Membros Célia Pires Postado Janeiro 26, 2017 Membros Postado Janeiro 26, 2017 No dia 29 de Agosto de 2016, madrugámos para ir apanhar o avião da Sata em direcção aos Açores (O arquipélago foi descoberto por Diogo Silves em 1427). Embora já conhecêssemos 4 ilhas visitadas há 11 anos atrás, decidimos voltar porque é um destino paradisíaco que merece sempre o regresso, além disso, levámos os meus pais para o conhecerem. Desta vez ficámos 3 dias em São Miguel e um dia na Terceira. Tivemos um início de viagem turbulento, resultado de vários contratempos por a minha mãe ir numa cadeira de rodas, mas acabou tudo por se resolver, já que todos os intervenientes no decurso se esmeraram para que tal acontecesse. Como era cedo, depois de levantarmos o carro alugado no aeroporto optamos por dar início à visita à ilha de São Miguel antes de irmos para a residencial. A primeira paragem foi numa das paisagens mais bonitas da ilha, que é o miradouro da Vista do Rei com vista para a Lagoa das Sete Cidades. Seguimos uma estrada em terra que rodeava as lagoas e fomos parando para admirar as vistas magníficas. A lagoa das sete cidades é o maior lago de água doce dos Açores, sendo constituído por duas lagoas, uma de cor azul e outra verde, unicamente separadas por uma ponte e foi considerada umas das 7 maravilhas de Portugal. Lá em cima, no miradouro da Vista do Rei vemos um hotel abandonado e em ruínas em plena área protegida (Hotel Monte Palace). Este hotel de 5 estrelas, (O mais luxuoso dos Açores) abriu em 1989 tinha cerca de 100 empregados e declarou falência um ano e meio depois. Muita gente não resiste a visita-lo, quer pela magnifica vista das varandas ou simplesmente por curiosidade. É caricato saber que no dia em que o diretor do Monte Palace recebia em Lisboa o prémio de Hotel do Ano, em 1990, o staff em São Miguel era informado de que o hotel de cinco estrelas ia fechar. Em 2011 deixou de ser vigiado e roubaram tudo, mesmo tudo, até os elevadores! Monte Palace foi um dos empreendimentos mais luxuosos da ilha, mas ninguém queria ir lá dormir. Segundo consta o facto de este ter sido construído numa zona muito sujeita a nevoeiros que tapavam as vistas, fez com que perdesse clientela até falir. Agora está à venda no OLX por quase 1,5 milhões de euros, alguém quer comprar ? Parámos para almoçar no restaurante Lagoa Azul com buffet onde comemos bem e a bom preço (12€/pessoa). Continuámos caminho pelos mosteiros que tem também um miradouro e as piscinas naturais caneiros. Fomos contornando a ilha passando por Remédios, Santa Barbara e Capelas. Seguimos até Fajã de Baixo onde visitámos umas estufas de ananás. Uma visita interessante porque desconhecia o modo como é feita a cultura do ananás e é engraçado ver os ananases nas diversas fases de crescimento. São necessários no total 18 meses para que um ananás nos açores esteja completamente produzido! Seguimos até às caldeiras parando num local com manifestações vulcânicas, com uma piscina de água a ferver, futuras caldeiras para fazer o cozido e futuras termas. Parámos na caldeira velha (tem uma cascata e um pequeno lago de água tépida), mas pagava-se 2€ e não entrámos porque não pretendíamos tomar banho. Além disso, já o tínhamos feito há 11 anos quando a entrada ainda era gratuita!. Continuámos caminho sempre a subir e parámos num dos miradouros para vermos a beleza de Lagoa do Fogo. Lagoa do Fogo é um dos locais emblemáticos dos Açores, já que é uma das maiores lagoas das ilhas e a segunda maior de São Miguel (a maior de todas é a Lagoa das Sete Cidades). Já em Porto Formoso visitámos uma pitoresca plantação de chá (entrada gratuita). A fábrica de chá Porto Formoso (Património Industrial da Região), tem à disposição dos seus visitantes jardins panorâmicos, um museu, uma sala de chá e uma loja. A visita consiste num passeio pelo interior da fábrica, onde nos explicam as diferentes fases da produção dos chás. No fim do percurso, é-nos servido um chá numa sala com decoração inspirada nas cozinhas tradicionais da ilha de São Miguel, ou numa esplanada de onde nos deliciamos com uma bonita vista sobre as várias plantações de chá e a freguesia de Porto Formoso. É na ilha de São Miguel, a maior ilha do arquipélago dos Açores, que se encontram as únicas plantações de chá da Europa para fins industriais. No Miradouro do Pico do Ferro temos uma imensa vista sobre grande cratera vulcânica do Vale das Furnas. A Lagoa das Furnas destaca-se à direita do miradouro e o vale à esquerda. É também possível ver em redor toda a área montanhosa. Nas furnas (Paisagem natural protegida) existem vários campos com fumarolas. As fumarolas são um fenómeno de vulcanismo secundário que consiste na libertação de gases para a atmosfera através de fissuras, formando-se à sua volta depósitos de enxofre. A lagoa da Furnas tem água quente e é de cor escura e as fumarolas nas margens desta lagoa emitem um odor sulfuroso no ar pouco agradável, de tal modo que os meus pais que queriam comer o cozido das furnas mudaram de ideias por causa do cheiro. O famoso cozido é confeccionado numas caldeiras naturais com o calor da terra, sendo estas caldeiras tapadas com uma tábua de madeira e terra. Eu pessoalmente que já tinha provado o cozido, não o recomendei, porque na altura achei as couves chocas e a carne pouco saborosa. Mas os gostos não se discutem, por isso para quem tem curiosidade devem reservar com antecedência e aproveitar para nesse dia verem o seu cozido a ser tirado das caldeiras entre as 12h e as 15h. Os preços rondam os 15€/dose. O acesso à lagoa é pago – 50 cêntimos/pessoa e 20 cêntimos por cada 15 minutos de parqueamento de carro. Nas furnas é possível tomar banho de água quente, quer na poça de D.Beja, quer no Parque de Terra Nostra, mas nós não estávamos para aí virados, porque o cheiro sulfuroso incomodava. Se quiser continuar a ler a nossa aventura visite a página viagens da Célia. Citar
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