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Fernando de Noronha há 350 km da costa do Brasil, continua sendo um segredo guardado, com sua população que vive dedicada ao turismo ecologicamente sustentável. Apesar das frequentes descrições clichês: é um paraíso, melhor surf e mergulho do Brasil, Caribe Brasileiro, santuário de golfinhos e tartarugas e ser Patrimônio Mundial da Unesco. As 3 praias consideradas mais bonitas no Brasil estão aqui, porém , as praias paradisíacas não estão lotadas, pois o limite na ilha é de 700 visitantes por noite, o que torna esse local exclusivo, consequentemente mais caro.

 

Além do limite de pessoas, as regras acontecem para realmente manter e preservar a natureza, sem permitir a construção de hotéis e condomínios grandes, sem natação com golfinhos e todas aquelas características que vemos na costa do litoral brasileiro. Ou seja, você vai precisar se planejar para essa viagem, ajudamos com algumas dicas principais nesse post.

 

Abaixo descrevo o que fiz em uma semana em Noronha, e coloquei no mapa os nomes de todos os pontos e trilhas no mapa para auxiliar vocês.

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1º DIA (QUARTA-FEIRA) | CHEGADA E POR DO SOL NO BAR DO CACHORRO

 

Nosso voo da GOL saiu as 9:50h de Florianópolis para Congonhas (SP), com escala saindo as 10:30h de Congonhas (SP) e chegando as 13:29h em Recife (PE) com voo já nos esperando para Noronha (PE). Com a escolha de poltrona ao lado das janelas da esquerda do avião, na chegada a ilha já pudemos ver o Morro Dois Irmãos e ficarmos super empolgados. Logo na chegada ao pequeno aeroporto, entregamos os comprovantes de pagamento das taxas pagas online e pegamos o transfer disponibilizado pela Casa da Mirtes.

 

Chegando a casa domiliciar da Mirtes, conversamos um pouco com ela, guardamos as malas e fomos direto para a histórica Vila dos Remédios. Passamos pelo Palácio São Miguel e a Igreja Nossa Senhora dos Remédios (construída em 1772) e seguimos para o Bar do Cachorro, tomar uma cerveja para brindarmos o meu aniversário em um lugar tão incrível, admirando o por do sol entre os Morros Dois Irmãos.

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O preço do Bar do Cachorro já assustou, ao imaginar que os preços seriam tão altos no restante dos dias. Depois de beber a cerveja mais cara da minha vida, voltamos e passamos no mercado, comprando alimentos para fazer a janta na Casa da Mirtes – já que havia uma cozinha compartilhada para os hóspedes.

 

Aliás, ao se hospedar em pousada domiciliar, esse projeto criado em 1991, ajuda a distribuir a renda no arquipélago, você economiza bastante e ainda ajuda a economia dos moradores que oferecem o serviço. Ao estar na casa de um morador, o convívio mostra outra imagem do lugar, como pudemos perceber com as conversas com a proprietária da casa, a Mirtes. Na casa, é bem separado a área para hóspedes dos moradores, tendo privacidade, mas ao mesmo tempo podendo conversar com os moradores na sala. Curiosidade: essa pousada é onde a Fernanda Lima e o Rodrigo Hilbert passam férias em Noronha há anos.

 

Tanto a Mirtes, quanto seu marido Tio Élcio, são exemplo de como os moradores vivem do turismo, enquanto ele faz as pinturas ela faz o artesanato, decorando a pousada. Os quartos possuem chuveiro quente, ar condicionado, cama box, tv, frigobar, e tv a cabo na sala. O Tio Élcio, também faz passeios com o veleiro Tsunami, com duração de meio dia, exclusivo para até 3 pessoas.

 

Pousada Domiciliar Casa da Mirtes

Endereço: Rua Antônio Alves Cordeiro, Bairro da Floresta Velha, Fernando de Noronha/PE.

Telefone (81)3619-1792

E-mail: luadenoronha@gmail.com

 

 

 

2º DIA (QUINTA-FEIRA) | PRAIA DO CACHORRO, PRAIA DA CONCEIÇÃO, ICMBio, CAIEIRAS, CACIMBA, POR DO SOL NO FORTINHO DO BOLDRÓ E FESTA JUNINA NA ESCOLA

 

Na primeira manhã, descemos até a Praia do Cachorro, ao lado das ruínas do Reduto Santana que serve como fonte de água doce, inicialmente era toda em bronze formando a face de um cachorro, mas hoje a escultura encontra-se destruída.

 

Mergulhamos, vendo algumas arraias de perto pela primeira vez. É a praia mais “urbanizada”, por estar no centro histórico, possui mesas, guarda-sol e barzinhos. Nessa praia, no costão do canto direito tem o Buraco do Galego, uma piscina natural entre as rochas em que algumas pessoas saltam de pedras mais altas, a vista é linda!

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Pegamos uma trilha para a Praia da Conceição, passando por árvores bonitas naquele calor nordestino tão diferente do sul. Chegamos ao meio dia na Praia da Conceição, onde há o bar Duda Rei, com vista para o Morro do Pico, mas preparasse para os preços altos! Nessa praia há opções para recreação, além da praia é claro, tem quadra de futevôlei, aluguel de prancha de SUP, slackline e pode-se tomar uma ducha refrescante ali mesmo em um chuveiro natural na praia.

 

Vimos nesse momento que esse trecho tão curto entre as praias que pareciam próximas no mapa já foi cansativo, como iríamos conhecer toda a ilha e ver quais praias mais gostamos? Ao pesquisar a dimensão da ilha e ler alguns relatos de viagem era uma certeza que conheceríamos a ilha a pé ou de bicicleta, mas o calor junto com subidas e descidas fez voltarmos para o centro para ver o preço do aluguel de Buggy.

 

No caminho, passamos na Praça Flamboyant e compramos ingresso no ICMBio para acessar algumas praias do Parque. Depois alugamos o buggy com a empresa Vip, que nos auxiliou bastante com as dúvidas e também quando ficamos sem bateria, por culpa nossa, esquecemos a chave virada na ignição. Mas enfim, motorizados, fomos dar uma volta pela ilha! Pagamos R$150,00 a diária, era baixa temporada.

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Vip Locadora

Bairro Floresta Velha

Telefone: (81) 8661.8790 / 9691-1279 /3619-0240

 

Como o único posto de gasolina na ilha, está próximo ao porto, aproveitamos para abastecer e conhecer a área. A Enseada de Caieiras, ao fundo do posto, voltada para o “mar de fora”, foi o primeiro contato com as ondas fortes que tivemos, com o vento na vegetação rasteiras e as pedras vulcânicas aparecendo melhor.

 

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Também pudemos ver a pedra Buraco da Raquel, diz a lenda da ilha, que Raquel era filha de um comandante militar que se refugiava no local durante as crises de depressão.

 

Subimos para a icônica Capela de São Pedro dos Pescadores, no alto da região, ela chama atenção por ser pequena e linda, com seus traços minimalistas. Com o visual da Baia de Santo Antônio, o porto, visto de cima, e quem vem pelo mar vê ela no alto, principalmente consegue ter essa perspectiva dos barcos quando se chega no porto.

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Próximo está o Espaço Air France,onde viveram os franceses a partir de 1927, para serviços de apoio à aviação, que na época era um desafio a travessia do Atlântico. Possuía três edificações, para moradia dos técnicos e guarda de material de trabalho. Restaurada, a casa há um tempo atrás havia uma associação de artesãos da ilha instalada no local, mas está desativada.

 

O Porto de Santo Antônio, é onde saem as embarcações e passeios da ilha, bem movimentado pelas saídas dos turistas e pescadores, havia bastante gente curtindo a praia também.

 

Conhecida essa área, precisávamos conhecer a praia Cacimba do Padre. Dizem que na época de novembro e março, recebe um swell gigante gerado pelo inverno no Atlântico Norte. Recebendo o título de “Hawaii brasileiro”, já que as ondas podem chegar até a 5 metros e tubos perfeitos. Por ser tão reconhecida por suas ondas, foi palco do campeonato Hang Loose Pro Contest entre os anos 2000 e 2012. Durante o inverno as ondas são bem menores.

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Depois do surf fomos ver o por do sol no Fortinho do Boldró, tem um bar do lado e atrai muita gente, todos para ver a natureza e depois uma salva de palmas para a natureza e o belíssimo sol que se poem entre o Morro Dois Irmãos.

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Voltando para a casa da Mirtes, ela nos convidou para ir na festa junina que aconteceria naquela noite na escola de sua filha Lua. No nordeste, diferente do sul pelo menos, a cultura da festa junina é muito grande, uma semana de comemoração, com participação de toda população, muito bonito de se ver e de comer as delicias feitas, todas caseiras!!

 

Na escola toda enfeitada, apresentações de danças, havia vários pratos típicos que alunos e seus pais haviam feito para vender e reverter o lucro para a formatura do nono ano. Pudemos experimentar uma culinária muito diferente da que estamos acostumados na nossa festa junina, já que lá está calor e não vão beber o nosso quentão! Assim como não tem pinhão, pois não há araucárias no nordeste, são aquelas pequenas tradições que vimos o quanto mudam nesse grande Brasil.

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Experimentamos os pratos típicos da festas juninas nordestinas: bolo de milho, canjica, munguzá (canjica no sul – grão de milho cozido com leite de coco), macaxeira (bolo de aipim), arroz doce, tapioca, cachorro quente e empadão.

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3ºDIA (SEXTA-FEIRA) | BAIA DOS GOLFINHOS, PRAIA DO SANCHO, BAIA DOS PORCOS E SUESTE

 

No nosso primeiro dia de visita no PARNAMAR (Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha), chegamos cedo para aproveitar bem o dia. Sendo que o parque abre das 8:00 as 18:30, e liberam apenas para ir a Baia dos Golfinhos as 6:30, para melhor observação.

 

Se quiser alugar snorkel, máscara ou colete, ou então comprar algo para comer ou beber, deve ser feito nesse PIC (Posto de Informações e Controle), logo na entrada, não há outro no parque! Porém aconselhamos a realizar o aluguel de snorkel e pé de pato, bem no centrinho da Vila dos Remédios, uma senhora com sua motinho fica ali o dia todo, e ainda recolhe o material na sua pousada, é bem mais fácil de devolver e fica mais em conta!

 

A caminhada até o Mirante da Baia dos Golfinhos é pela mata, como é bem plano, fica bem tranquilo para pessoa de qualquer idade.

 

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Chegamos as 8:30 no mirante e ficamos meia hora tentando avistar os golfinhos, e eles nem apareceram, ficamos observando apenas jamantas (arraia gigante) e pássaros. Há voluntários do projeto dos Golfinhos Roteadores que ficam monitorando eles nessa área, e explicam alguma dúvidas, além de emprestarem binóculos. Nos informaram que eles geralmente apareciam bem cedo, pois era o horário de alimentação perto as 6:30 da manhã. Resolvemos ir conhecer as praias mais lindas do mundo e voltar outro dia cedo.

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A caminhada seguindo a encosta, com sombreamento da vegetação até o acesso para o Mirante da Praia do Sancho, ela está no meio da mata atlântica, se não vier pelo mar, a única forma de chegar é por uma descida íngreme de 40 metros por uma fenda de rocha, com escada de ferro, bem resistente, não há risco.

 

Depois mais uma descida por escada na encosta com mais de 200 graus em terra batida que já vai dando para ficar impressionado com o tom de azul do calmo mar da Praia do Sancho.

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O esforço vale quando se fala de uma das praias mais bonita do mundo. Nessa praia os barcos param para o mergulho, sendo que apenas 30 minutos de parada, o que parece muito rápido numa praia tão gostosa. As falésias e algumas árvores fazem sombra necessária para ficar algumas horas contemplando, mergulhando, pegando sol e observando os passarinhos.

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Após Sancho, o último trecho, de 170 metros, até o Mirante da Baía dos Porcos, onde é tirada a famosa foto em frente ao Morro Dois Irmãos. O nome é oriundo de sua semelhança com a Bay of Pigs (Baía dos Porcos em inglês) em Cuba. Mas para acessar a praia, apenas pela praia Cacimba do Padre.

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A volta é mais curta, voltando para o mirante da Praia do Sancho, há uma passarela direta para a entrada com 320 metros. Almoçamos no PIC um açaí e fomos para a Praia do Sueste.

 

Pegamos o Buggy e fomos para o outro lado da ilha, no Sueste, em que o acesso é limitado das 8h às 16h por um PIC, e é obrigatória a apresentação do ingresso do parque. Como também é uma baía, só que do mar de fora, acaba sendo um berçário de tubarões na sua água cristalina e quentinha.

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Na beirinha você pode ver e nadar junto aos filhotes de tubarões, bem diferente do que ver um peixe lentinho, eles aparecem e somem muito rápido, aí já pense no medo de ver um tubarão grande ligeiro desse jeito! É raso para os tubarões adultos, há muitos peixinhos e algas, além dos tubarões, então é bem tranquilo ficar entre os filhotes.

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Pode se fazer snorkeling no canto direiro da praia com uso de colete mais no fundo, porém não consegui ter coragem de ver um tubarão grande de perto, por mais que falem que estão alimentados com a rica vida marinha noronhense, não tenho maturidade para isso! É necessário pagar um guia, algo em torno de R$40,00, para ir até os pontos de snorkeling em que pode ficar próximo de grandes tubarões, arraias e tartarugas.

 

Importante:

 

Não é permitido mergulhar no canto esquerdo, onde abriga o único mangue de ilhas oceânicas do Atlântico Sul, ecossistema com fragilidade.

Não é permitido “pau de selfie”, pois os tubarões podem encarar como uma ameaça e atacar a pessoa.

Como o horário do Sueste é até as 16:000h, não pudemos ficar muito, deixamos para voltar no outro dia pela manhã. Seguimos e fomos jantar no restaurante O Pico, pedimos bruschetas e de sobremesa rabanadas uruguaia com doce de leite.

 

4ºDIA (SÁBADO) | BAIA DOS GOLFINHOS, PRAIA DO LEÃO

 

Sim, eu queria ver golfinhos e acordei as 5:30h da manhã para estar na entrada do parque as 6:30h! Diariamente, ao nascer do sol, grupos de golfinhos rotadores deslocam-se para o interior da baía para descanso e reprodução. Morrendo de sono, caminhamos até o mirante da Baia dos Golfinhos, e ficamos até as 9h esperando os atrasadinhos aparecerem. Em um cardume de uns 200 golfinhos, a vontade era estar no meio deles. Vistos os golfinhos, fomos para o lado do mar de fora.

 

Fomos novamente até o Sueste, percorremos os mirantes até a Ponta das Caracas com o buggy, observamos um mar muito agitado no encontro com as ilhas Cabeluda e Morro do Chapéu.

 

Há bancadas recifais que formam piscinas naturais, porém não é permitida a entrada. O tom do azul fica escuro, vívido oceano, contrastando com o capim com vento.

 

Também vimos, as ruínas do Forte de São Joaquim -construído em 1739 , onde restam os canhões e a vista para a Praia do Sueste. Como no lado do “mar de fora”, o Sueste é a única enseada de águas calmas e passível de desembarque marítimo, explica-se a localização sempre estratégica dos fortes.

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Ao lado está a Praia do Leão, em que quase todos observam a praia do mirante, mas não descem até ela, talvez por verem o mar agitado. Isso que já foi considerada algumas vezes a terceira praia mais bonita do Brasil!

 

Caminhamos por toda extensão, observando as placas marcando as desovas das tartarugas-verde. É uma das praias mais isoladas da ilha. No canto esquerdo há uma piscina natural, com vista para o morro das viuvinhas (aves marinhas pretas da ilha). Ficamos um bom tempo na piscina observando os peixinhos, os recifes nas laterais, em uma paz que poucos lugares podem oferecer.

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À noite era o dia do Festival Gastronômico do Zé Maria, que acontece nas quartas e sábados. Todos os turistas que conhecemos haviam ido ao mesmo festival, como ficamos sabendo depois nas conversas que tivemos.

 

A quantidade e variedade de comida são imensas, quase parada obrigatória para quem vem à ilha. Não só pela comida, mas pela personalidade do dono do restaurante, o querido Zé Maria e sua apresentação dos pratos.

 

Pousada Zé Maria

Rua Nice Cordeiro, Floresta Velha

Telefone (81)3619-1258

reservas@pousadazemaria.com.br

 

5ºDIA (DOMINGO) – CACIMBA, BAÍA DOS PORCOS E TRILHA LONGA DO ATALAIA

 

Pela manhã fomos a Praia da Cacimba novamente, curtir a praia. Depois atravessamos por algumas pedras até a Baia dos Porcos. É uma enseada com uma pequena faixa de areia, que some na maré alta.

 

Deixamos nossas coisas nas pedras e saímos para um mergulho livre. O mar estava agitado no dia, mas os amigos que conhecemos na ilha, disseram que pegaram o mar que nem piscina. Mas estando ali bem próximo dos Dois Irmãos, fazer um mergulho e tirar umas fotos incríveis tem que fazer parte do roteiro!

 

Você pode chegar perto do Morro Dois Irmãos por essa praia, e em baixa temporada por provavelmente por desfrutar sozinho da praia, que dizem ter uma forte energia, o que acredito ser verdade.

 

Para quebrar um pouco a difícil rotina da ilha, de mergulhos e praias paradisíacas, a dica é partir para uma trilha cenográfica. Com a nossa Trilha Longa da Atalaia já agendada para as 13:30h, a saída da Vila do Trinta, o encontro com o guia foi na portaria de entrada da trilha, é importante lembrar:

 

Obrigatório agendamento com ICMBio;

Obrigatório contrato guia credenciado pelo parque para a Trilha Longa;

Levar máscara e snorkel;

Proibido o uso de protetores solares, cremes, repelentes, pois podem prejudicar a fauna e flora marinha – já que a água fica represada nas piscinas;

Obrigatório o uso de colete flutuador, a água bate no joelho, mas é proibido tocar nos animais e no fundo das piscinas;

E certamente lembrar de levar uma blusa com proteção UV, mesmo fora da temporada estava um sol de rachar.

Existe a opção de trilha curta e longa, após 30 minutos de caminhada se chega à primeira piscina, na Praia do Atalaia, que tem liberação para os dois tipos de trilha.

 

O fiscal do ICMBio passa as instruções para flutuação e apitará se você tocar nos corais e quando acabar o tempo do grupo que entrar na água, são uns 25 minutos de flutuação para cada grupo, são permitidas 100 pessoas ao total por dia na piscina. É possível observar peixes, moréias, polvos e o que a maré ter deixado. A maioria das pessoas termina o passeio aqui e retorna para o portal.

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Como escolhemos a trilha longa, são 4 quilômetros de caminhada sobre rochedos, em que muda bastante o visual que havíamos conhecido no restante da ilha.

 

Os primeiros 2km são mais planos, sendo que outros 2km equilibrando entre pedras roladas à beira mar. É bem tranquilo, já que há paradas em outras duas piscinas naturais no caminho, as piscinas ‘Pontinha e Caieiras‘ com melhor visibilidade, já que há menos acesso. No caminho, encontramos algumas moreias entocadas.

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É na caminhada que começamos a entender melhor que a origem da ilha, com suas pedras vulcânicas, enquanto caminhamos por elas. E a força do mar de fora batendo contra as rochas, mostra o quanto somos pequenos, na longa caminhada pelos penhascos.

 

Com vegetação rasteira, já que antes de se tornar um paraíso turístico e ecológico, a ilha foi sede de uma colônia penal que funcionou entre 1737 e 1942. Os governantes da época acabaram cortando todas ás árvores da ilha, para que ninguém construísse uma jangada para fugir, já que ali haviam presos da época. Outro fato, são as pedras ocas, com a força da pressão da maré, formam esguichos.

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No final da trilha, na Enseada de Caieiras, dependendo a maré, disseram que ficavam alguns tubarões presos na parte mais rasa facilitando a visualização, mas não tivemos a sorte de vê-los.

 

Após a trilha, subimos pelo caminho atrás do posto e esperamos um ônibus, para nos levar novamente para Vila do Trinta buscar o Buggy.

 

Consegui o contato do guia no ICMBio, você pode entrar em contato com ele pelo whatsapp, só que como a internet na ilha é ruim, não deixe para entrar em contato na última hora, então pague seu ingresso no parque online no próprio site do parque e consiga reservar com ele no parque e já mande uma mensagem para ele, que até o fim do dia ele vai responder.

 

Guia Ernani Sampaio

Telefone (81) 9957-7800

ernanisampaio16@gmail.com

 

Para compensar o esforço da trilha, a janta foi no restaurante Varanda, um dos melhores da ilha, que conhecemos uma dos donos enquanto admirávamos o por do sol no Fortinho do Boldró.

 

6º DIA (SEGUNDA-FEIRA) | PRAIA DO PORTO, ENSEADA DOS ABREUS E MUSEU DO TUBARÃO

Aproveitamos a manhã para observar o Projeto TAMAR na captura de tartaruga, na Praia do Porto, em que fazem a marcação para o estudo de informações como taxa de crescimento, desova, rota migratória e outras informações.

 

Um dos biólogos mergulha na praia atrás de uma espécie para análise, enquanto se cria uma roda de pessoas interessadas no aprendizado. Para saber o dia e local da captura observe no projeto Tamar.

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Quando o biólogo entrou na água, resolvemos entrar junto para mergulhar um pouco nessa praia, e vimos a maior diversidade marinha da ilha! Tartarugas enormes, muitos cardumes, filhotes de tubarões, foi incrível! O melhor mergulho com snorkel na ilha!

Aproveitamos a praia até o meio dia, almoçamos um dos melhores ceviches da vida no Pico e a tarde havíamos programado a Trilha da Enseada do Abreus, às 15:30h com saída na Praia do Sueste.

 

Obrigatório agendamento com ICMBio;

Levar máscara e snorkel;

Proibido o uso de protetores solares, cremes, repelentes, pois podem prejudicar a fauna e flora marinha – já que a água fica represada nas piscinas;

Obrigatório o uso de colete flutuador, a água bate no joelho, mas é proibido tocar nos animais e no fundo das piscinas;

Como estávamos com Buggy, não precisamos caminhar uns 20 minutos desde o Sueste, podendo chegar bem perto do início da trilha. É só seguir as placas pelo caminho de terra, em que você tem que descer entre algumas pedras, com auxilio de uma corda em que pode segurar, em 15 minutos chega à piscina da Enseada dos Abreus.

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Após mergulhar na piscina natural, também monitorada por um fiscal do ICMBio, caminhamos logo em frente em outra piscina natural e voltamos.

A noite como iriamos dormir na Pousada do Zé Maria, aproveitamos a piscina com borda infinita com vista para o Morro do Pico.

Pousada Zé Maria

 

Rua Nice Cordeiro, Floresta Velha

Telefone (81)3619-1258

reservas@pousadazemaria.com.br

 

Mas ainda tínhamos a festa junina no TAMAR. Com apresentação de dança da população, usando fantasias muito bem feitas, contando a história que todos os moradores que assistiam se emocionavam e contavam cada passo.

 

Era lindo de se ver, a cultura nordestina é tão bonita e emocionante que a vontade é de viajar mais para esse região. Além da dança, havia também a venda de comida típica de festa junina nordestina e de doces pelo caricato vendedor ambulante “Gostosinho”- com sua moto ambulante ele percorre toda ilha vendendo seus quitutes caseiros.

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Cansados, voltamos para a pousada. E depois de um dia cansativo de praia, dormir em um bangalô de 80 m2 com o máximo de conforto, quem não ama?

 

Os bangalôs foram feitos com a preocupação com a sustentabilidade e mesclando o conforto com a natureza. Construídos em palafitas, para manter o escoamento das águas durante as chuvas.

 

7º DIA (TERÇA-FEIRA) | MERGULHO e FORTE VILA DOS REMÉDIOS 28

 

Acordamos cedo para aproveitar o café da manhã da pousada, com variedades típicas regionais, podia ficar um dia inteiro ali provando. Comemos tapiocas feitas na hora e algumas frutas.

Mas 7:15 da manhã, tínhamos agendado com a empresa Costa Blue Noronha para nos buscar para o mergulho. Levaram-nos até o porto, onde foi a saída do barco. Muito bem organizado, o melhor preço, com equipamentos de qualidade e instrutores bem profissionais.

Costa Blue Noronha

Rua São Miguel, Vila dos Remédios (quase em frente a praia Flamboyant)

Contato: (81)3619-1134 e 3619-1661

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Voltamos no começo da tarde e fomos nos preparar para a aventura da viagem, o rapel!

 

Havíamos já agendando com o instrutor Neto, da ATM, para descermos naquela tarde, por R$150,00 por pessoa. Num grupo de quatro pessoas, ele evita ir com muita gente, por volta das 15:00 horas caminhamos por uma trilha em mata natural, por aproximadamente 30 minutos, até o acesso a base do Morro do Pico, conhecido como “Piquinho”.

Deste ponto é feita a atividade de rapel em parede de pedra com 50m de altura, com equipamento de segurança. É a única atividade na ilha, que permite uma vista 360º !

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ATM Esportes de Aventura

Loja Container- Alameda do Boldró, ao lado do projeto Golfinho Rotador

Contato (81) 3619-0447 ou (81) 97914-5088 Whats

 

No fim do dia provamos comida do restaurante Tricolor, que fica na estrada geral da ilha, experimentamos a moqueca de frutos do mar.

 

8º DIA (QUARTA-FEIRA) PRAIA DO CACHORRO E FORTE VILA DOS REMÉDIOS

 

Pela manhã tentamos aproveitar o último dia na Praia do Cachorro. Foi o dia que vimos mais fragatas e atobás sobrevoando a praia, como havíamos visto fotos de pessoas dando peixe para os pássaros, pedimos para a lanchonete um peixe. Só foi esticar o braço que com precisão de tubarão tiraram da minha mão.

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Ainda na Vila dos Remédios, fomos almoçar no Cacimba Bistrô, que havíamos visto no programa das Estrelas da Angélica.

 

Depois do almoço, fomos para o Forte da Vila dos Remédios, foi difícil a subida depois de comer tanto. Mas a vista compensou (clichê falar isso em Noronha).

 

Pudemos ver a praia da Conceição, o Morro do Pico e o Porto do outro lado. Como era o dia de Santo Antônio, os barcos cortejavam a saída do santo para o mar, muito lindo de se ver. Disseram que nos barcos era oferecido almoço e para que todos fossem juntos no cortejo, mas como era o nosso último dia, acompanhamos de longe.

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O forte, construídos junto com outros nove com nomes de santos, a partir de 1737, era um dos mais organizados do país, protegendo de ataques. Mas com o conflito político da década de 1930, o Governo brasileiro requisitou o arquipélago para a construção de presídio político, transformando-se depois em base avançada de guerra.

 

Após a última volta no centro histórico, comemos pela terceira vez a rabanada com doce de leite do O Pico, antes de nos sentir preparados para voltar para casa. Esperamos o táxi no restaurante para irmos ao aeroporto.

 

E assim acabou a nossa saga, mas uma parte de mim ficou lá, e esse é um destino que preciso voltar. Enfim, Noronha agrada diversos tipos de visitantes, já que se pode ficar nas luxuosas pousadas curtindo a piscina, fazer passeios de barco, ou para se aventurar em casas domiciliares e trilhas, mergulhos e até rapel.

 

A vontade é de ficar lá por um mês, no mínimo, nunca me senti tão em casa, os moradores sabem receber os visitantes como eu nunca vi antes. Aliás, preciso voltar para fazer a trilha do Capim-Açu, segundo o Zé Maria, é uma das paisagens mais lindas da ilha.

 

Ficando com um gostinho para voltar a Fernando de Noronha, encerro aqui esses oitos dias na ilha e espero que todos curtam estas dicas e aproveitem a viagem!

 

Mais em www.rotaterrestre.com ::otemo::

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