lá, saímos andando pelo centro, mas não tava muito bacana ficar coberto de neve num frio daqueles. Decidimos entrar no museu Albertina onde estava ocorrendo três diferentes exposições: uma de arte moderna, uma fotografia de cinema e outra de arte impressionista com alguns quadros de Van Gogh. Eu não curto muito museu de arte. Não consigo abstrair pra entender o suficiente daquela arte, além de que o museu estava bem cheio. O ingresso custou 12 euros para cada. Permanecemos ao todo cerca de 1h30 no museu. Em seguida, passeamos ao redor do complexo do Palácio de Hofburg e a Cavalaria Espanhola. Estava bem difícil ficar andando por ali por causa do tanto de neve que estava caindo. Saindo de lá, voltamos para o apartamento e almoçamos por lá. Decidimos que iríamos a ópera naquela noite assistir à ópera Il Barbiere di Siviglia de uma maneira que descobri em blogs sobre Viena. Aqui vai a dica: você tem a opção de comprar assentos previamente, mas esses esgotam bem rápido e são um pouco caros (para essa ópera o preço era entre 40 e 80 euros). Existem os last minute tickets. Optamos por esses e abaixo eu explico como fizemos: Como a ópera começaria às 20:00, saímos de casa às 17:00, chegando ao centro por volta de 17:20. Fomos à ópera e entramos pela entrada do lado esquerdo da ópera (o lado do museu Albertina). É uma portinha mais estreita. Assim que entramos, um senhor nos informou que era a fila dos standing tickets (tickets para assistir em pé). Esses eram os tickets que queríamos mesmo. Esperamos até às 18:10 para o guichê (abre 90 minutos antes do início da ópera) abrir e conseguimos comprar cada ticket por 4 euros . Em seguida, entramos e fomos conduzidos aos nossos lugares. Ponto negativo: é proibido permanecer com casaco de inverno dentro da ópera, então todos devem ir à chapelaria guardar essas peças. Esse serviço é de graça. Entretanto, você é avisado apenas quando já está ocupando o seu lugar, tendo que voltar ao hall para deixar o casaco. A responsável pela ordem no espaço garante que se você amarrar um cachecol na barra de apoio a frente do seu lugar, ninguém vai tirá-lo de lá e saberão que o espaço está ocupado. Uma senhora sem educação deslocou nossos cachecóis de modo que os nossos dois cachecóis ocupassem um único espaço que tem um visor para tradução da ópera. Não contente, ela ficava nos empurrando a ópera inteira para que chegássemos mais para o lado. Vimos apenas o primeiro ato e fomos embora. Deu para perceber como funciona e foi uma experiência válida. Comentários: é uma maratona conseguir isso. Recomendo só se estiver com disposição. Chegue cedo, pois a fila enche por volta das 18:00. Acho válido comprar esses lugares se a sua intenção for ter noção do que é uma ópera. Não dá pra apreciar tanto visto que você fica em pé o tempo todo em um local relativamente apertado com outras pessoas. Viena estava assim nesse dia Ópera Dia 13 - Viena: Dia de conhecer o Palácio de Schonbrunn. Do nosso apartamento, eram cerca de 15 minutos de caminhada até lá. Esse lugar vale super a pena. Recomendo comprarem o Sisi Ticket (inclui entrada no Schonbrunn, Palácios Imperiais de Hofburg, Prataria e tesouros Imperiais e Museu Sisi. Isso tudo sem enfrentar fila e com audioguide incluso). O ticket custa 28 euros por pessoa. Vale a pena. Cada ingresso separado custa cerca de 12 euros além de você ter que enfrentar fila para comprá-los. O palácio é maravilhoso. As salas com decoração original contam a pompa e história dos Habsburgs de forma super interessante pelo audioguide. Vale MUITO a pena conhecer. A visita dura 1h30 mais ou menos. Em seguida, fomos aos jardins e subimos ao Gloriette, onde tem-se uma vista panorâmica da cidade. Lindíssimo. Logo após, fomos em direção ao Prater (um parque de diversões famoso na cidade). Antes de entrarmos no mesmo, comemos novamente um MC Donald's pela praticidade. Como estava nevando, o parque estava praticamente fechado com alguns poucos brinquedos cobertos funcionando. Acredito que, com o clima favorável, o parque deve ser bem divertido. Ficamos andando por lá um tempo e depois decidimos voltar para casa. Durante a noite, fomos jantar um schnitzel (gigante) e duas cervejas que nos custaram 22 euros ao todo. Palácio de Schonbrunn Prater Dia 14 - Viena: Dia de conhecer o Palácio de Hofburg. Nesse local, é possível visitar dois museus com o Sisi Ticket. Conhecemos inicialmente os apartamentos imperiais juntamente com o Sisi Museum. Essa parte achei um pouco repetição do que tinha visto em Schonbrunn, mas não deixa de ser interessante. Em relação às pratarias, passamos muito rapidamente. Achamos bem chato ficar ouvindo a história das pessoas que fizeram as pratarias e as ocasiões. Tudo muito bonito, mas ainda são pratarias . A visita ao todo durou 1h30 para os dois museus juntos. Aproveitamos que estávamos no centro e almoçamos no Vapiano. Gostei do sistema "fast food gourmet" deles. Você entra na fila, pede a massa e eles preparam na hora. Um Spoleto mais sofisticado. Como era hora do almoço, o restaurante estava lotado. Acabamos desistindo de pedir uma pasta, pois vimos que a fila para pizza estava bem menor. Pedi uma de pepperoni com barbecue e meu namorado uma de rúcula, presunto parma e muçarela de búfala, além de um chá gelado. As pizzas são bem gostosinhas e servem super bem. Dá pra dividir uma para duas pessoas. Isso nos custou 23 euros ao todo. Achei que vale a pena. Logo após, fomos a outro museu incluído no Sisi ticket, mas fora do centro. Era um museu de mobília imperial. Nesse museu só tinha a gente e não estou exagerando. Acredito que muita gente não sabe que pode usar o ticket ali. Os móveis são super bonitos. Tem muita coisa mesmo. Um passeio diferente . Usamos a noite para arrumarmos a mochila e dormirmos mais cedo já que o ônibus para Budapeste sairia de manhã cedo. Hofburg Entrada para o Sisi Museum (Hofburg) Considerações finais: não esperava muito de Viena. É uma cidade imponente, mas o que percebi é que o stream de lá acontece indoor. A maioria dos programas turísticos são museus, palácios ou concertos. Achei Viena uma cidade europeia normal. Tem toda a estrutura, transporte é bom (mas cheio.. os trens são menores). Lá foi a cidade mais cara da viagem sem dúvida. Almoço sai por cerca de 15 euros e jantar por 20 euros em um local mediano.Recomendo 3 dias inteiros para quem não tem muito interesse em arte/música e 4 dias inteiros para quem tem. Acredito que o frio/neve atrapalharam um pouco a experiência em Viena, mas foi bacana no fim das contas. Citar
Membros Anna Silva061 Postado Março 7, 2017 Membros Postado Março 7, 2017 Olá, Adorei seu relato, também sou uma mochileira que não gosto de hostel hahaha Poderia passar os links do airbnb que você ficou? Obrigada Depois de tanta consulta nesse fórum para planejamento, nada mais justo do que retribuir com mais informação No meu relato, vou procurar abordar alguns pontos que eram dúvidas mesmo lendo a grande maioria dos relatos aqui. Acredito que boa parte deles já é mais antigo (cerca de 3/4 anos atrás), então acho bom dar uma atualizada em alguns detalhes e valores. Antes de tudo, uma pequena introdução da viagem: Meu namorado e eu estávamos há um tempo desejando fazer um mochilão pela Europa. Com o câmbio desfavorável, opções de cidades mais "caras" como Londres e Paris estavam fora de cogitação. Em meados de junho, comecei a pesquisar por aqui mesmo sobre alguns países mais em conta para o mochilão e acabamos decidindo por realizar a Europa Central. Sempre me interessei muito pela história da 2ª Guerra/Guerra Fria e tudo aconteceu basicamente por ali. Isso foi outro combustível para a decisão. Compramos a passagem no fim de julho e teríamos (eu sozinho basicamente ) seis meses para planejar tudo. Em relação às hospedagens: não temos muito pique para hostel, especialmente porque não curtimos compartilhar cozinha e banheiro. Nossa escolha foi Airbnb definitivamente não nos arrependemos. O roteiro ficou o seguinte: 08/12 - BH -> SP -> Frankfurt 09/12 - Frankfurt 10/12 - Frankfurt -> Munique 11 até 14/12 - Munique 15/12 - Munique -> Praga 16 a 18/12 - Praga 19/12 - Praga -> Viena 20 a 22/12 - Viena 23/12 - Viena -> Budapeste 24 a 27/12 - Budapeste 28/12 - Budapeste -> Cracóvia 29 a 01/01 - Cracóvia 02/01 - Cracóvia -> Viena 03/01 - Viena -> Frankfurt -> SP -> BH Inicialmente, Cracóvia não estava no roteiro, mas a LATAM alterou o horário do nosso vôo de volta, que estava marcado para o dia 28/12. Quando percebemos, a empresa tinha alterado a conexão em SP e teríamos que ficar em uma escala de 8 horas. Entramos em contato e descobrimos que quando a empresa altera algum dos vôos, você pode alterar livre de taxas a data da ida ou da volta para até 15 dias antes ou depois do marcado, assim como cancelar a passagem. Assim, decidimos passar o ano novo por lá também e voltar no dia 03/01, incluindo a Cracóvia no roteiro. Por isso a parte final acabou não ficando encaixadinha e tivemos que voltar para Viena para pegar o vôo de volta. Transportes internos: Todos foram comprados com 2 meses de antecedência, exceto Flixbus. Frankfurt -> Munique: ICE (trem de alta velocidade) da DB Bahn (19 euros) Munique -> Praga: Ônibus da DB Bahn (14 euros) Praga -> Viena: RJ (trem regional = menor velocidade) da OBB (19 euros) Viena -> Budapeste: Ônibus da Orange Ways (10 euros) = Golpe (informações no relato) + Ônibus da Flixbus (22,5 euros) Budapeste -> Cracóvia: Ônibus da LuxExpress (5 euros) Cracóvia -> Viena: Ônibus da Polskibus (4 euros) Dá pra perceber que comprando com antecedência é economia na certa. Indico demais a quem tem viagem já planejada, já chegar com as passagens compradas. Demais gastos prévios: Passagem de avião: BH -> Frankfurt na ida e Viena ->BH na volta nos custou R$2500 para cada. Mochila Ozark Trail 45 litros: R$99,00. Recomendo para quem vai fazer um mochilão urbano. Não queríamos nada extremamente resistente, apenas queríamos viajar somente com bagagem de mão. Acho péssimo ter que ficar puxando mala de rodinha para cima e para baixo caçando o local onde você vai ficar. A mochila correspondeu e está novinha até hoje, mas não espere uma Deuter. Outro detalhe é que deixamos para comprar as roupas de frio lá, então levei uma mala dobrável dentro da mochila (dica super válida). Acabei levando roupas para uma semana e fui lavando no decorrer da viagem nos apartamentos. Seguro Viagem: R$208,00 Apartamentos no Airbnb: No total foram cerca de R$2800,00, dividindo, cada um pagou R$1400,00. Ficamos em apartamentos com média de custo de R$60,00 por dia para cada um. Dá pra achar muita coisa boa no Airbnb se procurar com antecedência. Mas quanto ficou a brincadeira toda? Sempre gostei de relatos que jogam o valor total de cara. Então, vou fazer o mesmo, mas antes preciso explicar o nosso perfil. Somos um casal e estamos juntos há 2 anos. Eu tenho 22 e ele 30. Não curtimos noitada. Pra gente um programa noturno é jantar em um restaurante ou tomar cerveja em um pub. Geralmente tomávamos café da manhã em casa, e almoçávamos ou jantávamos em casa, sendo assim, a outra refeição acabava sendo na rua. Somos mais controlados com dinheiro , mas não mãos de vaca. Fazemos apenas o que achamos justo o valor a pagar e não somos muito de sair entrando em tudo quanto é atração só porque estamos no local. Selecionamos o que mais nos interessa ao chegar no destino. Nossa viagem saiu ao todo cerca de R$8000,00 para cada. Fiquei com a sensação que é possível diminuir esse valor em até R$1500,00 para os mesmos 25 dias. Querendo ou não, fazíamos pelo menos uma refeição por dia na rua além de que escolhemos alugar apartamentos inteiros nos lugares onde ficamos. Essa espécie de mochilão "confortável" agrega mais custo. Como fiz as contas para quanto levar em euros? Bom, como comentei, sou econômico. Criei um raciocínio que acabou funcionando bem. Pesquisei as cidades "caras" e as mais "baratas". Dentre as mais caras ficaram: Frankfurt, Munique e Viena. O restante entrou na lista das baratas. Para cada dia inteiro em uma cidade cara, contei 60 euros, para uma cidade barata, 40 euros (valor para cada pessoa). Meus deslocamentos sempre foram pela manhã, onde escolhíamos o primeiro horário para chegarmos por volta de meio-dia no destino. Assim, teríamos meio dia na cidade de destino. Então, meio dia em uma cidade cara, nos custaria 40 euros(joguei 10 euros a mais do que a metade para gastos com transporte até o apartamento), enquanto em uma cidade barata, custaria 30 euros. Desse modo, de acordo com o meu roteiro, eu sozinho deveria levar cerca de 1150 euros. Levamos, cada um, 1300 por precaução e acabamos gastando apenas 900 euros cada por lá . Cabe ressaltar que esse valor inclui apenas gastos com transporte urbano + atrações + alimentação. Hospedagem e transportes entre cidades foram pagos previamente. Dia 1 - Frankfurt: Chegamos em Frankfurt por volta de 15 horas. A imigração foi um pouco enjoada. Para todo mundo, os agentes estavam fazendo todas as perguntas de praxe. Para nós, nos perguntaram qual o motivo da viagem, quanto tempo passaríamos por lá, onde ficaríamos (pedindo os comprovantes de reserva), quanto estávamos levando de dinheiro e qual era nossa profissão. Tinha ido para a França em 2014 e consegui passar sem me fazerem qualquer pergunta. Acredito que deve ser de dia e os alertas de terrorismo devem influenciar bem na situação. A dica que posso dar é só estar com os documentos obrigatórios que tem no site da UE que vai dar tudo certo. Depois disso, fomos em direção ao S-Bahn para irmos ao centro da cidade em direção ao hotel em que passaríamos uma noite. O aeroporto é bem grande e a parte próxima à entrada para os trens é um pouco confusa. Não sabíamos se o S-Bahn passava por ali ou se eram trens vindos de outras cidades. Perguntamos ao rapaz do guichê da DB Bahn, compramos os tickets de transporte público diário nas máquinas e fomos para o centro. Ficamos no Hotel Garni. Um ponto um pouco desconfortável foi que a atendente não sabia falar o mínimo de inglês, então o check in foi uma batalha até uma colega dela chegar para ajudar. O ponto positivo foi que reservamos um quarto e eles nos alocaram num apartamento no último andar de 3 quartos, sala e cozinha . Isso tudo sem custo adicional. Quando anoiteceu, fomos à famosa rua Zeil comprar nossas roupas. Primark é vida. Comprei cachecol, luva, touca e uma bota com pelinhos por dentro por 30 euros. O casaco de frio acabei comprando na C&A por 49,90 euros. Gastei ao todo 80 euros para me equipar bem . Depois disso, fomos procurar algum lugar para jantar. Passamos na Paulaner da Römer para tentar uma mesa, mas a atendente foi super grossa dizendo que a gente deveria esperar a fila, dando a entender que queríamos passar na frente sendo que não havia a menor sinalização de fila. Saímos na hora e fomos pra Römer visitar o mercadinho de Natal que estava lotado. Não ficamos muito tempo e logo fomos para o McDonald's em frente à estação de metrô da Zeil e jantamos por lá mesmo por 15 euros. Voltamos cedo para a casa, pois no dia seguinte o nosso trem para Munique sairia às 6:50 da manhã. Citar
Membros L.O.S. Postado Março 8, 2017 Autor Membros Postado Março 8, 2017 Seguem os links dos apartamentos que fiquei no Aribnb: Munique - https://www.airbnb.com.br/rooms/3589259 Praga - https://www.airbnb.com.br/rooms/2096205 Viena - não consegui encontrar o link, mas eu não recomendaria esse também. Vale a pena procurar algum mais próximo ao centro. Budapeste - não encontrei o link. Ficamos na região do bairro judeu. Recomendo a região.. perto de tudo. Fizemos tudo a pé. Cracóvia - https://www.airbnb.com.br/rooms/13555026 Os três com link são ótimos. Bem centrais (exceto Munique) e bem supridos de transporte público. De todos, o melhor foi Cracóvia. Hosts super atenciosos e nos deixaram cerveja e até lembrancinhas. Em breve retomo o relato. Falta só achar um tempinho aí termino de escrever Citar
Membros RenatoBSB Postado Maio 5, 2017 Membros Postado Maio 5, 2017 Show o seu relato, parabéns pelo depoimento e obrigado pelas dicas. Roteiro muito parecido com o que desejo fazer. Aguardando a continuação!!! Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.